Post on 27-Oct-2020
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A EDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA DE DISSEMINAÇÃO E
SENSIBILIZAÇÃO NA GESTÃO AMBIENTAL
Por: Cristiano Pontes Nobre
Orientador
Prof. Francisco José de Jesus Carrera
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A EDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA DE DISSEMINAÇÃO E
SENSIBILIZAÇÃO NA GESTÃO AMBIENTAL
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Gestão Ambiental
Por: Cristiano Pontes Nobre
3
AGRADECIMENTOS
A minha companheira Késia Freitas Ferreira por estar ao meu lado em
todos os momentos, me aturando e me amando, obrigado minha loura, te amo
mais hoje do que ontem e te amarei ainda mais amanhã.
A meu irmão e amigo do peito, Marcelo, brilhante profissional e uma
pessoa ainda melhor; por ser fonte de inspiração e força, e pelo exemplo de
homem a ser seguido.
A meus irmãos, Leonardo e Juliana, um abraço grande por estarem
sempre presentes e lembrarem que eles são o nosso futuro.
Ao amigo Ramiro Frieiro, companheiro de classe, pela troca de idéias,
sempre de grande valia, durante um magnífico ano.
Um agradecimento especial ao amigo e Mestre André Luiz Carneiro
Simões pela objetividade e ajuda na composição das idéias desse trabalho.
E há todos que me ajudaram um grande abraço.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a meus
pais, Cileide de Pontes Gomes Nobre e
Jenson Gomes Nobre, que sempre me
mostraram o caminho e ajudaram a
formar o homem que sou hoje, sem vocês
nada disso seria possível. Espero que
fiquem orgulhosos desse trabalho, assim
como eu estou. Amo vocês.
5
RESUMO
O propósito desse trabalho é mostrar a importância da Educação
Ambiental na Gestão Ambiental, mostrando a importância de poupar nossos
recursos naturais de maneira inteligente, poupando e melhorando não só a
nossa saúde, mas também a do nosso planeta. E vamos apresentar também
os produtos orgânicos uma maneira mais saudável de se alimentar, embora
seja ainda uma opção um pouco cara, e também ainda não muito difundida.
6
METODOLOGIA
Para a elaboração desse trabalho monográfico foram utilizadas as
técnicas bibliográficas usuais, com base em material publicado em livros,
cartilhas ambientais, artigos de revistas e jornais e também consultas a
publicações existentes na internet.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
1 – Educação Ambiental 11
2 – Referência de Aplicabilidade da Educação Ambiental : Cidade de Curitiba –
PR 13
3 – Agentes Ambientais Comunitários – Uma Iniciativa da Prefeitura de
Mesquita 24
3.1 – Projeto Gibi na Escola 27
3.2 – As Cartilhas Ambientais de Nova Friburgo e Araruama 29
4. Produtos Orgânicos – Um novo caminho 34
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 40
WEBGRAFIA 42
ANEXOS 43
ÍNDICE 61
8
INTRODUÇÃO
Século XXI a natureza e os seres humanos em perigo, não o planeta,
pois o planeta sobrevive se regenera, nós que seremos extintos.
A acumulação indiscriminada de resíduos que vêm ao longo dos
séculos, com a conseqüente poluição de rios, mares e do ar. A
industrialização que veio a seguir somente agravou esses problemas
contribuindo de maneira acentuada para a poluição do meio-ambiente.
Então após séculos de exploração e maus tratos ao planeta eis que
nos encontramos em uma encruzilhada: viver, sobreviver ou morrer.
Como dar uma solução a isso?
É aí que entra a Gestão Ambiental mostrando que sem cuidarmos de
nós mesmos, do nosso lixo, da nossa água e do ar que respiramos ninguém irá
cuidar por nós.
Após anos e anos de discussões intermináveis não podemos esperar
por ações dos nossos governantes e representantes eleitos para tomar
atitudes e resoluções, quando tudo termina sempre no mesmo jogo de toma lá
da cá, conhecidas por todos.
Cabe as pessoas, não um grupo específico, começar com ações
localizadas que beneficiem num primeiro momento a uma família, depois uma
rua, chegando num bairro e, quem sabe posteriormente, até em um município.
Pensar globalmente é moderno, chama a atenção, mas para os
moradores de comunidades muito pobres e carentes, que mal tem luz ou água
nas suas casas, pensar globalmente ajuda no quê?
9
Com todo desenvolvimento que temos nossos dias de hoje, chegamos
a uma situação limite, então vamos preparar as novas gerações, para não
cometer os mesmos erros que nós cometemos. E conforme a proposição desta
monografia vai introduzir os conceitos de Gestão Ambiental através da
educação, em uma linguagem mais simples e agradável para quem lê, para
trazermos a juventude conosco nessa luta, formando jovens gestores
ambientais.
Como?
Fazendo que apliquem aquilo que foi ensinado dentro de casa, com
atitudes simples, a princípio, tais como:
- banhos mais curtos;
- lavar roupas em quantidades maiores, diminuindo o número de vezes
que vai se lavar as mesmas, poupando água e energia;
- lavar calçadas e carros com baldes de água ao invés de se utilizar
mangueiras, diminuindo o desperdício.
Os exemplos são vários, bem como as atitudes.
Lembrando sempre que o conceito de Gestão Ambiental não é algo
novo e nem mesmo uma necessidade nova, os seres humanos sempre tiveram
que interagir com o meio-ambiente com responsabilidade e hoje por causa
desse descaso e falta de respeito extremo com o meio-ambiente estamos
todos tendo de arcar com as conseqüências.
A Constituição Federal de 1988, ao consagrar o meio ambiente
ecológico como direito de todos, bem como de uso comum e essencial à sadia
qualidade de vida, atribuiu a responsabilidade de sua defesa e preservação
não apenas ao Poder Público, mas também a toda coletividade.
Esse trabalho tem como base a utilização de cartilhas e revistas no
ensino, dando ênfase a educação ambiental como ferramenta na gestão
10
ambiental, utilizando como exemplo a cidade de Curitiba, no Paraná, algumas
prefeituras, de cidades menores, e de algumas empresas que utilizam as
cartilhas para o treinamento de seus funcionários objetivando uma melhoria
não só no seu trabalho, mas também na sua qualidade de vida
CAPÍTULO 1
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
11
Primeiramente é importante frisar que a Educação Ambiental contribui
para conscientizar de forma cognitiva, epistemológica, didática e pedagógica.
Atingindo não somente um público alvo, mas visando todos os públicos, não
tendo, portanto, caráter reparador as agressões ambientais e sim servindo
como um agente atenuante e conscientizador a tais agressões.
Segundo a Constituição Brasileira de 1988, art. 225 no capítulo VI - Do
Meio Ambiente, inciso VI - destaca a necessidade de promover a Educação
Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente. Para cumprimento dos preceitos
constitucionais, leis federais, decretos, constituições estaduais e leis
municipais determinam a obrigatoriedade da Educação Ambiental.
A Educação ambiental, também pode ser
entendida como: uma dimensão dada ao conteúdo e
à prática da educação, orientada para a resolução
dos problemas concretos do meio ambiente através
de enfoques interdisciplinares, e de uma
participação ativa e responsável de cada individuo e
da coletividade. (DIAS, 1992: 31).
Partindo do supracitado, a Educação Ambiental deve ser realizada na
prática através da conscientização de patrões e empregados, no caso
especifico do filme “O Vale”, onde a mudança do ponto de vista em relação ao
meio ambiente se torna o fator primordial, porém, muito mais do que
conscientizar, o importante é demonstrar de forma prática o quanto o meio
ambiente pode e deve ser rentável e também sustentável, como por exemplo,
executando a prática do ecoturismo (delimitando áreas de preservação
ambiental, criando corredores ecológicos na região), do turismo rural e da
mudança de técnicas arcaicas e obsoletas por outras mais modernas além da
aplicabilidade de novas tecnologias, não se esquecendo de mostrar a
viabilidade econômica do acesso aos recursos financeiros para que os projetos
12
sejam executados. Seja respeitando a declividade do terreno e as margens
dos rios, seja respeitando as características morfoclimáticas da região e
delimitando as áreas de plantio.
Soluções existem, só falta vontade de corrigir nossos erros e ajudar a
recuperar um pouquinho desse nosso Brasil que pouca gente conhece.
Mostraremos algumas Cidades e Municípios que se utilizam ou
utilizaram modelos de Gestão e Educação Ambiental não só no âmbito escolar,
mas também como forma de conscientização e sensibilização da população
local. Dentre elas citaremos: Curitiba (Paraná), Sobral (Ceará), Araruama,
Mesquita e Nova Friburgo (Rio de Janeiro) e o projeto Gibi na Escola
desenvolvido no Estado do Pará.
CAPÍTULO 2
REFERÊNCIA DE APLICABILIDADE DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL: CIDADE DE CURITIBA – PR
13
As primeiras ações ambientais propriamente ditas surgiram
timidamente na Curitiba dos anos 70 (com o primeiro governo Jaime Lerner,
1971-74), para se firmarem definitivamente na década de 80 (com os
sucessivos governos de Jaime Lerner, Maurício Fruet e Roberto Requião) e
nos anos 90 (principalmente nas gestões Jaime Lerner e Rafael Greca). Na
primeira metade da década de 70 (gestão Jaime Lerner), as intervenções
propriamente ambientais foram a construção de dois grandes parques
públicos, o Parque Barigüi e o Parque São Lourenço e a Lei Municipal nº 4
557/73 que dispunha sobre a proteção e a conservação da vegetação de porte
arbóreo. Ligada ainda à proteção da vegetação, a Prefeitura Municipal de
Curitiba (PMC) lançaria ainda uma campanha visando à proteção e ao plantio
de árvores, cujo lema era “Nós damos a sombra, você a água fresca”. A partir
desse momento (1972), foram plantadas em média 60 000 árvores/ano.
Nos anos 80 houve mais alguns avanços relativos à questão ambiental
no município. Com a criação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (1986),
o Executivo passava a assumir o monitoramento ambiental do município que,
até então, vinha sendo feito por um órgão estadual. Ainda nesse período foi
criada a Lei nº 6 819/86, que estimulou a preservação e a criação de áreas
verdes uso do solo. Graças a ela, modificou-se o uso do solo no município
através da criação de novos setores, entre os quais os setores especiais.
Através do Decreto nº 400/76, regulamentaram-se estes setores, criando os
Setores especiais de preservação de fundos de vale. Essa legislação permitiu,
por exemplo, que a área do Parque Iguaçu – o maior da cidade com 8 264 316
m2 – começasse a ser desapropriada com recursos do Ministério do Interior. O
objetivo aqui era a preservação não só de fundos de vale e córregos, mas
também das matas ciliares de seu entorno contra a especulação imobiliária e a
ocupação clandestina.
As raízes epistemológicas dos documentos oficiais sobre meio ambiente
urbano são os discursos municipais do início da década de 90.
O documento que lançou a “filosofia ambientalista” da Prefeitura é o
número especial da Revista do IPPUC – Memória da Curitiba urbana, cujo
14
título foi “Escola ecológica de urbanismo”. Nesse número, pela primeira vez, foi
feito um esforço de sintetizar e de ordenar todas as ações ambientalistas da
prefeitura, mostrando todas as etapas e programas que possibilitaram a
transformação de Curitiba em uma capital ecológica. A partir deste momento,
todas as publicações da Prefeitura que tratam de temas ecológicos fazem-no
na linha definida por esse número. Nelas, as preocupações ecológicas e a
qualidade de vida urbana são apresentadas como estando na origem da
política de preservação de áreas verdes, de separação do lixo, dos transportes
coletivos etc. Trata-se de uma ecologia urbana, que pode ser resumida nos
seguintes termos: a cidade teria compreendido que “[...] o meio ambiente
primário de cada um é a casa onde vive a rua onde mora, a cidade onde
reside”. É nessa perspectiva que a municipalidade se apóia para falar num
projeto ecológico iniciado há 20 anos, que teria dado origem aos Postulados da
Escola de urbanismo ecológico (IPPUC, 1992, p. 3-4).
Nesses postulados, Curitiba foi apresentada como uma “cidade com
justiça social”, “onde o homem é o centro de todas as atenções” (PMC,1994, p.
3). Chama-se a atenção aqui tanto para “as condições ambientais de vida”
quanto para “as exigências da natureza humana”. Dessa forma, tanto são
ecológicos os parques e bosques quanto os ônibus expressos, o Calçadão da
rua das Flores ou a Cidade industrial.Portanto, quem deita os olhos sobre os
documentos oficiais, por exemplo, em torno dos parques e bosques de
Curitiba, conclui que estes foram pensados e criados como fruto de uma
descoberta recente – a Ecologia – e de um certo“entendimento” – a qualidade
de vida–, ainda que inseridos dentro da trajetória de um discurso ambiental
oficial que rima desenvolvimento com planejamento urbano. Mas conforme
demonstramos alhures (OLIVEIRA, 1996a), o sentido geral da criação dos
parques e bosques curitibanos concentrou-se, fundamentalmente, nos três
primeiros parques (Iguaçu, Barigüi e São Lourenço), criados nos anos 70,
década de maior incremento nas áreas verdes públicas no município. A função
desses parques, no momento em que foram idealizados, uniu de um lado a
antiga idéia “de dar água à cidade” do então arquiteto do IPPUC dos anos 60,
15
Jaime Lerner, e, de outro, uma solução técnica encontrada para combater
enchentes na cidade, surgida quando da grande enchente que vitimou a antiga
usina de curtume do São Lourenço no começo dos anos 70, quando o mesmo
Lerner era Prefeito da cidade. Vingou nesse momento a idéia de dar água à
cidade emoldurando essa “água” com áreas verdes, através de obras de
saneamento e infra-estrutura urbana que evitassem ao máximo possível o
problema das enchentes. Nascia assim à política de criação de grandes
parques (com grande lagos - reservatório em seu interior), debitaria de
circunstâncias pontuais e não necessariamente ecológicas.
Figura 1 – Fotos do Parque de Passaúna – Curitiba
Observando as atitudes iniciais, na cidade de Curitiba, vimos que das
primeiras iniciativas, como a criação de Parques com Cinturões Ecológicos e
atitudes que deveriam ser básicas em qualquer Metrópole, tais como
saneamento e infra-estrutura. Foi apenas um pequeno ponto de partida para
se formar a cidade que conhecemos hoje.
Corredores expressos, com ônibus bi articulados, foram criados para
melhorar o fluxo do trânsito, diminuindo o número de veículos nas ruas e como
16
conseqüência diminuindo a emissão de gases nocivos ao nosso meio
ambiente.
Figura 2 – Ônibus Expresso Bi Articulado
A política paranaense sempre foi diferente da do resto do país,
investindo num ataque as causas do problema, ao invés de tentar soluções
após catástrofes ocorrerem e ter que se lidar com suas conseqüências.
Lembrando sempre que a eliminação de detritos tóxicos e emissões de
ar podem economizar dinheiro com recursos, na eliminação de lixo e energia.
Podendo também evitar obrigações futuras.
As diretrizes da política ambiental são o desenvolvimento sustentável, o
desenvolvimento econômico e equilíbrio ambiental voltado à promoção social;
a transversalidade, a política ambiental nas ações de todo o governo; a
participação social, envolvimento e compromisso da sociedade para com as
políticas e ações locais visando à sustentabilidade do ambiente global; o
fortalecimento dos órgãos ambientais governamentais e; a educação
ambiental, ações junto à escola, comunidade e setor produtivo para criar uma
nova consciência e atitude para com os problemas locais.Ainda, como parte da
17
política ambiental interna, trabalha-se na criação de um Sistema de
Informações Ambientais, disponível ao cidadão. Os dados do monitoramento
das condições do ar, solo, água e dos diversos ecossistemas, inclusive
algumas cidades, estarão disponíveis à comunidade paranaense. Mais
informado, o cidadão decidirá melhor.
Um grande desafio a que se propõe o Governo do Paraná é o de
implantar a política ambiental dentro de todo o governo, nas diversas
secretarias, entendendo que esta questão, ou tem a transversalidade que se
faz necessária, ou não é política ambiental.
Condenar a política ambiental a uma só secretaria seria apostar no
fracasso dela.
O programa de Meio Ambiente do Governo do Paraná tem o objetivo de
conservar a biodiversidade através de instrumentos de controle da qualidade
ambiental, mediante a gestão, conservação e recuperação dos recursos
naturais, água, ar, solo, flora e fauna, e desenvolver instrumento de
organização e gerenciamento dos limites de uso e ocupação do território
paranaense. O programa justifica-se pela competência e necessidade do
Estado de promover a gestão dos recursos hídricos e atmosféricos,
biodiversidade e florestas, resíduos sólidos, controle e monitoramento
ambiental, saneamento ambiental, gestão territorial e educação ambiental.
O programa de Meio Ambiente do governo do Paraná prevê diversas
ações e tem como objetivo conservar a biodiversidade através de instrumentos
de controle da qualidade ambiental, mediante a gestão, conservação e
recuperação dos recursos naturais, água, ar, solo, flora e fauna, e desenvolver
instrumento de organização e gerenciamento dos limites de uso e ocupação do
território paranaense. O programa justifica-se pela competência e necessidade
do Estado de promover a gestão dos recursos hídricos e atmosféricos,
biodiversidade e florestas, resíduos sólidos, controle e monitoramento
ambiental, saneamento ambiental, gestão territorial e educação ambiental.
18
O programa está sendo implantado pelas seguintes ações: a)
licenciamento, monitoramento e fiscalização ambiental das atividades
econômicas, obras e empreendimentos; b) gerenciamento de áreas protegidas;
c) recomposição e recuperação de recursos naturais, envolvendo os diversos
segmentos governamentais e iniciativa privada, tais como ONGs, órgãos de
classe, instituições de ensino e pesquisa e setor produtivo.
As 16 ações do programa de Meio Ambiente são:
1. Conservação e proteção da biodiversidade no Paraná
Têm a finalidade de reorientar a política ambiental estadual, através do
estabelecimento de diretrizes estaduais de planejamento, interligando
esforços públicos e privados, compatibilizando programas e projetos em
andamento, tendo como horizonte e base a sustentabilidade ambiental e
social, voltadas à conservação da biodiversidade nativa, nos
ecossistemas representativos do Estado do Paraná.
2. Zoneamento ecológico e econômico do Paraná
É o instrumento de organização, planejamento e gerenciamento que
respeite os limites de uso e ocupação do território paranaense e dos
seus recursos naturais, com referencial na implantação de planos, obras
e atividades públicas e privadas.
3. Proteção da Floresta Atlântica - Pró-Atlântica
Tem o objetivo de prover a melhoria da proteção de toda a floresta
úmida situada na Serra do Mar e na sua área litorânea.
4. Pró-saneamento da Superintendência de Desenvolvimento de
Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental
Para combater a erosão através de obras de drenagem, construir
aterros sanitários e perfurar poços tubulares artesianos para
19
abastecimento público de água. Esta ação compreende a realização de
estudos, projetos e obras de drenagem para o controle de erosão e
enchentes, contenção de encostas e erosão marinha, aterros sanitários
e poços tubulares artesianos para abastecimento de água, recuperação
de áreas degradadas, construção de barragens e parques para
contenção de cheias no Estado.
5. Programa Nacional do Meio Ambiente - PNMAII/SEMA
A finalidade do projeto paranaense do programa federal é estimular a
adoção de práticas sustentáveis entre os diversos setores cujas
atividades impactam o meio ambiente e contribuir para o fortalecimento
da infra-estrutura organizacional e de regulamentação do poder público
para o exercício da gestão ambiental do Estado, melhorando
efetivamente a qualidade ambiental e gerando benefícios
socioeconômicos. Obtenção de moderna forma de licenciamento
ambiental participativo, buscando obter maior eficácia no monitoramento
das atividades licenciadas. Zoneamento do litoral, com ênfase na área
marinha. Monitoramento da qualidade da água, como forma de gestão
ambiental.
6. Policiamento do Meio Ambiente
A finalidade do Policiamento do Meio Ambiente é cumprir os dispositivos
legais de proteção ao meio ambiente em todo o Estado do Paraná.
Estão sendo desenvolvidas ações conjuntas entre órgãos do Estado
para atuar na fiscalização e prevenção às infrações contra o meio
ambiente e proteção às áreas de conservação através do Projeto Força
Verde.
7. Ações Agrárias, Fundiárias e Cartográficas
Possibilitar o acesso ao crédito e inclusão no setor produtivo,
melhorando a qualidade de vida de posseiros e pequenos proprietários
rurais. Entre as atividades, ações discriminatórias administrativas e
20
cadastro de propriedades rurais; regularizar posseiros e pequenas
propriedades rurais.
8. Recuperação Ambiental de Várzeas
Recuperar área impactada de várzeas da Bacia do Rio Iguaçu e da
Região Metropolitana de Curitiba. Retorno da água à várzea impactada,
através da sua reconfiguração pela sistematização do banhado do Rio
Iguaçu.
9. Operacionalização do Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FRHI
A finalidade deste projeto é realizar cobrança pelo uso da água bruta e
pela disposição de efluentes nos corpos d'água do Estado, com a
finalidade de aplicação dos recursos, pela SUDERHSA, em obras e
serviços nas bacias hidrográficas, de acordo com a Lei Estadual n.o
12.726/99, que instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos e criou
o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Os
recursos dos fundos serão aplicados pela SUDERHSA, em consonância
com os Planos de Bacia aprovados pelos Comitês das Bacias
Hidrográficas.
10. Administração e execução das ações do Fundo Estadual do Meio
Ambiente (FEMA)
Com a finalidade de recuperar o meio ambiente, esta ação estabelece a
concentração de recursos destinados a financiar planos, programas ou
projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e/ou
recuperação do meio ambiente.
11. Execução das ações civis e públicas do FEMA
Para recuperar bens ambientais lesados, esta ação visa a execução de
planos mediante recursos decorrentes das condenações em ações civis
públicas.
12. Município Verde
21
Promover a gestão ambiental conservando a biodiversidade através de
instrumentos de controle da qualidade ambiental, estimulando a
recomposição e recuperação da flora, com o envolvimento dos
municípios. É a implementação de ações de licenciamento,
monitoramento e fiscalização ambiental das atividades econômicas com
o envolvimento dos municípios.
13. Bacia Azul
Monitorar a qualidade dos recursos hídricos e atmosféricos por meio de
medições em campo e análises laboratoriais. Promover a manutenção e
ampliação da capacidade analítica dos laboratórios do IAP com
confiabilidade, credibilidade e busca da melhoria contínua através do
sistema de gestão da qualidade, certificado pela BVQI na ISO
9001/2002 desde dezembro 1998.
14. Gerenciamento da estrutura administrativa da SEMA
Formulação e execução das políticas de meio ambiente, de recursos
hídricos, cartografia agrária, fundiária e florestal. Apoiar os municípios
nas ações de proteção, preservação, conservação e recuperação do
meio ambiente.
15. Gerenciamento da estrutura administrativa da SUDERHSA
Executar ações de gerenciamento administrativo e operacional da
SUDERHSA para dar suporte a atividade-meio e às atividades e
projetos-fins na preservação do meio ambiente, com ênfase aos
recursos hídricos. Compreende a fiscalização das obras de drenagem
para controle de erosão, aterros sanitários e poços artesianos; operação
da rede hidrométrica da SUDERHSA, da COPEL e da Agência Nacional
de Águas; outorga para uso de recursos hídricos; avaliação dos índices
financeiros; e implantação do ICMS - Ecológico - Lei Estadual n.o 59/91.
22
16. Gerenciamento da estrutura administrativa do Instituto Ambiental
do Paraná – IAP
Gerenciar atividades administrativas no Instituto Ambiental do Paraná.
São ações estruturais visando o crescimento sustentado de um estado,
e quem sabe futuramente de um país. Lembrando sempre que estas ações
são um trabalho coletivo entre o governo, o empresariado, ONGs e a
população que é sempre a mais afetada quando se tomam ações deste tipo.
Um dos maiores exemplos, senão o maior, da preocupação com o
ambiente de uma maneira geral são as cartilhas educativas a disposição de
qualquer pessoa no site da secretaria de Meio Ambiente de Curitiba. São
cartilhas educacionais com ensinamentos, passando não só as noções básicas
sobre o Meio Ambiente, mas também aonde e como destinar seu lixo. Que nos
mostra quais são os principais e mais nocivos elementos e materiais e seus
malefícios a nossa saúde. As cartilhas também contêm jogos com explicações
sobre a coleta seletiva, em uma linguagem simples, porém eficaz, feita para
atingir pessoas de todas as classes e faixas etárias, mas sendo voltada
principalmente para as crianças, para se criar desde cedo uma cultura de
Gestão de seus próprios resíduos e cultivando desde pequeno as idéias de
Educação Ambiental, sem todo o caráter formal envolvido nas instituições.
Lembrando sempre que são elas que vão tentar reparar os danos que nos
causamos ao nosso planeta.
23
Figura 3 – Cartilhas Educacionais da Secretária de Meio-Ambiente de Curitiba
CAPÍTULO 3
AGENTES AMBIENTAIS COMUNITÁRIOS – UMA
INICIATIVA DA PREFEITURA DE MESQUITA
24
Emancipado em 1999, Mesquita é o mais novo município do Rio de
Janeiro. Ocupa 42 quilômetros quadrados e tem 60% de seu território em uma
área de preservação ambiental. É porta de entrada para o geoparque de Nova
Iguaçu, considerado território de valor geológico, ecológico, histórico e cultural
com potencial para atividade turística. Com uma malha urbana densamente
povoada, a cidade não possui espaço para aterro sanitário e envia diariamente
cerca de 160 toneladas de resíduos sólidos ao aterro controlado de Gramacho,
em Duque de Caxias (RJ), o que gera um alto custo aos cofres públicos (dados
de 2008).
Em 2005, a prefeitura resolveu enfrentar o problema. Iniciou o
Programa de Coleta Seletiva Solidária, que se tornou uma referência na região,
inspirando outras ações para solucionar um dos mais sérios problemas da
atualidade: o lixo urbano. Fruto da união entre o poder público e a comunidade,
o programa mobiliza catadores de recicláveis, moradores, empresários, alunos
de escolas públicas e privadas e funcionários de órgãos públicos. “Todos estão
empenhados em construir uma solução sustentável para a nossa cidade”,
afirma a secretária de Meio Ambiente da Prefeitura de Mesquita, Kátia
Perobelli. Como parte desse esforço, 60 toneladas de materiais recicláveis,
que correspondem a 5% do lixo gerado pelo município, agora deixam de ser
enviadas todo mês ao aterro controlado de Gramacho. Além do evidente
ganho ambiental, o programa tem um forte componente social, gerando renda
para os catadores e trazendo melhoria de qualidade de vida para suas
famílias.
25
Figura 4 – Catadores separando material com ajuda de moradores
Outro enfoque do programa é a conscientização ambiental nas escolas
públicas e particulares da cidade, que vêm sendo integradas à coleta seletiva.
A equipe de educação ambiental passa uma semana em cada escola.
Conversa com a diretora e professores e treina as merendeiras e o pessoal de
apoio para separar os recicláveis. Então, vai de sala em sala, acompanhada de
catadores, falar com os alunos. Até outubro de 2007, isso foi feito em 41
escolas, faltando poucas a serem abrangidas. O trabalho de sensibilização
ganhou tal dimensão, que os catadores foram convidados para fazer parte dos
conselhos de pais, alunos e professores, que estão sendo criados como parte
da implementação no município do Projeto Agenda 21 nas Escolas. Outro
exemplo é o surpreendente resultado obtido na Gincana Ecológica, promovida
recentemente com o apoio do Papa-Pilhas, programa de reciclagem de pilhas
e baterias do Banco Real.
Em 2008, Mesquita recebeu dois postos do Papa-Pilhas. “Tínhamos
uma coleta bem-estruturada, mas não conseguíamos encontrar uma solução
para destinar corretamente as pilhas de baterias. O Banco Real nos ajudou
nisso”, conta Kátia Perobelli. A gincana, realizada em julho, tinha como objetivo
incentivar os alunos de escolas
26
Este exemplo nos mostra como a participação da iniciativa privada é
bem vinda, principalmente quando o foco é a melhoria ou bem estar da
população local, uma iniciativa da prefeitura que obteve o alicerce de um
banco que forneceu inúmeros “papa-pilhas”, conforme ilustração abaixo, com
explicações do que poderia ser descartado e aonde poderia ser entregue o
“papa-pilhas” depois de devidamente preenchido, no caso especifico em
qualquer agência do Banco Real, que cuidaria de sua destinação final da
maneira mais apropriada possível.
Este é um exemplo da importância de ações locais focadas em um
Município de menor expressão, mas com resultados muito, eficazes e
interessantes dentro de nosso conceito de Educar para gerir com mais
eficiência.
Lembrando sempre que reciclar é economizar energia preservando
nossos recursos naturais e trazendo de volta ao ciclo produtivo àquilo que é
jogado fora constantemente.
Figura 5 – Papa-Pilhas – disponível nas agências do Banco Real
27
3.1 – PROJETO GIBI NA ESCOLA
O trabalho constitui-se numa contribuição para o uso das Histórias em
Quadrinhos (HQs) nas Escolas como suporte didático pedagógico, face à
necessidade de inserção de novas tecnologias de Educação Ambiental
permeando o currículo escolar. O relato de experiência é da Fundação Cultural
do Pará “Tancredo Neves” como mediador dessa prática através da iniciativa
de um grupo técnico da “GIBITECA” - 1997. O objetivo principal é estender às
Escolas Públicas atividades, tendo como referência as HQs com metodologia
adaptável a qualquer disciplina.
O Projeto Gibi na Escola é desenvolvido com turmas de ensino
fundamental e médio, numa nova roupagem ao projeto original, ou seja, a
Equipe sentiu a necessidade em mudar conteúdos e foram adotados critérios
especiais de inserir a Educação Ambiental nessa prática pedagógica.
O Projeto atende oito Escolas da Rede Pública Estadual e, é realizado
por um grupo de agente facilitadores que ministram Oficinas de desenhos
básico, avançado e roteiro (conteúdo programático).
Foram trabalhadas em tempo integral as Escolas Estaduais Stélio
Maroja, Ulysses Guimarães, Caldeira Castelo Branco, Pinto Marques e Núcleo
Pedagógico Integrado (UFPa.), totalizando atendimento a 5.500 alunos de
Ensino Fundamental e Médio até Novembro de 2003.
A meta do projeto é de atender 10 escolas por ano, onde professores e
turmas engajadas no Projeto sejam estimulados a tornarem-se agentes
multiplicadores em toda a Escola, envolvendo a comunidade escolar numa
sensibilização sócio-ambiental conjunta.
28
O material didático do projeto é o "gibi" que de forma dinâmica é
trabalhado na Sala de Leitura e, em sala de aula, a partir de um tema
escolhido democraticamente pela turma participante. São usadas revistas de
diversos gêneros e, os personagens preferidos são os da Turma da Mônica
pelos alunos do Ensino Fundamental. Já no Ensino Médio os diversos estilos
vão se definindo nas Oficinas de desenho e roteiro baseados no conteúdo
programático. A diversificação do uso do espaço de salas de leitura e da
Biblioteca escolar, incentiva à integração ao conteúdo programático
administrado de forma a facilitar o acesso do aluno a consultas em livros e
textos complementares.
É sempre solicitado aos educandos atenção especial em associar
imagem/palavra dando ênfase ao prazer de ler, estimulando - para a criação
de textos, cartilhas, painéis, maquetes, exposições em seminários na sala de
aula, dramatizações, etc. enfatizando atitudes pedagógicas conscientes a partir
das quais a Educação Ambiental possa ser pensada, formulada e praticada,
conceitual, filosófica e vivencialmente.
São ações que estimulam a criatividade do aluno e sua interação,
facilitando a troca de idéias e abrindo espaço para o debate sobre o que é
Educação Ambiental, qual papel esse tipo de educação teria em sua
comunidade e como fazer parte disto traria benefícios a todos de uma maneira
geral.
29
3.2 – AS CARTILHAS AMBIENTAIS DE NOVA
FRIBURGO E ARARUAMA
Nova Friburgo e Araruama são cidades que ficam situadas em pontos
distintos no Estado do Rio de Janeiro, uma fica na serra a outra na região dos
lagos, mas são cidades que atravessam os mesmos problemas e tiveram uma
idéia similar, a utilização de cartilhas para conscientizar a população local da
importância de se preservar o Meio Ambiente.
Nova Friburgo preferiu focar sua atenção no ciclo do lixo, mostrando a
população que jogar o lixo na rua ou colocar o lixo fora dos horários de coleta,
em bueiros ou nos rios trazem prejuízos para a própria população. Seja
causando doenças na própria população, enchentes, deslizamentos das
encostas e até proliferação de doenças.
A cartilha também mostra a importância de se fazer uma coleta seletiva
de lixo, de se separar o lixo orgânico do resto do lixo e também da importância
não só de se ter o equipamento para coleta seletiva (Latas, Plástico e Papel),
mas também ensinar as pessoas a utilizarem o equipamento de maneira
adequada e correta.
Em Araruama o foco foram os Três Rs (reduzir, reutilizar e reciclar),
mostrando como alguns materiais demoram muito a se decompor na natureza,
como sacolas plásticas que não são biodegradáveis. E de onde vem essa
utilização excessiva das sacolas plásticas. Em 1862 foi inventado o primeiro
plástico. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e
incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos
causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o
consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes
proporções. Feitos de resina sintética originadas do petróleo, eles levam
séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas,
30
esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é
impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio
natural.
No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a
matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada
polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil
toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do
país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a
passagem da água - retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis
- e dificultam a compactação dos detritos.
Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já
justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países
europeus. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à
sacolamania. Quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as
compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos. O
preço é salgado: o equivalente a sessenta centavos a unidade.
A guerra contra os sacos plásticos ganhou força em 1991, quando foi
aprovada uma lei que obriga os produtores e distribuidores de embalagens a
aceitar de volta e a reciclar seus produtos após o uso. E o que fizeram os
empresários? Repassaram imediatamente os custos para o consumidor. Além
de antiecológico, ficou bem mais caro usar sacos plásticos na Alemanha.
Na Irlanda, desde 1997 paga-se um imposto de nove centavos de libra
irlandesa por cada saco plástico. A criação da taxa fez multiplicar o número de
irlandeses indo às compras com suas próprias sacolas de pano, de palha, e
mochilas. Em toda a Grã-Bretanha, a rede de supermercados CO-OP
mobilizou a atenção dos consumidores com uma campanha original e
ecológica: todas as lojas da rede terão seus produtos embalados em sacos
plásticos 100% biodegradáveis. Até dezembro deste ano, pelo menos 2/3 de
todos os saquinhos usados na rede serão feitos de um material que, segundo
testes em laboratório, se decompõe dezoito meses depois de descartados.
31
Com um detalhe interessante: se por acaso não houver contato com a água, o
plástico se dissolve assim mesmo, porque serve de alimento para
microorganismos encontrados na natureza.
Leis existem, mas convencer as pessoas que aquela sacolinha na qual
ela coloca seu lixo vai fazer mal ao Meio Ambiente ainda é uma batalha
inglória, os exemplos nós temos, mas como ter ações mais efetivas.
Ensinando, educando, mostrando outras opções às pessoas.
Lembrando que o Decreto Federal
5940 de 25 de Outubro de 2006. Institui a
separação dos resíduos recicláveis
descartados pelos órgãos e entidades da
administração pública federal direta e indireta,
na fonte geradora, e a sua destinação às
associações e cooperativas dos catadores de
materiais recicláveis.
O próprio Governo Federal vê a importância da destinação correta e
adequada dos seus resíduos recicláveis.
E na esfera do estado do Rio de Janeiro seguindo o Decreto 40.645/07 de 08
de Março de 2007.
Institui a separação dos resíduos recicláveis
descartados pelos órgãos e entidades da
administração pública estadual direta e indireta, na
fonte geradora, e a sua destinação às associações e
cooperativas dos catadores de materiais recicláveis,
e dá outras providências
O mais importante aqui é percebermos que nossos próprios governantes
perceberam a necessidade de se educar a população que mora no local, mas
seria importante estender a distribuição dessas cartilhas aos visitantes
32
ocasionais, aqueles que vão passar um final de semana ou até uma temporada
mais longa.
Mostrando que a cidade possui um bom nível de Educação Ambiental,
fazendo o turista se policiar e agir de maneira correta com seus detritos e
também ao retornar a seu lar, para sua cidade e ajudar a espalhar os conceitos
de Educação Ambiental para uma melhor gestão de nossos recursos hídricos,
entre outros.
Figura 6 – Cartilhas Ambientais de Araruama e Nova Friburgo
Não podemos deixar de citar a Prefeitura de Sobral que fez o Cordel do
lixo, mostrando todos os problemas causados pelo lixo jogado na rua, seja
pelos pedestres ou pelos motoristas dos carros. O discurso é moderno e
33
otimista querendo que Sobral lidere o processo de Educação Ambiental no
Nordeste e mostre que um a região tão combalida e sem recursos também
pode participar desse processo de recuperação do Meio Ambiente. E que
conceitos como 3 Rs , 5 Rs e até os 7 Rs são ótimos na teoria mas sua
aplicação prática demanda tempo, dinheiro e principalmente Educação para as
populações locais. (ANEXO 1.2)
CAPÍTULO 4
PRODUTOS ORGÂNICOS: UM NOVO CAMINHO
34
A preocupação com uma alimentação mais saudável parece ter
chegado às cadeias de fast-food – a antítese por excelência desse tipo de
comida. Agora é possível ir a esses locais e pedir uma “saladinha” sem passar
por “sem noção”; e, de sobremesa – quem tiver força de vontade de virar a
cara para os saborosos e calóricos sundaes, tortas e shakes –, uma módica
maçã ou, no máximo, um iogurte com frutas vermelhas e cereais.
Se até nos templos da junky food as comidas saudáveis ganharam
algumas linhas no cardápio, na casa dos consumidores zelosos com a própria
saúde e do resto da família tais alimentos conseguiram considerável espaço na
despensa, enxotando refrigerantes, doces e enlatados, antes soberanos no
local. Menos frituras, menos óleo, menos sal, menos açúcar – esse é o lema.
Não que tais medidas tenham colaborado para a diminuição da obesidade
infantil; nada feito, muitas crianças estão gordinhas, mas pelos menos as
batatas que consomem são fritas no óleo de canola e salgadas com sal
marinho. Dos males o menor.
Além dos modos de preparação dos alimentos, a própria qualidade
desses produtos in natura também está em jogo. Assim é que os produtos
orgânicos vêm ganhando cada vez mais força e mais espaço nas prateleiras
dos mercados. Alguns restaurantes mais antenados sustentam na porta de
entrada a plaquinha de “pratos preparados com alimentos orgânicos”, mas isso
não basta: tais estabelecimentos devem informar aos seus clientes os
ingredientes que têm garantia de ser orgânicos e o nome de seus
fornecedores.
O fato é que alimentos orgânicos estão na moda. E, como um monte de
coisa que entra na moda, o conceito começa alargar-se. Assim, qualquer folha
de alface com embrulho bonito passa a ser orgânica. Aí começam a surgir as
dúvidas: comida orgânica é a mesma coisa que macrobiótica? Qual a diferença
entre alimento orgânico e alimento integral? Todo produto natural é orgânico?
Afinal de contas o que define um alimento orgânico?
35
Justamente para que haja homogeneidade nessa definição é que foi criada
uma cartilha muito bem bolada sobre produtos orgânicos. É chamada O Olho
do Consumidor, produzida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, com arte do Ziraldo. O objetivo, além da divulgação da criação
do Selo do SISORG (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade
Orgânica), é identificar e valorizar os produtos orgânicos, orientando o
consumidor e ensinando as diferenças entre produtos orgânicos, produtos com
ingredientes orgânicos e produtos não-orgânicos.
Segundo a cartilha, para ser considerado orgânico o produto deve conter, no
máximo, 5% de ingredientes não-orgânicos (não valem os ingredientes
proibidos pelas leis da produção orgânica); aqueles que têm de 95% a 70% de
ingredientes orgânicos não são considerados orgânicos, mas sim “produtos
com ingredientes orgânicos”; os que tiverem menos de 70% de produtos
orgânicos são considerados produtos não-orgânicos.
Como saber empiricamente que se trata de um produto orgânico ou
não? A dica é checar o sistema de produção, com visitas aos produtores e
observação dos procedimentos feitos. Em certos casos, tais iniciativas podem
ser feitas pela própria sociedade ou através de instituições certificadoras. Que
cuidados se deve ter em relação a esses produtos? Para que não corram risco
de se contaminarem com produtos químicos utilizados nos produtos não-
orgânicos (como agrotóxicos, por exemplo), eles devem ficar separados
durante o transporte e a armazenagem. Outro ponto esclarecido pela cartilha é
sobre os alimentos orgânicos comprados diretamente dos produtores. Pelo fato
de não terem intermediários, não levariam o selo do SISORG. Para que haja
garantia de que tais produtos sejam realmente orgânicos, devem estar
vinculados a uma organização de controle social (OCS) cadastrada nos órgãos
do governo; tais produtores permitem aos consumidores e órgãos
fiscalizadores a visita ao local para que possam receber um documento de
comprovação da prática da produção orgânica. Apesar de ganhar o selo,
poderão escrever no rótulo ou num cartaz a expressão “produto orgânico para
36
venda direta por agricultores familiares, não sujeito à certificação, de acordo
com a Lei 10.831, de 23 de dezembro de 2003”.
Essas e tantas outras dúvidas são esclarecidas pela cartilha. Vale a
pena ler e inteirar-se da importância de tais produtos para a saúde, além de
entreter-se com as divertidas ilustrações de Ziraldo.
Figura 7 – Cartilha O Olho do Consumidor
CONCLUSÃO
Como fazer para cuidarmos melhor dos nossos recursos, com coisas
básicas a principio, diminuindo o nosso tempo no banho, se molhando,
passando o sabonete no corpo com o chuveiro fechado e depois abrindo
novamente o chuveiro; escovar os dentes com uma caneca ou um copo, 300
mL de água são mais que suficientes para uma boa escovação; lavar
37
quantidades maiores de roupas, economizando água e energia e essa água
ainda pode ser utilizada para lavar a calçada.
Separar o óleo utilizado na cozinha e entrar em contato com as
cooperativas (ANEXO 1.1) para a retirada dos frascos, o serviço é gratuito e
ainda estaremos ajudando a quem precisa e não contaminaremos ainda mais
a baía, jogando o óleo ralo abaixo. Em relação ao óleo já existem hoje outras
opções de destinação para o mesmo. (Conforme ANEXO 1). Outras atitudes
também podem ser aplicadas no nosso dia-a-dia como uso de papel reciclado,
diminuição no uso de copos e talheres de plástico descartáveis,
reaproveitamento do papel utilizado no escritório, na confecção de blocos de
rascunho ou blocos de recados.
Uma tonelada de papel reciclado poupa 22 arvores de corte, consome
71 % menos energia elétrica e representa uma queda nas emissões de gases
liberados na atmosfera de 74%. A reciclagem de 18.679 toneladas de pael
preserva 637 mil arvores.
Uma lata pode resistir 100 anos a ação do tempo. Reciclar uma
tonelada de alumínio custa 95% menos energia do que fabricar a mesma
quantidade.
Uma tonelada de alumínio usado reciclado representa cinco de minério
extraído poupado. A reciclagem de 6405 toneladas de metal preserva 987
toneladas de carvão.
Para cada garrafa de vidro reciclada é economizado energia elétrica
suficiente para acender uma lâmpada de 100 Watts durante quatro horas.
Em compensação a cada ano são destruídos aproximadamente, 10
milhões de hectares de florestas em todo o mundo.
Um hectare corresponde a 10 mil m2. Se uma árvore ocupa o
equivalente a 20 m2 de área de superfície, a 1 ha (1 hectare), correspondem
500 árvores.
38
Isso quer dizer que em 10 milhões de hectares temos aproximadamente,
10.000.000 x 500 = 107 x 5 x 102 = 5 x 109 - (são cinco bilhões de árvores
derrubadas anualmente).
Para que se tenha idéia de tão grande destruição, há 50 anos, a cobertura
vegetal no estado do Rio Grande do Sul era de aproximadamente 112 mil km2,
ou seja, 40% da área daquele estado. Com a devastação cada vez mais
desenfreada, a extensão existente hoje não passa de 39.500 km2, isto é,
apenas 14.1 % da área do estado.
Continuando, 75% da superfície do planeta é de água. No entanto, 97%
dela é salgada, está nos oceanos. Dos 3% restantes, que são água doce, 2%
estão compactados nas duas calotas polares, e o que cabe aos 6 bilhões de
seres humanos é o 1% que restou dessa conta. Tão pouco, e tão maltratado.
E ainda assim o Brasil está em posição esplêndida, nosso país tem
sozinho, em torno de 8% dos recursos de água doce de todo o globo e
imensas reservas debaixo da terra, os aqüíferos, onde dormem 112 bilhões de
metros cúbicos.
Que fazemos com isso, construímos aterros sanitários em cima de
aqüíferos, empresas poluem a nascente de nossos rios, sofremos com o
desequilíbrio entre a oferta e a demanda, o desperdício, a poluição e a
violação das áreas de preservação dos cursos de água.
O Nordeste do Brasil tem apenas 3% as águas brasileiras para mais de
30% da população do país.
Um país de dimensões continentais como o nosso tem somente 16% dos
esgotos sanitários tratados. O resto é jogado in natura nos rios.
Ainda existem no Brasil 8,8 milhões de lares sem água tratada no país,
vamos considerar uma meia de três pessoas por lar e temos 26 milhões de
pessoas sem água tratada.
O termo poluição provém do verbo latino polluere, que significa "sujar" e,
por extensão, corromper, profanar etc.
39
Nada mais próximo da realidade em que vivemos em que corromper se
tornou rotina, ninguém se choca mais ou se importa mais. Não existe solução
miraculosa ou mágica, o que existe é Educação, Saúde e melhorias para a
população, de uma maneira geral.
O objetivo principal que a Educação Ambiental, como ferramenta de
Gestão, pretende disseminar é o de devolver ao ser humano sua antiga
condição de membro do ecossistema conhecido como planeta Terra.
O que tentamos mostrar aqui é que a Educação Ambiental é uma das
formas de lutar contra a crise ambiental, que é planetária, como uma forma de
estratégia, mas não a única.
Dando o devido valor a Educação Ambiental é óbvio que apesar de todo
seu valor, ela tem que vir acompanhada de legislações mais rígidas, com
políticas ambientais mais efetivas e uma visão de sociedade mais igualitária,
pois como falar Meio Ambiente ou tentar priorizar os temas ambientais quando
comunidades inteiras não tem sequer com o que se alimentar.
40
BIBLIOGRAFIA
ALONSO, Rodrigo Soares, BARBOSA, Paulina Maria Maia, VIANA, Flávia
Elizabeth de Castro. Aprendendo Ecologia através das Cartilhas. Belo
Horizonte, MG. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária da
UFMG, 2002.
CARVALHO, VÍLSON SÈRGIO. Educação Ambiental e desenvolvimento
comunitário. Rio de Janeiro, RJ. Wak Editora, 2006.
Constituição da República Federativa do Brasil. Serie Legislação Brasileira,
Editora Saraiva 1988.
DECRETO Nº 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006. Presidência da
República Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, 25 de
outubro de 2006.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5940.htm
DIAS, Genebaldo Freire. Atividade Interdisciplinar de Educação Ambiental.
São Paulo: Global, 1994.
Educação Ambiental caminhos trilhados no Brasil, org. Suzana M. Pádua e
Marlene F. Tabanez, Brasília, 1997; p. 265-269 Artigo Breve Histórico da
Educação Ambiental por Naná Mininni Medina.
Fórum de ONGs Brasileiras. Relatório Meio Ambiente e Desenvolvimento
uma visão das ONGs e dos movimentos sociais brasileiros, Rio de
Janeiro, 1982
FREIRE, Paulo. A Importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1991. v. 4.
41
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Fazendo Educação e vivendo
a Gestão Ambiental. Recife, PE. Publicações CPRH, 2002.
MACHADO, CARLY; SANCHEZ CELSO; FILHO, SÉRGIO ANASTACIO;
CARVALHO, VÍLSON SÉRGIO; DIAS, ZILMA PEREIRA. Educação Ambiental
consciente, 2ª edição. Rio de Janeiro – RJ, Wak editora, 2008.
MANACORDA, M. A. História da educação: da antiguidade aos nossos
dias. São Paulo: Cortez, 1989.
MATOS, Mayara da Mota. Lixo e Cidadania: A Reciclagem como fator de
Preservação Ambiental e Qualidade de Vida. UNESP, FRANCA – SP, 2003.
MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia). Protocolo de Kyoto à convenção
sobre mudança do clima, 2001. Disponível em:
http://www.forumclima.org.br/arquivos/A0509124.pdf, acessado em 12 de abril
de 2009.
MOYA, Álvaro de. História das Histórias em quadrinhos. São Paulo:
Brasiliense, 1993
NUNES, E. R. M. Alfabetização Ecológica: um caminho para a
sustentabilidade. Porto Alegre: Ed. do Autor, 2005. 134p.
OLIVEIRA, Márcio de: A Trajetória do Discurso Ambiental em CURITIBA
(1996-2000), UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, 2000
OLIVEIRA, Márcio de: A Trajetória do Discurso Ambiental em CURITIBA
(1996-2000), UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, 2001
SITES DE REFERÊNCIA NA INTERNET:
42
SECRETÁRIA DE MEIO AMBIENTE DO PARANÁ:
http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo
=9
SECRETÁRIA DE MEIO AMBIENTE DO RIO DE JANEIRO
http://www.ambiente.rj.gov.br/
www.coletasolidaria.gov.br
http://www.lixo.com.br/
Cartilha de Chapada RS:
http://www.aipan.org.br/biblio/cartilha-alfabetizacao.pdf
Cartilha da Secretária de Meio Ambiente de SP
http://www.clienteg3w.com.br/celiarusso/site/juquinha.pdf
Cartilha de Sobral:
http://www.sobral.ce.gov.br/sec/shsa/publicacao/educacao/Cordel_Lixo.pdf
Cartilhas de Araruama e Nova Friburgo:
http://www.gico.com.br/site/download.php
Cartilhas sobre produtos orgânicos
http://www.agricultura.gov.br/agriculturaorganica/oolhodoconsumidor
http://www.agricultura.gov.br/images/MAPA/arquivosportal/acs/controlsocial.pdf
http://www.agricultura.gov.br/images/MAPA/arquivosportal/ACS/SISTEMAS.pdf
http://www.agricultura.gov.br/images/MAPA//arquivos_portal/ACS/MECANISM
OS_DE_CONTROLE.pdf
ANEXOS
Índice de anexos
44
ANEXO 1
INTERNET
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/invento_facilita_descarte_de_oleo_dome
stico.html
Invento facilita descarte de óleo doméstico
Endurecedor de óleo é prático, eficiente e não polui o meio-ambiente,
pois evita que resíduos de óleo de cozinha sejam despejados no esgoto
Trata-se de um produto
derivado da mamona (portanto
natural), apresentado em flocos
amarelados que, ao serem
adicionados ao óleo quente, o
transforma numa mistura
gelatinosa. “Depois de frio, o
óleo solidificado pode ser
descartado no lixo”, explica
Emerson Antonio Kumabe,
comerciante autônomo
residente na cidade paulista de
Votorantim e inventor do
endurecedor de óleo ecológico.
Para Carlos Mazzei, presidente e fundador da Associação Nacional dos
Inventores (ANI), “o produto promete revolucionar a vida das donas de casa e
de comerciantes do ramo alimentício, além de evitar problemas em redes de
esgoto”. Uma vez jogado no lixo, o óleo não volta ao estado líquido, não
poluindo aterros sanitários nem o solo. Segundo Kumabe, a idéia surgiu da
Emerson Antonio Kumabe
45
necessidade de um local adequado para descarte do óleo usado, sem
prejudicar a natureza: “As pessoas estavam acumulando óleo em garrafas pet,
sem saber exatamente onde entregá-las para reciclagem”. Trata-se de um
produto derivado da mamona (portanto natural), apresentado em flocos
amarelados que, ao serem adicionados ao óleo quente, o transforma numa
mistura gelatinosa. “Depois de frio, o óleo solidificado pode ser descartado no
lixo”, explica Emerson Antonio Kumabe, comerciante autônomo residente na
cidade paulista de Votorantim e inventor do endurecedor de óleo ecológico.
De olho no óleo
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/meioambiente/0020_01.html
Mariana Cruz
Quem não se lembra da época da escola, quando a professora queria mostrar
a diferença de densidade entre o óleo e a água? Ela os misturava em um
recipiente, mexia, mexia, mexia e depois de uns instantes lá estavam os dois
visivelmente separados. E o que estava sempre em cima? O óleo.
A partir dessa pueril experiência, podemos tirar grandes lições ecológicas. E se
estão certos os que dizem que a criança que mora dentro da gente nunca
morre, dirijamo-nos da sala de aula de nossa infância para a cozinha de nossa
maturidade: o que fazemos com o óleo depois de fritos alguns quitutes para as
visitas que nos aguardam na sala? Ralo. Antes mesmo de chegar ao seu
destino fluvial, o óleo de cozinha jogado nos ralos já vai causando danos por
onde passa: forma uma crosta gordurosa nas paredes dos canos, o que
dificulta a passagem da água; ao chegar nas redes coletoras de esgoto, causa
problemas de drenagem e retenção de sólidos, e o óleo que sobra vai parar
nos rios. Nesta hora, ressurge a experiência da nossa tenra infância em
proporção, obviamente, maior: o óleo, por ser menos denso que a água, forma
uma película sobre a superfície, o que reduz a troca de gases entre a água do
46
rio e a atmosfera, ocasionando a mortandade de peixes, fitoplânctons e outros
organismos essenciais para a cadeia alimentar aquática.
Mas não para por aí. Quando o solo é atingido, o óleo impermeabiliza-o,
dificultando o escoamento da água das chuvas e aumentando o risco de
enchentes.
Não bastassem os males do colesterol ocasionados pelo óleo, agora esses...
Alternativas para o uso do óleo
Mas o que fazer como o óleo que sobra? Para os mais radicais, abolir o
consumo de óleo ou virar adepto da BioChip e passar a ingerir apenas
alimentos vivos (leia-se: crus), pode ser uma opção. Mas para os que não
resistem às tentações gastronômicas mais pesadas, talvez seja mais fácil
encontrar um outro destino ao óleo que insiste em participar de nossas
refeições.
Assim, após seu uso, o conselho é colocá-lo em um recipiente e vedá-lo. A
partir daí, várias coisas podem ser feitas. Alguns optam por jogá-lo no lixo
comum. É uma solução, mas não é a ideal, pois o óleo é difícil de se decompor
e se houver algum rompimento no recipiente, o solo pode ser contaminado e,
conseqüentemente, os lençóis freáticos também. A solução que parece ser a
melhor é reaproveitá-lo para fazer sabão, biodiesel, resina para tintas,
detergente ou qualquer outra coisa que ajude a conservar nosso planetinha.
Parcerias com restaurantes, escolas, hospitais já estão sendo feitas com
algumas fábricas, neste sentido.
Ligue já
Uma das alternativas é ligar para “Disque Óleo” (visite o site), uma cooperativa
localizada em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A cooperativa recolhe o
óleo de cozinha usado em toda a região metropolitana do Rio de Janeiro. É só
colocar o óleo em garrafas Pet de dois litros e quando umas três, pelo menos,
estiverem cheias... ligue já! É Grátis! E o melhor: eles até dão uma
colaboração simbólica por litro. O processo já está sendo feito em
restaurantes, condomínios e residências particulares.
47
O óleo usado vai para a fábrica de Sabão Neutral onde passa por um processo
de decantação e separação dos resíduos do óleo. Faz-se a regularização do
nível de Ph em padrões adequados para uso industrial e vira sabão. As
impurezas são encaminhadas para Usina de Processamento de Lixo do Caju e
destruídas.
Telefones: 2260-3326/ 7827-9446 (Caio)/ 78279449
Faça você mesmo
Você também pode fazer o seu próprio sabão. O site do Instituto Akatu dá a
receita, mas adverte sobre o cuidado redobrado que se deve ter com a soda,
pois se ela entrar em contato com a pele pode provocar queimaduras.
Aconselha-se o uso de luvas para garantir a segurança. Nós aqui do Portal da
Educação Pública reproduzimos a receita para você:
Material utilizado
• 5 litros de óleo comestível usado
• 2 litros de água
• 200 ml de amaciante
• 1 Kg de soda cáustica em escama (NaOH)
Passo-a-passo
1. Coloque a soda em escamas no fundo do balde cuidadosamente.
2. Coloque, com cuidado, a água fervendo. Mexa até diluir todas as
escamas da soda.
3. Adicione o óleo cuidadosamente. Mexa.
4. Adicione o amaciante. Mexa novamente.
5. Mexa até formar uma mistura homogênea.
6. Jogue a mistura em uma fôrma e espere secar bastante.
7. Corte as barras e pronto!
48
Dica: Quanto mais o sabão curtir, mais tempo ficar secando, melhor ele fica.
Os utensílios usados na preparação da mistura devem ser de madeira ou
plástico e para que não ofereça riscos à pele, deixe o sabão curtir por no
mínimo três meses.
Do sabão ao combustível
Não param por aí as utilidades para o óleo de cozinha usado. Em Ribeirão
Preto existe um projeto desenvolvido dentro do Departamento de Química da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, no Ladetel
(Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas), no qual o óleo de
cozinha vira combustível. É o projeto Biodiesel em casa e nas escolas, que tem
parcerias com as lojas do Carrefour da cidade e com algumas escolas da rede
pública de ensino da região.
Quem quiser fazer doações para o projeto biodiesel pode entrar em contato
com os pesquisadores do Ladetel pelo telefone: (16) 602-3734 ou pelo e-mail
antonio@biodieselbrasil.com.br ou andressa@biodieselbrasil.com.br.
O site do projeto é www.biodieselbrasil.com.br.
Linha 121 (Central-Copacabana)
No início de 2006, a cidade do Rio de Janeiro ganhou seu primeiro ônibus
urbano movido a mistura de biodiesel (95% de diesel comum e 5% de
biodiesel) do Brasil. O veículo Volkswagen pertencente à Real Auto Ônibus é
um projeto-piloto do programa Riobiodiesel, criado pelo Governo do Estado do
Rio em parceria com a COPPE/UFRJ e demais empresas privadas.
De olho no colesterol
Agora vocês já podem fritar batatas, quibes e hambúrgueres sem causar
danos à natureza, se bem que, com essa alimentação, a saúde é que sofrerá
as conseqüências. Mas aí já é outra história
Publicado em 10 de abril de 2007.
Reciclagem de óleo de cozinha no supermercado Pão de Açúcar
49
Em um artigo anterior da seção Vida útil (“De olho no óleo”), foi discutida a
importância da reciclagem do óleo de cozinha, devido ao mal que ele causa
aos rios quando é despejado no ralo.
A rede de supermercados Pão de Açúcar, que já recicla outros tipos de lixo,
como papel, vidro, plástico e metal, está fazendo o mesmo com o óleo de
cozinha. O processo pode não ser tão simples quanto pegar pilhas e colocar
no Papa-Pilhas do Banco Real, mas de complicado também não tem nada.
É só deixar o óleo esfriar e colocá-lo em uma garrafa de plástico transparente
de 2 litros. Depois é só tampá-la bem e depositar no coletor de lixo marrom das
lojas Pão de Açúcar próprio para este fim.
http://www.grupopaodeacucar.com.br/meioambiente
http://www.bracelpa.org.br/bra/revista/pdf/revista_bracelpa.pdf
http://www.abinee.org.br/programas/prog02.htm
Publicado em 4 de dezembro de 2007.
ANEXO 1.1
ENDEREÇOS DE COOPERATIVAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Cooperativas de Catadores Cadastradas do Estado do Rio de Janeiro
Importante: O cadastro não avaliza nem avalia os grupos. Recomendamos
que a instituição verificasse as condições de trabalho dos grupos a serem
habilitados para identificar as transformações sociais necessárias a tornar esta
50
parceria - que deve ser regulada por um termo de compromisso - eficiente para
ambos os parceiros.
Atualizado em: 27/3/2008
ACAMJG
Associação de Catadores de Gramacho - Rua Almirante Midosi s/nº. lote 16
quadra 42 - Jardim Gramacho - Duque de Caxias
CNPJ: OK
(21) 2674-3267 - (21) 9390-8825
tiaocariocarj@hotmail.com /Tião ou Glória
COOPCAL
Cooperativa de Catadores do Complexo do Alemão
Av. Itaóca nº. 2353 – Inhaúma - Rio de Janeiro
CNPJ: OK
(21) 3882-4390 - (21) 9284-8228
zildabs@ig.com.br
COOPCARMO Rua Guarani nº. 405
CEP: 26564-040 Jacutinga - Mesquita
CNPJ: OK
(21) 2697-0545
coopcarmo@ig.com.br/Hada Rubia
COOPCAT
Cooperativa mista de Catadores de Materiais de Barra Mansa Ltda.
Av. Presidente Kenedy nº. 3050 - CEP: 27301-970
Barra Mansa
CNPJ: OK
(24) 3322-6195
sergio.crs@saaebm.rj.gov.br
Sergio
51
COOPERATIVA BEIJA FLÔR
Rua da Batata, 990 Mercado São Sebastião Penha Circular
Rio de Janeiro
CNPJ: OK
(21) 3889 6789 D. Iracy
Cooperativa de reciclagem
EU QUERO LIBERDADE
Rua Senador Bernardo Monteiro, 185 – Benfica - Rio de Janeiro
CNPJ: OK
(21) 9802 5057
rbs_survivor@yahoo.com.br
Robson
COOPERATIVA MORRO DO CÉU Rua Artur Pereira da Mota s/nº.
Caramujo - Niterói
CNPJ: OK
(21) 2620-2175 - Wania - CLIN
(21) 3607-6855 - Isaias
Isaias
COOPERCENTRO Av. Rio de Janeiro s/nº.
(ao lado do antigo JB) – Centro - Rio de Janeiro
CNPJ: OK
(21) 9817-0142 Aldemir (Maravilha)
COOPGERICINÓ
Cooperativa de Catadorres de Materiais - Recicláveis de Gericinó
Estrada do Gericinó sem numero
Bangu - Rio de Janeiro
52
CNPJ: em formalização
(21) 9120 7705 Custódio
COOTRABOM Rua dos Pinheiros s/nº., via C4
Maré - Rio de Janeiro
CNPJ: OK
(21) 9156-6872 Luiz Carlos Santiago
RECICLAGEM VIDA NOVA Rua Artur Marinho nº. 237
Cidade de Deus - Rio de Janeiro
CNPJ: OK
(21) 7836-6221 – Ely / (21) 9726-9854 - Pedro
Ely e Pedro
RECICLAGEM VIDA NOVA
R. Artur Marinho 237
Cidade de Deus - Rio de Janeiro
CNPJ: OK
7836 6221 Ely / 9726 9854 Pedro
Ely.Patricio@gmail.com
RECICLAGEM VIVA A VIDA
Rua Arino Muniz s/nº. quadra A lote 4/São João de Meriti
CEP 25561-210
(21) 3757-0165
Maria Iraci Martins
não coleta
RIOCOOP
Cooperativa de Coleta Seletiva e Reciclagem de Materiais Plásticas e
Resíduos Ltda.
Rua Dezessete de Fevereiro nº.408, Bonsucesso
CEP 21042-260
53
CNPJ: OK
(21) 2573-4412 – Rosa/(21) 9803-3135
riocoop@terra.com.br
José Luis Estácio
SARAIVACOOP
Cooperativa Mista da Comunidade de Saraiva
Rua Hualaga nº. 394 - Saraiva, Bairro Campos Elíseos
CEP: 25010-000 - Duque de Caxias
CNPJ: OK
(21) 3656-7222
saraiva.marcio@click21.com.br
Luis e Luciana
TRANSFORMANDO
Cooperativa de Transformadores Ambientais
Rua Peter Lund nº. 38 - Bloco A loja H – Caju - Rio de Janeiro
CNPJ: OK
(21) 2589-8039 / jaimelsantiago@yahoo.com.br/ Jaime Santiago
ANEXO 1.2
Publicado em 13/09/2005
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/meioambiente/0013.html
Os Conceitos Básicos sobre Lixo - Os 5 R's
Prof. Rondon Mamede Fatá
Conta-se que ocorreu um incêndio em uma floresta.Todos os animais se
afastaram velozmente do foco do incêndio; mas um Beija-Flor vinha em
sentido contrário, trazendo no bico uma gota d’água.Os que fugiam lhe
perguntaram para que serviria aquela gota d’água... Ele respondeu que era
para ajudar a apagar o fogo.Os outros acharam graça e tentaram mostrar ao
54
Beija-Flor que aquilo era impossível, mas ele exclamou “apenas estou fazendo
a minha parte!”
Moral da estória: não vamos sozinhos resolver os problemas do nosso
planeta, mas podemos contribuir para que as próximas gerações, as dos
nossos descendentes, encontrem uma Terra melhor. Portanto, que cada um
faça a sua parte e que cada parte seja a melhor possível.
Na exposição a seguir, vamos demonstrar como diminuir a quantidade
de lixo produzida no nosso dia-a-dia.
Para tal, estaremos nos baseando em cinco conceitos básicos relativos
ao lixo, que são conhecidos como os 5R’s:
Repensar | Reduzir | Reutilizar | Reaproveitar | Reciclar
I – Conceito de Repensar
Geralmente agimos na vida automaticamente, sem analisarmos o que
estamos fazendo, pois de antemão concluímos que todos fazem a sua parte.
Mas é necessário parar para pensar:
1. Realmente precisamos de determinados produtos que compramos ou
ganhamos?
2. Compramos produtos duráveis/resistentes, evitando comprar produtos
descartáveis?
3. Evitamos a compra de produtos que possuem elementos tóxicos ou
perigosos?
4. Enterramos o nosso lixo, se não houver coleta do mesmo no bairro?
5. Evitamos queimar o lixo?
6. Lemos os rótulos dos produtos para conhecer as suas recomendações
ou informações ambientais?
55
7. Usamos detergentes e produtos de limpeza biodegradáveis?
8. Utilizamos pilhas recarregáveis?
9. Não compramos produtos provenientes de trabalho escravo?
10. Não compramos produtos produzidos por crianças que são obrigadas a
trabalhar?
11. Não compramos produtos de origem duvidosa?
12. Evitamos a compra de caderno e papéis que usam cloro no processo de
branqueamento?
13. Pegamos emprestado ou alugamos aparelhos/equipamentos que não
usamos com frequência, ao invés de comprá-lo?
14. Não jogamos no lixo remédios, injeções e curativos feitos em casa,
procurando uma farmácia ou um posto de saúde como uma alternativa
de descarte?
15. Consertamos produtos em vez de descartá-los, substituindo-os por
novos?
16. Deixamos os pneus velhos nas oficinas de trocas, pois elas são
responsáveis pelo seu destino adequado?
17. Deixamos a bateria usada do carro no local onde adquirimos a nova,
certificando que existe um sistema de retorno ao fabricante?
18. Evitamos as pilhas de alto teor de chumbo, cadmo e mercúrio ou então,
após o uso, devolvemos o produto para o revendedor?
19. Junto aos outros consumidores, exigimos produtos sem embalagens
desnecessárias, assim como vasilhames?
20. Damos preferência a produtos e serviços que não agridem ao ambiente,
tanto na produção, quanto na distribuição, no consumo e no descarte
final?
56
21. Escolhemos produtos de empresas certificadas, isto é, que
desenvolvam programas sócioambientais e/ou que sejam responsáveis
pelo produto após consumo?
II– Conceito de Reduzir
Portanto, devemos reduzir o consumo tomando as seguintes atitudes:
1. Comprar somente o necessário;
2. Comprar produtos duráveis;
3. Adotar um consumo mais racional;
4. Comprar produtos que tenham refil;
5. Diminuir a quantidade de pacotes e embalagens;
6. Evitar gastos desnecessários de papel para embrulhar presentes;
7. Levar sacolas ou carrinhos de feira para carregar compras, em
substituição as sacolas oferecidas pelas lojas e supermercados; e
8. Dividir com outras pessoas alguns materiais como: jornais, revistas e
livros.
III – Conceito de Reutilizar
Este conceito está relacionado com a utilização de um produto ou embalagem
mais de uma vez.
Portanto, estaremos reutilizando quando:
1. Compramos produtos cujas embalagens são reutilizáveis e/ou
recicláveis;
2. Quando usamos o verso da folha de papel para escrever;
3. Pintamos móveis antigos, fazendo-os parecer novos;
4. Trocamos a capa dos estofados;
57
5. Guardamos, para uso posterior, envelopes pardos que já foram usados,
mas que continuam perfeitos;
6. Fazemos a limpeza em objetos antigos, sem uso, para começar a
reutilizá-los;
7. Doamos produtos que possam servir as outras pessoas, como: revistas,
livros, roupas, móveis, utensílios domésticos, etc; e
8. Consertamos brinquedos.
IV – Conceito de Reaproveitar
Com o reaproveitamento, a quantidade de lixo diminui e ainda
economizamos.E o ambiente agradece. Vejam como reaproveitar materiais no
cotidiano:
1. Não comprem sacos de lixo. Utilizem as embalagens das compras para
jogá-lo fora;
2. Procurem comprar produtos que tenham embalagens que podem ter
outro uso;
3. Caixas de sapato são ótimas para porta –trecos;
4. Potes de plástico ou de vidro são boas opções para guardar pregos,
parafusos, chips, etc;
5. Envelopes podem ser usados para guardar documentos ou fotografias;
6. Roupas usadas poderão ser recortadas ou tingidas;
7. Caixas de papelão poderão ser utilizadas para colocar produtos de
limpeza; e
8. Procuramos dar um novo destino aos objetos que foram utilizados.
V – Conceito de Reciclar
58
Através da reciclagem, os produtos (= lixo) serão transformados em matéria
prima para se iniciar um novo ciclo de produção-consumo-descarte.
O ambiente também agradece a reciclagem, pois a economia de água e de
energia é muito grande. Podemos contribuir com a Reciclagem:
1. Comprando produtos reciclados;
2. Comprando produtos cujas embalagens sejam feitas de materiais
reciclados;
3. Participando de campanhas para coleta seletiva de lixo;
4. Organizem-se em seu trabalho/escola/bairro/rua/comunidade/igreja/casa
um projeto de separação de materiais para coleta seletiva;
5. Entrando em contato com uma Associação de Catadores do seu bairro,
distrito ou município para juntos traçarem um plano de trabalho que
deverá ser desenvolvido no seu local de ação;
6. Só faça coleta seletiva de “lixo” que poderá ser encaminhado para local
de reciclagem ou de venda;
7. Os materiais que poderão ser coletados, de modo geral, são: jornais,
papéis, papelões, livros, vidros, plásticos, alumínio, outros materiais; e
8. Após a coleta encaminhar para a Associação de Catadores ou
diretamente para a Indústria de Reprocessamento.
Durante a explanação sobre os 5 R’s observamos a gama de ações que
podemos fazer para diminuir a quantidade de lixo produzida. Algumas ações
são bem simples e dependem exclusivamente de cada um de nós; outras são
mais complexas, pois além de nos levar a ter conhecimentos científicos e
jurídicos, obriga-nos a uma organização em grupos/equipes/associações de
cidadãos. O uso do consumo sustentável depende da participação de todos.
Espero que se possa, em breve, dizer: sou um Consumidor Ético, sou um
Consumidor Consciente ou sou um Consumidor Verde.
59
Evolução dos R's
1º MOMENTO
(ONTEM)
2º MOMENTO
(HOJE)
3º MOMENTO
(AMANHÃ) OBSERVAÇÃO
3 R’s 5 R’s 7 R’s DESEJADO
1- Reduzir
2- Reutilizar
ou
Reaproveitar
3- Reciclar
1- Reduzir
2- Reutilizar
3-
Reaproveitar
4- Reciclar
5- Repensar
1- Reduzir
2- Reutilizar
3-
Reaproveitar
4- Reciclar
5- Repensar
6- Recusar
7- Recuperar
O mais importante de tudo:
REINVENTAR uma nova
maneira de:
viver,
consumir,
produzir,
transportar,
armazenar
e até prestar serviços
financeiros.
61
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
2
AGRADECIMENTO
3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO 1
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 11
CAPÍTULO 2
REFERÊNCIA DE APLICABILIDADE DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL – CIDADE
DE CURITIBA – PR 13
CAPÍTULO 3
AGENTES AMBIENTAIS COMUNITÁRIOS – UMA INICIATIVA DA
PREFEITURA DE MESQUITA 24
3.1 – PROJETO GIBI NA ESCOLA 27
3.2 – AS CARTILHAS AMBIENTAIS DE NOVA FRIBURGO E ARARUAMA 29
CAPÍTULO 4
PRODUTOS ORGÂNICOS – UM NOVO CAMINHO 34
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 40
WEBGRAFIA 42
ANEXOS 43
INDICE 61