O BICHO-DA-SEDA

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O BICHO-DA-SEDASERICICULTURAZootecnia de não ruminantes

INTRODUÇÃO:

Origem: O bicho-da-seda é originário da China e há cerca de 5.000 anos vem sendo criado pelo homem para obtenção de fios de seda.

O BRASIL:

No Brasil, a introdução da sericicultura ocorreu no estado do Rio de janeiro, no ano de 1848, e em 1922, em Campinas, foi criada a Indústria de Seda Nacional S.A.

Hoje o Paraná é o maior produtor nacional de casulos do bicho-da-seda

TAXONOMIA DO BICHO-DA-SEDA:

Reino: Animália Filo: Arthropoda Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Bombycidae Gênero: Bombyx Espécie: mori

São insetos holometábolas, ou seja, apresentam metamorfose completa; passando por quatro estágios

1-OVO 2-LAGARTA ou LARVA 3- PUPA ou CRISTÁLIDA 4- ADULTO

ESPÉCIES UTILIZADAS:

No mundo são vários os insetos produtores de seda, mas somente sete espécies são criadas para fins comerciais:

Espécie domesticada: Bicho-da-seda da amoreira, B. mori.

Este contribui com 95% da produção total.

• Espécies selvagens:• Antheraea yamamai• Antheraea pernyi• Antheraea mylitta• Antheraea assama• Atlacus ricini• Philosamia cynthia• Que contribuem com os 5%.

MANEJO:

A criação do bicho-da-seda é dividida em duas fases: a jovem e a adulta.

A fase jovem compreende o 1º e o 2º estágio larval.

As lagartas são criadas nas criadeiras e essa tarefa fica a cargo das empresas de fiação, que vendem as lagartas no final da fase.

A fase adulta compreende do 3º ao 5º estágio larval.

Nessa, o bicho é criado nas sirgarias e esta tarefa fica a cargo dos produtores, que vendem os casulos produzidos para as empresas fiadoras.

ÉPOCA PARA INICIAR A CRIAÇÃO:

Em ambas as fases, a criação inicia-se no final do inverno e no início da primavera, entre o inicio das primeiras brotações da amoreira.

DESINFECÇÃO CO AMBIENTE:

As desinfecções são muito importantes para a sericicultura, e grande parte das doenças que atacam as lagartas são contagiosas e seus agentes patogênicos alojam-se nas sirgarias, chocadeiras, criadeiras e equipamentos.

Deve-se utilizar formol a 3% na base de 3,7L da solução a cada 10m2

PREPARO DAS CAMAS DE CRIAÇÃO:

Na fase jovem, que compreende o 1º e 2º estágios de desenvolvimento, é necessário 1 m2 de área de cama para cada caixa de lagartas criadas até a 2ª idade.

INCUBAÇÃO:

Esta etapa só é feita na chocadeira. A incubação deve ser realizada de modo a proporcionar a eclosão simultânea das lagartas.

Os telainhos com ovos são colocados dentro das câmaras climatizadas de incubação, onde a temperatura é mantida entre 24 a 25 0C e a umidade entre 80 e 85%.

ALIMENTAÇÃO DO BICHO-DA-SEDA:

O bicho-da-seda alimenta-se exclusivamente de folhas de amoreira. As lagartas jovens são mais exigentes na qualidade da folha do que as lagartas adultas.

Necessitam de folhas tenras e macias, como critério para a colheita de folhas adequadas para cada estádio da lagarta usa-se o método da “folha padrão lustrosa”.

INSTALAÇÕES:

Sirgaria ou Barracão: é a construção destinada á criação das lagartas da 3ª a 5ª idades, emboscamentos. Encasulamento, colheita, limpeza, seleção e embalagem dos casulos.

O tamanho da Sirgaria é determinado principalmente pela quantidade de lagartas que se pretende criar por geração, sabendo-se que 1 lagarta de 5º instar ocupa 0,001 m2 de cama.

Para uma criação de 10 caixas de lagartas = 330.000 lagartas por geração tem- se:

DEPÓSITO DE FOLHAS:

Como parte das folhas colhidas para a alimentação das lagartas não são consumidas imediatamente, elas devem ser armazenadas em depósitos próprios que permitam sua conservação.

DEPÓSITO DE BOSQUES:

Os bosques devem ser usados durante o encasulamento e retirados das sirgarias após a colheita dos casulos, para evitar a contaminação das lagartas da próxima criação por doenças.

DEPÓSITO GERAL:

São depósitos em que se guardam os adubos, inseticidas, herbicidas e fungicidas.

Devem ser construídos longe das sirgarias.

PRODUTIVIDADE:

A china é o maior produtor comercial de casulos do bicho-da-seda, e o Brasil se apresenta na 5ª colocação.

O faturamento bruto anual do Brasil chega a ser de US$ 125 milhões, uma vez que 92% da produção de fios de seda é destinado a este mercado.

Os principais Estados produtores são: São Paulo e Paraná

O Paraná responsável por 87,8% da produção de casulos

Porem a industrialização está dividida em: São Paulo (46,6%) Paraná ( 53,4%)

Ressalta-se que a sericicultura tem se desenvolvido, sobretudo nas pequenas propriedades rurais, onde predomina o trabalho familiar, sendo uma boa alternativa de diversificação da propriedade.

Grupo: Adilson Massei Junior Claudio Luiz Faccio Eduardo Michel João Paulo de Assis Milton Nascimento