Post on 17-Apr-2015
O Papel do Setor Saúde no Enfretamento das Lesões e Mortes no Trânsito e na Promoção da Paz
no Trânsito
Marta Maria Alves da SilvaSalvador/BA, 30/10/2013.
Magnitude e consequências dos acidentes
de trânsito
TRÂNSITO:
Problema de Saúde Pública
2004: RELATÓRIO MUNDIAL SOBREPREVENÇÃO DE LESÕES NO
TRÂNSITO
NO RELATÓRIO, AS BASES DAS PREOCUPAÇÕES DA OMS:
– Estimativas de 1,2 milhão de mortos e 50 milhões de feridos/ano no trânsito no mundo;
– Acidentes: 3ª causa de mortes na faixa de 30-44 anos; 2ª na faixa de 5-14 e 1ª na faixa de 15-29;
– Custos entre 1-2% dos PIBs (TRL-UK: custo global US$ 518 bi/ano);
– Relação como aumento dos índices de motorização dos países em desenvolvimento (com mais desigualdades, limitações infraestruturais e institucionais).
2009: INFORMES GLOBAL E REGIONAL SOBRE O ESTADO DA SEGURANÇA NO TRÂNSITO
- Pesquisa realizada em 2008 (OMS/OPAS);
- 178 países;
- Do total de vítimas fatais no trânsito mundial, 62% das ocorrem em dez países na seguinte ordem de magnitude: Índia, China, Estados Unidos, Rússia, Brasil, Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito (OMS, 2009);
- Brasil: 5º lugar em nº de mortes no trânsito.
PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE SEGUNDO FAIXA ETÁRIA. BRASIL, 2010/2011
* Inclui 3.967 casos com idade ignorada.
DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório, DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias
Fonte: SIM SVS/MS
PRINCIPAIS CAUSAS EXTERNAS DE MORTE SEGUNDO FAIXA ETÁRIA. BRASIL, 2010/2011.
*Total inclui 2.132casos com idade ignorada.
DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório, DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias
Fonte: SIM SVS/MS
Taxa de mortalidade bruta (por 100 mil habitantes) por causas externas segundo principais tipos de causa - Brasil, 2000 a 2009.
Fonte: MS/SVS/SIM (www.datasus.gov.br; acesso em 30 jul. 2011).
NÚMERO DE ÓBITOS POR ATT (Acidente Transporte Terrestre) – BRASIL, 1996 A 2010*
42.844
Fonte: SIM/SVS/MS
Fonte: SIM/SVS. (2010 – Dados preliminares)
TAXA PADRONIZADA DE MORTALIDADE POR ATT SEGUNDO CONDIÇÃO DA VÍTIMA – BRASIL, 1996 A 2010*
CTB
Fonte: CGIAE/SVS/MS. Dados trabalhados; Morais Neto et al, 2012..
Taxa de Mortalidade por Acidente de Transporte Terrestre segundo a condição da vítima. Brasil. 2000 a 2011.
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 20110
1
2
3
4
5
6
7
Motociclistas Pedestres Ocupantes de Veículos
Taxas (x100.000 Hab.
TAXA PADRONIZADA DE MORTALIDADE POR ATT ENVOLVENDO MOTOCICLISTA – REGIÃO, 1996 A 2010
Fonte: SIM/SVS. (2010 – Dados preliminares)
AGLOMERADOS DE MUNICÍPIOS DE ALTO RISCO DE MORTALIDADE PARA ATT. BRASIL, 2000 E 2010
2000 2010
20102000
AGLOMERADOS DE MUNICÍPIOS DE ALTO RISCO DE MORTALIDADE PARA ATT (MOTOCICLETAS). BRASIL, 2000 E 2010
Consumo* de bebida alcoólica entre atendimentos por acidentes de transporte, em serviços sentinelas de urgência e emergência, segundo tipo
de vítima - 24 capitais e no Distrito Federal – VIVA, Brasil, 2011
*Declaração ou suspeita entre pacientes ≥18 anos de idade.
Pedestre Condutor Passageiro0
5
10
15
20
25
21.422.3
17.7
%
Percentual de adultos (≥ 18 anos) que referem conduzir veículos motorizados após consumo de qualquer quantidade de bebida alcoólica. VIGITEL, 2011.
Papel do Setor Saúde
Vigilância
Prevenção
Promoção da Saúde
Cuidado à Vítima
Comunicação e Participação e Controle Social
Advocacy – Legislação
Capacitação – EPS
Avaliação
POLÍTICAS PARA ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO E PROMOÇÃO DA
CULTURA DE PAZ NO TRÂNSITO NO ÂMBITO DO SUS:
Avanços e Desafios
1998: Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
2001: Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências
2004: Rede Nacional de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde
2006: Política Nacional de Promoção da Saúde
Marcos Legais:
Projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito
2004/2005 (Recursos DPVAT)
São Paulo Goiânia Belo Horizonte Recife Curitiba
2006/2007
(Recursos do MS)
Boa Vista Porto Velho Palmas Campo Grande Cuiabá Brasília Teresina Fortaleza Salvador Florianópolis Rio de Janeiro
2008/2009/2010(Recursos do MS)
São Paulo Goiânia Belo Horizonte Recife Curitiba Boa Vista Porto Velho Palmas Campo Grande Cuiabá Brasília Teresina Fortaleza Salvador Florianópolis Rio de Janeiro
2009 a 2010(Recursos do MS – Portarias e Editais)
+94 Cidades (portarias – Rede PVPS)
Inclusão de vários temas da PNPS – Destaque: prevenção das violências e dos acidentes e promoção da cultura de paz. Articulação do Ministério da Saúde com
o Ministério da Educação.
PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE)
Escola que Protege
Rede de Atenção às Urgências – RUE
Incorporação dos componentes de PROMOÇÃO E PREVENÇÃO – foco: Violências Interpessoais e Trânsito
1ª CONFERÊNCIA MINISTERIAL MUNDIAL SOBRE SEGURANÇA NO TRÂNSITO
Em Novembro de 2009:
1ª Conferência Ministerial Mundial sobre Segurança no Trânsito
Ao fim: Declaração de Moscou:
Estimula a aplicação das recomendações dos Informes Mundiais de 2009;
Convida Assembléia Geral da ONU a declarar a "Década de Ação para a Segurança Viária 2011-2020” visando estabilizar e reduzir a mortalidade no trânsito.
Do total de vítimas fatais no trânsito mundial, 62% ocorrem em dez países na seguinte ordem de magnitude: Índia, China, Estados Unidos, Rússia, Brasil, Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito (Organização Mundial da Saúde – OMS 2009)
Fundação Bloomberg e OMS, GRSP, EMBARQ, ASIRT, JOHNS HOPKINS UNIVERSITY, BANCO MUNDIAL: Road Safety in 10 Countries – RS 10, iniciativa de 5 anos voltada para 10 países: Brasil, Camboja, China, Egito, Índia, Quênia, México, Rússia, Turquia e Vietnã, a ser conduzida em parceria internacional;
Projeto focado em intervenções locais, baseadas em dois fatores de risco (velocidade excessiva e inadequada e álcool e direção), constituindo ação intersetorial voltada para a redução do número de óbitos e de feridos graves, utilizando a metodologia da Global Road Safety Partnership – GRSP.
RS 10 PROJECT – PROJETO VIDA NO TRÂNSITO
OBJETIVO GERAL DO PROJETO
Dar suporte aos governos dos 10 países selecionados para a implementação de boas práticas para a segurança no trânsito, alinhadas às estratégias nacionais adotadas.
Este objetivo deve ser atingido a partir do foco prioritário Nos fatores de risco de
ordem comportamental; No atendimento às
vítimas; No aperfeiçoamento do
sistema de informações.
COMISSÃO INTERMINISTERIAL – PORTARIA INTERMINISTERIAL 2.268/2010 E PORTARIA DE
20/10/2010I - Ministério da Saúde (Coordenador)
DASIS/CGDANT
II - Casa Civil da Presidência da República
III - Ministério das CidadesDENATRAN
SEMOB
IV - Ministério da JustiçaDPRF
SENADSENASP
V - Ministério dos Transportes
VI - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
VII - Secretaria-Geral da Presidência da RepúblicaSecretaria Nacional da Juventude
VIII – Ministério da Educação
IX – Ministério da Previdência Social
CAMPO GRANDEMATO GROSSO DO SUL
TERESINA/PIAUÍ
PALMAS/TOCANTINS
CURITIBA/PARANÁ
BELO HORIZONTEMINAS GERAIS
O PROJETO NO BRASIL
INTERVENÇÕES FOCADAS
1. Fatores de Risco Nacionais: • Velocidade excessiva e/ou inadequada;• Associação entre álcool e direção
2. Fatores de Risco e/ou Grupo de Vítimas/Vulneráveis: definidos em âmbito local a partir da análise dos dados (exemplo: capacete, cinto de segurança, motociclistas, pedestres, outros)
PLANO DE AÇÃO LOCAL – PONTOS PRINCIPAIS
AÇÕES ESTRATÉGICAS
1. Estruturar a comissão municipal do Projeto Vida no Trânsito.
2. Estruturar o comitê gestor de análise e qualificação dos dados.
3. Promover a capacitação das equipes locais.
4. Estruturar a comissão de gestão da informação sobre mortalidade e morbidade.
5. Analisar e qualificar os dados sobre mortalidade e feridos graves (internações) no trânsito.
6. Definir os fatores de risco e/ou grupo de vítimas/vulneráveis.
7. Desenhar os programas e projetos.
8. Implementar as ações dos programas e projetos.
9. Lançar o plano de ação local do Projeto Vida no Trânsito.
10. Análise e monitoramento contínuo do Projeto Vida no Trânsito.
SISTEMÁTICA DO PROJETO NAS CIDADES
QUALIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃOFLUXOGRAMA DA INTEGRAÇÃO DAS BASES DE DADOS
SIM
HospitaisSIH
Pronto Atendimento SAMUSistema de Inf.de Mortalidade
PolíciaBombeiros
D a d o s d a s V í t i m a s D a d o s d o A c i d e n t e
Base de dados dos
AGF
Fonte: GRSP, EPP Guaíba-RS.
Plano de Ação Municipal-2011 2012EXEMPLO: Teresina-PI
Construção Intersetorialdo Plano de Ação
Definição da META
META : REDUZIR EM 7% O NÚMERO DE
MORTOS E FERIDOS GRAVES EM 2011.
Operação Salva –VidasPM/CIPTRAN/BPRE/STRANS/DETRAN/PRF
AÇÃO SEMANAL
ÁLCOOL / MOTOCICLISTA
MÉDIA DE 1.500 ABORDAGENS
PLANEJAMENTO INTEGRADO
Integração nos eventos e açõesDETRAN/STRANS/MPE/SESTSENAT/CFC/MAÇONARIA/FMS/SESAPI/APPM/CREA/OAB/PRF/CIPTRAN/DNIT/BPRE/
Dia nacional da qualidade de vidaAvenida Joaquim Nelson
300 PESSOASUm Grito pela Vida -– Semana Nac. trânsito
1.000 pessoas
CREA – 80 PESSOASCAMPANHA
MINISTÉRIO Público Estadual do PiauíCAMPANHA MAÇONARIA
RESULTADOS DO
PROJETO VIDA
NO TRÂNSITO
RESULTADOS 2011
Belo Horizonte
Campo Grande
Teresina Palmas
Curitiba Curitiba
Percentual de vítimas de acidente de trânsito atendidas em unidades de urgência que apresentaram indicios ou consumo efetivo de bebida alcoólica
antes do atendimento. Capitais do PVT, VIVA Inquérito. 2009 e 2011.
Capital Ano Razão
2009 2011
Belo Horizonte 20,7 11,3 0,74
Campo Grande 11,0 10,9 0,99
Curitiba 22,3 10,9 0,70*
Palmas 21,7 25,0 1,07
Teresina 35,7 29,8 0,92
Fonte: VIVA Inquérito/DEVDANTPS/ SVS/MS. * p<0.05
Beber e Dirigir
Mortalidade
Palmas Teresina Belo Horizonte Curitiba Campo Grande0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
22
102
172 172
52
13
75
160165
69
2010 (semester 2)
2011 (Semester 2)N
Número absoluto de mortes no trânsito, Capitais do PVT, 2010-2011.
Fonte: Comissão de Análise de dados. Linkage entre dados da saúde e do trânsito.
Número absoluto de mortes no trânsito, Capitais do PVT, 2011-2012.
Fonte: Comissão de Análise de dados. Linkage entre dados da saúde e do trânsito.
Palmas Teresina Curitiba Campo Grande0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
20
87
156
63
24
81
143
52
2011 (semester I)
2012 (semester I)N
Mortalidade
Percentual de Variação das taxas de mortalidade por Acidentes de Transporte Terrestre por 100.000 habitantes entre 2010 e 2011. Capitais do Projeto Vida no
Trânsito e respectivos estados, 2010-2011.
Palmas
Tocan
tins
Teres
inaPiau
í
Belo H
orizo
nte
Mina
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Curitib
a
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do S
ul
-20
-15
-10
-5
0
5
10
Percentual de Variação (%)
Fonte: SIM/CGIAE/2010 e 2011. Dados trabalhados
Mortalidade por População
Mortalidade por Frota Percentual de Variação das razões de mortalidade por Acidentes de Transporte Terrestre por 10.000 veículos entre 2010 e 2011. Capitais
do Projeto Vida no Trânsito e respectivos estados, 2010-2011.
Fonte: SIM/CGIAE/2010 e 2011. Dados trabalhados.
Palmas
Tocan
tins
Teres
inaPiau
í
Belo H
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a
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á
Campo
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-25
-20
-15
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-5
0
Percentual de Variação (%)
Principais Resultados da Avaliação do PVT:
Alto percentual de cumprimento das metas de desempenho dos dois programas;
Aumento da fiscalização de velocidade; Aumento da realização de blitz de checagem de álcool, com
aumento do número de testes e redução do respectivo percentual de positividade;
Redução das taxas de mortalidade por 100 mil habitantes em três das cinco cidades: Palmas, Teresina e Belo Horizonte; estabilização em Curitiba;
Redução da razão de mortalidade por 10 mil veículos nas cinco capitais;
Tendência de redução dos riscos de morte nas capitais quando comparado aos respectivos estados.
DESAFIOS.......................
Meta Década:
redução de 50% das mortes no país...
SALVAR VIDAS!!!!
Repasse de recursos para capitais e SES em 2012 - Total: R$ 12.875.000,00
• Resposta do Setor Saúde ao Pacto
Nacional pela Redução das Mortes no
Trânsito;
• Em conformidade com as
recomendações da OMS e Resolução
da ONU/2010, que instituiu a Década
de Ação pela Segurança no Trânsito
2011/2020
Projeto vida no trânsito – 2012/2013: expansão e consolidação
DESAFIO
Projeto VIDA NO TRÂNSITO
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Avaliação
Plano de Ação local e Plano da Década
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Vida no Trânsito
Década de Ação 2011 – 2020
Vida no Trânsito
Presidenta Dilma Rousseff reforça o Pacto Nacional
pela Redução de Acidentes no Trânsito em 21 de
setembro de 2012
Ministério da SaúdeSecretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância de DANT e Promoção da SaúdeCoordenação de Vigilância de DANT e Promoção da Saúde
Obrigada!cgdant@saude.gov.br(61) 3315-7718/7720
Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da SaúdeDepartamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde
Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde