MESA E MATERIAL CIRURGICO€¦ · laterais do paciente. Após a colocação dos campos estes serão...

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MESA E MATERIAL

CIRURGICOFernando de Oliveira Dutra

Especialista Cirurgia do Aparelho Digestivo - CBCD

Importância

Para a execução de cada uma das etapas do procedimento cirúrgico utilizam-se instrumentosdistintos e são necessários ordem e metodologiapara permitir ao cirurgião executar o procedimento com precisão e rápidez

Passos

• Listagem dos materiais

• Preparo de acordo com o tipo de procedimento e de acordocom a preferência do cirurgião

• Disposição ordenada e padronizada dos materiais

TERMOS

Diérese ou divisão

• Consiste na divulsão dos tecidos, permitindo a exposição dos órgãos/ estruturas.

Hemostasia

• Manobra que visa evitar ou estancar a hemorragia ou o sangramento.

Síntese

• Aproximação correta dos tecidos visando apressar o processo de cicatrização.

Materiais

De forma genérica:

•DIÉRESE

•HEMOSTASIA

•PREENSÃO

•SEPARAÇÃO/AFASTAMENTO/APRESENTAÇÃO

•SÍNTESE

Tipos de Instrumentos

ESPECIAIS – usados apenas em alguns tempos de determinadas cirurgias

COMUNS – instrumental básico a qualquer tipo de intervenção cirúrgica em seus tempos fundamentais (diérese, exérese, hemostasia, síntese).

DIÉRESE

BISTURI

• Instrumento de corte

CABO

•Ponta com encaixe para a lâmina

•No. 03 – Laminas menores

•No. 04 – Laminas maiores

•Cada cabo apresenta uma variedadelonga – 3L e 4L

DIÉRESE

LÂMINAS

•Diversos tipos

•Denominadas por No.

•As lâminas com encaixe para CABO No. 03 e 03L são as de No. 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 40.

•As lâminas com encaixe para CABO No. 04 e 04L são as de No. 18, 19, 20, 21, 21, 22, 23, 24, 25, 36 e 50.

DIÉRESE

DIÉRESE

Figura 3: Empunhadura em caneta Figura 4: Empunhadura em arco de violino

DIÉRESE

TESOURAS

•Instrumento de corte, divulsão e dissecção

•Tamanhos variados

•Curvas ou Retas

•Ponta aguda, romba ou aguda-romba

•Cirurgião – tesoura curva

•Auxiliares – tesoura reta (cortar fio)

DIÉRESE

TESOURAS

•Fortes (MAIO) ouDelicadas (Metzenbaum)

DIÉRESE

Fortes (MAIO)

Diérese

Em 1883 quando um grande ciclonepassou por Rochester, o Dr. William Mayo

chefiou um hospital improvisado parasocorrer as vítimas. Sua eficiência foi tanta

que levou à fundação do St. Mary’s Hospital, assim nascia a famosa ClínicaMayo. Além da Clínica Mayo, há uma

infinidade de contribuições à cirurgia, taiscomo: a sua famosa tesoura cirúrgica.

DIÉRESE

Delicadas (Metzenbaum)

•As tesouras marcadas por cabodourado ou preto possuem fio de corte mais resistente, durável e delicado

DIÉRESE

TESOURAS

•Íris, Dietrich e Potts

DIÉRESE

TESOURAS

Íris

DIÉRESE

TESOURAS

Potts

HEMOSTASIA

A hemostasia visa estancar, temporária ou definitivamente, o sangramento dos vasos seccionados durante a diérese

HEMOSTASIA

PINÇAS HEMOSTATICAS

•RETAS OU CURVAS

•Serrilhado naextremidade preensora

HEMOSTASIAKelly –

serrilhado naporção distal

HEMOSTASIAHalsted (mosquito) – mais delicado,

campo superficial e são pequenas.

HEMOSTASIA

HEMOSTASIA

Rochester – mais grosseiro

HEMOSTASIAKOCHER –Dentes na ponta

– aponeurose

HEMOSTASIA

KOCHER

Emil Theodor Kocher (1841-1917), modificou as pinças de Péan, colocandoum dente que fazia com que a pinça –depois de fechada prendendo um vasono meio de tecido gorduroso ou fibroso

– não escorregasse.

HEMOSTASIA

Crile – possuiranhurastransversais portoda sua extensãopreensora, tamanho de 14 a 16cm.

HEMOSTASIA

HEMOSTASIAMIXTER –

ponta anguladae delicado

HEMOSTASIA

PINÇAS VASVULARES ATRAUMÁTICAS (HEMOSTASIA TEMORÁRIA)

•SATINSKY

•BULLDOG

HEMOSTASIASATINSKY

HEMOSTASIABULLDOG

SÍNTESE

A síntese visa reconstrui a integridade das estruturas, órgãos e tecidos que foram operado

SÍNTESE

PORTA AGULHAS

Mayo Hegar

SÍNTESE

PORTA AGULHAS

Widea(Tungstênio)

SÍNTESE

PORTA AGULHAS

• Mathieu

SÍNTESE

PORTA AGULHAS

• Castroviejo

Porta-agulhas

SÍNTESE

Empunhadura de porta-agulha de mayo-hegar

SÍNTESE

AGULHAS

Agulhas

São utilizadas na reconstrução, com a finalidadede transfixar, servindo de guia aos fios de sutura

Vários tamanhos e formatos

Agulhas:

• Cilindricas x cortantes

• Retas x curvas x semi-retas

Agulhas

Agulhas

Três partes:

•Ponta

•Corpo

•Fundo ou olho

Agulhas

Agulhas TRAÚMATICAS – Trauma tecidualmaior devido á diferença de diâmetro entre a ponta e corpo da agulha e o fio

Agulhas ATRAUMÁTICAS – fio montadode mesmo diâmetro da agulha (orifícios de entrada e saída uniformes)

Agulhas

O corte transversal do corpo da agulha apresenta um perfil cilíndrico, plano ou triangular

Ponta – Cortante, romba ou plana

Agulhas

Combinação – capacidade de ultrapassar os tecidos, causando o minimo de lesãotecidual

•Tecidos densos (pele) – agulhatriangular com ponta cortante

•Estruturas delicadas (artéria) –agulhas cilíndricas com ponta romba

Seleção da agulha

Fatores

•Acessibilidade do tecido a ser suturado

•Tipo do tecido

•Intestino delgado – agulha cilíndrica

•Pele – agulha triangular cortante

•Diâmetro do fio de sutura

PREENSÃO

PRENDER E SEGURAR VÍCERAS E ORGÃOS

MANIPULAR TECIDOS

TIPOS

•PINÇAS ELÁSTICAS

•INSTRUMENTOS COM CREMALHEIRA E ANEL

PREENSÃO

PINÇAS ELÁSTICAS

•Instrumentos auxiliares (mãoesquerda)

•Suporte manobras

•Vários tamanhos

•Mais grosseira x delicada

•Retas, curvas, em baioneta e anguladas

PREENSÃO

PINÇAS ELÁSTICAS

•Com ou sem dentes nas pontas

•Anatômica

•Cushing

•Dente de rato

•Adson

PREENSÃO

ANATÔMICA

PREENÇÃO

CUSHING

PREENÇÃO

DENTE DE

RATO

PREENÇÃO

ADSON

PREENSÃO

PINÇAS COM ANÉIS E CREMALHEIRAS

• Babcock – menor lesão tissular

• Cheron – anti-sepsia

• Foerster – anti-sepsia

• Collin – circular, anti-sepsia

• Allis – víceras e aponeurose

• Duval – triangular (vesícula biliar, lobos pulmorares

PREENSÃO

Babcock – menor

lesãotissular

PREENSÃO

Cheron– anti-sepsia

PREENSÃO

Foerster– anti-sepsia

PREENSÃO

Collin –coração,

oval, circular,

anti-sepsia

PREENSÃO

ALLIS

PREENSÃO

ALLIS - Oscar Huntington Allis (1836-1921), conhecido no meio acadêmicopela sua famosa pinça Allis, além da sua formação geral, este cirurgião da Filadélfia tinha interesse particular emcirurgia ortopédica, descrevendo sinalclínico para diagnosticar fratura do colo do fêmur: o trocanter se deslocapara cima.

PREENSÃO

Duval –triangular (vesícula

biliar, lobos pulmorares

AFASTADORES

AUTO-ESTÁTICOS – mantêm-se abertos sem a intervenção do elemento humano, expondo o campo cirúrgico

•BALFOUR – Abdome

•GOSSET – Abdome

•FINOCHIETTO - Tórax

•WEITLANER – hérnias

•Gelpi - hérnias

AFASTADORES

BALFOUR - Abdome

AFASTADORES

GOSSET - Abdome

AFASTADORES

FINOCHIETTO - Tórax

AFASTADORES

WEITLANER - hérnias

AFASTADORES

Gelpi - hérnias

AFASTADORES

DINÂMICOS – Necessitam da intervençãohumana, expondo o campo cirúrgico emdiferentes momentos

• Válvula de Doyen – Manobras intra abdominais

• VÁLVULA SUPRAPÚBICA – Exposição pelve

• DEAVER – Cirurgia renal

• FARABEUF – Abertura e fechamento da paredeabdominal

• VOLKMANN

• CUSHING

• ISRAEL

• Maleavel e Sapata

AFASTADORES

Doyen

AFASTADORES

VÁLVULA SUPRAPÚBICA

AFASTADORES

DEAVER – Cirurgiarenal

AFASTADORES

FARABEUF – Abertura e fechamento da parede abdominal

AFASTADORES

VOLKMANN

AFASTADORES

CUSHING

AFASTADORES

ISRAEL

AFASTADORES

ESPÁTULAS – SAPATAS (rígidas e maleáveis)

PINÇAS DE CAMPOS

BACKHAUS

PINÇAS DE CAMPOS

JONES

PINÇAS DE COPROSTASE

CLAMP INTESTINAL

MESA CIRÚRGICA

Paramentado o instrumentador monta as mesas de instrumentação e a mesa auxiliar móvel (Mayo)

Antes de receberem os instrumentos, as mesas devem ser cobertas primeiramente por um campos estéril e impermeável

Na mesa principal, os instrumentos costumam ser separados conforme seu grupo e o tempo cirurgico em que são utilizados

COLOCAÇÃO DE CAMPOS

Após a antissepsia iniciar a colocação dos campos operatórios: o instrumentador entrega ao cirurgião um dos campos maiores, este campo é desdobrado nas duas extremidades sendo uma segurada pelo cirurgiao e outra pelo auxiliar, e é colocado sobre as pernas do paciente.

O segundo campo será colocado na parte superior do abdome da mesma forma do primeiro, sendo que suas extremidades deverão ser entregues ao anestesista ou ao circulante da sala que constituirá uma forma de barraca isolando a equipe cirúrgica do anestesista.

COLOCAÇÃO DE CAMPOS

A seguir são colocados dois campos menores cobrindo as laterais do paciente.

Após a colocação dos campos estes serão fixados com as pinças Backaus.

O passo seguinte será fixar a caneta do bisturi elétrico e a borracha do aspirador nos campos do paciente.

Para pequenas operações, usa-se campos menores com uma abertura no centro, chamados de campos “fenestrados”.

Instrumentação Cirúrgica

POSICIONAMENTO EQUIPE CIRÚRGICA

Mesa

CIR 1º A

2º AINST

DISPOSIÇÃO MESA DE

INSTRUMENTOS

Gestos para pedir instrumental

BISTURI

O cirurgião manterá os dedos da mão

direita semifletidos e juntos, fazendo dois

ou três movimentos pendulares.

PINÇA ANATÔMICA

Com os três últimos dedos semifletidos,

enquanto que o indicador e polegar

repetem movimentos de aproximação e

separação.

TESORA

Com os dedos indicador e médio

estendidos, fazendo movimentos repetidos

de aproximação e separação.

KELLY

Com o anular e o mínimo fletidos,

enquanto o polegar, indicador e médio são

estendidos mais ou menos paralelos

ALLIS - BABCOCK

São pedidos com os três últimos dedos

fletidos contra a palma da mão e o polegar

e indicador em meia flexão, como que

puxando um gatilho.

BACKHAUS

Pede-se com a mão fechada e o polegar

entre o indicador e o médio (sinal da figa).

PORTA-AGULHAS

Pede-se com os quatro últimos dedos

juntos e semifletidos e o polegar

parcialmente fletido no lado oposto,

executando a mão pequenos movimentos

de rotação.

GOSSET

Pede-se este afastador com os dedos

médio e indicador de ambas as mão

semifletidose com os demais dedos

completamente fletidos sobre a palma da

mão,fazendo um movimento de afastar

que imita os ramos do Gosset.

VALVA DE DOYEN

Pede-se com os dedos juntos, estiradose

em ângulo de 90º sobre o resto da mão.

FARABEUF

Solicitado com o dedo indicador

semifletido e os demais completamente

fletidos.

FIO EM CARRETEL

Pede-se com a mão estendida e

msupinação (palma para cima) e a ponta

dos dedos fletida.

FIO SOLTO

Pede-se com a mão em pronação (palma para

baixo) e dedos semifletidos.

COMPRESSA

Pedem-se cm a mão estendida em supinação e os

dedos juntos.

Dúvidas

FIM