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MÓDULO 3
A) Recursos Minerais e sua distribuição
Minerais são substâncias químicas, geralmente sólidas, encontradas na
superfície da Terra. Apesar de sua variedade, todos os minerais apresentam
diversas características comuns: cada um deles é um sólido químico
determinado; cada um tem uma estrutura cristalina única; e na sua maioria
nunca fizeram parte de um organismo vivo.
Diversos tipos de rochas existentes na Terra possuem na sua
composição substâncias minerais de grande aplicação econômica. Quando
essas substâncias são utilizadas economicamente, recebem o nome de
minérios.
Rocha é um agregado
natural formado por um ou mais
minerais. De acordo com sua
origem, as rochas são
classificadas em três tipos
fundamentais: magmáticas ou
ígneas, sedimentares e
metamórficas.
As rochas magmáticas
ou Ígneas são formadas pela
solidificação do magma e são
antigas e resistentes. Podem
ser intrusivas /
plutônicas/abissais ou
extrusivas/vulcânicas/efusivas.
As rochas intrusivas formam-se
no interior da Terra pela lenta
solidificação do magma. Em função desta lenta formação a rocha apresentará
cristais de minerais. Já as rochas extrusivas resultam de uma solidificação
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rápida do magma quando este entra em contato com a atmosfera durante o
vulcanismo. Em função desta rápida formação os minerais não formam cristais.
As rochas sedimentares são formadas a partir da destruição de outra
rocha pré-existente. Este material é então transportado, depositado e
posteriormente sofrerá processos que irão determinar a sua consolidação. O
intemperismo, ação de agentes como a água, vento, temperatura, etc, que irão
promover a desagregação e decomposição da rocha. Tipos de intemperismo:
-> Físico: divisão de blocos maiores em menores.
-> Químico: mudança da composição da rocha em função de reações
químicas entre a rocha e soluções aquosas.
-> Biológico: ação de plantas que penetram nas fraturas das rochas,
decomposição vegetal. Estes desgastes transformam as rochas em partículas
ou pequenos detritos, chamados de sedimentos, irão ser transportados e
depositados em locais mais baixos formando as bacias sedimentares.
As rochas metamórficas são aquelas que sofrem mudanças na sua forma
geral. Estas mudanças decorrem de novas condições ou de alterações de
temperatura e pressão no interior da Terra.
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B) O relevo terrestre Agentes Internos ou Endógenos do relevo terrestre
Os fatores internos do relevo têm sua origem nas pressões que o magma
exerce sobre a crosta terrestre. Essas pressões podem provocar vulcanismo e
outros fenômenos chamados tectônicos, como a formação de dobras e fraturas
e a criação de montanhas. A diferença entre a temperatura do magma, uma
substância quentíssima e por isso fluída, e a temperatura da crosta, que é mais
baixa, pode resultar em dois fenômenos: em algumas regiões, o magma
extravasa para a superfície, pelos vulcões, sob a forma de lavas; em outras, é
a crosta que se transforma novamente em magma, “sugada” para o interior do
manto. Essa troca de calor é denominada movimento de convecção.
Tectonismo
O surgimento (assenso) e o afundamento da superfície resultam da
ação do tectonismo, ou seja, da movimentação das placas tectônicas. O
tectonismo pode ser classificado em epirogênico e orogenético.
Quando há uma grande pressão interna vinda do manto, muito comum
no limite entre as placas, o magma extravasa para a superfície e se solidifica, o
que provoca um afastamento entre duas placas. Mas, se de um lado ocorre
afastamento, de outro, diferentes placas podem colidir. Quando essa colisão
ocorre, e as rochas vizinhas são moles, dá-se à formação de montanhas. Essa
é a origem dos dobramentos da crosta.
Devido à pressão do magma, pode-se formar uma faixa ou zona de
tensão e atrito junto ao limite entre duas placas. Se as rochas vizinhas forem
pouco resistentes e não maleáveis, possivelmente ocorreram fraturas. Quando
os blocos de rochas fraturados deslizam, deslocando-se um em relação ao
outro, dizemos que houve falha ou falhamento.
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Vulcanismo
O magma é uma massa pastosa com uma temperatura de mais de
2.000ºC, desprendendo gases que pressionam a crosta terrestre. Ao
pressionar a crosta, o magma pode subir até perto da superfície, originando
fraturas na crosta. Por essas fraturas, ele pode atingir a superfície, ocorrendo o
vulcanismo. Existe uma longa faixa da superfície terrestre onde os fenômenos
vulcânicos são muito comuns, chamado de Círculo de Fogo do Pacífico.
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Abalos Sísmicos
Os abalos sísmicos são tremores que ocorrem no relevo continental ou
insular (terremotos ou tremores de Terra) e no relevo submarino (maremotos).
Os abalos sísmicos têm origem num local chamado hipocentro e se
propagam, através de ondas sísmicas, até um local da superfície, chamado de
epicentro, onde se manifestam mais desastradamente.
Se o epicentro
estiver no fundo do mar,
forma-se um tsunami,
nome japonês dado às
ondas gigantescas
(maremotos), que
chegam a atingir 30
metros de altura,
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propagando-se a grandes velocidades e arrasando zonas litorâneas. Esses
fenômenos são frequentes na costa asiática do Pacífico.
No decorrer de um ano, registram-se milhões de abalos sísmicos;
aproximadamente 5.000 são percebidos pelo homem. Os efeitos dos tremores
são variados: abrem fraturas no solo, desviam as correntezas dos rios,
destroem parcial ou totalmente cidades, contorcem as vias férreas. No entanto,
o efeito mais terrível é a perda de vidas humanas.
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No Brasil os terremotos são raros em razão de o país estar localizado no
centro de uma grande placa tectônica e os abalos ocorrerem nos limites das
placas.
A intensidade de um terremoto é medida por uma escala numérica
crescente. A mais utilizada é a escala de Richter, com graus de intensidade
que variam de 1 a 9. Do ponto de vista científico, um ponto na escala Richter é
imperceptível, não causando danos nem é sentido, entretanto a intensidade de
9 graus pode provocar uma catástrofe sem precedentes.
As forças Externas ou Exógenas do Relevo
Existem agentes externos, na superfície terrestre, que modificam o
relevo, não tão rapidamente como os vulcões ou terremotos, mas sua ação
contínua transforma lenta e ininterruptamente todas as paisagens da Terra. A
ação dos ventos, do intemperismo e da água sobre a crosta terrestre determina
a erosão.
A intensidade da erosão é determinada pela resistência das rochas e
pela ação e energia do agente erosivo. Assim, por exemplo, certas regiões
desérticas são submetidas a enormes diferenças de temperatura. Durante o dia
ela chega a alcançar mais de 40ºC e à noite, devido à perda de calor, menos
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de 0ºC. Essas mudanças bruscas produzem finas aberturas nas rochas, que
pouco a pouco, dividem-se em partes e destroem-se.
O vento é outro agente de erosão. Sua ação engloba três fases: a de
desgaste da rocha (erosão), determinando curiosas formas nas paisagens; a
de transporte de materiais resultantes dessa erosão e, por fim, a deposição
desses sedimentos, dando origem à outra forma de relevo.
A água, em seus estados líquido e sólido, atua sobre o relevo. As águas
da chuva e do degelo, ao deslizarem pelo solo, assumem grande importância
ao transformarem-se em rios torrenciais.
A ação erosiva de um rio é extremamente destrutiva em seu curso
superior, pois aí se encontram os maiores declives. O desgaste diminui à
medida que se vai aproximando das planícies.
O mar também atua como grande agente do relevo, na formação de
praias ou no desgaste de encostas, que no Brasil são conhecidas como
falésias.
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1- As Principais Formas do Relevo Terrestre
Costuma-se definir as formas do relevo terrestre por seu aspecto, origem
e composição, ou seja, pela natureza das rochas que as compõem. Podemos
diferenciar formas no relevo da terra: montanhas, serras, planaltos, planícies e
depressões.
-Montanhas: são as maiores elevações encontradas na superfície terrestre. Dá-
se o nome de cordilheira a um conjunto de montanhas. Exemplo: Montanhas
Rochosas (América do Norte), Cordilheira dos Andes (América do Sul), Alpes
(Europa), Himalaia (Ásia) e montes Atlas (África).
-Serras: são relevos alongados com topos irregulares, por vezes isoladas. Em
geral são alinhamentos de montanhas antigas que foram erodidas e mais tarde
falhada. As irregularidades que apresentam se devem a movimentos de acesso
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e descendo de blocos das rochas fraturadas. A denominação serras também
pode se referir às áreas de bordas de planalto (escarpas).
- Planaltos: são relevos aplainados que, por sua altitude (em geral superior a
300 metros), destacam se em relação às áreas circundantes. Suas bordas são
irregulares e apresentam saliências e reentrâncias resultantes da ação de um
ou mais agentes erosivos (chuva, rio, vento). Dependendo da natureza das
rochas, os planaltos podem assumir diferentes formas. No Brasil, por exemplo,
nossos planaltos apresentam: chapadas – elevação com escarpas verticais e
topo plano; escarpas – representam a passagem de áreas baixas para um
planalto.
- Planície: superfície plana, formadas pelo acúmulo recente de sedimentos
trazidos pela ação do mar, dos rios, das chuvas ou mesmo de lagos.
- Depressões: são áreas rebaixadas em relação aos relevos circundantes. Sua
origem pode estar ligada a processos de erosão ou a afundamentos
provocados por falhamentos. Pode ser: absoluta (abaixo do nível do mar) e
relativa (acima do nível do mar).
-Barreiras: são escarpas de tabuleiros constituídas por rochas sedimentares.
São caracterizadas pelas baixas altitudes.
C) A água na superfície terrestre
• Relevo Submarino
Os fundos dos oceanos apresentam uma variedade de formas, assim
como o relevo terrestre: são montanhas, áreas planas, depressões que não
podemos visualizar, mas que também precisam de classificação e análise.
Durante a Segunda Guerra Mundial, com a necessidade de se
desenvolverem equipamentos para vasculhar o fundo dos oceanos em busca
de submarinos, houve um avanço no estudo do relevo do fundo dos mares.
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Nas décadas de 1950-1960, finalmente, tornou-se possível cartografar
(mapear) o fundo dos oceanos e a partir daí classificá-lo. Com o avanço dos
sistemas de satélites, infravermelhos e mapeamentos térmicos, a
geomorfologia marinha avançou muito.
Desse modo, criaram-se as divisões do relevo submarino, conforme
são apresentadas a seguir:
Plataforma continental É um prolongamento da área continental emersa (o continente) com
profundidade de até 200 m apresenta-se na forma de planície submersa que
margeia todos os continentes, sua extensão varia de 70 km a 1.000 km.
Na costa atlântica da América essa placa é em geral extensa,
no sudeste do Brasil possui largura média de 160 quilômetros. Já no Oceano
Pacífico, onde há intensa atividadetectônica, a placa continental é mais estreita
e são ladeadas por fossas submarinas, como, por exemplo, no Peru e no Chile.
É nessa área que encontramos as ilhas chamadas de continentais ou
costeiras, essas ilhas normalmente são separadas do continente apenas por
canais ou estreitos e caso ocorresse um recuo (abaixamento) no nível das
águas oceânicas e essas ilhas tornar-se-iam partes do continente. Além disso,
é aí também que se depositam os sedimentos vindos dos continentes através
das águas dos rios que deságuam no mar.
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A plataforma continental é considerada a área mais importante do
relevo submarino, pois é nessa região que a luz do sol atinge praticamente o
fundo oceânico, permitindo a ocorrência de fotossíntese e o crescimento do
plâncton, este último, indispensável para a alimentação de peixes e animais
marinhos. Por isso, ficam aí as maiores regiões pesqueiras e também as
bacias petrolíferas.
Talude continental É outra unidade do relevo submarino, que se forma imediatamente
após a plataforma continental. Tem origem sedimentar e inclina-se até o fundo
oceânico, atingindo entre 3.000 e 5.000 metros de profundidade. O relevo do
talude continental não é regular, ocorrendo freqüentemente cânions e vales
submersos.
Nessa área encontramos restos de seres marinhos e argila muito fina.
Podemos ainda encontrar nessa região vulcões isolados e dispostos em linha,
que dão origem às ilhas oceânicas, por exemplo, as ilhas do Havaí.
Planície abissal ou bacia São áreas extensas com mais de 5.000 m de profundidade. Estendem-
se desde o talude continental até as encostas das cordilheiras oceânicas. Por
vezes, essa planície é interrompida por montes submarinos (com alturas entre
200 metros e 1.000 metros) ou mesmo por montanhas submarinas, de origem
vulcânica com elevações acima de 1.000 metros, dando origem por vezes a
ilhas oceânicas.
Nesta zona do oceano não há luz alguma, as temperaturas são baixas
e a vida marinha não é tão abundante, predominam peixes cegos e polvos
gigantes.
Cordilheira oceânica São elevações que ocorrem de forma regular ao longo dos oceanos.
Estendem-se por 84 mil quilômetros no total, com uma largura por volta dos mil
quilômetros. Nessa área encontramos intensa atividade sísmica (tremores) e
vulcânica. A cordilheira oceânica divide a crosta submarina em duas partes,
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representado uma ruptura ou cicatriz produzida durante a separação dos
continentes.
No oceano Atlântico, a cordilheira oceânica é chamada de meso-
atlântica, porque ocupa a parte central deste oceano, na Islândia a cordilheira
emerge na forma de ilha e a área é constantemente abalada pelos fenômenos
já citados. Nos oceanos Pacífico e Índico, as cordilheiras áreas mais laterais
(marginais) mais próximas dos continentes.
Fossas oceânicas São depressões alongadas (compridas) e estreitas, com grande
declividade que ocorrem ao longo das áreas de subducção de placas
tectônicas, ou seja, são fendas que atingem grandes profundidades entre 7.000
e 11.037 m, onde a placa oceânica mergulha de volta para o manto.
Fonte: Uol Educação
• Correntes Marinhas
As correntes marítimas, de forma simplificada, são os fluxos de água
com características comuns que se deslocam ao longo dos oceanos. Entre
essas características específicas, destacam-se a salinidade e, principalmente,
as temperaturas, fazendo com que exista uma direta relação entre as correntes
marítimas e o clima do planeta, bem como a distribuição de calor sobre a
superfície oceânica. Em outras palavras, elas constituem-se como um
importante fator climático.
Por causa do movimento de rotação da Terra e do consequente efeito
coriólis (uma força inercial que atua sobre um corpo cujo sistema de referência
encontra-se em rotação), as correntes marinhas circulam em sentidos
diferentes entre os dois hemisférios: no norte, elas percorrem o sentido horário
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e, no sul, elas percorrem o sentido anti-horário. A direção que elas assumem é
importante não só para o clima, mas também para definir a direção em que se
deslocam várias espécies de animais marinhos, contribuindo para o equilíbrio
dos ecossistemas oceânicos e também para atividades econômicas
relacionadas com a pesca.
Os fatores responsáveis pelas correntes marítimas são, notadamente,
o deslocamento dos ventos e das massas de ar, além das diferenças de
temperatura, de salinidade e de pressão atmosférica, de forma que o relevo
submarino e até a forma dos continentes e ilhas também interferem na
orientação do deslocamento dessas correntes.
Como a temperatura é um dos principais fatores relacionados com
essa dinâmica das águas dos oceanos, ela é utilizada como critério para a
classificação das correntes marítimas. Assim, as correntes são divididas em
quentes e frias.
Correntes Quentes
São provenientes das faixas equatoriais do planeta, onde a insolação
é maior e as temperaturas também. Essas características fazem com que elas
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sejam mais superficiais e se desloquem mais rapidamente do que as demais
correntes. Nelas, o índice de evaporação é maior, o que faz com que as áreas
banhadas por elas recebam uma maior quantidade de umidade. As principais
correntes quentes são as correntes das Guianas, do Golfo do México e a do
Brasil.
Correntes Frias
Inversamente, as correntes frias são provenientes de faixas polares,
com elevadas latitudes, sendo, portanto, mais frias. Elas deslocam-se em
direção à Linha do Equador. Como as substâncias frias são naturalmente mais
densas, essas correntes costumam ser mais profundas e deslocam-se mais
lentamente. Da mesma forma, o índice de evaporação é menor, fazendo com
que as áreas próximas recebam menos umidade e chuvas. As principais
correntes frias são as de Humboldt, na costa oeste da América do Sul, e a
Circumpolar Antártica.
As correntes frias possuem uma relevante função ambiental, pois,
como são mais profundas, interferem na movimentação de depósitos orgânicos
existentes nas áreas mais submersas das áreas oceânicas. Esses depósitos
afloram, então, à superfície e atraem uma grande quantidade de cardumes, de
forma que favorecem a prática da pesca, em um fenômeno chamado
de ressurgência.
A corrente fria
de Humboldt constitui-
se como um grande
exemplo de como as
correntes marítimas
interferem no clima,
fazendo surgir
paisagens que,
aparentemente, não
estão relacionadas a
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elas, como os desertos. Como as suas temperaturas são baixas, ela não gera
muita umidade, fazendo com que o seu ambiente ao redor fique seco e atraia
todo o ar úmido que por ele passe. Com isso, os ambientes litorâneos próximos
(no caso, a costa do território do Chile) recebem pouca umidade, o que,
somado a outros fatores, faz com que se constitua o conhecido Deserto do
Atacama.
Outra importante função das correntes marítimas em relação ao clima
global é a distribuição das temperaturas, que impede que as áreas que
recebem mais radiação solar fiquem continuamente mais quentes e as áreas
polares fiquem continuamente mais frias, pois distribuem o calor. Por isso, o
estudo da dinâmica de cada uma das correntes existentes é sistematicamente
realizado por especialistas em oceanografia, climatologia e áreas afins, pois
nos permite compreender melhor as relações das dinâmicas naturais do
planeta Terra.
Fonte: Mundo Educação Bol
• Poluição
Segundo a Agenda 21, o meio ambiente marinho caracterizado pelos
oceanos, mares e os complexos das zonas costeiras formam um todo
integrado que é componente essencial do sistema que possibilita a existência
da vida sobre a Terra, além de ser uma riqueza que oferece possibilidade para
um desenvolvimento sustentável (Cap.17.1).
Mas apesar da imensidão, as águas marinhas existentes no globo vêm
sofrendo muito com a poluição produzida pelo homem, que já atinge inclusive o
Ártico e a Antártida, onde já se apresentam sinais de degradação. Devido ao
grande volume de suas águas, os mares e oceanos há muito tempo vêm sendo
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usados como depósitos de detritos. É difícil saber a quantidade exata de
poluentes lançados ao mar, pois todos os dias, os mares recebem toneladas de
resíduos – alguns tóxicos, outros nem tanto.
Cerca de 77% dos poluentes despejados vêm de fontes terrestres e
tendem a se concentrar nas regiões costeiras, justamente o habitat marinho
mais vulnerável, e também o mais habitado por seres humanos. A população
que mora no litoral ou nele passeia nos finais de semana e feriados é uma das
grandes responsáveis pelo lixo que acaba se depositando no fundo do mar.
Produzimos cada vez mais lixo e nos descartamos dele com uma velocidade
cada vez maior.
Um estudo feito pela Academia Nacional de Ciências dos EUA estima
que 14 bilhões de quilos de lixo são jogados (sem querer ou intencionalmente)
nos oceanos todos os anos. Não é à toa que as descargas de detritos urbanos
produzam efeitos tão nocivos.
Principais causas da poluição marinha e poluentes:
- Petróleo, combustíveis e outros produtos químicos que chegam as
águas dos oceanos quando ocorrem vazamentos em navios ou são
descartados propositalmente por pessoas responsáveis por embarcações;
- Acidentes em oleodutos ou plataformas de petróleo que geram
vazamento para as águas marinhas. Esse fenômeno é conhecido como Maré
Negra;
- Lixos materiais (plásticos, ferros, vidros entre outros) que são jogados
por pessoas que estão em navios ou jogados na praia;
- Lançamento de esgoto doméstico e industrial, sem o devido
tratamento, nas águas. Grande parte do esgoto que chega nos mares e
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oceanos tem como origem os rios que receberam estes poluentes durante seu
trajeto;
- Descarga de lama de dragagem;
Problemas gerados (consequências) para o meio ambiente
- Prejuízos para os ecossistemas marinhos, principalmente
desequilíbrio ecológico.
- Contaminação de peixes e outros animais marinhos que serão
consumidos por pessoas.
- Mortes de pássaros que se
alimentam de peixes contaminados.
Nos casos de vazamento de petróleo,
também é comum ocorrer a morte de
muitos pássaros que entram em
contato com o petróleo.
- Águas das praias tornam-se impróprias para o banho.
- Alta mortandade, dependendo da poluição, de espécies animais
marinhos.
- Degradação de regiões de mangues.
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Fonte: Sua Pesquisa e Ambiente Brasil.