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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Bagé – RS – Brasil 1
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL DE BAGÉ
FACULDADES IDEAU
MONTAGEM DE UM ESQUELETO OVINO PARA FINS
DIDÁTICOS
CARVALHO, Camilla Cabaldi¹
camilla_cabaldi@hotmail.com
DA SILVA, Aryadne Domingues¹
aryadnedomingues109@gmail.com
DE SOUZA, Victória Jaline Dutra¹
viqdutra@gmail.com
DOS SANTOS, Gabriella Staggemeier¹
gabrielastaggemeier@hotmail.com
DUTRA, Otavio de Souza¹
tavin.dutra@gmail.com
SIMÕES, Nathalia Pagalday¹
nathaliapgdy@hotmail.com
CASSAL, Vivian Brusius²
Vbcassal1@gmail.com
CORADINI, Márcia Goulart Lopes²
marciacoradini@uol.com
FERREIRA, Carlos Eduardo Ranquetat²
C_ranquetat@hotmail.com
LINDEN, Liana de Salles Van Der²
lianadesallesvdl@hotmail.com
MUNHOZ, Carolina Goulart²
carolinagoulartmunhoz@gmail.com
SANTOS, Amanda de Souza²
amandass_vet@hotmail.com
¹ Discentes do Curso (Medicina Veterinaria), Nível Y 2016/1- Faculdade IDEAU – Bagé/RS.
² Docentes do Curso (Medicina Veterinaria), Nível Y 2016/1 - Faculdade IDEAU – Bagé/RS.
RESUMO: O objetivo do trabalho foi a construção de um referencial teórico e a montagem de um esqueleto. O
esqueleto utilizado foi de ovino, que tinha em média quatro anos de idade, este foi cedido por um criador de
ovinos residente da cidade de Rosário do Sul. O método de limpeza das peças ósseas foi, em sua maioria, a
maceração mecânica, embora em algumas peças não tenha sido satisfatória, que então, foram, brevemente,
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fervidos, sendo esses os ossos da cabeça e os ossos que compôem a coluna cervical e vertebral. Apesar de alguns
percalços, a limpeza foi bem sucedida. Por fim, concluímos que o projeto teve seus objetivos concretizados, pois
nos proporcionou maior aprendizado tanto teórico quanto prático.
Palavras-chave: anatomia, maceração, ossos, ovinocultura.
ABSTRACT: The assignment goal was the construction of a theoretical reference and a skeleton building. The
skeleton used was ovine, which was 4 years old and was given by a bovine breeder from Rosario do Sul. The
cleaning method of the osseous parts was, at most part, mechanic maceration, although in some pieces it wasn’t
satisfactory, so these parts were, briefly boiled, being these parts the head bones and the cervical and spinal
bones. Even though some mishaps where found, the cleaning was successfully achieved. Lastly, we concluded
that the project goals were achieved, for providing us theoretical and practical learning.
Keywords: anatomy, maceration, bones, sheep farming.
1. Introdução
A utilização de esqueletos auxilia nas atividades científicas e didáticas, por fornecer
informações seguras sobre as adaptações específicas dos vertebrados como, por exemplo,
sustentação, postura e modo de locomoção (HILDEBRAD e GOSLOW, 2006).
Cursos laboratoriais possuem grande importância científica para a educação em geral,
levando a uma evolução significativa tanto na parte acadêmica quanto na aprendizagem dos
estudantes (YASSER e TOLBA, 2009 apud CURY et al, 2013).
O laboratório de anatomia tem como objetivos o estudo de peças anatômicas sintéticas
e cadavéricas sendo indispensável o manuseio das mesmas. As peças passam por dissecação e
reparação para estudo, sendo conservadas geralmente em solução de formaldeído a 10% ou
pela técnica de glicerinação (FREITAS, et al, 2009, apud CURY et al, 2013).
Há vários fatores referentes às peças ósseas que devem ser levados em consideração na
preparação de esqueletos, como, por exemplo, a necessidade de desarticulação completa ou de
manutenção de cartilagens e articulações. Dessa forma, o objetivo didático do uso das peças
deve ser definido antes da escolha da técnica a ser utilizada (SILVEIRA, ET AL, 2008, apud
OLIVEIRA, et al, 2016).
Preparar peças anatômicas, como os ossos, permite o manuseio e melhor aprendizado
por parte dos estudantes. O preparo adequado das peças deve seguir cuidadosamente algumas
etapas: a primeira é evitar o uso de animais com fraturas; a segunda consiste no descarne, o
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qual se baseia na retirada dos tecidos moles evitando danificar as superfícies ósseas; e por
último, à maceração, ou seja, manter as estruturas anatômicas em substâncias específicas com
capacidade para dissolver elementos não-ósseos (SILVEIRA, et al, 2008 apud OLIVEIRA, et
al, 2016).
Utilizou-se um esqueleto ovino, devido a ovinocultura ser uma atividade de grande
importância econômica e de tradição para o rio grande do sul, apesar do estado já ter passado
pela crise da lã ocorrida nas décadas de 80 e 90, o rebanho ovino gaúcho ainda é o maior a
nível nacional (SILVA, et al. 2013).
Dentre as raças de ovinos, a raça corriedale apresenta a maioria de animais no estado,
são originários do pampa uruguaio, chegaram no Brasil no fim da década de 1930. Os
rebanhos já formam bem mais populosos pelos campos do rio grande do sul quando a
ovinocultura era voltada para a produção de lã e era uma das principais atividades econômicas
(FACCHIN, 2015).
O presente trabalho teve como objetivo realizar a montagem de um esqueleto ovino
com o intuito de enriquecer para o acervo da faculdade e auxiliar nas aulas teóricas e práticas
de anatomia óssea.
2. Referencial Teórico
2.1 A ovinocultura no estado do Rio Grande do Sul
A ovinocultura no Rio Grande do Sul teve seu início por influências diretas das
colônias espanholas. Os primeiro animais, de procedência uruguia e argentina, eram criolos,
possuíam lã grossa e originavam-se basicamente da raça charrua (RIO GRANDE DO SUL,
1982).
A obra de Vieira e Santos (1967) traz as primeiras referencias sobre a criação ovina no
Rio Grande do sul. No século XVIII, os ovinos eram criados com vistas à produção de peles e
pelegos para montaria. Os rebanhos, de origem espanhola e asiática, eram criados livres a
campo sem qualquer assistência por parte dos criadores. A lã, principal produto, era fiada e
tecida dentro das propriedas para confecção de ponchos e cobertores para uso próprio.
Alguns dos fatores que favoreceram o desenvolvimento da ovinocultura no Rio
Grande do Sul foram o clima e as pastagens, como também por suas características de criação
mista dos ovinos e equinos. Inicialmente o objetivo da ovinocultura era abastecer as estâncias
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com a produção de carne e lã. Ao longo dos anos foram sendo introduzidas novas raças,
melhoria no manejo e em medidas sanitárias, o que auxiliou na expansão dos rebanhos
valorizando a lã comercialmente (RIO GRANDE DO SUL, 1982).
Segundo Santos, Azambuja e Vidor (2009) houve a diminuição pela procura da lã nas
décadas de 80 e 90, por esse motivo muitos produtores rurais deixaram de criar ovinos.
Porém, com a busca da carne ovina, os produtores rurais voltaram a atividade no final da
década de 1990.
A falta de dados históricos impossibilita de estudar a verdadeira origem dos atuais
ovinos. Partindo, porém, da hipótese de que o rebanho provenha das repúblicas
platinas, o que é perfeitamente admissível, pode-se concluir que os primitivos ovinos
introduzidos no estado eram descendentes dos primeiros rebanhos trazidos a esse
continente pelos conquistadores, logo depois da descoberta da América
(NOCCHI,2001).
2.2 Anatomia
O termo anatomia refere-se a ciência que lida com a forma e a estrutura de todos os
organismos. Literalmente, a palavra significa cortar a parte; era usada pelos primeiros
anatomistas com referência a dissecação completa de um cadáver (ROWEN, et al, 2011).
Anatomia não é um tópico morto. É a parte viva da constante pesquisa científica. E
também a base para todo conhecimento biológico (HENRICK, 1986).
O esqueleto fornece uma base para estrutura e a aparência externa da maioria dos
animais vertebrados conforme os conhecemos (ROWEN, et al, 2011).
O número dos ossos do esqueleto de um animal varia com a idade, dependendo da
fusão, durante o crescimento, elementos esqueléticos que estão separados no feto ou
no indivíduo jovem. Em adultos da mesma espécie, ocorrem variações numéricas
constantes, por exemplo, o tarso de um cavalo pode consistir de seis ou sete ossos e o
corpo de sete a oito; em todos os animais domésticos, o número de vértebras caudais,
varia consideravelmente (SISSOW E GROSSMAN, 2012).
A osteologia em seu sentido restrito e etimologicamente é o estudo dos ossos
(DANGELO, 2007).
Em sentido mais amplo inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou
relacionadas com os ossos, com eles formando um todo chamado esqueleto (FATINI, 2007).
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Segundo Nibbering (2013) o termo esqueleto é aplicado para a armação de estruturas
duras que suporta e protege os tecidos moles dos animais; os ossos, constituintes do esqueleto,
são considerados órgãos hematopoiéticos, pois produzem componentes do sangue.
O esqueleto é dividido em três partes: a primeira denominada esqueleto axial, sendo
formada pelos ossos do crânio, a coluna vertebral, o esterno e as costelas; a segunda parte é o
esqueleto apendicular constituído pelos membros torácicos e pélvicos; e a terceira parte forma
o esqueleto visceral que é constituído pelos ossos que se desenvolvem em determinados
órgãos (GETTY, 1986).
Existem diversas técnicas para a extração do esqueleto de vertebrados, podendo ser
utilizados diferentes processos químicos, biológicos ou mecânicos, aplicados isoladamente ou
combinados. Os processos químicos são, geralmente, os mais agressivos, utiliza-se, peróxido
de hidrogênio em diversas concentrações, Quando se necessita de esqueletos desarticulados e
livres de todo tecido para estudos (KAWAMOTO, et al, 2006).
Os processos mecânicos compreendem a retirada dos tecidos moles (músculos,
articulações, pele, gorduras e cartilagens). Os processos biológicos visam a limpeza específica
com auxílio de artrópodes, bactérias e/ou processos naturais, na qual os animais ficam imersos
em recipientes com água e expostos a locais abertos, com pouca incidência de luz e umidade
excessiva. Por fim, a maceração química compreende a adição de produtos químicos na água
para melhor limpeza dos tecidos (SILVEIRA, et al, 2008).
Maceração por Dermestes, coleópteros com ampla distribuição geográfica que se
alimentam da carne seca residual da carcaça de animais mortos, são indicados para a
limpeza de esqueletos delicados ou quando a estrutura óssea esteja relativamente
intacta. O tempo de permanência das peças anatômicas sob a ação dos Dermestes
depende da abundância de larvas na colônia (FRANCO, et al, 2001).
A maceração é o processo de submergir a espécie em água no recipiente e deixando
que as bactérias decomponham os tecidos moles, restando só o esqueleto (MACHADO &
PEIXOTO, S/D).
Conforme o mesmo autor, o uso de besouros para limpeza é normalmente restrito a
animais pequenos ou médios. Uma colônia bem mantida resultará numa limpeza
meticulosa e esqueletos articulados. Não há, geralmente, perda de dentes, o dano ao
esqueleto é mínimo ou nenhum e poupa esforço e tempo de trabalho do preparador.
Seguindo a ideia dos autores Machado e Peixoto, uma limpeza previa deve ser feita,
toda a musculatura que conseguir deve ser separada do esqueleto, não é obrigatória a retirada
da musculatura intercostal de pequenos mamíferos.
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2.3 Histologia óssea
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e
material extracelular calcificado (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013, P.132).
Segundo Junqueira e Carneiro (2013) as células são: os osteócitos, que se situam em
cavidades ou lacunas no interior da matriz; os osteoblastos, que sintetizam a parte
orgânica da matiz e localizam-se na periferia; e os osteoclastos, células gigantes,
moveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos
de remodelação dos ossos.
Segundo Junqueira e Carneiro (2013), já que não tem a existência da difusão de
substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição dos osteócitos precisa da ajuda de
canalículos que existem na matriz.
3. Metodologia
Para a realização da montagem do esqueleto foi utilizado um ovino do sexo feminino,
sendo uma mistura das raças corriedale e texel de aproximadamente quatro anos. O animal foi
doado pelo criador Oneide Machado, residente da cidade de Rosário do Sul, a causa do óbito
foi oestrose (bicho na cabeça).
Foi realizada a maceração mecânica para retirar músculos e tecidos moles, os
materiais utilizados foram: facas, luvas e jaleco. Após, o esqueleto foi deixado ao ar livre
durante sete dias, exposto ao sol para secar os resíduos que ainda continham nos ossos.
Após alguns dias o esqueleto foi levado para a faculdade Ideau Bagé, onde
permaneceu dentro de uma caixa d’água. Percebeu-se que o esqueleto estava com miíases, as
larvas ficaram por aproximadamente sete dias no esqueleto, porém por ser um processo
demorado decidiu-se não deixar as larvas por mais tempo e as peças foram lavadas em água
corrente e feito novamente processos mecânicos durante três horas para retirar os resíduos
(carnes) que restavam, os materiais utilizados novamente foram facas, luvas e jalecos. O
passo seguinte foi ferver durante 45 minutos a cabeça e durante 30 minutos as vértebras
cervicais e lombares sempre monitorando as cartilagens para não derreterem. Após a fervura
todas as peças ficaram imersas em baldes com 800 ml de formol e água durante cinco dias.
O grupo novamente se reuniu na faculdade para retirar as peças do formol e terminar a
raspagem dos ossos que ainda continham resíduos que não se degradaram no formol.
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Nas vértebras cervicais e lombares foi realizada a maceração mecânica com facas. Os
ossos ficaram durante dois dias no sol e depois foram lixados.
Nas costelas e na região torácica da coluna, foi feita a raspagem com faca de serra e
lisa, logo após foi usado a chama do isqueiro para queimar os restos de carne que ainda estava
nos ossos. Por fim, utilizou-se uma lixa para retirar os resíduos. Durante todo o processo foi
utilizado luvas de procedimento e avental.
Nos membros dianteiros foi feita a raspagem com faca lisa e de serra retirando boa
parte dos restos do animal que ainda se faziam presentes nos ossos, logo após foi deixado os
ossos de molho em uma bacia com vinagre por 45 minutos, pois o ácido acético quando
deixado por muito tempo pode amolecer o osso. Ao serem retirados do vinagre notou-se que
os resíduos haviam diminuído. Posteriormente, foi feita mais uma raspagem com faca e para
finalizar o processo de limpeza os ossos foram lixados com lixa para madeira. Por fim, foram
colocados no sol para secarem. Nesses membros não foi necessário colocar no peróxido, pois
já estavam brancos o suficiente.
No dia dez de maio todas as peças ficaram imersas no hidróxido e água em um
recipiente, após 24 horas retiramos os ossos e constatou- se uma melhora significativa na
coloração dos mesmos.
No dia 12 de maio deixamos os ossos ao sol para secar, para que pudéssemos lixar
para retirar os últimos resquícios de carne.
No dia 25 de maio começamos a montagem do esqueleto, como desde o início da
maceração tivemos o cuidado de não perder as cartilagens muitas peças se mantiveram unidas
o que facilitou a montagem das peças.
As vértebras ficaram durante quatro dias ao ar livre para ficar ao sol e secarem
alinhados. Após as vertebras secarem, algumas foram unidas com cola quente, mas acabaram
descolando após secarem.
A montagem do esqueleto começou pela coluna unindo as vértebras e posteriormente
ligando o atlas (primeira vertebra cervical) aos côndilos do crânio.
Os ossos dos membros pélvicos e torácicos e as costelas foram encaixados e foi
utilizado uma furadeira para perfurar os ossos para conseguir passar um arame para unir os
mesmos.
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Foi utilizado durepoxi para auxiliar na união de alguns ossos. Nos membros
posteriores foi utilizado para unir o carpo ao metacarpo. Nos membros inferiores foi utilizado
para unir a tíbia ao talus e calcâneo e ambos ao metatarso.
As escápulas foram fixadas nas quinta e sextas costelas para manter o apoio dos
membros dianteiros.
A fixação do esqueleto foi realizada em uma madeira medindo 115x30 cm com hastes
de ferro fixando a coluna e os membros dando assim estabilidade ao esqueleto.
Os materiais utilizados foram: facas, baldes, água, formol, arame, fogo, cola quente,
caixa d’água, tonel de tinta, lixas, vinagre, furadeira, durepoxi, ferro, abraçadeira.
Miíase.
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Lavagem em água corrente.
Limpeza de todos os ossos.
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Balde com 800 ml de formol e o restante de água.
Limpeza da cabeça, e costelas.
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Maceração da cabeça, costelas e vértebras cervicais.
Raspagem das vértebras cervicais.
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Ossos no peróxido.
Ossos no peróxido.
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Ossos secando ao sol.
Esqueleto montado.
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3. RESULTADOS E ANÁLISE
A maceração mecânica foi considerada satisfatória quando realizada em determinados
ossos como: ossos dos membros pélvicos, torácicos e cabeça, porém uma de suas
desvantagens é que em ossos mais irregulares como as vértebras se torna mais difícil de
realizar a limpeza.
A maceração feita com miíases não se mostrou muito vantajosa por ser um processo
demorado e precisaria que o esqueleto ficasse em um lugar aberto.
As peças que foram fervidas mostraram resultado satisfatório, por que alguns minutos
de fervura já foram o suficientes para não derreter a cartilagem e facilitar a remoção de carne.
A utilização de peróxido foi efetiva, pelas peças terem ficado apenas 24 horas imersas
e já terem melhorado sua coloração.
A utilização de cola quente não foi satisfatória por não ter sido eficiente na união dos
ossos.
Durante a montagem do esqueleto foi verificado a ausência de vertebras caudais e osso
esterno. Algumas vértebras cervicais estavam danificadas, contudo, as mesmas foram
utilizadas.
4. CONCLUSÃO
Este projeto visou a construção de um referencial teórico e montagem de um esqueleto
de ovino para não só compor o acervo do laboratório de anatomia e colaborar na formação
acadêmica de alunos de veterinária, mas também auxiliar professores durante as aulas.
A elaboração desse trabalho foi extremamente importante para facilitar o aprendizado
teórico e para comparar-se o que a literatura veterinária ensina sobre anatomia com material
prático.
Conclui-se que o projeto de aperfeiçoamento teórico prático teve seus objetivos
alcançados, pois agregou o conhecimento e aperfeiçoamento da teoria e prática.
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5. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
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FACCHIN, E. Raça de ovinos corriedale representa 60% do rebanho do Rio Grande do
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