Post on 13-Apr-2016
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Rio TieTê
são paulo rio de janeiro minas gerais espírito santo
300classificados
para você comprar um barco usado
Dá pra crer?Quanto mais se afasta de São Paulo, mais o rio mais mal falado do país surpreende
edição nº 1 | outubro 2013 | r$ 12,00
os barcos que você não pode perder
O rei dO anzOlo que o mais
famoso pescador de mar tem a ensinar
Carretilha Ou mOlinete?
as dúvidas que todo pescador iniciante
sempre tem
20132013BOAT SHOWSÃO PAULOSÃO PAULO
BOAT SHOWChurrasCO nO barCOas dicas para
o seu passeio ficar ainda mais gostoso
Nova revista
6 Náutica SudeSte
que reviSta é eSSa?Para um país com dimensões continentais,
como o nosso, uma só revista não basta.Por isso, a partir de agora, a tradicional
revista Náutica passa a ter mais uma edição regional – a segunda, depois da pioneira Náutica Sul, dedicada ao Paraná, Santa catarina e Rio Grande do Sul. Os novos estados contemplados com esta edição que você tem nas mãos, a primeira da nova Náutica SuDEStE, são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
a cada dois meses, tal qual sua congênere do Sul, Náutica SuDEStE apresentará os melhores lugares para navegar nas águas desse quatro estados, não só no mar como também em rios e represas, como bem ilustra a reportagem de capa desta edição, sobre o lado mais surpreendente do Rio tiête, que nem de longe lembra a má fama que tem.
Náutica SuDEStE também mostrará o que há de novo no mercado, ensinará a cuidar melhor das embarcações e exibirá um farto número de anúncios classificados, para quem ainda não tem ou anda pensando em trocar de barco. E tudo isso focado apenas na sua região, para você aproveitar ao máximo os temas, já que, num país com as dimenssões do Brasil, não é fácil agradar a todos.
agora, com Náutica SuDEStE, paulistas, cariocas, mineiros e capixabas ganham uma revista que fala – só – sobre as águas que frequentam e lhe interessam. uma segmentação e aprimoramento da informação.
Porque, para um país com o tamanho do Brasil, uma só Náutica não basta.
ErnaniPaciornik Presidente do grupo Náutica
ANFITRIÕESOs casais Denise Godoy e Ernani Paciornik, da Boat Show Eventos, e Manuela e Berardino Fanganiello, do Iate Clube de Santos, que sediou um salão diferente, onde até carros de grandes marcas brilharam (ao lado)
GENTE DO MEIO Acima, a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito, com Suzana Costa, da Intermarine, à esquerda, Hemerson Diniz e Nelson Waisbish, da First Yachts, e ao lado André Granja e Rogério Silva, da American Boat, que representa a Chris Craft. Todos os grandes estaleiros estiveram presentes
BOUTIQUE BOAT SHOW GUARUJÁUm novo tipo de feira náutica, de alto nível, levou alguns
dos melhores barcos do país para dois fins de semana
de exibição — e muito sucesso — no Iate Clube de Santos
“ A elegância do Iate Clube de Santos serviu de cenário para um Boat Show diferente
“ Na água, só grandes barcos:
Azimut, Ferretti, Intermarine,
Schaefer, Fairline, Beneteau...
Aconteceu...
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O que você não deve perder no próximo salão
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POR JORGE DE SOUZA
Quem só conhece a pior parte
do rio mais mal falado do país,
custa a acreditar que praias,
paisagens e água limpíssima
possam surgir depois do esgoto
a céu aberto que cruza São
Paulo. Mas é justamente isso o
que quem se dispuser a navegar
de Barra Bonita para baixo,
como fizeram os participantes de
um recente cruzeiro, irá descobrir,
ao conhecer...
A S OU T R A S ÁGUA S DO
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A RUA DOS BARCOSCom a inauguração de mais duas lojas náuticas,
a Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo, firma-se de vez como a rua dos barcos na cidade que nem tem mar,
mas muita gente — cada vez mais — querendo navegar
Por conta do seu tamanho de megalópole, São Paulo tem tendência a unificar produtos e serviços numa só rua ou região, porque torna a vida mais fácil e
prática. É assim com os eletroeletrônicos na Rua Santa Ifi-gênia, com as lojas de moto-peças nos arredores da Barão de Limeira, com os atacadões da 25 de Março e com os vestidos de noiva da Rua São Caetano, não por acaso bem mais conhecida como a “Rua das Noivas”. É tanta seg-mentação que até os barcos têm um endereço coletivo: a Avenida dos Bandeirantes, na zona sul da cidade.
Ali, ao longo dos seus quase sete quilômetros de ex-tensão, há atualmente quase uma dezena de lojas náuti-cas (mais duas bem próximas), que vendem praticamen-te tudo o que existe para a diversão na água — de boias coloridas a iates, passando por lanchas, acessórios e jets.
As duas mais recentes novidades no pedaço aconteceram em agosto, com a inauguração das lojas oficiais das mar-cas Schaefer Yachts e Cimitarra, ambas com grandes bar-cos expostos em megavitrines que ocupam a fachada in-teira das lojas e chamam ainda mais a atenção de quem passa, numa cidade dominada pelos automóveis — só na Avenida dos Bandeirantes passam cerca de 30 000 deles por hora, o que acentua ainda mais o curioso aspecto de ver grandes lanchas expostas quase na calçada e faz mui-ta gente embarcar no sonho de ter um barco. “Quando os motoristas, trancados no trânsito sempre congestionado da Bandeirantes, olham para o lado e veem uma lancha, ime-diatamente se imaginam passeando na água no fim de se-mana, e isso já levou muita gente a comprar um barco co-nosco”, diz Marçal Martins, da loja Universo Náutico.
A localização da Avenida dos Bandeirantes é estratégi-ca para as lojas de barcos não apenas por ser uma das prin-cipais artérias da maior metrópole do país, unindo a Mar-ginal do Rio Pinheiros à Rodovia dos Imigrantes, caminho natural para Santos, Guarujá e o litoral sul paulista. Ela também serve de acesso ao Aeroporto de Congonhas, que fica colado na avenida — portanto, frequentada por mui-ta gente com poder aquisitivo para comprar um barco. “A caminho da praia, a pessoa é naturalmente estimulada a imaginar como seria bom ter um jet ou uma lancha para aproveitar ainda melhor o mar”, explica outro lojista da re-gião, Valdir Brito, da Jetco.
A total proximidade com o aeroporto é, também, um facilitador para quem vem de outras cidades em busca de comprar um barco, jet ou equipamentos náuticos — não
é preciso nem enfrentar o trânsito de São Paulo para fe-char bons negócios, já que, como as lojas da Avenida dos Bandeirantes vendem bastante, ainda costumam oferecer bons descontos nas negociações. Também ajuda na pes-quisa dos interessados, porque, com todas as lojas na mes-ma rua, fica bem mais fácil visitar várias delas no mesmo dia, para comparar preços e ofertas.
Por tudo isso, a Bandeirantes, famosa também por reunir várias lojas de outros segmentos (piscinas, banhei-ras, churrasqueiras, etc. etc.), tornou-se uma das maiores vitrines de São Paulo, literalmente, até porque barcos não cabem em qualquer espaço. E a imagem de lindas lanchas expostas em meio ao concreto e asfalto criam um inusi-tado cenário numa cidade que não tem mar, mas muita gente sonhando em começar a navegar.
MAIS UMA Nova loja oficial da
Cimitarra na avenida com mais “água” de
São Paulo: o trânsito sempre ruim ajuda
a vender mais barcos
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A primeira coisa que passa pela ca-beça quando se quer melhorar o desempenho de uma lancha
é trocar o motor. Claro que isso aju-da. Mas custa no bolso e nem sempre resolve o problema. Por isso, antes de decidir pela simples troca da motori-zação, vale a pena considerar alternati-vas bem mais simples e, principalmen-te, mais baratas, que podem fazer sua lancha navegar melhor e mais rápido. Como estas aqui ao lado.
Veja se não há cracas nem limo no casco
Se houver, limpe tudo: casco, eixo, leme,
etc. Esses parasitas da água criam arrasto,
“freando” o barco. Numa lancha de médio
porte, com propulsão de eixo e pé-de-
galinha, incrustações no casco reduzem a
velocidade em, pelo menos, 20%.
E, às vezes, até impedem o planeio.
Alinhe bem o eixo da propulsão
Barcos com propulsão tipo eixo e pé-de-
galinha precisam ter o eixo muito bem
alinhado com o motor, para reduzir ao
máximo a vibração, pois ela também
provoca perda de potência.
Não leve mais do que o necessário nos tanques
Combustível e água pesam um bocado. Por
isso, carregue o necessário para o passeio,
acrescido de uma reserva de cerca de um
terço. Quem navega sempre com o tanque
cheio ganha tranquilidade, mas perde
velocidade.
Mantenha os hélices em bom estado
Hélices danificados, por menor que seja
o dano, forçam o sistema de propulsão,
geram vibração e roubam velocidade. Se
eles sofrerem qualquer deformação, mande
repará-los e balanceá-los. Se o caso for mais
grave, troque por novos.
Ajuste o passo do héliceHélices fora do passo prejudicam a
performance e podem até danificar o
motor. Se a rotação não atingir a máxima
prevista, é sinal de que o passo está muito
longo. Se, ao contrário, passar da máxima,
é porque ele está curto. Nos motores de
popa, a rotação varia cerca de 200 rpm
para cada polegada no passo.
Distribua bem o peso a bordo e não exagere
Quanto mais leve, mais rápido. Então,
retire os supérfluos. Se a lancha for
pequena, o peso mal distribuído a deixará
desequilibrada e lenta. Concentre o peso no
centro, um pouco atrás da meia-nau.
Não deixe a popa afundar demais
Para erguer a popa do barco e assim
diminuir o arrasto, use flapes fixados no
espelho de popa. Quando se abaixam os
flapes, a popa ergue e o barco passa a
navegar na posição normal, portanto, com
maior velocidade.
Posicione bem o motorBarcos com motor de popa ou centro-
rabeta atingem seu melhor desempenho à
medida que se ergue a proa e reduz a área
de contato com a água. Mas isso precisa
acontecer na medida certa, sem que o
motor levante demasiadamente, para o
hélice não ventilar.
Equipe a lancha com um jack plate
O jack plate serve para erguer o motor de
popa verticalmente, diminuindo o atrito
do hélice e da rabeta com a água, sem,
contudo, alterar o trim da lancha. É um
ótimo e simples recurso.
Recolha a capota, sempre que possível
Capotas protegem bem contra o sol e a
chuva, mas impedem que o barco atinja
maiores velocidades, porque, quando
abertas, aumentam a resistência ao ar. Se
você quiser navegar mais rápido, ande com
ela fechada ou a recolha sempre que puder.
truques para navegar
mais rápido
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MAIS NÓS COM MENOS DINHEIRO10 maneiras bem mais econômicas de
aumentar a performance de sua lancha do que
apenas trocar o motor por outro mais forte
Você e seu barco
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sileiro”) Juan Fálcon, que também é pintor e escultor e usa suas telas e peças para deco-rar o ambiente, é um restaurante sui generis. Não passa de um galpão aberto, sem paredes, só com algumas grelhas quase ao ar livre, que formam a única “construção” da ilha — se é que dá para chamá-la assim. Mas, junto com as três praias da ilha, é razão mais que suficien-te para ir até lá. E de barco, porque não há ou-tro meio de chegar.
O Tamandubar também só abre quando o tempo, o vento e o mar permitem, o que leva Juan a avisar, um por um, os clientes, via tor-pedo. “Neste, vamos abrir!”, dispara, às véspe-ras dos fins de semanas contemplados pela sor-te e pela boa vontade de Netuno. “Se não fosse numa ilha seria bem mais fácil, mas não teria a menor graça”, diz o uruguaio, um figuraço de 64 anos, pai de uma penca de filhos que vão dos 44 aos 2 anos de idade, e que sofre horrores para transportar tudo até a ilha – que nem tem energia elétrica. “Trago tudo no gelo”, expli-ca. “Mas me baseei no sistema do McDonalds, que oferece poucas opções de cardápio, o que torna tudo mais prático.”
As porções (lula, marisco, camarão...) são preparadas antes e colocadas em pacotinhos, com a quantidade certa para ir à chapa, se-gundos antes de salivar a boca dos clientes, que chegam aos montes, de barco, de Ubatu-ba, Ilhabela e São Sebastião, especialmente no verão — quando, então, a ilha abre todos os dias que o mar permite. Já os peixes vão intei-
ros para a grelha e chegam à mesa crepitan-do sobre pranchas de ferro, para delírio dos co-mensais, que invariavelmente acabam virando amigos do dono – que é a própria síntese do curioso restaurante. “Gente chata eu ponho pra correr daqui”, avisa Juan. E põe mesmo.
Ele chegou a viver um ano inteiro na ilha, acenando para os barcos da areia, feito um náufrago que oferecia comida em vez de pe-dir, mas hoje é famoso entre quem sabe das coisas. Já os outros, chegam intrigados (como pode haver um restaurante ali?) e saem tão surpresos quanto saciados.
A SURPRESA DA ILHA
É A CARA DELE O artista e cozinheiro Juan Fálcon: a essência e o faz tudo no exótico e delicioso Tamandubar, que não passa de um galpão numa ilha deserta
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TUDO NA PRAIA A Ilha tem três praias, todas lindas. Mas, não fosse pelas bandeiras fincadas na areia, ninguém diria que aqui se esconde um restaurante
Caraguatatuba
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Ilha do Tamanduá
Onde fica?A Ilha do Tamanduá fica
bem pertinho da praia da
Tabatinga, em Caraguatatuba,
no litoral norte de São Paulo,
mas com acesso só por
barco. Não há transporte
fixo da praia para a ilha,
mas o barqueiro Valdecir
(tel. 12/99753-8002) pode
levar e buscar — é só
combinar. Antes, porém,
ligue para o próprio dono do
Tamandubar (tel. 12/99767-
1367), para perguntar se o
restaurante vai funcionar.
Gosto não se discute, mas poucos
discordam de que a lula grelhada
é o melhor prato do Tamandubar.
No mínimo, o mais pedido. “É a
melhor lula do mundo!”, exagera
o velejador Beto Padiani, que por
causa dela virou habitué da ilha. O
segredo está na maciez do molusco após o choque de
temperaturas a que é submetido. “Quebrei a cabeça
pra achar um jeito de tirar aquela textura de chiclete
da lula”, diz o uruguaio Juan. “Mas
lembrei da técnica de maturação
da carne uruguaia e resolvi fazer
o mesmo com ela, congelando e
descongelando, até quebrar as fibras.
Ficou bem molinha.” E também
deliciosa, já que é temperada com
curry e outras iguarias. Cada porção tem meio quilo
de macios anéis da — muito possivelmente — melhor
lula que você já comeu na vida.
A lula que já vale a viagem
Escondida numa ponta de Caraguatatuba, a bonita Ilha do Tamanduá esconde outra surpresa, ainda mais saborosa: o Tamandubar, um restaurante bem peculiar
uem olha não vê. Nem a própria ilha, que, dependendo do ângulo de visão, se mistura com o morro da praia da Ta-batinga, em Caraguatatuba. Mesmo
quem a enxerga, custa a acreditar que naque-la ilha aparentemente deserta possa existir um lugar para comer — e, ainda por cima, bem! Não fosse por bandeiras amarelas fincadas na areia da praia principal (grande e linda, por si-nal), ninguém diria que, atrás delas, sob a som-bra das árvores, se escondem simpáticas me-sas vermelhas ao ar livre de um bar-restaurante que, para muitos, é o melhor de toda a região. No mínimo, o mais original do litoral norte paulista: o informal e nada convencional Ta-mandubar, onde os clientes sentam-se com o pé na areia e em bancos de madeira e não re-clamam. Pelo contrário, amam.
O Tamandubar, “o bar da ilha do Taman-duá”, explica o dono do lugar, o uruguaio (“com mais anos de Brasil do que muito bra-D
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MAGELLANO 50MARCELO ALBERTONI, gerente comercial
da First Yachts, que acaba de trazer a primeira
Magellano para o Brasil, fala sobre este novo
conceito de barco, que não é lancha nem trawler
A série Magellano, da Azimut, é um novo estilo e concei-to de barco. Não é um iate
nem um trawler, mas uma fusão des-ses dois tipos, com ênfase no confor-to e bem-estar a bordo. É um barco para quem quer ficar um bom tem-po embarcado e não apenas fazer pas-seios rápidos e voltar para a marina. Sua cabine, por exemplo, tem por-tas mais largas que o habitual nos bar-cos e menos cômodos do que caberia, porque o objetivo é que todos eles se-jam amplos, altos e com menos divi-sórias de ambientes do que em uma lancha convencional do mesmo por-te. Aliás, de convencional a Magella-no 50 não tem nada, a começar pelo estilo do seu casco, que nem de lon-ge lembra o de trawler, porque tem li-nhas bem mais modernas e ousadas.
Como seu casco é semideslocan-te, a Magellano navega suave e com
OUTRO ESTILOO casco tem linhas próprias. Mas é mesmo por dentro, nos amplos e confortáveis espaços da cabine, que a Magellano se diferencia dos demais barcos
“
“ A prioridade é o conforto. Mas ela é 30% mais econômica do que uma lancha convencional deste tamanho ”
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Novos barcos
muito conforto e ainda oferece o be-nefício de estabilizadores. Com isso, mesmo quando em movimento, sua cabine torna-se um local extrema-mente agradável para navegar. É um barco muito confortável não apenas quando está parado. Mesmo assim, sua performance é atraente. Quan-do equipada com dois motores Cum-mins de 425 hp cada, navega a 17 nós na velocidade de cruzeiro e chega a 22 nós na máxima. E isso com um consumo cerca de 30% inferior ao de qualquer lancha convencional do mesmo porte, o que também se tra-duz em maior autonomia, já que se trata de um tipo de barco para quem gosta de ir longe.
É, enfim, um tipo de barco para pessoas extremamente exigentes quanto ao prazer de estar a bordo e que, entre o conforto e a aparência, sempre optam pelas duas coisas”.
“ A Magellano é um tipo de barco para quem curte ficar a bordo ”
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DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza jorge@nautica.com.br
COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Paulo Inoue (edição de arte), Rosângela Oliveira (reportagem) e maitê Ribeiro (revisão).
PRESIDEnTE E EDITOR Ernani Paciornik
VICE-PRESIDEnTE Denise Godoy
REDAÇÃO E ADmInISTRAÇÃOAv. brigadeiro Faria lima, 3 064, 10o andar, CEP 01451-000, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1000
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DIRETOR COmERCIAl Afonso Palomares afonso@nautica.com.br
DIRETORA DE mERCADO náuTICOmariangela bontempo mariangela@nautica.com.br
ExECuTIVOS DE COnTAS Eduardo Santoro eduardo.santoro@nautica.com.br Eduardo Saad esaad@nautica.com.brGlauce Gonçalez glauce@nautica.com.br
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PARA AnunCIARpublicidade@gr1editora.com.br Tel. 11/2186-1022
NÁuTica SudeSTe é uma publicação da G.R. um Editora ltda. — ISSn 1413-1412. Outubro 2013. Jorn. resp: Denise Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Direitos reservados.
CAPA Foto Angela mattei
CTP, Impressão e Acabamento — IbEP Gráfica
Editorial
P I C I N G U A B A
Cansado de ir sempre para a mesma praia? Então, que tal experimentar uma singela vila caiçara, onde o tempo não passa?
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DOCE ROTINA Vila de Picinguaba, a meio caminho entre Ubatuba e Paraty. Aqui, todos os dias são assim
POR JORGE DE SOUZA
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O MESTRE DO ANZOLDesde que, ainda garoto, o japonês naturalizado brasileiro HATAO IKEBE usou uma simples agulha de costura para moldar um anzol, nunca mais parou de pescar. Hoje, aos 70 anos, é uma verdadeira lenda entre os pescadores de mar e um mestre no assunto, cuja técnica não esconde de ninguém. Até porque sabe que é bem difícil alguém conseguir igualá-lo
POR LUIZ MACIEL
A loja de artigos para pesca Maripesca, onde Hatao Ikebe pode ser encontra-do quando não está pescando — o que
faz, regularmente, um ou dois dias por sema-na — ocupa uma esquina importante do bair-ro oriental da Liberdade, em São Paulo. Mas tem fachada discreta, como se não precisasse atrair cliente algum. Dentro, é atulhada de re-cordações de pescarias: peixes empalhados, fo-tos de pescadores com os troféus que acaba-ram de colher das águas, etc., etc. Nem parece uma loja. Lembra mais uma espécie de tem-plo dedicado à paixão pela pescaria, cujo mes-tre maior é “Ikebe-san”, como Hatao Ikebe é respeitosamente chamado por seus discípulos e amigos pescadores. Aos 70 anos, ele é qua-se uma unanimidade entre os pescadores de água salgada do Brasil e considerado, senão o melhor, com certeza o mais técnico — ou me-ticuloso — na arte de fisgar um peixe no país.
PESCADOR QUE PLANEJA
Hatao Ikebe em sua loja de pesca, em
São Paulo: pescaria, para ele, não é
questão de sorte
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O que convém saber antes de escolher
dúvidas na hora de comprar
um barco
VELEIROS
8 1 Comprar antes ou
depois do verão?
Após o verão, os preços dos barcos
usados tendem a baixar um pouco. Mas
você perderá a melhor época para usá-lo.
Nem sempre vale a pena esperar.
Com broker ou diretamente?
Os brokers têm conhecimento do
mercado náutico e po dem apresentar
boas opções, além de dar orientação
para a compra. Mas se você prefere agir
sozinho, frequente marinas e clubes náuti-
cos e converse bastante com marinheiros
e donos de outros barcos, antes de
escolher.
Novo ou usado?
Um barco novo você pode montar da
maneira que qui ser, escolhendo o motor e
os equipamentos. Também terá a certeza
da procedência, garantia e ainda pode
pagar a prazo. Já a principal vantagem
do barco usado é o preço (bem) mais
acessível. E na hora de revender você não
perde tanto dinheiro. No entanto, quase
sempre tem que pagar à vista.
A vela ou a motor?
Veleiros exigem muito mais
conhecimento, ou seja, será necessário
aprender a velejar. Eles não fazem
barulho, tornando a navegação mais
prazerosa, porém são também mais lentos,
impossibilitando visitar vários lugares no
mesmo passeio. Já com os barcos a motor
o custo é mais alto, tanto para comprar
quanto para manter.
À vista ou parcelado?
Não empate todo o seu dinheiro na
compra de um barco. Até porque você
terá que gastar com equipamentos
(no caso de modelos novos) ou com
pequenas reformas (no caso dos usados).
A maioria dos estaleiros oferecem opção
de parcelamento, com taxas especiais. Mas
se for um usado, compre à vista, já que,
parcelado, os juros são altos.
Proa aberta
ou fechada?
A maioria das lanchas pequenas, de até
23 pés, tem a proa aberta. Com elas,
os passeios ficam bem mais ao ar livre,
mas não podem ser muito longos. Já as
lanchas com cabine, ou de proa fechada,
permitem até dormir a bordo e tendem a
ser mais confortáveis.
Motor de popa
ou de centro-rabeta?
Motor de popa é mais barato, não ocupa
espaço a bordo e tem manutenção mais
fácil. Já o motor de centro-rabeta é mais
eco nômico, mais silencioso, facilita as
atracações de popa, dá mais es tabilidade
ao casco, além de valorizar o barco. Mas
custa mais caro, embora parte do que
você paga a mais, recupera na hora de
vender o barco
A diesel ou a gasolina?
Se a lancha for usada para esquiar, o
motor deve ser a gasolina para dar
arrancadas mais rápidas. Por outro lado,
o consumo e a autonomia são bem
melhores com diesel. No momento
da compra, o motor a gasolina leva
vantagem, pois é mais barato. Em
compensação, na manu tenção, os
motores a diesel são melhores.
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Classificados
112 NÁUTICA SUDESTE NÁUTICA SUDESTE 113
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Náutica SudeSte 11
anfitriõesErnani Paciornik, da Boat Show Eventos, e Berardino Fanganiello, do Iate Clube de Santos, que sediou um salão diferente, onde até carros de grandes marcas brilharam (ao lado)
gente do meio Acima, a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito, com Suzana Costa, da Intermarine, à esquerda, Hemerson Diniz e Nelson Waisbish, da First Yachts, e ao lado André Granja e Rogério Silva, da American Boat, que representa a Chris Craft. Todos os grandes estaleiros estiveram presentes
Boutique Boat Show GuarujáUm novo tipo de feira náutica, de alto nível, levou alguns
dos melhores barcos do país para dois fins de semana
de exibição — e muito sucesso — no Iate Clube de Santos
“ A elegância do Iate Clube de Santos serviu de cenário para um Boat Show diferente
“ Na água, só grandes barcos:
Azimut, Ferretti, Intermarine,
Schaefer, Fairline, Beneteau...
Aconteceu...fo
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12 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 13
“ Além de conhecer os barcos, era possível testá-los lá mesmo
“ No Boutique Boat Show Guarujá participaram apenas barcos acima de 35 pés
“ Neste tipo de salão, as visitas aos barcos acontecem sem nenhuma pressa
terra, mar e arAlém de lanchas, iates e carros sofisticados, havia até helicópteros para quem estivesse interessado em outro tipo de transporte
satisfeitosO casal Fernanda e Mario Simonsen, do Iate Clube de Santos (à dir.), Caio Leonardo e Marco Garcia, da Ventura (ao lado) e Diego e Marcio Christiansen, da Ferretti (abaixo): todos aprovaram esse tipo de evento naútico
jóias por todo lado Lado a lado, uma flotilha de lindos barcos ficou a disposição dos visitantes, que também apreciaram outros artigos de luxo, como jóias sofisticadas
mais genteA decoradora Bya Barros (acima), o casal Mario e Rosana Ferreira, do Iate Clube de Santos (no canto), a família Muller, Roberto e Rogério, pai e filho, da Fairline (ao centro) e Mauricio Barreto, da Yacht Center Group (ao lado) também visitaram ou expuseram seus barcos na feira
Aconteceu...
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classe a Na água, só grandes barcos, que os interessados podiam experimentar na hora, o que levou um público bem seleto ao Iate Clube, como o casal Natália e Diego Pila, da Petrobras (abaixo)
mesas cHeiasNo jantar de abertura (acima), muita gente do mercado náutico, como o casal Fabrizio e Suely Sestinim, da Marine Express, (no canto), Guilherme Andrade, Celso Magalhães e Pedro Odílio, da Schaefer (embaixo,, e Liseo Zampronio e Carlos Brancante (ao lado)
“ Com mais tempo para apreciar os barcos, as negociações acontecem caso a caso
“ Visitantes e expositores gostaram da fórmula, que mistura passeio com negócios
“ Além de barcos, também carros de marcas famosas e desejadas
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“ Um jantar marcou a abertura do primeiro salão do gênero no país
Aconteceu...
Novo Show room cimitarra
Na esteira do sucesso da marca, a Universo Náutico inaugurou
em São Paulo o primeiro showroom das lanchas Cimitarra
“ A loja é um ótimo local para conferir de perto a evolução que os barcos da marca tiveram
lancHas à vista Na grande loja, alguns barcos ficam expostos. Abaixo, o principal nome da Cimitarra, o empresário Tomas Freitag, com a mulher Adriana Arent e o filho Benjamin
alguns nomes Gustavo Barri, Alessandro Calistro, Claudio de Stefane (acima) e Luciano Nogueira, da Total Boats, e Marcelo Cunha, da Nauss, foram prestigiar a nova loja, que tem Marcelo Bezzi (ao lado, ao centro) como gerente
sócios e clientes Celso Antunes, José Henrique, Marçal Martins e Tomas Freitag, sócios da Cimitarra e. na foto acima, Frederico Marcondes e Viviane Reno, clientes da marca, que também foram prestigiar a nova loja
“ Na festa, a fábrica confirmou para o ano que vem o lançamento da Cimitarra 70 pés
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16 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 17
Náutica SudeSte 19
Aconteceu...
feSta veNtura 30 aNoSUm dos mais
tradicionais fabricantes
de lanchas do país
comemora 30 anos
com festa, anúncio de
dois novos barcos e a
inauguração de uma
grande fábrica, em
Minas Gerais
“ Para marcar a data, a Ventura anunciou a produção de duas grandes lanchas, de 50 e 60 pés
“ A história da marca foi contada em imagens e divertidas conversas com os convidados
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programa completo À tarde, cerimônia de inauguração da nova fábrica (acima), bem maior que a anterior, à noite, jantar comemorativo (ao lado) e, no dia seguinte, test drive da nova lancha da marca: foi um evento completo
encontro no lago
O encontro aconteceu no
bonito Hotel do Lago (ao lado), na
Represa de Furnas, onde a família
Ventura contou parte da sua
história para os muitos convidados
(acima)
cerimônia inaugural José Luiz Mota, presidente da Ventura (ao centro), ladeado por Manabu Shimizu, da Yamaha do Brasil, Ernani Paciornik, de NÁUTICA, e os filhos Carlos e André Mota, apresentando a nova fábrica
doisLançamentos na tooLs & toysAgora, além de lanchas e serviços de concierge,
a loja da Ferrettigroup no shopping mais
exclusivo de São Paulo oferecerá, também,
relógios Parmigiani e um condomínio de luxo
“ Por enquanto, o único showroom Parmigiani no Brasil é o que fica dentro da loja da Ferretti
parceiroFerrucio Bonazzi (ao lado, com Sandra Lopes), dono do Fly In Residence, um residencial de alto luxo anexo ao Kiaroa Resort que também começará a ser vendido na loja, e o jantar de lançamento da parceria (acima)
iates e relógiosJean Marc e Carlos Miele, da Parmigiani, que escolheram a loja da Ferretti para sediar o primeiro showroom e ponto de venda dos relógios da marca no país
Música entre barcosPara esquentar a festança de lançamento da Parmigiani na Tools & Toys, DJ e show de Fernanda Porto na própria e linda loja
anfitriões das festasMarcio Christiansen, CEO da Ferrettigroup Brasil e idealizador da Tools & Toys, sua mulher, Berna, e os filhos Diego e Paloma
“ A Tools & Toys é a única loja do país que expõe e vende barcos dentro de um shopping center
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20 náutica sudeste
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Inauguração VIp náutIcaAtravés de dois especialistas em vendas de lanchas da marca, a
Schaefer Yachts ganha sua primeira loja exclusiva em São Paulo
atleta de gala
Entre os convidados para
a inauguração, a atleta olímpica Maurren Maggi,
que chamou tanta atenção quanto
os barcos
“ A primeira lancha foi vendida antes mesmo de a loja ser inaugurada
“ A nova loja fica na mais tradicional rua de barcos de São Paulo, a Avenida Bandeirantes
muita genteOrlando e Maria
Izabel Mendes (abaixo), Andreia
Souza e Lucas Ducatti (ao centro)
e Tércio Lima e Thiago Squetini
dupla de pesoMarcio Schaefer e Marcos Pacheco: um projeta e fabrica, o outro é um especialista em vender as lanchas da Schaefer Yachts, agora com linda loja em São Paulo (abaixo)
parceiros e amigos Os dois principais executivos da Schaefer Yachts, Marcio Schaefer e Pedro Odílio (nas pontas) e a dupla Marcos Pacheco e Mauricio Souza, da nova Vip Náutica
casa cheia Na maquete, a maior lancha da marca, que não cabe na loja. Na festa, muitos amigos do setor náutico, como Marcos Ballarin e Carlos Galvão (ao lado)
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náutIca SudeSte 23
24 náutIca SudeSte náutIca SudeSte 25
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LoJa YacHt center group eM angraEmpresa que representa as marcas Prestige e Segue no Brasil
inaugura filial junto ao mar mais frequentado pelos seus clientes
“ A Yacht Center Group foi o revendedor Prestige que mais cresceu no mundo no ano passado
“ 75% dos donos de lanchas Prestige e Segue têm barcos em Angra dos Reis, daí a loja
“ Junto com a inauguração da loja, aconteceu uma feira de barcos novos e seminovos da marca
nas águas de angra No alto, Elza e João Mansur, com Cristiano Correa e Cidia Prado, acima Aluisio Antoniol, Abdon Santon e Carlos Lima e, ao lado, Germana Patricia e Ricardo Demarco com Mauricio Barreto, ao centro. Muitos amigos e clientes foram conhecer os barcos e a nova loja de Angra (abaixo)
feira com festaNo píer do Pirata´s Mall, ficaram expostos alguns barcos das duas marcas (ao lado), enquanto, lá dentro, Marcellus Andrade, Mauricio Barreto, Fernando Hargreaves e Uriel Calomeni comemoravam a inauguração da filial da YCG em Angra dos Reis (abaixo)
a número 1 do mundoDias antes, em Nova York, Maurício Barreto, da Yacht Center Group (ao centro), recebeu de Nicolas Harvey e Jean-Paul Chapeleau, ambos da Prestige, o prêmio de maior crescimento mundial de vendas da marcaFO
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Ventura Mania Show
Princess exPerience weekend
Em parceria com a VS Náutica, revenda da marca
no noroeste paulista e triângulo mineiro, a
Ventura promoveu um grande evento nas águas
de Rifaina, na divisa de São Paulo e Minas Gerais
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Na Marina do Frade, em Angra,
a marca inglesa mostrou suas
lanchas e ofereceu clínica de golfe
“ No evento, testes e condições especiais de pagamento
“ A Princess tem representação oficial no Brasil
e vende aqui toda a sua linha
cardápio completo Foram três dias de evento, com testes dos barcos na águas de Rifaina e um divertido almoço para os participantes, no restaurante Pandefull (ao lado e abaixo)
testes e tacadas Os convidados conheceram os barcos e ainda ganharam uma clínica de golfe no green da marina (ao lado)
26 náutica SudeSte
28 NÁUTICA SUDESTE
ILHABELA PHANTOM SHOWA Celmar, representante Schaefer Yachts no litoral
paulista, colocou a linha de lanchas Phantom na água,
para os clientes experimentá-las, nas praias de Ilhabela
“ Na água, só lanchas Phantom, de 26 a 62 pés
“ Em três dias de evento, quatro barcos foram vendidos
EVENTO AGRADÁVELA linda paisagem de Ilhabela serviu de cenário para os testes dos barcos da linha Phantom, em evento promovido pela Celmar, do litoral norte paulista
ENTRE AMIGOSO ex-goleiro
Zetti foi um dos amigos de Celso
Magalhães, da Celmar (segundo
à esq, ao lado de Pedro Odílio
e equipe da Schaefer Yachts))
que visitou o evento
Aconteceu...
O SHOPPING DO PESCADOR
Financiamento sujeito a aprovação de crédito | Fotos meramente ilustrativas | Valores promocionais, sujeitos a alteração |
“ A nova Tempest 270 é uma das melhores opções da categoria
“ Havia lanchas na água e no seco, para mostrar todos os detalhes do novo barco
EQUIPE COMPLETA
Armando Romano Filho
(ao centro) e a equipe da
Uniboats: tão satisfeitos com o resultado dos
testes quanto os clientes
TEST DRIVE UNIBOATSPara apresentar a nova lancha
Tempest 270, a Uniboats, do
litoral norte de São Paulo,
promoveu dois fins de semana de
testes para clientes, no Guarujá
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Clube comemorou meio século de
vida com festa e lançamento de livro
“ Entre os presentes, Pierre Loeb, um dos sócios-fundadores do clube, em 1963
BONS AMIGOSA secretária de cultura Marianita Bueno com Rose e Ernane Primazzi e Aluisio Quintanilha (no alto), Candice e Marco Fanucchi (acima) e Vanessa Moisés e José Carlos Posses (ao lado)
ENCONTRO DE COMODOROSPaulo Mangabeira Neto, o novo comodoro, com Berardino Fanganiello, do Iate Clube de Santos, e o livro de Helô Lacerda
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“ Mesmo distante da água, Ribeirão Preto compra muitos barcos
CASA NOVA A fachada da nova loja, maior e mais bonita, e parte da equipe da Nautiko, liderada por Rogério Escochi (ao centro)
NOVA LOJA NAUTIKOA concessionária-símbolo da Mercury,
FS e Mestra Boats, em Ribeirão Preto,
inaugurou nova loja, para aumentar ainda
mais seus recordes de venda na região
“ A Nautiko é o maior revendedor Mercury, FS e Mestra da região
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Náutica SudeSte 35
O que você não deve perder no próximo salão
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20132013BOAT SHOWSÃO PAULOSÃO PAULO
BOAT SHOW
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anuncio_NauticaReg_nautiko_202x133_set13.pdf 1 22/08/13 17:40
Aconteceu...
copa suzuki jimnyEm Ilhabela, a terceira etapa
do campeonato de vela mais
empolgante de São Paulo teve muita
animação dentro e fora d´água
“ A última etapa será no final de novembro, também em Ilhabela
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carro e barco A copa, patrocinada pelo carro da Suzuki, teve até festa com dança, na pousada Armação dos Ventos. Ao lado, a tripulação do Tangaroa, vencedor na ORC
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36 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 37
20132013BOAT SHOWSÃO PAULOSÃO PAULO
BOAT SHOW
“ O salão vai de 17 a 22 de outubro e reunirá perto de 100 expositores
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Expositores já confirmados
estaleiros
Lanchas e veleirosaGuz maRinE
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CREDENCIAMENTO
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ESPAÇODOS
DESEJOS
ESTALEIROS NACIONAIS
ESTALEIROS ESTRANGEIROS
JETS, MOTORES E
EQUIPAMENTOS
LOJAS E ACESSÓRIOS NÁUTICOS
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Revista Náutica
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38 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 39
20132013BOAT SHOWSÃO PAULOSÃO PAULO
BOAT SHOW
Schaefer 620a schaefer yachts terá um grande
estande, com vários barcos, mas o
maior deles no salão será o modelo
620 pininfarina, decorado pelo
famoso escritório italiano de design.
como de hábito, deverá
ser muito visitado.
Intermarine 75Deverá será o maior barco do Boat
show e, como de hábito, atraindo
grandes filas para visitação. sua
cabine tem sala com três ambientes
e quatro camarotes, sendo o
principal enorme.
Azimut 60outra grande lancha — nos dois
sentidos — que vai estar no
salão. o projeto é italiano, mas já
é produzida em santa catarina.
Destaque para a suíte principal, à
meia-nau, muito espaçosa, mesmo
para um barco de 60 pés.
Princess 56uma linda lancha de uma
tradicional marca inglesa. no
salão, terá a companhia de outros
modelos da marca, já que no Brasil
a princess oferece a sua linha
completa.
BARCOs DE DEsTAQuEs
Cimitarra 500 Fly
um dos maiores sucessos do
estaleiro gaúcho cimitarra chega
com novo padrão de acabamento,
bem superior ao anterior, além de
flybridge aumentado.
Sunseeker Manhattan 53
outra grande lancha inglesa, aqui
com representação oficial de
fábrica. Tem estilo de vanguarda e
um nome que dispensa maiores
apresentações para quem gosta de
bons barcos.
Solara 500 HT construída no Rio Grande do
sul, pelo estaleiro solara, será
apresentada pela primeira vez no
são paulo Boat show. usará motor
Volvo ips e terá uma área útil
interna de mais de 80 m2.
novidade
Monte Carlo MC 5
construída por um estaleiro que faz
parte do grupo francês Beneteau,
foi apresentada pela primeira vez
no Brasil no último Rio Boat show
e é uma lancha diferente, tanto no
conceito quanto na aparência.
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40 Náutica SudeSte
Prestige 450FlyFaz parte de uma série de sucesso
da marca francesa prestige, aqui
com representação oficial da marca.
Destaque para a sua distribuição
interna, muito bem pensada.
Smeraldo 40construída em manaus, mas
com projeto italiano, tem dois
confortáveis camarotes na cabine
e, na versão brasileira, uma ampla
plataforma de popa.
Sessa F42 nova lancha italiana construída
no Brasil, fará sua estreia no salão.
preste atenção ao tamanho do fly
e aos detalhes da cabine, como a
cozinha bem completa, com até
máquina de lavar pratos.
novidade
Arth 45 maior e mais novo projeto da
arthmarine, a 415 é grande por fora
e por dentro, com impressionantes
2,20 m de altura na cabine. Tem
teto solar e camas para dois casais.
novidade
20132013BOAT SHOWSÃO PAULOSÃO PAULO
BOAT SHOW
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Bavaria 37 Cruiser
Ótimo veleiro alemão de cruzeiro,
com espelho de popa que vira
plataforma e lugar para seis pessoas
na cabine. Tem duas opções de
quilha: longa ou curta.
novidade
Ecomariner 395 HT
por enquanto ainda em construção,
a mais nova lancha do estaleiro
pernambucano Ecomariner já
estará no salão. É uma 39 pés
com teto rígido e cabine com dois
camarotes.
novidade
Beneteau Oceanis 38
Veleiro francês que é um
lançamento mundial, tem cockpit
bem livre e espelho de popa
rebatível, que vira plataforma, além
de lugar para até dez pessoas
dormirem a bordo.
novidade
Fairline Targa 38menor modelo de um consagrado
estaleiro inglês, famoso pelo
acabamento elegante e impecável
dos seus barcos. Tem dois
camarotes e muito conforto a
bordo.
42 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 43
20132013BOAT SHOWSÃO PAULOSÃO PAULO
BOAT SHOW
Bayliner Pontoon 23 XT muito populares nos Eua, os barcos em forma de plataforma
estão chegando agora ao Brasil, através da marca americana
Bayliner. Este, que vai estar no salão, usa motor de até 150 hp.
Dufour 335outro bom veleiro francês, com popa bem larga e cabine com
dois camarotes. Detalhe interessante é que, mesmo sendo um
barco de porte médio, vem com duas rodas de leme.
Sea Ray 370 Sundancer Lancha americana já produzida no Brasil, muito espaçosa,
dentro e fora, e bem equipada de fábrica.
Triton 345 HTVersão com capota rígida da bem-sucedida Triton 345, é feita
no paraná e tem atraente custo-benefício, como todas as
demais lanchas da marca.
novidade
Sedna LF 365Lancha de pesca oceânica de grande sucesso, vem agora
com novos melhoramentos. Destaque para a cabine, que mais
parece a de uma lancha de passeio.
Fishing 34 WAnova lancha de um dos mais tradicionais estaleiros de lanchas
para pesca do país, tem cabine, mas circulação fácil em torno
do convés. usa dois motores de popa.
novidade
novidade
Real Top 355Desenvolvida a partir do modelo Top 350, tem mudanças no
acabamento e no cockpit, agora dividido em três partes.
Wind 34construído no Rio Grande do sul, é um ótimo veleiro, com
espaçosa cozinha e, tal qual os seus concorrentes estrangeiros,
com o espelho de popa rebatível, que vira plataforma de popa.FO
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Aguz 29 HTFabricada em são paulo, tem estilo moderno e ousado. sua
cabine tem camas para quatro pessoas e o para-brisa e a
capota formam um conjunto só.
Max 250Única lancha nacional de 25 pés com posto de comando
fechado e estilo não comum por aqui. Tem cabine na parte de
cima e embaixo, esta com cama de casal e banheiro fechado.
Chris Craft Corsair 32Bela lancha americana de estilo retrô, com excelente
acabamento e cabine com cama e banheiro. usa dois
motores, de 300 a 430 hp cada.
Colunna Sport Cruiser 285Lançada no salão do ano passado, já vendeu 20 unidades, o
que mostra o sucesso do modelo. Tem costado alto e pode
usar um ou dois motores de centro-rabeta.
Boston Whaler 315 Barco americano de pesca, muito bem-feito e seguro. Tem
boca larga e usa dois motores de popa.
FS 275 ConceptLancha de estilo agradável e com boa cabine, com banheiro
fechado e altura elogiável para uma 27 pés: 1,75 m.
novidade
novidade novidade
Four Winns V295marca americana que chega ao Brasil, através de
representação oficial. Bem construída e bem equipada, deve
ser um destaques da categoria no salão.
Evolve 270 CabDerivada do modelo 265, tem cabine 10 cm mais alta e
banheiro bem completo, com inclusive vaso sanitário
elétrico de série.
novidade
44 Náutica SudeSte
20132013BOAT SHOWSÃO PAULOSÃO PAULO
BOAT SHOW
Royal Mariner 215A nova lancha do bem-sucedido estaleiro pernambucano
Royal Mariner é uma 21 pés com estilo jovem e esportivo. Tem
linhas retas no casco, proa sextavada e bom espaço interno.
Flexboat SR 1000 É o maior inflável feito no país, com 10,5 m. Nesta versão,
usada até pela Marinha, acomoda 12 pessoas e tem
capacidade para 3 600 kg. Usa dois motores de centro-rabeta.
Phoenix 255 PlatinumUma das lanchas mais vendidas do estaleiro alagoano
Phoenix, tem cockpit espaçoso e banheiro embutido. Usa um
só motor, de popa ou centro-rabeta.
Valent 210Produzida em Manaus sob licença de marca americana
Monterrey, tem excelente acabamento e usa motorização de
centro-rabeta, não muito comum para uma 21 pés.
Coral 24LTem proa aberta e cabine ao mesmo tempo, com banheiro
fechado e lugar para uma pessoa descansar. É o menor
modelo do gênero.
Ventura V210Lançada no último Rio Boat Show, tem estilo moderno, bom
preço e usa motor de popa de 90 a 150 hp, com capacidade
para oito pessoas.
Malibu Wakesetter 24 MXZLancha americana específica para wakeboard, tem dispositivo
no casco para gerar marolas perfeitas.
Triumph 215CC Lancha com casco em polietileno, um tipo de plástico bem
resistente, para 10 pessoas e motor de popa de até 200 hp,
importada dos EUA.
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46 Náutica SudeSte
20132013BOAT SHOWSÃO PAULOSÃO PAULO
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Sábado e domingo, das 12 às 21 horas
Terça (último dia), das 13 às 20 horas
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Crianças até 1 m de altura: grátis
Portadores de necessidades especiais: R$ 1,00
Acima de 65 anos: R$ 28,00
Estacionamento: R$ 35,00
COmO? Agência de turismo oficial: Must Tour, para
passagens e hospedagens, tel. 11/3284-1666
Hotéis próximos e indicados: Transamérica (tel.
0800-0126060) e Tryp Nações Unidas (tel.
11/5180-9700)
PArA sAbEr mAis?www.boatshow.com.br
35 PaÍSeS NuMa SÓ FeiRaPela primeira vez, a Icomia, órgão que reúne as associações das indústrias náuticas de
35 países, estará presente em um salão brasileiro. No São Paulo Boat Show, o órgão
aproveitará para estreitar laços com as entidades congêneres nacionais, com o objetivo de
desenvolver o setor industrial náutico na América do Sul. É uma excelente oportunidade de
os fabricantes brasileiros fazerem contato com seus congêneres estrangeiros.
ESPAÇO DOS DESEJOSComo sempre acontece no salão de São
Paulo, além de barcos e novidades náuticas,
os visitantes poderão conhecer, dentro
do Espaço dos Desejos, alguns produtos
que fazem parte dos sonhos de qualquer
pessoa. Como automóveis de luxo, itens
de decoração e beleza e equipamentos
domésticos de última geração. Este ano,
haverá um estande que simula parte de uma
residência hi tech, com alguns itens que todo
mundo adoraria ter em casa. Não perca.
FÓRUM GUARDIÕES DOS OCEANOSJunto e no mesmo ambiente do São Paulo
Boat Show acontecerá, nos dias 17 e 18 de
outubro, o 1º Fórum dos Guardiões dos
Oceanos, uma iniciativa dos organizadores
do salão, em conjunto com a MCI Group
e o ambientalista Fabio Feldmann. Será
uma série de palestras e debates entre
especialistas e ONGs, sobre os problemas
que ameaçam o maior ecossistema do
planeta. Uma rara oportunidade de ouvir
o que os conhecedores do assunto têm a
dizer sobre a saúde e preservação
dos nossos mares.
e teM taMBÉM...
EQUIPAMENTOSMais de 50 estandes de fabricantes
e representantes de equipamentos e
acessórios náuticos estarão
presentes. Destaques para
o novo piloto automático
Evolution, lançamento mundial da
Raymarine, que será apresentado
pela primeira vez, os joysticks Mercury para
motores de popa, o motor Yamaha F200,
o mais leve do mercado na sua categoria e
o colete salva-vidas autoinflável da Marine
Center, que não incomoda no corpo e tem
acionamento automático em contato com
a água. Mas há mais, bem mais novidades.
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Por jorge de souza
Quem só conhece a pior parte
do rio mais mal falado do país,
custa a acreditar que praias,
paisagens e água limpíssima
possam surgir depois do esgoto
a céu aberto que cruza são
Paulo. Mas é justamente isso o
que quem se dispuser a navegar
de Barra Bonita para baixo,
irá descobrir, quando conhecer...
A S ou T r A S águA S do
50 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 51
Pois em julho último, um grupo de velejado-res disse “oba!”, e foram, felizes da vida, nave-gar no rio que é tristemente conhecido como o mais poluído do país. Loucos? Nem um pou-co. O convite era justamente para descobrir o lado mais surpreendente do Tietê, aquele onde o rio que cruza o estado de São Paulo quase de ponta a ponta é tudo — bonito, limpo, puro, transparente... —, menos sujo!
Foi a quarta edição do Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná, promovido pela Associação Bra-sileira dos Velejadores de Cruzeiro, que reuniu perto de uma dúzia de pequenos barcos para uma longa velejada de 15 dias, na parte onde o Tietê ainda é como sempre foi: lindo e limpo. O roteiro começou logo após a cidade de Bar-ra Bonita, pouco antes da metade do percurso do rio, que rasga o estado e tem mais de 1 100 quilômetros de extensão (mesma distância en-tre São Paulo e Porto Alegre, por exemplo), e avançou até o seu deságue, no Rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul, onde o Tietê chega com uma água tão cristalina que nem de longe lembra o esgoto a céu aberto que atraves-sa a capital paulista.
Para quem só conhece o lado ruim da his-tória, o cruzeiro foi uma tremenda surpresa. Como sempre é para quem vive na capital pau-lista, onde o Tietê não passa de um canal con-cretado podre e fedorento, e o reencontra no in-terior do estado. Ninguém diz que é o mesmo rio. Menos ainda que isso aconteça depois de o Tietê ter morrido, sufocado pela imundície nos seus 30 quilômetros do trecho paulistano. É como um milagre da natureza.
que você diria se alguém lhe convidasse para passear de barco no Rio Tietê?
começo de roteiroMesmo bem antes de Barra Bonita, o Tietê já começa a ser viável e navegável, mas é depois disso que começa o verdadeiro espetáculo e surgem mais barcos, como aqui, na sede náutica do Bauru Tênis Clube
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52 Náutica SudeSte
te bonito, chamado Pedra Rajada, hoje trans-formado em parque estadual, no município paulista de Salesópolis, distante apenas 22 qui-lômetros do mar. Mas, barrado pelos obstácu-los da Serra do Mar, corre caprichosamente no sentido oposto, rumo ao interior do estado de São Paulo. É um dos raros rios do país que avança do mar para dentro e não o contrário, embora na prática, como todo rio, ele acabe de-saguando no oceano, do mesmo jeito.
Mas faz isso após dar uma volta fenomenal, de quase 10 000 quilômetros. Primeiro, desagua no Rio Paraná, que, por sua vez, depois de unir ao Rio Paraguai, vai dar no Rio da Prata, que, por fim, chega ao Atlântico, entre o Uruguai e a Argentina — mesmo roteiro que o gover-no sonha em explorar com uma longa hidro-via, tecnicamente possível.
Em Salesópolis, o Tietê não pas-sa de um filete de água de dez centímetros de largura que escor-re de um tanque natural, forma-do por nove diminutas vertentes,
que brotam entre as pedras do local. Mas é tão puro que tem peixinhos e, durante muito tem-po, foi usado como fonte de água potável pelos moradores próximos. Sua nascente só foi des-coberta em 1953, meros 60 anos atrás, quan-do alguns membros da Sociedade Geográfi-ca Brasileira tiveram a curiosidade de seguir o rio ao contrário, a partir de São Paulo. Naque-la época, o Tietê ainda era limpo também na capital paulista, embora já não tão cristalino quanto uma década antes, quando ainda sedia-va animadas competições de nado, interrompi-das quando a poluição começou a atingir ní-veis críticos para os atletas.
Nos seus primeiros 15 quilômetros, o minús-culo Tietê ainda corre cristalino e chega ao vi-zinho município de Biritiba-Mirim com inve-jáveis 6,4 mg/l de nível de oxigenação na água (acima de 5 mg/l, qualquer água é considerada boa e, acima de 7, excelente). Mas, a partir daí, começam os problemas: os bombardeios com
A cada quilômetro que avança pelo interior de São Paulo, o Tietê, que no seu passado histórico serviu de estrada para os Bandeirantes desbra-varem a fronteira oeste do país, vai
ficando cada vez mais limpo. Ou já menos imun-do logo no trecho subsequente à capital paulista. O rio é longo o bastante para permitir que a na-tureza, pouco a pouco, reverta o estrago causa-do pelo homem e devolva a vida às suas águas — uma inquestionável prova de que, contra a poluição, basta parar de sujar e pronto.
Em Pirapora do Bom Jesus, a pouco mais de 50 quilômetros de São Paulo, o Tietê já co-meça a dar sinais de recuperação, acelerado por usinas de produção de energia e algumas cor-redeiras, que, se por um lado, transformam em espuma a grande quantidade de produtos quí-micos que o rio carrega, como se fosse uma des-comunal máquina de lavar roupas sujas, por ou-tro, ajudam a reoxigenar a água.
Como consequência, logo surgem peque-nos peixes mais resistentes, como os cascudos, e a situação vai melhorando gradativamente. Em Barra Bonita, onde fica a primeira das seis bar-ragens com eclusas que permitem que o Tietê seja navegável em boa parte da sua extensão, ele não é mais um triste sinônimo de poluição. E quando chega ao Rio Paraná, cada vez mais de-cantado pelo repouso de suas águas nos grandes reservatórios das barragens, sua água não só ofe-rece uma visibilidade espantosa como é potável!
Mas nem é preciso chegar tão longe para constatar isso. Na metade do caminho, o Tietê já é outro rio. E surpreende a cada curva. “Essa capacidade de recuperação e mutação do rio sempre me impressionou”, diz o fotógrafo Val-demir Cunha, coautor do livro Tietê, um rio de várias faces, do qual saíram algumas fotos que ilustram esta reportagem. “Mas só acredita nis-so quem conhece o Tietê de Barra Bonita para baixo”, completa o organizador do cruzeiro da ABVC, o velejador Paulo Fax, um entusiasta in-condicional do rio mais mal falado do país.
O Tietê nasce num recanto particularmen-
volta à vidaDe Ibitinga para
baixo, surgem vegetações
aquáticas que comprovam a qualidade das
águas. Nos meses de inverno, o Tietê
costuma amanhecer envolto em um
denso nevoeiro, mesmo com o calor
do interior de São Paulo
“ A poluição dá lugar aos barcos e à natureza
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54 Náutica SudeSte
“ Velejar no Tietê? O cruzeiro provou que dá
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esgotos, resíduos industriais e todo tipo de su-jeira. O rio, então, começa a adoecer. Na cida-de seguinte, Mogi-Mirim, a qualidade da água passa a ser ruim, em Suzano piora ainda mais, em Guarulhos torna-se péssima e em São Pau-lo se transforma numa completa calamidade — um fétido esgoto a céu aberto.
No ponto de encontro do Tietê com o também nauseabundo Rio Pinheiros, ainda dentro da capital paulista, o nível de oxigênio da água (se é que dá para chamar aquela pasta espessa e negra de água...) atinge zero e o rio, tecnicamente, morre — porque, sem oxigênio, não há vida. E segue assim, morto, até Pirapo-ra do Bom Jesus, onde, por conta da oxigena-ção da água, passa a ter alguns guaru-guarus, uns peixinhos cascudos pra lá de resistentes. É o início da sua ressurreição.
A pós mais dois municípios, Ca-breúva e Itu, o Tietê chega a Salto, onde, ainda mais oxigena-do pelas quedas que batizaram a própria cidade, ganha também a
companhia de garças e biguás, sinal inequívo-co de que já há um ou outro peixe mais atra-ente na água. A situação segue melhorando também em Porto Feliz e em Tietê (onde, em dezembro, acontece a linda Festa do Divino, no próprio leito do rio) e, mesmo ainda não re-cuperado, já tem cara de rio de verdade.
De lá em diante, o Tietê só melhora. Em Conchas, começa a Hidrovia Tietê-Paraná, que permite às barcaças carregadas de grãos navegarem até muito além do Rio Paraná. E logo após Anhembi, começa a alargar, por con-ta do represamento de Barra Bonita, a primeira de uma série de barragens, que tornam o Tie-tê, além de navegável, curioso, porque poucos rios do país possuem eclusas. Neste ponto, a água do Tietê já recuperou seus níveis de nor-malidade, com índices de oxigênio beirando os 6 mg/l. E ainda melhorará bem mais. É onde começa o espetáculo. Não por acaso, de onde partem os cruzeiros da ABVC, rio abaixo.
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iao sabor do vento
As águas do Tietê são quase sempre tranquilas,
mas, nos dias de vento mais forte, se agitam
bastante nas represas, como puderam sentir os
participantes do alegre Cruzeiro da ABVC
pelo rio este ano
56 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 57
“ Nas margens do interior, jeito de praia do litoral
rio tietê
nem Parece rio A flotilha do Cruzeiro da ABVC pelo Tietê foi parando de cidade em cidade e descobrindo um rio que, muitas vezes, tem jeito de praia
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58 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 59
que nem combina com o nome da região, co-nhecida como Porto Laranja Azeda — esque-ça a má impressão que o nome deixa e fique só com a paisagem de cinema.
Um pouco antes disso, outra surpresa: o “Pantaninho”, uma espécie de Pantanal em miniatura, repleto de lontras, capivaras, jaca-rés e outros animais silvestres, na foz de outro rio igualmente limpo: o Jacaré-Pepira, o mes-mo que banha e faz a festa de Brotas, no in-terior de São Paulo. Bem próximo destes dois rios fica o Clube Náutico Isabela, que aluga barcos para quem quiser conhecer o trecho do Tietê que banha Ibitinga, cidade famosa pelos seus bordados e por um personagem folclórico do passado, o ermitão Tião Zabé. Antes do fe-chamento das comportas da represa, ele vivia numa ilha no meio do rio, na companhia de muitos gatos, que, para sobreviverem, aprende-ram a pescar — e como pescavam os bichanos de Tião! Quando a represa inundou a ilha, ele e os gatos foram transferidos para uma casa nas margens, mas nenhum deles resistiu à sauda-de da vida cercada de água por todos os lados e logo todos morreram. O Tietê é um rio reple-to de histórias.
A partir de Borborema, logo após Ibitinga, onde são comuns os búfalos na beira d´água por con-ta das fazendas, o Tietê alarga de vez e passa a ter proporções qua-
se oceânicas. São os “grandes lagos”, formados pelo represamento do rio nas barragens, onde mal dá para enxergar as margens. O primeiro deles é a represa de Promissão, sempre um dos pontos altos dos cruzeiros da ABVC na região.
Promissão tem nada menos que 106 quilô-metros de extensão por quase dez de largura e, nos dias de vento forte, gera ondas de até três metros de altura — quando isso acontece, nin-guém diz que está num rio, muito menos no tranquilíssimo Tietê. Além disso, como a repre-sa inundou antigas florestas, grossos troncos de árvores brotam do fundo, tornando a navegação
outras faces Cerca de 200 quilômetros após São Paulo, o Tietê começa a ganhar outros ares e surgem barcos de passeio, barcaças de carga e muitos pescadores. E tudo isso só aumenta, rio abaixo
“ Na parte baixa, o Tietê serve para lazer e carga
rio tietê
A primeira atração do Tietê em sua nova fase é a própria travessia da barragem de Barra Bonita, feita em uma eclusa (para quem não sabe do que se trata, convém ler o texto
do verso do mapa que ilustra esta reportagem). Ela pode ser feita com qualquer barco, é gra-tuita (como todas as eclusas do rio) e até quem não tem embarcação pode experimentar a sen-sação de subir e descer 26 metros de desnível, entre a parte de cima e a de baixo do rio, a bor-do de um dos grandes barcos — lá chamados de “navios”, já que levam mais de 600 pessoas a bordo —, que fazem passeios pelo rio, no tre-cho diante da cidade. É um programa obriga-tório. Atravessar, de barco, a barragem de Barra Bonita é o perfeito início de uma surpreenden-te viagem pelo Tietê que poucos conhecem.
Dali, o rio e a paisagem só melhoram. Depois de vencer os limites de Pederneiras (onde existe até uma fábrica de lanchas de passeio, a Mestra Boats), de varar a segunda barragem, em Bariri, de margear a larga fai-xa de areias claras que batizou o município de Arealva e de banhar Iacanga (cidade onde há um exemplar aquário-escola com os peixes do rio), o Tietê estanca novamente, diante da barragem de Ibitinga.
Lá, a quantidade de aguapés na água é tão grande que a sensação é de que os barcos estão navegando na Amazônia. Mal se vê a água na superfície — só o verde da vegetação flutuan-te. Problema? Só para os motores dos barcos, já que as plantas atrapalham o funcionamen-to dos hélices. Mas, para a natureza, a presença dos aguapés é outra prova cabal de que o Tietê voltou a ser um rio em sua plena vida.
Em Ibitinga também começa o show das praias fluviais do Tietê, algo improvável para quem só conhece praia de mar e que jamais imaginou que alguém, em sã consciência, pu-desse querer tomar banho num rio que é qua-se sinônimo de nojo. A primeira dessas lindas praias é a que há na confluência do Tietê com o rio Jacaré-Guaçu, uma bela faixa de areia Fo
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“ Nas margens, cidades e lindas paisagens
rio tietê
um tanto delicada. Em compensação, ali o sol se põe na água, gerando um espetáculo de raios dourados, e os peixes abundam, para alegria dos pescadores e dos frequentadores do flutuante Atalanta, no afluente Rio Dourado, que, embo-ra modesto na aparência, serve um dos melhores peixes assados do interior do estado.
Outros dois destaques às margens das far-tas águas de Promissão são as pequenas cida-des de Adolfo e Sabino. A primeira oferece um clube náutico de primeira, o Jacarandá, com uma hospitalidade rara de se encontrar — es-pecialmente para quem chega de barco, vin-do de outras cidades. Já Sabino, famosa pelo curioso hábito de seus moradores de falar as palavras ao contrário, gerando quase um diale-to próprio, tem uma das melhores praias urba-nas do Tietê, com uma orla de fazer inveja a muitas cidades litorâneas.
Em Promissão, a eclusa faz os bar-cos descerem — ou subirem — outros 29 metros (no total, o Tietê despenca 747 metros, da nascen-te à foz) e os conduzem à represa
de Nova Avanhandava, onde o desnível gerado pela sua barragem é maior ainda, tanto que é fei-to em duas eclusas, uma na sequência da outra. Parte disso deve-se à existência, no passado, de uma grande cachoeira na região, o Salto de Ava-nhandava, que tinha 12 metros de altura e impos-sibilitava a navegação. Com a represa, perdeu-se o esplendor da queda d´água, mas ganhou-se a possibilidade de navegar pelo rio, e isso hoje é feito pelas gigantescas barcaças de carga, todos os dias. Ganharam-se, também, ilhas de vegetação flutuante, repletas de ninhais de garças e biguás, e lindas praias artificiais nas margens, como a de Barbosa, onde a todo instante bandos de marita-cas passam voando em algazarra sobre a cabeça dos frequentadores de suas areias bem brancas. A praia de Barbosa é outra pequena grande surpre-sa que o Tietê oferece a quem quiser conhecê-lo por inteiro. E melhor ainda se for de barco, se-guindo o fluxo do rio.
lindas margensHá poucas cidades nas
margens do rio, o que permite paisagens assim.
Mas, quando há, como em Sabino (abaixo), a
hospitalidade é grande, como sentiram os
participantes do cruzeiro
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62 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 63
“ De Barra Bonita para baixo, o rio é assim
rio tietê
Polinésia Paulista Beira d´água do elegante Iate Clube de Araçatuba, nas margens do Tietê: quem diria que é o mesmo rio que cruza São Paulo?
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64 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 65
“ Nos grandes lagos, o rio vira quase oceano
rio é o maior de todos: 50 metros entre um lado e outro, o equivalente a um prédio de 20 anda-res! Dadas as dimensões da operação, também é feita em duas etapas, através de duas eclusas se-quenciais, e desemboca num trecho estreito do rio, onde ele volta a correr praticamente sobre o seu leito original — e com a melhor água de todo o Tietê, onde a visibilidade chega aos 12 metros de profundidade. Dá para ver a vegeta-ção no fundo e arraias nadando sobre bancos de areia. Transparente é pouco.
E é com esta qualidade de água que o Tie-tê chega à derradeira cidade do seu curso, Itapu-ra, onde, além de mais uma praia de areias bran-cas, há outros atrativos turísticos — além do rio em si. Um deles é o que restou do Palácio do Imperador, um casarão construído para receber Dom Pedro II na época da Guerra do Paraguai, quando então a cidade também ganhou uma co-lônia militar, para evitar que os inimigos usassem o Tietê para avançar.
Outro atrativo é o naufrágio do na-vio Tamandatahy, também com-prado por Dom Pedro II para o mesmo embate, que afundou com a idade e hoje repousa no
fundo claro das margens da cidade — e pode ser visitado pelos mergulhadores. Também é possí-vel mergulhar na parte antiga da cidade, que foi inundada, amarrando o barco no teto da usina, hoje submersa.
Itapura ainda abriga um morador bem curioso: uma arara que anda solta pelas ruas, que frequenta a padaria todos os dias em busca de co-mida e que, quando foi roubada e levada para São Paulo, os moradores se cotizaram, contrata-ram um investigador e recuperaram o animal — que virou símbolo da cidade.
É a última surpresa do Tietê antes de desa-guar no Rio Paraná, com uma cor de água im-possível de se imaginar. Portanto, se alguém, al-gum dia, lhe convidar para navegar no Tietê, faça como os integrantes do último cruzeiro da ABVC e aceite na hora.
água e terra A represa Três Irmãos é uma
imensidão de água que engole até
o sol, nos fins de tarde. Nas margens,
surgem praias e clubes náuticos,
onde quem chega de fora com um barco é sempre
muito bem-vindo
rio tietê
Nova Avanhandava é a segunda da sequência das três grandes represas que servem para armazenar e fa-zer girar as turbinas das barragens que geram eletricidade para qua-
se um quarto de todo o estado de São Paulo. É a menor das três, mas tem dois bons clubes náu-ticos: o Nova Avanhandava, em Buritama, uma cidade que tem até um “navio”, o Odisseia, que faz passeios — e até cruzeiros inteiros! — pelo rio, e o Barbosa Iate Clube, que nem é o único “iate clube” do Tietê.
O maior de todos é o Yacht Club de Ara-çatuba, logo adiante, um prodígio de beleza e conforto, com um vasto coqueiral à beira do rio, que mais parece uma praia polinésia. Poucas ca-pitais à beira-mar têm um clube assim e num local tão bonito, às margens da gigantesca (tem 138 quilômetros de extensão) e transparente re-presa Três Irmãos, que, de tão limpa, em breve, abastecerá a cidade de Araraquara, que passará a beber água do rio. Beber água do Tietê! Quem diria isso? Mas, da metade do rio em diante, isso não só é possível como é perfeitamente saudá-vel. Os próprios participantes do cruzeiro da ABVC se fartaram de beber água do rio, ao lon-go da travessia. E ninguém passou mal por isso.
A represa Três Irmãos avança até a última barragem do Tietê, em Pereira Barreto, cidade dona de uma forte colônia japonesa, de fartos tu-cunarés nas águas que rodeiam a cidade (que, com a criação do lago, tornou-se uma ilha) e do segundo maior canal artificial do mundo, que une o Tietê a Ilha Solteira e por onde escoam as barcaças de carga. O canal de Pereira Barreto é um prodígio de engenharia, com 30 metros de largura e uma intensa correnteza de três a quatro nós dentro dele. Na penúltima edição do cruzei-ro da ABVC, em 2012, os barcos avançaram por ele, até Ilha Solteira. Mas, este ano, os organiza-dores optaram por seguir o Tietê em frente, até o seu derradeiro trecho, onde ele encontra o Rio Paraná, quilômetros à frente de Pereira Barreto.
Para isso, é preciso vencer mais uma bar-ragem, a de Três Irmãos, onde o desnível do
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66 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 67
Só que as dificuldades para criar um anel navegável em
torno de São Paulo são tão grandes quanto a própria obra
em si. Uma delas é de ordem ambiental: serão precisos vários
estudos de impacto para criar os canais artificiais necessários
para interligar rios e represas em torno da cidade. E o outro é
econômico: o custo está estimado em cerca de R$ 4 bilhões,
dinheiro que ainda não existe.
A prioridade seria o transporte de cargas. Só bem depois
desta fase é que entrariam em cena o transporte público e até —
acredite! — os passeios de lazer com barcos em torno da cidade,
que também fazem parte do projeto. Para cruzar os desníveis
entre os municípios de Ribeirão Pires e Suzano, haveria um
sistema de eclusas, como acontece no restante do Tietê. “Seria
como um minicanal do Panamá”, vibra um dos idealizadores do
projeto, o arquiteto Alexandre Delijaicov, coordenador do Grupo
Metrópole Fluvial..
Se este projeto vai virar realidade algum dia, ninguém sabe.
Mas, tecnicamente, é possível. “Por enquanto, a prioridade é
garantir a navegação no chamado ‘Y’ formado pelos rios Tietê e
Pinheiros, em São Paulo”, diz o engenheiro Casemiro Carvalho,
diretor do Departamento Hidroviário da cidade. “Mas o projeto é
viável e é preciso acreditar nos sonhos para torná-los realidade”,
completa o entusiasmado arquiteto Delijaicov.
Quem conhece ou já esteve em São Paulo pode
imaginar que navegar pelo Tietê — e, também, no
seu vizinho e poluído rio Pinheiros, os dois principais
cursos d’água que cruzam a cidade — seja algo impossível,
dada a imundície reinante. Mas há um projeto nesse sentido
e que vai bem além disso, porque propõe a criação de um
anel hidroviário em torno da cidade, envolvendo também
15 municípios da Grande São Paulo. É o Sistema Hidroviário
Metropolitano, que prevê a interligação de vias navegáveis em
torno da maior cidade do país (rios e represas, com eventuais
trechos com canais artificiais ligando uma coisa na outra), num
total de 170 quilômetros. O objetivo é usar este “cinturão de água”
para o transporte de cargas e também de pessoas, já que seria
uma opção a mais para o caótico trânsito da cidade. Mas, por
enquanto, ele não passa de um mero projeto no papel.
Mesmo assim, o primeiro passo já está sendo dado,
com o início da construção de uma eclusa na barragem do
Tietê, no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo, que
deve ficar pronta no começo de 2015. Com ela, será possível
aumentar em 14 quilômetros a área navegável do Tietê no
trecho que atravessa a maior cidade do país, chegando assim
a 58 quilômetros, entre o bairro de São Miguel Paulista e o
município de Santana de Parnaíba. Já seria o primeiro trecho
do Sistema Hidroviário, de acordo com o projeto, feito pela
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
Paulo, por meio do Grupo Metrópole Fluvial. O estudo prevê
quatro etapas de implantação, ao longo de oito governos
sucessivos — ou seja, não é nada que permita implantar
linhas de barcos municipais tão cedo, mas já é um começo.
São Paulo de barco? Quem disse que não dá?Um novo projeto mostra ser possível a navegação não só do trecho paulistano do rio Tietê como em torno de toda a maior cidade do país. Mas não é nada fácil
rio tietê
Por tarcísio alves
Sobe e desceComo funcionam os “elevadores de águas” do Tietê
SAINDO Quando o nível da água se iguala ao do
outro lado da barragem, a água para de drenar e
a comporta oposta se abre. Pronto: o barco já está
do outro lado, muitos metros acima ou abaixo.
ESVAZIANDO Com as duas comportas
fechadas, a câmara começa a ser drenada por
meio de tubulações subterrâneas, e o barco vai
descendo, bem lentamente, junto com a água.
ENTRANDO Com a câmara cheia, no mesmo
nível do rio do lado de fora da barragem, o barco
entra e a comporta atrás dele se fecha, retendo
barco e água em torno dele dentro da caixa.
navio na caixa Em Barra Bonita, o
principal passeio é atravessar a
eclusa a bordo de um “navio”, que
mesmo enorme, cabe dentro da
gigantesca caixa de concreto r
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Cansado de ir sempre para a mesma praia? Que tal ex perimentar uma vila caiçara, onde o tempo não passa?
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doce rotina Vila de Picinguaba, a meio caminho entre Ubatuba e Paraty. Aqui, todos os dias são assim
Por jorge de souza
70 Náutica SudeSte
AVila de Picinguaba,
um povoado quase esquecido na ponta de uma península,
praticamente na divisa do litoral de São Paulo com o Rio de Janeiro,
faz realmente jus ao título que ostenta: é, de fato, apenas uma vilazinha pequena e acanha-
da. Um conglomerado de casinhas, algumas bem simples, semruas nem praças, na beira da areia da praia e com exatos
68 moradores, que todos conhecem pelo nome, muitos deles ainda pescadores ou caseiros de gente famosa, que a despeito da total insignificância
do local não quer saber de outro lugar. Como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que já teve uma casa lá. Ou o senador Eduardo Suplicy, que mantém a sua até
hoje e vira e mexe aparece na vila nos fins de semana. É a tal magia da simplicidade. Coisa que Picinguaba tem de sobra.
cenas da vila 1 Casa nativa (abaixo) e o pescador consertando a rede na mesma praia
onde os hóspedes estrangeiros da elegante
pousada Picinguaba (acima) passeiam, a pé ou de barco
Picinguaba
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72 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 73
A melhor praia de Picinguaba fica fora
da vila, mas numa ilha bem próxima
a ela. É a Ilha das Couves, última de uma
sequência de três pequenas ilhas que se
alinham diante da península que abriga a
vila, a não mais que 15 minutos de barco.
São duas prainhas, bem próximas uma
da outra, interligadas por uma trilha, mas
com a mesma linda paisagem: grandes
pedras fincadas na areia, na beira d´água,
que formam piscinas na maré baixa. O
mar é verde e limpíssimo e a ancoragem
não é difícil, porque a face onde ficam as
duas praias é bem abrigada. A ilha não tem
casas (só a de um caseiro que toma conta
do local, que faz parte da área do parque
estadual), mas, em certas épocas, oferece
um rústico bar — mas convém não confiar
e levar seus próprios lanches e bebidas,
porque bom mesmo é passar boa parte do
dia lá, entre cochilos na praia e banhos de
mar. A Ilha das Couves é o principal passeio
de Picinguaba (no caminho, pode-se visitar
fazendas marinhas de vieiras, mantidas pelos
pescadores da vila), mas mesmo quem não
tem barco pode aproveitá-la: basta embarcar
nos barquinhos que levam e vão buscar os
turistas. Ninguém jamais se arrependeu.
A Ilha das Couves é o principal passeio de Picinguaba. E é só ver para saber por quê
O paraíso fica ao ladoPicinguaba não tem nada — nem sequer padaria.
Muito menos vaivém de automóveis, até porque não tem ruas, só estreitos caminhos entre as casas e a praia, que in-variavelmente vão dar em alguma escadaria, morro acima. Uma delas vai dar na principal pousada da vila (na verda-de, só há duas), que vive cheia de turistas estrangeiros dis-postos a gastar uma grana preta para aproveitar a tranquili-dade de um lugar que tem bem pouco a oferecer. Mesmo assim (ou seria justamente por isso?), todo mundo que chega, gosta. Picinguaba é quase uma unanimidade.
Contrariando a lógica moderna, também os fi-lhos dos nativos não querem saber de ir embora, mesmo quando atingem a idade de buscar trabalho. Preferem continuar na vila, vivendo da pesca, como sempre fizeram seus pais, ou prestando serviços para os visitantes, como boa parte agora faz, entre uma puxada ou outra de rede, porque mantiveram o DNA do mar. Dez anos atrás, a vila tinha o tamanho de dois ou três campos de futebol, espa-lhada entre o verde que sobe a encosta, a partir da praia. Hoje, a despeito de estar literalmente no meio do trecho mais rico do litoral brasileiro, continua do mesmo tama-nho. Não mudou nada em uma década.
A vila, no entanto, ganhou algum conforto, boas camas nas duas pousadas e comida sa-borosa no seu principal bar-restaurante (na verdade, o único, o Picimbar, no canto da praia, que é uma espécie de embaixada da
vila), mas não perdeu sua principal característica, que é a rusticidade. Tanto que acabou tombada pelo patrimônio histórico de São Paulo.
Picinguaba fica praticamente na divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro, a meio caminho entre Ubatuba e Paraty (embora pertença à primeira), naquela parte do li-toral dos dois estados mais ricos do país onde a chamada civilização ainda não chegou por completo. É a antepe-núltima praia do litoral norte de Ubatuba, distante cerca de 40 quilômetros do centro da cidade ou cerca de uma hora de navegação, com uma lancha a motor, do princi-pal reduto de barcos da região, o Saco da Ribeira.
“ Ubatuba ou Paraty? A distância é a mesma
Picinguaba
passeio obrigatório
A Ilha das Couves fica bem diante
de Picinguaba e tem duas prainhas.
Quem não vai até lá, perde o melhor
passeio da vila
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“ A vila tem a magia da simplicidade
cenas da vila 2Aviso ecológico na Ilha das Couves, mergulho
no mar sempre limpo, os barcos dos pescadores e os ranchos na areia, onde eles guardam suas redes e que são uma espécie de
símbolo da vila
praia vaziaEm Picinguaba, as
areias da praia da vila não costumam ser
frequentadas pelos turistas.
Sorte sua
Picinguaba
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76 Náutica SudeSte
Depois dela, ainda dentro dos limites de São Paulo, só há mais duas prainhas, ambas bem menos conhecidas e praticamente inviáveis para os visitantes, tanto pelo mar quanto pelo asfalto da Rio-Santos: Camburi e Brava
de Camburi. Em compensação, logo adiante, já do lado carioca da costa, fica o elegante condomínio de Laranjei-ras, de onde partem muitas lanchas que visitam Picingua-ba nos fins de semana — principalmente para tomar ba-nhos de mar na Ilha das Couves ou comer vieiras, criadas lá mesmo, nas agradáveis mesas do Picimbar, que tam-bém atende pedidos pelo rádio, no canal 68. E um pou-co mais adiante, fica Paraty. Picinguaba não poderia estar mais bem localizada para quem quer fazer um lindo pas-seio de barco, a partir de Ubatuba ou Paraty, tanto faz, por-que a distância é praticamente a mesma.
Sua prainha, de areias amareladas, grandes pedras à beira d´água e nenhuma ondinha (água de piscina costu-ma ser mais agitada do que a da Baía de Picinguaba, o que é ótimo para as ancoragens), sempre abriga traineiras dos pescadores locais no horizonte e ranchos de pau-a-pique com telhados de sapé na areia, onde eles guardam suas re-des e canoas e que o mar invade nas marés altas, sem ceri-mônias. Os ranchos na areia são o cartão-postal de Picin-guaba, coisa que não existe mais nas outras praias.
Tudo bem que a maioria das canoas dos pescadores tenha sido substituída por barcos de alumínio, mas há uma boa razão para isso. E é a mesma que, em parte, fez a vila se manter do mesmo tamanho até hoje: as rígidas proibições do parque ambiental que cerca Picinguaba. Ou melhor, que a envolve, já que pelos mapas atuais a vila fica dentro do parque, portanto, sujeita às mesmas regras preservacionistas, muitas vezes exageradas.
Como a que proíbe os moradores de Picinguaba de reformarem suas casas, porque a entrada de qualquer ma-terial de construção na vila é imediatamente seguida de multa, quando não do confisco de tijolos e cimento. Que dirá, então, extrair madeira da mata para escavar canoas, como faziam no passado os velhos caiçaras da vila? “Nada contra preservar a natureza, é claro”, diz Peter, dono do emblemático Picimbar e morador de Picinguaba há mais de 30 anos. “Mas não se pode esquecer que o parque veio depois da vila e não se pode, agora, simplesmente querer acabar com ela.”
Exagero? Nem tanto. Se dependesse apenas da vontade de alguns ambientalistas mais radi-cais, Picinguaba, talvez, já não existisse mais. Ou teria perdido todas as casas de quem veio de fora, como aconteceu na vizinha e cinema-
tográfica Praia da Fazenda, que oficialmente também fica dentro dos limites do parque estadual. Em 2005, depois de muitas intimações e nenhuma ação por parte dos pro-prietários, 19 casas de veraneio foram colocadas abaixo na praia ao lado, de uma só vez. Em Picinguaba, muita gente teme o mesmo destino. Mas, mesmo assim, vai tocando a vida sem nenhuma pressa.
Até porque não acontece muita coisa em Picinguaba. Nem precisa. É exatamente esse clima de vila de pes-
cador de novela da Globo que a maioria dos seus visitan-tes busca. E ali sempre encontra.
“ Há dez anos, ela tem o mesmo tamanho
pode chegar A baía de Picinguaba é bem abrigada e quem vem de barco pode até usar as poitas que existem no canto da praia
Picinguaba
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78 Náutica SudeSte
“ Pousadas? Só duas
Onde é?Picinguaba fica ao fundo de uma
península praticamente na divisa
entre o litoral de São Paulo e Rio
de Janeiro, a meia distância tanto
de Paraty quanto de Ubatuba, a
quem oficialmente pertence. É a
antepenúltima praia do litoral norte de Ubatuba,
distante cerca de 50 quilômetros do principal reduto
de barcos da região, o Saco da Ribeira. Abriga um
pequeno arquipélago, com três ilhas próximas, uma
delas com uma prainha imperdível: a Ilha das Couves,
a 15 minutos de barco da vila.
COmO Chegar?Por terra, pelo asfalto da Rio-Santos, com entrada
a menos de dez quilômetros da divisa entre São
Paulo e Rio, para quem vem de Ubatuba. Por mar,
após atravessar todo o litoral norte de Ubatuba
(ou sul de Paraty), nas coordenadas 23º22´710 de
latitude e 44º50´260 de longitude. Nos dois casos é
uma navegação tranquila, exceto em dias de vento
sudoeste, quando até a própria praia de Picinguaba
sofre um bocado. Mas, na vila, sempre há pontos
seguro de ancoragem e poitas livres, que podem ser
usadas pelos barcos dos visitantes.
Onde fiCar?Se resolver dormir lá (o que é uma excelente ideia),
saiba que só há duas pousadas em Picinguaba. Mas
— não se preocupe! — ambas ótimas: a homônima
e famosa Pousada Picinguaba (tel. 12/3836-9105), no
alto do morro, com uma estupenda vista para a baía e
que vive cheia de estrangeiros (que não se importam
em pagar diárias a partir de R$ 1 000), e a charmosa
e bem confortável Pousada Santa Martha das Pedras
(tel. 12/3836-9180), no fundo da vila, em meio a uma
vegetação esplendorosa, com diárias de cerca de
R$ 300 e um café da manhã tão bom que você
vai se arrepender se for embora no
mesmo dia.
O que fazer lá? Beber caipirinha e comer
vieiras gratinadas no Picimbar
Tomar banho de mar nas
prainhas da Ilha das Couves
Caminhar nas areias desertas da
vizinha Praia da Fazenda
Se hospedar em qualquer uma das
duas (ótimas) pousadas da vila
Conversar com os pescadores da vila.
Você sempre aprenderá algo mais com eles
Para quando você for
para fiCar bemPicinguaba só tem duas pousadas, mas ambas bem confortáveis: a homônima Picinguaba (no alto) com uma vista que vale o preço da diária, e a charmosa e bem mais acessível Santa Martha das Pedras (ao lado), entre a praia e a mata e com um café da manhã que fará você se arrepender se for embora no mesmo dia
Picinguaba
Paraty
Ubatuba
Rod. Rio-Santos
Picinguaba
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80 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 81
sileiro”) Juan Fálcon, que também é pintor e escultor e usa suas telas e peças para deco-rar o ambiente, é um restaurante sui generis. Não passa de um galpão aberto, sem paredes, só com algumas grelhas quase ao ar livre, que formam a única “construção” da ilha — se é que dá para chamá-la assim. Mas, junto com as três praias da ilha, é razão mais que suficien-te para ir até lá. E de barco, porque não há ou-tro meio de chegar.
O Tamandubar também só abre quando o tempo, o vento e o mar permitem, o que leva Juan a avisar, um por um, os clientes, via tor-pedo. “Neste, vamos abrir!”, dispara, às véspe-ras dos fins de semanas contemplados pela sor-te e pela boa vontade de Netuno. “Se não fosse numa ilha seria bem mais fácil, mas não teria a menor graça”, diz o uruguaio, um figuraço de 64 anos, pai de uma penca de filhos que vão dos 44 aos 2 anos de idade, e que sofre horrores para transportar tudo até a ilha – que nem tem energia elétrica. “Trago tudo no gelo”, expli-ca. “Mas me baseei no sistema do McDonalds, que oferece poucas opções de cardápio, o que torna tudo mais prático.”
As porções (lula, marisco, camarão...) são preparadas antes e colocadas em pacotinhos, com a quantidade certa para ir à chapa, se-gundos antes de salivar a boca dos clientes, que chegam aos montes, de barco, de Ubatu-ba, Ilhabela e São Sebastião, especialmente no verão — quando, então, a ilha abre todos os dias que o mar permite. Já os peixes vão intei-
ros para a grelha e chegam à mesa crepitan-do sobre pranchas de ferro, para delírio dos co-mensais, que invariavelmente acabam virando amigos do dono – que é a própria síntese do curioso restaurante. “Gente chata eu ponho pra correr daqui”, avisa Juan. E põe mesmo.
Ele chegou a viver um ano inteiro na ilha, acenando para os barcos da areia, feito um náufrago que oferecia comida em vez de pe-dir, mas hoje é famoso entre quem sabe das coisas. Já os outros, chegam intrigados (como pode haver um restaurante ali?) e saem tão surpresos quanto saciados.
A surpresA dA ilhA
é a cara dele O artista e cozinheiro Juan Fálcon: a essência e o faz tudo no exótico e delicioso Tamandubar, que não passa de um galpão numa ilha deserta
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TUdO na praia A Ilha tem três praias, todas lindas. Mas, não fosse pelas bandeiras fincadas na areia, ninguém diria que aqui se esconde um restaurante
Caraguatatuba
BR-101
Ilha do Tamanduá
Onde fica?A Ilha do Tamanduá fica
bem pertinho da praia da
Tabatinga, em Caraguatatuba,
no litoral norte de São Paulo,
mas com acesso só por
barco. Não há transporte
fixo da praia para a ilha,
mas o barqueiro Valdecir
(tel. 12/99753-8002) pode
levar e buscar — é só
combinar. Antes, porém,
ligue para o próprio dono do
Tamandubar (tel. 12/99767-
1367), para perguntar se o
restaurante vai funcionar.
Gosto não se discute, mas poucos
discordam de que a lula grelhada
é o melhor prato do Tamandubar.
No mínimo, o mais pedido. “É a
melhor lula do mundo!”, exagera
o velejador Beto Padiani, que por
causa dela virou habitué da ilha. O
segredo está na maciez do molusco após o choque de
temperaturas a que é submetido. “Quebrei a cabeça
pra achar um jeito de tirar aquela textura de chiclete
da lula”, diz o uruguaio Juan. “Mas
lembrei da técnica de maturação
da carne uruguaia e resolvi fazer
o mesmo com ela, congelando e
descongelando, até quebrar as fibras.
Ficou bem molinha.” E também
deliciosa, já que é temperada com
curry e outras iguarias. Cada porção tem meio quilo
de macios anéis da — muito possivelmente — melhor
lula que você já comeu na vida.
A lula que já vale a viagem
Escondida numa ponta de Caraguatatuba, a bonita Ilha do Tamanduá esconde outra surpresa, ainda mais saborosa: o Tamandubar, um restaurante bem peculiar
uem olha não vê. Nem a própria ilha, que, dependendo do ângulo de visão, se mistura com o morro da praia da Ta-batinga, em Caraguatatuba. Mesmo
quem a enxerga, custa a acreditar que naque-la ilha aparentemente deserta possa existir um lugar para comer — e, ainda por cima, bem! Não fosse por bandeiras amarelas fincadas na areia da praia principal (grande e linda, por si-nal), ninguém diria que, atrás delas, sob a som-bra das árvores, se escondem simpáticas me-sas vermelhas ao ar livre de um bar-restaurante que, para muitos, é o melhor de toda a região. No mínimo, o mais original do litoral norte paulista: o informal e nada convencional Ta-mandubar, onde os clientes sentam-se com o pé na areia e em bancos de madeira e não re-clamam. Pelo contrário, amam.
O Tamandubar, “o bar da ilha do Taman-duá”, explica o dono do lugar, o uruguaio (“com mais anos de Brasil do que muito bra-d
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É AQUI!
Náutica SudeSte 83
o mestre do anzolDesde que, ainda garoto, o japonês naturalizado brasileiro Hatao Ikebe usou uma simples agulha de costura para moldar um anzol, nunca mais parou de pescar. Hoje, aos 70 anos, é uma verdadeira lenda entre os pescadores de mar e um mestre no assunto, cuja técnica não esconde de ninguém. Até porque sabe que é bem difícil alguém conseguir igualá-lo
Por luiZ maciel
A loja de artigos para pesca Maripesca, onde Hatao Ikebe pode ser encontra-do quando não está pescando — o que
faz, regularmente, um ou dois dias por sema-na — ocupa uma esquina importante do bair-ro oriental da Liberdade, em São Paulo. Mas tem fachada discreta, como se não precisasse atrair cliente algum. Dentro, é atulhada de re-cordações de pescarias: peixes empalhados, fo-tos de pescadores com os troféus que acaba-ram de colher das águas, etc., etc. Nem parece uma loja. Lembra mais uma espécie de tem-plo dedicado à paixão pela pescaria, cujo mes-tre maior é “Ikebe-san”, como Hatao Ikebe é respeitosamente chamado por seus discípulos e amigos pescadores. Aos 70 anos, ele é qua-se uma unanimidade entre os pescadores de água salgada do Brasil e considerado, senão o melhor, com certeza o mais técnico — ou me-ticuloso — na arte de fisgar um peixe no país.
pescador que planeja
Hatao Ikebe em sua loja de pesca, em
São Paulo: pescaria, para ele, não é
questão de sorte
84 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 85
Ikebe já passou a administração da loja para os três filhos, mas continua batendo cartão ali quase todos os dias, para jogar conver-
sa fora com os clientes (que já viraram velhos amigos de pescarias) e, sobretudo, para plane-jar, milimetricamente, sua próxima saída em busca dos peixes do litoral paulista — o que faz com claro prazer e como ninguém.
Em sua mesa, há sempre um caderno, no qual vai anotando tudo o que considera im-portante para ter uma boa colheita no mar, na próxima investida: previsão do tempo, tábua das marés, material que julga mais adequado levar para a época do ano, pesqueiros que de-ram mais peixes nas últimas vezes e por aí afo-ra. Nada escapa. Ele anota tudo, com uma ca-prichosa grafia japonesa, já que, mesmo meio século depois de ter chegado ao Brasil, ainda fala um português limitado e escreve no nosso idioma com extrema dificuldade.
Hatao Ikebe tinha só seis anos de idade quando fisgou seu primeiro peixe — e o fez sozinho, inclusive na hora de “construir” o próprio equipamento. Entortou uma agulha de costura da mãe, a título de anzol, e fisgou uma carpa de bom tamanho, em meio às plan-tações de arroz, no Japão. Nunca mais parou de pescar. Quando sua família imigrou para o
uma vida no anzol Hatao Ikebe em diferentes momentos e pescarias: todo peixe que ele pesca, ele come. Mas, antes disso, planeja tudo sobre a pescaria que irá fazer
fot
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“ Tem coisa melhor na vida que pescar?, pergunta
pesca
equipamento
“Escolha o material em função do
peixe que quer pegar. Não dá para
generalizar. Mas o anzol tem que ser
resistente. Já a vara precisa ser bem
flexível e envergar bastante, mas
sem risco de quebrar. A linha tem de
arrebentar antes de a vara quebrar.”
linha
“Não se pode querer economizar na
linha. Ela tem de ser a melhor que
existe. Muitos pescadores usam linha
de 0,70 ou 0,80 milímetros, pensando
na resistência. Eu uso de 0,52 mm,
0,57 mm no máximo, porque quero
esconder a linha dos peixes. Ela tem
que ser fina e transparente, senão os
peixes percebem e fogem. Há linhas
até mais finas do que isso, feitas com
multifilamentos, mas que só servem
para pesca de profundidade, a
sete ou oito metros da superfície,
porque elas provocam certa
vibração dentro d’água.”
estratégia de pesca
“Pescar não é sorte; é planejamento.
Você tem que estudar como vai estar
o tempo no dia da pescaria, a maré e
escolher bem o equipamento. Precisa
saber qual tipo de peixe quer pegar e
só então escolher a linha e o anzol. Se
eu quero pescar no sábado, começo
a preparar as coisas já na segunda e
acompanho, dia a dia, a previsão do
tempo. O pescador também não deve
ficar esperando o peixe chegar. Tem
que ir atrás dele, experimentando
iscas e locais diferentes. E também
deve observar os outros pescadores,
o que eles estão usando, mude a
linha, troque o comprimento do
chicote, experimente novas iscas e,
principalmente, mude de lugar.”
temperatura da água
“Águas quentes atraem parasitas,
que emagrecem e tiram o sabor
de alguns peixes. Mas águas frias
também são ruins, porque espantam
os bichos. Evite, portanto, as correntes
— tanto frias quanto quentes. Peixe
bom fica no fundo, mas você não
pega nada se a água lá embaixo
estiver fria. E para saber se ela está,
o único jeito é jogar o anzol, esperar
alguns minutos e recolher, para sentir
na mão a temperatura do chumbo.
Termômetro não adianta, porque ele
só mede a temperatura na superfície.
Muita gente compra à toa.”
melhores pesqueiros
“Gosto de ir a Ilhabela, para pegar uns
olhos-de-boi em alto-mar, ou no Canal
de São Vicente, para robalos. Para
mim, já está bom demais. O litoral
de São Paulo é ótimo para pescar!
Mas como eu gosto de comer o que
pesco, vou sempre atrás apenas dos
peixes mais saborosos. Nestes dois
locais têm de sobra.”
melhores peixes?
“Sendo de época, ou seja, quando ele
tem o melhor sabor, porque está com
bastante gordura, todo peixe é bom.
Mas carapau, robalo, olhete e pargo
rendem ótimos sashimis,
por exemplo, desde que a
pessoa saiba extrair o filé”
Brasil, foi trabalhar numa fazenda de café, mas logo arranjou emprego numa loja de material de pesca, área que tampouco ja-mais abandonou.
Para ficar sempre junto aos peixes, aprendeu, ainda no Japão, as artes da taxi-dermia (para empalhar alguns dos exempla-res que depois capturaria e que hoje deco-ram as paredes de sua loja) e do gyo toku, uma milenar técnica de estampar peixes em papel ou tecido, muito usada pelos velhos ja-poneses, antes da invenção da fotografia e da qual, possivelmente, é o único praticante no Brasil. Também chegou a se naturalizar bra-sileiro, só para poder participar dos campeo-natos de pesca submarina, que disputou avi-damente no passado. Mas hoje só pesca com vara e anzol. E sabe fazer isso como poucos.
T em coisa melhor na vida que pes-car?”, pergunta. “Pra mim, não tem. Quando a linha puxa, você esque-
ce tudo. O tamanho do peixe nem impor-ta. Grande ou pequeno, pra mim dá o mes-mo prazer”.
Comedido nas emoções, como a maio-ria dos orientais, seus olhos se enchem de brilho se a conversa for sobre pescarias. Tem dois velhos álbuns de fotos, já desgastados pelo manuseio frequente, que faz questão de mostrar, enquanto conta como pegou esse ou aquele. E, no meio, vai ensinando um ou outro macete. Como todo mestre, Ikebe-san não se incomoda em dividir conhecimentos (coisa rara entre os pescadores) e aprecia en-sinar os outros.
Até porque sabe que, por mais que en-sine, dificilmente alguém lhe fará fren-te, quando o assunto for fisgar um peixe no mar. Embora não saiba explicar exatamente como chega até os peixes.
—Eu olho para o mar, vejo como o ven-to está batendo na costeira e consigo sentir se vai dar peixe ou não. É difícil explicar, mas eu sinto isso.
Coisas de mestre.
O que ele tem a ensinar sobre...
“
86 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 8786 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 87
A RUA DOS BARCOSCom a inauguração de mais duas lojas náuticas,
a Avenida dos Bandeirantes, em São Paulo, firma-se de vez como a rua dos barcos na cidade que nem tem mar,
mas muita gente — cada vez mais — querendo navegar
Por conta do seu tamanho de megalópole, São Paulo tem tendência a unificar produtos e serviços numa só rua ou região, porque torna a vida mais fácil e
prática. É assim com os eletroeletrônicos na Rua Santa Ifi-gênia, com as lojas de moto-peças nos arredores da Barão de Limeira, com os atacadões da 25 de Março e com os vestidos de noiva da Rua São Caetano, não por acaso bem mais conhecida como a “Rua das Noivas”. É tanta seg-mentação que até os barcos têm um endereço coletivo: a Avenida dos Bandeirantes, na zona sul da cidade.
Ali, ao longo dos seus quase sete quilômetros de ex-tensão, há atualmente quase uma dezena de lojas náuti-cas (mais duas bem próximas), que vendem praticamen-te tudo o que existe para a diversão na água — de boias coloridas a iates, passando por lanchas, acessórios e jets.
As duas mais recentes novidades no pedaço aconteceram em agosto, com a inauguração das lojas oficiais das mar-cas Schaefer Yachts e Cimitarra, ambas com grandes bar-cos expostos em megavitrines que ocupam a fachada in-teira das lojas e chamam ainda mais a atenção de quem passa, numa cidade dominada pelos automóveis — só na Avenida dos Bandeirantes passam cerca de 30 000 deles por hora, o que acentua ainda mais o curioso aspecto de ver grandes lanchas expostas quase na calçada e faz mui-ta gente embarcar no sonho de ter um barco. “Quando os motoristas, trancados no trânsito sempre congestionado da Bandeirantes, olham para o lado e veem uma lancha, ime-diatamente se imaginam passeando na água no fim de se-mana, e isso já levou muita gente a comprar um barco co-nosco”, diz Marçal Martins, da loja Universo Náutico.
A localização da Avenida dos Bandeirantes é estratégi-ca para as lojas de barcos não apenas por ser uma das prin-cipais artérias da maior metrópole do país, unindo a Mar-ginal do Rio Pinheiros à Rodovia dos Imigrantes, caminho natural para Santos, Guarujá e o litoral sul paulista. Ela também serve de acesso ao Aeroporto de Congonhas, que fica colado na avenida — portanto, frequentada por mui-ta gente com poder aquisitivo para comprar um barco. “A caminho da praia, a pessoa é naturalmente estimulada a imaginar como seria bom ter um jet ou uma lancha para aproveitar ainda melhor o mar”, explica outro lojista da re-gião, Valdir Brito, da Jetco.
A total proximidade com o aeroporto é, também, um facilitador para quem vem de outras cidades em busca de comprar um barco, jet ou equipamentos náuticos — não
é preciso nem enfrentar o trânsito de São Paulo para fe-char bons negócios, já que, como as lojas da Avenida dos Bandeirantes vendem bastante, ainda costumam oferecer bons descontos nas negociações. Também ajuda na pes-quisa dos interessados, porque, com todas as lojas na mes-ma rua, fica bem mais fácil visitar várias delas no mesmo dia, para comparar preços e ofertas.
Por tudo isso, a Bandeirantes, famosa também por reunir várias lojas de outros segmentos (piscinas, banhei-ras, churrasqueiras, etc. etc.), tornou-se uma das maiores vitrines de São Paulo, literalmente, até porque barcos não cabem em qualquer espaço. E a imagem de lindas lanchas expostas em meio ao concreto e asfalto criam um inusi-tado cenário numa cidade que não tem mar, mas muita gente sonhando em começar a navegar.
mais uma Nova loja oficial da
Cimitarra na avenida com mais “água” de
São Paulo: o trânsito sempre ruim ajuda
a vender mais barcos
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88 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 8988 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 89
Trilhas & Mares
All Flags
UniversoNáutico
Boat Nautics
Jetco
Regatta
Casarini
Jet Online
avenida dos bandeirantes
“ São quase uma dúzia de
lojas, quase lado a lado
CasariniA loja dos campeões
Denísio e Deninho Casarini, pai e filho, são consagrados campeões de velocidade — um nas motos, o outro nos jets. São, também, donos desta famosa revenda de jets Sea Doo, que representa, também, as lanchas do estaleiro alagoano Phoenix. Deninho, que é tricampeão mundial, é quem atua de perto na loja, atendendo e orientando os clientes — imagine ser atendido por um expert deste nível! “Já tive um cliente de outro estado que veio de avião só para comprar um jet comigo e voltou duas horas depois. Essa é a vantagem de estar tão perto do aeroporto”, diz Deninho. A Casarini tem cerca de 10 000 clientes cadastrados e já vendeu cerca de 5 000 jets. “O verdadeiro campeão aqui é Sea Doo GTI 130, que vende feito água”, brinca o piloto e empresário.
Av. Bandeirantes, 2 200, tel. 11/5094-0580
JetcoA pioneira dos jets
A Jetco, revenda exclusiva de jets Yamaha para São Paulo, é, também, uma das lojas náuticas mais antigas da cidade, com 25 anos de vida. Nasceu junto com o lançamento do primeiro jet Yamaha no Brasil, o Waverunner, em 1988. Hoje, vende jets novos e usados, peças e acessórios e oferece serviços de assistência técnica e mecânica. Tem mais de 4 500 clientes cadastrados e um incontável número de jets vendidos, já que quase ninguém consegue comprar apenas um jet do seu proprietário, Valdir Brito, figura lendária no mundo das motos aquáticas e que hoje trabalha na companhia dos filhos. Ex-sócio do estaleiro Intermarine, Valdir largou o mercado de lanchas para se dedicar apenas aos jets, um quarto de século atrás, e não se arrepende de ter escolhido a Bandeirantes para montar sua loja. “Naquela época, não tinha nenhuma outra por perto”, diz. “Hoje, há um mundo náutico em volta da gente.”
Av. Bandeirantes, 3 730, tel. 11/5042-9977
Universo NáuticoA nova casa da Cimitarra
Nascida da união entre o empresário Marçal Martins e o estaleiro gaúcho Cimitarra, a — nova — Universo Náutico (que, no entanto, já existe há sete anos na Bandeirantes) também é, agora, loja oficial da marca — mas segue vendendo outras lanchas seminovas. Recentemente, inaugurou também uma grande área de acessórios, aumentando a oferta de lojas deste gênero na avenida mais procurada pelos donos de barcos de São Paulo. E não por eles. Tradicionalmente, a Universo Náutico também é bem procurada por compradores de Angola, que veem no Brasil (e particularmente nos barcos da Cimitarra) oportunidades de bons negócios. “Alguns angolanos são nossos clientes fiéis e um deles até acabou de comprar uma Cimitarra 700, que ainda nem foi lançada”, comemora Marçal. “É a terceira lancha que ele compra aqui, sinal de que gostou, tanto da loja quanto dos barcos.”
Av. Bandeirantes 4 063, tel. 11/5093-1124
Boats Nautic40 anos de náutica
A Boats Nautic, que fica praticamente na esquina da Bandeirantes com a principal avenida que a cruza (e bem diante do aeroporto), revende lanchas de cinco estaleiros nacionais (Magnum, Colunna, Maxmarine, Axtor e Ventura) e um estrangeiro, a Sunseeker, da qual é representante oficial no país. A loja também é autorizada Volvo Penta e oferece oficina especializada nos motores da marca, além de barcos usados, acessórios e itens de decoração náutica. José Carlos Scodelario, que fundou a loja junto com seu pai, 40 anos atrás, já perdeu a conta de quantos clientes teve, mas estima que tenha vendido cerca de 8 000 barcos e 13 000 motores — e sempre na mesma avenida. “Aqui é perfeito para isso”, diz Scodelario.
Avenida Moreira Guimarães, 1 380, tel. 11/5533-7799
RegattaUm shopping náutico
A Regatta faz parte da mais completa rede de lojas náuticas do país. São 11 lojas, que vendem de tudo: do menor parafuso a iates de 70 pés — além de ser representante oficial das marcas Sessa, Fishing, Regal e Zefir, em São Paulo. A loja da Av. Bandeirantes é a maior de todas, com uma infinidade de itens, que vão de eletrônicos para barcos a peças de decoração náutica — além dos parafusos já citados... É um verdadeiro shopping náutico, com 1 200 m² de área, para quem gosta de barcos sair de lá mais do que satisfeito. “Os eletrônicos são os produtos mais vendidos e os clientes de fora de São Paulo sempre passam por aqui, para ver as novidades”, diz Marcelo Galvão Bueno, um dos responsáveis pela rede de lojas. “Mas nossos clientes também compram bastante utensílios para cozinha de barcos e, de tempos para cá, pranchas de sup, que viraram mania.”
Av. dos Bandeirantes, 2 829, tel. 11/3030-3404
JetOnlineLoja de especialista
Atendimento personalizado de cada cliente é a principal proposta da JetOnline, uma pequena mas bem especializada loja de jets, aberta por Fábio Dias, o Fabinho, três anos atrás, após mais de 30 anos de experiência na área. Ela não tem nem vitrine — e ele explica por quê. “Acho muito importante estar totalmente disponível para um só cliente, por isso, não faço questão de ter a loja cheia. Além disso, como muitos chegam aqui via internet, nem preciso de fachada”. A JetOnline revende jets de todas as marcas, mas seu diferencial é atuar como uma espécie de “consultora” do tema, indicando o melhor modelo para cada cliente, em função do perfil do comprador e gostos pessoais de cada um. “Quase sempre o cliente não sabe bem qual jet quer. Quer apenas ter um. E é aí que nós entramos para ajudar”, diz Fabinho, que não cobra nada a mais por isso.
Av. dos Bandeirantes, 2 085, tel. 11/3045-5232
Trilhas & MaresPara a água ou para a terra
Após participar de diversos campeonatos de jets e abrir uma loja de motos no centro de São Paulo, José da Costa, o Chinchão, como gosta de ser chamado, hoje dono da Trilhas & Mares, mudou-se para a Avenida Bandeirantes e, desde 2005, passou a revender também jets, da Yamaha e Sea Doo, além de quadriciclos de diversas marcas. “Somos da terra e do mar”, brinca. “E tem muita gente que compra logo as duas coisas, para a casa de praia”, explica Chinchão, que conta com a ajuda do sobrinho, Ramón, para tocar a loja. “Estar na Bandeirantes já é, por si só, uma propaganda para qualquer loja náutica.” Como extra, a loja ainda tem uma marina na represa de Igaratá, pertinho de São Paulo, onde também oferece serviços de oficina para jets.
Av. Bandeirantes 4 480, tel. 11/5049-0599
All FlagsQuem compra, volta
A All Flags começou como uma revenda de jets, mas passou a vender lanchas em seguida. Hoje, representa as marcas Bayliner, Sea Ray, Boston Whaler e Fibrafort e tem uma das maiores estruturas náuticas de São Paulo. Vende cerca de 100 barcos por ano, entre novos e usados, e tem clientes de várias outras cidades, que não raro chegam do vizinho aeroporto de Congonhas direto para a loja. Como barco vendido lá tem recompra garantida na troca por outro, o movimento só aumenta. “Uma cliente nossa, do Rio de Janeiro, trocou uma Focker 19 pés por uma 24 em menos de 15 dias, porque, na primeira vez que foi para a água, ficou insatisfeita com o tamanho do barco, perto dos que navegavam em Angra”, conta Celso Del Poente, vendedor da loja há mais de seis anos. “Ela comprou o novo barco pelo telefone mesmo, porque sabia que, se não gostasse de novo, poderia trocá-lo novamente com a gente. E isso nem toda loja oferece”.
Av. Bandeirantes, 3 888, tel. 11/5536-3610
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90 Náutica SudeSte90 Náutica SudeSte
Poddium
Quebramar
Vip Náutica
avenida dos bandeirantes
QuebramarTudo para quem está começando
Com lanchas entre 18 e 60 pés, de diversas marcas, a Quebramar, também pertinho do final da Avenida Bandeirantes, é bem mais do que uma simples loja multimarcas de barcos usados. É também oficina, loja de peças e acessórios, e quando algum novo cliente pede ajuda para aprender a navegar, seu dono, Carlos de Souza, não hesita em ir junto, para ensinar. “80% dos nossos clientes são iniciantes no mundo náutico e fizemos a loja exatamente para atender a esse público”, diz. “O que eu quero é que o barco seja um prazer para o cliente, não um problema, pois não adianta ele comprar um e nunca mais querer saber de outro, porque todos perdemos com isso”. Por isso, Carlos até se oferece para ir junto nas primeiras saídas, para mostrar os melhores locais do litoral paulista e nem se incomoda de ficar de plantão no celular, nos fins de semana, para sanar dúvidas a distância. “Cada novo navegante é um novo cliente e amigo para sempre”, diz.
Av. Dr. Ricardo Jafet, 2 976, tel. 11/5084-3104
Poddium NáuticaTudo num só lugar
A Poddium Náutica não fica na Bandeirantes, mas bem próximo, na avenida Abrahão de Moraes. É uma loja de múltiplas utilidades náuticas. Além de vender lanchas novas e usadas, trabalha com reforma de barcos e infláveis. Também fabrica carretas para transporte de lanchas e jets, além de fazer manutenções em carretas de outras marcas. Oferece ainda equipamentos, cursos para habilitação náutica, serviço de despachante e até um brechó, que vende acessórios usados. Apesar de estar na região há 25 anos, já tem mais de 30 anos de história. “Comecei na garagem da minha casa”, diz Sérgio de Castro, o proprietário. Para ele, o segredo do sucesso está na diversidade de produtos e serviços que a loja oferece. “Para aprender, comprar ou consertar, aqui é o lugar”, resume.
Av. Prof. Abrahão de Moraes, 2 650, tel. 11/3506-4400
Vip NáuticaA mais nova do pedaço
Há tempos que a Schaefer Yachts, de Santa Catarina e um dos três maiores estaleiros de lanchas de passeio do país, sonhava em ter uma loja exclusiva da marca em São Paulo, quase como um showroom dos barcos que produz — se bem que alguns deles, de tão grandes, não caberiam dentro de uma loja. Já estava até negociando um imóvel, no início da própria Avenida Bandeirantes, quando dois dos mais experientes vendedores da marca, Marcos Pacheco e Mauricio Souza, revelaram o desejo de abrir uma loja própria, na mesma avenida. Foi o casamento perfeito: eles ganharam a chancela de revendedor autorizado e a Schaefer, a sua primeira loja oficial na cidade. Instalada dentro de uma bonita caixa de vidro, a Vip Náutica começou a funcionar em agosto e vendeu sua primeira unidade antes mesmo de ser oficialmente inaugurada, o que dá uma boa amostra do sucesso da marca no mercado.
Av. Bandeirantes 5 000, tel. 11/2737-5050
“ Onde a avenida termina, as lojas continuam
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Náutica SudeSte 93
A primeira coisa que passa pela ca-beça quando se quer melhorar o desempenho de uma lancha
é trocar o motor. Claro que isso aju-da. Mas custa no bolso e nem sempre resolve o problema. Por isso, antes de decidir pela simples troca da motori-zação, vale a pena considerar alternati-vas bem mais simples e, principalmen-te, mais baratas, que podem fazer sua lancha navegar melhor e mais rápido. Como estas aqui ao lado.
Veja se não há cracas nem limo no casco
Se houver, limpe tudo: casco, eixo, leme,
etc. Esses parasitas da água criam arrasto,
“freando” o barco. Numa lancha de médio
porte, com propulsão de eixo e pé-de-
galinha, incrustações no casco reduzem a
velocidade em, pelo menos, 20%.
E, às vezes, até impedem o planeio.
Alinhe bem o eixo da propulsão
Barcos com propulsão tipo eixo e pé-de-
galinha precisam ter o eixo muito bem
alinhado com o motor, para reduzir ao
máximo a vibração, pois ela também
provoca perda de potência.
Não leve mais do que o necessário nos tanques
Combustível e água pesam um bocado. Por
isso, carregue o necessário para o passeio,
acrescido de uma reserva de cerca de um
terço. Quem navega sempre com o tanque
cheio ganha tranquilidade, mas perde
velocidade.
Mantenha os hélices em bom estado
Hélices danificados, por menor que seja
o dano, forçam o sistema de propulsão,
geram vibração e roubam velocidade. Se
eles sofrerem qualquer deformação, mande
repará-los e balanceá-los. Se o caso for mais
grave, troque por novos.
Ajuste o passo do héliceHélices fora do passo prejudicam a
performance e podem até danificar o
motor. Se a rotação não atingir a máxima
prevista, é sinal de que o passo está muito
longo. Se, ao contrário, passar da máxima,
é porque ele está curto. Nos motores de
popa, a rotação varia cerca de 200 rpm
para cada polegada no passo.
Distribua bem o peso a bordo e não exagere
Quanto mais leve, mais rápido. Então,
retire os supérfluos. Se a lancha for
pequena, o peso mal distribuído a deixará
desequilibrada e lenta. Concentre o peso no
centro, um pouco atrás da meia-nau.
Não deixe a popa afundar demais
Para erguer a popa do barco e assim
diminuir o arrasto, use flapes fixados no
espelho de popa. Quando se abaixam os
flapes, a popa ergue e o barco passa a
navegar na posição normal, portanto, com
maior velocidade.
Posicione bem o motorBarcos com motor de popa ou centro-
rabeta atingem seu melhor desempenho à
medida que se ergue a proa e reduz a área
de contato com a água. Mas isso precisa
acontecer na medida certa, sem que o
motor levante demasiadamente, para o
hélice não ventilar.
Equipe a lancha com um jack plate
O jack plate serve para erguer o motor de
popa verticalmente, diminuindo o atrito
do hélice e da rabeta com a água, sem,
contudo, alterar o trim da lancha. É um
ótimo e simples recurso.
Recolha a capota, sempre que possível
Capotas protegem bem contra o sol e a
chuva, mas impedem que o barco atinja
maiores velocidades, porque, quando
abertas, aumentam a resistência ao ar. Se
você quiser navegar mais rápido, ande com
ela fechada ou a recolha sempre que puder.
truques para navegar
mais rápido
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MaiS NóS COM MENOS diNHEirO10 maneiras bem mais econômicas de
aumentar a performance de sua lancha do que
apenas trocar o motor por outro mais forte
Você e seu barco
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q. n
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Fim de semana de sol. Você sai de barco com a famí-lia e os amigos, escolhe uma prainha tranquila, an-cora, deixa as crianças brincando na água e começa,
então, a sua verdadeira diversão: preparar um churrasqui-nho a bordo. A cena é tão frequente que, hoje, quase todos os barcos já saem de fábrica com uma churrasqueira e pre-parar picanhas e linguiças sobre as águas acabou virando a própria razão de muitos passeios náuticos.
A rigor, qualquer lancha ou veleiro pode ter uma chur-rasqueira, desde que ela seja apropriada para uso náutico — ou seja, pequena, com tampa e presa na plataforma de popa ou no guarda-mancebo — mas sempre na parte de trás do barco, onde o vento é menor e o espaço, maior. Na proa não, porque, quando ancorados, os barcos ficam natu-ralmente aproados no vento, o que significa que a fumaça irá se estender por todo o casco. Além disso, o vento pode trazer partículas de carvão para bordo e aí o resultado será, no mínimo, um convés encardido.
Churrasco é a mais simples das refeições, não exige nada além de fogo e carne e, ao contrário dos lanches, é um ótimo pretexto para reunir todo mundo. Além disso, de futebol e churrasco, todo homem entende um pouco. Ou, pelo menos, acha que entende... Se for (ou não) o seu caso, confira estas dicas e bom proveito!
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Carvão ou gás?
Embora as churrasqueiras a gás sejam bem
práticas (não fazem fumaça, não encardem
a churrasqueira e para acender o fogo
basta girar um botão, como num fogão) e já
bastante comuns nos barcos, para os puristas
do churrasco nada substitui o bom e velho
carvão, que deixa um gostinho especial
na carne. É que, como as churrasqueiras
elétricas são mais rasas e o fogo a gás
bem mais forte e constante, a carne assa
muito mais rápido e pode queimar por fora,
mesmo estando ainda crua por dentro —
além de perder mais sumo. Ou seja: ganha-
se na praticidade, mas perde-se no sabor. Ou
vice-versa, no caso do carvão.
Carne sem sabor ou, pior, salgada demais
são os dois problemas mais corriqueiros
nos churrascos. Para o primeiro, basta
acrescentar sal grosso — quase sempre em
abundância e, a princípio, revestindo toda
a carne. Para o segundo, é preciso lembrar
que, depois de um tempo de cozimento,
deve-se bater a carne, para tirar o excesso
de sal. A quantidade de sal e o tempo certo
de sua permanência na carne são quase
segredos para todo bom churrasqueiro. Mas,
como referência, adote o seguinte padrão:
cerca de 100 gramas de sal grosso para
cada quilo de carne (revestindo-a feito uma
capa) ou apenas 20 gramas se for sal fino,
de cozinha, que não é tão recomendado.
E para ela não ficar salgada demais, tire o
excesso quando já estiver quase no ponto
de malpassada. Outro cuidado: use apenas
sal seco, porque, se ele estiver úmido, a água
aumenta sua penetração na carne e salga
mais do que deveria.
11 dicas quentes para o seu cHurrasco no barcoO que fazer para o churrasquinho
a bordo ficar ainda mais gostoso
Não use líquidos
combustíveis para acender o
fogo, porque eles podem escorrer para o
casco. Só acendedores próprios ou pão
embebido em álcool.
Mantenha a temperatura
do braseiro estável. Se o carvão
diminuir ou acabar e esfriar demais,
a carne endurece.
Não lave a carne nem a coloque
direto do descongelamento no fogo,
porque, com o calor, ela perderá muito
sumo e tenderá a ficar seca e dura.
Vire a carne na medida em que
for surgindo certo “suor” na parte de
cima. Quando isso acontecer, ela já estará
malpassada. Ou seja, quase ao ponto.
Deixe um pouco de
gordura, mesmo que você
não coma nem goste disso, porque ela
realça o sabor da carne.
Calcule 400 gramas por
pessoa, ou um pouco menos no
caso de mulheres, mas lembre-se de que
atividades na água sempre dão fome.
Pouco ou muito sal?
O melhor carvão é o de
madeira de eucalipto, que além de
ecologicamente correto, não gera tanta
cinza nem faz tanta fumaça.
Fogo bom não tem
labaredas, apenas brasas
incandescentes. Tente mantê-lo
assim, abrindo, com certa frequência,
a tampa da churrasqueira, para
controlar as chamas.
Não coloque muito carvão,
mas vá repondo aos poucos, até
porque, nas churrasqueiras de barcos,
cabe bem menos. Por isso, acaba rápido.
Para preservar a
suculência da carne faça um
“selamento” antes de assá-la, colocando-a
no fogo bem quente durante um ou dois
minutos. Isso criará uma película em
volta dela, que reterá o seu sumo.
Churrasco de verdade,
segundo os puristas, deve ser ao
ponto ou, então, malpassado — carne
torrada jamais! Mas gosto, obviamente,
não se discute. Na dúvida, pergunte o
gosto de cada um.
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Você e seu barco
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As dúvidAs que todo pescAdor iniciAnte temVocê tem um barco e quer sair para pescar,
mas não sabe como começar? Veja aqui
as respostas às dúvidas mais comuns dos
iniciantes para pescarias no mar
Qual é o
equipamento básico?
Comece comprando uma vara de
ação rápida (como se diz dos modelos
com pouca flexibilidade na ponta),
com 6’6” (1,98 m) de comprimento e
classe de 20 libras (ou seja, apropriada
para linhas com resistência de até
20 libras, ou aproximadamente nove
quilos). O molinete (ou carretilha) deve
ser preenchido com pelo menos 120
metros de linha de multifilamento
(formada pelo entrelaçamento de
múltiplos fios de polietileno) com
resistência de 20 ou 30 libras. Não
pode faltar ainda um bom líder de
monofilamento para fazer a ligação
da linha com o anzol, de preferência
de fluorcarbono e com 0,60 mm
de espessura e dois metros de
Já para a pesca oceânica meio-
pesada e pesada, as carretilhas
continuam sendo a única opção.
A lua
influencia muito?
Sim, na medida em que a
posição dela dita a
movimentação das marés. Nas
fases de lua cheia e nova,
quando as variações de
maré são maiores, a pescaria,
em geral, não é tão simples
quanto nas
fases crescente e minguante.
É mais difícil, por exemplo,
manter a embarcação numa
mesma posição, porque a
maré “corre” muito. Mas isso
não quer dizer que a pescaria
sempre renda menos nos
dias de lua cheia ou nova:
anchovas e olhetes, por exemplo,
ficam bastante ativos nos dois ou três
dias anteriores ao
“pico” desses períodos.
Quais são as
melhores varas?
Depende do tipo de peixe que se
pretenda fisgar. Como regra geral,
quanto mais leve e sensível o caniço,
melhor. Para o mar, varas curtas não
são muito indicadas, a não ser que se
queira praticar a chamada pesca
vertical (em águas mais profundas,
com jigs — iscas artificiais metálicas).
Mas aí já estamos falando de varas
bem específicas para essa função...
Para quem está começando, uma
vara de ação rápida está de ótimo
tamanho para a maior parte das
situações e peixes — com exceção
das grandes garoupas, dourados
e peixes de bico.
Qual a linha mais indicada
para pescar no mar?
Sem dúvida, a linha de multifilamento,
porque tem baixíssima elasticidade
(e, portanto, elevada sensibilidade
mesmo a grandes distâncias) e
grande resistência com pouco
comprimento, além de acessórios
como “snaps” (grampos) para troca de
iscas, giradores, pesos (chumbadas)
e anzóis variados. Com esse kit, você
estará bem preparado para fisgar
várias espécies do nosso litoral, na
faixa entre meio e dez quilos.
É preciso ter licença
para pescar?
Sim! No mínimo, deve-se ter
licença nacional de pesca amadora,
antigamente emitida pelo Ibama
e hoje sob responsabilidade do
Ministério da Pesca. O link para obter
a guia de pagamento ainda é do
site do Ibama: www.ibama.gov.br/
pescaamadora/licenca. Sua validade é
de um ano.
Qual o melhor anzol?
Dois tipos de anzóis resolvem a maior
parte das situações de pescarias
no mar. O primeiro é o modelo
maruseigo, especialmente indicado
para iscas pequenas ou peixes de
boca acanhada. O outro é o modelo
circular, ou circle hook, que evita
que o peixe engula o anzol junto
com a isca. Devido ao seu formato, o
anzol circular não se prende no tubo
digestivo do peixe, “escorregando” até
se fixar no canto da boca do animal.
Este tipo de anzol é amplamente
usado em todo tipo de pesca, da
comercial até a oceânica de peixes
de bico.
Carretilha ou
molinete?
O que é melhor
ter?
Esta escolha é uma
questão pessoal.
Muitos preferem a
carretilha, por ser mais
precisa. Mas, para quem
está começando, comprar um
molinete é o melhor negócio,
porque ele não está sujeito aos
embaraços de linha na hora do
arremesso (as chamadas “cabeleiras”),
que só acontecem nas carretilhas.
diâmetro. Com essa linha, o arraste
é menor, principalmente no corrico
e na pesca de profundidade.
A única desvantagem é que
ela é muito cortante e, por
isso, desaconselhável para ser
manuseada por crianças, por
exemplo.
Isca natural ou
artificial? Qual usar?
Sempre que possível, artificial.
Além de ter um grande poder
de sedução sobre a maioria
dos peixes predadores, é uma
isca mais ecológica, fácil de
carregar, limpa e sem cheiro.
Sem contar que a emoção
de capturar um peixe com
uma isca artificial é sempre
especial. Mas há casos
em que as iscas naturais
ainda levam vantagem, como o
farnangaio (ou peixe-agulha) para a
pesca de peixes de bico e do corrupto
para a pesca de praia.
Quais são as iscas
artificiais mais eficientes?
As iscas são escolhidas de acordo
com o peixe e o lugar onde se vá
pescar. Por isso, há centenas de tipos.
Entre as de superfície, não podem
faltar poppers e jumping baits, com
tamanho entre 9 e 17 centímetros.
Entre as de meia-água, modelos
“sinking”, ou seja, que afundam
mesmo quando parados, por
permitirem arremessos mais longos.
Para a pesca em águas profundas,
os jigs, em suas diferentes vertentes,
são imbatíveis: jigs de penacho (ou
“xuxinhas”), tube jigs e principalmente
metal jigs. Para corricar, há modelos
específicos de plugs (iscas plásticas
ou de madeira com formatos de
peixinhos) com barbelas longas.
O ideal, porém, é ter algumas de
tamanho pequeno e barbela plástica,
e outras maiores, com barbela
metálica. Também é bom ter alguns
zangarilhos, para tentar pegar lulas,
especialmente agora, no verão.
Você e seu barco
96 náuticA sudeste náuticA sudeste 97
Náutica SudeSte 99
A barra do Rio Una,
na praia do mesmo
nome, é um dos pontos
mais bonitos do litoral
norte paulista. Mas é,
também, um dos mais
tensos para os barcos
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As pedrAs do cAminho
a barra e os guias A entrada, bem rente às pedras da Barra do Una, e os especialistas Zezé e Ari (abaixo) do iate clube que fica no rio
O passo a passo para vencer o rioPara quem vem do mar, a primeira providência é entrar rente (cerca de
cinco metros) da primeira baliza, que fica na ponta do morro, onde também
há um farolete da Marinha — e não na parte mais larga, diante da praia. Em
seguida, coloca-se a proa na direção da segunda baliza e avança-se já na
velocidade de segurança, de 4 nós. A segunda baliza deve ser deixada a
boreste, a uma distância de três metros — mais que isso já se sai do canal.
Depois, avance reto, rente à margem, até a curva do rio, usando como
referência o atracadouro da última casa. Quando chegar bem perto dele, vire
a bombordo. Depois, é só passar bem próximo ao muro da sede Parcel do
Iate Clube e, em seguida, cruzar o rio, em diagonal, até a duna da parte de
trás da praia. Para quem sai do rio, é só fazer o percurso inverso.
A vila de Barra do Una, a meio caminho entre Guarujá e Ilha-bela, é um dos locais mais sin-
gelos do litoral norte de São Paulo. Tem uma linda praia e um capricho-so rio que serpenteia a areia, até o ponto onde os dois se encontram — a tal “barra” que batiza a vila. Tem, também, meia dúzia de marinas e um iate clube, todos na beira do rio e dependentes dele para fazer che-gar os barcos até o mar. E é aí que mora o perigo, porque a barra do Rio Una não é nada fácil de sair e entrar. Quer dizer, é, desde que se obedeça às marés e não se haja receio de pas-sar com o barco quase rente às pedras que brotam do fundo raso do rio. Os apressados ou mal informados costu-mam se dar mal.
Para os primeiros, o único remé-dio é respeitar as marés e só partir e re-tornar dos passeios quando ela estiver, no mínimo, na metade do seu curso, com especial atenção nas épocas de luas cheia e nova, quando as oscila-ções são maiores. Já para os que não estão acostumados com os melindres do rio (que não aceita barcos acima de 48 pés e só é recomendado para lan-chas com rabeta, que pode ser ergui-da, diminuindo o calado, já que o rio é bem raso), aqui estão as dicas de dois especialistas nesta barra: o gerente de operações do Iate Clube de Barra do Una, José Marques, o Zezé, e um dos mais velhos marinheiros e capitães do clube, Ari dos Santos, nascido e cria-do naquele próprio rio. Vire a página e aprenda mais com eles.
Você e seu barco
100 Náutica SudeSte
Quanto mais perto, melhorPor mais assustador que seja, o jeito
mais seguro de entrar e sair da barra
do Una é colado às pedras que há no
lado de fora do rio. O ideal é passar a
cerca de três metros delas, por onde
corre o canal. A impressão é que o
barco irá bater nas pedras, sensação
reforçada pelo fato de que a rabeta do
motor precisa estar erguida, portanto
com a ação do leme reduzida. É
preciso algum sangue-frio para, ao
entrar na barra, apontar a proa do
barco exatamente na direção das
pedras (quem entra pelo lado da praia
corre o risco de encontrar bancos de
areia) e, depois avançar, bem rente a
elas. “O certo é passar sempre o mais
perto possível delas”, diz Zezé.
Entre banhistas e supistasO principal
equipamento que
os barcos devem
ter para entrar e sair
da barra do Una
com segurança
é o ecobatímetro,
porque a
profundidade no
canal quase sempre
é bem baixa — 50
centímetros não é
raro. Já os pilotos, além de paciência para
esperar passar os barcos que venham
em sentido contrário, precisam ter muita
atenção com os banhistas, que cruzam o
rio com frequência, e com os praticantes
de stand up padlle, o sup, esporte que
virou febre em Barra do Una. “As pranchas
aparecem do nada”, alerta Zezé.
A draga que ajudaPeriodicamente, o Iate Clube
draga o canal do rio, para remover
areia e aumentar o calado para
os barcos. Mas ela sempre volta,
por causa das ondulações do mar,
que ali entram de frente. A solução
definitiva seria a construção
de um molhe que impedisse o
assoreamento do rio, mas isso é
pouco provável que aconteça, por
conta das questões ambientais.
O jeito é ficar dragando o rio e
aprender a entrar e sair de uma
barra caprichosa e repleta de
pedras, como fazem os 500
donos de barcos que tem Barra do
Una como base. “Quem é daqui
já está acostumado, mas todo
recém-chegado precisa aprender
os macetes da barra”, diz Zezé.
Baliza para aproximarO Iate Clube de Barra do Una conseguiu autorização para colocar balizas sinalizadoras em três pedras do rio. Duas delas também piscam à noite, ajudando quem chega ou sai no escuro. Mais do que apenas indicar onde estão as pedras (que, de tão grandes, afloram à superfície), as balizas servem para orientar aos pilotos sobre o quanto eles devem se aproximar delas, especialmente à noite. Mas, no escuro, o mais indicado é ancorar do lado de fora e pedir ajuda, pelo rádio ou celular, de um marinheiro da vila, que tanto pode assumir o barco quanto ir na frente, indicando o caminho. “O Iate Clube ajuda qualquer pessoa e os nossos celulares estão sempre ligados”, dizem Ari e Zezé, cujos números — anote aí — são 12/99162-5154 e 12/99660-4735, respectivamente.
Zigue-zagues na águaMesmo na parte onde o rio é mais largo, é preciso seguir o canal, se não quiser
correr o risco de encalhar ou tocar nas pedras que há no fundo dele. Isso implica
em fazer um “S” no trecho que fica atrás da praia, indo em diagonal quase de uma
margem a outra — e chegando bem perto de ambas. Para quem não conhece os
melindres do Una, a manobra soa meio esquisita, mas é necessária, especialmente
nos barcos maiores de 30 pés. “Serpentear o rio é o caminho”, garante Ari.
Quanto mais largo, piorAlém da proximidade das pedras, o que mais
assusta no Una é a largura do rio – que, na maré
baixa, ainda tem água pelas canelas na maior
parte do seu curso. Do canal mesmo, sobra só
pouco mais do que a largura de um barco. É como
navegar num trilho e dele não se pode sair. Mas
quanto mais estreito o rio estiver, mais fácil será
acertar o caminho, porque a parte mais funda
ficará visível, por causa do tom Coca Cola da
água. É só erguer a rabeta (pés de galinha são até
desaconselhados nos barcos que ali circulam) e ter
certeza de que não virá outra lancha no sentido
contrário, porque se mal cabe uma, imagine duas.
Já com o rio cheio, o trilho desaparece e a coisa
complica, porque tudo parece fundo, mas não é.
“Quem foge das pedras, encalha”, diz Ari.
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barra do una
Os segredos da barra
102 Náutica SudeSte
6Infiltração de água no painel
Barcos com comando aberto
não estão livres de respingos
d’água — seja na navegação ou na
lavagem do casco. E esse contato
com a água pode gerar pontos de
ferrugem nas conexões das fiações, além
de comprometer a durabilidade dos cabos. A
única maneira de evitar isso é checar periodicamente
as vedações de borrachas no painel e, no caso de
vazamento crônico, não molhá-lo ao lavar o barco.
5Equipamentos em
contato com a água
O inversor deve ficar
sempre o mais próximo
possível das baterias,
para evitar quedas
de tensão. Mas é
importante instalá-lo
sempre o mais alto
possível no porão, para
evitar contato com a água
empoçada, o mesmo valendo
para qualquer equipamento
elétrico. Energia e água
não combinam.
4Equipamentos que não desligam
Se o seu barco tiver guincho
elétrico ou bow thruster,
verifique periodicamente
o sensor de acionamento
desses equipamentos. Como
eles consomem altas correntes,
a quebra do sensor pode fazer com
que eles funcionem ininterruptamente,
sem você perceber. E isso pode gerar
superaquecimento na fiação.
3Instalar
equipamentos diferentes
Certifique-se de que o
automático das bombas é
compatível com a corrente
elétrica. Instalar um modelo
errado pode fazer com que
a bomba não funcione na
hora que você mais precise
dela. Da mesma forma, tome
cuidado com certos acessórios,
como micro-ondas e secador de
cabelos, que puxam bastante energia
e podem superaquecer a fiação.
Gambiarras? Nem pensar!Sobrecargas e maus contatos são sempre prenúncios de tragédias
1Terminais e
conexões em mau estado
O “coração” das
instalações elétricas
são os terminais
e as conexões,
especialmente das
baterias. Se eles estiverem
frouxos, podem superaquecer
e derreter os cabos. Para evitar isso,
faça um check-up completo, tanto na
fiação quanto nos seus complementos,
pelo menos uma vez por ano.
2Voltagem diferente nas tomadas da marina
Como a maioria das
marinas não segue um
padrão na voltagem, há
sempre a possibilidade
de a tomada do cais não
ser compatível com a do seu
barco. Assim, curtos-circuitos
podem ocorrer, afetando até mesmo
a parte eletrônica dos motores.
Você e seu barco
Incêndios — e não naufrágios —
são a causa mais frequente
da perda de barcos. E eles
quase sempre têm origem
num só ponto: a parte elétrica.
Portanto, fique ligado
riScoS elétricoS
maiS comuNS
NoS barcoS
6Fios, conectores e baterias mal instaladas
são os principais gatilhos nos incêndios de
origem elétrica a bordo de qualquer barco. “Se
eles não forem dimensionados para a energia que
recebem, ou se não estiverem bem conectados,
acabarão liberando calor ou derretendo, o que,
em ambos os casos, é perigosíssimo”, afirma o
especialista em instalações elétricas náuticas
Roberto Brener. Portanto, tire da cabeça qualquer
ideia de “dar um jeitinho” na parte elétrica do
barco. E anote aí alguns lembretes essenciais.
Use apenas fios de cobre estanhados e
certificados, para evitar corrosão.
Sele os terminais e as pontas dos fios com
silicone, para vedar a entrada de ar entre o cobre
e o plástico que reveste os cabos.
Os terminais dos cabos da bateria devem ser
prensados e não soldados. A solda enrijece os
cabos, tornando-os sujeitos a quebras.
Use disjuntores termomagnéticos, que
protegem contra sobrecargas e curtos. Mas,
atenção: há disjuntores que não funcionam em
correntes contínuas.
Fusíveis em circuitos de alta corrente costumam
criar quedas de tensão. Se isso acontecer com
baterias fracas, pode dificultar a partida do motor.
Cabos de arranque do motor e do gerador
não precisam ter fusíveis próprios. Bastam cabos
superdimensionados.
Para não tombar com o balanço do barco, a
bateria deve ser bem presa, mas com cintas ou
cabos que não contenham partes de metal.
Em hipótese nenhuma, qualquer fiação deve
passar perto de alguma mangueira de combustível.
A fiação deve ser fixada a cada 25 centímetros
ao longo do barco. Mas não muito esticada,
para não romper com os trancos, o que é mais
frequente do que parece.
As AmigAs do cAsco
Bem mais do que simples pedaços de borracha, como aqueles velhos pneus que se usam nos costados dos navios,
as defensas são verdadeiras amigas do casco, porque evitam que ele se choque contra o píer ou costado de outro barco na hora de parar. São elas que evitam trincas e marcas. Além disso, ajudam na hora das manobras, pois não exigem alguém olhando para ver se o barco irá bater em algo. Mas é impor-tante ter a bordo pelo menos três unidades: uma para a proa, outra para a parte mais lar-ga do casco e a terceira para a popa. Os ti-pos e tamanhos dependem de cada barco, mas as mais usuais são estas aqui.
Os 3 passos do nó certo
As defensas protegem o casco e ajudam
bastante na hora de parar o barco
Qual é a melhor?
De qual tamanho?
O nó mais indicado para prender a defensa é este aqui: o volta redonda.
É fácil de fazer e soltar, portanto ideal para paradas rápidas. Mas se a parada for mais longa, dê mais uma volta nele 21 3
Tamanho defensa defensa dobarco cilíndrica esférica Até 20 pés 10 cm 23 cm
21 a 25 pés 13 cm 23 cm
26 a 30 pés 15 cm 30 cm
31 a 35 pés 18 cm 38 cm
36 a 40 pés 20 cm 38 cm
41 a 50 pés 25 cm 46 cm
Você e seu barco
Para barcos Pequenos
É uma defensa leve e econômica,
ideal para pequenas lanchas e
veleiros. Tem extremidades mais
flexíveis, que se adaptam melhor
aos cascos arredondados.
seu preço varia de R$ 50 a
R$ 200, dependendo do
tamanho.
Para barcos robustos
Esta é a defensa mais usada e a
mais tradicional, pois serve para
todos os tipos de barcos. É
também a que tem o material
mais resistente., com dez
tamanhos diferentes. Varia
de R$ 100 a R$ 400.
Para barcos de serviço
defensas em forma de bola
servem mais para barcos com
a borda irregular, como os
de pesca ou trawlers. mas
também são eficientes na
atracação barco a barco,
embora deixem os cascos mais
distantes Preço: de R$ 100 a R$ 250.
Para locais diferentes
A defensa bumerangue tem
algumas utilidades.
Nas colunas,
por exemplo, por ser mais larga,
protege melhor o casco. o mesmo
acontece nos píers mais baixos.
custa cerca de R$ 150.
Para locais diferentes
A defensa bumerangue tem
por exemplo, por ser mais larga,
protege melhor o casco. o mesmo
acontece nos píers mais baixos.
usta cerca de R$ 150.
dicas para usar direito
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3
4
5
Nunca deixe a defensa boiando na água
nem navegue com ela para fora do barco
porque isso afeta sua durabilidade e é fácil
perdê-la na água. Lembre-se: defensa não é boia, embora até pareça.
Na atracação barco a barco, a regra é
usar o máximo possível de defensas, já que o atrito entre os
cascos é constante e intenso. Assim você evita
danificar (também) o barco dos outros.
depois de prender o barco,
desembarque e tente movimentá-lo, para saber se ele
está com defensas suficientes.
Para amarrar a defensa no barco,
escolha um ponto o mais perto possível do
casco (não no topo guarda-mancebo, por
exemplo). Assim, evita-se que a
defensa fique balançando feito um pêndulo.
Use, pelo menos, três defensas: uma na
proa, uma na parte mais larga do casco e
outra na popa. mas, na verdade, quanto mais defensas melhor.
.
104 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 105
106 Náutica SudeSte
Xô, Sujeira!
Pegue indicaçãoSempre pergunte aos mecânicos da marina
onde seu barco fica qual o melhor posto da
região para abastecer. Eles costumam saber
onde há combustível adulterado,
Combustível velho não serve pra nadaSe a gasolina estiver há mais de um mês
no tanque, não ligue o barco. Retire todo o
combustível, inclusive da tubulação. Depois,
abasteça com gasolina nova. A Podium, da
Petrobrás, é que mais dura: dois meses.
Dê um upgrade na sua gasolina Há diversos aditivos para gasolina, a
grande maioria, líquidos. O Starbrite Startron é
um deles e sua maior virtude é esticar a vida
útil do combustível em quatro anos. O frasco
custa cerca de R$ 80. Bem mais barata é a
Gas Saving Pill, da Aderco, que é sólida e sai
por cerca de R$ 20 nos postos de gasolina.
Cada pílula trata até 60 litros de combustível. O
melhor de tudo é que ela permite armazenar a
gasolina no tanque por até dois anos.
dicas para quando for
encher o tanque
31
2
3
Como saber se a gasolina do seu barco está batizada
Se você tem barco a motor, certamente já sentiu os problemas causados pela gasolina brasileira, que é feita para ser usada em automóveis, não em embarcações. Isso porque a le gislação
determina que sejam adicionados 25% de álcool ao combustível, o que acaba ajudando no processo de “apodre cimento“ da gasolina, além de danificar os componentes do motor (a indústria náutica mundial produz peças resistentes apenas à gasolina com, no máximo, 10% de álcool). Para piorar ainda mais a situação, muitos postos vendem gasolina adulterada, com uma porcentagem de álcool ainda maior do que a lei permite, além de outras tantas porcarias, como querosene, solvente e até água. Por isso, aqui estão dois testes caseiros fáceis e rápidos, para você detectar se a gasolina que está colocando no seu barco é boa de fato.
2 testes rápidos
1 2Pe gue um co po plástico des car tá vel, da
que les bran cos e mo les, e co lo que um
pou co de ga so li na dentro. Ela de ve rá
amo le cer e des man char o co po em pou
quíssimo tempo — de 20 a 50 segundos.
Quan to mais rá pi do is so acon te cer, me
lhor se rá o com bus tí vel. Se de mo rar mais
de um mi nu to, cer ta men te ela é adul te ra
da e estará prejudicando o rendimento do
motor do seu barco.
Coloque 100 ml de gasolina e 100 ml de
água num copo de vidro graduado. A água
não se mistura com a gasolina, que fica por
cima. Já o álcool presente no combustível irá
se misturar com a água, fazendo com que o
volume do “líquido transparente” aumente.
A quantidade de mililitros que aumentar
corresponde à porcentagem de álcool e
outras substâncias presentes. A lei permite,
no máximo, 25% de álcool na gasolina.
Do copinho Do copo graduado
Você e seu barco
Se a gasolina for boa, o copo deve furar em até 50 segundos
Se a faixa de “líquido transparente” passar de 25 ml, é porque há adulteração
Antes AntesDepois Depois
108 Náutica SudeSte
MagellaNo 50Marcelo albertoni, gerente comercial
da First Yachts, que acaba de trazer a primeira
Magellano para o Brasil, fala sobre este novo
conceito de barco, que não é lancha nem trawler
A série Magellano, da Azimut, é um novo estilo e concei-to de barco. Não é um iate
nem um trawler, mas uma fusão des-ses dois tipos, com ênfase no confor-to e bem-estar a bordo. É um barco para quem quer ficar um bom tem-po embarcado e não apenas fazer pas-seios rápidos e voltar para a marina. Sua cabine, por exemplo, tem por-tas mais largas que o habitual nos bar-cos e menos cômodos do que caberia, porque o objetivo é que todos eles se-jam amplos, altos e com menos divi-sórias de ambientes do que em uma lancha convencional do mesmo por-te. Aliás, de convencional a Magella-no 50 não tem nada, a começar pelo estilo do seu casco, que nem de lon-ge lembra o de trawler, porque tem li-nhas bem mais modernas e ousadas.
Como seu casco é semideslocan-te, a Magellano navega suave e com
outro estiloO casco tem linhas próprias. Mas é mesmo por dentro, nos amplos e confortáveis espaços da cabine, que a Magellano se diferencia dos demais barcos
“
“ A prioridade é o conforto. Mas ela é 30% mais econômica do que uma lancha convencional deste tamanho ”
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Novos barcos
muito conforto e ainda oferece o be-nefício de estabilizadores. Com isso, mesmo quando em movimento, sua cabine torna-se um local extrema-mente agradável para navegar. É um barco muito confortável não apenas quando está parado. Mesmo assim, sua performance é atraente. Quan-do equipada com dois motores Cum-mins de 425 hp cada, navega a 17 nós na velocidade de cruzeiro e chega a 22 nós na máxima. E isso com um consumo cerca de 30% inferior ao de qualquer lancha convencional do mesmo porte, o que também se tra-duz em maior autonomia, já que se trata de um tipo de barco para quem gosta de ir longe.
É, enfim, um tipo de barco para pessoas extremamente exigentes quanto ao prazer de estar a bordo e que, entre o conforto e a aparência, sempre optam pelas duas coisas”.
“ A Magellano é um tipo de barco para quem curte ficar a bordo ”
110 Náutica SudeSte
Novos barcos
MeStRa 22.2José Eduardo Cury, diretor
comercial da Mestra Boats, apresenta a mais
nova lancha deste jovem estaleiro do interior
de São Paulo, que vem crescendo rapidamente
A nova Mestra 22.2 é um modelo intermediário entre as lanchas Mestra de 18/19 pés e 24/25 pés. Mas é um projeto totalmente novo, com casco moderno, proa aberta, muito espaço interno,
capacidade para até dez pessoas e que, opcionalmente, pode ser re-vestido com poliuretano injetável, o que o deixa insubmergível. Tem ainda plataforma de popa (com quase um metro de comprimento) e flaps moldados no próprio casco, o que, além de dar mais rigidez ao conjunto, faz com que o barco planeie mais fácil, o que chamamos de ‘planeio automático.’ Quando equipada com um motor Mercrui-ser 3.0, de 135 hp, descola fácil da água e chega a 40 mph de velocida-de máxima, com uma navegação macia e ótimo consumo. Um deta-lhe interessante é que o banco de popa, para até quatro pessoas, pode virar um gostoso solário revestido de courvin náutico antimofo e pra-ticamente se integra à plataforma, formando assim uma área bem ampla e aberta, o que só aumenta o espaço a bordo deste barco — que, embora novo, já está fazendo muito sucesso nas lojas.”
detalhes a bordoProa larga, banco de popa que vira solário, bom espaço livre a bordo e uma generosa plataforma justificam o sucesso que a nova Mestra 22.2 já está tendo no mercado
“
“ Ela tem flaps integrados ao casco e planeia fácil ”
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112 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 113
.à
Drakkar Viking R$ 59.000,00. Vitória, ES, Tel. 27/9297-0282 c/ Rodrigo Silva.
Caribe 16 Motor Mercury 3.6 hp. R$ 10.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7877-3593 c/ Rodrigo.
atoll 23 Motor Mercury, 15 hp. R$ 36.000,00. São Paulo, Tel. 12/8100-2755 c/ Ricardo.
alaDin 30 1997. Motor Yanmar, 21 hp. R$ 200.000,00. Guarujá, SP. Tel. 13/8125-0404 c/ Manoel.
bruCe Farr 38 Motor 36 hp. R$ 180.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9604-7674 c/ Renan
alaDin 30 2012. Motor Yanmar 3ym20, 21 hp. R$ 190.000,00. São José dos Campos, SP. Tel. 12/9723-0626 c/ Walter.
Cal 9.2 1987. 28 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, Tel. 13/9751-9640 c/ Carlos.
Pomar 18 1984. R$ 11.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9975-6540 c/ Otavio.
bb 35 1999. Motor Yanmar, 27 hp. R$ 180.000,00. Santana de Parnaíba, SP. Tel. 11/99934-0389 c/ Leonel.
Pomar 26 Motor Mercury 8 hp. R$ 40.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9846-0009 c/ Roberto Rodrigues.
brasília 23 R$ 36.000.00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9987-6022 c/ Luís Fernando.
magnum 595 1995, 19 pés, motor 85 hp, R$ 14.000,00, Igaratá, SP, Tel. 11/99573-1310 c/Isaac.
Dakini R$ 90.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9125-7209 c/ José Soares.
Fast 395 R$ 250.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9982-8144 c/ José Luiz.
brasília 32 1980. Motor Volvo, 17 hp. R$ 90.000,00. Ubatuba, SP. Tel. 11/7683-1385 c/ Luis.
bb 36 1999. Motor Yanmar 3JH4SD. R$ 205.000,00. Niterói, RJ, 21/8667-9853 c/ Alexandre.
Fast 230 1981. Motor Evinrude 8 hp. R$ 33.000,00. Campinas, SP, Tel. 19/8177-0885 c/ Jorge
brasília 32 1990. Motor Volvo Penta, 18 hp. R$ 115.000,00. São Paulo, SP. Tel. 12/8179-0707 c/ Rogerio.
atoll 23 Motor Marine 5 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98175-6947 c/ Paulo.
O que convém saber antes de escolher
dúvidas na hora de comprar
um barco
veleiroS
8 1 Comprar antes ou
depois do verão?
Após o verão, os preços dos barcos
usados tendem a baixar um pouco. Mas
você perderá a melhor época para usá-lo.
Nem sempre vale a pena esperar.
Com broker ou diretamente?
Os brokers têm conhecimento do
mercado náutico e po dem apresentar
boas opções, além de dar orientação
para a compra. Mas se você prefere agir
sozinho, frequente marinas e clubes náuti-
cos e converse bastante com marinheiros
e donos de outros barcos, antes de
escolher.
Novo ou usado?
Um barco novo você pode montar da
maneira que qui ser, escolhendo o motor e
os equipamentos. Também terá a certeza
da procedência, garantia e ainda pode
pagar a prazo. Já a principal vantagem
do barco usado é o preço (bem) mais
acessível. E na hora de revender você não
perde tanto dinheiro. No entanto, quase
sempre tem que pagar à vista.
A vela ou a motor?
Veleiros exigem muito mais
conhecimento, ou seja, será necessário
aprender a velejar. Eles não fazem
barulho, tornando a navegação mais
prazerosa, porém são também mais lentos,
impossibilitando visitar vários lugares no
mesmo passeio. Já com os barcos a motor
o custo é mais alto, tanto para comprar
quanto para manter.
À vista ou parcelado?
Não empate todo o seu dinheiro na
compra de um barco. Até porque você
terá que gastar com equipamentos
(no caso de modelos novos) ou com
pequenas reformas (no caso dos usados).
A maioria dos estaleiros oferecem opção
de parcelamento, com taxas especiais. Mas
se for um usado, compre à vista, já que,
parcelado, os juros são altos.
Proa aberta
ou fechada?
A maioria das lanchas pequenas, de até
23 pés, tem a proa aberta. Com elas,
os passeios ficam bem mais ao ar livre,
mas não podem ser muito longos. Já as
lanchas com cabine, ou de proa fechada,
permitem até dormir a bordo e tendem a
ser mais confortáveis.
Motor de popa
ou de centro-rabeta?
Motor de popa é mais barato, não ocupa
espaço a bordo e tem manutenção mais
fácil. Já o motor de centro-rabeta é mais
eco nômico, mais silencioso, facilita as
atracações de popa, dá mais es tabilidade
ao casco, além de valorizar o barco. Mas
custa mais caro, embora parte do que
você paga a mais, recupera na hora de
vender o barco
A diesel ou a gasolina?
Se a lancha for usada para esquiar, o
motor deve ser a gasolina para dar
arrancadas mais rápidas. Por outro lado,
o consumo e a autonomia são bem
melhores com diesel. No momento
da compra, o motor a gasolina leva
vantagem, pois é mais barato. Em
compensação, na manu tenção, os
motores a diesel são melhores.
2
3
5
6
7
8
4
Classificados
114 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 115
bruCe roberts 45 m 2000. Motor Yanmar 4JH2E. R$ 450.000,00. Santos, SP, Tel. 13/3224-1426 c/ Meire.
Carabelli 32 1999. Motor Yanmar 2gm20 SD, 20 hp. R$ 130.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/4195-4847 c/ Fernando.
kalmar k8 2010. Motor Yanmar 15 hp. R$ 160.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8833-3001 c/ Luís Carlos.
Cal 9.2 1987. Motor Mold 22 hp. R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/5517-8282 c/ Viau.
new ZellanD 24 1993, motor 5 hp, R$ 38.000,00, Vitória, ES, Tel. 27/9874-2610, c/ Luiz Henrique
beneteau First 47.7 2001. Motor 75 hp. R$ 640.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9828-5968 c/ Rocco.
mJ 33 2003, motor 20 hp, R$ 170.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/99937-6043 c/ José Luiz.
Velamar 34 1988. Motor 40 hp. R$ 125.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99181-9383 c/ Andre.
Fibramar 30 1983. 20 hp. R$ 50.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7890-8654 c/ Walmir.
Hobie Cat 16 2006. R$ 12.000,00. Vila Velha, ES. Tel. 27/8135-8766 c/ Gunter.
Veleiro transoCeÂniCo 37 Pés 1973. 30 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98444-7780 c/ Gabriel.
Delta 26 1994. Motor Volvo série 2000. R$ 98.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99362- 6000 c/ Adilson.
bimini 16 2000. Motor Johnson 70 hp. R$ 19.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98565-7777 c/ Roberto.
Catamarã 37 Pés em Construção 1980. Motor Control, 45 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/8294-4558 c/ Ricardo.
Fast 29,5 1999. Motor Mariner 175 hp. R$ 70.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7887-7958 c/ Genival.
Velamar 26 2013. Motor Mercury 8 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/9794-9990 c/ Arthur.
Veleiro 20 Pés 1989. Sem motor. R$ 23.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99190-2318 c/ Rafael.
J/24 1978. Motor Mariner, 8 hp. R$ 48.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/8766-4512 c/ Roberto.
Paturi 28 Motor Suzuki 8 hp. R$ 58.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99984-6827 c/ Paulo Barros.
alaDim 30 2004. Yanmar 27 hp. R$ 170.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98354-3254 c/ Ricardo.
main 35 1992. Motor Volvo , 36 hp. R$ 145.000,00. Santos, SP. Tel. 13/3273-9467 c/ Paulo.
Delta 26 1994. Motor Volvo Penta. R$ 100.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8223-3334 c/ Dariel.
Delta 32 2007. Motor Yanmar. R$ 100.000,00. São Paulo, Tel. 12/9738-6667 c/ Amador.
main 35 1993. Motor Volvo Penta, 28 hp. R$ 170.000,00. Sao Paulo, SP. Tel. 11/9853-62204 c/ Gianfranco.
moD YaCHt 30 1989. Motor 29 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, Tel. 12/9708-9133 c/ Dorval Antonio.
Fast 260 1998. Motor Mercury 15 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97236-0156 c/ Mauricio.
Catamarã 53 Pés 2008. Motor Yanmar , 2 x 75 hp. R$ 389.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3836-6533 c/ Armando.
Paturi 16 1988. Motor Suzuki 6 hp. R$ 15.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99525-2350 c/ Idemir.
triniDaD 37 1986. Motor Yanmar 33 hp. R$ 155.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9989-5154 c/ Marcello.
Fast 345 1985. Motor Volvo, 29 hp. R$ 135.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/98518-0357 c/ Marcos.
ranger 22 1980. Motor Mercury 5 hp. R$ 25.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/6885-4049 c/ Benedito.
16 a 19 pés
Lanchinha
de proa aberta,
sem maiores
luxos
Até R$ 60
mil
20 a 22 pés
Lancha de proa
aberta
ou fechada,
com banheiro
Até R$ 80
mil
23 a 25 pés
Proa aberta ou
com pequena
cabine e
banheiro
Até R$ 110
mil
26 a 28 pés
Com cabine
para pernoite
de duas
pessoas
Até R$ 200
mil
29 a 31 pés
Cockpit e
cabine já
de tamanho
médio
Até R$ 300
mil
32 a 34 pés
Cabine completa,
com pernoite
para quatro
pessoas
Até R$ 390
mil
35 a 37 pés
Camas para
quatro pessoas
e demais
cômodos
Até R$ 500
mil
38 a 40 pés
Com ou sem
flybridge e
cabine já
espaçosa
Até R$ 690
mil
41 a 43 pés
Com flybridge
e camarotes
para
seis pessoas
Até R$ 850
mil
44 a 46 pés
Com flybridge e
cabine completa,
com dois
banheiros
Até R$ 1,5milhões
47 a 49 pés
Com flybridge,
cabine completa
e mais espaço
a bordo
Até R$ 2,5milhões
Quanto custa cada pé?
Preços médios para lanchas nacionais com pouco tempo de
uso e motorização padrão
Classificados
116 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 117
skiPPer 21 2001. Motor Mercury, 5 hp. R$ 65.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/97242-4669 c/ Bernardo.
Velamar 33 1979. Motor 46 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99948-5892 c/ José Carlos.
PanDa 34 1980. Motor Volvo. R$ 100.000,00. São Paulo, Tel. 13/3222-8664 c/ Ronei.
trimarã 24 Pés 2001. Motor Yamaha, 4 hp. R$ 19.100,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/6872-6200 c/ Henrique.
Veleiro 20 Pés 2012. Motor Mercury 8 hp. R$ 22.900,00. São Paulo, Tel. 12/9703-5011 c/ Anderson.
o’ DaY 23 1985. Motor Yamaha 8 hp. R$ 35.000,00. São Paulo, Tel. 14/3354-9600 c/ Maurício.
Velamar 29 1983. Motor Volvo Penta 2002, 18 hp. R$ 85.000,00. Vitória, ES. Tel. 27/9932-9417 c/ Péricles.
lanCHa 30 Pés R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/9173-0161 c/ Angelo Santos.
lanCHa HD 24 2002. Mercury 200 Optimax. R$ 55.000,00. Cabo Frio, RJ, Tel. 21/9186-2446 c/ Priscilla.
42 oFFsHore 2013. Motor Cummins, 2 x 350 hp. R$ 650.000,00. São Bernardo do Campo, SP. Tel. 11/9953-23436 c/ Ademar.
PHantom 260 2008. Motor Mercury, 260 hp. R$ 125.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98202-5184 c/ Luís Fernando.
FliPPer 18 2012. Motor de popa 60 hp. R$ 19.800,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7901-3722 c/ Ronaldo.
brasília 23 1981. Motor Mariner 8 hp. R$ 36.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/2490-1684 c/ Luís Fernando.
Catamarã 26 Pés 2012. Motor Mariner 75 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/3848-1510 c/ Yamandu.
Velamar 31 1986. Motor Yanmar, 28 hp. R$ 99.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/8895-6577 c/ Carlos.
Catamarã 30 Pés 2007. Motor Evinrude 75 hp. R$ 290.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8812-7656 c/ Mauricio.
Cruiser 24 1985. Motor Yamaha 8 hp. R$ 35.000,00. São Paulo, Tel. 12/8231-3200 c/ Marcos Dertinati.
Velamar 32 1986. Motor Volkswagen, 48 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea.
Velamar 26 1987. Motor 15 hp. R$ 40.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99408-5912 c/ Augusto.
alFa 300 2010. Motor Volvo Penta, 300 hp. R$ 230.000,00. Campinas, SP. Tel. 19/3705-3000 c/ Francisco.
magnum 39 sPort 2013. R$ 180.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98501-1369 c/ Angelo.
PHantom 500 FlY 2009. R$ a combinar. Bauru, SP, Tel. 14/8144-8793 c/ Airton.
baYliner CaPri 2252 1997. Motor Mercruiser, 210 hp. R$ 49.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9104-9209 c/ Reynaldo.
real 26 Class 2011. Motor Mercury, 225 hp. R$ 135.000,00. Niterói, RJ, Tel. 21/8420-5898 c/ Michelle.
Cobra link 2004. Motor MWM Sprint, 260 hp. R$ 100,000.00. Ubatuba, SP, Tel. 12/7816-7341 c/ Antonio.
braVa 35 2008. Motor Mercury, 300 hp. R$ 290.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/98768-0000 c/ Cleomar.
Carbrasmar DouraDo 1998. Motor 2 x 85 hp. R$ 51.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99707-8737 c/ Albano.
bb 36 2003. Motor Yanmar 27 hp. R$ 290.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9651-3198 c/ Arnaldo Turtelli.
Carabelli 32 1999. Motor Yanmar 2gm20 SD, 20 hp. R$ 130.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/4195-4847 c/ Fernando.
Carbrasmar 32 1987. Motor Volvo, 27 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea
Fast 395 1991. Motor Yanmar, 40 hp. R$ 250.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7717-5814 c/ Andrea.
rio 20 1995, motor 5 hp, R$ 18.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/3297-7024 c/ Carlos
roC 129 1977, motor 56 hp, R$ 160.000,00, São Paulo, SP, Tel. 11/98556-8242 c/ Ana
brasília 32 1980, motor 110 hp, R$ 80.000,00, Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7740-2165 c/ Hallan
As lanchas usadas mais procuradas
(em ordem de tamanho)
laNchaS
MODELO PREÇOMÉDIO
Intermarine 440 Full R$ 500 000
DM 38 R$ 200 000
Magnum 39 R$ 200 000
Oceanic 36 R$ 300 000
Runner 330 R$ 150 000
Carbrasmar 32 R$ 170 000
Phantom 290 R$ 240 000
Cimitarra 270 R$ 130 000
Focker 255 R$ 100 000
Real Summer 22 R$ 40 000
Ventura 230 R$ 50 000
Focker 222 R$ 60 000
Classificados
118 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 119
rinker 190 mtX 2011. Motor Mercury, 190 hp. R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99420-9924 c/ Armindo.
Ventura 190 2006. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 41.000,00. Minas Gerais, Tel. 34/9117-8283 c/ Ismael.
Cigarette 36 1991. Motor Volvo Penta, 2 x 200 hp. R$ 105.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/7888-1968 c/ André.
luna 200 Motor Johnson, 175 hp. R$ 41.000,00. São Paulo, Tel. 14/9701-7575 c/ Claudis Luiz.
temPest 270 2008. Motor Yamaha, 275 hp. R$ 190.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7874-0644 c/ José Henrique.
Cimitarra 340s 2013. 2 x 220 hp. R$ 350.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/99449-2927 c/ Mauricio.
Ventura 190 2006. Motor 115 hp. R$ 36.000,00. Santos, SP, Tel. 13/9768-2318 c/ Julio.
intermarine 55s 1999. Motor Mercedes, 720 hp. R$ 990.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97599-0790 c/ Marcello.
Cabrasmar 30 2003. Motor Mercedes-Benz, 2 x 320 hp. R$ 275.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/99999-4796 c/ Thomas.
Carbrasmar 1980. Motor 875 hp. R$ 950.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/3812-5353 c/ Ronald.
real Power 29 2009. Motor Mercruiser, 260 hp. R$ 100.000,00. Taubaté, SP, Tel. 12/9132-1999 c/ Ricardo.
Carbrasmar 32 2013. Motor Mercedes-Benz, 2 x 250 hp. R$ 650.000,00. Vinhedo, SP. Tel. 13/9139-3198 c/ Jorge.
PHantom 300 2010. Motor 150 hp. R$ 340.000,00. Caraguatatuba, SP, Tel. 12/3886-6100 c/ Marcos.
maestrale 300 2007. Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 210.000,00. Praia Grande, SP, Tel. 13/7807-6700 c/ José Carlos.
luna 200 1997. Motor Mercury,150 hp. R$ 40.000,00. São Paulo, Tel. 16/9704-2225 c/ Dante.
Fast 27,5 Motor Yamaha 4 tempos, 2 x 150 hp. R$ 90.000,00. Angra dos Reis, RJ. Tel. 21/2422-0425 c/ Roberto.
Cigarette 36 1990. Motor 200 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99916-9141 c/ Pascoal.
FisHing 21 2001. Motor Evinrude, 175 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, Tel. 12/9191-7570 c/ Walter Laterza.
Ferretti 500 2008. Motor MAN, 800 hp. R$ 1.890.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9965-1602 c/ Marcio.
eVolVe 225 2011. Motor Mercury ,175 hp. R$ 89.990,00. São Paulo, Tel. 13/7810-0920 c/ Tiago.
PHantom 300 2010. Motor 2 x 220 hp. R$ 350.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 31/8744-3743 c/ Mária de Fatima.
Ferretti 60 2009. Motor MAN, 2 x 900 hp. R$ 2.950.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9757-4104 c/ José.
CorisCo 20 1996. Motor Mercury,135 hp. R$ 16.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9806-5485 c/ Pedro.
FoCker 200 2008. Motor Fibrafort, 150 hp. R$ 59.000,00 São Paulo, SP, Tel. 11/98182-4030 c/ João.
Cobra marbella 22 2011. Motor Etec BRP, 150 hp. R$ 42.000,00. Suzano, SP. Tel. 11/7867-4022 c/ Sergio.
magnum 28 1986. Motor 250 hp. R$ 38.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7883-5090 c/ Raphael.
Fórmula 2011. Motor Johnson, 30 hp. R$ 10.000,00. Santos, SP, Tel. 13/9766-2161 c/ Junior.
Coral 15 2001. Motor Suzuki, 65 hp. R$ 23.000,00. Santos, SP. Tel. 13/7803-5782 c/ Edler.
FoCker 220 2008. Motor Mercury, 150 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, Tel. 17/9777-4333 c/ João Afonso.
Carbrasmar ub 25 original 1991. Motor Evinrude E-tec, 250 hp. R$ 70.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7806-5101 c/ Vinicius .
Dm 28 2008. Motor Mercury, 315 hp. R$ 132.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8764-4482 c/ Luciano.
Ventura 265 ComFort 2010. R$ 140.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98208-5378 c/ Gustavo.
Carbrasmar Xaréu 22 1978. Motor Mercury, 200 hp. R$ 40.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/9974-6886 c/ Hamilton.
Cigarette 1992. Motor Volvo, 2 x 210 hp. R$ a combi-nar. Santos, SP, Tel. 13/9764-2626 c/ Roberto.
lanCHa 16 Pés 1990. Motor Johnson, 35 hp. R$ 11.999,00. Minas Gerais, Tel. 35/8898-1377 c/ Silberth.
tHoP Cat 180 2007. Motor Yamaha 4T, 60 hp. R$ 70.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/7839-5270 c/ Augusto.
1o
Deixe a família em casa na hora de
fazer o test drive. Lembre-se de que não é um
passeio e que o barco ainda não é seu!
2o
Leve alguém de sua confiança (especialmente
se for um mecânico) para fazer uma avaliação do barco.
Mas não o critique na frente do dono.
3o
Ao navegar, preste bastante atenção ao
desempenho, mas não exija demais do barco,
porque — de novo! — ele ainda não é seu.
4o
Faça contrapropostas, se for o caso, mas
não pechinche demasiadamente nem
desmereça o real valor do barco.
5o
Todo acordo feito deve ser cumprido.
Nada de mudar de ideia depois de já ter
fechado negócio, porque o vendedor pode ter aberto
mão de outros interessados.
mandamentos do bom comprador
5O que fazer na hora de comprar
um bom barco, sem desrespeitar quem o está vendendo
Classificados
120 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 121
Center marine 1998. Motor Johnson, 50 hp. R$ 20.000,00 São Paulo, Tel. 13/9163-2935 c/ João Gabriel.
FoCker 190 eXtreme 2010. Motor Mercury, 90 hp. R$ 54.000,00. Jundiaí, SP. Tel. 11/9525-5616 c/ Carlos.
maX 280 2012. Motor Mercury, 2 x QSD 150 hp. R$ 310.000,00 São Paulo, Tel. 13/8125-6064 c/ Daniel.
eVolVe 265 2012. Motor Mercury, 260 hp. R$ 160.000,00. São Paulo, Tel. 19/9726-6582 c/ Luciano.
eXCalibur 39 2003. Motor Volvo, 300 hp. R$ 290.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/99981-7679 c/ Fábio.
triton 260 2007. Motor Evinrude, 225 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, Tel. 12/9728-5589 c/ Renata.
runner 330 2000. Motor Volvo Penta, 320 hp. R$ 120.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98111-3330 c/ Marcel.
magnum 29 2004. Motor MWM, 250 hp. R$ 74.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/96308-3656 c/ Valmir Prior.
magnum 39 2006. Motor Volvo, 200 hp. R$ 200.000,00. Barueri, SP. Tel. 11/4257-2695 c/ Henrique.
FliPPer 18 2012. Motorização 60 hp. R$ 19.800,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4640-3302 c/ Ronaldo.
magna 30.5 2003. Motor Mercruiser, 120 hp. R$ 159.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/9963-32477 c/ Flavio.
mares 45 1989. Motor Cummins, 2 x 500 hp. R$ 350.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/2220-9808 c/ Luiz.
HalleY 17 2008. Motor Mercury, 75 hp. R$ 21.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99634-1730 c/ Luiz Carlos.
mestra 18.0 Plus 2012. Motor Mercury Optimax, 90 hp. R$ 51.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97999-3574 c/ Maria De Lourdes.
FoCker 255 2009. Motor Yamaha, 225 hp. R$ 109.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/3211-7474 c/ Ildemar.
CabinaDa 30 1990. Motor Evinrude, 225 hp. R$ 29.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7813-6147 c/ Poleto.
PHantom 290 2007. 320 hp. R$ 220.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99122-3031 c/ Randolpho.
intermarine eXCalibur 39 2002. Motor Volvo Penta, 2 x 300 hp. R$ 300.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/7883-3413 c/ Leonardo.
Coral 16 2010 Motor Mercury, 60 hp. R$ 37.500,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7817-8466 c/ Miriane.
FoCker 160 2012. Motor Yamaha, 60 hp. R$ 32.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7831-4560 c/ Cesar.
intermarine PantHer 33 1991. Motor Volvo Aqad 40, 2 x 200 hp. R$ 110.000,00. Belo Horizonte, MG. Tel. 31/8588-0000 c/ Robert.
millenium 240 CabinaDa 2010. Motor Mercury, 260 hp. R$ 95.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/8127-9930 c/ Marcus.
FoCker 215 2005. Motor Mercury, 200 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98282-4400 c/ Flavio.
regal lsr 1997. R$ 39.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7820-4223 c/ Eduardo.
oCeaniC 32 1991. Motor MWM VPI Intercooler, 250 hp. R$ 180.000,00. Suzano, SP. Tel. 11/98186-8715 c/ Clarice.
FoCker eleganCe 255 2008. Motor Mercury Optimax, 225 hp. R$ 107.000,00. São Paulo, Tel. 19/9745-7192 c/ Walter.
alternatiVa 630 1993. Motor Johnson, 175 hp. R$ 29.500,00. Minas Gerais, Tel. 31/9981-0134 c/ Paulo.
oCeaniC 36 1996. Motor Mercedes-Benz 366, 300 hp. R$ 290.000,00. Americana, SP. Tel. 19/9260-0445 c/ Jefferson.
CaPriCe 21 2006. Motor Mercury, 150 hp. R$ 42.000,00. São Paulo, Tel. 11/95303-1819 c/ Luciana.
FliPPer 1976. Motor Mercury, 115 hp. R$ 12.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7871-9275 c/ Mario.
maestrale 300m 2007. Motor Mercruiser, 320 hp. R$ 240.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/9910-3275 c/ Guilherme .
Cabrasmar 1998. Motor Suzuki, 40 hp. R$ 13.800,00. São Paulo, Tel. 13/7817-7460 c/ Carlos.
Cobra marbella 22 1986. Motor Centro,170 hp. R$ 33.200,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98471-8560 c/ Marcos.
magnum 28 1993. Motor MWM, 230 hp. R$ 59.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7814-6431 c/ Marcio.
magnum 23 1987. 160 hp. R$ 39.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98424-5780 c/ Eloi.
O que mais pesa no preço?
Ao contrário do que se imagina, o estado do casco não é o mais importante em uma lancha
usada. Confira o que mais conta de fato:
1 Ano de fabricação do conjunto casco-motor
2 Número de horas de uso do motor
3 Revisões feitas e conservação do motor
4 Estado geral e conservação do casco
5 Quantidade de novos equipamentos
6 Instalações elétricas em bom estado
7 Gerador e ar-refrigerado, se houver
8 Instalações hidráulicas sem vazamentos
9 Pintura com gelcoat ainda original
10 Acessórios não essenciais à navegação
Classificados
122 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 123
baYliner CaPri 1998. Motor Mercury, 220 hp. R$ 55.000,00. São Paulo, Tel. 13/3821-4218 c/ Jovino André.
Cimitarra 260 Full 2000. Motor 200 hp. R$ 99.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/9108-9484 c/ Jean Paul.
oFFsHore intermarine sCarab 38 1994. Motor Volvo, 2 x 220 hp. R$ 160.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/97598-8066 c/ Olavo.
magnum 29 1997. Motor 230 hp. R$ 65.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4686-1280 c/ Victor.
riVal 30 1997. Motor Mercruiser, 360 hp. R$ 79.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4148-6681 c/ Walter.
PHantom 300 2011. Motor Mercury, 2 x 150 hp. R$ 360.000,00. Guarulhos, SP. Tel. 11/98193-7910 c/ Sergio.
aXtor marine 46 2006. 310 hp. R$ 650.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99701-1261 c/ Adriano.
PHantom 290 2007. Motor Mercury, 200 hp. R$ 280.000. São Paulo, Tel. 15/8116-0126 c/ Everaldo.
runner 290 2002. Motor Mercruiser MPFI, 290 hp. R$ 130.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/7893-1837 c/ Antonio.
oCeaniC 36 1991. Motor 366 hp. R$ 240.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7833-3708 c/ Diogo.
real eagle 18 1998. Motor Mariner, 135 hp. R$ 29.000,00. São Paulo, Tel. 19/3242-0441 c/ Tercio.
runner 330 1995. Motor Mariner, 2 x 225 hp. R$ 58.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9768-1468 c/ Miguel.
Ventura 215 2011. Motor Mercury, 150 hp. R$ 92.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99295- 8308 c/ Marcelo.
aDVenture 22 2008. Motor Mercury, 135 hp. R$ 68.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98149-5448 c/ Luiz.
runner 260 eCliPse 2013. Motor Mercury, 225 hp. R$ 85.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98122-2560 c/ Rubens.
PHantom 375 2007. Motor Volvo D6, 2 x 370 hp. R$ 890.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3054-5700 c/ Renato..
real 16 1995. Motor Mercury, 75 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, Tel. 16/9751-9644 c/ Plinio.
real Class 24 2008. Motor Mercury, 220 hp. R$ 75.000,00. Espírito Santo, Tel. 27/9983-2516 c/ Yure.
PHoeniX 290 2010. Motor Mercruiser 5.7, 300 hp. R$ 150.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7866-6533 c/ Marcelo.
regal 1900 2007. Motor 220 hp. R$ 85.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99948-3333 c/ Rubens.
triton 200 2010. Motor Mercury Verado, 150 hp. R$ 73.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97552-8780 c/ Neto.
santana 37 FlY 2003. Motor Volvo Penta Ad 41, 2 x 210 hp. R$ 290.000,00. Guarulhos, SP. Tel. 11/7879-2314 c/ Rafael.
intermarine 440 Full 1996. Motor 420 hp. R$ 540.000,00. São Paulo, Tel. 13/7850-7407 c/ André Neiva.
intermarine PantHer 33 1985. Motor Volvo Penta, 170 hp. R$ 69.900,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 11/9644-0056 c/ Jose.
tHoP Cat 180 2010. Motor Yamaha 4t, 2 x 60 hp. R$ 72.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3141-1042 c/ Shuji.
wCoPlam 55 1977. Motor Evinrude, 55 hp. R$ 11.500,00. São Paulo, Tel. 12/9726-8784 c/ Lucelia.
esquimar Fase i 1991. Motor 300 hp. R$ 43.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97144-9359 c/ Edmundo.
triton 280 2010. Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 188.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/5182-7981 c/ Ricardo.
Coral 29 Full 2006. Motor Mercury, 2 x 120 hp. R$ 172.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98136-4132 c/ Paulo.
Fast 34.5 1988. Motor Volvo, 27 hp. R$ 130.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 11/99453-9782 c/ Bruno.
trawler 55 Pés 2004. Motor Mercedes-Benz, 330 hp. R$ 195.000,00. Resende, RJ. Tel. 24/3359-0291 c/ Germano.
magnum 595 1983. R$ 14.000,00. São Paulo, Tel. 14/9747-5357 c/ Luiz Fernando.
Dm 28 2002. Motor MWM Sprinter, 260 hp. R$ 45.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9221-5566 c/ Walace.
trawler 80 Pés R$ 840.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/9653-8510 c/ Alberto .
Colunna 235 2012. Motor Mercury, 220 hp. R$ 115.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99968-0309 c/ Vicente.
real 19 2008. Motor Mercury, 90 hp. R$ 43.000,00. Espírito Santo, Tel. 31/8463-8304 c/ Amanda Job.
raCer 26 2002. Motor Mercruiser, 425 hp. R$ 100.000,00. Nova Lima, MG. Tel. 31/9957-7454 c/ Ethevaldo.
FoCker 200 2010. Motor Yamaha, 115 hp . R$ 75.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99540-5760 c/ Jeferson.
Fs 230 sirena Motor Mercruiser, 220 hp. R$ 110.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7835-8743 c/ Rodrigo.
regal 2400 lsr 2001. Motor Volvo 5,7 GXI, 320 hp. R$ 95.000,00. Caraguatatuba, SP. Tel. 12/3884-3474 c/ Nicola.
Ventura 175 2011. Motor Yamaha, 90 hp. R$ 50.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/8857-0818 c/ Expedito.
Ventura 175 2010. R$ 38.000,00. São Paulo, Tel. 16/9223-6852 c/ Mauricio.
runner 290 CabinaDa 2004. Motor Mercruiser, 330 hp. R$ 175.000,00. São José dos Campos, SP. Tel. 12/3941-7338 c/ Denílson.
Coral 16 2010. Motor Mercury, 90 hp. R$ 39.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98561-5141 c/ Fernando.
Classificados
124 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 125
triton 280 2009. Motor Cummins Mercruiser, 230 hp. R$ 190.000,00. Niterói, RJ. Tel. 21/2622-8534 c/ Alberto.
Fs 210 2004. Motor Johnson, 175 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99218-6454 c/ Luís Rogério.
Carbrasmar ub 22 2006. Motor Mercedes, 150 hp. R$ 50.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/7815-5161 c/ Vitor.
Ventura 23 1996. 250 hp. R$ 35.000,00. Ubatuba, SP. Tel. 12/97427351/38424408 c/ Enrique.
Ventura 190 2004. Motor Mercury, 115 hp. R$ 38.000,00. São Paulo, Tel. 16/7812 3817 c/ Leonardo.
FoCker stYle 190 2009. Motor Mercury 90 Optimax, 90 hp. R$ 47.900,00. São Paulo, Tel. 13/8135-3088 c/ Alcidesa.
Ventura 250 2012. Motor Mercuiser, 260 hp. R$ 130.000,00. São José do Rio Preto, SP. Tel. 17/9757-5501 c/ José.
Coral 28 Full 2009. Motor Mercury, 260 hp. R$ 150.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7855-3420 c/ Guilherme.
nautika 3.60 1998. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/2455-7016 c/ Ricardo.
179-Ventura 265 ComFort 2007. Motor 260 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98128-1001 c/ Walter.
180-PantHer 33 1981. Motor Volvo 280, 200 hp. R$ 79.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99354-5123 c/ Antonio.
FleXboat sr-550 2013. Motor Mercury Optimax, 150 hp. R$ 110.000,00. Atibaia, SP. Tel. 11/98511-6105 c/ Thiago.
intermarine 460 Full 2005. Motor Volvo Penta D9, 500 hp. R$ 1.400,000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7817-5841 c/ Luiz .
magnum 39 2000. Motor Volvo Penta, 200 hp. R$ 260.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95617-6005 c/ Henrique.
FleXboat sr-550 lX mP 2008. Motor Mercury Optimax, 150 hp. R$ 90.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/2027-0777 c/ Samir.
malibu 2011. Motor 400 hp. R$ 170.000,00. São Paulo, Tel. 12/7813-0945 c/ Rodrigo Martins.
Cimitarra 25 1990. Motor 75 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, Tel. 12/8135-9808 c/ Luís.
wellCraFt 599 1997. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 26.000,00. Angra dos Reis, RJ. Tel. 24/7835-9182 c/ Felippe.
Futura 26 1999. Motor Mercury, 225 hp. R$ 55,000.00. São Paulo, SP, 11/98928-6258 c/ Adilson.
angra 25 1999. Motor Mercury, 260 hp. R$ 54.900,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/2591-9700 c/ Aldrey.
Diamar gueParDo 1987. Motor Evinrude, 90 hp. R$ 15.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/5575-5746 c/ Danilo.
Diamar Cimitarra 25 1987. Volvo 275, 170 hp. R$ 53.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7822-3576 c/ Carlos Henrique.
Carbrasmar Xareu 22 2013. Motor Volvo Penta, 220 hp. R$ 65.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/7835-8939 c/ Edielson.
tYCoon 23 1986. Motor 170 hp. R$ 32.000,00. São Paulo, SP, Tel. 19/9251-7840 c/ Carlos.
FleXboat sr-15 lX 2005. Motor Evinrude, 50 hp. R$ 29.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3887-5124 c/ Giuseppe.
esquimar Fase i 1987. Motor Dodge, 220 hp. R$ 21.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98510-3963 c/ Gustavo.
sunnY siDe 25 1985. Motor MWM, 230 hp. R$ 40.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7885-4115 c/ Carlos Eduardo.
FleXboat sr-15 lX 1995. Motor Mercury, 85 hp. R$ 18.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/3229-4125 c/ Marco.
magnum 28 1993. Motor 360 hp. R$ 45.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99932-2943 c/ Paulo Marcio.
Cimitarra 25 1982. Motor 168 hp. R$ 42.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99285-2872 c/ Evaldo.
FleXboat sr 620 2007. Motor Mercruiser, 175 hp. R$ 65.000,00. Sumaré, SP. Tel. 19/9209-6328 c/ Sergio.
brasília 23 1987. Motor Mercury, 8 hp. R$ 34.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99133-7118 c/ Fernando Filoni.
sr-760 ll 2012. Motor Mercruiser 5.0, 300 hp. R$ 165.000,00. Atibaia, SP. Tel. 11/9987-64935 c/ Evanildes.
regal 25.5 2000. Motor 260 hp. R$ 100.000,00. São Paulo, SP, Tel. 12/9191-7570 c/ Walter Laterza.
FoCker 255 2008. Motor Mercury , 250 hp. R$110.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/7853-3139 c/ João Carlos.
náutika targa sr 4.5 2008. Motor Mercury 4T, 50 hp. R$ 29.900,00. Rio das Ostras, RJ. Tel. 22/2760-7083 c/ Charles.
Coral 20 2007. Motor Mercury, 115 hp. R$ 30.000,00. Rio de Janeiro, Tel. 22/7812-4606 c/ Leonardo.
mestra 25.2 2012. Motor Mercury, 220 hp. R$ 116.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97359-0021 c/ Giuliano.
Classificados
Carbrasmar Xaréu 22 1986. Motor MWM Sprint, 210 hp. R$ 48.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/4227-2834 c/ Tomé.
magnum 28 1993. Motor MWM, 230 hp. R$ 59.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7814-6431 c/ Marcio.
FleXboat sr 550 2010. R$ 75.000,00. São Paulo, SP. Tel. 11/96397-3888 c/ Claudio.
magna 27.8 2011. Motor Mercury, 320 hp. R$ 150.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/2497-3551 c/ Eduardo Sá.
real 26 2012. Motor Mercury Optimax, 225 hp. R$ 85.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/9926-9119 c/ Mariana.
FleXboat sr 15 2008. Motor Mercury, 60 hp. R$ 35.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 21/9974-9353 c/ Fernando.
Colunna 325 sC 2010. Motor Yamaha, 165 hp. R$ 320.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/9735-11651 c/ Paulo.
126 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 127
Classificados
jetS
millenium 33 s 2009. Motor Evinrude, 115 hp. R$ 140.000,00. Minas Gerais, Tel. 31/2555-3038 c/ Cesar Augusto.
Cabin 630 2000. Motor Johnson, 225 hp. R$ 40.600,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 21/8746-2000 c/ Hamilton.
aguZ marine 37 2012. Motor Mercruiser, 320 hp. R$ 590.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/8484-2101 c/ Renata Souto.
FoCker 22 eXtreme 2008. Motor Yamaha, 150 hp. R$ 68.000,00. Angra dos Reis, RJ, Tel. 24/9979-0886 c/ Luís Delme.
magnum 39 2006. Motor Volvo, 200 hp. R$ 200.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95617-6005 c/ Henrique.
DiVer 20 1996. Motor Mercury, 135 hp. R$ 35.900,00. São Paulo, Tel. 12/9168-0551c/ Daniel Carvalho.
magnum 28 1989. Motor Volvo, 200 hp. R$ 49.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/2976-0606 c/ Jorge.
tango 38 2013. Motor Volvo, 300 hp. R$ 180.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7713-7069 c/ Ana.
Carbrasmar 295 1987. Motor 250 hp. R$ 110.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99462-2103 c/ Sandra.
Carbrasmar 24 1974. Motor Mercedes, 140 hp. R$ 60.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95781-1033 c/ Marcos.
real Class 31 2008. Motor Mercruiser, 200 hp. R$ 280.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 21/9761-8300 c/ Renato Junger.
FoCker 215 2009. Motor Yamaha, 115 hp. R$ 80.000.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/96904-7772 c/ Arthur.
Cobra sagitta 25 2008. Motor Evinrude, 2 x 115 hp. R$ 55.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99616-8011 c/ Neif.
intermarine 600 Full 2006. Motor MAN 800. R$ 2.400.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7792-2793 c/ Guilherme.
oCeaniC eleganCe 36 1996. Motor Mercedes 366, 315 hp. R$ 320.000,00, Tel. 12/7850-4073 c/ Marcelino Carvalho.
FoCker 215 2009. Motor Mercury, 150 hp. R$ 75.000,00. São Paulo, Tel. 15/9775-5557 c/ Enrique.
FoCker 222 2005. Motor Yamaha, 200 hp. R$ a combinar, São Paulo, SP, Tel. 11/7736-4193 c/ Bernardo.
FoCker 160 2011. Motor FourStroke, 60 hp. R$ 43.000,00. São Paulo, Tel. 14/3011-1723 c/ Luiz Ricardo.
FoCker 240 2007. Motor Mercury, 200 hp. R$ 80.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/9105-9968 c/ Alessandro.
FoCker 222 2003. Motor Mercury Optimax, 200 hp. R$ 48.000,00, São Paulo, Tel. 12/9717-5555 c/ Alcides.
esCuna saVeiro 2008. Motor Mercedes, 115 hp. R$ 100.000,00. Angra dos Reis, Tel. 21/9979-9360 c/ William Soares.
esquimar Fase 1 2000 Motor Dodge com carburador Quadrijet Holley com 350 horas. R$ 39.900. São Paulo, SP. Tel. 11/55073307 c/ Wake na Veia.
esCuna 2013. Motores Turbinados, 175 hp. R$ 350.000,00. Angra dos Reis, Tel. 24/9944-4470 c/ Marcos.
esCuna 19 m 2012. Motor Mercedes, 19 m, 170 hp. R$ 300.000,00. Angra dos Reis, Tel. 24/8109-9000 c/ Júlio.
esCuna PHoeniX 2002. Motor MWM, 175 hp. R$ 230.000,00. Rio de Janeiro, Tel. 21/7862-5114 c/ Leandro Garcia.
esCuna mY mistress 14,32 metros Motor MWM, 145 hp. R$ 218.000,00. Rio de Janeiro, RJ. Tel. 24/3367-3392 c/ Hugo.
esCuna 40 Pés 2013. Motor MWM, 80 hp. R$ 250.000,00, São Paulo, Tel. 17/8136-3006 c/ Marcelo.
esCuna 34 Pés 2007. Motor Mercedes, R$ 65.000,00. Angra dos Reis, Tel. 21/7778-9132 c/ Zoltan.
VX Cruiser 1100CC 2012. Yamaha, R$ 39.900,00. Minas Gerais, Tel. 35/9979-2627 c/ Adão.
sea Doo gts 130 2013. R$ 33.966,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98376-0946 c/ Renato.
sea Doo rXt 2005. 215 hp, 3,33 m. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/7802-4760 c/ Carlos.
sea-Doo gti 2007. 130 hp, 3,34 m. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/7803-8347 c/ Thyago.
YamaHa FX Cruiser Ho 2008. 160 hp, 3,30 m. R$ 33.000,00. São Paulo, SP, Tel. 13/7812-7003 c/ André.
YamaHa VX 2007. 110 hp, 3,3 m. R$ 23.000,00. São Paulo, SP, Tel. 013/9741-4242 c/ Luciano A.
sea Doo gti 130 2007. BRP, R$ 23.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7918-2492 c/ Marcos Paulo.
sea Doo 1998. 110 hp, R$ 28.000,00. São Paulo, SP, Tel. 14/9741-7230 c/ Renan.
128 Náutica SudeSte Náutica SudeSte 129
Classificados
sea Doo gti 2008. 115 hp, 3.40 m. R$ 27.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98211-9337 c/ Edilson.
YamaHa VX Cruiser 2013. 3 m. R$ 4.500,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 22/2645-6878 c/ Leonardo.
sea Doo 1998. Motor Bombardier, 3 m. R$ 19.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7771-5098 c/ Willians.
YamaHa gPr 1200r 2002. R$ 19.200,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 22/8811-9600 c/ Rodrigo Digão.
sea Doo gts 2012. 130 hp, 3,58 m. R$ 32.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7860-0272 c/ Alexandre.
sea Doo rXP-X 2008. 3 m. R$ 33.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7856-2743 c/ Helio.
sea Doo sPX 94 2003. R$ 7.500,00. Pirapozinho, SP. Tel. 18/3269-1595 c/ José.
sea Doo gti 2009. 130 hp, 3,32 m. R$ 29.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7821-3311 c/ Maurício.
sea Doo gti 2009. 130 hp, 3,80 m, R$ 26.999,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99790-0019 c/ Roberto.
sea Doo rXP 2007. 215 hp, 3,15 m. R$ 42.000,00. São Paulo, SP, Tel. 16/7814-1718 c/ Alex.
HonDa 2006. 3,30 m. R$ 29.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7853-2687 c/ Karen.
YamaHa VX Cruiser 2011. 110 hp. R$ 37.500,00. Sete Lagoas, MG, Tel. 31/9609-4400 c/ Rafael.
YamaHa VX Cruiser sHo 2011. 240 hp. R$ 44.500,00. Campinas, SP, Tel. 19/7822-4205 c/ Erik.
sea Doo 3D Di 2008. Motor Rotax DI, 130 hp. R$ 17.500,00. Niterói, RJ, Tel. 21/9999-8481 c/ Marcuso.
sea Doo rXt is 260 2010. Motor Rotax 4-tec, 260 hp. R$ 48.000,00. Niterói, RJ, Tel. 21/7843-2392 c/ Marcio.
aquatraX F12X 2003. Motor 1.2 Turbo, 3 m. R$ 23.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/95316-6989 c/ Artur.
sea Doo gsX 130 1998. 130 hp, 2m. R$ 14.990,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98511-3274 c/ Edgar.
sea Doo gti 2012. 155 hp, 3,36 m. R$ 41.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99879-5361 c/ José Carlos.
YamaHa VX Cruiser 2010. Motor Yamaha, 110 hp. R$ 28.500,00. São Paulo, SP. Tel. 11/7834-5919 c/ Ricardo.
YamaHa VX 700s2012. 3,22 cm. R$ 25.000,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 22/9217-3778 c/ Lincoln.
YamaHa VXr 2011. 3,27 cm. R$ 37.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99560-8234 c/ Marcelo.
kawasaki 2001. 150 hp. Rio de Janeiro, RJ, R$ 8.500,00. Tel. 21/9151-6662 c/ Marcos.
YamaHa VX sPort 2012. 110 hp. R$ 32.800,00. Rio de Janeiro, RJ, Tel. 22/7811-0232 c/ Carlos.
sea Doo gti 2002. 3 m. R$ 23.000,00. São Paulo, SP, Tel. 16/9733-5110 c/ Alexandre.
YamaHa HaVe raiDer 1998. 70,00 hp. R$ 12.000,00 São Paulo, SP, Tel. 11/3668-7081 c/ Beto.
VX Cruiser 1100 2009. 3,22 m, R$ 24.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7724-9893 c/ Robison Castanho.
suZuki 1400CC 2012. R$ 27.900,00. São Paulo, SP, Tel. 11/7718-3699 c/ Aristides.
sea Doo XP 800CC 1998. Motor zero, 110 hp. R$ 14.000,00. São Paulo, SP, Tel. 018/3021-2699 c/ João Ulysses.
sea Doo gti 2010. 130 hp, 3,3 m, R$ 32.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99798-8377 c/ Vinicius.
sea Doo sP 580 1991. Motor Standard, 2,50 m. R$ 9.500,00. São Paulo, SP, Tel. 11/97205-3322 c/ Bruno.
sea Doo gti 2011. 130 hp, com torre de ski. R$ 38.990,00. Tel. 35/9979-2627 c/ Adão.
kawasaki ultra 250X 2008. 70 hp. R$ 28.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99788-5811 c/ Florisvaldo Jr.
sea Doo rXt 215 suPer CHarger 2006. 215 hp. R$ 28.900,00. São Paulo, SP. Tel. 11/98120-4411 c/ Nilton.
YamaHa VX 700 2012. R$ 27.000,00. São Paulo, SP, Tel. 18/9716-6033 c/ Leila.
sailor sHs 1100 2012. 150 hp. R$ 27.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/99659-2862 c/ Fábio.
YamaHa FX sHo 2008. Motor Intercooler. R$ 36.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98181-0569 c/ Sergio.
sea Doo HX 720 1997. R$ 10.000,00. Minas Gerais, Tel. 35/8404-0038 c/ Gleison.
sea Doo gtX 2004. 155 hp. R$ 25.000,00. São Paulo, SP, Tel. 11/98647-1511 c/ Pablo Tomaz.
sea Doo gs 2002. Motor zero. R$ 17.000,00. São Paulo, Tel.14/9709-0107 c/ Rogério.
130 Náutica SudeSte
“O iPVa POde chegar”
A onda das PECs (Proposta de Emenda Constitucio-nal) gerada pelos políticos de Brasília, agora, pro-mete atazanar até os proprietários de barcos de
lazer — sem distinções entre tipos e tamanhos das embar-cações. Por meio de mais uma proposta, que já ganhou o aval do relator da emenda, o que se pretende é passar a co-brar também dos donos de barcos o famigerado Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor, o IPVA, sob a alegação de que “veículo automotor” não é sinônimo de automóvel e sim, segundo a justificativa do projeto, “de
todo veículo a motor que circule por seus próprios meios” — portanto, além de barcos (inclusive os veleiros que tive-rem essa forma alternativa de propulsão fixa) também avi-ões e helicópteros. “É mais uma tentativa de meter a mão no bolso dos proprietários de barcos e punir a indústria náutica”, indigna-se o presidente da Acobar — Associação dos Construtores de Barcos e seus Implementos, Eduardo Colunna, que responde aqui a três perguntas básicas so-bre o assunto mais falado no momento nas marinas e esta-leiros do país inteiro.
3 perguntas
Para o presidente da associação dos construtores de barcos, Eduardo Colunna, a
cobrança do IPVA também para os barcos é ilegítima e injusta. Mas pode, sim, virar fato
1 2 3“Sim, pode. Pelo menos dentro dos trâ-
mites políticos, já que, uma vez aprovado
pelo relator da proposta, agora irá a vota-
ção na Câmara e, se aprovado, seguirá para
o Congresso. É um risco de fato, embora es-
tejamos trabalhando muito para esclarecer
aos envolvidos que barco não é “veículo au-
tomotor”, porque , segundo o Código Brasi-
leiro de Trânsito, que norteia esta PEC opor-
tunista, suas regras regem o trânsito “nas
vias terrestres”, o que, por si só, já exclui os
barcos, naturalmente. É uma proposta sem
respaldo legal e é isso que vamos tentar
mostrar em Brasília.”
“Todos terão que pagar IPVA, como
nos automóveis. A mordida será considerá-
vel, porque o IPVA é um imposto anual, que
até aqui nunca existiu para os barcos — e é
pago por toda a vida útil dele. E embora va-
rie de estado para estado, não é tão pouco
assim. Pode chegar a 4% do valor do “veí-
culo”, como no caso do Rio e de São Pau-
lo. Outro problema é que não existe uma ta-
bela de referência de preços para barcos
usados, como há nos automóveis. Então,
como será determinado o valor do IPVA de
um barco usado? 4% sobre qual valor? Está
tudo ainda muito prematuro e confuso.”
“Espero que não e a Acobar está em-
penhada nisso. Mas ninguém pode afirmar
nem que sim nem que não. Depende das
votações e da eventual sanção da presiden-
te Dilma, já a que proposta está correndo
muito rapidamente em Brasília. O que eu sei
é que o setor náutico continua sendo estig-
matizado, sob a velha máxima de que “bar-
co é coisa de rico”. É um problema cultural.
Quem não conhece, acha que toda lancha é
um iate e nem imagina que 70% dos barcos
feitos no país custam o mesmo que um au-
tomóvel ou pouco mais do que isso. Por aca-
so, hoje em dia, só os milionários têm carro?”
O IPVA náutico pode mesmo virar lei?
Se a defesa não der certo, o que mudará para os donos de barcos?
Na sua opinião, o imposto vem ou não?
mo
zar
t l
ato
rr
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