O ENSINAR E O APRENDER Disciplina: Práticas Educativas em Saúde.

Post on 22-Apr-2015

108 views 2 download

Transcript of O ENSINAR E O APRENDER Disciplina: Práticas Educativas em Saúde.

O ENSINAR E O O ENSINAR E O APRENDERAPRENDER

O ENSINAR E O O ENSINAR E O APRENDERAPRENDER

Disciplina: Práticas Educativas em Disciplina: Práticas Educativas em SaúdeSaúde

A PROBLEMÁTICA DA SAÚDE PÚBLICA

• Indivíduo/ Grupo ou População:

• Estejam protegidos ou curados de uma doença;

• Aprendam a cuidar da sua saúde;• Reconhecer seus deveres;• Reivindicar seus direitos.

EM QUE CONSISTE A APRENDIZAGEM?

• O QUE TEM A HAVER COM O

ENSINAR E A EDUCAÇÃO?

O ENSINAR E O APRENDER

• “...todos os processos educativos e as técnicas educativas são

instrumentos de ensino-aprendizagem, se baseiam em

uma determinada concepção de “como conseguir que as pessoas

aprendam e modifiquem sua prática”- no nosso caso, para ter

melhor saúde. BORDENAVE

MODELO OU ENFOQUE DO QUE EDUCAR

• O que é mais valorizado?• O conteúdo?• O conhecimento adquirido?• O resultado esperado?• Ou a capacidade da pessoa Para tomar decisões e agir?

MODELO TRADICIONAL

• ÊNFASE NOS CONTEÚDOS TEMÁTICOS.

• OBJETIVOS:

• ENSINAR E TRANSMITIR!

MODELO TRADICIONAL

É chamada Pedagogia de Transmissão, Educação tradicional, “bancária”.

• Onde as idéias e osconhecimentos são os principais

fatores da educação.

• Portanto, as experiências de ensino-

aprendizagem que a população deve

vivenciar é a de receber informações.

MODELO TRADICIONAL

• A RELAÇÃO COM O

“EDUCADOR” É AUTORITÁRIA

OU PATERNALISTA.

• AOS APRENDIZES, OBJETO DA

EDUCAÇÃO, CABE RECEBER E

REPETIR E, ASSIM, APRENDER.

MODELO TRADICIONAL

As pessoas, grupos e a população

habituam-se à recepção passiva, sem

crítica dos conteúdos, idéias e práticas,

tornando-se cidadãos que nem

sempre conseguem observar, analisar,

questionar a sua própria realidade.

MODELO TRADICIONAL

A obediência às normas, sem

análise e discussão, leva ao não

desenvolvimento

da criatividade, à dificuldade em

participar, em resolver

conflitos presentes na

nossa vida de cada dia.

MODELO CONDUTOR

• ÊNFASE NOS EFEITOS.

• OBJETIVO: TREINAR, FAZER,

TRANSMITIR TÉCNICAS E

CONDUTAS

MODELO CONDUTOR

O ensino-aprendizagem nesta forma de pensar não considera atransmissão de idéias e

conhecimentos como o fator mais importante do

processo educativo. Sua ênfase recai nos resultados concretos de

mudanças de habilidades e atitudes.

MODELO CONDUTORO “educador” é o programador, o

instrutor.

A sua relação com os aprendizes é autoritária, mas persuasiva.

Sua concepção de educação também é a da transmissão de conteúdos e

habilidades que se aprendem fazendo.

MODELO CONDUTOR

As pessoas ou grupos aprendem

através de uma seqüência de passos

predeterminados pelo chefe, professor,

instrutor, tornando-se muito

ativos e competitivamente

individualistas, porém sempre

dependendo

do controle de alguém.

MODELO CONDUTORNão analisam sua própria realidade e

nem são encorajados a serem

criativos e críticos.

Na sociedade são altamente eficientes

para trabalhar com objetivos e

métodos preestabelecidos.

Sua participação pode ser muito ativa

no executar, e menos no pensar.

MODELO PARTICIPATIVO

• ÊNFASE NO PROCESSO.

• OBJETIVOS: PENSAR,

REFLETIR, TRANSFORMAR-SE,

TRANSFORMAR.

MODELO PARTICIPATIVO

A opção pedagógica, com ênfase no próprio processo, destaca a

transformação das pessoas, grupos e comunidade.

Interessa-se mais pela interação entre as pessoas e sua realidade, pelo

desenvolvimento de sua capacidade intelectual e de sua consciência social.

MODELO PARTICIPATIVO

Preocupa-se mais em desenvolver nas pessoas a capacidade de observar,

analisar, questionar a sua realidade, os seus problemas e procurar soluções ou respostas adequadas para mudá-las e

menos com conteúdo.

Em resumo, que “não sejam homens espectadores mas sim criadores do

mundo.

MODELO PARTICIPATIVOEstimular o aumento da capacidade das

pessoas/grupos para detectar os problemas reais e buscar-lhes solução original e criativa.

A experiência que deve ser valorizada é a observação grupal da própria realidade, o diálogo e a participação na ação transformadora das condições de vida.

Pedagogia problematizadora e

libertadora.

Paulo Freire

MODELO PARTICIPATIVO

O “educador/técnico” é um facilitador,

um co-gestor cuja intervenção é a de

propor situações de ensino-

aprendizagem (ações educativas)

que viabilizem a participação real e

o diálogo, estimulando a criatividade

e a crítica, a tomada de decisões e a

própria ação de todos os envolvidos.

MODELO PARTICIPATIVO

Os participantes, incluindo o educador,

trabalham em grupo, partindo de problemas

concretos e objetivos, desenvolvendo sua

consciência critica e sua responsabilidade

baseada na participação.

O conhecimento é socializado e desmistificado,

a cultura não é reflexa, mas criativa e

autônoma.

EDUCAÇÃO PROBLEMATIZADORA

Conhecimentos que podem ajudar na

solução dos problemas.

O Esquema do Arco e a Educação

Problematizadora

LEITURASITUAÇÃOCONCRETA

EXPRESSÃO IDÉIAS

OPINIÕES

OBSERVAÇÃO DA

REALIDADE

1ª ETAPA

O Esquema do Arco e a Educação

Problematizadora

SELECIONAM AS INFORMAÇÕES

IDENTIFICAMPONTOS CHAVES

DOS PROBLEMAS

PESSOAS/GRUPOS

2ª ETAPA

O Esquema do Arco e a Educação

Problematizadora

PRINCÍ-PIOS

CIENTÍFICOS

COMPREENSÃOPROBLEMA

CAUSAS E

CONSE-QUÊNCIAS

CAUSAS PROBLEMAS

OBSERVADOS

3ª ETAPA

O Esquema do Arco e a Educação Problematizadora

ANÁLISEVIABILIDADE

DE AÇÕES

DECIDIRPRIORIZARPLANEJAR

ALTERNATIVAS DE

SOLUÇÃOPROBLEMAS

4ª ETAPA

O Esquema do Arco e a Educação Problematizadora

MUDANÇAFORMAAGIR

COLETIVA/INDIVIDUAL

CONTRIBUIÇÃOSOLUÇÃO

PROBLEMAS

GRUPOCOMPREENDE

PRATICASOLUÇÕES

ÚLTIMA ETAPA

MODELO PARTICIPATIVO

O participante é constantemente ativo, observando, formulando perguntas, expressando percepções e opiniões e desenvolvendo habilidades intelectuais de observação, análise, avaliação e compreensão.

Permite o intercâmbio e cooperação com os demais membros do grupo motivado pela percepção de problemas reais cuja solução se converte em reforço.

• A aprendizagem ligada a aspectos significativos da realidade.

COMO EDUCADORES PODEMOS OPTAR?

A pedagogia da problematização permite utilizar as contribuições positivas das

demais.

Dentro de uma proposta global problematizadora, nada impede a utilização de atividades educativas que contemplem a

transmissão de conhecimentos ou a aprendizagem de habilidades técnicas

baseadas em atos normalizados preestabelecidos.

COMO EDUCADORES PODEMOS OPTAR?

A opção transmissora e a comportamentalista ou condutivista rejeitam a

contribuição da forma de pensar da educação problematizadora.

COMO EDUCADORES PODEMOS OPTAR?

O grupo comunitário, que optou pela educação problematizadora, e querem transformar sua realidade, para obter melhor qualidade de vida, pode necessitar de:

• Informações técnico-científicas / profissional de saúde.

• Palestras informativas sobre agravos à saúde, suas causas, conseqüências e medidas preventivas.

• Treinamento teórico prático.

COMO EDUCADORES PODEMOS OPTAR?

Estas aprendizagens, não-

problematizadoras quanto às suas

técnicas,

integram-se ao processo educativo

problematizador, sem afetar sua

essência, desde que correspondam à

necessidade sentida pelo grupo

e decidida pelo mesmo.

COMO EDUCADORES PODEMOS OPTAR?

• As atividades educativas que

planejamos, executamos e

avaliamos sempre refletem se

a nossa opção é “bancária”,

“condutivista” ou

“problematizadora”.

COMO EDUCADORES PODEMOS OPTAR?

No modelo tradicional e condutor:• A população/usuário é “objeto”;• Relação educador é paternalista,

autoritária ou persuasiva.

• No modelo problematizadora• O usuário/população são vistos como

“sujeito”;• Relação educador é de diálogo, divisão de

responsabilidades. • É uma relação de iguais.

O ENSINAR E O O ENSINAR E O APRENDERAPRENDER

O ENSINAR E O O ENSINAR E O APRENDERAPRENDER

“Os técnicos/educadores não

são responsáveis pelo destino

de seus

'alunos' e da sociedade”.BORDENAVE

O ENSINAR E O APRENDERO ENSINAR E O APRENDER

Todavia, dependendo da opção pedagógica que adotem e

pratiquem,podem fortalecer ou debilitar o desenvolvimento da consciência crítica de pessoas,

grupos ou população, bem como fortalecer, ou não, valores e hábitos

de saúde, a criatividade, a solidariedade e a participação real

que constituem componentes importantes para uma melhor

qualidade de vida.

O ENSINAR E O O ENSINAR E O APRENDERAPRENDER

O ENSINAR E O O ENSINAR E O APRENDERAPRENDER