NEUROPSICOLOGIA DO ENVELHECIMENTO - ELO EVENTOS … · 2015-09-16 · manutenção apenas em...

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NEUROPSICOLOGIA DO

ENVELHECIMENTO

Dra Maira Rozenfeld Olchik

Fonoaudióloga

Profa Adjunto do Curso de Fonoaudiologia da UFRGS Mestre em Fonoaudiologia

Doutora em Educação

Avanços na área da saúde

Envelhecimento populacional

↓ Taxas mortalidade

↓ Taxas de fecundidade

Tecnologias diagnósticas

Novos tratamentos Vaupel JW, et al. Science; 1998.

Lebrão ML. Saúde Coletiva; 2007.

Colin DM, et al. Lancet; 2015.

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

Medidas Sanitárias

Anticoncepção

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

1980

0-4

75-79

2000

0-4

75-79

2050

0-4

75-79 2015

0-4

75-79

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA BRASILEIRA

26

%

33

%

39

% 45

%

Cad. Saúde Pública, 2013; 29(6)

EXPECTATIVA DE VIDA E INCAPACIDADE

6

SENESCÊNCIA

(fisiológico)

SENILIDADE

(patológico)

Freitas, Py, Tratado de Geriatria e Gerontologia 3° Ed. 2011 10

FUNÇÃO CARDÍACA

FUNÇÃO RENAL

FUNÇÃO RESPIRATÓRIA

FUNÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA

HIPERTENSÃO ATEROSCLEROSE

MIOCARDIOPATIAS VALVOPATIAS

HIPERTENSÃO ATEROSCLEROSE

GLOMERULOPATIAS NEFROTOXICIDADE

CIFO-ESCOLIOSE TABAGISMO

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS FIBROSE

DESNUTRIÇÃO SEDENTARISMO

HIPOTROFIA SOBRECARGA ARTICULAR

DOENÇAS

Reserva funcional

100%

50%

0%

0 20 40 60 80 100 120 Idade (anos)

Envelhecimento e reserva funcional

Fonte: Modificado de Walsh, 1993.

Bem-sucedido

Mal-sucedido Usual Incapacidade

IDADE

HETEROGENEIDADE

70 anos 70 anos 70 anos

HETEROGENEIDADE

Declínio

Funcional

Declínio Cognitivo

Morbidades

Quedas

Desnutrição

Prognóstico

Autonomia

Qualidade de

Vida

Impacto Social

JAGS 2005; 53/ Hip Int. 2013; 23(6)/ BMC Geriatrics 2013, 13/ Psychosomatics 2013; 54

PACIENTE

Independência

Sofrimento

IMPACTO DAS COMPLICAÇÕES

TREINO COGNITIVO

COMO E PARA QUEM?

INTRODUÇÃO

• Declínio cognitivo, é um dos únicos fatores mutáveis, identificados como preditor significativo de mortalidade.

(Ramos et al, 2003).

• É necessária a busca de soluções que minimizem os efeitos do declínio cognitivo possibilitando ao idoso uma melhor qualidade de vida.

• O treino cognitivo vem como uma das possibilidades de prevenir e/ou retardar a evolução da doença.

• Existem muitos trabalhos internacionais na área de treino cognitivo. No Brasil, estes estudos encontram-se em estágios iniciais e usualmente são realizados com idosos saudáveis e com DA.

INTRODUÇÃO

• Envelhecimento saudável;

• Envelhecimento patológico (idosos dependentes, frágeis e sem autonomia);

• Atuação passou a ser não apenas na reabilitação mas na prevenção;

• Trabalho para minimizar as dificuldades na comunicação

manutenção da independência comunicativa

AUTONOMIA

• A importância da credibilidade no potencial existente.

HISTÓRICO

• Anos 70 pessimismo com relação ao envelhecimento

cognitivo.

• Envelhecimento relacionado ao declínio sem

possibilidades de aprendizado.

• Estudos de aprimoramento cognitivo (Penn State –

ADEPT) possibilidade de reverter ou compensar os

déficits por envelhecimento.

TREINO COGNITIVO: REVISÃO LITERATURA

• Revisão de literatura com 15 programas de treino para CCL. Melhora

44% em medidas de memória e 12% em outros domínios. 49% de

melhora subjetiva (qualidade de vida, humor, queixas). (Jean, Bergeron, Thivierge, Simard, 2010)

• Revisão de literatura em treinos computadorizados para CCL apontando

benefícios para idosos. (Faucounau, Wu, Boulay et al 2010)

• Meta análise de estudos randomizados entre 1970 e 2007. Foram

incluídos 24 estudos de treino de memória em idosos saudáveis e CCL.

Resultados mostraram melhora em memória imediata e recente para

idosos normais e melhora na memória imediata. (Zehnder, Martin, Altgassen, Clare, 2009)

• Apontam resultados no estudo ACTIVE (Advanced Cognitive Training for

Independent and Vital Elderly) resultados mantidos em 5 anos para

idosos saudáveis e 2 anos para idosos com CCL. (Unverzagt, Smith, Rebok et al, 2009)

TREINO DE MEMÓRIA EM CCL

• Calero, Navarro (2007) estudo com maior n (133) idosos normais e CCL, 78 pessoas fizeram parte do treino e 55 do grupo controle, 14 sessões. Os resultados apontam que o treino melhora a performance independente do status cognitivo, reteste em 9 meses aponta manutenção apenas em memória de trabalho no grupo normal.

• Belleville (2007) avaliação fMRI após treino de CCL. Aumento áreas parietais e frontais

• Belleville et al (2006) 45 idosos (controles e CCL) memória episódica, estratégias imagem visual e organização, realização de pré treino. Melhora para o treino (independe diagnóstico)

• Cripiani, Bianchetti (2006) treino com auxílio de software, 23 idosos, DA, CCL e normais. Melhora em habilidades diferentes.

TREINO COGNITIVO NO BRASIL

• A eficácia de intervenções cognitivas junto à população idosa sem

demência mas com alterações cognitivas (comprometimento cognitivo

leve - CCL) ainda não foi testada amplamente.

• Estudos com idosos saudáveis:

• Treino velocidade de processamento com melhora após 3 sessões. (Wood, 2000)

• Treino técnica organização para lista de supermercado. (Lasca, 2003)

• Maior intesidade, 5 sessões, melhora na memória episódica.

(Roda Carvalho, 2006)

• Uso de estratégia de categorização (lista e textos)

(Yassuda, 2004)

DADOS DOUTORADO

• Verificar se o treino de memória gera o mesmo padrão

de resultados em controles normais (CN) e idosos

com comprometimento cognitivo leve (CCL).

DADOS DOUTORADO

Recrutamento

Realização pré teste (n=151)

Critério de inclusão e exclusão (n=142)

Classificação em CN (80) e CCL (62)

Randomização nos três grupos de intervenção

Treino Intervenção Educativa Controle

Pós teste (n=112)

Treino de Memória CNs

n= 23

Treino de Memória CCL

n=16

Fluência Categórico

Pré............................. 17,0 + 4,3 15,2 + 4,6 p= 1,0

Pós............................ 19,1 + 4,5 17,0 + 4,1

Fluência Fonológico

Pré............................. 38,1 + 9,4 30,5 + 9,8 p= 0,36

Pós............................ 42,1 + 10,9 35,3 + 9,1

Rey Aprendizado

Pré............................. 39,9 + 8,5 34,5 + 10,3 p= 0,88

Pós............................. 44,0 + 7,2 40,3 + 8,8

Rey Imediato

Pré............................. 8,8 + 3,1 5,6 + 3,8 p= 0,21

Pós............................. 9,3 + 1,8 7,5 + 3,2

Rey Recente

Pré............................. 8,0 + 3,4 5,4 + 4,0 p= 0,52

Pós............................. 8,8 + 2,0 7,3 + 3,3

RBMT

Pré............................. 21,0 + 2,7 18,1 + 2,8 p= 0,66

Pós............................. 20,8 + 2,2 20,6 + 3,0

História imediata

Pré............................. 7,9 + 3,0 5,9 + 2,0 p= 0,32

Pós............................. 9,0 + 2,7 8,8 + 2,4

História recente

Pré............................. 7,0 + 2,5 4,6 + 2,6 p=0,07

Pós............................. 9,1 + 3,2 8,6 + 2,9

CONCLUSÕES

• Progresso em CN e CCL em funções diferentes.

• Intervenções benefícios restritos ao conteúdo trabalhado.

• Trabalho em grupo vantajoso.

• Melhora subjetiva

• Relevância do treino em CCL pela possibilidade de reverter

déficits.

• Com isso o treino de memória mostrou ser uma

intervenção de baixo custo capaz de agregar qualidade de

vida aos idosos.

Treino Cognitivo

Atuação Clínica

Memolab

2007-2010

REABILITAÇÃO NO HMV - MEMOLAB

• Treinos de memória individual com sessões semanais (50 minutos).

• Programa de intervenção: trabalho de funções cognitivas de acordo com a necessidade do paciente.

• Memória, linguagem, planejamento e orientação.

• Treinos em idosos com CCL

• Intervenção em grupo (qdo passado pelo treino individual)

REABILITAÇÃO NO HMV- MEMOLAB

• Estratégias internas e externas de memória.

• Exercícios de funções cognitivas – ecológicas (na

sessão).

• Exercícios em casa.

• Objetivo: Possibilitar a generalização.

• Exemplo: lista supermercado, leituras, filmes.

• Orientação ao familiar (envolvimento).

PERFIL DOS PACIENTES

Demografic profile N=35

Female sex, n(%) 19(63)

Age,years 66.8 ± 17.7

Education, years 13.8 ± 5.0

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

CDR 0 CDR 0,5 CDR 1 CDR 2

CONCLUSÕES

• Número médio de sessões 5 (+ 4,2), proposta de 4

sessões por paciente. Apenas 37% completaram toda a

tarefa.

• Variáveis escolhidas para verificar engajamento foram:

• CDR, Envolvimento Familiar, Idade.

• Sem diferenças estatística.

• Tendências: melhor perfil cognitivo (p=0.9), envolvimento

familiar (p=0.4) e idade menor (p=0.04).

DIFICULDADES

• Adesão do paciente;

• Adesão da família;

• Custo (investimento);

• Generalização;

• Grau de dificuldade (pacientes debilitados –sem crítica,

muito inteligente);

• Exercícios ecológicos e de interesse.

ESTRATÉGIAS EXTERNAS

• Agenda;

• Lembretes;

• Listas de afazeres;

• Calendários, recursos eletrônicos;

• Uso de pastas e caixas organizadoras;

• Organização do tempo;

• Planejamento de compromissos;

• Organização do ambiente

TREINO DE MEMÓRIA

Estratégias Internas

• São aquelas que usamos, mentalmente, para melhorar a memória.

• Por exemplo: técnicas para melhorar gravação de nomes e rostos

• Estratégias internas simples, como a repetição e outras mais complexas, mas todas facilitam a memorização.

OBSERVAÇÕES

• A mídia frisa muito que pessoas com atitudes positivas, tendem a um melhor desempenho em tarefas de memorização.

• Auto eficácia conhecimento sobre memória.

• Além disso, estudos garantem que, ainda mais importante, quando a pessoa acredita na auto eficácia de sua memória, seus sucessos de memória tendem a ser ainda maiores.

Para onde vamos?

FUTUROS....

• Acompanhamento do pacientes;

• Novas pesquisa com a população brasileira.

Vídeo

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Futuros.....

• Acompanhamento do pacientes

• Novas pesquisa com a população brasileira

Futuro da sociedade

OBRIGADA!!!!

mairarozenfeld@hotmail.com