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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
O ESPAÇO DO BRINCAR NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA E CONSTRUÍDA
Rosa de Luz Ambrósio dos Reis Miranda Sá
Monografia de Graduação Licenciatura em Educação Física
Porto Velho - Rondônia 2005
O Espaço do Brincar na Escola: Uma experiência vivenciada e construída
Autora: Rosa de Luz Ambrósio dos Reis Miranda Sá
Orientador: Prof. MS Célio José Borges
Trabalho de conclusão de curso,
apresentado ao curso de
Educação Física do Núcleo de
Saúde da Unviversidade Federal
de Rondônia, para obtenção do
título de graduado em
Lincenciatura de Educação
Física.
Porto Velho – Rondônia 2005
Autora: Rosa de Luz Ambrósio dos Reis Miranda Sá
Título do Trabalho : O ESPAÇO DO BRINCAR NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA
VIVENCIADA E CONSTRUÍDA
Data da Defesa: 20/12/05
Banca Examinadora
Prof. Ms: CÉLIO JOSÉ BORGES - Orientador e presidente Nota: _________________ Assinatura: ______________________________ Prof. Ms: JOÃO GUILHERME RODRIGUES MENDONÇA Nota: _________________ Assinatura: _________________________________ Prof. Ms: JOÃO BERNARDINO DE OLIVEIRA NETO Nota: __________________ Assinatura: _______________________________ Nota_____________ (_________)
DEDICO
Aos meus pais, que me deram
a vida e tudo de bom que
tenho até hoje.
Aos coordenadores do Projeto
Ensinar a Ensinar:Célio José
Borges,Gilvanda Dias Brito e
Luiz Ibanor Souza Nunes, que
acreditaram no meu trabalho e
na nossa equipe de Educação
Física dentro Projeto Ensinar a
Ensinar e fora deste e também
pelo compromisso que os
mesmos têm com a educação
neste município.
AGRADEÇO
A Deus que está sempre comigo em todos os momentos de minha vida;
A meu pai Raimundo dos Reis e minha mãe Maria Madalena que contribuíram na
minha formação como pessoa;
A meu marido Renato Henrique e meu filho Eduardo Henrique que me apoiaram
durante esta caminhada da graduação;
A minha irmã Maria José, que é uma pessoa maravilhosa e foi meu espelho para
inserção nesta área;
Aos meus professores que durante os quatros anos de estudo contribuíram para
minha formação, em especial professor Célio Borges que me convidou para
participar deste Projeto e também me orientou nesta pesquisa e ao professor João
Guilherme Rodrigues Mendonça que foi meu capacitador dentro do Projeto
Ensinar a Ensinar, e que durante nossa caminhada neste trabalho me trouxe
inúmeras informações sobre nossa área
A todos os meus colegas de sala que juntos caminhamos até o final desta jornada,
em especial Hely Cristian Leão Lima, Josinéia Araújpo Rodrigues e Yong Bruno
Garcias Menezes que juntos formamos uma equipe coesa dentro do Projeto
Ensinar a Ensinar, demonstrando que os alunos de Educação Física também são
capazes de realizar obras maravilhosas.
SUMÁRIO
RESUMO VII
RESUMEM VIII
LISTA DE ILUSTRAÇÕES IX
LISTA DE SIGLAS, ABREVEVIATURAS OU SÍMBOLOS X
1. CONTEXTUALIZANDO O OBJETO DE ESTUDO 1
2 . REVISÃO DE LITERATURA 3
2.1 CAPÍTULO I - Situando o Projeto Ensinar a Ensinar 3
2.2 CAPÍTULO II – Educação Física no Contexto do Projeto 22
2.3 CAPÍTULO III – Aspectos Gerais do Brincar, do jogo e do Lúdico na
Escola
26
2.4 CAPÍTULO IV – A pesquisa 29
3. METODOLOGIA 29
3.1 MATERIAL E MÉTODOS 31
3.2 RESULTADOS E DISCUSSÕES 66
VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS 69
REFERÊNCIAS
Anexo I – Autorização (Reprodução do Trabalho) 72
GLOSSÁRIO 73
O ESPAÇO DO LÚDICO NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA E
CONSTRUÍDA
Rosa de Luz Ambrosio dos Reis Miranda Sá
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo verificar o Espaço do Lúdico e do Brincar
em escolas municipais ribeirinha, periférica urbana e rural de Porto Velho a partir do
trabalho desenvolvido pela área de Educação Física e pela Linha de Formação
Continuada, do Projeto Ensinar a Ensinar - PEE no período 2003 e 2004. Este é um
documentário com abordagem qualitativa. O PPE fez parte de um Programa de Educação
na Amazônia que se estendia a três capitais da região norte Belém-Pará, Manaus-AM e
Porto Velho-RO. Em Porto Velho ele era apresentado em linhas de ação. Linha I
Formação Inicial, Linha II Formação continuada de professores e Linha III Integração
escola comunidade. A pesquisa desenvolvida abordou a Linha II que é Formação
Continuada de professores. As populações atendidas foram alunos e professores das
escolas municipais de ensino fundamental Rio Guaporé, Rio Madeira, Vista Alegre, Estela
Compasso e Nacional. Todo trabalho teve um embasamento teórico muito consistente,
pois foram aplicadas inúmeras intervenções e capacitações pedagógicas. A metodologia
deste Projeto seguia uma linha sócio-interacionista e reflexiva, trabalhando atividades
lúdicas que foi à base da Educação Física, dentro de um processo ensino aprendizagem.
Os resultados deste trabalho foram significativos, mostrado através do crescimento
pedagógico e intelectual dos professores, avanço na leitura e escrita dos alunos e o
desempenho dos acadêmicos bolsistas.
Palavras chave: Educação Física, alunos, professores e bolsista
EL ESPACIO LÚDICO EN LA ESCUELA: UNA EXPERIENCIA VIVIDA Y CONSTRUÍDA.
Rosa de Luz Ambrosio dos Reis Miranda Sá.
RESUMEN
El presente estudio tuvo como objetivo verificar el Espacio Lúdico y del
entretenimiento en escuelas de enseñanza estatal apartadas del centro de la
ciudad (área ribereña), de la ciudad de Porto Velho. Desde el trabajo desarrollado
por la línea de Formación Contínua y por el área de Educación Física, del
Proyecto Enseñar a Enseñar – PEE en el lapso de 2003 a 2004. Ésta es una
investigación-acción con abordaje cualitativa. Este proyecto hizo parte de un
Programa de Educación en la Amazonia que se extendía a tres capitales de la
región norte: Belém-PA, Manaus-AM y Porto Velho-RO. En Porto Velho el
proyecto era presentado en lineas de acción. Línea I: Formación Inicial, línea II:
Formación Contínua, línea III: Integración Escuela Comunidad. La investigación
desarrollada abordó a la línea II que es la Formación Contínua de profesores. Las
poblaciones atendidas fueron los alumnos y profesores de las escuelas
municipales de la enseñanza básica: Río Guaporé, Río Madeira, Vista Alegre,
Estela Compasso y Nacional que eran atendidas por el proyecto Enseñar a
Enseñar. El trabajo fue realizado a través de intervenciones pedagógicas, oficinas,
seminarios, mini oficinas, acompañamiento y evaluación que buscó a través de
éstas , capacitar a los profesores de la enseñanza básica del 1º y 2º ciclo. Estas
capacitaciones eran hechas por los coordinadores, capacitadores (profesores con
maestría de la Universidad Estatal de Rondônia) y becas de Educación Física de
la Universidad Estatal de Rondônia. La metodología de este Proyecto se basaba
en una línea socio interacionista y reflexiva, trabajándose activadades lúdicas
dentro de un proceso enseñanza aprendizaje.
Los resultados de este trabajo fueron significativos, mostrados a través del crecimiento
pdagógico y intelectual de lso profesores, avance en la lectura y escrita de los alumnos y
el desempeño de los académicos con becas.
Palabras claves: Educación Física, alumnos, profesores y becas.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PEE – Projeto Ensinar a Ensinar /
SIVAN – Sistema de Vigilância na Amazônia
LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação
MEC – Ministério da Educação e Cultura
SEDUC – Secretaria de Estado da Educação
SESI – Serviço Social da Indústria
SEMED – Secretaria Municipal de Educação
PROHACAP – Programa de Formação Continuada de Professores
CONFEFE – Conselho Federal de Educação Física
CONTEXTUALIZANDO O OBJETO DE ESTUDO
O presente estudo teve como objetivo verificar o espaço do lúdico e do brincar em
escolas públicas municipais ribeirinhas, rural e periférica urbana de Porto Velho, a partir
do trabalho desenvolvido pela área de Educação Física no Projeto Ensinar a Ensinar no
período 2003 e 2004. Foi analisado o plano de trabalho proposto e executado pela equipe
de Educação Física nas escolas atendidas pelo projeto em 2003 e 2004.
Foi realizado um estudo comparativo sobre os trabalhos desenvolvidos pelos
bolsistas, sendo avaliados os resultados obtidos de forma comparativa a partir deste
trabalho, e ainda foram identificados às evidências e indicadores da contribuição desse
trabalho para os bolsistas, professores e alunos.
Neste estudo buscou-se averiguar dimensões do brincar, que foi o ponto relevante
apresentado pela Educação Física enfatizando ainda a interdisciplinaridade que foi um
dos métodos pedagógicos utilizado pelo Projeto Ensinar a Ensinar.
O Projeto Ensinar a Ensinar em parceria com outras instituições como Universidade
Federal de Rondônia, Secretaria municipal de Educação e ONG Centro de Pesquisa de
Populações Tradicionais - Cuniã, observando a necessidade que as escolas municipais
tinham no processo ensino aprendizagem, buscou realizar ações, capacitações e
intervenções pedagógicas dentro destas escolas.
As atividades lúdicas e o brincar são presentes dentro das escolas, porém ainda é
pequena a importância dada a eles. Estas atividades podem ser realizadas de várias
maneiras: com intuito de aprendizado trabalhando a interdisciplinaridade, como recreação
nos intervalos de aula ou ainda nas aulas de Educação Física com intuito de observar o
desenvolvimento psicomotor e cognitivo, e ainda como brincar por brincar que é uma
forma muito prazerosa desta atividade.
A pesquisa teve como base para seu referencial teórico, os textos produzidos pela
coordenação do PEE Borges e Brito (2003), no que se diz respeito a ele; ainda
Huizinga(1980), Malluf (2003), Winnicott (1965), Brougére (1993), Kishimoto, Borges
(2003) e Mendonça (2003) nos aspectos gerais do brincar.
“Brincar é muito importante: enquanto estimula o desenvolvimento intelectual da
criança também ensina, sem que ela perceba, os hábitos necessários a esse
crescimento Bettelheim et al (1988).
No Projeto Ensinar a Ensinar, a Educação Física realizou diversas
atividades interdisciplinares, criando uma infinidade de jogos de matemática, português,
história, ciências, geografia, e ainda atividades recreativas para se trabalhar a leitura. Os
Resultados foram bastante significativos, concluindo o trabalho com uma publicação de
um livro das atividades criadas.
Todo este estudo vem mostrar a importância do brincar dentro das
escolas, não deixando de manter a construção do aprendizado.
Toda a pesquisa foi divida em tópicos. Começa situando o PEE desde sua
característica metodologia e suas ações; segue-se com tópico sobre a formação
continuada na escola e as relações interdisciplinares; depois se adentra nos aspectos
geral do brincar e finaliza com descrição da pesquisa sua metodologia e os resultados.
CAPÍTULO l
- Situando do Projeto Ensinar a Ensinar Neste capítulo será abordado o histórico do PEE, mostrando como era divido e
organizado, bem como as diversas maneiras de capacitação, suas ações e atividades. Os
dados obtidos foram retirados do material pedagógico do PEE - Projeto Ensinar a Ensinar.
Criado em 1999, o
Projeto Ensinar a Ensinar
fez parte do programa de
Educação na Amazônia, que
buscou através de suas
atividades, melhorar a
qualidade do ensino nas
escolas municipais
ribeirinhas, rural e periférica
urbana de Porto Velho. Para
que este trabalho pudesse
acontecer, houve uma
cooperação institucional das
seguintes entidades:
Universidade Federal de
Rondônia, Secretaria
Municipal de Educação,
Centro de Pesquisas
Populações Tradicionais
Cuniã, Núcleo de
Desenvolvimento do
Programa de Educação na
Amazônia, e o
financiamento da
multinacional Raytheon
Company, responsável pela
instalação dos
equipamentos do SIVAN na
região norte.
A estrutura do Projeto era composta de três linhas de ação: I - Formação Inicial, II -
Formação Continuada e III - Integração da Escola e Comunidade.
Segundo Brito, 2004:
I - Formação Inicial – é uma linha voltada àqueles professores sem graduação
necessária ao ensino (“leigos”), proporcionando-lhes a formação básica inicial e
conduzindo-lhe ao ensino superior.
II - Formação Continuada – destinada a formação continuada de professores,
diretores, pedagogos de escolas rurais e ribeirinhas urbana periférica e bolsista da
UNIR das seguintes áreas do conhecimento: matemática, português, história e
geografia, educação física e gestão escolar.
III - Integração da Escola e Comunidade – visando a integração entre a escola e
a comunidade, desenvolvendo atividades nas escolas de comunidades rurais e
ribeirinhas com Educação de Jovens e Adultos e Educação Ambiental.
Para efeito da pesquisa será dada ênfase à linha II formação continuada, por
ser a linha onde foi feito o estudo.
Formação Continuada: era uma das linhas de ação do Projeto, onde tinha uma
equipe composta de dois coordenadores, quatro capacitadores e quinze bolsistas
dividido em quatro áreas: Letras Português, Matemática, Educação Física e
Estudo e Conhecimento do Meio (Geografia, História e Pedagogia). Todo trabalho
desta linha de ação era voltado para os professores e alunos, a fim de enriquecer
o currículo escolar. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma perspectiva de
ensino sócio interacionista e interdisciplinar, com aprofundamento de conteúdos e
domínio da metodologia nas áreas do conhecimento de Português, Matemática,
Educação Física e Estudo e Conhecimento do Meio com as disciplinas (Geografia
e História).
Dentro desta linha de ação eram realizadas atividades básicas que sustentavam a
capacitação dos profissionais da educação tais como: oficinas pedagógicas, seminários,
intervenção pedagógica, mini-oficinas, capacitação interna, acompanhamento e avaliação.
Segundo Borges (2004), a respeito da educação e formação continuada,
considera que:
A Formação Continuada do projeto Ensinar a Ensinar não se caracterizou em um
método de ensino preestabelecido ou preconizado e sim se constituiu em um
processo de construção de uma metodologia de trabalho adequada a realidade
das escolas inseridas e atendidas pelo projeto, ou seja, se caracteriza como
proposta de capacitação docente em serviço, não como algo pronto e acabado e
pensado por agentes externos do processo educativo, mas como processo em
construção que se concretiza através do pensar e fazer pedagógicos.
Buscou-se, nessa perspectiva, discutir não só a formação do professor como um
acúmulo de conteúdos, como fragmentos da educação, como normalmente se
discute: educação disso, daquilo, para isso e muitos outros tipos de educação
compartimentada, mas sim, a educação e a escola, como um todo interligado e
integrado, como algo importante, como política. Que educação se faz? Que
concepções norteiam a proposta político pedagógica de cada escola?
Estamos diante de uma imensidão de opções tecnológicas, sendo colocadas à
disposição das escolas, mas sem um devido preparo de quem irá utilizá-las. Não
se pode negar suas vantagens e contribuições, mas da mesma forma não se pode
ignorar as técnicas e metodologias que utilizam-se de recursos concretos e
naturais para viabilizar a aprendizagem.
Constata-se que na educação para crianças o processo de orientação de estudos
é muito superficial. Ainda se utiliza o livro e os programas como a fonte da
verdade, num sistema tradicional de reprodução do conhecimento e não da
construção.
As novas exigências de ensino demonstram que deve-se levar o aluno a aprender
não com o texto, mas com o contexto.
Deve-se buscar e explorar novas experiências, onde o professor deve-se tornar
diferente e dar aulas diferentes, valorizando as experiências significativas. Isso
certamente que não acontece por acaso ou de forma mecânica, pois mudanças
implicam em tomada de consciência e de posições.
Há também expectativas dos professores e das escolas, de soluções mágicas e
imediatas, para aquilo que o sistema não dá conta e que os agentes financiadores
cobram, ou seja, resultado a curto prazo, porém, não se concebe mais a idéia de
Português e Matemática como prioridade e o restante se dá por conseqüência.
As novas metodologias e concepções pedagógicas exigem muito mais do que
isso.Assim, o grande desafio foi portanto, aprender a fazer educação, ensinando e
aprendendo a ensinar, de forma integrada com o aluno, levando em consideração
o afetivo e o social tanto do aluno, quanto do professor, pois tanto o professor em
processo de formação, quanto o aluno têm suas características individuais, não
podem ser considerados e tratados iguais com linearidade, exigindo que
aprendam o mesmo tanto no mesmo momento.
Da mesma forma, os alunos e professores das escolas rurais e ribeirinhas não podem ser
vistos como vítimas ou parasitas de um sistema e sim, como sujeitos de um processo,
como pessoas com capacidades instaladas, potenciais e com experiências significativas
socialmente adquiridas. Possuem grande capacidade para contribuírem com suas
experiências de vida.
A formação continuada de professores possibilitou não só capacitá-los e elevar
sua formação, mas também conhecer a escola e as comunidades por dentro.
Ao mesmo tempo em que se forma o professor possibilita a ele discutir a
escola, ou seja, formar o professor discutindo a escola. Esta é uma discussão
da qual o mesmo se encontra ausente.
Conhecer a escola, a comunidade e suas realidades possibilitou também
perceber a falta de discussão interna quanto ao político, ao social e ao
pedagógico, quanto a epistemologia dos conteúdos.
Foi possível perceber grande preocupação com o administrativo para manter o
funcionamento da escola de forma regular, porém os professores e sua ação
pedagógica demonstra ser e acontecer de forma bastante isolada. Dele com ele
mesmo.
Há atualmente, demonstrações em estudos e literaturas atuais de que a formação
continuada será o grande desafio do futuro, seja ela presencial ou não, pois a mesma
permite ao professor ir superando suas dificuldades e resistências. As novas tecnologias
que vêm sendo propostas para as escolas como varinha mágica não resolverá a situação
das escolas, pois às vezes, representa algo programado de quem não vivencia a escola e
a educação. É mais um desses modismos determinados pela mercantilização da e para a
educação sem verdadeiramente discutir a relação das mesmas com a proposta político
pedagógica das escolas.
No caso do Ensinar a Ensinar, poderíamos afirmar que os professores envolvidos no
programa de formação PROHACAP, e que estão sendo capacitados após concluírem
seus cursos terão posturas diferentes, pois irão entender melhor suas práticas e as
concepções pedagógicas, pois no próprio processo de formação já estarão realizando
produções de textos e pesquisas monográficas, isso poderá ajudá-los a compreender a
relação entre ensino e pesquisa, no contexto das relações entre formação inicial e
continuada, conseqüentemente ajudará na tomada de consciência do professor.
A ESCOLA COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Escola local onde os
alunos buscam o
aprendizado nas diversas
áreas do conhecimento e
também onde aprende a
viver em sociedade, em
saber qual o seu papel de
cidadão perante a mesma.
Dentro da escola de
ensino fundamental 1ª a 4ª
série, existem dois
momentos em que a criança
brinca: a hora do recreio e a
Educação Física. Fora estes
espaços o brincar passa
despercebido pelos
professores, pois até hoje,
século XXI ainda
encontramos profissionais
da educação que vêem o
brincar de forma pejorativa.
Acreditam de uma certa
maneira que o brincar toma
tempo dos educandos que
seria aproveitado nas outras
áreas do conhecimento. O
PEE – Projeto Ensinar a
Ensinar através da equipe
de Educação Física buscou
inserir e incentivar a prática
do Brincar dentro e fora da
sala de aula, reaalizando as
intervençãoes pedagógicas
com jogos e atividades
lúdicas envolvendo bolsista,
professor e os alunos.
Mrech diz:
Um professor que não sabe e/ou não gosta de brincar dificilmente
desenvolverá a capacidade lúdica dos seus alunos; Ele parte do princípio de
que o brincar é bobagem, perde de tempo. Assim, antes de lidar com a
ludicidade do aluno, é preciso que o professor desenvolva a sua própria. A
capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente
trabalhado.
A Educação Física
sendo área do
conhecimento que trabalha
com movimentos do corpo
realizou durante sua
atuação no PEE, diversas
atividades lúdicas e
recreativas incluindo
atividades interdisciplinares,
onde interagia com as
demais áreas do
conhecimento como
matemática, português e
história. Eram atividades
dinâmicas e recreativas que
levava o aprendizado de
uma determinada disciplina
com satisfação e prazer,
pois não se davam conta
que estavam estudando.
A interdisciplinaridade,
já é bastante popular no
âmbito escolar, porém sua
utilização ainda está um
pouco tímida. No ano de
2003, em capacitações
realizadas pelo PEE em
parceria com a SEMED,
Secretaria Municipal de
Educação, realizaram-se
muitos estudos sobre este
assunto, mostrando como
pode ser implantado e
trabalhado dentro da escola.
O Projeto Ensinar a Ensinar
também realizou muitas
capacitações internas sobre
interdisciplinaridade, uma
delas foi estudado o Projeto
Pedagógico, que consiste
em pequenos projetos
dentro da escola, onde
todas as áreas do
conhecimento participam, ou
seja, todas as disciplina do
currículo escolar.
Segundo Borges e Brito, (2003),
Atividades básicas que sustentaram a ação de formação continuada foram:
1 - Oficinas Pedagógicas
As oficinas pedagógicas foram momentos para capacitação de professor e de
socialização de conhecimentos em conteúdos específicos, decorrentes da realidade
escolar e das comunidades, identificados como forma de crescimento na superação das
dificuldades dos professores em sala de aula e de integração entre eles, possibilitando
aos mesmos o aprofundamento de conteúdos específicos bem como buscar o domínio
das metodologias trabalhadas.
A formação continuada visou o aprimoramento intelectual não só dos professores
da rede municipal de ensino, participantes do projeto, mas também da equipe,
composta por acadêmicos/professores em formação: alunos e professores
universitários dos cursos de Educação Física, Letras, Matemática, Pedagogia,
História e Geografia e técnicos da SEMED (Secretaria Municipal de Educação),
com o intuito de dar suporte a esses segmentos.
Tais oficinas foram sendo reformuladas e adequadas em seus formatos de
acordo com os resultados obtidos e as necessidades apresentadas em
processo, daí as adequações na metodologia e no atendimento por parte da
equipe.
As Oficinas Pedagógicas aconteceram de forma integrada e simultânea em todas as áreas
de abrangência do Projeto, contemplando todos os professores e técnicos das escolas
beneficiadas pelo Projeto Ensinar a Ensinar, distribuídos em blocos de participantes.
Para a sua realização as mesmas eram organizadas passando por um processo
metodológico e didático pensado pela equipe, passando por alguns procedimentos
básicos, tais como: escolha de tema; Planejamento conjunto entre coordenadores,
capacitadores e bolsistas; Simulação (execução prévia da oficina); Execução: Ação direta
dos capacitadores e bolsistas na realização dos trabalhos de capacitação de professores;
Confecção de recursos didático-pedagógicos a serem utilizados na sala de aula, por
professores e bolsistas no processo de ensino e aprendizagem; Discussão e reflexão sobre
a aplicabilidade das metodologias e recursos produzidos nas oficinas e seus
desdobramentos e ainda a Avaliação: realizada de duas formas:
Escrita: Instrumento pré-estruturado e Verbal: Declarações dos professores no
grande grupo sobre a atividade, como forma de socialização das experiências
significativas.
Progressivamente a proposta foi de intensificar a atuação direta do projeto na
escola e nas comunidades, através de intervenções de bolsistas e capacitadores
de forma mais sistematizada e freqüente.
Essa proposta representou um avanço quanto à metodologia que vem sendo construída no desenrolar do projeto
“Ensinar a Ensinar”. Em uma perspectiva de ensino interdisciplinar as referidas áreas desenvolverão nas oficinas
pedagógicas temáticas, dinâmicas, atividades teóricas e práticas de forma integrada.
F1 – Oficina Pedagógica da Equipe de Educação Física
F2 – Oficina Pedagógica de Educação Física na cidade de Novo Horizonte
F3 – Oficina Pedagógica com toda equipe de Formação Continuada
Segundo Brito, (2003)
2 - OFICINAS DE GESTAO ESCOLAR
Foram atividades integradas que tivera como foco:
- O que é projeto político-pedagógico e as bases para sua construção;
- Os papeis social e político da escola;
- Os papeis dos diferentes atores que compõem o universo da escola;
- O indivíduo e o sujeito no processo de construção de um projeto político-
pedagógico.
- Currículo;
- Gestão participativa;
- Trabalho coletivo na escola;
Paralelo a essa atividade de formação de gestores e em função da diminuição
do número de oficinas foi sendo intensificado o acompanhamento pedagógico
nas escolas, por parte dos coordenadores, para sensibilização da comunidade
escolar, por meio de observações e reuniões com o corpo técnico, docente e
administrativo. Nessa oportunidade utilizou-se o registro de campo como
instrumento para acompanhamento e avaliação interna da atividade.
Quanto às reuniões temáticas, as mesmas foram modificadas internamente, em
relação a sua metodologia, sendo incorporadas nas oficinas de gestão, pois as
mesmas eram realizadas com a participação dos gestores das escolas, para
discussão de temas relacionados a gestão e ação pedagógica das escolas.
Para tanto, os supervisores e diretores das escolas estão sendo inseridos nesse
trabalho integrado da linha de formação continuada. Os mesmos passam a serem
entendidos como elementos chave na divulgação, inserção e consolidação das
novas metodologias que vêm sendo desenvolvidas através do projeto “Ensinar a
ensinar”.Tais aspectos vislumbram também a construção e consolidação dos
projetos político-pedagógicos das escolas.
E nas oficinas de Gestão foram trabalhadas as seguintes temáticas:
Projeto de escola; Planejamento; Gestão de ensino e aprendizagem, e Avaliação.
Para o desenvolvimento de cada um dos temas geradores, foram posteriormente selecionados conteúdos específicos,
dinâmicas e textos, explorados pelas diferentes áreas, tendo como temas norteadores para as Oficinas
Interdisciplinares: 1ª Oficina: A questão do gênero no espaço escolar; 2ª Oficina: Resolução de problemas em sala de
aula; 3ª Oficina: O lúdico e a construção do espaço.
3 - MINI-OFICINAS
O processo de formação continuada de professor desenvolveu-se através de
atividades pedagógicas interligadas entre si: oficina pedagógica, intervenção
pedagógica e as mini-ofícinas pedagógicas.
As atividades designadas de mini-oficinas se caracterizaram pelo
atendimento pontual das necessidades do grupo de professores de cada escola,
onde ocorriam as intervenções pedagógicas, prevalecendo o intercâmbio de
experiências significativas entre o grupo e a construção de novas aprendizagens.
Nas mini-oficinas que ocorriam direto na escola, os professores sentiam-se
mais à vontade e confiantes para expor as suas dificuldades conceituais e de
domínio de conteúdo escolar. Assim, essa atividade pedagógica teve por
finalidade o atendimento específico ao professor no seu local de trabalho.
O momento da mini-oficina era vivenciado em conjunto pelo grupo de professores da
escola, pela participação dos bolsistas e a coordenação ficava a cargo do capacitador ou
capacitadora das áreas de atuação do projeto, com apoio da equipe de bolsista já
integrados na escola.
Os bolsistas também foram beneficiados, por essas atividades, pois a partir
do momento em que visualizam uma situação problema da sala de aula, junto ao
professor, conseguem num trabalho integrado com o capacitador pensar em
propostas para solucioná-la, eles efetuam a tão sonhada relação entre a teoria e a
prática educativa.
O professor em formação fez acontecer na sala de aula, com seus alunos, a
culminância desse processo, ou seja, no ofício de mestre, desenvolveu a
capacidade de construir novos conhecimentos.
4 – Aspectos Metodológicos das Mini-oficinas
Segundo Borges, Brito e Mendonça (2003), refere-se aos aspectos metodológicos das
mini-oficinas, da seguinte forma:
As mini-oficinas ocorreram sempre nas escolas e os temas das mesmas seguiram
duas direções: a primeira, a partir da necessidade e reivindicação da escola; e a
segunda direção é estabelecida conforme a programação do Plano de Ação, para
todas as áreas de atuação do projeto.
O projeto Ensinar a
Ensinar contemplou também
dentro de suas ações de
formação de professores a
incorporação na dinâmica
escolar da dimensão lúdica
como rotina de um fazer
pedagógico enfatizado pela
área de Educação Física
onde o prazer do brincar por
brincar foi valorizado e
incentivado pelos
professores e equipe técnica
da escola, acreditando que
o brincar, como
manifestação do prazer,
oportuniza o equilíbrio
biopsicossocial daquele que
o vivencia, resultando,
portanto, em qualidade de
vida e saúde.
No processo de
capacitação procurou-se
resgatar a dimensão lúdica
em brincadeiras nas aulas
de recreação e jogos das
escolas vinculadas ao
projeto, buscando a
consolidação do brincar
dentro da escola, e para
tanto foi contemplada a
realização e vivência prática
de jogos e brincadeiras
interativas em oficinas, mini-
oficinas, intervenções e
outras modalidades de
construções estabelecidas
no modo sócio-interacionista
de relacionar, nas quatro
áreas de atuação. Foi
identificado o propósito da
consolidação do lúdico na
ação didática do professor
como uma das ações mais
importantes dirigidas ao
pleno desenvolvimento da
criança.
Essas práticas pedagógicas encontram-se sustentadas em bases teóricas sócio-
interacionista e na prática reflexiva, permitindo-se também identificar as práticas dessas
ações numa perspectiva teórica Interativa-reflexiva, o que naturalmente sustenta ainda as
ações de intervenções pedagógicas, descritas a seguir.
5 – E sobre Intervenções pedagógicas afirma que:
E, ainda de acordo com Borges, Brito e Mendonça (2003):
A intervenção pedagógica se caracterizava pela atuação direta dos bolsistas, com o
acompanhamento do capacitador visando identificar as dificuldades de ensinar do
professor e de aprender do aluno, em relação aos conteúdos já diagnosticados, com a
proposta curricular das escolas e as manifestações dos professores.
Essas atividades tinham como objetivo intervir no processo ensino/aprendizagem
através da interação entre capacitadores, bolsistas, professores e alunos buscando a
integração teórica e prática dos conteúdos escolares.
Esta relação se fortalecia a partir das oficinas e do planejamento conjunto com os
professores nas escolas, de forma integrada com os alunos, propiciando a integração
entre os aspectos teóricos e práticos trabalhados nas atividades propostas pelo Projeto
nas Oficinas, buscando contribuir de forma direta e significativa com a melhoria do
processo ensino-aprendizagem.
O plano de trabalho dos bolsistas dava-se através de orientação dos capacitadores,
levando-se em consideração: o planejamento com o professor tendo como base seu
plano de trabalho; os Parâmetros Curriculares Nacionais; a interdisciplinaridade como
alternativa para a conquista da totalidade do fazer pedagógico; a utilização do lúdico em
sala de aula como forma de se valorizar as habilidades dos alunos quanto ao ouvir, falar,
ler e escrever, numa perspectiva de ação dialógica entre professor e aluno; o processo de
alfabetização e o respeito aos ritmos diferentes de aquisição das habilidades de leitura e
escrita; a formação de professores e alunos como leitores e produtores de texto; a prática
reflexiva; a valorização da auto-estima de professores, alunos e equipe do projeto.
Em resumo esse processo se dava da seguinte forma:
Planejamento conjunto professor/bolsista na escola, visando compatibilizar as dificuldades
dos professores em relação aos conteúdos já diagnosticados, com a proposta curricular
das escolas; Reuniões semanais para planejamento conjunto entre coordenação
pedagógica, capacitadores e bolsistas, que consistia no momento de definição e
discussão dos conteúdos e estratégias a serem trabalhadas nas escolas; Atuação direta
do bolsista em sala de aula 02 vezes por semana, numa ação conjunta com o professor e
os alunos, na efetivação prática dos conteúdos propostos nas oficinas.
As intervenções pedagógicas foram avaliadas a partir de quatro procedimentos:
a) Registros de campo elaborados pelos bosistas;
b) Socialização dos resultados desses registros;
c) Por meio de declarações do professores;
d) Diretores e supervisores, quando do acompanhamento técnico pedagógico
realizado nas escolas.
Para o alcance dos objetivos das intervenções, o estabelecimento de relações entre teoria
e prática pedagógica foi indispensável além do planejamento integrado entre bolsista,
capacitador e a escola, o envolvimento direto da liderança da escola neste processo.
Esta atividade oportunizou a professores e bolsistas, um intercâmbio de
conhecimentos sobre os saberes necessários à prática docente, além de ter
contribuindo significativamente para a construção de situações concretas de
ensino e aprendizagem, que permitam uma maior integração e participação dos
professores e alunos no processo, de modo que os mesmos compreendam cada
vez mais a intencionalidade desse trabalho e perceba nele a necessidade e
possibilidade de construção e aperfeiçoamento de práticas pedagógicas, que
viabilizem a melhoria da aprendizagem de seus alunos. Os registros sobre esta
atividade na escola, ainda nos remetem, a algumas preocupações inerentes ao
processo de execução das ações desenvolvidas e que, portanto, precisam ser
consideradas, por ambas as equipes. Dentro dos quatros procedimentos foram
desmembrados outros sete, como fatores essências:
1.Planejamento prévio das atividades como instrumento norteador, orientador,
sistematizador e facilitador da prática escolar e do Projeto.
Nesse sentido, e visando desenvolver um trabalho de qualidade e obter bons
resultados tornou-se importante que tanto no projeto quanto na escola o
Planejamento fosse compreendido como instrumento norteador da nossa prática
diária, e que para tanto nos oriente sobre o que fazer? Para quem e com quem?
Como fazer? Onde e quando? Baseado em que referencial? Que resultados se
pretende alcançar? Quais os recursos necessários.
2.Acompanhamento efetivo e sistemático das atividades desenvolvidas nas
intervenções como oportunidade de se discutir a escola, sua função, finalidade, o
trabalho que desenvolve, seus objetivos e metas, e a atuação de cada ator envolvido
nesse processo, a eficácia e os resultados produzidos, bem como o grau de satisfação
dos parceiros e beneficiários.
Assim, sentia-se a necessidade de discutir a escola, sua função social, sua finalidade, o
trabalho que desenvolve seus objetivos, as principais metas, os diferentes atores e suas
atuações, principais processos que desenvolvem, os resultados que produz, o grau de
satisfação dos parceiros e beneficiários.
3.Estabelecimento de um vínculo de confiança entre os diferentes atores envolvidos
no processo de formação continuada, no Projeto e na escola, que tem exigido além de
habilidades, algumas atitudes comportamentais que favoreçam uma relação harmoniosa e
recíproca entre quem ensina, aprende, constrói, soma e troca experiências.
4.Compreensão do desenvolvimento profissional como necessidade permanente:
Neste aspecto procuramos entendê-lo como condição fundamental para quem está
diretamente envolvido com as atividades de formação na perspectiva de construção de
conhecimentos, principalmente de quem ensina, o que significa buscar continuamente
conhecimentos sobre os saberes e competências necessários para uma prática
pedagógica que incida na construção de aprendizagens significativas.
5.Estabelecimento de uma prática educativa compartilhada coletiva: neste aspecto, o
enfoque é para a realização de uma ação educativa que possibilite e valorize a
construção de um trabalho conjunto, mais consistente e participativo, além da
socialização das experiências vivenciadas na escola com vista ao fortalecimento do grupo
e ampliação do espaço de reflexão e discussão sobre o trabalho desenvolvido e as
intervenções necessárias para melhorá-lo de forma compartilhada.
6.Organização de situações de ensino que favoreciam a aprendizagem efetiva dos
alunos: Esse significou o ponto mais desafiador desse processo de formação para ambas
as equipes (Projeto e Escola), a ênfase no pensar, ser e fazer pedagógico na escola, no
sentido de chamar a atenção e sensibilizar o professor para que entenda que o ato de
ensinar vai além da transmissão de conteúdos e administração de técnicas e métodos de
ensino, exige dele muitas vezes conhecimentos, competências, habilidades e
principalmente atitudes que lhe possibilite o desenvolvimento de uma prática centrada nas
reais necessidades de seus alunos e conseqüentemente na concretização de um trabalho
eficiente e eficaz.
Nesse sentido busca-se nas atividades de formação do professor enfatizar qual o papel
do professor na escola, quais os processos didáticos que orientam a sua prática diária,
que saberes e competências são necessárias para efetivação de um trabalho que tem
como foco a aprendizagem do aluno e a construção de uma escola melhor.
7. A integração da escola com a família e a comunidade: este ponto, aliado a
formação continuada, foi considerado pela equipe do Projeto como fundamental, a ser
inserido na proposta da escola, pois além de permitir uma participação mais efetiva dos
pais nos processos decisórios da escola possibilita também a sua integração com os
professores e conseqüentemente sua interação nesse processo de desenvolvimento da
vida escolar de seus filhos.
8 - Inter-relação entre oficinas e intervenções pedagógicas
As ações das oficinas e intervenções, ainda que postas de formas distintas, se
constituíram e ganharam sentido na caracterização de inter-relação entre elas,
com base na teoria e no fazer pedagógico, pois há uma complementaridade nas
ações específicas das mesmas.
Na oficina o enfoque está direcionado na atuação dos capacitadores com a
participação dos bolsistas, os quais ao mesmo tempo em que auxiliam os
capacitadores, estão sendo capacitados em processo de formação. Por sua vez, a
intervenção tem o enfoque na ação do bolsista, integrado com os professores da
rede municipal de ensino, sob a orientação e o acompanhamento dos
capacitadores. Assim sendo, as ações podem ser entendidas como específicas,
porém requer a necessidade de serem executadas de formas interligadas, pois, a
metodologia de uma exerce influência significativa sobre a outra e se
retroalimentam em termos de temáticas e conteúdos.
9 - Seminários
Os seminários eram considerados como atividades integradoras das ações e das
linhas de trabalho do projeto; de fortalecimento das relações entre oficinas e
intervenções, bem como entre as equipes do projeto e as equipes das escolas,
onde acontecem as intervenções pedagógicas, e os técnicos da secretaria
municipal de educação; da relação entre escola e comunidade. Tinha como ponto
de partida a compatibilização das ações promovidas pelo projeto com as
necessidades e disponibilidades dos segmentos atendidos pelo mesmo, de forma
conjunta e integrada.
Tal procedimento caracterizava-se como mecanismo de sustentação para
viabilização das atividades previstas pelo projeto, na perspectiva de assegurar o
bom andamento e resultados significativos a partir das ações propostas.
10 - Reuniões Temáticas
Estas foram atividades destinadas à capacitação da equipe pedagógica do
projeto Ensinar a Ensinar, bem como dos diretores e supervisores das escolas
com intervenção pedagógica e a técnicos da secretaria municipal de educação, ou
seja, o mesmo grupo que participa dos seminários, por meio de estudos de temas
específicos, com vistas ao nivelamento e aprofundamento teórico das equipes em
assuntos relacionados à formação continuada de professores e prática docente.
As mesmas eram intercaladas com as oficinas e seminários. Posteriormente,
destas atividades nasceram as oficinas de Gestão escolar.
11 - Acompanhamento técnico pedagógico
Atividades que se constituíram em atividades pontuais e regulares da
coordenação e dos capacitadores, como forma de verificar, dialogar e apoiar as
equipes e as escolas, no sentido de se buscar alternativas direto na escola, com a
própria escola.
12 - Consultoria
Atividade de apoio técnico e pedagógico, executada por pessoas de fora do
contexto do projeto, como forma de apoiar e capacitar em especial a equipe para a
condução do projeto.
Estas foram prestadas periodicamente, sendo direcionadas para as áreas: organizacional;
formação de professores; currículo e Construção de projeto político pedagógico.
13 - Avaliação Para todas as atividades e etapas do projeto foram utilizados instrumentos avaliativos,
tanto de forma interna pelas linhas de atuação como de forma externa por uma equipe de
consultoria.
Esse processo avaliativo interno foi estruturado a partir dos seguintes procedimentos:
Registros de avaliação das atividades, pela equipe e pelos participantes;
acompanhamento técnico pedagógico; registros de campo; registros de visitas e
socialização das atividades e experiências significativas.
E o processo avaliativo externo se constituiu em avaliação participativa e integrada;
acompanhamento das ações In loco; entrevistas a grupos focais; aplicação de
questionários a professores, alunos, diretores, coordenação, capacitadores e bolsistas do
projeto, às instituições parceiras e às comunidades.
Os contatos eram mantidos por telefone, e-mail e direto com a equipe do projeto,
por meio de visitas locais e de capacitação da mesma em avaliação de projetos
institucionais e educativos-sociais
DEMOSTRATIVO DE ATENDIMENTO DA FORMAÇÃO CONTINUADA EM 2003
E 2004.
1- ATENDIMENTO GERAL DA FORMAÇÃO CONTINUADA
Atendimento Quantidade
Intervenção 1200
Oficinas 32
Mini-oficina 80
Seminário 03
Reunião temática 04
2- CAPACITAÇÃO
Atendimento Quantidade
Escolas 53 (indireta)
Escolas 10 (direta com intervenção)
Professores 165
Alunos 10.890
Supervisores 09
Diretores 06
Bolsistas (acadêmicos da UNIR) 15
Acadêmicos de Pedagogia 10
3- ATENDIMENTO E ATIVIDADES DA ÁREA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Atendimento Quantidade
Intervenção 240
Oficinas 08
Mini-oficinas 20
Escolas 05
Alunos 644
Além das atividades elaboradas dentro do Plano de Ação, os bolsistas da área de
Educação Física criaram e implantaram uma Oficina de Relação Interpessoal e auto
estima especificamente para Escola. Esta oficina teve um sucesso inesperado fazendo
com que a equipe de Educação Física percorresse todas as Escolas atendidas pela
Equipe de Educação Física.
CAPÍTULO II
Educação Física na Escola e no contexto do Projeto
Entre as áreas do conhecimento que faziam parte deste Projeto, a Educação
Física será abordada de maneira diferenciada das demais, pois foi à base deste
estudo.
De acordo com LDB (Lei de Diretrizes de Base da educação Nacional), nº 9394/96,
estabelecida pelo MEC, a Educação Física deverá estar integrada a proposta pedagógica
da escola devendo propiciar o domínio de competência que permite pleno
desenvolvimento do educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania.
A Educação Física escolar, caracterizada pelo conjunto de atividades educativas
que visam criar o gosto e o hábito do exercício físico regular, assume formas específicas
de acordo com a população a que se destina (Proposta Pedagógica – Atividades Físicas,
Brincando e Aprendendo – Governo do Estado de Rondônia de Rondônia – DEF –
SEDUC, 1999)
A Educação Física traz uma proposta que procura democratizar, humanizar e
diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar, de uma visão apenas
biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e
socioculturais dos alunos. Incorpora, de forma organizada, as principais questões que o
professor deve considerar no desenvolvimento de seu trabalho, subsidiando as
discussões, os planejamentos e as avaliações da prática da Educação Física nas escolas.
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física/ Secretaria de Educação
Fundamental – Brasília: MEC/SEF,1997).
Como componente do currículo escolar, esta área trabalha com objetivo de
ajudar o educando em seu desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. Seu
espaço dentro da escola de ensino básico é de suma importância.
Dentre os vários campos que a Educação Física atua, a escola é o lugar com uma
amplitude de conhecimento e experiências a se adquirir. Na escola o professor observa,
participa e atua de maneira integral, com corpo, alma e sentimento, buscando ensinar e
aprender com seus educandos.
Segundo a Carta Brasileira de Educação Física, 2000: Educação Física de Qualidade na Escola
Para que o Brasil tenha uma Educação Física de Qualidade nas escolas, é indispensável que:
a) Seja obrigatória no ensino básico (infantil, fundamental e médio), independentemente de termos e circunstâncias dos alunos, fazendo parte de um currículo longitudinal ao longo da passagem dos alunos pelas escolas;
b) Intergre-se com as outras disciplinas na composição do currículo escolar;
c) Seja dotada de instalações e meios matérias adequados; d) Tenha práticas esportivas e jogos em em seu conteúdo, sob a forma de
Esporte educacional, que ao não reproduzir o esporte de rendimento escolar, deve apresentar-se com regras específicas que permitam atender a princípios sócio-educativos;
e) Possibilite ao aluno uma variedade considerável de experiências,
vivências e convivências no uso de atividades físicas e no conhecimento de sua corporeidade;
f) Constitua-se num meio efetivo para conquista de estilo de vida ativo dos seres humanos.
No Projeto Ensinar a Ensinar a Educação Física fez parte de um contexto
educacional, onde o lúdico era levado para sala de aula de forma prazerosa e
interdisciplinar, manifestando maior interesse dos alunos pelos conteúdos trabalhados,
como forma de facilitar a aprendizagem e ainda o prazer do Brincar por Brincar. Unia-se
com as demais áreas do conhecimento como matemática, português, história e geografia
para intensificar o aprendizado dos alunos. Com os professores de sala a havia uma
troca, onde os bolsistas alunos universitários levavam o conteúdo teórico adquirido na
academia, em troca da experiência que a maioria dos professores tinha, e assim era
firmado pacto entre eles, enriquecendo a metodologia de trabalho.
Mendonça, 2003 afirma que:
O projeto Ensinar a Ensinar através da equipe técnica de Educação Física,
não se propõe a capacitar, treinar e/ou habilitar de nenhum modo os professores
das escolas vinculadas ao projeto a assumirem os conteúdos e funções atribuídas
em Lei ao Educador Físico. A presença e as ações, sempre que referidas da
equipe técnica de Educação Física do projeto Ensinar a Ensinar estará vinculadas
a conquista do lúdico na escola. Vincularemos esta conquista, ao estímulo que a
escola pode proporcionar, ao garantir e reconhecer, que o professor de ensino
fundamental ao inserir o brincar em sua ação didática, como ação preventiva de
saúde, contribuirá para o desenvolvimento global da criança, e portanto
contribuindo para o processo amplo em que se pode compreender à
aprendizagem. Estávamos oportunizando a toda criança, vivenciar a sua infância
com muita brincadeira. Brincadeiras que obrigatoriamente representavam
sensações de prazer; prazer que representa ainda hoje alegria de fazer; de
descobrir e descobrir-se. Deste modo, lúdico era reconhecido na escola
determinado pelo brincar. Assim, a importância do prazer do espaço destinado ao
prazer do brincar na escola podia ser assumido por todo e qualquer profissional
que estivesse comprometido com o desenvolvimento biopsicossocial da criança.
Estávamos resgatando um espaço e tempo, que outrora naturalmente as crianças
de nossos antepassados tinham fora da escrita, ou seja, no campo, na rua, de
brincar por brincar. É este o objetivo do desenvolvimento lúdico na escola. Dentro
desta compreensão, o caminho que foi proposto dentro da perspectiva sócio-
interacionista era o de inicialmente capacitar e selecionar os candidatos a
bolsistas em Educação Física dentro desta perspectiva do vivenciar o brincar na
escola como fator de saúde. Estando a equipe composta, foram promovidas
oficinas e mini oficinas nas escolas e acompanhamentos individuais com os
professores em uma ação interativa, onde a vivência e reflexões sobre sua história
de vida passou ser contemplada no resgate dos registros das permissões e
proibições do brincar instituídos ao longo de suas vidas.
Foi avançado nos encontros pedagógicos (mini oficinas) e intervenção, de
modo a compreender através de ações conjuntas com os alunos, as brincadeiras
comuns da escola, da turma, do bairro, dos pais das crianças, da cidade de Porto
Velho, do Estado de Rondônia.
Nos propomos a responder que componentes lúdicos da cultura escolar,
familiar, religiosa e regional existem e podem ser estimuladas na rotina do brincar
dentro da escola. Constituído o lúdico, o brincar como parte da ação didática do
professor, a ação da Educação Física foi o de promover o planejamento de
atividades lúdicas apropriadas para o espaço interno da sala de aula e para o
espaço exterior. Foi incluído na programação do planejamento conjunto, a
preservação da memória nacional através da inclusão de jogos, brincadeiras,
danças, do folclore regional e nacional, Integrar as brincadeiras que retratem toda
forma de manifestação artística e cultural.
As oficinas interdisciplinares foram planejadas em conjunto com as áreas de
português, matemática, geografia e história de modo à inter-relacionar uma com a
outra. Dentro dessa perspectiva escolhemos três temas geradores:
1ª Oficina: A questão do gênero no espaço escolar;
2ª Oficina: Resolução de problemas em sala de aula;
3ª Oficina: O lúdico e a construção do espaço.
Assim a Educação Física foi trabalhada dentro do PEE. Buscou através de
suas atividades mostrar a importância do Brincar e do Lúdico dentro da Escola
levando ao aluno a sentir e descobrir sua corporiedade deixando-os firme quer
seja no aspecto motor, emocional e psicosocial. Isto é a Educação Física, levada
a sério e trabalhada com compromisso no ambiente escolar.
CAPÍTULO III
Aspectos Gerais do Brincar, do Jogo e do Lúdico na Escola
Desde a criação do mundo a brincadeira faz parte do cotidiano do ser humano até
mesmo dos animais. Em 1612, Vives - Tratié de l’ enseignement, apud Brougére
(1993:108), fala do jogo que é bem distinto da brincadeira, como meio de expressão de
qualidades espontânea ou natural da criança, como recriação, momento adequado para
observar a criança, que expressa através dele sua natureza psicológica e inclinações.
O brincar contribui de forma significativa para o desenvolvimento do homem, pois a
brincadeira o leva a se movimentar, raciocinar e extravasar suas emoções contribuindo
assim para eficiência e o equilíbrio do adulto. Porém há autores que discordam desta
afirmativa; Bousquete (1986) diz que jogo e escola nunca se combinaram bem. Ao
contrário dele os maiores pedagogos (de Platão a Schiller e Rousseau) sempre afirmam
que o jogo é o método de aprendizagem mais eficaz para criança.
Para Borges, 2003
O brincar é algo intrínseco à vida de toda criança, seja de maneira livre ou
sistematizada; é um processo que se vai desenrolando em seu curso, no tempo e
no espaço, e no qual estão contidos aspectos físicos, emocionais e mentais, de
forma individualizada ou combinada. O processo se determina, via de regra, pelas
variáveis de personalidade de cada criança. O brincar decorre de sua criatividade,
não sendo a interferência do adulto sempre desejável, por não expressar
exatamente o que ela imagina ou deseja. Daí a importância de se oferecer, na
escola, atividades em cujo desenvolvimento as crianças tenham a possibilidade de
participar. Além disso, tais atividades precisam abrir-se para outras possibilidades
de brincar.
Johan Huizinga (1980) diz que “as crianças e os animais brincam porque gostam de
brincar, e é precisamente em tal fato que reside a sua liberdade”.
Winnnicott (1965) “coloca o brincar como uma área intermediária de experimentação
para a qual contribuem a realidade interna e externa”.
O homem é o único animal que nos seus primeiros anos de vida, depende de uma
outra pessoa para sobreviver, isto é, ter cuidados e necessidades básicas, e entre elas
está brincar, que permite a ele vivenciar experiências agradáveis e significativas
contribuindo para sua formação fisiológica e social.
Em muitos países do extremo oriente como o Japão e a Coréia do
Sul, as crianças não têm tempo para brincar. Um dia típico começa
ás sete horas; ás oito estão na escola e trabalham duro até as duas,
com vinte minutos de intervalo para refeição. Em casa, duas horas
para as tarefas escolares até as sete; depois têm aulas particulares
até as dez. Em seguida, mais uma hora de lições de casa antes de
ir para a cama. Muitas crianças não podem ver televisão nem têm
tempo livre. Devida toda esta pressão, registram-se casos de
suicídios aos 16 anos de idade, Bakyayta (200: 60).
O Japão por ser um
país que zela pela sua
cultura, leva tão a sério tudo
que faz, que em alguns
momentos acaba
esquecendo que as crianças
podem e devem ter um
momento de lazer.
Brincar é tão
importante quanto estudar,
ajuda a esquecer momentos
difíceis. Quando brincamos,
conseguimos sem muito
esforço encontrar respostas
a várias indagações,
podemos sanar dificuldades
de aprendizagem, bem
como interagirmos com
nossos semelhantes (Maluf
,2003-pág.19).
No trabalho realizado
no projeto Ensinar a Ensinar
a equipe de Educação
Física no ano de 2003/2004,
se propôs a levar o jogo e a
brincadeira para sala de
aula de forma que os alunos
ficassem estimulados a
estudar os conteúdos do
currículo e os professores,
preocupados ainda em
despertar o interesse do
brincar por brincar dentro da
escola.
Mendonça 2003, diz:
VIVENCIANDO O LÚDICO
O projeto Ensinar a Ensinar
através da área de
Educação Física se propôs
a uma re-construção do
brincar na vida dos bolsistas
e escola (professores,
alunos e equipe técnica). E
para tanto ao longo dos
planejamentos, execuções,
acompanhamentos,
intervenções, mini oficinas,
oficinas entre outras ações
foram construídas de forma
interativa, considerou de
profunda significância, que
os aspectos abaixo
relacionados fossem
incorporados a práxis
pedagógica:- A importância
do prazer no brincar está
sempre vinculado com a
disponibilidade que os
adultos importantes no
contato direto com a criança
oferecem para que criança
possa escolher seu
brinquedo, as regras do
brincar, o local para a
brincadeira e com quem
brincar. É importante que a
criança possa ser
desculpabilizada de ser
“infantil”.- Compreender o
significado do brincar no
momento de disponibilizar o
brinquedo, o espaço, e o
tempo para criança.
Acompanhar cada
criança na sua habilidade e
dificuldade de execução da
brincadeira.- Ajudar a
criança (não é fazer por ela)
a encontrar as respostas
para suas dúvidas
facilitando com outros
brinquedos e/ou convidando
outra criança a partilhar da
ajuda.- O educador de
criança, não se cansa em
promover o prazer, a alegria
do brincar. - Lembrar que as
regras no brincar sempre
são mais acertadas,
coerentes, justas, e a
garantia de equilíbrio da
criança do que ela pensa,
sente, e é capaz de
executar, quando é ela, a
criança que estabelece os
parâmetros do que pode e
não pode fazer. - O
educador de criança na
escola é um participante
ativo, isso significa dizer que
ele brinca com a criança, e
não para a criança. Ele
precisa se envolver na
relação da criança com seu
brinquedo no sentido de
facilitar os caminhos que
estão bloqueados para a
criança seja por sua
imaturidade motora, afetiva,
social.
CAPÍTULO IV
A PESQUISA
PROCEDIMENTOS METOLÓGICOS DA PESQUISA
Com um enfoque de uma pesquisa ação, este trabalho teve como objetivo,
investigar o espaço do lúdico na escola, através de uma experiência construída. Este
estudo teve como base, o trabalho realizado no Projeto Ensinar a Ensinar - PEE no
período 2003/2004, pela equipe de Educação Física. As populações atendidas foram
alunos e professores das escolas rurais, ribeirinha e periférica urbana do município de
Porto Velho. Diretamente com as escolas Estela Compasso,Nacional,Rio Guaporé, Rio
Madeira e Vista Alegre.
No Projeto Ensinar a Ensinar trabalhava-se com a metodologia sócio-interacionista e
reflexiva, onde trabalhava interdisciplinaridade, tendo como tema geral “O Lúdico no
Processo Ensino Aprendizagem na Escola”. Realizava capacitação interna e externa,
através de seminários, oficinas, mini-oficinas, intervenção pedagógica, acompanhamento
e avaliação. O projeto didático adotado pela área de Educação Física teve como temas:
- O lúdico e a construção do espaço.
- As transformações históricas do conhecimento escolar matemática, português, história,
geografia e Educação Física.
- As diferentes formas de linguagem existentes na escola.
A equipe de Educação Física composta por três bolsistas (alunos da
Universidade Federal de Rondônia) e um capacitador (professor mestre da mesma
instituição) realizavam um trabalho sincronizado onde a equipe se reunia uma vez
por semana para discutir os temas abordados, problemas encontrados na
intervenção e planejamento de futuras ações. A equipe tinha apoio pedagógico
dos coordenadores e dos outros professores das demais áreas, através de
capacitações internas, que eram realizadas no núcleo do projeto, onde eram
estudado temas referente ao currículo e ao ambiente escolar.
No ano de 2003/2004 a equipe de Educação Física elaborou um planejamento anual
com todas as atividades que iriam ser trabalhadas no decorrer do mesmo, onde
designaram como “Plano de Ação”.
O planejamento foi feito com base nas datas comemorativas juntando-se ao
calendário escolar; e também atividades paralelas como a construção da caixa de
pandora (caixa com implementos para teatro), para pudesse trabalhar o teatro e
expressão corporal utilizando-se também os conteúdos do currículo.
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS
MATERIAL E MÉTODOS
Plano de Trabalho apresentado pela equipe de Educação Física
PLANO DE AÇÃO 2003
Área: Educação Física
Capacitador: João Guilherme Rodrigues Mendonça
Bolsistas: Hely Cristian Leão Lima, Josinéia Araújo Rodrigues, Rosa de Luz
Ambrósio dos Reis Miranda Sá e Yong Bruno Garcias Menezes.
APRESENTAÇÃO
O Projeto Ensinar a Ensinar contempla dentro de suas ações a Área de Educação Física. Esta se propôs a incorporar
na dinâmica escolar a dimensão lúdica como rotina de um fazer pedagógico onde o prazer do brincar por brincar é
valorizado e incentivado pelos professores e equipe técnica da escola. Acreditamos que o brincar, manifestação do
prazer, oportuniza o equilíbrio biopsicossocial daque
que o vivencia, resultado, portanto, em qualidade de vida e saúde.
No ano de 2002 os objetivos específicos da área de Educação Física
foi o de resgatar a dimensão lúdica em brincadeiras nas aulas de recreação e
jogos das escolas vinculadas ao projeto. Iniciamos a consolidação do brincar
dentro da escola, e para tanto contemplamos a realização e vivência prática de
jogos e brincadeiras interativas em oficinas, mini-oficinas, intervenções e outras
modalidades de construções estabelecidas no modo sócio-interacionista de
relacionar. Identificamos o propósito da consolidação do lúdico na ação didática do
professor como uma das ações mais importantes dirigida ao pleno
desenvolvimento da criança. Nesse sentido estabelecemos como uma meta o
estabelecimento do dia do brinquedo que se realiza pelo menos uma vez por mês.
Nesse ano de 2003, tinha como pretensão de consolidar
efetivamente a dimensão lúdica nas escolas vinculadas ao projeto; procurando
incorporar ao calendário das escolas o dia do brinquedo para cada sala de aula.
Estávamos empenhados também como meta, em uma perceptiva interdisciplinar,
prioritariamente com a área de letras, implementando, ampliando e estimulando a
comunicação e expressão em múltiplas manifestações em uma perspectiva lúdica.
Para tanto, nos utilizaremos às datas comemorativas elencadas pelas escolas
como prioritárias; promoveremos e estimularemos diferentes modalidades de
interpretação; incentivaremos a compreensão e admiração do teatro e cinema
como modalidades de arte e entretenimento bem como a promoção da realização
por parte das crianças de encenações no palco e no vídeo. Nesse último ano de
atuação do projeto Ensinar a Ensinar, a equipe se empenhou em ampliar
quantitativa e qualitativamente toda forma de entretenimento e ludicidade na rotina
escolar das crianças do ensino fundamental. Nesse sentido, os professores das
escolas atendidas poderão contar com o apoio técnico da área de Educação
Física através das intervenções, oficinas, e outras modalidades de atuação
construídas com os professores das diferentes escolas e prioritariamente através
das mini-oficinas. Estas se mostraram no ano anterior como um recurso que falou
mais de perto aos interesses das escolas.
OBJETIVO GERAL DA ÁREA DO CONHECIMENTO:
EDUCAÇÃO FÍSICA:
Oportunizar o intercâmbio entre a equipe da Área de Educação Física do projeto
Ensinar a Ensinar e o professor do ensino fundamental dentro de uma dinâmica
sócio-interacionista, de modo a gerar um ensino de qualidade onde o lúdico é
contemplado pela escola.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ÁREA DO CONHECIMENTO:
EDUCAÇÃO FÍSICA
1. Consolidar a rotina semanal de tempo destinado a atividades lúdicas na
escola.
2. Consolidar o brincar na ação didática do professor, como ação preventiva
de saúde, contribuindo para o desenvolvimento global da criança.
3. Consolidar o brincar no projeto pedagógico dentro de uma rotina de tempo
destinado a este propósito.
4. Auxiliar o processo de planejamento do professor na implementação do
lúdico na escola.
5. Auxiliar a escola no planejamento institucional de implementação do lúdico
na escola.
6. Consolidar as ações lúdicas voltadas para atividades dentro e fora da sala
de aula.
7. Garantir e incentivar a preservação dos jogos e brincadeiras da
comunidade escolar envolvida no projeto.
8. Implementar em uma perspectiva interdisciplinar a comunicação e
expressão em uma dimensão lúdica.
9. Incentivar a compreensão e admiração do teatro e cinema como
modalidades de arte e entretenimento.
10. Implementar diferentes modalidades de interpretação como teatro e
cinema.
11. Implementar ações lúdicas de valorização dos jogos populares e do
folclore brasileiro.
12. Implementar oficinas específicas em Educação Física com temáticas
vinculadas aos objetivos acima e/ou provenientes de temas surgido das
intervenções.
13. Implementar em ação interdisciplinar, oficinas pedagógicas.
Temas de Oficinas Interdisciplinares:
1ªOficina: O lúdico e a construção do espaço.
2ª Oficina: As transformações históricas do conhecimento escolar (matemática,
história, geografia, língua portuguesa e educação física).
3ª Oficina: As diferentes formas de linguagens existentes na escola.
PLANEJAMENTO DO ANO DE 2003
PLANO DE AÇÃO:
EDUCAÇÃO FÍSICA – Ensinar a Ensinar
JANEIRO: Capacitação Interna dos bolsistas.
FEVEREIRO e MARÇO: Participação dos bolsistas no planejamento das
escolas.Incentivo a comemoração ao dia do carnaval.Confeccionar máscaras e
fantasias com professores e crianças.Organizar bailes de carnaval e desfiles de
fantasias.Campanha de aquisição de material alternativo para feira do brinquedo
(realização em agosto).
ABRIL:Incentivo a comemoração a Semana Santa e Páscoa: atividade de caça ao
tesouro.Incentivo a comemoração ao Dia do Índio:Atividade de expressão
corporal.Confecção de instrumentos musicais para a dança do índio.Estimular a
expressão musical e rítmica através de danças.Implementar atividades de
interpretação através das diferentes rotinas dos povos primitivos.Construir aldeia
como cenário.Implementar jogos dos povos tradicionais.Implementar em cada
escola uma caixa de fantasias para uso das atividades de expressão corporal e
teatral.
MAIO:Campanha de aquisição de material alternativo necessário para a
programação da Amostra de brinquedo de agosto.Concluir em todas as escolas a
caixa de fantasias.Implementar atividades de música/dança/expressão corporal,
Implementar atividades de teatro.
JUNHO:Campanha de aquisição de material alternativo necessário para a
programação da Amostra de brinquedo de agosto.Mostra de teatro: concluir e
executrar com os alunos peças, encenação teatral.Incentivo a comemoração as
festa juninas.Implementação das danças juninas.
JULHO:Implementação de confecção de pipas.Implementação do festival de
pipas.Resgate das Brincadeiras e jogos populares.
AGOSTO:Implementar danças populares e do folclore brasileiro.Implementação
do teatro de lendas.Implementação da mostra de brinquedos.Visita ao
cinema.Incentivo a comemoração do dia da árvore: atividades lúdicas e o meio
ambiente.
SETEMBRO:Implementação de dramatizações.Implementação de um curta
metragem.Incentivo a comemoração do dia da Independência: Criar desfiles na
escola / Constituir uma banda / Organizar desfile do menino e menina da
Independência.Passeio e piquenique no zoológico.
OUTUBRO: Implementar o Mês da Criança (todo o mês com atividades
lúdicas):Jogos;Danças;Cama elástica;Matro ginástica;Semana da bolinha de
gude;Semana da peteca;Gincana inter-classe.
NOVEMBRO:Incentivo a comemoração do dia da bandeira: Implementação de
atividades lúdicas utilizando as bandeiras do municípios/ dos estados.Realização
do JOENEN (Jogos do Ensinar a Ensinar (inter-escolas/inter-classe).
DEZEMBRO: Incentivo a comemoração do Natal: Confecção da Árvore de Natal
com material reciclável;Incentivo de trocas de mensagens entre as
escolas;Implementação de cartões de Natal;Realização em cada escola do Natal
do Ensinar a Ensinar;Dramatização com o tema de Natal OBSERVAÇÕES:
Este plano de ação é uma referência de atividades em que a área de Educação
Física exercita a possibilidade de incentivo junto aos professores das escolas
atendidas. Não há em nenhuma hipótese a rigidez de sua realização. A
consolidação desse plano de intenções depende do processo de intervenção junto
aos professores.Insistiremos na oficialização por parte das escolas de destinar
uma hora semanal no mínimo para as atividades de recreação e
jogos.Insistiremos na oficialização por parte das escolas de destinar uma hora por
mês para realização da hora do brinquedo preferido.Este plano de ação depende
de ações conjuntas com as demais áreas do projeto de modo a consolidar a
perspectiva interdisciplinar.Este plano de ação sofrerá sempre variação de sua
intenções iniciais também em decorrência dos planejamentos específicos das
escolas.A área de Educação Física ãompõe juntamente com as outras áreas do
projeto as Atividades Integradas que devem estar permeando esse plano de ação:
CAIXA DE FANTASIAS
PUBLICAÇÃO DE JORNAL
PRODUÇÃO DE VÍDEO LINHA II
CAIXINHA DE PROBLEMAS
PRODUÇÃO DE ARTIGOS
CINEMA TEATRO
CORAL, FOLCLORE
RADIO ESCOLAR
BRINCANDO NA HORA DO RECREIO
SARAU NA ESCOLA
CANTINHO DA LEITURA
Ainda estão sendo avaliadas as possibilidades de realização em cada escola de
um dia de brincadeiras e atividades artísticas. Consta também como intenção de
ação na área de Educação Física, a realização do Circo na escola.A área de
Educação Física se propõe também a sistematizar nas intervenções jogos e
brincadeiras dentro e fora da sala de aula com o objetivo de reforço das áreas de
matemática, estudos do meio, português e ciências.A área de Educação Física se
propõe a comemorar uma vez no ano, o dia da família em planejamento específico
com cada escola.
OFICINAS INTEGRADAS
Os temas estabelecidos em reunião entre os capacitadores para 2003 são:
O LÚDICO E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO;
AS TRANSFORMAÇÕES HISTÓRICAS DOS CONHECIMENTO ESCOLAR
(matemática, português, história e geografia e Educação Física);
AS DIFERENTES FORMAS DE LINGUAGENS NA ESCOLA.
INTERVENÇÃO
Os bolsistas farão intervenção sistemática nas escolas do projeto as terças e quinta
feiras REUNIÃO COM O CAPACITADOR. As reuniões ocorrerão as quarta feiras e
sábado.
MINI-OFICINAS
As mini-oficinas ocorrerão sempre nas escolas.
Os temas das mini-oficinas seguirão duas direções: a primeira, sempre que a escola
propor ou reivindicar um assunto de seu interesse; o a segunda direção é
estabelecido conforme a programação do Plano de Ação 2003.
F4 – Atividade Planejada Caça ao Tesouro Escola Rio Guaporé
F5 – Transição da atividade dentro da Escola
As intervenções A equipe de Educação Física que se compunha por três bolsistas e foi distribuída
em cinco escolas da rede municipal de Porto Velho que eram atendidas de forma direta.
Cada bolsista atendia duas escolas distribuídos da seguinte maneira: Um bolsista (a)
atendia as escolas Rio Guaporé e Vista Alegre; outro (b) atendia a Escola Nacional e
Estela Compasso e o último bolsista (c), atendia a Escola Rio Madeira e a Escola Estela
Compasso; todas situadas na área periférica urbana da cidade. Os bolsistas (a) Rosa e
(c) Bruno trocaram de escola em setembro Rosa foi para Rio Madeira e Bruno para Vista
Alegre.
A chegada dos bolsistas nas escolas foi um tanto tímida, por mais que o projeto já
fosse implantado a quatro anos, pois a cada mudança de bolsista a escola tinha uma
reação. Houve adesão de muitos professores, porém alguns ainda travaram uma
resistência, como foi o caso de uma professora da Escola Rio Guaporé que não queria
intervenção na sua sala, alegando que já trabalha com lúdico no processo ensino
aprendizagem; porém no decorrer do ano ela verificou que o trabalho da bolsista estava
dando resultado e solicitou intervenção em sua sala. Assim como este exemplo outros
professores também observaram a importância da intervenção na sala de aula, porque
verificaram como estava sendo feito estas intervenções e os resultados que estavam
surgindo no decorrer do trabalho. Realizava-se um planejamento prévio com os
professores e na seqüência executava-se o planejado e o bolsista controlava estas ações
através de um registro de campo que ao final de cada mês era socializado com toda
equipe da formação continuada em uma reunião no núcleo. Esta socialização era
bastante significativa, pois através dela a equipe da formação continuada, isto é, as
quatro áreas do conhecimento: matemática, português, educação física e estudo e
conhecimento do meio (pedagogia, história e geografia) trocavam informações sobre tudo
que acontecia nas escolas, as experiências significativas, as dificuldades encontradas e
resultados alcançados.
O trabalho era
realizado com base nas
ações pedagógicas como
capacitações, oficinas e
mini-oficinas, nos encontros
semanais de equipe junto
com capacitador e em
conjunto com a professora
contemplando o conteúdo
das áreas do conhecimento,
trabalhando a
interdisciplinaridade.
Realizava-se também,
intervenções conjuntas com
as outras áreas do
conhecimento, onde os
bolsistas das áreas distintas
uniam-se em só propósito
contribuir para o
aprendizado dos alunos e
contribuir na maneira de
ensinar do professor;
Estas ações focavam
diretamente o professor e os
alunos, onde a cada
semana tinha-se uma nova
surpresa. A Educação Física
como área do conhecimento
onde o corpo trabalha junto
com mente buscava através
de seus mediadores
bolsistas e o capacitador,
manifestar nos alunos e
principalmente nos
professores o interesse
pelas atividades lúdicas e
recreativas como forma de
aprendizado e também o
brincar por brincar dentro da
sala de aula e da escola.
F6 – Atividade teatral em comemoração ao dia do livro – Escola Rio Guapore
F7 – Intervenção Pedagógica atividade interdisciplinar Escola Rio Guaporé
Metodologia das Intervenções da Área de Educação Física
Cada bolsista dirigia-se a escola que atendia uma vez por semana, reunia-se
com os professores que participavam do Projeto, pois nem todos da escola
aderiram. Realizava um planejamento antecipadamente e na outra semana o
executava. Este planejamento era feito utilizando as datas comemorativas, isto é,
o Plano de Ação elaborado pela equipe e ainda os conteúdos das diversas áreas
do conhecimento contido no currículo do ensino fundamental de 1ª a 4ª. Seguia-se
também o direcionamento das oficinas e mini-oficinas que eram oferecidas como
suporte para os professores e também para os bolsistas, pois mesmo estando
envolvidos no trabalho vivenciavam e aprendiam novas experiências.
Em uma das oficinas
que teve em 2003 onde o
tema era “O lúdico na
construção do espaço”,
trabalhou-se com os
movimentos corporais, com
a dança com diversas partes
do corpo e ainda atividades
recreativas como o espelho
e outras, levando os
professores a ter uma
vivência motora que muitos
demonstraram não ter
experimentado quando
criança. O resultado foi
relevante porque em pouco
tempo viu-se na escola
durante as intervenções um
maior interesse dos
professores por estas
atividades. O interessante
foi que ficou explícita a
necessidade de
profissionais de educação
física junto com os
professores de sala, para
que os mesmos possam
vivenciar diversas formas de
movimentar-se ou
expressar-se com o corpo e
ficarem mais livres e levar
isto para seu trabalho diário
que é a sala de aula.
Em uma outra
capacitação, realizou-se
uma mini-oficina, que
antecedia o trabalho do
teatro e curta metragem. Era
feita da seguinte maneira:
espalhavam-se livros de
estorinha no chão e
formava-se grupos, eles
escolhiam uma estória e
depois a interpretavam. O
trabalho foi surpreendente,
os professores se
expressavam bem e
deixavam a criatividade fluir
até os mais tímidos
conseguiam se inserir na
atividade. O que contribui
bastante é que o
capacitador era bem criativo
e sempre trazia novidades
para as capacitações e tinha
uma sintonia perfeita com
seus bolsistas.
Registro de Campo
Eram registros das
atividades planejadas e
executadas pelos bolsistas,
que a cada final de mês era
entregue ao capacitador e
socializado com toda equipe
da Linha de Formação
Continuada para expor
quais os resultados,
problemas encontrados e
soluções adotas durante as
intervenções.
Foram selecionados alguns
registros de campo feitos
pelos bolsista da equipe de
Educação Física
demonstrando como foram
executados.
Registro de Campo Setembro 2003
Educação Física
Bolsista: Yong Bruno Garcias Menezes
Escola Estela Compasso DATA: 11/09/03 quinta
Professor: Nilda 4ª A
Disciplina: Português
Conteúdo: Interpretação de Texto
Atividade: os alunos leram os livros e apresentariam um teatro
Objetivo: trabalhar leitura e preparar os alunos para o curta metragem.
Desenvolvimento: os alunos tiveram um tempo para correr na frente da sala e
pegar um papel com numero, cada numero era um grupo, depois estes
escolheram um livro leram com o grupo e interpretaram em forma de teatro, com a
ajuda da professora e bolsista.
Participação: houve uma participação da turma e um envolvimento do professor
nesta atividade.
Professoras: Conceição 4ª B
Disciplina: Português
Conteúdo: interpretação de texto
Atividade: expressão corporal através de teatro
Objetivo: trabalhar expressão corporal e leitura através do teatro
Desenvolvimento: um único livro para a turma toda, sendo que toda sala leria
conjuntamente e faria uma única peça.
Participação: a professora ainda com algumas dificuldades de controle de turma,
mas assim que a turma, se tranqüilizou mais seguiu mais fácil.
Data: 25/09/03
Disciplina: Geografia
Conteúdo: Rios e seus afluentes
Atividade: Carona dos rios
Desenvolvimento: cada aluno rececebe um nome de um nome de um rio, e ficam
espalhados em local na sala, um inicia e vai ate o outro e diz que rio e os dois vao
juntos até o proximo, até chegar ao oceano.
Participação: os alunos participaram efetivamente e a professora interagiu junto
com eles.
ESCOLA: VISTA ALEGRE
DATA: 02/09/03
Professora: Marinéia e Jovanilda
Disciplina: Português
Conteúdo:. Leitura de livros
Atividade: Interpretação de texto em forma de teatro
Desenvolvimento: foi espalhado os livros, onde cada aluno pegava o seu, lia e
interpretava com o corpo o que leu e os outros tentavam adivinhar que historia e
que personagens foi citado na mesma.
Participação: com execão de alguns alunos que tinham dificuldades de de ler
todos conseguiram executar tuda a atividade, as professoras ficavam com alguns
aluno e o bolsista com outros.
DATA: 09/09/03
Professora: Jovanilda 3ª
Disciplina: Portugues
Conteúdo: construção de texto para interpretação em teatro
Atividade: O animal que eu mais gosto.
Desenvolvimento: Foi dado o tema para os alunos e eles escreviam um texto
sobre esse tema, e reuniam os brupos e era montado uma peça de teatro com os
bichos escolhidos por eles.
Participação: a professora nesta atividade desenvolveu muito bem, interagindo e
ajudando os alunos.
DATA: 23/09/03
Professora: Angelina 4ª série
Disciplina: Português
Conteúdo: produção de texto - carta
Atividade: envio de carta para a escola Rio Guaporé
Objetivo: melhora a escrita e aprender a comunicação
Desenvolvimento: todas as crianças escreveram uma carta para os alunos da 4ª
série da escola Rio Guaporé, se apresentado e pedindo que os mesmos
respondessem. Também confeccionaram envelopes.
Participação: foi significativa dos alunos e da professora
DATA: 30/09/03
Ensinar a Ensinar leva o cinema na Escola
Neste dia a escola Rio Madeira foi presenteada com a projeção do filme Harry
Port. O objetivo da projeção deste foi o de expandir as atividades de expressão e
comunicação que surgiram com o teatro e atua cuminar com a produção do curta
metragem, e fazer com as crianças imagine como é está em um filme, isto é,
fazendo parte dele. Foi criado um ambiente onde todos podessem se sentir no
cinema.
O filme foi muito apreciado pelos alunos.
Registro de Campo Abril 2003
Área: Educação Física
Capacitador:João Guilherme Rodrigues Mendonça
Bolsista: Josinéia Araújo Rodrigues
Escola Nacional
Data:08/04/03
Séries: Todas do turno da tarde
Professoras:
Objetivo: conscientização da higiene corporal dos educandos.
Atividade: Mini palestra e banho de mangueira
Conteúdo: disciplina de ciências trabalhar a higiene corporal como tomar banho,
cortar unha, pentear cabelos, escovar os dentes e outros.
Quantidade de alunos:
Desenvolvimento: esta atividade já estava planejada com as professoras da tarde
onde fazemos as intervenções. Elas avisaram aos alunos que trouxessem toalha,
sabonete e uma roupa para tomar banho e escova de dente. Eu e as professoras
combinamos e trouxemos shampo para caspa e piolho. A atividade teve seu início
no pátio onde realizou-se uma mini-palestra feita por mim e apoio das professoras
falando da importância da higiene corporal para saúde do ser humano. Após a
mini palestra todos os alunos foram levados para o banho de mangueira que foi
ponto culminante da atividade, pois aquele houve uma grande interação de
alunos, professores e a bolsista. Foi uma atividade de grande relevância que
acretido que as crianças jamais esquecerão deste assunto tão importante que é a
higine corporal.
Participação: foi bastante significativa contando com todos e alunos e professores
de todas as turmas do turno da tarde. O fato mais marcante desta atividade foi em
relação a professora Anita da 2ª séie, que era muito tímida e neste dia conseguiu
se superar e tomou banho junto com os alunos.
Registro de Campo Abril 2003
Área: Educação Física
Escola Nacional
Capacitador:João Guilherme Rodrigues Mendonça
Bolsista: Hely Cristian Leão Lima
Data:12/06/03
Série: 2ª D
Professora: Maria do Carmo
Objetivo: trabalhar o imaginário e expressão corporal
Atividade: criar uma estória e apresentar
Conteúdo: produção de texto
Quantidade de alunos: 33
Desenvolvimento: na sala de aula foi pedido para que cada aluno pegasse uma
folha de papel sufite dobrasse ao meio, escrevesse seu nome e recortasse. Em
seguida observasse com que se parecia, exemplo: animal, planta, objeto entre
outros. Foram formados três grupos e pedido para que cada grupo escrevessem
uma estória com a figura saiu do recorte dos nomes e depois apresentássemos
uma peça no pátio da escola. Foram criadas três interessantes estórias: Pertepã
Formiga; O mundo do girassol e Gato Fantasma.
No pátio começaram as apresentações:
“Peterpã Formiga”
Era uma vez um garoto formiga chamado Peterpã que trabalhava bastante
para ajudar seus amigos, seu trabalho era conseguir comida comida para todos da
casa, enquanto Uende Cobra cuidava das tarreffas de casa, os demais: dona
carangueja, passarinho maluco, seu caranguejo e as borboletas brincavam na
floresta, enquanto os amiguinhos de Peterpã Formiga e Uende Cobra brincavam
na floresta, uma senhora passou e lhes avisou: cuidado com o gato fantasma,
cuidado com o gato fantasma, mas eles nem ligaram e continuaram a brincar até
que do meios das árvores surge um gato que derrepente faz:
- Buuuuuuuuu!!!!!!!
Assustando a todos.
Enquanto isso no rio do outro lado da floresta, dona carangueja estar dentro da
sua pocinha de lama a se refrescar, quando o passarinho maluco passa e diz:
- oi gatinha, sabia que você é muito linda.
- Ela responde muito irritada:
- Seu passarinho abusado!
- Quando meu marido chegar você vai ver.
Na floresta mais tarde, as borboletas encontram um girassol que era
psicólogo de todos animais da florestal, e contou à elas sobre a lenda do gato
fantasma.
- É por aqui dizem que vive um fantasma de um gato que morreu a muito
tempo.
- Mas é só uma lenda.
As borboletas:
- Não, não é só lenda não, existe mesmo.
- Ele apareceu hoje!
À noite na casa, todos cotavam, sobre o gato fantasma para Uende e Peter
que bolaram um plano para pegarem o gato assustador, usando sua própria
estratégia.
- No rio;
Dona carangueja estava com seu caranguejo, quando o passarinho maluco,
chega voando rente a poça de lama, pega dona carangueja pelo bico, e a leva
para seu ninho.
Seu caranguejo;
- Pode viver um sapo fora d’água, mas nunca um caranguejo com um passáro.
- De nada adiantam as lamentações de seu caranguejo pois, dona carangueja
e passarinho maluco vivem felizes para sempre.
- Na floresta;
- Uende, Peter e seus amigos esconderam-se.
Até que o gato fantasma aparece:
- Acho que vou ficar esperando um trouxa para assustar.
- Derepente!
- Buuuuuuuuuuu!!!!!
- Miauuu!!!!!
E o gato sai correndo................
Os amigos:
- Que fantasma que nada e um gato de verdade.
- Espero que tenha aprendida a lição.
A vida volta ao normal, as borboletas brincam nos jardins, criado pela própria
natureza.
Esta estória foi unificação das três estórias criadas pelos alunos, isto foi uma
sugestão da professora.
Registro de Campo Junho 2003
Escola Rio Guaporé
Bolsista: Rosa de Luz
Professor: Antônio
Disciplina: Ed. Física – expressão corporal
Conteúdo: dança com interpretação teatral
Atividade: teatro e dança
Objetivo: ajuda na atividade de teatro
Desenvolvimento: No pátio formaram três grupos. Primeiro as crianças ouviram
três musicas com ritmos diferentes e a partir destas músicas cada grupo escolheu
o que iria fazer. Teatro ou coreografia. E assim foi realizado um grupo escolheu
dançar valsa, outros dois escolheram teatro um era sobre os canibais e outro
sobre tráfico. A criatividade imperou, pois demonstraram o sentimento passado
pela música.
Participação: foi significativa dos alunos e do professor.
Neste mês na escola Rio
Guaporé ouve uma
atividade diferente que foi a
oficina de auto estima, onde
participaram todos os
funcionários da escola. Esta
oficina foi a terceira que foi
promovida e criada pela
equipe de Ed. física.
Juntaram-se a nós mais
duas pessoas do projeto
que foram a Cláudia Waléria
secretária executiva e Luiz
Albanor coodenador
administrativo.
Nesta oficina procura-se elevar de todas as formas a auto estima dos
participantes, através de leitura de parábolas, dinâmicas e atividade beleza e
estética.
A atividade foi gratificante,
pois após seu encerramento
as pessoas mostraram
muito satisfeitos.
Professoras: Rosalina 1ª série “C” /Ana Helena 1ª série “D”
Disciplina: Português
Conteúdo: Leitura
Atividade: Lúdica no pátio, intervenção conjunta com a matemática.
Objetivo: aperfeiçoar a leitura
Desenvolvimento: no pátio formou-se um círculo onde as duas turmas estavam
presentes, cada aluno recebeu um papel com uma sílaba. A professora e as duas
bolsistas estavam presentes no círculo. A atividade se desenvolvia da seguinte
maneira: a professora chamava dois ou mais alunos para ficar no centro do
círculo e tentar formar uma palavra com suas sílabas os que ficavam fora
tentavam ler.. E assim todos os alunos passaram pelo centro do círculo.
No final da atividade a professora voltou para sala com as crianças que sabiam ler
melhor e os demais ficaram com as bolsistas revendo as sílabas.
Participação: Foi efetiva por parte dos alunos e dos professores, só alguns
alunos que estavam inibidos. Mas depois aos poucos se envolveram.
Professora: Fabilene - Série 4ª B
Data: 12/06/03
Disciplina: Educação Física/Geografia
Conteúdo: Implementação do Teatro e revisão de matéria
Desenvolvimento: No primeiro momento a bolsista realizou um trabalho com
alongamento, respiração e expressão corporal onde os alunos faziam caretas de
todas as formas caminhavam no pátio e complementava o movimento com corpo.
Também usava a voz, com sons expressivos como choro, alegria, tristeza e raiva.
No segundo momento a professora realizou um trabalho de revisão de geografia
utilizando o teatro; onde os alunos dramatizaram o Rio Amazonas e seus afluentes
e o encontro das águas do Rio Solimões e Rio negro.
Participação: Muito significativa onde professora e alunos estavam envolvidos.
Quantidade de Alunos: meninas (13) Meninos (12)
Escola Rio Guaporé
Bolsista: Rosa de Luz
Dias de Intervenção: 03/10/17/24/31
DATA: 03/07/03
Professor: Antônio – 3ª B
Disciplina: Português/Ed.Física
Conteúdo: Interpretação de texto de forma dramatizada
Atividade: do livro didático foram tirados dois textos. Cada criança escolhia um; em
seguida o professor e a bolsista explicaram a atividade. As crianças teriam que ler o texto
de quatro maneiras: chorando, rindo, com raiva e falando suavemente. Dava-se um tempo
para elas ensaiassem e depois iam de três em três, onde cada um interpretava de uma
maneira.
Quantidade de alunos: meninos (09) + meninas (18) = 27 alunos
Participação: Foi significativa por parte do professor e dos alunos
DATA: 03/09/03
Professor: Fabilene 4ª B e Antônio – 3ª B
Disciplina Ed.Física
Conteúdo: Festival de Pipa
Objetivo: Resgate das brincadeiras populares, esclarecimento sobre o uso do
cerol e cuidado que ter ao soltar pipa.
Atividade: A atividade se desenvolveu em dois momentos. Primeiro houve uma palestra
sobre os cuidados que deve ter ao soltar pipa, o uso do cerol fazendo comentários sobre
alguns acidentes que houve como cortar rosto, pescoço e outras partes do corpo devido o
uso do cerol nas linhas de papagaio. No segundo momento no pátio da escola houve a
construção do brinquedo com muitas talas, papel de seda, cola, tesoura materiais que são
utilizados para construção do papagaio. No terceiro e último momento os alunos dirigiram-
se ao um campo de futebol próximo da escola para soltar suas pipas ou papagaio como é
mais conhecido na região.
Quantidade de alunos: meninos (32) + meninas (23) = 55 alunos
Participação: Foi bastante significativa pois trabalhou-se a questão de gênero,
onde meninas confeccionaram e soltaram suas pipas.
F8 – Atividade Planejada Festiva de Pipa – Escola Rio Guaporé
F9 – Confecção do brinquedo - Pipa Escola Estela Compasso
Atividades Lúdicas Elaboradas pela Equipe
Estas atividades foram elaboradas para facilidar a dinâmica didática na sala de
aula, que ao final gerou um produto que foi a publicação de um livro.
ATIVIDADE PARA SALA OU ESPAÇO LIVRE
Nome: Arranca rabo das sílabas
Disciplina: Português
Material: Papel sulfite e pincel atômico ou hidrocor.
Série: Alfabetização e 1ª série
Formação: Alunos aleatórios em espaço livre ou quadra.
Desenvolvimento: O professor corta o papel sulfite na horizontal em duas
partes.Cada metade desta folha será um rabo. Em cada rabo o professor escreve
uma sílaba bem na ponta, em seguida pede para o aluno engatar na bermuda
(shorte, saia, calça) na parte de trás como se fosse o seu rabo. Ao sinal do
professor os alunos começam a correr e tentando arrancar o rabo do colega.
Depois que todos os rabos forrem arrancados, o professor pede para os alunos
que pegaram mais de um rabo formar sílabas ou palavras.
Nome: Sua vez.
Disciplina: Matemática (forma geométrica)
Faixa etária: 3ª série.
Material: Giz ou pincel de quadro branco.
Formação: Na sala de aula, o professor organiza duas fileiras de cadeiras de
frente para o quadro, depois separa todos da sala em dois grupos pode ser A e B.
O professor avisa aos alunos que, após ele dar o sinal o 1º aluno de cada fileira irá
ao quadro desenhar uma forma geométrica e colocará o nome, os demais
seguirão a seqüência, tudo em tempo cronometrado de dois ou três minutos. O
grupo que conseguir desenhar a maior quantidade de forma geométrica vencerá o
jogo.
Obs.: Esta atividade pode-se usar a interdisciplinaridade, neste caso a matemática
e o português, da seguinte forma: Quando terminar o tempo determinado e ver
qual a equipe que ganhou, o professor vai ao quadro e corrige as palavras que
estão incorretas . Pode-se, trabalhar várias disciplinas como ciências (ex. escreva
animais terrestres e aquáticos, vertebrados e invertebrados).
Nome: Expressão corporal (mímica)
Disciplina: Português (verbo)
Material: Papel sulfite e caneta.
Faixa etária: 9 anos acima.
Formação: na sala de aula ou pátio.
Desenvolvimento: O professor pede que formem grupo de três ou de quatro. Dar
para cada equipe uma frase que terá um verbo. Dar um tempo para que os
componentes se entrosarem e ver a melhor de se expressar. Cada equipe vai à
frente, e somente com gesto representará a frase que ganhou enfatizando o verbo
que está inserido nela pode-se, utilizar todas as partes do corpo.
Obs: Para matemática, podem ser trabalhadas as quatro operações.
Nome: Passe a mensagem.
Disciplina: Português
Faixa etária: 9 e 10 anos
Material: Papel sulfite e caneta.
Formação: Sala de aula espaço, livre ou quadra.
Desenvolvimento: O professor separa a turma em três grupos, um aluno de cada
grupo ficará separado dos demais por uma distância determinada pelo professor.
Cada grupo ganha uma frase do professor. Já delimitado a distância entre o
componente que está separado e o grupo, o professor pede que os grupos
passem a mensagem escrita no papel para o componente receptor, da forma que
pode ler sem ultrapassar os limites delimitados. O aluno que está separado deve
prestar atenção no que o grupo está tentando lhe passar e ir anotando em um
papel ou caderno. Só que isto acontecerá com todos os grupos ao mesmo tempo.
Após alguns minutos o professor pede para encerrar e verificar qual a equipe que
conseguiu transmitir a mensagem.
Obs: Esta atividade pode ser utilizada em todas as disciplinas
Nome: Desenhando Corpo
Disciplina: Ciências - Conhecer os órgãos internos
Faixa etária: 7 e 8 anos
Material: Giz.
Formação: Formar duplas na sala, quadra desportiva ou pátio (lugar onde possa
riscar com giz). O professor pede que cada dupla desenhe um corpo do outro
deitado ao chão. Em seguida pede que cada um fique com seu corpo e desenhe
seus órgãos internos. Quando todos terminarem o professor pede que fiquem
dentro do seu corpo e diz um comando dentro, fora, em cima, em baixo. Também
pode pedir para que eles corram por todos os corpos, saltem, troque de corpo com
o colega e outras coisas que desejar. Para haver melhor entendimento o professor
se aprofunda no assunto.
Nome: Formando Frase
Disciplina: Português.
Faixa etária: 9 e 10 anos.
Material: Folha de sulfite e hidrocor.
Formação: Na sala de aula o professor separa a turma em quatro ou cinco
grupos. Em seguida dar para cada grupo sílabas separadas tipo quebra cabeça,
que formarão uma frase. Ao comando do professor os grupos deverão juntar as
sílabas e formar a frase. Todas os grupos, ao completarem sua frase irão à frente
e mostrarão para os demais.
Obs.: Para alfabetização e 1ª série não utiliza frases. Eles formarão sílabas e
palavras. O professor terá que trazer este material previamente pronto.
Nome: O Choque
Disciplina: Ciências – Higiene do Corpo
Faixa Etária: 7 anos – 1ª série
Material: Nenhum
Formação: Espaço livre ou quadra, o professor organiza os alunos em um círculo.
Separa um aluno e deixa a uma distância que ele não possa ouvir e nem ver o
círculo. No círculo ele escolhe um aluno para ser o eletrocutado. A atividade se
desenvolve da seguinte maneira: O professor comunica aos alunos do círculo que
quando o aluno que está fora chegar, ele irá apontando com o dedo para os
alunos do círculo pela parte de dentro um a um. Todos os alunos do círculo ficarão
observando quando ele passar pelo aluno que está eletrocutado. Todos já sabem
quem é, e farão o gesto de quem está tomando choque se tremendo todo. Depois
que todos tiverem tomado o choque, o professor pede para o aluno que estava
fora do círculo responder a uma pergunta sobre a higiene do corpo. Caso ele não
saiba responder o professor ajudará.
Nome: A Melancia
Disciplina: Geografia – Capital e Estado
Faixa Etária: 9 e 10 anos
Material: Papel sulfite e caneta ou pincel atômico
Formação: Espaço livre ou quadra
Desenvolvimento: O professor separa a turma em dois grupos contendo a
mesma quantidade de aluno. Um grupo ficará em pé e será os estado identificado
com um crachá escrito o nome do estado; sendo cada estado representado pôr
um aluno. O outro grupo ficará agachado e será a capital também identificado com
crachá, que irá corresponder aos estados representados pelo grupo anterior. A
atividade se desenvolve da seguinte maneira: Forma-se a fila dos estados onde os
componentes ficarão de pé. Separa um aluno para ser o cachorro que irá tomar
conta das capitais. Os alunos que representarão as capitais ficam agachados
também em fileiras (um ao lado do outro). O professor será o dono das capitais e
ficará de pé entre a fila dos estados e a fileira das capitais. O primeiro aluno da fila
se aproxima do professor e fala a seguinte frase: Pam, pam, pam! O professor
pergunta: Quem bate ? O aluno responde é o Estado. O professor pergunta:Quem
procura ? Ele responde: Uma capital. O Professor diz, entre e procure, mas
cuidado com o cachorro ! O estado sai passando a mão na cabeça de todas as
capitais até encontrar a sua. Quando encontra dá a mão para ela e sai correndo
para o cachorro não pegar. O cachorro pegando ou não há uma troca com o
colega quem era capital vira estado e estado vira capital.
As atividades executadas
Trabalhando as datas comemorativas e seguindo o plano de ação 2003,
realizou-se muitas atividades tais como:
Comemoração ao carnaval - confecção de máscara, fantasias diversas,
desfiles, estudo do tema na sala de aula falando da origem do carnaval e ainda
um baile com desfile dos alunos com seus adereços confeccionados por eles
mesmo.
Dia do Índio – O trabalhou buscou trazer o resgate da cultura indígena
através de danças, confecção de instrumentos, pintura no rosto, confecção de
roupa de índio e lutas indígenas.
Dia da Páscoa – atividade de caça ao tesouro, onde todas as pistas para se
chegar a este tesouro, eram feitas com os conteúdos de sala e ainda
apresentações teatrais trabalhando a expressão corporal.
Dentro das atividades
desenvolvidas no projeto
Ensinar a Ensinar a
Educação Física
contemplou as escolas
atendidas pela equipe, com
um “Festival de Pipa”, onde
foi trabalhado o resgate das
brincadeiras populares, a
construção de brinquedos
pelos alunos, a junção de
meninos e meninas e ainda
o lado educativo informando
aos educandos o perigo do
uso do cerol, a corrida atrás
da pipa com risco de
acidentes. Foi um projeto
pedagógico polêmico, pois
teve resistência de alguns
professores com uma visão
bem distorcida do que seria
esta atividade. Apesar de
todas as dificuldades, o
trabalho teve êxito.
O sucesso deste
trabalho foi tão significativo,
que a equipe do projeto foi
convidada para participar da
“Ação Global 2003” projeto
executado no Brasil inteiro
pelo sistema SESI e Rede
Globo de Televisão.
F10 – A equipe de
Educação Física e bolsistas
de outras áreas com oficina
de pipa na Ação Global
2003.
F11 - Participação da equipe
de Educação Física na Ação
Global 2003
O Teatro e Curta Metragem
Implementação para
as intervenções do segundo
semestre foram todas
voltadas para o teatro. Em
sala trabalhava-se textos
didático, contos diversos,
dramatizações, expressão
corporal com imitações de
animais, imitações de artista
da Tv, atividades lúdicas
que contemplasse o tema,
criações de mini-roteiros
pelos próprios alunos e tudo
que se diz respeito a
interpretação teatral.
Na seqüência realizou-
se um projeto onde tinha o
intuito de levar os
educandos ao cinema, para
que os mesmos pudessem
observar o mundo dentro da
tela, e também conhecer
aquele espaço tão
interessante que é o
cinema, que a maioria não
conhecia. Portanto, os
recursos financeiros do
projeto não foram
suficientes para tanto. Mas
nem por isso os alunos
deixaram de ter cinema,
porque o projeto continuou e
fez o inverso. O cinema foi
até a escola, onde foi
preparado um espaço na
sala de aula com um telão e
ambiente escurecido para
dar mais autenticidade de
cinema e ainda foi locado
fitas do Scoby Dôo e Hary
Poter realizando assim o
Ensinar a Ensinar leva o
cinema na escola.
O projeto do cinema
foi bem apreciado pelos
educandos, pois os mesmos
ficaram entusiasmados com
tanta novidade dentro da
escola.
Prosseguindo com
trabalho do teatro e curta
metragem, foi dado início a
montagem do roteiro cada
escola tinha o seu, que o
bolsista junto com as
professoras prepararam e
posteriormente ensaios com
os alunos e finalizando com
a filmagem de seis (06)
curta metragem um de cada
escola onde os bolsistas da
educação física atuavam.
Somente a Escola Estela
Compasso teve dois (02),
por que tinha dois (02)
bolsistas da área.
Este trabalho teve o
intuito de fazer com que as
crianças ficassem menos
desinibidas, ou seja, falar
mais, saber se expressar,
perder o medo de se
comunicar dentro e fora da
escola, enfim descobrir que
o mundo em torno dela vai
além da sala de aula.
Ajudou também na
construção de termos da
linguagem, pois com a
criação e interpretação de
roteiros, os alunos ficaram
mais próximos do estudo da
língua portuguesa.
Atividades executadas que não estavam planejadas
A equipe de Educação
Física verificando a
necessidade de uma
interação entre os
funcionários da escola
desde os diretores a
cozinheira, criou uma oficina
de Relações Interpessoais,
onde era trabalhado a
importância que cada
funcionário tem dentro da
escola. Nesta oficina havia
diversas dinâmicas de
grupo, como a do barbante
onde cada funcionário
segura a ponta do barbante
e passa para o outro e
chega no final forma-se uma
grande teia que, se uma
pessoa soltar a ponta,
estraga toda a teia. Ainda
utilizou-se de atividades
recreativas levando assim
todos sentirem o prazer de
participar e relembrar o que
é uma atividade lúdica e
reconhecerem a sua
importância dentro da
escola. Ainda buscou
trabalhar a auto estima de
cada funcionário tendo um
momento somente dedicado
a vaidade que era
maquiagem e arrumar os
cabelos de alguns
voluntários da oficina,
encerrando com alguns
comentários sobre gostar de
si próprio.
O sucesso desta
oficina foi tanto, que quando
o Projeto Ensinar a Ensinar
foi convidado para ministrar
várias oficinas como no
município de Novo
Horizonte interior do Estado,
e esta oficina estava
presente e foi uma das mais
disputadas entre os
participantes.
Sabendo-se ainda que na
atualidade a escola trabalha
com o Projeto Político
Pedagógico a equipe
mostrou através desta
oficina, como a colaboração
e a união do corpo técnico e
docente, a escola será um
lugar mais harmônico e
coeso.
F.11 – Oficina de auto-
estima e liderança na cidade
de Novo Horizonte
F12 – Oficina de Auto Estima e
Liderança na cidade de Novo
Horizonte
F13 – Equipe de Educação
Física e o coordenador do
projeto Luiz Albanor e a
secretária Cláudia Waléria ao
final da Oficina de Auto Estima
e Liderança na Escola Rio
Guaporé – Porto velho.
F14 – Oficina de Auto
Estima e Liderança na
cidade Novo Horizonte
Aspectos Significativos
Os alunos adoravam as intervenções, pois sempre tinha muitas novidades
como jogos diversos, atividades musicais, expressão corporal através do
teatro, atividades extra-classe e outras.;
Assim como havia professores que davam pouco valor ao projeto, outros
faziam questão de compartilhar o desenvolvimento pedagógico dentro da
escola.;
Assistir com entusiasmo o crescimento no aprendizado dos alunos;
A escola contribui com alguns dos projetos implantados dentro da escola
como foi o caso do cinema;
Mudança benéfica de comportamento dos professores no decorrer do
trabalho;
Capacitação interna dos bolsistas, onde contribui para a formação
acadêmica;
Interação interdisciplinar entre as áreas do conhecimento que participavam
do projeto;
Aspectos não muito significativos
A falta de merenda na escola;
A resistência de alguns professores, pois tinham medo do novo;
Questão tempo, pois muitas vezes deixavam o trabalho do projeto em
segundo plano;
A falta de alguns professores nas capacitações, pois quando o bolsista ia
para escola o encontrava com poucas informações para realizar o trabalho
pretendido;
Utilizar determinado espaço da escola;
Os alunos tinham muita dificuldade com a escrita e leitura;
Estudo Comparativo entre os trabalhos realizados pelos bolsistas da área de Educação Física.
No ano de 2003 o Projeto Ensinar a Ensinar, teve como equipe da
área de Educação Física os bolsistas: Hely Cristian Leão Lima, Josinéia Araújo
Rodrigues, Rosa de Luz Ambrósio dos Reis Miranda Sá e Yong Bruno Garcias
Menezes. A bolsista Josinéia foi substituída pela bolsista Hely no mês de maio.
Para fácil entendimento os bolsistas serão mencionados por letra.
Rosa bolsista (a), Josinéia e Hely bolsista (bJ),(bH) e Yong Bruno (c).
O trabalho desenvolvido pelos bolsistas tinha o mesmo segmento,
era interdisciplinar e baseava-se no plano de ação que a equipe montou. Porém o
trabalho era diferenciado pela necessidade e característica de cada escola e pela
individualidade de cada bolsista.
A primeira atividade feita trabalhando as datas comemorativas que
foi o carnaval é um exemplo destas diferenças. Baseando no plano de ação cada
bolsista foi para sua respectiva escola e resultou no seguinte: A bolsista (a)
atendendo duas (02) escolas conseguiu fazer somente em uma escola fazer o
proposto pela equipe. Confeccionar máscara para realização de um baile de
carnaval. Os alunos trabalharam com colagem e recortes onde estimulou a
coordenação motora fina. Já o bolsista (c), foi além do esperado, pois criou junto
com as professoras e alunos além das máscaras, incentivou os alunos a
confeccionar fantasias diversas com materiais reciclável como papel e outros onde
terminou com um belo desfile e ao final baile para todos se divertir.
As intervenções
diárias eram bem
diversificadas entre
bolsistas, enquanto a
bolsista (bH) levava quadros
de figuras para interpretação
de texto, o bolsista (a)
realizava atividades
recreativas findando com
elaboração e interpretação
de texto na sala.
O contato direto com
os professores era um outro
fator interessante, pois cada
bolsista se comportava de
uma maneira. A bolsista
(bH) logo que entrou na
equipe fez um trabalho com
todas as salas juntas que
não era o normal das
intervenções, porém deu
certo. Havia também o
contato com os bolsistas
das outras áreas,
matemática, português e
estudo e conhecimento do
meio (História e Geografia).
Sempre que necessário, era
realizada a intervenção
conjunta entre as áreas,
como o exemplo das
escolas Rio Guaporé que a
bolsista (a) atuava, foi
realizada uma intervenção
em parceria com a bolsista
Terezinha da área de
matemática, a intervenção
foi feita com objetivo de
conhecimento e junção das
sílabas para iniciar a leitura
com os alunos da 1ª série.
Outro exemplo foi na escola
Estela Compasso, onde os
bolsistas (bH) e (c)
realizaram uma atividade
conjunta com outra bolsista
de matemática. Organizou-
se um festival de pipa da
área de Educação Física e o
Geometricando da área de
Matemática, mas tudo
planejado e executado em
conjunto, com o resultado
positivo.
Houve também na
escola Rio Madeira
participação da bolsista (a)
no geometricando que
atividade da área de
matemática, a mesma
montou um pequeno roteiro
de teatro onde o título era O
encontro das formas
geométricas, que foi
ensaiado pela bolsista (a) e
pela professora da escola.
O trabalho realizado
pela equipe de Educação
Física tinha o mesmo tema
e objetivos, porém cada
bolsista colocava sua
característica. A montagem
do curta metragem foi um
exemplo disto, pois o
capacitador, deu as
cordenadas pedindo que
começasse a trabalhar o
teatro nas intervenções
podendo utilizar-se do
conteúdo de sala de aula.
Cada bolsista fez de sua
maneira. A bolsista (a) partiu
do princípio onde tudo devia
ter um processo pedagógico
para interpretação teatral,
começando a trabalhar a
dicção e expressão corporal
dos alunos. Pegou um
conteúdo do currículo
exemplo aumentativo,
montou frases com
aumentativo e pediu para
que os alunos lessem em
três vozes. Primeiro rindo,
depois com raiva e por fim
chorando. Buscou realizar
um trabalho passo a passo,
para depois levar os alunos
a interpretação de estórias.
Trabalhou também com
músicas instrumentais
pedindo que os alunos
ouvissem e depois
interpretassem conforme o
som, alegre, triste, sereno e
outros. Já bolsista (bH)
trabalhou com interpretação
de estorinha e criação de
roteiros produzido pelos
próprios alunos. Foi uma
experiência muito
significativa, pois um dos
roteiros, se transformou em
um dos curtas metragem
produzido pela equipe. Já o
bolsista (c), trabalhou
somente com interpretação
de estorinha.
Os caminhos
percorridos para realização
do teatro e curta metragem
foram diferentes, mas os
resultados foram os
mesmos a conclusão do
curta metragem com êxito,
satisfazendo todos que se
envolveram com este
trabalho que foi os bolsistas,
capacitador, professor,
alunos e a escola em geral.
Não eram as
diferenças das intervenções,
mas os objetivos nela
contido, que era ajudar os
professores de sala a
desenvolver os conteúdos
do currículo através do
lúdico que era o facilitador
do aprendizado do
educando.
Cada bolsista
encontrou determinada
dificuldade dentro da escola,
mas, porém não desanimou,
realizando seu trabalho com
boa vontade e perseverança
para alcançar as metas que
o projeto Ensinar a Ensinar
buscou através destes cinco
anos de trabalho que era
capacitar os professores de
sala para um ensino de
qualidade nas escolas
riberinhas, periférica urbana
e rural do município de
Porto Velho.
RESULTADOS
A equipe de Formação Continuada do Projeto Ensinar a Ensinar - PEE articulou e
promoveu diversas ações como oficinas, mini-oficinas, intervenção, seminário,
acompanhamento e avaliação. Estas geraram resultados bem significativos no decorrer
de cinco anos de trabalho. Com a finalização no ano de 2003/2004 verificou-se que, a
população atendida pelo PEE os diretores, professores, alunos, bolsista tiveram
crescimento pedagógico e intelectual além do esperado.
Muitos professores que eram leigos capacitaram-se chegando a concluir o
nível superior, assim melhoram seu planejamento, ação didática, conhecimento
mais amplo e ainda aprenderam a utilizar o lúdico relacionando o ensino e
aprendizagem tornando a aula muito mais dinâmica. Os alunos de alfabetização à
4ª tiveram um avanço significativo, pois o desempenho escolar foi comprovado
com o aumento do índice de aprovação, melhor leitura e escrita e também
melhoraram a forma de se comunicar resultado do trabalho de expressão corporal
realizado pela Educação Física através do teatro.
Para os bolsistas da área de Educação Física, o Projeto Ensinar a Ensinar foi
uma porta que se abriu para o conhecimento científico, pois no decorrer deste
trabalho foram estudados diversos alguns autores e literaturas das diversas áreas
do conhecimento inseridas na escola, deixando os mesmos preparados a atuar
em um laboratório muito especial que é a escola. Outro fator importante foi à
aproximação que tiveram com os professores mestres da Universidade Federal de
Rondônia, estudando, aprendendo e trocando experiência pedagógica e do
cotidiano.
Em um ano de atuação os bolsistas foram privilegiados, pois a academia lhes
dá as informações teóricas para a futura profissão e Projeto Ensinar a Ensinar nos
deu muito mais do que conhecimento teórico, o contato com os alunos, com os
professores, com corpo técnico e todos da comunidade escola trouxe uma
experiência bastante significativa que poucos acadêmicos são capazes de obter.
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA
Esta avaliação foi realizada pelos responsáveis do Programa de Educação na Amazônia
no qual o Projeto Ensinar a Ensinar estva inserido.
Penna Firme et al. (2004).
OS PROFESSORES
Em síntese, há evidências do impacto do Ensinar a Ensinar nos professores
participantes do projeto, o que se conclui através de um processo de triangulação
integrando a autopercepção dos professores, heteropercepção dos atores –
especialmente dos diretores das escolas – e os registros da observação durante as visitas
locais.
Assim, os professores mostraram intensa participação tanto nas oficinas de
capacitação como no planejamento das atividades pedagógicas, revelando, na prática
escolar, apropriação da metodologia aprendida no projeto. Um significativo
desdobramento desse aproveitamento foi a realização de um expressivo número de
publicações e trabalhos pedagógicos diversificados marcados pelas características
regionais mais relevantes. A maior utilização do espaço escolar para eventos culturais e
incentivo á participação de pais nessas atividades muito contribuiu para o
desenvolvimento integrado escola-comunidade e o aperfeiçoamento de cada um dos
atores. Nesse contexto se destaca a atuação comprometida e competente da equipe de
coordenação.
A integração professor/aluno e a melhoria da postura do professor foram impactos
significativos. Simultaneamente melhorou a prática profissional do professor e dos demais
atores no processo educacional, melhorando também a qualidade e a utilização do
material didático produzido. Vale dizer, a esse respeito, que a relação conteúdos didáticos
com a realidade da comunidade foi um aspecto marcante quer na atuação do professor
quer nos materiais produzidos e publicados. Nesse sentido, houve também maior
preocupação com a criatividade dos alunos, sempre estimulada. Juntamente com os
alunos, os professores foram crescendo na sua capacidade teórico-metodológica, sendo
um dos aspectos mais expressivos desse processo, a formação de professores que no
início do projeto não tinham ainda completado o ensino fundamental e hoje estão
cursando ou terminando a universidade. A mudança de visão do ensino-aprendizagem foi
sendo acoplada ao fortalecimento da autonomia do professor. Finalmente vale ressaltar
que entre os professores melhorou a capacidade de avaliar a aprendizagem e de
respeitar e trabalhar as diferenças individuais dos alunos, valorizando seu
aperfeiçoamento pessoal, o que resultou no desenvolvimento de habilidades básicas e
conhecimento significativo nos alunos. Dessa forma cresceu também para o professor a
capacidade de planejar, executar e avaliar a prática pedagógica, desenvolvendo o
conhecimento crítico dos conteúdos e o compromisso ético como educador. A
mobilização de mais atores para o processo educativo foi também um aspecto que
mostrou avanços na preocupação do projeto em democratizar e socializar sua
experiência.
Todo esse quadro de conquistas vai por certo continuar crescendo e contornando
obstáculos para alcançar a plenitude da missão.
OS ALUNOS
Os alunos revelaram mudanças favoráveis na aprendizagem e na sua participação nas
atividades escolares, demonstrando maior interação e melhoria do comportamento em
geral, especialmente percebendo a escola como um espaço prazeroso e valorizando-a de
um modo especial. Seu senso de responsabilidade individual e social aumentou, o que
contribuiu sensivelmente para o crescimento de seu aproveitamento escolar
particularmente observando no desempenho da leitura e compreensão, da capacidade de
expressão oral e da escrita, o índice de aprovação mostrou melhorias. O desenvolvimento
pleno das crianças é tarefa a longo prazo e deverá ser acompanhado e estimulado para
fortalecer o que já se conquistou e abrir sempre novas possibilidades, na medida em que
o professor vai se aperfeiçoando profissionalmente.
BOLSISTAS E DEMAIS INTERESSADOS
Assim, o mérito se traduz na capacidade teórica e no domínio prático de
profissionais atuantes no processo de capacitação, na repercussão do projeto junto as
parceiras – Universidade, ONG e Secretaria Municipal da Educação. Atuaram também
com sucesso, os bolsistas contribuindo assim para efetividade do trabalho docente. Com
o apoio especial da ONG envolvida e a colaboração de todos os atores e da comunidade,
particularmente sob a competente liderança e a sensibilidade da coordenação, o projeto
adquiriu expressiva visibilidade na região e no país consolidando sua credibilidade junto
aos parceiros, ás escolas e à comunidade em geral. Cabe aqui uma referência especial
ao dinamismo, à criatividade e ao comprometimento com a escola, no processo de
capacitação do ENSINAR A ENSINAR. Os diretores exerceram papel altamente
relevante. Vale também ressaltar a disponibilidade da Secretaria Municipal de Educação
liberando professores da Rede para atuarem no projeto. Finalmente, não menos
importante, foi a atuação da Raytheon que disponibilizou todas as condições necessárias
à missão incluindo uma competente gerência.
Todo este mérito conquistado vai precisar continuar crescendo em profudindade na
proporção de sua expansão, corrigindo e ajustando dificuldades, na vigilância constante
de evitar riscos e aproveitar ao máximo as oportunidades que forem surgindo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa ação e qualitativa veio, tratar da relevância do Brincar e do
Lúdico dentro da escola, através da participação direta da equipe de Educação
Física na Llinha de Formação Continuada do Projeto Ensinar a Ensinar no ano de
2003 e 2004.
Muitos foram os caminhos percorridos para que se chegasse ao almejado,
que foi mostrar importância do Lúdico no ambiente escolar, quer seja como,
aprendizado ou não, e ainda capacitar e qualificar os professores que atuavam
com ensino fundamental de Alfabetização a 4ª série e assim contribuir para
melhoria do aprendizado dos educandos.
Este trabalho foi muito consistente, teórico e metodologicamente através de
oficinas, mini-oficinas, seminários, reuniões temáticas, acompanhamento
pedagógico, consultoria, avaliação enfim, um bombardeio de ações e
capacitações pedagógicas, embasados na metodologia sócio interacionista e
reflexiva de Vigotsky e em outras literaturas conceituada no âmbito escolar.
Todas estas capacitações eram bem preparadas pela equipe de Formação
Continuada, Linha II no PEE, desde a coordenação aos bolsistas, fazendo com
que os mesmos também fossem capacitados, pois a cada ação ou capacitação
realizava-se um estudo prévio sobre o assunto abordado.
A escola foi a grande parceira da atuação do PEE, pois sem sua permissão
para entrar em seu âmbito, o Projeto Ensinar a Ensinar jamais teria conseguido
realizar algum tipo de ação. Apesar de muitos entraves, que muitas vezes era
desanimador a escola teve grande contribuição nos resultados obtidos.
Os bolsistas alunos da Universidade Federal de Rondônia foram agraciados
com inúmeras informações relacionadas à escola principalmente os que atuaram
na Formação Continuada, pois tinham o contato direto com os professores e
alunos das escolas atendidas dando-lhes uma vasta visão do cotidiano escolar e
também troca de experiência com os professores mais antigos. Os que fizeram
parte da área de Educação Física tiveram o privilégio de contar com dois grandes
mestres que foi o capacitador, professor João Guilherme Rodrigues Mendonça
que trabalhou diretamente com os mesmos tirando dúvidas, auxiliando nas
atividades e tudo que fosse necessário para os bolsistas atuarem na escola. E
ainda, o professor Célio José Borges que fazia parte da coordenação de
Formação Continuada, imprescindivelmente, contribuía com a equipe. A
Universidade Federal de Rondônia também parceira deste projeto foi contemplada
com este intercâmbio aluno-bolsista e a escola, pois a mesma sempre estava
atualizada com informações referente ao ensino das escolas municipais de Porto
Velho, que é de suma importância para uma academia.
Nesta pesquisa verificou-se que PEE trabalhou sempre com embasamento
teórico rico em informações que levassem os professores a raciocinar, debater e
explanar todos os assuntos estudados, como interdisciplinaridade, gestão escolar,
avaliação entre outros. Em sua didática o PEE, buscava recursos modernos e de
fácil compreensão para que os professores tivessem maior interesse e mais
participação.
A equipe de Educação Física demonstrou através de sua atuação na Escola,
como o brincar é importante em diversas dimensões, e também como o professor
pode atuar de forma diferenciada com seus alunos.
O papel do professor é interagir com seus alunos dando-lhe atenção, ensinando-lhe a
respeitar, amar, colaborar, enfim uma educação de qualidade.
BIBLIOGRAFIA
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Paulo: editora Ática.1998.
BORGES, Célio José. Metodologia de Formação Inicial e Continuada no Ensino
Fundamental: A Construção de Uma Experiência. Projeto Ensinar a Ensinar. 2004.
Relatório Técnico.
BORGES, Célio José & Brito, Gilvanda. Relatório Final. Projeto Ensinar a Ensinar.2004.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo Brinquedo, Brincadeira e a Educação, 5 ed. São
Paulo. Cortez Editora. 2001.
MENDONÇA, João Guilherme Rodrigues. Plano de Ação 2003. Projeto Ensinar a Ensinar,
2003.
PENA FIRME, Thereza et al. Avaliação Externa do Programa de Educação na Amazônia.
Rio de Janeiro, 2004.
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar Prazer e Aprendizado. Petrópolis RJ:
Vozes 2003
CONFEF, Conselho Federal de Educação Física. Carta Brasileira de Educação
Física. Belo Horizonte MG, 2000.
GLOSSÁRIO
Bolsista – Acadêmicos responsáveis pelas intervenções pedagógica
Capacitador – Professores mestres responsáveis pela equipe de uma determinada área
do conhecimento existente no Projeto Ensinar a Ensinar.
Intervenção Pedagógica – Atuação direta dos bolsistas dentro da Escola
Oficinas – Capacitações realizada pela equipe do Projeto para os professores da Rede
Municipal de Ensino.
Pejorativo – diz-se do vocábulo que adquiriu ou tende a adquirir sentido torpe; obsceno
ou simplesmente desagradável. (Mini-dicionário Gama Kury da Língua Portuguesa – São
Paulo – FTD 2002.)
Plano de Ação - Calendário de atividades que foram desenvolvidas pela equipe de
Educação Física no ano de 2003
AUTORIZAÇÃO
Autorizo a reprodução e ou divulgação parcial ou total da presente obra, por qualquer
meio convencional ou eletrônico desde que seja citada a fonte.
Nome do Autor: Rosa de Luz Ambrósio dos Reis Miranda Sá
Assinatura da Autora: ------------------------------------------------
Instituição: Universidade Federal de Rondônia
Local: Porto Velho – RO
Endereço: BR – 364, Km 12,5
Site: hppt:/www.unir,Br
Porto Velho 20 de novembro de 2005.
________________________________
Assinatura