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O Padrão Ethernet

Prof. José Gonçalves Pereira FilhoDepartamento de Informática/UFES

zegonc@inf.ufes.br

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Origens O início do desenvolvimento da tecnologia Ethernet

ocorreu nos laboratórios da Xerox PARC, em 1972, com Robert Metcalfe.

O sistema resultante, operava a uma taxa de transmissão de 2.94 Mbps, conectava 100 computadores compartilhando um mesmo meio de transmissão - um cabo coaxial de 1km – e usava o método de acesso CSMA/CD.

Conceitos chave da tecnologia (uso de um canal compartilhado e escuta do meio antes da transmissão) foram derivados dos trabalhos pioneiros de acesso por contenção do projeto Slotted-Aloha, uma rede baseada em rádio transmissão desenvolvido na University of Hawaii no início dos anos 70.

O projeto Aloha também foi pioneiro na subdivisão da transmissão em frames, que forma a base para as redes de comutação de pacotes atuais.

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Origens (cont.)

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Evolução do Padrão Ethernet Durante os anos 70, antes da sua exploração

comercial, o Ethernet mudou de nome algumas vezes (Alto Aloha Network, Xerox Wire).

No início dos anos 80 a Xerox juntou-se à Digital e à Intel com o intuito de efetivar o Ethernet (10 Mbps) como um padrão industrial de LAN’s. Este padrão chamou-se Ethernet DIX (“Blue Book Standard” - Ethernet v.1)

O protocolo foi revisado em 1982, passando então a chamar-se definitivamente Ethernet (Ethernet v.2, Ethernet II).

Uma forma alterada do protocolo foi depois definido como padrão pelo IEEE (802.3) e adotado também pela ISO (8802).

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O que é o Padrão Ethernet?

O Ethernet é um padrão para redes locais em barramento, utilizando o método de acesso ao meio por contenção CSMA-CD.

O padrão originalmente desenvolvido foi baseado no uso de cinco componentes de hardware: Um cabo coaxial; Um transceiver; Um transceiver cable; Um cable tap; Uma interface controladora (controladora Ethernet).

O que é o Padrão Ethernet?

A tecnologia Ethernet consiste, basicamente, de três elementos:

Componentes de hardware e o meio físico

As regras de controle de acesso ao meio O quadro (“PDU”) Ethernet

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Componentes de hardware

Tick Ethernet IEEE 10BASE-5

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O Cabo Coaxial Grosso Embora o par trançado seja relativamente barato e

fácil de usar, as pequenas distâncias entre as tranças funcionam como antenas para a recepção de interferência eletromagnética e de rádio frequência (ruído). Isto restringe o seu uso às redes com pequenas distâncias.

O cabo coaxial foi escolhido à época por ser adequado para interconexão a grandes distâncias. O cabo coaxial grosso (“tick ethernet”), de 50 Ω, possui uma marca a cada 2.5m indicando onde a conexão deve acontecer (distância mínima entre taps).

Um máximo de 100 transceivers podem ser colocados em um único segmento de rede.

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Seção de um Cabo Coaxial

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Redes Ethernet com Cabo Coaxial Grosso

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O Cabo Coaxial Fino

O segundo tipo de cabo usado em redes Ethernet é o coaxial fino (“thin ethernet”), de 50 Ω, que é mais flexível que o anterior, porém alcança uma distância de transmissão de apenas 1/3 do cabo grosso. Entretanto, é mais barato e usa conectores BNC.

Quando o IEEE padronizou as redes 802.3, os cabos coaxiais receberam a denominação 10BASE5 (cabo grosso) e 10BASE2 (cabo fino).

Um cabo coaxial deve ser terminado com um conector série-N (“terminador”). Este conector evita reflexão elétrica do sinal e também age como “terra”.

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Conectores BNC e T

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Terminadores

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Redes Ethernet com Cabo Coaxial Fino

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O Transceiver O transceiver (“transmitter-receiver”) contém a

lógica necessária para transmitir e receber os sinais carregados pelo cabo coaxial.

Contém um “tap” que, quando pressionado contra o cabo, penetra-o e faz contato com o condutor central. Na nomenclatura do IEEE o transceiver é conhecido como MAU - Media Attachement Unit.

O transceiver é responsável pela detecção da portadora e detecção de colisão. Quando uma colisão é detectada o transceiver coloca um sinal especial no cabo (“jam”), que possui duração suficiente para se propagar no barramento e informar aos outros transceivers que uma colisão ocorreu.

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O Transceiver (cont.)

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O Padrão IEEE 802.3 – Nível Físico

O nível físico da norma 802.3 pode ser de diferentes tipos. Assim, para proporcionar uma certa independência relativamente ao nível MAC este nível está estruturado em dois sub-níveis: “Physical Signaling” (PLS) – É responsável por gerar e detectar os

sinais elétricos (código manchester, por exemplo). Serve de interface do nível físico com o MAC. Esta interface é independente do tipo de meio físico, sinal e codificação utilizada na transmissão.

“Physical Medium Attachment” (PMA) – Parte dependente do meio físico, é implementada por uma unidade funcional denominada MAU – Medium Access Unit, que se conecta diretamente ao meio, transmite e recebe sinais do meio e identifica colisões.

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O Padrão IEEE 802.3 – Nível Físico

Para garantir independência entre estes dois sub-níveis, a interface entre eles está normalizada, sendo conhecida por “Attachment Unit Interface” (AUI), normalmente materializada por um conector D de 15 pinos. A interface do PMA com o cabeamento é conhecido por MDI (“Medium Dependent Interface”).

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O Padrão IEEE 802.3 – Nível Físico

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O Padrão IEEE 802.3 – Nível Físico

Os vários tipos de nível físico alternativos para a norma 802.3, são normalmente representadas segundo a seguinte convenção: TTbaseD ou TTbroadD

As letras TT são substituídas pela taxa de transmissão nominal em Mbit/s, a letra D é substituída pelo comprimento máximo de cada segmento, em centenas de metros. Os segmentos podem ser interligados por repetidores, o comprimento máximo que toda a rede pode ter é designado domínio de colisão.

As abreviaturas base e broad são utilizadas conforme se trate de banda base (“baseband” - sinais digitais) ou banda larga (“broadband” - sinais analógicos).

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O Padrão IEEE 802.3 – Nível Físico

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O Padrão IEEE 802.3 – Nível Físico

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O Padrão IEEE 802.3 – Nível Físico

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O Padrão IEEE 802.3 – Nível Físico

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IEEE 802.3 – 10Base5

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IEEE 802.3 – 10Base2

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IEEE 802.3 – 10Base-T

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IEEE 802.3z (Gigabit Ethernet) 1000Base-T (IEEE 802.3ab)

É a tecnologia mais viável, caso a rede possua menos de 100 metros, pois ela utiliza os mesmos cabos par-trançado categoria 6 que as redes de 100 Mbps atuais.

Além de não necessitar a compra de cabos, não são necessários ajustes maiores para suportar esta tecnologia, e com a utilização de switches compatíveis, podem ser combinados nós de 10, 100 e 1000 megabits, sem que os mais lentos atrapalhem no desempenho dos mais rápidos.

Existe o problema da resistência física dos cabos de par-trançado: eles são frágeis, ocasionando, por vários motivos, a perda de desempenho. Como a taxa de transmissão é maior, o índice de pacotes perdidos acaba sendo muito maior que nas redes 100 megabits.

No 1000Base-T o número de pares usados difere dos padrões anteriores. Ele utiliza os quatro pares disponíveis no par trançado; por este motivo, que ele consegue transmitir a 1000 mbps, diferentemente dos que utilizam somente dois pares desse cabo.

1000Base-CX A tecnologia 1000base-CX é o padrão inicial para Gigabit Ethernet sobre fio de

cobre com alcance de, no máximo, 25 metros. O cabeamento é feito com cabos STP (Shielded Twisted Pair ou Par Trançado Blindado).

Uado em aplicações específicas, onde o cabeamento não é feito por usuários comuns (ex: IBM BladeCenter usa 1000BASE-CX para conexão Ethernet entre os servidores blade e os módulos de comutação.

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IEEE 802.3z (Gigabit Ethernet)

1000BASE-SX (short wavelength) Esta tecnologia emprega fibras ópticas nas redes e é recomendada para distâncias

de até 550 metros. Possui quatro padrões de lasers. Com lasers de 50 microns e freqüência de 500 MHz,

o padrão mais caro, o sinal é capaz de percorrer os mesmos 550 metros dos padrões mais baratos do 1000Base-LX. O segundo padrão também utiliza lasers de 50 mícrons, mas a freqüência cai para 400 MHz e a distância para 500 metros. Os outros dois padrões utilizam lasers de 62.5 mícrons e freqüências de 200 e 160 MHz, por isso são capazes de atingir apenas 275 e 220 metros, respectivamente. Pode utilizar fibras do tipo monomodo e multimodo, sendo a mais comum a multimodo (mais barata e de menor alcance).

1000BASE-LX (long wavelength) Esta é a tecnologia mais cara, pois atinge as maiores distâncias. Se a rede for maior

que 550 m, ela é a única alternativa, sendo capaz de atingir até 5km utilizando-se fibras ópticas com cabos de 9 mícrons.

Caso se utilize cabos com núcleo de 50 ou 62.5 mícrons, com freqüências de, respectivamente, 400 e 500 MHz, que são os padrões mais baratos nesta tecnologia, o sinal alcança até 550 metros, compensando, neste caso, o uso da tecnologia 1000Base-SX, que alcança a mesma distância e é mais barata.

A tecnologia 1000baseLX é utilizado com fibra do tipo monomodo, por este motivo que ela pode alcançar uma maior distância em comparação com o padrão 1000Base-SX.

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IEEE 802.3z (Gigabit Ethernet)

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IEEE 802.3z (Gigabit Ethernet)