Post on 08-Feb-2019
Exigência de Aminoácidos no Crescimento e
Terminação de Suínos
Lucio Araújo, Cristiane Araújo, Brunna Leite, Luiz Vitagliano
Universidade de São PauloFaculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos
Faculdade de Medicina Veterinária e ZootecniaPirassununga – SP
Nutrição de Aves e Suínos: Desafios para as Próximas Décadas
Hotel Fazenda Fonte Colina Verde03 de Dezembro de 2015
CBNA: 30 anos
Período
qualitativo
Até Década
de 50
O quê
utilizar?
Descoberta:
Vitaminas
Minerais
Aminoácidos
Fator
desconhecido
Até Década
de 80
Milho
Farelo de
soja
Período
quantitativo
Por que e
quanto
utilizar?
Exigências
Vitaminas
Aminoácidos
Minerais
Mitchell,
1964
Década de 90
Proteína ideal:
Chung e
Baker, 1992
Aminoácidos
Industriais
Redução
Protéica
Século XXI
Novos AAs
Avaliação
Relações
Aminoácidos
Funcionais
Ingredientes e Composição Nutricional - 1980
Ingredientes Crescimento Terminação
Milho 79,25 83,90
Farelo de soja 17,90 13,25
Fosfato bicálcico 1,35 1,25
Calcário 0,75 0,85
Sal 0,50 0,50
Suplemento Vit/Min 0,25 0,25
Composição Nutricional
Proteína Bruta, % 15,00 13,30
EM, kcal/kg 3.315 3.317
Ca, % 0,67 0,67
Fósforo, % 0,60 0,56
Lisina, % 0,75 0,62
Fix et al., 2010
Ingredientes e Composição Nutricional - 2005
Crescimento 1 Crescimento 2 Terminação 1 Terminação 2
Milho 64,24 66,86 72,25 79,30
Farelo de Soja 26,15 23,85 18,75 12,20
Gordura 6,95 6,97 6,97 6,67
Fosfato 1,00 0,67 0,49 0,42
Calcário 0,62 0,69 0,70 0,66
Sal 0,27 0,31 0,34 0,34
Lisina 0,34 0,30 0,24 0,19
Metionina 0,13 0,10 0,03 0,00
Treonina 0,09 0,07 0,06 0,03
Sup. Vit/Min 0,19 0,17 0,17 0,17
PB, % 17,9 16,9 14,7 12,0
EM, kcal/kg 3.630 3.643 3.655 3.651
Cálcio, % 0,52 0,48 0,43 0,39
Fósforo, % 0,55 0,47 0,41 0,37
Lisina total, % 1,22 1,13 0,94 0,73
Fix et al., 2010
Efeito da Nutrição e da Genética em Suínos
Genética 1980 2005
Nutrição 1980 2005 1980 2005
Desempenho
GMD, g/d 853 912 926 1.042
CMD, g/d 2.682 2.388 2.590 2.461
EA, g/d 0,32 0,38 0,36 0,42
Carcaça
ET, cm 70 kg PV 1,79 1,81 1,45 1,51
LD, cm2 70 kg PV 26,20 28,18 27,29 30,76
ET, cm 95 kg PV 2,34 2,30 1,93 2,03
LD, cm2 95 kg PV 34,29 36,39 36,69 40,27Fix et al., 2010
Crescimento I Crescimento II Terminação I Terminação II
Milho 61,40 63,40 68,40 71,90
Gordura 3,00 2,50 2,00 1,50
Farelo de Soja 26,50 25,00 22,00 19,00
Farinha CO 4,50 4,50 3,00 3,00
Metionina 0,15 0,09 0,06 0,02
Triptofano 0,10 0,00 - -
Lisina 0,32 0,24 0,23 0,20
Treonina 0,12 0,85 0,08 0,07
Aditivos 3,91 3,42 4,23 4,31
Total 100,00 100,00 100,00 100,00
Composição Centesimal - 2015
Redução Protéica e Proteína Ideal
Nível Protéico, %
20 a 55 kg 16,61 15,02 13,03
55 a 100 kg 14,21 12,82 11,03
GMD, g 870 860 840
CMD, G 2.370 2.380 2.380
EA, g/g 0,37 0,36 0,35
Tuitoiek et al., 1997
1 – Sem suplementação de aas
2 – Suplementação de Lis, Ter, Trp
3 – Suplementação de Lis, Tre, Trp, Val, Iso
Acetil - CoA
3-P- Glicerato
Glicose
Piruvato
Ciclode
Krebs
+ OAA NH4+
CO2
α- KGA
Cicloda
Uréia
Arginina
Ornitina
Uréia
Citrulina
Aminoácidos
Não essencial Semi - essencial Essencial
NH4+
Serina
Glicina
Alanina
NH4+
Asparagina
Aspartato
NH4+
Glutamato
NH4+
Glutamina
Prolina
NH4+
Treonina
MetioninaCisteína
Isoleucina
Leucina
Valina
Triptofano
FenilalaninaTirosina
Histidina
LisinaArginina
Composição CorporalCarcaça Vísceras Sangue Pêlos
Composição
8,5 kg 66,2 28,0 4,0 1,8
107 kg 78,8 14,1 5,4 1,7
AA, %
Lis 7,6 6,6 9,0 4,0
Met 1,9 1,6 0,8 0,5
Cys 1,1 1,3 1,5 13,0
Tre 4,0 3,6 3,7 5,7
Trp 1,1 1,3 1,5 0,3
Val 4,7 4,9 9,0 5,9
Ile 3,9 3,5 1,3 3,7
Leu 7,1 7,1 13,0 8,0
Fen 3,8 4,0 6,8 2,7
Tir 3,0 3,1 2,9 3,4
His 3,7 2,8 5,6 2,0
Arg 6,5 5,6 3,8 6,5
Fix et al., 2010
Aminoácidos
Síntese
RNA e
DNA
Degradação
de Proteína
Estado
Endócrino
Remoção
da amônia
Regulação
Metabólica
Pigmentação
Metamorfose
Reprodução
Lactação
Resposta ao
estresse
Comportamento
Síntese
Protéica
Regulação
Osmótica
Imunidade
e Saúde
Substratos
Energéticos
Defesa
Antioxidante
Crescimento e
Desenvolvimento
Corrente
Sanguínea
Composição
do Corpo
Apetite
Equilíbrio
Ácido-Base
Células
Sinalizadoras
FUNÇÕES DOS AMINOÁCIDOS
Custo Metabólico da Ativação do Sistema Imune
Resposta
ao c
rescim
ento
, %
Pastorelli et al., 2012
Fração devida a mudanças na eficiência alimentar
Fração devida a mudanças no consumo de ração
Infecções
DigestivasCondições
Ambientais LPS Micotoxicoses Parasitoses
Doenças
Respiratórias
Relação de Aminoácidos
InraPorc NRC, 2012 Rostagno, 2011 - C Rostagno, 2011 - T
Lisina 100 100 100 100
Metionina 30 29 30 31
AAS 60 56 59 60
Treonina 65 61 65 67
Triptofano 18 17 18 18
Valina 70 65 69 69
Isoleucina 55 52 55 55
Leucina 100 101 100 100
Fenilalanina 50 60 50 50
Fenil. + Tirosina 95 94 100 100
Histidina 32 34 33 33
Arginina 42 46 41 32
Genética:Lisina Digestível
Referência Sexo Período, dias Nível, %
Kill et al., 2003 Fêmeas 65 – 9595 - 105
1,000,90
Souza, 2009 Machos/Fêmeas 60 – 9560 - 130
1,151,05
Fortes et al., 2011 Machos 63 – 103 dias 0,80
Portela et al., 2014 Machos/Fêmeas 90 - 110 0,90
Rostagno et al., 2011 Machos 50 - 100 0,86
Efeito da Ractopamina e Lisina
Referência Ractopamina, mg/kg Lisina Digestível, %
Webster et al., 2007 5 1,0
Almeida et al., 2010 5 0,68
Bruno, 2011 5 - 10 0,65
Corassa et al., 2013 5 1,04
Rostagno et al., 2011 5 0,84
Relação Lis:EM (g/Mcal) - Machos
3,14
2,66
2,2
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Main et al., 2008
43 - 70 69 - 93 102 - 120 dias
2,69
2,352,09
1,79
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Bergstram et al., 2010
37 - 65 56 - 86 80 - 107 102 - 129 dias
3
2,432,2
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Li et al., 2012
29 - 47 54 - 76 84 - 109 dias
Relação Lis:EM (g/Mcal) - Fêmeas
3,23
2,8
2,28 2,2
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Main et al., 2008
35 - 60 60 - 85 78 - 103 100 - 120
3,16
2,58 2,55
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Shelton et al., 2011
35 - 65 55 - 80 85 - 110
Efeito dos AAS no Controle do Estresse oxidativo
Metionina Cistationina Cisteína
SO4-2
Taurina
Glutationa
Proteínadanificada
Estresseoxidativo
ROS
Outros
MetioninaSulfoxidoRedutase
ProteínaIntacta
Antioxidante
+
+
+
+
Degradação +
Reparo
- -
Métayer et al., (2008)
AAS:Lis Digestível
Crescimento % Terminação %
InraPorc 60 InraPorc 60
NRC, 2012 56 NRC, 2012 56
Rostagno et al., 2011 59 Rostagno et al., 2011 60
Gaines et al., 2004 60 Loughmiller et al., 1998 50
Lawrence et al., 2005 60 Frantz et al., 2009 58
Tre:Lisina Digestível
0,65
0,66
0,61
0,58
0,59
0,6
0,61
0,62
0,63
0,64
0,65
0,66
0,67
NRC, 2008 Rostagno, 2011 Wecke e Liebert, 2010
Treonina Digestível, %
Treonina Digestível, %
Trp:Lis sobre o Retorno Econômico
Trp: Lis digestível
Porc
enta
gem
de r
eto
rno
Goodband et al., 2014
Metabolismo da Glutamina
Watford (2015)
GlutaminaPlasmática
Músculo Esquelético
Tecido Adiposo
Pulmão
Fígado
Leite
Feto
Rins
Sistema Imune
IntestinoGlutamina
Dieta
Ducto Torácico
Linfonodo Mesentérico
Placa de Peyer
CirculaçãoPeriférica
Mucina
Camada Epitelial
Efetor daMucosa
Antígeno
IgA
Cél. M
Cél. Caliciforme
Cél. B
Célt
Macrófago
CélDendritica
Cél. Plasmática
IEL
Tecido Linfóide Associado ao Sistema
Imune
Ruth and Field, 2013
Importância da Glutamina na Proteção da Mucosa Intestinal
Glutamina Glutamato
Glicose 6-P
Acetilgalactosamina
Glucosamina 6-P
Glucosaminoglicanos
Glicoproteínas
Mucina
Epitélio intestinal
Neu (2001)
Transportadores intestinais de suínos e citoquinas alimentados com dietas contendo DON
Controle Toxina Toxina + Glutamina
Transportadores
CT 1 1,21a 0,58c 0,78b
EAAC1 1,00a 0,41c 0,79b
Citoquinas
IL 2 8,24a 12,90b 8,68a
TNF 0,20a 0,27b 0,22a
Wu et al., (2013)
Período
qualitativo
Até a Década
de 50
O quê
utilizar?
Vitaminas
Aminoácidos
Fator
desconhecido
Até a Década
de 80
Milho
Farelo de
soja
Período
quantitativo
Porquê e
quanto
utilizar?
Vitaminas
Aminoácidos
Minerais
Mitchell,
1964
Década de 90
Proteína ideal:
Baker e Han,
1992
Aminoácidos
Industriais
Redução
Protéica
Século XXI
Novos AAs
Avaliação
Relações
Aminoácidos
Funcionais
Nutrição de Aves e Suínos: Desafios para as Próximas Décadas
Próximas
Décadas
?
Nas últimas décadas aprendemos bastante sobre exigência
aminoacídica para suínos. Entretanto, devido ao
melhoramento genético, necessitamos continuamente
reavaliar o nível de lisina da dieta para alcançarmos
melhores respostas;
Embora o período pós-desmane seja uma fase importante
para o desenvolvimento do leitão, mais pesquisas devem ser
desenvolvidas visando estabelecer as exigências de
aminoácidos para as fases de crescimento e terminação;
A produção de aminoácidos cristalinos em escala industrial
permitirá reduzirmos ainda mais os níveis protéicos da dieta
e atendermos de maneira mais adequada as necessidades
dos animais;
Nosso desafio para os próximos anos será entendermos
melhor as interrelações entre os diferentes aminoácidos e
fornecê-los de maneira a garantir o melhor desempenho dos
animais.
C
o
n
c
l
u
s
õ
e
s
“A descoberta consiste em ver o que todos viram e
em pensar no que ninguém pensou” - Albert Szent-
Gyorgvi