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EDUCAÇÃO TEOLÓGICA A
DISTÂNCIA
OO RREEIINNOO DDEE DDEEUUSS IIII
TREINAMENTO BÍBLICO INTERNACIONAL
O REINO DE DEUS II
© 2005. TREINAMENTO BÍBLICO INTERNACIONAL
Mossoró-RN
1ª Edição: 2005.
Publicado no Brasil com todos os direitos reservados por
TREINAMENTO BÍBLICO INTERNACIONAL
Rua Eufrásio de Oliveira, 38 – Alto da Conceição.
Mossoró-RN
É expressamente proibida a reprodução comercial deste manual, por
quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos,
gravação, estocagem em banco de dados, etc.).
2005 © TREINAMENTO BÍBLICO INTERNACIONAL. Direitos Reservados. Rua Eufrásio de Oliveira, 38 – Cep 59600-410 – Mossoró-Rn – info@treinamentobiblico.com.br
Conteúdo
Visão Geral ............................................................................................................ 1 Descrição Do Curso ............................................................................................. 1
Objetivos Do Curso ............................................................................................. 2
Referências Bibliográficas................................................................................... 2
Requerimentos Do Curso .................................................................................... 2
Questões Para Revisão E Exame Final ................................................................ 3
Formato Do Manual ............................................................................................ 3
Lição Um: O Modelo De Ministério De Jesus (1) - Pregação E Ensino .......... 4 Dois Elementos Vitais No Ministério De Jesus .................................................. 4
O Ministério De Pregação E Ensino De Jesus .................................................... 6
O Conteúdo De Sua Mensagem .......................................................................... 7
Ele Ensinava Por Revelação ............................................................................. 7
O Seu Ensino Procedia Do Pai ......................................................................... 7
Jesus Pregou O Reino De Deus ........................................................................ 7
Ele Pregou Arrependimento ............................................................................. 8
Ele Usava A Palavra De Deus .......................................................................... 8
Sua Apresentação Da Mensagem ........................................................................ 8
A Fonte Do Seu Poder Na Pregação ................................................................... 9
Onde Ele Ensinava .............................................................................................. 9
Seus Objetivos ..................................................................................................... 9
Princípios Gerais ............................................................................................... 10
Lição Dois: O Modelo De Ministério De Jesus (2) - Discipulado ................... 12 Três Pontos Básicos Sobre O Discipulado ........................................................ 12
Como Jesus Fez Discípulos ............................................................................... 13
O Que Jesus Ensinou Aos Seus Discípulos ....................................................... 13
Lição Três: O Modelo De Ministério De Jesus (3) - A Cura Do Corpo ........ 16 A Missão De Jesus Inclue A Cura Do Corpo .................................................... 16
Como Jesus Ministrava A Cura ......................................................................... 18
Orientações E Ensinos De Jesus Sobre A Cura Física ...................................... 19
Lição Quatro: O Modelo De Ministério De Jesus (4) - Expulsar Demônios . 23 Jesus E Os Demônios ........................................................................................ 24
O Reino De Deus E Os Demônios .................................................................... 24
A Ação Demoníaca Direta................................................................................. 25
Quem E Como São Os Demônios ..................................................................... 26
Como Expelir Demônios ................................................................................... 26
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Lição Cinco: O Modelo De Ministério De Jesus (5) - Aconselhamento ......... 28 O Que É Aconselhamento Bíblico .................................................................... 29
A Missão De Jesus E O Aconselhamento ......................................................... 30
Sete Princípios Básicos...................................................................................... 31
Introdução Da Segunda Parte ........................................................................... 34
Lição Seis: A Cura Da Alma .............................................................................. 35 A Necessidade Da Cura Da Alma ..................................................................... 35
Fundamentos Da Cura Da Alma ....................................................................... 38
Aconselhamento E Cura Da Alma .................................................................... 40
Cura Da Alma E Libertação .............................................................................. 41
Inventário - O Modelo Das Quatro Portas ......................................................... 43
A Porta Das Feridas Da Infância .................................................................... 44
A Porta Da Herança ........................................................................................ 46
A Porta Do Pecado Pessoal ............................................................................ 46
A Porta Do Ocultismo .................................................................................... 47
Ministrando A Cura Da Alma ........................................................................... 48
Três Requisitos Para Receber A Cura Da Alma ............................................ 48
O Que O Ministrante Não Deve Fazer ........................................................... 48
Quem Vai Ministrar........................................................................................ 49
O Processo Da Cura Alma.............................................................................. 50
Passos Práticos ................................................................................................... 50
Lição Sete: Libertação ....................................................................................... 52 Trabalhe Em Equipe .......................................................................................... 53
Treine A Equipe De Libertação ......................................................................... 54
Três Passos Para Cima ................................................................................... 54
Vista A Armadura De Deus ........................................................................... 54
Busque E Receba A Unção Do Espírito ......................................................... 55
Use A Palavra De Ordem ............................................................................... 55
Seja Flexível No Método ................................................................................ 56
Tome Cuidado Com O Orgulho ..................................................................... 56
Saiba Como Usar A Oração E O Jejum ......................................................... 56
Prepare Os Que Precisam De Libertação .......................................................... 56
Dirigindo A Reunião De Libertação ................................................................. 58
O Local Da Ministração ................................................................................. 58
Como Dirigir A Sessão................................................................................... 58
Use O Nome De Jesus Cristo ......................................................................... 58
Fale Com Autoridade ..................................................................................... 58
Repreenda Os Espíritos E Ordene Que Saiam ............................................... 59
Mantenha As Sessões Curtas .......................................................................... 59
Não Imponha As Mãos Sobre O Endemoninhado ......................................... 59
Acompanhamento Após A Libertação .............................................................. 59
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O Que Não É A Libertação ............................................................................... 60
Alguns Lembretes Finais ................................................................................... 61
Lição Oito: Quebra De Maldições..................................................................... 63 Três Perguntas Básicas ...................................................................................... 63
Definição De Maldição...................................................................................... 64
Uma Escolha Pessoal ......................................................................................... 65
Como Operam As Bênçãos E Maldições .......................................................... 65
Forças Que Determinam A História ............................................................... 65
Duas Características Comuns ......................................................................... 66
Veículos Das Bênçãos E Maldições ............................................................... 66
Indicadores De Uma Maldição .......................................................................... 66
Causas Das Maldições ....................................................................................... 68
Quebrando As Maldições .................................................................................. 72
Lição Nove: Ministrando Ao Pobre (1) ............................................................ 75 O Pobre No Antigo Testamento ........................................................................ 75
O Cuidado De Deus Para Com O Pobre ........................................................ 76
O Dever De Cuidar Do Pobre ........................................................................ 78
A Era Vindoura Do Messias E O Pobre ......................................................... 78
Igualdade E Superioridade Do Pobre ............................................................. 78
Como Ficar Pobre ........................................................................................... 78
O Pobre No Novo Testamento .......................................................................... 79
Referências De Jesus Aos Pobres ................................................................... 79
A Igreja E Os Pobres ...................................................................................... 80
O Ensino E A Prática Dos Apóstolos Para Com Os Pobres .......................... 81
A Mendicância ................................................................................................... 81
Lição Dez: Ministrando Ao Pobre (2) ............................................................... 82 Uma Tríplice Visão Como Fundamento ........................................................... 82
A Visão Bíblica De Deus ............................................................................... 83
A Visão Bíblica Do “Homem Não Redimido” .............................................. 83
A Visão Bíblica Do Redimido ....................................................................... 84
O Princípio Básico: Orar E Agir ....................................................................... 85
Como Ajudar Aos Necessitados De Maneira Bíblica ....................................... 86
Trabalhar Em União ....................................................................................... 86
Aproveitar Os Próprios Recursos Deles ......................................................... 87
Buscar O Perdão Em Vez Da Vingança ......................................................... 87
Tratar As Necessidades De Sua Comunidade Por Meio Da Igreja Local ...... 88
Ministrando Aos Necessitados A Partir Da Igreja Local .................................. 89
O Ministério E A Igreja Local ........................................................................ 89
Lançando Os Fundamentos Certos ................................................................. 91
Características De Uma Pessoa Que ................................................................. 92
Estabelecerá Um Efetivo Ministério ................................................................. 92
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Convertendo Seu Sonho Em Realidade ............................................................. 93
Articule Sua Visão .......................................................................................... 93
Priorizando Os Passos .................................................................................... 94
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1
O REINO DE DEUS II
VISÃO GERAL
DESCRIÇÃO DO CURSO
Este é o segundo curso que cobre o tema „o Reino de Deus‟. O curso completo
sobre o Reino de Deus se divide em duas partes ou manuais. Na primeira parte, nós
estudamos a teologia do reino de Deus e abrimos o caminho para uma compreensão
equilibrada do ministério cristão, especialmente no que diz respeito aos aspectos
mais „espetaculares‟ do atual ministério do Espírito Santo na e pela Igreja.
Nós cremos que Deus quer usar a Igreja para pregar o evangelho e alimentar os
pobres, curar os enfermos e libertar os cativos de todos os tipos de prisões, porém,
de maneira bíblica, ou seja, equilibrada e dentro dos parâmetros do Reino de Deus.
Isso significa, portanto, que não vemos o evangelismo, o discipulado, o ministério
aos pobres, as curas, as libertações, os milagres e outros ministérios de poder como
um fim em si mesmo. Tudo isso deve ser estudado, crido e praticado dentro do
contexto inseparável do avanço do Reino de Deu, pois o uso de qualquer um destes
ministérios como um fim em si mesmo significa uma distorção do propósito original
de Deus para cada um deles.
No primeiro manual nós estudamos alguns temas dentro do contexto do Reino de
Deus como o Evangelismo, o Discipulado e os Dons e Ministérios. Neste segundo
manual, nós trataremos de outros aspectos ministeriais do Reino de Deus. Nós
começamos esta parte estudando o modelo de ministério deixado por Jesus em
cinco áreas específicas:
(1) Pregação e Ensino
(2) Fazer Discípulos
(3) A Cura do Corpo
(4) Expulsão de Demônios
(5) Aconselhamento
Depois, nós estudaremos:
(6) A Cura da Alma
(7) A Libertação de cadeias satânicas
(8) Quebra de Maldições
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(9, 10) Ministério aos Pobres
Por anos os evangélicos têm tomado a Jesus como modelo de vida, mas não como
de ministério. Mas isto já passou! Ele é o supremo modelo de ministério, modelo
esse que foi seguido pelos apóstolos, especialmente por Paulo.
Como discípulos de Jesus Cristo, nós devemos apreender completamente o estilo
de vida e ministério do nosso Mestre. Tem sido comum no meio cristão, que os
seguidores de Jesus se inclinem para um ou outro aspecto da Sua vida. Alguns
enfatizam mais o caráter de Cristo e outros enfatizam mais o ministério de Jesus.
Nós precisamos enfatizar os dois com igual cuidado e precisão. Quem, pois, é o seu
modelo de ministério? Você está se espelhando em quem? Quem é a medida, a
intensidade, a profundidade do seu ministério? Deveria ser Jesus!
Devido ao propósito limitado deste programa de treinamento, nós queremos
apenas enfatizar os cinco principais ministérios modelados por Jesus, pois este uma
ligação bem maior com o avanço do Reino de Deus e os propósitos deste programa.
Com isso não queremos diminuir os demais ministérios, mas apenas destacar
aqueles mais visíveis no ministério de Jesus e que podem ser aplicados num
contexto maior de ministério na Igreja de hoje no contexto do avanço do Reino.
OBJETIVOS DO CURSO
Ao concluir este curso você será capaz de:
Explicar o que é o Reino de Deus.
Compreender a relação entre o Reino “já” e “ainda não”.
Compreender a relação do Espírito Santo com o Reino.
Compreender como o reino de Deus se manifesta presentemente.
Resumir como alguém entra no Reino de Deus.
Exercer o ministério de Jesus, o ministério do Reino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo NVI: Editora Vida.
Bíblia de Estudo de Genebra: Editora Cultura Cristã.
Anotações pessoais feitas durante palestras ministradas por Daniel Bravo
(Argentina), Ralph Mahoney (World MAP) e Derek Prince (DPM).
REQUERIMENTOS DO CURSO
Este manual pode ser estudado em dois níveis: enriquecimento e diploma.
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Enriquecimento: você pode usar este manual para seu enriquecimento
pessoal, não sendo necessário, portanto, que você faça a matrícula ou
envie-nos os trabalhos escritos.
Diploma: para receber os créditos referentes ao curso e o diploma no final
do programa, você deve efetuar a matrícula e completar o exame final.
QUESTÕES PARA REVISÃO E EXAME FINAL
Questões Para Revisão: Ao concluir o conteúdo da lição, complete as questões
para revisão. Você pode usar suas notas pessoais, sua Bíblia ou o conteúdo do
estudo principal para as respostas. O propósito delas é ajudá-lo a focalizar os
principais pontos do estudo e prepará-lo para o exame final.
Exame Final: No final de cada manual existe um exame final que foi elaborado
para testar os seus conhecimentos e, conseqüentemente, esse exame serve para a sua
aprovação no curso/manual. Para ser aprovado no curso/manual, você deverá
conseguir pelo menos 70% de respostas corretas.
FORMATO DO MANUAL
Visão Geral: Traz todas as informações referentes ao manual: descrição da
matéria, objetivos, referências bibliográficas, requerimentos, questões para revisão,
exame final e qualquer outra informação necessária.
Lições: Cada lição contém:
Número e Título da Lição.
Objetivos.
Versículo-Chave.
O Conteúdo da Lição.
Questões Para Revisão.
Exame Final: No final deste manual você encontrará um exame final que contará
pontos para a aprovação no curso/manual.
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Lição Um
O MODELO DE MINISTÉRIO DE JESUS (1)
PREGAÇÃO E ENSINO
Versículo-Chave
“Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras
que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu
estou indo para o Pai” (João 14.12).
INTRODUÇÃO
Antes de estudarmos especificamente o modelo do ministério de pregação e
ensino de Jesus, nós queremos iniciar esta lição mostrando que o ministério de
Cristo era marcado por dois elementos vitais. Depois, nós estudaremos como Jesus
pregou e ensinou e, conjuntamente, como nós podemos seguir hoje Seu modelo de
ministério nessa área específica.
DOIS ELEMENTOS VITAIS NO MINISTÉRIO DE JESUS
Há dois elementos vitais encontrados no ministério terreno de nosso Senhor Jesus
Cristo: (1) Ele estava constantemente vendo o que Pai fazia e só fazia aquilo que Ele
via o Pai fazer e (2) Ele sempre ministrava na unção do Espírito Santo.
Quando nós lemos textos como João 5.17 e 19, nós encontramos o segredo básico
de todo o ministério de Jesus: Ele só fazia o que Ele via o Pai fazendo.
“Disse-lhes Jesus: Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu
também estou trabalhando... Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho
não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer,
porque o que o Pai faz o Filho também faz”.
Jesus não inventava em Seu ministério; Ele tinha um modelo a seguir: o modelo
do Pai. Em nossos ministérios nós não podemos seguir qualquer modelo. Jesus deve
ser o nosso modelo, pois Ele seguia o modelo perfeito do Pai.
Jesus era dependente do Pai: “eu só faço o que eu vejo o Pai fazer”. Quando
ministramos, nós devemos estar totalmente na dependência do Pai. Se nós
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estivermos em comunhão com o Pai, nós veremos onde e como Ele está agindo entre
o Seu Pai e cooperaremos com Ele.
O fato de Jesus “ver” o Pai fazendo, nós leva a considerar seriamente o nosso
crescimento espiritual. Nós só poderemos “ver” o que o Pai está fazendo se
desenvolvermos uma íntima comunhão com Ele, de maneira que percebamos o
desejo do Seu coração em cada circunstância, e discernimento espiritual, para
interpretarmos corretamente cada situação. Isto só pode ser conseguido através de
seriedade no exercício das disciplinas espirituais.
Pare e pense: Como você pode melhorar a sua comunhão com Deus? Você precisa
de mais tempo em oração e estudo da Palavra?
O conceito de “ver o que o Pai está fazendo” nos mostra que Deus é o iniciador
de cada situação de ministério. Cada situação poderá ser uma oportunidade de
ministração a alguém, se aprendermos a ver o que o Pai está fazendo em cada
situação. Por exemplo, se durante a adoração vemos uma pessoa que não é da igreja
ou mesmo convertida chorando em seu lugar, ali pode estar acontecendo uma obra
do Pai. O que devemos fazer após discernir isto é nos juntarmos ao que o Pai está
fazendo e ministrarmos àquela pessoa.
Além de só fazer o que Ele via o Pai fazendo, Jesus também ministrava no poder
ou unção do Espírito Santo. De fato, as Escrituras nos mostram que toda a vida
terrena de Jesus estava em íntima sintonia com o ministério do Espírito. Nós
sabemos, por exemplo, que Jesus Cristo foi gerado do Espírito Santo. Mas não
somente isso, pois Ele também viveu na dependência do poder do Espírito. A
Bíblia nos ensina que o homem Jesus Cristo:
Foi cheio do Espírito Santo após o Seu batismo nas águas (Lucas 4.1);
Foi dirigido pelo Espírito Santo (Lucas 4.1);
Tinha o poder do Espírito sobre Si (Lucas 4.14, 18-19).
O propósito do enchimento do Espírito é muito claro na vida de Jesus e nos
ensinamentos apostólicos. Jesus disse que o Espírito estava sobre Ele para (cumprir
o propósito de)...
Pregar as boas notícias aos pobres
Anunciar libertação aos cativos
Dar vista aos cegos
Libertar os oprimidos
Jesus pregava no poder do Espírito; ensinava no poder do Espírito; curava no
poder do Espírito; expulsava demônios no poder do Espírito Santo; aconselhava no
poder do Espírito, etc. Toda a Sua vida estava mergulhada na dimensão do Espírito
Santo.
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O MINISTÉRIO DE PREGAÇÃO E ENSINO DE JESUS
Jesus é o nosso melhor modelo na pregação e no ensino. Há duas razões para esta
declaração. Primeiro, porque Ele era um mestre vindo da parte de Deus (João
3.2; 7.29). Assim, nós podemos estar seguros de que Ele ensinava a vontade de Deus
e não a Sua, embora Ele também fosse Deus. Isto nos traz um grande ensinamento e
uma forte advertência que é: nós devemos pregar somente a vontade do Pai e não a
nossa! Em segundo lugar, Ele fazia o que Ele ensinava (Atos 1.1). Jesus não era
um pregador de teorias. Ele era um forte praticante da Palavra. Como pregadores e
mestres, nós devemos viver o que nós pregamos. É uma tremenda hipocrisia
falarmos de coisas que não estamos vivendo ou, pelo menos, tentando
diligentemente viver.
Ao estudarmos a pregação e o ensino de Jesus, não devemos esperar aprender
somente os princípios da homilética cristã (a arte de preparar e pregar sermões), mas
precisamos indiscutivelmente penetrar no Espírito com que Jesus pregava. Todo
líder deveria comprometer-se em aprender mais do que técnicas de pregação e
ensino por mais úteis que estas possam ser. Nós precisamos de muito mais do que
isso para exercermos um ministério na unção do Espírito Santo.
Quando estudamos o estilo de pregação e ensino de Jesus, duas coisas se
sobressaem:
A Sua naturalidade ao ministrar a Palavra de Deus e, ao mesmo,
A Sua sobrenaturalidade.
Jesus Cristo era muito natural enquanto pregava. Ele não mudava a sua voz de
maneira manipuladora ou criando um timbre muito diferente do Seu, simplesmente
para parecer mais santo ou mais „ungido‟. Ele também não vestia roupas especiais e
não usava nenhuma técnica de manipulação. Infelizmente, muitos seminários e
institutos bíblicos têm feito justamente o contrário e têm gerado uma enorme
quantidade de pregadores artificiais.
Mas, além de ser natural, Jesus também era sobrenatural. Havia poder e
autoridade em suas palavras. Milagres acompanhavam o Seu ministério da Palavra.
Ele ouvia a voz do Pai e falava as Suas palavras. Ele via o Pai fazendo algo e seguia
na direção apontada pelo Pai.
Este aspecto „sobrenatural‟ do ministério de Jesus não foi exclusivo Dele, mas é
um padrão para todos os Seus ministros da Palavra. Isso significa que nós,
exatamente nos dias de hoje, também precisamos ser „sobrenaturais‟ em nossa
pregação e ensino.
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O CONTEÚDO DE SUA MENSAGEM
Se quisermos pregar e ensinar como Jesus, precisamos aprender acerca do
conteúdo da Sua mensagem. Nós aprendemos nas Escrituras que:
ELE ENSINAVA POR REVELAÇÃO:
“Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos
dos que o ouviam ficavam admirados. „De onde lhe vêm estas coisas?‟,
perguntavam eles. „Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E estes
milagres que ele faz?‟” (Marcos 6.2).
Ele não pregava sabedoria humana e sim a sabedoria divina. Nós encontramos a
revelação de Deus em Sua santa Palavra, a Bíblia. Não há nenhuma outra revelação
escrita ou de autoridade maior que a Bíblia. É autoridade final em todas as matérias
de fé e prática cristã.
O SEU ENSINO PROCEDIA DO PAI:
“Jesus respondeu: O meu ensino não é de mim mesmo. Vem daquele
que me enviou” (João 7.16).
Jesus ensinava o que tinha aprendido em Sua comunhão com o Pai. E o que dizer
de nós? Temos aprendido a partir de nossa comunhão com o Pai? Ou somente
porque ouvimos outros pregadores e queremos imitá-los?
Nós negamos a utilidade de ler livros e estudos de mestres da Palavra com o
intuito de aprendermos mais da Bíblia, porém, isso não substitui e nem deve se
tornar mais importante do que estar aos pés do Pai ouvindo Dele por meio da oração
e da reflexão diária da Palavra de Deus.
JESUS PREGOU O REINO DE DEUS:
Nós já mencionamos isso em “O Reino de Deus I”, porém, queremos voltara
enfatizar esta importante verdade (ver Mateus 4.23; Lucas 4.43; Atos 1.3). Ao
afirmarmos que Jesus pregou o reino de Deus, nós queremos dizer que Ele
proclamou diversos ensinamentos que devem ser cridos e praticados por todos os
Seus discípulos. Ver, por exemplo, o Sermão do Monte - Mateus 5, 6 e 7. Ver
também as parábolas, como por exemplo, em Mateus 13.
Tudo o que Jesus ensinou era a demonstração aberta dos princípios, valores e
diretrizes vigentes no reino de Deus nesta era da igreja. Porém, a pregação do Reino
não se encontra somente nos evangelhos. As epístolas contêm as mesmas verdades
que Jesus ensinou sobre o reino de Deus, porém, de maneira mais abrangente e mais
clara, pois Jesus não podia ensinar tudo claramente, porque Ele não havia
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completado a Sua obra. Além disso, o Espírito ainda não tinha descido para dentro
dos discípulos. E, também, porque a Sua missão principal não era ensinar todos os
detalhes de todos os ensinamentos do Reino, mas sim revelar o Pai e morrer pela
humanidade. Por meio do Seu Espírito, através dos profetas e apóstolos, Ele se
encarregou depois de ampliar o conhecimento das verdades do Reino e da Igreja.
ELE PREGOU ARREPENDIMENTO:
“Daí em diante Jesus começou a pregar: „Arrependam-se, pois o Reino
dos céus está próximo‟” (Mateus 4.17).
Embora a mensagem de arrependimento faça parte da mensagem reino de Deus,
nós estamos enfatizando-a separadamente porque este é um assunto fora de moda
nos dias atuais. Contudo, Deus continua chamando os homens ao arrependimento e
o arrependimento ainda continua sendo a porta de entrada no reino de Deus.
ELE USAVA A PALAVRA DE DEUS:
Quando Jesus entrou na sinagoga de Nazaré, Ele levantou-se para ler e lhe deram
o livro do profeta Isaías (Lucas 4.16-19). Ele leu um texto e aplicou-o a Si mesmo.
Ora, Ele poderia muito bem ter apenas declarado o propósito de Sua vinda ao nosso
mundo sem abrir as Escrituras. Mas, Ele quis mostrar que Seu ensino estava
claramente fundamento na Palavra de Deus. Que tremendo testemunho para nós!
Nós podemos dizer que Jesus era um “homem do livro”. Ele não somente
conhecia as Escrituras, mas também sabia como usá-la. Em seus ensinamentos, ele
freqüentemente citava partes das Escrituras. Um dos melhores exemplos disso é
Mateus 5 – “ouviste o que foi dito aos antigos...”; João 6.45 – “está escrito nos
profetas...”.
Desejamos que o exemplo de Jesus nos ensine a usar mais a Palavra de Deus e
menos as nossas próprias idéias.
SUA APRESENTAÇÃO DA MENSAGEM
Quando Jesus ensinava, Ele o fazia com autoridade e demonstração de Poder
(Marcos 1.27; Mateus 7.29; Lucas 4.32; Marcos 6.2). Ele sabia que as pessoas não
seriam transformadas com mera informação. As pessoas são convertidas,
transformadas, curadas, tocadas, através da Palavra ministrada no poder e autoridade
do Espírito de Deus.
Ele ensinava com sabedoria (Marcos 6.2). Sabedoria é uma jóia rara para muitos
pregadores da atualidade. Nós devemos ler um pouco mais os provérbios de
Salomão e aprender um pouco mais da sabedoria de Deus.
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Ele usava o “anzol”. Jesus era um grande pescador de almas. Ele usava seus
ensinamentos para pescar muitas vidas para o Pai. Como um sábio pescador, Ele
sabia usar muito bem o Seu anzol. De fato, Ele usava um anzol diferente para cada
tipo de “peixe” com quem se encontrava.
Com Nicodemos, por exemplo, em João 3.1-15, Ele fala de nascimento, vento,
água, serpente de bronze. Com a Samaritana (João 4), Ele fala de água que mata a
sede para sempre. Veja também os “Eu sou” de Cristo em João (luz, caminho,
pastor, videira, etc.). Jesus sempre usava alguma coisa comum do dia a dia para daí
conduzir a pessoa ao conhecimento da verdade, para agarrar a atenção da pessoa e
levá-la à questão principal.
Seu método predileto era usar as parábolas. Parábolas são estórias sobre coisas
naturais que ilustram verdades espirituais. É comparar coisas naturais com coisas
espirituais. Por exemplo, a Parábola do Semeador, a do Bom Samaritano, das Bodas
e etc.
A FONTE DO SEU PODER NA PREGAÇÃO
Em Lucas 4.18-19 nós descobrimos qual era o segredo de Suas pregações cheias
de poder e autoridade. Jesus ensinava sob a unção do Espírito Santo de Deus. Se
quisermos obter os mesmos resultados de Jesus nós teremos que usar a mesma fonte
de poder – o Espírito Santo.
É claro, jamais podemos nos esquecer que o Espírito Santo é uma pessoa e não
„coisa‟ que possa ser controlada a nosso bel-prazer. Isso implica em que nós
precisamos desenvolver um relacionamento de dependência e submissão ao Espírito
para que possamos ministrar em Seu poder.
ONDE ELE ENSINAVA
Jesus não tinha um lugar especial para ensinar. Ele ensinava nas sinagogas (onde
havia pessoas piedosas - Mateus 4.23; 9.35). Ele também ensinou nas cidades dos
discípulos (criando pontos de contato com seus familiares e amigos - Mateus 11.1),
nas aldeias circunvizinhas da Sua cidade (com uma mentalidade voltada para a
expansão missionária – Marcos 6.6) e no templo (onde havia pessoas religiosas -
Marcos 12.35; 14.49; Marcos 6.6).
SEUS OBJETIVOS
Jesus tinha objetivos em Sua pregação e ensino. Por exemplo, Ele objetivou
pregar o evangelho aos pobres (Lucas 4.18). Ele pregava para libertar os cativos
(João 8.31-32), salvar as pessoas (João 3.17) e fundamentar os Seus discípulos
(Mateus 7.24-27). Nós devemos ter estes mesmos objetivos em nosso ministério.
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PRINCÍPIOS GERAIS
A seguir, nós apresentamos diversos princípios que Jesus empregava em Seu
ministério de pregação e ensino:
Jesus ensinava por níveis: (Marcos 4.33; João 16.12). Ele sabia que nem
todos conseguiriam entender Sua mensagem, então Ele não pregava certas
coisas para estas pessoas. Ele ensinou aos discípulos na medida em que eles
tinham capacidade de aprender novas coisas.
Jesus usava recursos visuais (Marcos 9.37 - tomou uma criança; Mateus
12.46-50 - apontou para os discípulos). Na verdade, Ele fez do ambiente ao
seu redor um grande "quadro-negro". Usar recursos visuais na pregação é
uma grande ferramenta de ensino; ajuda poderosamente a fixar a verdade nas
mentes das pessoas.
Jesus ensinou pelo exemplo. Ele orou para ensinar Seus discípulos a orar
(Lucas 11.1-4). Ele curou enfermos para demonstrar como fazê-lo; depois,
enviou Seus discípulos para fazerem o mesmo. Nós já vimos que Jesus
primeiro fazia e depois é que Ele ensinava (Atos 1.1).
Jesus usou diferentes abordagens para ensinar:
o Ele usou perguntas e respostas - Mateus 21.28, 40;
o Ele usou parábolas - Mateus 13;
o Ele usou histórias reais - Lucas 16.19-31.
Jesus ensinava com amor e compaixão, sem condenação, e atendendo as
necessidades das pessoas.
Através do ministério de pregação de Jesus, nós entendemos que o sucesso da
pregação é uma obra de Deus em cooperação com o pregador e seus ouvintes.
Jesus fez a Sua parte pregando a vontade de Deus na unção do Espírito Santo.
Porém, nem todos ouviram a pregação de Jesus. Contudo, nenhuma de Suas palavras
jamais voltou vazia (Isaías 55.11 com Mateus 13.18-23).
Nós encerramos aqui os princípios que aprendemos com Jesus sobre como
exercer um ministério de pregação e ensino seguindo o Seu modelo. Para maiores
informações e treinamento sobre a arte de pregar e ensinar veja o Curso “O
Ministério da Palavra: Homilética”.
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Lição 1 - Questões Para Revisão 1. Quais os dois elementos vitais do ministério de Jesus?
2. Por que Jesus é o nosso Jesus é o nosso melhor modelo na pregação e no ensino?
3. Como você descreveria a apresentação das mensagens de Jesus?
4. Qual era a fonte do poder de Jesus na pregação?
5. Onde Jesus costumava ensinar?
6. Quais eram os objetivos de Jesus ao ensinar?
7. Quais seriam os princípios gerais que você poderia citar de memória sobre o
ministério de pregação e ensino de Jesus?
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Lição Dois
O MODELO DE MINISTÉRIO DE JESUS (2)
DISCIPULADO
Versículo-Chave
“Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu
senhor” (Mateus 10.25a).
INTRODUÇÃO
Outra parte importante do ministério de Jesus foi o discipulado. Com Ele nós
aprenderemos bastante sobre como fazer discípulos.
A palavra grega mathetes, traduzida como discípulo, aparece cerca de 270 vezes
no N.T. Ela deve ter, então, alguma importância para Deus, não?
Mas, o que é um discípulo? Numa breve declaração, podemos dizer que um
discípulo é alguém que...
Ouve os ensinamentos de um mestre
Aceita os ensinamentos dele
Pratica tais ensinamentos
Transmite esses ensinamentos aos outros
Fazendo isto, o discípulo se torna igual ao seu mestre (Mateus 10.25). De fato, o
propósito de Deus é que sejamos semelhantes a Jesus (Romanos 8.29; 2 Coríntios
3.18) e esse propósito só é possível se nós fizermos discípulos como Jesus. Assim,
nós teremos discípulos plenamente capazes de – naturalmente, constantemente e
facilmente – viver, demonstrar e proclamar a realidade do Reino de Deus.
TRÊS PONTOS BÁSICOS SOBRE O DISCIPULADO
Em primeiro lugar, o discipulado de Jesus tem um preço e esse preço é
simplesmente tudo! (Lucas 9.23; 14.26, 27,33). Se você quer ser um discípulo de
Jesus, você deve entregar tudo a Ele.
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Em segundo lugar, você precisa entender que o alvo do discipulado é tornar-se
igual ao Mestre (Mateus 10.25). Se este não é o seu objetivo, talvez seja melhor
pensar de novo em tornar-se um discípulo!
Por fim, a recompensa do discipulado nem sempre é da maneira como esperamos
(Mateus 19.27-29). Deus tem propósitos específicos para cada um e estes propósitos
são determinados pela Sua sabedoria e não pelo que desejamos.
COMO JESUS FEZ DISCÍPULOS
Jesus tornou-se íntimo dos Seus discípulos, um verdadeiro amigo (João 15.13-
14). Ele compartilhou com eles Sua vida, Seu plano e mensagem, Sua comida, Seu
sono, Suas orações, Sua pregação, ensino, experiências de libertação e cura e etc.
Ele investiu Seu tempo e recursos naqueles que tinham verdadeiro interesse.
Ele proclamava: “Se alguém quiser vir...” (Lucas 9.23). Ele apelou à
espontaneidade, voluntariedade das pessoas. Ele jamais pressionou ninguém a segui-
lo. Porém, era claro quanto às exigências de Sua mensagem: “Quem não é por mim
é contra mim” - tudo ou nada. “Quem tem sede, venha e beba” - pra desfrutar é
preciso seguir.
Jesus dava tarefas práticas aos discípulos (Marcos 6.12-13; 14.16). Não existe
discipulado sem colocar em prática o aprendizado. Muitos chamam de discipulado
um curso de algumas semanas que apenas traz informações à mente, mas que não
produz nenhuma transformação real na vida das pessoas. Para que haja essa
transformação, é preciso levar os discípulos a praticar o que foi ensinado.
O QUE JESUS ENSINOU AOS SEUS DISCÍPULOS
Jesus ensinou sobre muitas coisas. Jesus ensinou sobre Si mesmo como sendo o
único e suficiente meio de Salvação e a provisão completa daquele que Nele crê
(João 14.6; 10.10; 6.57). Jesus ensinou os princípios de vida e conduta daqueles
que fazem parte do Seu reino (Mateus 5, 6, 7). Jesus ensinou sobre a comunhão
com Deus através da oração e da obediência à Palavra de Deus (Lucas 11.1-4;
Mateus 7.24-27). Jesus ensinou como realizar a obra de Deus (Mateus 9.35-39;
João 4.34-35; Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-18; Lucas 24.47-49; Atos 1.8).
Se quisermos fazer discípulos como Jesus fez, nós devemos usar os mesmos
princípios e ensinar as mesmas coisas que Ele ensinou.
É interessante notar que Jesus mandou-nos fazer discípulos ensinando-os a
“guardar” ou praticar tudo o que Ele ordenou. Uma parte importante do discipulado
é ensinar os discípulos a obedecer aos ensinamentos de Jesus. Nosso Mestre deu
cerca de 40 mandamentos diretos aos Seus discípulos, mas que podem ser resumidos
em sete categorias gerais. Ele ordenou...
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O Arrependimento e a fé para receber o Espírito Santo e entrar no Reino
de Deus;
O batismo nas águas
Orar
O partir do pão (Ceia)
Dar
Amar
Fazer discípulos
Se você ensinar aos seus discípulos estas coisas, você os ensinará a viver uma
vida cristã vitoriosa.
Também é interessante observar o método de ensino de Jesus enquanto
discipulava os Seus discípulos:
Ele os confrontava e repreendia - Lucas 9.54-55; Mateus 16.13-15; João
6.66-67;
Ele fazia perguntas para ver se e quanto os discípulos tinham
compreendido a mensagem (Mateus 13.51; 15.15-16; 16.5-11).
Ele ensinava por comparação (Mateus 5, 6, 7). Ele usou constantemente o
princípio de paralelos naturais para explicar verdades espirituais e morais:
o Natureza: sol, luz, chuva, lírios, rocha, rios, ventos, pedra...
o Animais: cães, porcos, peixe, ovelhas, lobos, traças, aves...
o Árvores/plantas/frutos: uvas, figos, espinheiros, abrolhos, trigo,
joio...
o Profissões/Ocupações: pescadores, senhores e servos, colheita,
salário...
o Alimentos/Comidas/Condimentos: pão, peixes, vinho, sal,
cominho...
o Corpo humano: mão, olho, coração...
o Outras coisas: candeia, trombeta, lâmpada, trave, cidades, a história
e cultura religiosa do povo, prisão, ladrões, porta, caminho, etc.
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Lição 2 - Questões Para Revisão
1. O que é um discípulo?
2. Quais são os três pontos básicos sobre o discipulado?
3. Como Jesus fez discípulos?
4. O que Jesus ensinou aos Seus discípulos?
5. Quais eram as características do Seu método de discipulado?
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Lição Três
O MODELO DE MINISTÉRIO DE JESUS (3)
A CURA DO CORPO
Versículo-Chave
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para
pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade
aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos”
(Lucas 4.18).
INTRODUÇÃO
Antes de qualquer coisa, nós precisamos afirmar que a questão da cura do corpo
não é uma questão de teorias e técnicas humanas. Também não é um assunto para
ser dissecado pelo crítico e incrédulo bisturi teológico. Jesus curou e ordenou que
fizéssemos as mesmas obras que Ele fez, então não é preciso mais discutir sobre a
validade e necessidade de se ministrar cura nos dias de hoje.
A experiência neste campo pode ser muito útil; contudo, o exemplo de Jesus está
acima de nossa experiência pessoal, pois o nosso objetivo nessas lições é aprender a
ministrar como Ele ministrou.
A MISSÃO DE JESUS INCLUE A CURA DO CORPO
Nós precisamos entender que a missão de Jesus era curar assim como também
era salvar. Ele deixou muito claro em Lucas 4.18-19 que havia sido enviado e que o
Espírito estava sobre Ele com o propósito de curar os quebrantados de coração. Mas
não somente os quebrantados de coração, porque pelo Seu próprio exemplo, Ele
mostrou que veio também curar os enfermos física e espiritualmente.
É importante lembrarmos que Suas curas eram “sinais”:
“E grande multidão continuava a segui-lo, porque vira os sinais
miraculosos que ele tinha realizado nos doentes” (João 6.2).
Os milagres de Jesus eram sinais do Seu messianismo; eles apontavam para Ele
como sendo o Rei Messias enviado por Iavé para salvar o Seu povo de todos os Seus
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pecados. As curas provavam claramente que Ele era o enviado do Deus (Mateus
11.2-6). Sim, Jesus curava intencionalmente para mostrar às pessoas que Ele era
realmente o Filho de Deus, enviado para revelar o amor do Pai aos seres humanos.
Embora a salvação do homem seja uma missão gloriosa e Jesus realmente veio
para salvar o homem, nós não podemos diminuir a importância do Seu
ministério de cura enquanto Ele esteve na Terra, e nem em nossos dias, através do
Espírito e com a instrumentalidade de Sua igreja. Porque, de fato, as curas faziam
parte de Seu itinerário (Mateus 4.23-24; 9.35). Por onde Ele passava, as curas
acompanhavam o Seu ministério, seja em menor ou maior escala.
Muito se tem discutido sobre a base na qual podemos nos apoiar para buscarmos
cura em Jesus nos dias atuais. A nossa base é a mesma na qual Jesus se apoiou e
levou as pessoas a se fundamentarem: a Sua expiação é a base da nossa cura
(Mateus 8.17). Jesus levou sobre Si nossas enfermidades lá na cruz, da mesma
maneira que Ele levou nossas iniqüidades:
“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou
as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus,
por Deus atingido e afligido” (Isaías 53.4).
Quando buscamos ou ministramos cura, não pensemos que temos qualquer mérito
pessoal na questão ou que mereçamos ser curados ou que somente a nossa fé operará
a cura. Nós nos fundamentamos no que Cristo fez por nós na Sua expiação, na Sua
morte vicária e toda eficaz.
As curas realizadas por Jesus também eram cumprimentos proféticos:
“Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele
expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes. E
assim se cumpriu o que fora dito pelo profeta Isaías: Ele tomou sobre si
as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças” (Mateus
8.16-17).
Através das curas Jesus mostrava às pessoas que a Palavra de Deus era fiel e
estava se cumprindo ali diante dos olhos de todos.
A motivação de Jesus para curar era a compaixão:
“Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve
compaixão deles e curou os seus doentes” (Mateus 14.14).
Ele não estava meramente cumprindo as profecias bíblicas ou mostrando para as
pessoas que Ele era o Messias enviado. Ele realmente amava as pessoas e
demonstrou isto praticamente levando sobre Si as enfermidades delas.
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COMO JESUS MINISTRAVA A CURA
A primeira coisa que aprendemos sobre a maneira como Jesus ministrava a crua
às pessoas é que Ele socorria aos que tinham necessidade de cura:
“Mas as multidões ficaram sabendo, e o seguiram. Ele as acolheu, e
falava-lhes acerca do Reino de Deus, e curava os que precisavam de
cura” (Lucas 9.11).
Ele não curava apenas os que iam sendo salvos, mas todos aqueles que tinham
necessidade, até mesmo aqueles que não aceitaram o Seu perdão. A idéia de que
temos que esperar que todos os que são curados também sejam salvos é errada. Nós
devemos orar pela cura por compaixão, não para conseguirmos seguidores. Jesus
curava mesmo quando as pessoas não O Seguiam. Nós devemos fazer o mesmo.
Ele trazia cura integral ao enfermo:
“Notícias sobre ele se espalharam por toda a Síria, e o povo lhe trouxe
todos os que estavam padecendo vários males e tormentos:
endemoninhados, epiléticos e paralíticos; e ele os curou” (Mateus
4.24).
Quando falamos de cura, assim como Jesus fazia, nós não podemos limitá-la a
cura do corpo. Quando a Bíblia fala das curas de Jesus, ela nos mostra que as curas
eram “holísticas”, ou seja, elas alcançavam o ser integral:
O espírito do homem era curado através do perdão dos pecados (Lucas
5.20,24).
A alma também era curada de suas aflições (Mt 4.24 - atormentados de
espíritos; Isaías 61.1 - quebrantados de coração).
E, por fim, o corpo também usufruía a cura integral (Mateus 4.24).
Jesus dependia da unção do Espírito Santo. A unção para curar estava sobre
Ele em ocasiões específicas (Lucas 5.16-17). Será que Jesus curava na hora em que
Ele bem queria? O texto de Lucas 5 parece indicar que não. Seja como for, o fato é
que Ele liberava o poder do Espírito através do Seu corpo:
“E todos procuravam tocar nele, porque dele saía poder que curava
todos” (Lucas 6.19).
Jesus fez o que a religião não podia fazer. A história de Mateus 21.14-16 nos
mostra que os cegos e os mancos se aproximaram Dele no templo. Eles não se
aproximaram dos sacerdotes e escribas, pois os doentes sabiam que eles não tinham
poder algum para curar. Além disso, os sacerdotes não podiam fazer nada pelos
enfermos dentro do templo, pois segundo as regras, os doentes tornariam o lugar
impuro. Mas Jesus os curou ali mesmo no templo. Os sacerdotes não faziam e
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podiam fazer isso. Os religiosos judeus tinham o templo, a beleza dos rituais, mas
não tinham poder para curar ninguém!
Jesus usou diversos métodos para curar as pessoas. Nenhum deles era
“melhor” ou mais eficaz do que os outros. A questão era qual método era o mais
apropriado em cada situação conforme a direção do Espírito. Por exemplo:
Jesus curou apenas com uma palavra de ordem (Mateus 8.16).
Ele usava a imposição de mãos - Lucas 4.40.
Ele usava métodos pouco ortodoxos - Marcos 7.33; 8.23.
Às vezes Ele tocava no local da enfermidade - Marcos 7.33; 8.23.
Jesus sempre respondia à fé dos enfermos (Mateus 8.10, 13; 9.22, 29). Às
vezes queremos diminuir a importância da fé da pessoa na cura, mas a fé um fator-
chave para muitas curas.
Jesus também respondia à fé de quem estava com os enfermos (Mateus 9.2).
Isto nos mostra que a fé é um elemento-chave da cura, mas não somente a fé do
enfermo. A fé do pai ou da mãe, de um amigo ou pessoa chegada também pode ser o
fator-chave para a cura de uma pessoa.
ORIENTAÇÕES E ENSINOS DE JESUS SOBRE A CURA FÍSICA
Ele deu autoridade aos Seus Doze Apóstolos (Mateus 10.1,8) para curar toda
sorte de doenças e enfermidades, mas será que isto foi exclusivo aos Doze? Não,
pois além dos Doze, Ele também deu autoridade aos discípulos enviados de dois em
dois (Lucas 10.8-9).
E mais ainda: Ele também deu autoridade a todos os Seus seguidores (Marcos
16.17-18). A autoridade para realizar curas não é exclusiva aos 12 ou aos 72; não é
dado para que uma só pessoa possa curar todos os tipos de enfermidades; não é para
os „especialistas‟ em cura, mas sim para todos os crentes.
Nota: Nós queremos enfatizar aqui a importância dos dons de curar (1 Coríntios
12.9) em muitas situações de cura. Nós temos a autoridade para curar doenças e
enfermidades. Mas isto não significa que podemos curar todas as enfermidades em
todo o tempo. Algumas vezes nós não vemos as pessoas curadas, mas não é por
alguma falha nossa, falta de fé ou etc., mas sim porque não temos os dons
apropriados naquela dada situação. Aqueles que possuem os dons de curar são
importantíssimos para orar por doenças específicas e mortais, tais como câncer, aids
e etc.
Vejamos agora alguns ensinamentos de Jesus obre a cura:
A cura (física, espiritual ou da alma) é o pão dos filhos (ver Mateus 15.21-28),
ou seja, ela é especialmente, ainda que não exclusivamente, para os filhos de Deus.
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Os não-cristãos usufruem desta bênção como um subproduto da graça oferecido aos
filhos de Deus. Em sua graça e grande misericórdia o Senhor demonstra Seu poder
de cura aos incrédulos para despertá-los ao Reino de Deus. Conosco, porém, é
diferente. Como filhos do Senhor, nós não somente somos instrumentos para a cura
de outros, mas somos beneficiários diretos da graça da cura.
Expulsar demônios é curar (Lucas 6.18; 7.21; 8.8; Atos 10.38). Como já
mencionamos antes neste estudo, a cura deve ser vista no seu todo e não apenas em
suas partes. Cura do espírito ou perdão dos pecados é cura. Cura da alma também é
cura. Expulsão de demônios ou cura das aflições causadas por demônios também é
cura. Aqui nesta lição nós fazemos a diferenciação para enfatizarmos este aspecto
específico da cura, visto que outras lições abordarão mais detidamente a cura da
alma e a libertação de cadeias satânicas.
Nós temos autoridade sobre todo o poder do inimigo (Lucas 10.19), o que
significa que temos poder para curar todas as doenças causadas por demônios.
O pecado traz doenças (João 5.14). Nem toda doença é causada pelo pecado,
mas o pecado, falando de um modo geral, causa doenças.
Nem toda doença é resultado do pecado (João 9.3). Há vasos preparados para a
manifestação da glória de Deus, ou seja, algumas pessoas que estão doentes foram
determinadas para manifestarem a glória de Deus por meio da curas de suas
enfermidades.
Nota: É importante saber discernir a origem ou propósito das doenças. Uma pessoa
com o dom de discernimento de espíritos ou palavra de conhecimento pode ajudar-
nos a discernir as diferentes fontes ou propósitos das doenças. Uma doença pode
ser permitida por Deus para que Ele seja glorificado através da cura. Nesse
caso, nós devemos orar fervorosamente pela cura. E, enquanto ele não vem,
devemos cooperar com Sua obra transformadora em nosso coração, pois sempre que
uma cura “atrasa”, isso significa que Deus quer fazer primeiro uma cura interna.
Uma doença também pode ser permitida por Deus para Ele seja glorificado na
doença. Sim, Deus pode permitir que uma pessoal viva toda a sua vida em
enfermidade porque em Seus planos tal pessoa trará maior glória para Ele do que se
fosse curada. Isso é difícil de aceitar, mas é real. Paulo, por exemplo, esteve
possivelmente enfermo e Deus não atendeu ao seu pedido de cura (2 Coríntios 12).
Nos planos de Deus para Paulo a enfermidade cumpriria um papel mais importante
do que a cura.
Uma doença pode ser causada por Satanás através de um de seus agentes
(demônios). Neste caso, não devemos nunca aceitar a doença; pelo contrário,
devemos repreender o espírito maligno que está causando a enfermidade e expulsá-
lo.
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Uma doença pode ser causada pelo pecado. Uma prática contínua de pecado pode
levar a enfermidades físicas, emocionais ou espirituais. Nesse caso, nós devemos
confessar e abandonar o pecado para que recebamos a cura.
Há poder no nome de Jesus (Atos 3.6-8; 4.10). Muitas pessoas foram curadas
por causa da fé no nome de Jesus. No entanto, precisamos ter o cuidado de não
usarmos o nome de Jesus como uma “palavra mágica”. Há poder no nome de Jesus
por causa de quem Jesus é. E nós somente poderemos usufruir os privilégios que há
neste nome se nós mantivermos um relacionamento certo com ele.
Nem toda a cura é instantânea. Pelo menos uma vez Jesus não curou
instantaneamente (Marcos 8.22-26). Nem sempre a cura acontece na hora da
ministração, mas pode vir depois. Devemos lembrar que os poderes do Reino de
Deus ainda não estão atuando em plenitude nos nossos dias.
Para concluir esta lição, vejamos alguns pensamentos gerais sobre o
ministério de cura de Jesus e como esses se aplicam a nós:
Jesus sabia e estava plenamente convicto de que curar era parte de Seu
chamado e ministério. O mesmo deve acontecer conosco para vermos o poder
de Deus liberado através de nós.
Jesus era naturalmente sobrenatural. Ele não fazia "cena"; Ele não era
dramático. Ele era rápido, direto e preciso. Ele agia no poder de Deus. Isso
deve estar constantemente em nosso mente.
Ele dependia da unção do Espírito para realizar as curas. Ele esperava a
unção vir sobre Ele antes de começar a curar.
Ele sempre conversava com as pessoas a respeito de seus problemas. “Que
queres que eu te faça?” Pode ser uma boa prática perguntar a pessoa o que ela
espera conseguir com sua oração antes de você orar por ela.
Ele reagia fortemente à fé das pessoas; Ele percebia quem tinha fé para ser
curado. “O que o Pai está fazendo?” - era a Sua indagação constante (João
5.19-20). Nós aprendemos com Seu exemplo que, durante um período de
ministração, nós devemos estar atento àquelas pessoas que estão buscando a
Deus mais intensamente, pois tais pessoas podem estar manifestando uma
maior fé para a cura naquele momento.
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Lição 3 - Questões Para Revisão 1. Qual é a base bíblica para a afirmação de que a missão de Jesus era tanto curar
quanto salvar?
2. Qual é a base bíblica para buscarmos a cura física hoje?
3. Qual era a motivação de Jesus para curar?
4. Como Jesus ministrava a cura?
5. O que significa dizer que a cura “é o pão dos filhos”?
6. Por que nem toda cura é instantânea?
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Lição Quatro
O MODELO DE MINISTÉRIO DE JESUS (4)
EXPULSAR DEMÔNIOS
Versículo-Chave
“Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então
chegou a vocês o Reino de Deus” (Mateus 12.29).
INTRODUÇÃO
A Bíblia descreve claramente que a humanidade jaz no maligno (1 João 5.19),
que ela é guiada por Satanás (Efésios 2.2), e que está se tornando cada vez mais
maligna (Mateus 12.43-45). Esta é a triste condição de todos os seres humanos sem
Cristo.
Devido à contínua e agravante queda do homem, ele está em grande perigo por
causa de sua rejeição à Palavra da verdade. Jesus ensinou que uma casa não
preenchida por Deus após a expulsão de demônios faz com que os antigos
“moradores” tragam “mais sete piores”. E o último estado é sempre pior do que o
anterior. O mesmo acontece com cada geração. Cada vez que uma geração rejeita a
graça de Deus, Satanás toma vantagem sobre ela.
Como a Igreja de Jesus, nós precisamos reconquistar este mundo para Deus. O
Reino de Deus deve invadir e tomar o território conquistado pelo Inimigo. Isto nos
coloca face a face com as forças do diabo que atuam nas e através das pessoas.
De fato, nós fomos chamados e recebemos a unção do Espírito para pôr os cativos
em liberdade (Lucas 4.18-19). Mas precisamos estar atentos a duas coisas:
Expelir demônios não garante a entrada no reino dos céus - Mateus 7.22. Para
entrar no reino de Deus é preciso experimentar uma genuína transformação
interna – o novo nascimento.
A religiosidade não afasta os demônios. Jesus estava na sinagoga quando um
homem ali se manifestou endemoninhado (Lucas 4.33). A simples
participação nas reuniões da igreja não torna ninguém imune ao poder do
inimigo. Somente a verdadeira salvação pela graça de Deus mediante o
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arrependimento e fé pode assegurar o direito de proteção contra as investidas
mais duras do inimigo.
Muitas pessoas não crêem que devamos nos envolver com a expulsão de
demônios, pois isto teria sido uma prática apenas para a época dos Apóstolos. Mas a
Bíblia nos mostra que a expulsão de demônios é para esta era (Lucas 13.32 - Hoje e
amanhã eu expulso demônios – os dois dias representam os 2.000 anos da era da
graça). Hoje, Jesus continua expulsando demônios através da Igreja!
JESUS E OS DEMÔNIOS
Os demônios reconheciam a Jesus, Sua autoridade e glória (Marcos 3.11), mas
Ele não aceitava esta demonstração da parte dos demônios.
O confronto de Jesus com os demônios foi imediato. Assim que ele começou Seu
ministério, os demônios começaram a manifestar-se ao Seu redor (Marcos 1.23).De
fato, Seu ministério começou com a pregação do evangelho e a expulsão de
demônios. Parece-nos que os demônios estavam “na espera”, pois eles “não
tardaram” em aparecer. Isto nos mostra que o confronto entre o reino de Deus e o
reino das trevas é inevitável em qualquer lugar que Jesus esteja atuando.
Jesus deu autoridade aos Seus discípulos sobre e para expelir demônios. Ele deu
autoridade aos doze (Marcos 3.15; Lucas 9.1) e a também a todos os que crêem:
“Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão
demônios; falarão novas línguas” (Marcos 16.17).
Os demônios se submetem aos discípulos pelo nome de Jesus:
“Os setenta e dois voltaram alegres e disseram: 'Senhor, até os
demônios se submetem a nós, em teu nome'” (Lucas 10.17).
Nós não temos qualquer poder em nós mesmos para repreender e subjugar
demônios. É o nome de Jesus quem ameaça e domina os servos do inimigo.
Os demônios reagem violentamente na presença de Jesus:
“Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente
causou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a
rolar, espumando pela boca” (Marcos 9.20).
Não é incomum presenciarmos fortes e violentas reações por parte dos demônios
quando os repreendemos em nome de Jesus.
O REINO DE DEUS E OS DEMÔNIOS
A Bíblia nos mostra claramente que expulsar demônios é manifestar o Reino de
Deus (Mateus 12.28). Onde quer que o reino de Deus se manifeste, aí haverá
confronto com o reino das trevas e os demônios serão expulsos de suas vítimas.
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Expulsar demônios é estar do lado de Cristo:
“„Mestre‟, disse João, „vimos um homem expulsando demônios em teu
nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos‟. „Não
o impeçam‟, disse Jesus. „Ninguém que faça um milagre em meu nome,
pode falar mal de mim logo em seguida, pois quem não é contra nós
está a nosso favor‟” (Marcos 9.38-40).
Os discípulos queriam proibir alguns que expulsavam demônios, mas não
andavam no mesmo grupo dos discípulos de Jesus. O Senhor, porém, impediu-lhes
disso, dizendo que ninguém que faça a Sua obra pode estar contra ele. De fato, quem
expulsa demônios pelo poder de Deus está do lado de Jesus1. Mas há quem pregue
contra o ministério de expulsar demônios... Afinal, de qual lado eles estão? Também
há pessoas que evitam o confronto com os poderes das trevas – de qual lado estão?
O Evangelho do Reino implica em confronto com o Reino de Satanás e este
confronto é normal (Marcos 1.23; Mateus 12.28). Sempre que o evangelho do reino
é pregado e vidas começam a escutá-lo, portanto, entrando no processo de
conversão, o inimigo se levanta furioso para revidar. A pregação do evangelho é um
ataque frontal contra o reino do diabo e ele fará de tudo para revidar este ataque.
Portanto, é normal que haja esses “encontros de poder” entre o reino de Deus e o
reino de Satanás quando o evangelho e as bênçãos do reino estão alcançando,
salvando e transformando as pessoas.
A AÇÃO DEMONÍACA DIRETA
Os agentes de Satanás agem diretamente em nosso mundo. Eles agem na cultura -
nas artes, na música, nas danças, nas roupas, nos costumes, nas crenças populares,
etc. Eles agem na mídia – televisão, rádio, cinema, Internet, etc.
Eles agem em e através de pessoas e áreas básicas de nosso mundo, independente
da cultura, época, sexo, idade e etc. Por exemplo, eles atacam crianças (Marcos
7.26, 29-30), homens e mulheres (Marcos 5.2; Lucas 8.2), eles possuem as pessoas
(Lucas 8.29; Marcos 5.2; 7.25) e atormentam-nas (Lucas 6.18).
Eles atam as pessoas à Satanás através de doenças (Lucas 13.11,16). Há espíritos
de enfermidade (Lucas 13.11, 16) que atuam no mundo causando todo tipo de
doenças e enfermidades nas pessoas. Tais pessoas somente são curadas quando os
demônios são expelidos (Lucas 8.2; 6.18; 7.21). De fato, os demônios até mesmo se
identificam estreitamente com certas doenças (Lucas 11.14; Marcos 9.25) e são a
causa primária de muitas doenças (Mateus 9.32-33; 17.15,18; Lucas 9.42; 13.11).
1 Obviamente, como o propósito Jesus já havia alertado em Mateus 7, a capacidade de expulsar demônios
não significa ou comprova a salvação pessoal ou testemunha de uma vida santa e obediente a Deus. No entanto, quanto ao avanço do Reino de Deus, mesmos que uma pessoa não seja verdadeiramente salva, mas de alguma maneira consegue expulsar um demônio, de fato, ela está cooperando com Jesus.
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QUEM E COMO SÃO OS DEMÔNIOS
Há duas linhas de pensamento acerca da origem e identidade dos demônios.
Alguns crêem que eles pertenciam a uma raça não-humana pré-adâmica e que
seguiram a Satanás em sua rebelião e assim eles foram condenados por Deus a
vagarem sem corpos, apenas em espírito. Outros crêem que eles eram originalmente
anjos de Deus, mas que ao seguirem após Satanás em sua rebelião eles foram
lançados para fora do céu e se tornaram servos do diabo – demônios. Esta segunda
interpretação parece-nos ser a mais correta (Judas 6).
Eles são chamados de espíritos imundos (Lucas 4.33), impuros (Judas 6) e
malignos (Atos 19.13). Eles são seres multidimensionais (vários deles podem
habitar numa só pessoa ao mesmo tempo - Marcos 16.19; Lucas 4.41; 8.30).
Os demônios têm poder sobre os corpos humanos (Marcos 1.26) e sobre os
animais (Marcos 5.13) e são identificados por suas atuações ou funções, tais como:
Espírito adivinhador - Atos 16.16;
Espírito de enfermidade - Lucas 13.11, 16;
Espírito mudo e surdo - Marcos 9.25.
COMO EXPELIR DEMÔNIOS
Através do ministério de Jesus nós aprendemos muitos princípios sobre como
expelir demônios. É interessante observarmos as palavras usadas nos Evangelhos
para conceituar a nossa ação contra os demônios. Nós agimos contra os demônios:
Expelindo, ou seja, mandando-os embora (Marcos 7.22; 8.31; 9.33);
Expulsando, ou seja, retirando pela força (não física, mas pelo poder do
Espírito) (Mateus 12.28);
Repreendendo, proibindo (Mateus 17.18; Lucas 4.41);
Submetendo – dominando-os e sujeitando-os à autoridade de Cristo (Lucas
10.17).
Os demônios são expulsos pelo Espírito de Deus (Mateus 12.28), não pela nossa
força física. Os demônios podem ser expulsos meramente com a palavra (Mateus
8.16), sem esforço físico de nossa parte. É por isso que a fé é um pré-requisito para
se expulsar demônios (Mateus 17.19-20). Se você não tem fé para expelir demônios
é provável que você gaste muito tempo gritando e se esforçando para segurar uma
pessoa endemoninhada. Mas, com apenas uma palavra de ordem liberada com fé,
você pode expulsar um demônio de uma pessoa.
Os que são libertados da ação maligna devem contar seu testemunho (Lucas 8.38;
Apocalipse 12.11). Isso permite que eles ganhem confiança e cresçam amplamente
no Senhor, além de ajudar aos outros que enfrentam semelhante problema.
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Lição 4 - Questões Para Revisão 1. Como você resumiria a relação de Jesus com os demônios?
2. Qual texto bíblico mostra claramente que expulsar demônios é manifestar o reino
de Deus?
3. Como os demônios agem no mundo?
4. Quem são os demônios?
5. Como são os demônios?
6. Como expelir os demônios?
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Lição Cinco
O MODELO DE MINISTÉRIO DE JESUS (5)
ACONSELHAMENTO
Versículo-Chave
“Porque um menino nos nasceu... E ele será chamado Maravilhoso
Conselheiro” (Isaías 9.6).
INTRODUÇÃO
Outra área importante de ministério que pode ser aprendida através do ministério
de Jesus é a do aconselhamento cristão. De fato, o nome de Jesus é Conselheiro
(Isaías 9.6). E Ele entende muito mais acerca dos problemas da alma humana do que
os psicólogos do mundo inteiro. Portanto, é lícito que apresentemos a Jesus como o
médico das doenças da alma e por meio do Seu Espírito ministremos cura para os
corações e mentes enfermados pelo pecado através do aconselhamento cristão.
Devido à proliferação das modernas e não bíblicas técnicas de cura interior, o
aconselhamento bíblico e espiritual tem se tornado uma prática escassa no meio
evangélico. Nós, porém, se quisermos ser fiéis ao Senhor e ministrarmos na visão do
Reino e de maneira saudável, devemos resgatar o aconselhamento baseado na
suficiência de Cristo, na Palavra de Deus e no ministério do Espírito Santo. Cristo é
a provisão completa de Deus para todas as nossas necessidades e deve ser conhecido
e desfrutado pelo conhecimento e aplicação das Escrituras por meio do Espírito.
Nós entendemos e defendemos que o aconselhamento deve ser baseado na
Palavra de Cristo e não nos programas de auto-ajuda e na mera psicologia humana.
Jesus, o médico da alma, é totalmente eficaz e suficiente para tratar com todos os
problemas da alma.
Quando nós falamos sobre a restauração do aconselhamento bíblico na igreja
moderna, nós estamos pensando no resgate de alguns princípios do aconselhamento
que estão esquecidos da prática atual de aconselhamento, ou seja, a visão do homem
de modo integral - espírito, alma e corpo. Muitas doenças físicas são causadas por
doenças no espírito ou na alma. Assim, se olharmos apenas para uma esfera da vida
da pessoa, nós seremos ineficazes em nosso ministério.
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O aconselhamento não visa somente o bem estar do homem, mas a sua
restauração integral ao propósito de Deus. Deus tem um propósito eterno que é o de
conformar o homem à imagem do Seu Filho Jesus. Isso se dá em um processo que
começa com a salvação do espírito, mas continua com a transformação da alma e
culminará com a transformação do corpo. Assim, o papel do aconselhamento é levar
o homem a ajustar-se ao propósito de Deus e não meramente tratar com um ou outro
efeito da causa real.
O Aconselhamento bíblico deve ser recheado com muita oração. A oração
continua sendo um dos meios da graça. Através da oração nós conseguimos o favor
e a atuação de Deus por meio do Seu Espírito para corrigir, restaurar e transformar.
O QUE É ACONSELHAMENTO BÍBLICO
O aconselhamento, por si só, está conectado com conhecimento e percepção.
Aconselhar é dar visão, julgamento ou opinião com base no que se conhece. É dar
uma opinião para que outro a siga. O aconselhamento bíblico é, usando a Palavra de
Deus como fonte de informação e verdade absoluta, ajudar uma pessoa a orientar a
sua vida pela Palavra de Deus com o auxílio do Espírito Santo.
Nós cremos que o aconselhamento bíblico deve ser baseado na Palavra de Deus e
nos dons do Espírito Santo.
De acordo com a própria Bíblia, quando a Palavra de Deus é usada no
aconselhamento, ela gera (2 Timóteo 3.16-17; Colossenses 3.16):
Ensino
Repreensão
Correção
Instrução na justiça
Contudo, não devemos suar somente a Palavra de Deus no aconselhamento.
Devemos usar também o ministério do Espírito Santo. Quando usamos os dons do
Espírito no aconselhamento (1 Coríntios 14.3), nós provemos ao aconselhado:
Encorajamento – para mudar de rumo, restaurar as coisas, etc.
Edificação ou Construção – de novos ou antigos valores, sonhos, ideais,
padrões de comportamento, etc.
Consolação – nós o ajudamos a entender e ajustar-se ao plano de Deus
para sua vida, a receber o perdão, a ter paciência, a receber apoio, etc.
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A MISSÃO DE JESUS E O ACONSELHAMENTO
Nós precisamos ampliar um pouco a nossa compreensão da missão de Jesus neste
mundo. Nós sabemos, por exemplo, que Ele veio para um mundo perdido (Lucas
19.10). Mas, quão perdido é este mundo?
A Bíblia descreve o mundo como sendo dominado por Satanás (1 João 5.19;
Efésios 2.2), um mundo composto por pessoas escravizadas à natureza pecaminosa
(Efésios 2.3; Romanos 7.15-23).
De fato, o pecado produziu terríveis efeitos sobre o ser humano. De acordo com
Romanos 5.19, o homem tornou-se pecador, ou seja, foi mudado de natureza. O
homem foi criado inocente, mas ao pecar sua natureza básica foi corrompida e ele se
tornou uma coisa diferente do que era originalmente. Deus disse que tudo que Ele
havia criado era muito bom. O homem, porém, se corrompeu, sofreu uma
transformação no seu DNA e morreu espiritualmente.
O pecado, que se originou em Satanás, se tornou parte do ser humano. Ele entrou
no ser humano e o corrompeu profundamente. Toda a estrutura, todo o ser do
homem foi afetado pelo pecado e, conseqüentemente, a mudança interior do homem
afetou tudo o que se relaciona com ele no mundo exterior.
Como efeito da sua queda, o homem tornou-se um ser doente, enfermado pelo
pecado (Isaías 1.6). O seu coração foi degenerado e seus pensamentos, vontades,
desejos e emoções... Tudo foi corrompido. Surgiu, então, a inveja, o ódio, a ira,
ciúmes, vaidade, orgulho, amargura, ressentimentos, malícia, sensualidade,
violência, pensamentos impuros, traumas emocionais, complexos, lembranças
escravizadoras, atitudes e comportamentos fora dos padrões de Deus, preconceitos,
estruturas erradas de pensamento e etc.
As necessidades e instintos físicos e naturais saudáveis do homem também foram
corrompidos: a necessidade de comida tornou-se glutonaria, a bebida em excesso
tornou-se embriaguez, a beleza do sexo foi corrompida pela prostituição, adultério,
lascívia, homossexualismo, masturbação e etc. (Gálatas 5.19-21).
Contudo, nós temos boas notícias! Jesus veio destruir as obras do diabo e libertar-
nos do poder do pecado:
“Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque o Diabo vem pecando
desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para
destruir as obras do Diabo” (1 João 3.8).
“E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará... Portanto, se o
Filho os libertar, vocês de fato serão livres” (João 8.32, 36).
Ele também veio para curar-nos dos efeitos do pecado em nossa alma. A Bíblia
nos mostra claramente esse aspecto da missão de Jesus em Isaías 61.1-3:
“O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o
SENHOR ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me
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para cuidar dos que estão com o coração quebrantado... para consolar
todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sião uma
bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto, e um
manto de louvor em vez de espírito deprimido”.
Ele fez e faz isso através da unção do Espírito Santo de Deus. Sim, através do
Espírito Santo o coração do homem pode ser tocado, curado e transformado por
Jesus.
SETE PRINCÍPIOS BÁSICOS
Há sete princípios básicos no aconselhamento cristão. Estes princípios são
baseados no ministério da Palavra e do Espírito. O ministério da Palavra nos
proporciona os princípios de ensino, repreensão, correção e instrução na justiça no
aconselhamento. O ministério do Espírito nos proporciona encorajamento,
edificação e consolação. Jesus usou estes sete princípios no Seu ministério e nós
devemos usá-los também.
1. Ele ensinou uma nova atitude e um novo comportamento. Ver, por
exemplo, Mateus 5: “Ouvistes o que foi dito... eu, porém, vos digo”. No
aconselhamento, o ensino pode ser formal e sistemático ou informal e aleatório. A
ênfase, porém, deve ser a de produzir mudança de mente (arrependimento) e
estimular a ação para um novo estilo de vida e comportamento. E, lembre-se: todo
ensino deve ser baseado na Palavra de Deus e não em opiniões.
2. Jesus repreendeu com amor e firmeza as atitudes, ações e pensamentos
errados (Marcos 8.33; Lucas 9.54-55). Aconselhar não é concordar com, amaciar,
diminuir ou negar os erros (pecados). No aconselhamento é preciso abraçar e
também „usar a vara‟. Lembremos também que repreender é mais do reprovar; é
também convencer do erro.
Aqui nós podemos abrir um parêntese para tratar um pouco da questão de um
irmão pecar contra nós. Em Lucas 17.3-4, Jesus ensinou que se um irmão pecar
contra nós ele deve ser repreendido. Se ele se arrepender, nós devemos perdoá-lo,
não importa quantas vezes peque contra nós.
3. Jesus corrigiu o alvo de muitas pessoas (Mateus 6.19-21, 31-33; João 21.15-
19). Algumas pessoas têm uma idéia muita errada a respeito de “correção”. Para
elas, correção é “passar carão” e tirar os cargos dos que caem nalguma falta. Mas a
verdade é que correção é disciplina, é algo a ser aprendido; correção é instrução, é
algo a ser treinado. Correção é verdadeiramente uma prova de amor (Hebreus 12.6).
Nós precisamos corrigir os que caem em pecado e saber como corrigi-los. O que
aprendemos de Gálatas 6.1? Nós aprendemos que devemos corrigir aos que caem
em pecado, mas precisamos saber como fazê-lo. A Bíblia deixa claro que a ação de
corrigir é para os espirituais. A atitude certa para corrigir é com espírito de brandura.
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E a nossa precaução ao corrigir deve ser a de nos guardar para não cair no mesmo ou
em erro pior.
4. Jesus instruiu muitas vidas na vontade de Deus. Instruir implica em ensinar,
mas não é somente ensinar. Você pode ensinar apenas conhecimentos e isto pode ser
apenas momentâneo, sem compromisso, sem durabilidade. O verdadeiro ensino é
mais do que intelectual e visa a transformação da alma. A educação real envolve
ensino e exemplo; é progressiva; é relacional.
Entre as coisas que Jesus ensinou, nós encontramos a necessidade de colocarmos
a vontade de Deus em primeiro lugar (Mateus 6.33). E Ele mesmo deu exemplo
deste ensino (João 4.34; 6.38; Hebreus 10.9-10). Nós precisamos educar as pessoas
no reino de Deus. Quando uma pessoa decide viver no reino, a sua vida começa a
transformar-se. Para que o aconselhamento produza verdadeiros frutos, é preciso
educar as pessoas na vontade de Deus.
5. Jesus encorajou aqueles que estavam desanimados (Mateus 9.2; 14.27; João
16.33). A palavra encorajar é sinônima de “exortar”. Para muitas pessoas, exortar é
passar carão, mas o significado real da palavra é animar, encorajar outra pessoa a
prosseguir na caminhada.
Encorajar ou exortar também envolve advertir, mas nunca pára na advertência.
Sempre que uma pessoa for advertida, ela também deverá ser estimulada a acertar da
próxima vez, a continuar firme, a prosseguir, a lutar com maior firmeza.
6. Jesus edificou as vidas das pessoas sobre os valores do Reino de Deus.
Nossas vidas devem ser construídas sobre a Rocha da Palavra (Lucas 6.48). De fato,
neste mundo que está se tornando cada vez mais relativo, somente os absolutos da
Palavra podem nos guardar inabaláveis nas provações da vida.
Quando falamos sobre construir nossas vidas sobre a rocha, nós devemos também
falar sobre a necessidade de calcular os custos do discipulado (Lucas 14.28-30). O
aconselhado deve saber e reconhecer que somente através de submissão a Cristo e a
Sua Palavra é que mudanças serão produzidas. É preciso pagar o preço – seguir a
Jesus com fidelidade – para usufruir as riquezas de Sua graça!
7. Jesus consolou os corações partidos (Lucas 7.11-13). Jesus era o Primeiro
Consolador; o Espírito Santo seria o Segundo, porém, da mesma natureza e
qualidade do primeiro (João 14.16). Como Consolador, o Senhor Jesus entende as
nossas tristezas, nossas dores e está sempre disposto a estar do nosso lado e nos
ajudar a suportar todas as dores.
Uma das regras do reino de Jesus é que os que choram serão consolados (Mateus
5.4). De fato, Jesus veio consolar os que choram (Isaías 61.2b) e mudar a situação
dos quebrantados de coração (Isaías 61.3), dando-lhes verdadeira alegria:
Veio dar coroa ao invés de cinzas
Óleo de alegria em vez de pranto
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Vestes de louvor em vez de espírito angustiado.
Parte da restauração do Aconselhamento Bíblico diz respeito à cura da alma, que
se diferencia do aconselhamento por ser um ministério mais imediato do Espírito
Santo, ao contrário do aconselhamento que é mais demorado. No entanto, nós não
trataremos desta parte aqui porque a deixaremos para uma lição mais adiante. Nessa
lição posterior, nós veremos com mais propriedade as diferenças entre o
aconselhamento bíblico e a cura da alma, embora compreendamos que ambos são
lados de uma mesma moeda. Nosso enfoque diferenciado nesse curso visa apenas
trabalhar melhor com aquilo que deve ser usado em situações diferentes.
Lição 5 - Questões Para Revisão 1. O que é o aconselhamento bíblico?
2. Qual é o resultado do uso da Palavra no aconselhamento?
3. Qual é o resultado do ministério do Espírito no aconselhamento?
4. Como você descreveria a missão de Jesus e a sua relação com o aconselhamento
bíblico?
5. Quais são os sete princípios básicos do aconselhamento bíblico?
Para concluir essa parte do ensino sobre o modelo de ministério de Jesus, nós
queremos enfatizar mais uma vez que todos os ministérios devem seguir o modelo
de Jesus. Os princípios do Seu ministério devem permear toda a nossa vida e obra.
No entanto, neste curso, nós enfocamos apenas em cinco áreas de ministério e
apresentamos alguns princípios modelados por Jesus para a nossa prática. Ao aluno
cabe a pesquisa pessoal de outras áreas de ministério onde poderemos aplicar estes
princípios, assim como as devidas aplicações pessoais.
Lembre-se, por fim, que não adianta apenas sabermos como Jesus ministrou; nós
precisamos colocar a Palavra em ação e fazer as mesmas coisas que e da maneira
como Ele fez.
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INTRODUÇÃO DA SEGUNDA PARTE Antes de tudo, nós queremos reafirmar a nossa crença de que todo ministério é
importante no Reino e na Igreja de Deus. Todos os ministérios espirituais atuam em
poder quando guiados pelo Espírito Santo. No entanto, há certos ministérios que se
caracterizam de maneira especial pela visibilidade da manifestação do seu poder.
Alguns chamam a estes de “ministérios de poder”. Porém, visto que todos os dons e
ministérios só podem ser verdadeiramente exercidos no poder do Espírito Santo, nós
evitaremos usar essa linguagem.
Nesse curso nós temos trabalhado alguns ministérios específicos necessários para
o avanço do reino de Deus. No primeiro curso dessa série sobre o Reino de Deus,
nós estudamos o evangelismo e o discipulado, bem como os dons e ministérios da
Igreja de uma maneira geral. Na primeira parte desse curso, nós vimos os princípios
do modelo ministerial de Jesus em cinco áreas específicas do ministério necessário
para o avanço do reino de Deus: pregação e ensino, discipulado, cura do corpo,
expulsão de demônios e aconselhamento.
Nessa segunda parte deste segundo curso, nós focaremos na cura da alma, na
libertação e na quebra de maldições. Devido ao fato de tais temas terem se tornado
motivo de polêmica no meio evangélico, nós queremos adverti-lo de que nossa
abordagem procura ser bíblica e praticamente equilibrada. Você não é obrigado a
concordar com tudo o que escrevemos, porém, se você analisar nosso ensino sem
preconceitos, você verá uma equilibrada e saudável abordagem teológica e prática
dos temas como talvez você nunca tenha visto antes. Pois nós pretendemos, através
destas lições que seguem, não somente fornecer sólidas e saudáveis bases bíblicas
para o exercício destes ministérios, mas também fornecer algumas diretrizes práticas
acerca do uso dos mesmos.
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Lição Seis
A CURA DA ALMA
Versículo-Chave
“O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o
SENHOR ungiu-me... Enviou-me para cuidar dos que estão com o
coração quebrantado... Para consolar todos os que andam tristes, e dar
a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo
da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de espírito
deprimido. Eles serão chamados carvalhos de justiça, plantio do
SENHOR, para manifestação da sua glória” (Isaías 61.1-3).
INTRODUÇÃO
O primeiro ministério de poder que nós abordaremos é a cura da alma. Algumas
pessoas chamam este ministério de “cura interior”. Nós preferimos evitar este termo
devido aos abusos que acompanham o mesmo. Antes de definirmos
apropriadamente o que é a cura da alma, nós gostaríamos de enfocar a necessidade
da cura da alma.
A NECESSIDADE DA CURA DA ALMA
Para compreendermos a necessidade que temos hoje em dia para a cura da alma,
nós precisamos compreender a composição do ser humano. Há duas posições
teológicas a respeito das partes material e imaterial do ser humano. Uma posição
teológica é conhecida como “dicotomia”, pois defende que o homem é composto de
apenas duas partes: uma material (o corpo) e outra imaterial (alma ou espírito). O
dicotomismo não vê diferença entre alma e espírito.
A outra posição teológica é conhecida como “tricotomia”. É a crença de que o
homem é formado por três partes: uma parte material (o corpo) e duas imateriais
(alma e espírito). Para o tricotomismo o espírito é diferente da alma.
As Escrituras parecem afirmar as duas coisas, de maneira que o caminho mais
seguro nesta questão é afirmarmos que o homem tem uma parte imaterial e uma
parte imaterial, esta última possivelmente sendo dividida em duas partes – alma e
espírito. Essa posição pode ser chamada de „tricotomismo suave‟.
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A crença exclusiva na divisão de alma e corpo, sem diferenciar o espírito pode
abafar quase que completamente a necessidade da experiência espiritual
„sobrenatural‟ e transformar o cristianismo bíblico apenas numa questão intelectual.
Por outro lado, defender uma tricotomia rígida e exagerada pode levar os cristãos a
um desvio prático da verdade, levando-o ao gnosticismo. Portanto, para nós a
melhor opção é defender a dicotomia diante daqueles que supervalorizam a
experiência e a tricotomia diante daqueles que negam ou anulam a validade e
necessidade da experiência espiritual.
Isso pode parecer como „ficar em cima do muro‟, porém, há afirmações que
devem ser consideradas e que parecem bíblicas de ambos os lados da discussão.
Então, não somente é uma boa política, mas também um princípio bíblico de que
devemos andar de acordo com o entendimento que já alcançamos (Filipenses 3.15-
17).
No que diz respeito ao ministério de cura, dividir o homem em espírito, alma e
corpo tem suas vantagens práticas, sendo uma delas a facilitação do entendimento
por parte das pessoas. Se ensinarmos apenas duas partes no ser humano, quando
alguém estiver lendo, por exemplo, 1 Tessalonicenses 5.23, ela poderá confundir-se.
Para efeitos de nosso estudo, é bom separarmos o homem em espírito, alma e
corpo, ainda que não esteja tão claro nas Escrituras que a alma e o espírito sejam
plenamente distintos.
Pois bem. Tendo explicado o exposto acima, nós entendemos que o homem tem
um corpo que o coloca em contato com o mundo dos sentidos. Através do nosso
corpo nós percebemos e interagimos com o mundo físico, o mundo dos sentidos.
Através da nossa alma nós interagimos com o mundo dos sentimentos, emoções, da
vontade e do intelecto. Nossa alma é composta destes três elementos: vontade,
emoções e intelecto.
O espírito é a parte mais interior do homem. É o espírito do homem que permite
sua comunicação com o mundo espiritual. Quando nós nascemos de novo nosso
espírito, que estava morto (sem função) em delitos e pecados, é vivificado e o
Espírito de Deus vem habitar nele. É em nosso espírito renascido, então, que
podemos ter verdadeira comunhão com Deus, comunicar com Ele e interagir com o
mundo espiritual, sem negar que nossa mente, emoções e vontade também
participam disso.
Também convém notar que o espírito só usufrui destas funções através da direção
e poder do Espírito Santo. Mesmo renascido, o nosso espírito não é independente;
ele precisa da ajuda do Espírito de Deus, pois do contrário seríamos “médiuns” e
não “templos” do Espírito Santo. No gráfico abaixo há uma resumida ilustração da
estrutura básica do homem.
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Em adição as três partes do homem, há ainda uma intercessão entre duas destas
partes, a saber: a alma e o espírito formam o coração. O coração ao qual nos
referimos não é o órgão humano, mas é outra coisa, o que veremos a seguir.
Na Bíblia, o coração é usado freqüentemente como uma figura da fonte escondida
da vida da pessoa, o centro da vida interior do homem. Mas a Bíblia vai um pouco
além. Ela também nos mostra o coração como o centro da vida física, moral e
espiritual do homem.
O coração é, de fato, o vínculo do espírito com a alma: no coração se encontram
as funções tanto do espírito quanto da alma, como por exemplo: tristezas
(turbulências, João 14.1; 2 Coríntios 2.4), alegria (João 16.22), os desejos (Mateus
5.28), as afeições (Lucas 24.32; At 21.13), as percepções (João 12.40; Efésios 4.18),
os pensamentos (Mateus 9.4; Hebreus 4.12), a compreensão e entendimento (Mateus
13.15), a capacidade de raciocínio (Marcos 2.6), a imaginação (Lucas 1.51),
consciência (Atos 2.37), as intenções (Hebreus 4.12), propósito (Atos 11.23), a
vontade (Romanos 6.17), a fé (Marcos 11.23).
Algumas destas funções são do espírito e outras são da alma; e ainda outras são
tanto do espírito quanto da alma (daí a razão para muitos concluírem que alma e
espírito são a mesma coisa). E todas pertencem ao coração, pois ele é o vínculo entre
essas duas partes do ser humano.
Sendo tão central na vida do ser humano, o coração é vital para a nossa
apropriação das bênçãos de Deus. E, assim como o corpo, o coração também pode
ficar enfermo. Alguns textos bíblicos mostram que o coração (ou alma) pode ficar e
realmente fica enfermo. Ver, por exemplo, Isaías 1.5; Provérbios 13.12; Jó 14.22.
Um coração doente, portanto, impede o desfrute da graça de Deus.
As doenças da alma ou do coração freqüentemente são doenças causadas pelo
pecado. Na versão atualizada da Bíblia traduzida por Almeida, Jó 14.22 fala do
sofrimento da alma. A ênfase ali é que o sofrimento da alma, na maioria das vezes,
vem por causa de nossas próprias atitudes, por causa de nós mesmos. O Salmo 25,
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versículos 17-18, relaciona as doenças da alma (aflição, angústia, etc.) com o
pecado. Neste caso, o perdão dos pecados traria cura para as doenças da alma. Isto é
principalmente verdade quando ministramos a cura da alma para pessoas que não
são crentes.
No caso daqueles que já são salvos, a cura da alma se faz ainda mais necessária.
Provérbios 4.23, por exemplo, diz-nos que do coração depende toda a nossa vida.
Assim, a cura da alma é necessária para guardar o nosso coração das doenças que
possam sufocar o nosso crescimento espiritual e a nossa comunhão com Deus.
Quando nos convertemos, nós recebemos um novo coração, mas isso não
significa que nos livramos de todas as seqüelas de um passado sem Jesus. O novo
coração nos dá a capacidade de obedecer a Deus e responder à direção do Espírito
Santo. Mas nem sempre a conversão trata com todas as feridas e doenças da alma.
Não podemos dizer com exatidão quais são os fatores envolvidos na questão, mas
o fato é que algumas pessoas, mesmo depois de convertidas, ainda permanecem com
profundas e dolorosas feridas na alma; daí a necessidade da intervenção do
ministério de cura da alma.
Muitas pessoas se convertem, mas não vivem em vitória. Não é que não sejam
salvas, mas sim que suas almas estão tão marcadas pelo pecado que precisam de um
processo de transformação mais profundo do que outras pessoas. Quando somos
salvos, nosso espírito é regenerado e curado para sempre. Nossa alma, no entanto,
precisa de uma contínua transformação. Esta transformação pode ser mais rápida ou
mais lenta, dependendo da profundidade das feridas na alma e da absorção da parte
do convertido do perdão, do amor e da graça transformadora de Deus.
Assim, para alguns convertidos, receber e viver tudo o que Deus tem para ele,
para receber de Deus em plenitude, eles precisam experimentar uma profunda cura
na alma muito embora sejam verdadeiramente convertidos.
Outra razão para a necessidade de cura da alma para crentes é o fato de que antes
de guerrear espiritualmente contra principados e potestades nós precisamos acertar
nossa vida interior, pois nossas fraquezas de caráter, formas erradas de pensar e
sentimentos destrutivos podem ser usados pelo inimigo para nos enfraquecer e até
mesmo para atingir outras pessoas ao nosso redor.
FUNDAMENTOS DA CURA DA ALMA
Primeiramente, vamos definir o termo cura. Isaías 61.1 nos ajudará com isso:
“O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o
SENHOR ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me
para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar
liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros”.
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O texto acima fala da missão do Messias, Jesus, a qual Ele também transmitiu à
Sua Igreja, ou seja, a missão de curar os quebrantados de coração. A palavra curar
aqui é chabash (hebraico), a qual significa “envolver firmemente, ligar partes
quebradas, juntar”. Outra palavra usada para cura no Antigo Testamento é rapha',
que significa “reparar, tornar são”.
No grego, nós temos duas palavras-chave:
Therapeuo, de onde se originou a palavra “terapia”, e que significa
“substituir, aliviar, desobrigar, livrar de”.
Diasozo – “preservar, recuperar, tornar perfeitamente são”.
Cura, portanto, é o processo ou a ação de restaurar a saúde de uma pessoa,
livrando-a daquilo que a torna enferma. Cura da alma é o processo ou a ação de
restaurar a saúde da alma de uma pessoa, livrando-a daquilo que a torna enferma em
sua vontade, emoções e pensamentos.
Mas, será que a cura da alma é bíblica? Há fundamentos bíblicos nos quais
possamos nos apoiar para buscar e ministrar a cura da alma? Nós cremos que sim e
procuraremos mostrar isso a seguir.
1. A cura da alma fundamenta-se no propósito de Deus para cada um de nós. A cura da alma não é a “onda do momento”, não é um modismo, mas sim o desejo
de Deus para aperfeiçoar-nos.
Efésios 4.11-14 mostra que o propósito de Deus é a capacitação dos Seus santos,
ou seja, tornar os crentes completos, íntegros para exercerem o ministério específico
que Deus lhes deu.
O texto de 2 Timóteo 3.17 também nos ensina que um dos propósitos de Deus ao
dar-nos a Sua Palavra foi tornar-nos perfeitos, o que significa ser completamente
saudável. Deus não cumpre Seu propósito em nossas vidas, hoje, se abrigamos
doenças em nossa alma. Assim, o Seu propósito é tornar-nos completamente sãos
para que possamos usufruir Seu plano perfeito para nós.
2. A cura fundamenta-se no fato de que a conversão é algo diário,
experimental, e não apenas algo histórico. Converter-se significa “mudar de
trajetória, de atitude, de opinião, de lado, de religião; mudar a maneira de viver, agir,
falar, etc.”. Isto não acontece apenas de uma vez para sempre, no ato do novo
nascimento. A conversão é uma disciplina diária; nós precisamos nos converter
sempre que nos desviarmos da vontade de Deus. A cura da alma, portanto, ajuda
neste processo de conversão diária, pois ela encoraja o retorno constante ao centro
da vontade de Deus sempre que dele nos desviarmos por causa de alguma doença na
alma.
3. A cura da alma fundamenta-se no ministério de Jesus. Ele tinha um
ministério integral que dava resposta a todos os problemas das pessoas (Lucas
4.18,19 com Isaías 61.1-3). Ele trouxe cura aos quebrantados de coração. Duas
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palavras hebraicas são traduzidas como quebrantados em Isaías 61.1-3 (Revista e
Atualizada):
Quebrantados (1) é 'anav (hebraico), significando “deprimido, desanimado
(em mente ou circunstâncias), fraco, pobre”.
Quebrantados (2) é shabar (hebraico), significando “estourado, explodido,
fraturado, rompido, aberto, arrebentado, destruído, ferido, esmagado,
apertado”.
Jesus Cristo veio curar as pessoas deprimidas, desanimadas, fracas, empobrecidas
em suas emoções. Ele veio curar aqueles que estão com seus sentimentos fraturados,
suas relações rompidas, com o coração arrebentado, com as feridas da alma abertas.
As pessoas que viviam em tais circunstâncias na época do ministério terreno de
Jesus, e que se achegaram a Ele, receberam a cura dessas doenças da alma. Hoje,
nós exercemos a cura da alma para dar continuidade ao ministério de Jesus. A Igreja
é a extensão do ministério terreno de Jesus, pois Ele afirmou que nós faríamos as
mesmas coisas que Ele fez (João 14.12).
4. A cura alma fundamenta-se na santificação. A Bíblia apresenta a nossa
salvação em três tempos:
Passado: fomos salvos da condenação do pecado (justificação).
Presente: estamos sendo salvos do poder do pecado (santificação).
Futuro: seremos salvos da presença do pecado (glorificação).
Nós já fomos salvos da condenação do pecado; fomos justificados por meio da
morte e ressurreição de Jesus Cristo. No futuro, quando Jesus retornar, nós seremos
glorificados; nossos corpos experimentarão a redenção plena. Hoje, no entanto, nós
estamos em processo de santificação ou salvação da alma. A cura da alma é parte
do processo de santificação que nossas almas devem experimentar antes do retorno
de Cristo para reinar.
A justificação lidou com o passado: fomos salvos da condenação do pecado. A
cura da alma lida com o presente: libertação do poder do pecado ou santificação.
ACONSELHAMENTO E CURA DA ALMA
Aconselhamento bíblico não seria o mesmo que cura da alma? Com certeza, há
algumas semelhanças entre as duas coisas, mas também há diferenças. Estas
diferenças, por si só, nos mostram que aconselhamento e cura da alma são duas
coisas diferentes, ainda que não completamente distintas.
O aconselhamento bíblico, assim como a cura da alma, se baseia na obra do
Espírito Santo. O aconselhamento visa a cura da alma de uma pessoa e a pessoa
curada em sua alma ainda pode precisar de aconselhamento.
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Tanto o aconselhamento quanto a cura da alma enfatizam a necessidade de se
viver sob o senhorio de Cristo e em santidade. Mas, há algumas diferenças básicas:
1. No aconselhamento há um tempo mais extenso, um processo mais prolongado
até que se chegue, por exemplo, à cura dos traumas emocionais de uma pessoa. A
cura da alma vai um pouco mais rápida e busca a cura da pessoa num tempo mais
curto, normalmente numa única reunião.
2. O aconselhamento tem um enfoque mais amplo, enquanto que a cura da alma
tem um enfoque mais definido. Enquanto o aconselhamento procura identificar
todos ou a maioria dos fatores que levaram ao problema antes de começar a
trabalhar a cura, a cura da alma concentra-se mais no problema em si e busca a cura
mais imediatamente.
3. No aconselhamento, a pessoa geralmente toma a iniciativa de apontar a sua
necessidade, enquanto que na cura da alma o ministrante trabalha alguns temas
específicos ajudando as pessoas presentes a se identificarem com um ou outro. Na
cura da alma, o ministrador geralmente usa os dons do Espírito de palavra de
conhecimento e sabedoria para descobrir a necessidade real da pessoa, mesmo
quando ela não tem consciência de qual seja a sua necessidade.
Assim, nós entendemos que, embora tanto um quanto o outro ministério possa ser
usado separadamente, de acordo com os dons e chamado de cada um, há uma
eficácia muito maior quando há uma interação entre as duas formas de ministério à
alma do homem.
CURA DA ALMA E LIBERTAÇÃO
Libertação e cura da alma não são a mesma coisa. No entanto, a libertação pode
andar, muitas vezes, de mãos dadas com a cura da alma.
Quando os problemas na alma de uma pessoa são produzidos por influências
espirituais malignas, a cura da alma assume o papel de libertação. De fato, cura é
um termo genérico que pode e deve ser aplicado ao homem integral. Se a pessoa
recebe perdão de pecados, ela foi curada em seu espírito. Se a pessoa é santificada e
abandona maus pensamentos e padrões de comportamento doentios, ela também
experimentou cura – na alma. Se o seu corpo adoece, você também deverá
experimentar cura.
No entanto, para que haja uma melhor assimilação das áreas de atuação da cura
integral do homem, nós preferimos dividir estas áreas e abordá-las individualmente,
mas sem esquecer que o propósito de Deus é a cura integral do homem.
Assim, convencionou-se denominar a cura física de cura divina ou cura do
corpo, a salvação ou perdão dos pecados de cura do espírito, e a cura das aflições
malignas – seja no corpo ou na alma – de libertação, e a cura das doenças da alma
(mente e emoções) de cura da alma.
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Muitas vezes, uma mesma pessoa poderá necessitar de cura integral – para o
espírito, alma e corpo. Outras vezes, ela precisará de cura apenas numa determinada
área.
É um erro muito grande, portanto, sempre associar a cura das feridas da alma, dos
traumas emocionais, dos padrões doentios de comportamento à atuação demoníaca.
Nós sabemos que os demônios podem interferir e causar doenças na alma, mas nem
sempre as doenças da alma possuem origem demoníaca.
Portanto, a quebra de fortalezas demoníacas na alma ou no corpo de uma pessoa é
o papel da libertação (ou cura) das aflições causadas por demônios. Essas fortalezas
demoníacas muitas vezes se abrigam na mente e nas emoções das pessoas (2
Coríntios 10.4-6). Dependendo do nível da escravidão, os demônios podem se
manifestar ou não no corpo e na alma de uma pessoa afligida.
Sendo duas coisas diferentes, mas interligadas, às vezes a cura da alma pode vir
antes e a libertação depois, assim como o contrário também pode acontecer. Alguns
padrões errados de pensamento e de comportamento podem ter ação direta de
demônios, por isso essas entidades se manifestam quando oramos por pessoas
afligidas por eles. Nesses casos, a doença da pessoa se originou por causa de
espíritos atormentadores. É necessário, portanto, que tais pessoas experimentem a
libertação das cadeias satânicas que causam seus problemas emocionais ou
psicológicos.
Após a libertação, tais pessoas podem precisar de cura para os traumas causados
pela escravidão satânica. Nesta fase, nós não lidaremos com demônios, mas sim com
a própria pessoa. Daí é imprescindível que o ministrante possua o dom de discernir
espíritos ou um discernimento aguçado baseado no seu conhecimento da Palavra de
Deus e nas experiências acumuladas no desenvolvimento de seu ministério.
Precisamos estar conscientes de que certas pessoas precisam somente de cura na
alma e não de libertação de cadeias satânicas e vice-versa. Outras, porém,
precisaram tanto de um quanto do outro aspecto do ministério de cura.
Ao tratarmos deste assunto da influência demoníaca na alma do ser humano,
naturalmente surge a pergunta acerca da influência dos demônios na vida do crente.
Nesta área, há muitas idéias equivocadas que somente interferem no pleno exercício
de um ministério de poder que deveria trabalhar na cura integral de cada pessoa. A
seguir, alguns princípios resumidos que podem nos ajudar a ver esta questão sob a
ótica correta:
1. Os demônios não podem roubar nossa salvação nem tocar em nosso
espírito (João 10.28-29; 1 João 5.18). Este é um ponto pacífico na questão. Nosso
espírito é intocável pelo maligno. Nossa salvação é eterna e ninguém pode nos
arrebatar das mãos do Pai, seja homem ou demônio.
2. Um cristão nascido de novo não pode ser dominado ou possuído por
demônios. E, ao fazermos tal afirmação, nós queremos lembrar que o uso de certos
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termos pode complicar ou ajudar a entender a questão. Por exemplo, o termo
“endemoninhado” não é uma boa tradução da palavra grega usada constantemente
nas Escrituras. “Demonizado” seria a melhor tradução. Seja como for,
„endemoninhado‟ e „demonizado‟ descrevem apenas que há uma ação maligna, mas
não determina o nível de influência ou ação demoníaca. Um crente pode ser ou estar
„demonizado‟, mas isto não significa que ele está „possuído‟ ou totalmente
controlado pelos demônios. Um demônio não pode assumir controle total ou
permanente sobre a alma ou corpo de um crente nascido de novo.
3. No entanto, um verdadeiro crente pode ser afligido na alma e no corpo por
forças demoníacas. Afligido não significa possuído ou que um espírito maligno
habite dentro de um crente. Diversos textos bíblicos mostram claramente que é
possível que um crente seja atingido na alma ou no corpo por espíritos malignos:
Efésios 4.27; 6.16; Gálatas 3.1; 2 Coríntios 11.3; 12.7. O diabo pode macular nossa
alma – pensamentos, emoções, vontade; mas não pode atingir nossa alma, se nós
somos verdadeiramente salvos.
INVENTÁRIO - O MODELO DAS QUATRO PORTAS
Muitas pessoas são contrárias ao uso de uma metodologia no que diz respeito às
curas. Obviamente, não é correto e nem bom estar preso a uma metodologia e muito
menos endeusar tal metodologia. No entanto, é certo que Jesus empregou alguns
métodos para curar as pessoas. Foram métodos diferentes, sim, e isso nos mostra a
flexibilidade que devemos ter ao empregarmos métodos nas curas, mas é inegável
que Ele usou alguma metodologia para curar.
Se, por um lado, é importante ser flexível no uso de métodos, por outro, é
importante entendermos que alguns métodos são aplicáveis em larga escala, com um
grande percentual de sucesso na maioria das situações de ministério e que, portanto,
devem ser seriamente considerados.
Há métodos espúrios, que usam técnicas meramente psicológicas, que roubam o
lugar e a primazia da Palavra e do Espírito na cura; há também métodos que
misturam técnicas pouco populares nos principais círculos da psicologia e
psicanálise, tais como a regressão e a hipnose. Esses métodos devem ser
completamente descartadas na ministração da cura da alma. Como já enfatizamos
em outra lição, seja no aconselhamento ou cura da alma, a Palavra e o Espírito são
os elementos fundamentais para a cura; tudo o mais deve ser julgado quanto à sua
afinidade com estes dois elementos.
Ao descartarmos os métodos ou modelos errados, não podemos ir ao outro
extremo de não adotar modelo algum. Não cremos que existe “o modelo” certo, mas
temos testemunhado uma grande aplicabilidade através do modelo das “quatro
portas”.
Há várias razões porque este modelo é chamado de quatro “portas”:
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A porta implica num limite, o que leva de volta à diferenciação entre
aconselhamento e cura da alma. O aconselhamento é mais amplo e, portanto, mais
demorado. A cura da alma trata com coisas mais específica, limitadas e,
conseqüentemente, é mais rápida. Contudo, é importante sabermos que um
ministério não é menos ou mais importante do que o outro, mas sim que há ocasiões
em que um poderá ser mais eficaz do que outro. Tudo irá depender do grau e da
extensão da enfermidade da alma da pessoa que receberá a ministração.
A porta também se refere a uma entrada, assim como a uma saída. As
doenças entram em nossa alma por portas que nós abrimos ou permitimos que outras
abram. Porém, assim como portas foram abertas para a entrada de doenças na alma,
assim também há portas por onde estas mesmas doenças sairão. Portanto, sempre há
a possibilidade de uma cura plena, não importa o nível da infecção na alma.
A porta é um meio através do qual nos relacionamos com o exterior. Ele nos
permite acesso ao mundo exterior, bem como o acesso do mundo exterior ao mundo
interior. Muitas coisas que nos afligem vieram do nosso exterior. Foram palavras
ditas por outrem ou ações pecaminosas contra nós que causaram doenças em nosso
interior. Da mesma forma, palavras ou ações da nossa parte contra outras pessoas
podem voltar-se contra nós como um bumerangue que lançamos para longe, mas
que retorna.
A porta tem duas posições: aberta e fechada. Se ela está aberta, qualquer coisa,
potencialmente, poderá passar por ela. Mas, se ela está fechada, dificilmente algo
passará por ela. Se mantivermos as portas de nossa alma fechadas, dificilmente
seremos atingidos por doenças que vêm do nosso exterior e aí só teremos que lidar
com as doenças que podem se originar em nosso próprio exterior.
Agora nós estudaremos este modelo e apresentaremos as quatro portas de acesso
das doenças da alma:
A PORTA DAS FERIDAS DA INFÂNCIA:
Esta porta se abre quando ainda somos crianças. Ela permite que doenças da alma
nos afetem através das lembranças e recordações traumática da infância, os abusos
sofridos, o abandono pelos pais, a rejeição pelos pais ou amigos, a violência sofrida
no lar, na escola ou nas ruas, etc. Todas estas coisas que podem acontecer com
qualquer um na infância geram feridas na alma. Tais feridas, muitas vezes, são
inconscientemente ocultados em nosso mais profundo interior, porém, seus efeitos,
sem nos darmos conta da causa original (ou por não queremos aceitá-la) nos
acompanham a vida inteira.
Para tratarmos com traumas ou problemas da infância, na maioria das vezes, nós
precisamos ser lembrados destes acontecimentos. É o papel do conselheiro ou
ministrante apresentar estas coisas que geram doenças na alma desde a infância,
porque para livrar-nos da aflição de alma que estas lembranças nos causam, nós
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tratamos de “enterrá-las” em nosso inconsciente. Mas, “enterrar” não é o mesmo que
curar. A qualquer momento – e isto sempre acontece – as lembranças doloridas virão
à mente. Nestas ocasiões, então, se não tratarmos corretamente da raiz do problema,
o mesmo continuará a crescer e a causar sua obra destruidora em nossos
pensamentos, emoções e atitudes, que não somente nos prejudicarão, mas também a
outros.
Mas, será necessário fazer com que as pessoas lembrem de fatos passados, fatos
doloridos de sua infância para que sejam curadas? A resposta é „sim‟, especialmente
quando o passado não está resolvido, pois ele condiciona nossa vida presente e
também futura. Se o passado não está resolvido, nós poderemos viver acorrentados a
ele e nunca crescermos espiritualmente ou humanamente no presente. Nosso
relacionamento com as pessoas podem ser prejudicados porque um passado não
resolvido impede que tenhamos relacionamentos saudáveis no presente, só para citar
um dos resultados de um passado não resolvido. Assim, relembrar o passado que
realmente existiu, que foi doloroso, é um passo muito importante para chegar à cura.
Por exemplo, a dolorosa lembrança – que sem sucesso alguém tenta manter
escondida no fundo do baú das lembranças – de um abuso sexual quando criança
pode ser a causa de um relacionamento conjugal doentio. De fato, o abuso sexual na
infância tem gerado relacionamentos sexuais e emocionais enfermos em grande
parte dos adultos que sofreram este trauma. E o fato deles tentarem ocultar a
lembrança do ocorrido só agrava as conseqüências no presente.
Aqui cabe abrirmos um parêntese para entendermos a diferença entre a nossa
posição em Cristo e a nossa experiência prática desta posição. Precisamos deste
entendimento porque, erroneamente, muitos crentes bem intencionados acreditam
que a salvação resolveu todas as conseqüências do pecado. Mas este é um erro
gravíssimo que pode interferir para sempre na cura de muitas pessoas.
A Bíblia nos mostra claramente que há uma diferença entre o que somos em
Cristo e nossa condição humana. Há uma diferença entre o que temos em Cristo e o
que estamos desfrutando agora do que somos e temos Nele. Por exemplo, a Bíblia
diz que o nosso velho homem já está crucificado com Cristo (Romanos 6), mas
também nos ordena a fazer morrer esta velha natureza (Colossenses 3).
Em Cristo, nós já somos perfeitos. No entanto, na prática, nós vemos que a coisa
não é bem assim, pois dia a dia nos defrontamos com nossos próprios pecados e
erros. Então, nós temos que entender que a cura da alma não trata com quem nós
somos e com o que temos em Cristo, mas sim como o que somos e temos em nós
mesmos.
Todos os que nascem de novo, potencialmente, tem todas as condições para viver
uma vida 100% vitoriosa em todas as áreas de sua vida. No entanto, a apropriação
prática destes recursos será diferente em cada pessoa. Algumas pessoas são mais
rápidas e ao mesmo tempo mais profundas em identificar e se livrar das seqüelas de
sua vida de pecado sem Cristo. Outras pessoas, no entanto, mesmo sendo
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verdadeiramente nascidas de novo, não entendem sua identidade em Cristo, não
assumem esta identidade e as bênçãos decorrentes dela e não se apropriam tão
rápida e profundamente das riquezas do perdão e da graça de Cristo como outros
crentes fazem. E são exatamente estes que precisam de reuniões e encontros
especiais para a cura da alma. Portanto, devemos trazer isto bem claro em nossas
mentes: não é o fato de sermos salvos ou não que indica a nossa necessidade de cura
da alma, mas sim a nossa rapidez e profundidade na apropriação das bênçãos
espirituais que temos em Cristo.
Voltando à questão da porta das feridas da infância, quando ministrando às
pessoas, o conselheiro deverá perguntar: O que você recorda da sua infância? Quais
foram as situações ou acontecimentos que lhe causaram dor, sofrimento, vergonha,
medo e etc?
Quando estas coisas são claramente identificadas e reconhecidas, aí haverá mais
rapidez na cura.
A PORTA DA HERANÇA:
A porta da herança tem a ver com as coisas que herdamos de nossos pais ou
antepassados. Por exemplo, padrões de pensamento e/ou comportamento que
herdamos de nossos pais.
Obviamente, nem todo doença na alma é transmitida de pai para filho, mas
existem certas doenças da alma que são transmitidas de geração em geração. Nós
não queremos dizer que estas doenças da alma são „hereditariamente causadas por
demônios‟; pois, na maioria dos casos, são doenças pelas quais as próprias pessoas
são responsáveis. No entanto, ninguém precisa ficar escravizado a uma doença da
alma herdada ou não dos pais. Há ampla provisão e cura em Jesus Cristo para toda e
qualquer doença da alma, seja qual for a sua causa.
Há pecados que marcam certas famílias de geração a geração. Por exemplo, há
quatro gerações todas as mulheres de certa família adulteram e se separam. Ou
então, há cinco gerações todos os ramos de certa família têm um filho que é ladrão
ou assassino. Quando este tipo de comportamento pecaminoso sucede há gerações, é
quase certo que temos uma doença da alma herdada.
Ao encontrar pessoas nesta condição, cabe ao ministrador perguntar: O que você
pode nos contar acerca de seus pais e avós? As informações colhidas podem
evidenciar que há uma herança doentia da alma.
A PORTA DO PECADO PESSOAL:
Esta talvez seja a principal porta de entrada para as doenças da alma. Atitudes
pecaminosas, tais como adultério, fornicação, inveja, ódio, roubo, etc., podem ser
causadas por e causar profundas doenças na alma. Alguns pecados como, por
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exemplo, o adultério, não podem ser considerados „doença‟ até que se tornem
repetitivos. No entanto, como diz o velho ditado, “é melhor se prevenir do
remediar”. No entanto, mesmo que um pecado não esteja ainda em estado de
“doença”, com toda certeza, ele causará uma ou outra doença na alma, tanto em que
o praticou quanto em que se sentiu prejudicado por causa dele.
Nestes casos, o ministrante deve levar a pessoa a reconhecer, confessar os
pecados nome por nome, e abandoná-los.
A PORTA DO OCULTISMO:
A porta do ocultismo permite o acesso de poderes malignos à alma de quem se
envolve com ele. Pessoas envolvidas com espiritismo, umbanda, parapsicologia,
magia, bruxaria, curandeirismo, etc., podem ser profundamente molestadas e
violentadas pelas forças malignas em suas almas.
Mesmo quando as pessoas envolvidas com estas coisas não estão “possuídas” por
espíritos malignos é certo que eles destruirão aspectos importantes da vida
emocional e psicológica da pessoa.
Mesmo após a libertação e conversão, as pessoas envolvidas profundamente com
o ocultismo – em suas várias formas – poderão apresentar doenças na alma.
Algumas sofrerão profundamente de vergonha por causa das coisas que fizeram sob
o poder de espíritos enganadores. Outras, apesar de libertas, poderão ter a mente
condicionada a realizar práticas ilícitas. Por exemplo, uma pessoa que já foi
possuída por demônios poderá desenvolver o hábito de mentir (para esconder seus
sentimentos, dúvidas e etc.). Mesmo liberta da possessão demoníaca, ela ainda
enfrenta as seqüelas da sua escravidão. Aí, então, após a libertação da pessoa, ela
deve experimentar a cura das conseqüências deixadas em sua alma pela escravidão
outrora sofrida.
É importante, portanto, especialmente quando o ministrante não conhece a
pessoa, perguntar: você já se envolveu com alguma forma de ocultismo? Alguém
próximo a você já o fez?
Estas são as quatro portas pelas quais entram as doenças da alma. Quando
ministrando as pessoas, é importante identificar qual a porta que foi aberta para a
entrada da doença ou do causador da doença. Às vezes, uma pessoa pode apresentar
mais de uma porta aberta. Neste caso, é importante ter pessoas trabalhando com ela
que não somente ministram curam da alma, mas também trabalham com libertação e
aconselhamento em longo prazo.
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MINISTRANDO A CURA DA ALMA
A prática de muitas igrejas é ter um „tempo de ministração‟ no final de uma
reunião de adoração para que as pessoas interessadas em receber a cura da alma
possam receber aconselhamento e ministração da parte daqueles que estão
preparados para isso.
A seguir, nós apresentamos algumas dicas sobre a ministração da cura da alma
nesse tipo de ambiente.
TRÊS REQUISITOS PARA RECEBER A CURA DA ALMA:
Nós começaremos tratando com os três requisitos para receber a cura da alma.
Primeiro, a pessoa deve ser instruída no evangelho. A pessoa não tem que ser
crente, mas precisa ser evangelizada. Ela deve saber que ela poderá experimentar
uma cura temporária, especialmente se o problema é causado por espíritos
malignos, caso não venha a se arrepender e crer em Jesus. Pessoas não-crentes
podem experimentar a cura da alma e libertação e continuar sem Jesus no coração.
Porém, há uma grande possibilidade de que esta libertação ou cura seja temporária.
No caso de doenças da alma que estão relacionadas com ações demoníacas, a pessoa
pode experimentar a cura por um tempo, mas depois a enfermidade da alma pode
voltar com uma intensidade bem maior. O Senhor Jesus falou sobre isto em Mateus
12.42-45.
Em segundo lugar, a pessoa deve estar disposta a contar tudo. A confissão é
uma parte muito importante para alcançar a cura. O ministrante deve instruir a
pessoa que receberá a ministração que, se ela encobrir seus pecados ou seu
envolvimento com o ocultismo, ou se não reconhecer que seu problema é uma
doença na alma, ela não alcançará a misericórdia para ser curada (Provérbios 28.13).
Por fim, a pessoa precisa também renunciar a tudo. É preciso „limpar a casa‟ do
coração por completo. Se uma porta de entrada da doença da alma é fechada, mas as
outras portas não são, com certeza alguns problemas na alma continuarão existindo e
podem até se agravar.
O QUE O MINISTRANTE NÃO DEVE FAZER:
Os três requisitos acima dizem respeito à pessoa que receberá a ministração. Mas
o ministrante também precisa considerar algumas coisas. Há certas coisas que ele
não deve fazer. Por exemplo:
Não ministrar a mulheres grávidas. As emoções que podem aflorar quando
ministrando a cura podem prejudicar a gravidez, então é melhor esperar em
oração (cobrindo-a com oração) até algum tempo depois da gravidez. Neste
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caso, o aconselhamento bíblico-pastoral em longo prazo é o mais
aconselhável.
Não ministrar a parentes, especialmente se eles não possuem um
relacionamento saudável com você. Se a pessoa é parenta do ministrante, ela
poderá sentir dificuldades em confessar algum pecado, o que prejudicaria
grandemente o processo da cura.
Não ministrar às pessoas com problemas psiquiátricos. Elas devem ser
encaminhadas aos especialistas na área. Uma exceção seria se, depois de farta
comprovação, a causa da doença „psicológica‟ for de origem satânica. Isto,
com certeza, deve ser feito sob o acompanhamento de um psicólogo cristão
realmente capaz de trabalhar tanto o aspecto espiritual (libertação) quanto o
psicológico.
Nunca toque em ou abrace a pessoa. Dependendo do estado emocional-
psicológico da pessoa, ela poderá sentir-se ameaçada ou poderá interpretar
erroneamente como assédio sexual. Ela também poderá confundir tal gesto
com uma demonstração de afeto especial e fantasiar (ou realmente buscar)
um relacionamento amoroso com o conselheiro. Não é demais dizer que isso
seria extremamente prejudicial para a cura.
Nunca bata em ou agarre a pessoa, mesmo que ela manifeste agressivos
espíritos demoníacos controlando o corpo dela. A libertação e a cura não tem
nada a ver com esforço físico; tudo o que você precisa é da autoridade de
Jesus por meio da Palavra e do Espírito.
Você não deve ungir a pessoa com óleo. O óleo é um símbolo da unção do
Espírito Santo vindo sobre uma pessoa. Este símbolo só foi usado na Bíblia
para a cura física e a consagração de pessoas para o serviço. A cura da alma,
que pode envolver a libertação de espíritos demoníacos, não necessita deste
tipo de unção. Mesmo que a pessoa seja convertida, ela precisa ouvir a
verdade, arrepender-se onde for o caso, confessar suas dores e/ou pecados,
abandonar pecados e/ou laços com o oculto, perdoar e/ou pedir perdão
quando for necessário, e receber oração.
QUEM VAI MINISTRAR:
A pessoa que vai ministrar já deve ter sido ministrada, se necessário, em cura
da alma e libertação. Se você nunca experimentou uma cura e/ou libertação
profunda, você não está apto a enfrentar as difíceis situações envolvidas neste
ministério, o que poderá resultar em perda para você e para quem recebe a
ministração.
Você deve estar sob o senhorio de Cristo. Você tem que ter um relacionamento
de amorosa submissão a Jesus Cristo e estar crescendo no discipulado cristão.
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Você deve estar sob a autoridade dos líderes na igreja. Lembre-se: você só
tem autoridade quando você mesmo está debaixo de autoridade.
Você deve procurar os dons de curar, discernimento e libertação. Estes dons
são especialmente necessários quando se trata de ministrar a cura da alma. Se você
não tem estes dons, peça-os ao Senhor, ou então forme uma equipe com pessoas que
ministrem nestes dons.
Você deve ser capaz de manter sigilo absoluto. Pode ser que a pessoa que
recebe ministração confesse para você um adultério cometido, um abuso sexual
sofrido (ou cometido), e muitas outras coisas que precisam ser mantidas em sigilo
absoluto. O ministrante deve ter maturidade suficiente para saber guardar segredos e
muita sabedoria para saber quando é necessário relatar um caso mais grave à equipe
pastoral.
O PROCESSO DA CURA ALMA:
O processo de cura envolve três etapas:
1. Detectar o mal. A primeira etapa tem a ver com detectar qual é o problema
real da pessoa, o mal que precisa ser extirpado de sua alma. Não prossiga em sua
ministração até que você tenha certeza de que sabe claramente qual é o problema.
2. Extirpar o mal. Ao descobrir qual é o problema, a ação agora se volta para
tirar o mal que prejudica a vida da pessoa.
3. Substituir o mal pelo bem. Depois que o problema é identificado e resolvido,
é importante adicionar à vida das pessoas novos valores, pensamentos, atitudes,
ações e etc., em substituição às coisas velhas que foram retiradas da pessoa. A
pessoa deverá ser encorajada a ler algumas porções da Escritura que providenciarão
os valores (ou o que for necessário) que a pessoa precisa adicionar à sua vida. Ações
contrárias às que eram feitas antes podem ser realizadas propositadamente para
quebrar o círculo vicioso que porventura tenha sido gerado. Ou seja, faça justamente
o contrário do que você costumava fazer antes.
PASSOS PRÁTICOS
A seguir, nós apresentaremos alguns passos práticos durante a ministração da
cura:
Ore e cubra-se com o sangue de Cristo.
Se você tem tempo, ou se ao orar por uma pessoa você não viu resultados
imediatos, levante o inventário das 4 portas; reúna informações básicas.
Confronte os falsos conceitos da pessoa com a verdade da Palavra, não com
suas idéias ou da psicologia moderna.
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Conduza a pessoa numa oração de cura. O ministrante faz uma oração e pede
à pessoa que acompanhe, em voz alta. Nesta oração:
o A pessoa deve orar acertando as contas com Deus – pedir perdão a
Deus.
o Deve renunciar ponto por ponto, confessando os pecados, renunciando
envolvimentos ocultistas, heranças familiares, etc.
o Se necessário, a pessoa deve perdoar aos seus ofensores.
o A pessoa deve submeter-se a Deus.
O ministrante deve quebrar as cadeias e expulsar os demônios em nome de
Jesus (se for necessário) e levar a pessoa a pedir o enchimento do Espírito
Santo.
Lição 6 - Questões Para Revisão
1. Por que a cura da alma é necessária?
2. O que significa o termo “cura”?
3. Em que se fundamenta a cura da alma?
4. Quais as diferenças entre o aconselhamento bíblico clássico e a cura da alma?
5. Qual é a relação entre a cura da alma e a libertação?
6. Quais são as quatro portas pelas quais entram mais comumente as doenças da
alma?
7. Quais são os três requisitos para receber a cura da alma?
8. Por que não devemos ministrar a „parentes‟?
9. Por que não devemos ungir uma pessoa com óleo ao ministrarmos a cura da
alma?
10. Por que é importante estar sob a autoridade dos líderes da igreja ao ministrar a
cura (ou outros tipos de ministério)?
11. Quais são as três etapas da cura da alma?
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Lição Sete
LIBERTAÇÃO
Versículo-Chave
“O Espírito do Soberano, o SENHOR, está sobre mim, porque o
SENHOR ungiu-me... Enviou-me para... anunciar liberdade aos
cativos e libertação das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano
da bondade do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus” (Isaías
61.1-2).
INTRODUÇÃO
Os estudiosos de guerra espiritual defendem que há três níveis de combate com as
forças espirituais:
Nível de Solo. Este é o confronto direto com os espíritos malignos, ou seja,
expulsar os demônios das pessoas possuídas ou influenciadas por eles.
Nível de Ocultismo. Esta é a quebra dos vínculos que uma pessoa tem com
práticas e ensinamentos demoníacos, ocultistas.
Nível Estratégico. É o que muitos chamam de oração de guerra contra
principados e potestades – guerra contra os espíritos territoriais.
Não queremos julgar ou especular sobre a validade de tal divisão, mas o que se vê
claramente no ministério de Jesus e dos apóstolos é o que seria chamado de nível de
solo da guerra espiritual, ou seja, é o confronto direto com as forças do mal. Assim,
nosso foco nessa lição está nesse nível de confronto com as forças das trevas.
Nós sabemos que os demônios, em vários níveis diferentes, interferem nos
assuntos das famílias, cidades e nações. No entanto, quando vemos Jesus
ministrando, o que se destaca é o Seu confronto direto com os demônios que
afligiam indivíduos. Assim, sem querer diminuir a importância de lidar com a
influência maligna na mídia, na educação, na Internet, no governo e etc., nós
queremos estudar o ministério de libertação propriamente dito, ou seja, o ministério
de confronto direto com os poderes demoníacos que afligem as vidas das pessoas,
especialmente através da possessão.
Para se guerrear com o inimigo neste nível é preciso conhecer bem o inimigo e
suas estratégias. Também precisamos estar devidamente equipados para o combate.
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Algumas passagens bíblicas falam de armas que nos equipam adequadamente para o
combate frontal com as forças das trevas como, por exemplo, Efésios 6.10-18 e 2
Coríntios 10.1-6. Sem sombra de duvida, é preciso preparar-se espiritualmente!
Nessa lição, nós apresentaremos a seguir algumas dicas práticas sobre como
desenvolver um eficaz ministério de libertação.
TRABALHE EM EQUIPE
Nós não cremos que seja adequado um ministério “solo” de libertação. Portanto,
tudo o que escrevemos aqui é sob o prisma de uma equipe de ministério de
libertação.
Ao selecionar uma equipe, pense em discípulos ungidos e enviados (Lucas 9.1;
10.17; 9.49) por Jesus para trabalhar neste tipo de ministério. Esse não é um lugar
para curiosos ou pessoas sem fé. É preciso unção específica para trabalhar neste
ministério específico.
Note que não estamos tratando aqui com o “ministério comum” de libertação, ou
seja, da autoridade sobre o maligno que todo o crente tem para exercer quando
necessário. Nós estamos lidando com um ministério específico formado por pessoas
com um chamado específico para ministrar nesta área específica em um nível muito
mais difícil. Por isso, é necessária uma unção específica para ministrar nesta área.
Além do mais, é necessário também que as pessoas selecionadas saibam trabalhar
em equipe. O exemplo do Novo Testamento é que o ministério não é privilégio nem
dever de um só, mas de todos. E quando se trata de ministérios específicos, é ainda
mais necessário que enfatizemos a necessidade de trabalho corporativo, de equipe
(Atos 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Marcos 6.7).
Selecione um líder para a equipe. O líder, ou melhor, os líderes da equipe
deveriam ser, preferencialmente, um casal, um homem e uma mulher. Isto é ainda
mais importante se lembrarmos que pessoas que enfrentam problemas sexuais
causados por forças demoníacas precisam ser ministradas por pessoas do mesmo
sexo (homem com homem e mulher com mulher).
Selecione os membros da equipe. Ao selecionar os membros da equipe, note as
seguintes qualificações que eles devem ter (como o líder também deve ter, é claro):
Eles devem ser irrepreensíveis. Atos 19.13-17. Aqui nesse texto bíblico
nós vemos o triste resultado sofrido por pessoas dignas de repreensão.
Mesmo usando o nome de Jesus eles não obtiveram nenhum resultado
positivo no ministério de libertação. Assim, certifique-se que os membros
da equipe...
o Estão em bom relacionamento com Deus;
o Já confessaram todos os seus pecados conhecidos;
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o Já buscaram a cura para seus padrões pecaminosos persistentes;
o Permitiram que outros crentes avaliassem a “temperatura” espiritual
deles.
Eles precisam ter Fé (Hebreus 11.6; Atos 3.16). Tanto os que ministram
como aqueles que são ministrados precisam ter fé (Marcos 9.18,19, 23,24;
Mateus 17.19-20). No caso de crianças, os pais ou responsáveis precisam
exercer fé por elas, bem aqueles que estão tão dominados que não
conseguem sair do transe satânico.
TREINE A EQUIPE DE LIBERTAÇÃO
O nosso treinamento espiritual deve ser vertical (para Deus) e horizontal (contra o
Diabo). É preciso manter o equilíbrio e não se desviar para nenhum dos extremos.
TRÊS PASSOS PARA CIMA:
Tiago 4.7,8 nos mostra que precisamos dar três passos em direção a Deus para
que possamos resistir ao diabo:
Precisamos nos submeter a Deus;
Precisamos nos achegar a Deus através da oração, do jejum, da adoração e da
Bíblia;
Precisamos purificar as mãos e limpar o coração.
VISTA A ARMADURA DE DEUS:
Efésios 6.13-18.
A armadura de Deus é parte importantíssima na guerra espiritual. Não adianta
apenas vestir “magicamente” a armadura de Deus; é preciso viver segundo os
princípios bíblicos aos quais ela representa, a saber:
O Cinto da Verdade (Efésios 5.14; João 8.32; 17.17). Quando vivemos
vidas verdadeiras, quando deixamos a Verdade da Palavra moldar nosso
falar e viver, aí sim estamos cingidos com a verdade.
A Couraça da Justiça (Hebreus 1.8). É um dos traços do caráter do nosso
Senhor que nós também devemos expressar com nosso viver. Não somente
devemos ser retos em nosso viver pessoal, mas também em nossa relação
com e atuação na sociedade, lutando pelas causas comunitárias que são
justas e honram a Deus.
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As Sandálias do Evangelho da Paz (Marcos 16.15). A Bíblia diz para
calçarmos os nossos pés com a „prontidão‟ do Evangelho, ou seja, nós
devemos sempre estar preparados e dispostos para caminharmos até aos
outros para anunciar o amor de Jesus.
O Escudo da Fé. A fé impede que sejamos atingidos pelos dados
inflamados do inimigo. Na época de Paulo, os inimigos atacavam as
cidades muradas lançando dardos com fogo por cima dos seus muros. O
diabo também lança dardos inflamados por cima dos nossos “muros”; estes
dardos atingem nossa mente com dúvidas, pensamentos maus e etc. A fé
ou confiança no amor e fidelidade de Deus nos mantém firmes e impede
que esses dardos nos enfraqueçam interiormente.
O Capacete da Salvação (ou certeza da salvação). O inimigo é especialista
em, por exemplo, usar nossos pecados para nos fazer duvidar de nossa
salvação. Assim, nós precisamos ter uma sólida convicção de nossa
salvação. Nossa mente precisa estar “encharcada” com a certeza de que
somos salvos e estamos seguros nas mãos de Deus. Esta certeza vem pela
Palavra de Deus e através do nosso relacionamento diário com Deus.
A Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. A Palavra de Deus é uma
arma de ataque e defesa contra as investidas do inimigo. Jesus usou a
Palavra de Deus contra Satanás, quando Ele foi tentado no deserto (Mateus
4). Quando nós usamos a Palavra contra os ataques de Satanás, com fé,
com plena confiança em sua fidelidade e veracidade, nós usamos uma
“espada” contra o diabo e seus servos.
BUSQUE E RECEBA A UNÇÃO DO ESPÍRITO:
A Bíblia enfatiza constantemente a necessidade da unção do Espírito na guerra
espiritual (Isaías 10.27, versão corrigida; Lucas 4.18-19; Mateus 12.28; Atos 10.38).
A unção do Espírito quebra as cadeias satânicas que amarram as pessoas. Jesus
recebeu a unção do Espírito para pôr em liberdades os cativos e oprimidos do diabo.
Ele expulsou demônios pelo poder do Espírito Santo. Se Ele precisou do poder do
Espírito em Seu ministério de libertação, quanto mais nós!
USE A PALAVRA DE ORDEM:
Jesus expulsou demônios com uma palavra de ordem (Lucas 4.32,36; Marcos
9.25; Mateus 8.16). Não se “ora” por demônios; eles devem ser ordenados a sair das
pessoas. Não leia a Bíblia para os demônios; ordene que eles saiam das pessoas.
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SEJA FLEXÍVEL NO MÉTODO:
O Espírito nos usa como Ele quer (1 Coríntios 12.11). Porque um método
funciona uma vez não significa que irá funcionar toda vez. Ouça a voz do Espírito.
TOME CUIDADO COM O ORGULHO:
O orgulho derrubou Satanás do céu (Isaías 14.12-15; Lucas 10.20). O orgulho
quase afetou a obra dos apóstolos. Não se orgulhe do poder liberado através de você
para expulsar demônios; há coisas mais importantes. Se orgulhe de conhecer o
Senhor e de ser conhecido por Ele.
SAIBA COMO USAR A ORAÇÃO E O JEJUM:
Certos demônios somente são expulsos com oração e jejum (Mateus 17.21;
Marcos 9.29). A equipe de libertação deve ter, portanto, uma prática constante de
jejuar e orar.
Busque a direção do Senhor antes de orar pela pessoa que precisa de ajuda. É
bom ter na equipe pessoas com dons de sabedoria e conhecimento, e discernimento
de espíritos para criar um ambiente protegido de surpresas.
PREPARE OS QUE PRECISAM DE LIBERTAÇÃO
Em Atos 16.16-18 nós encontramos um caso interessante. Paulo permitiu que a
jovem adivinhadora demorasse muitos dias antes de ser liberta. Não sabemos se
neste período Paulo manteve alguma conversa com ela, mas isso nos mostra que a
libertação não tem que ser efetuada no exato momento em que nos deparamos com a
pessoa possessa de demônios.
De fato, em muitos casos é imprescindível que haja uma preparação antes que a
pessoa seja submetida à expulsão.
Assim, que a pessoa ministrada...
1. Freqüente alguma sessão de ensinamentos bíblicos. A Bíblia ensina que a fé
vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10.17; Marcos 6.5,6). Assim, é
importante que escute algumas verdades bíblicas sobre a obra de Cristo em nosso
favor, para que isto gere ou aumente a fé da pessoa que receberá a ministração.
2. Quebre o contato com médiuns (Levítico 19.31; Zacarias 10.2). Se a pessoa
esteve envolvida com médiuns, pais de santos ou outro tipo “sacerdotal” maligno é
necessário que ela rompa todo o contato com eles antes de ser ministrada.
3. Destrua amuletos ou talismãs. Este tipo de coisa pode ser o vínculo que liga a
pessoa possuída por demônios e os seus hospedeiros, então é necessário que tais
objetos sejam destruídos. Convém notar que não é o ministrante quem deve quebrar
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ou se desfazer deste tipo de coisa. É a pessoa que receberá a ministração quem,
depois de instruída, deverá dispor-se a isto.
4. Destrua artigos de Feitiçaria. Sejam livros, amuletos, músicas, roupas ou
outra coisa qualquer, tudo que tiver relação com feitiçaria deverá ser destruído pela
pessoa que receberá a ministração. O papel do ministrante aqui será o de instruir a
pessoa sobre tal necessidade e dar-lhe cobertura de oração. Às vezes, quando tais
objetos estão sendo destruídos, os demônios podem se manifestar na pessoa.
5. Peça perdão a Deus (Tiago 5.14). Na maioria das vezes as possessões são
causadas por causa de pecados deliberados das pessoas. Assim, é necessário que
haja confissão de pecados e pedido de perdão a Deus por causa dos pecados
cometidos.
6. Renuncie a tudo que é pecaminoso e de Satanás. Aqui a pessoa que recebe a
ministração possui um papel crucial em sua própria libertação. Depois de instruída,
ela deverá, por livre e espontânea vontade, renunciar todo pecado em sua vida e todo
o seu envolvido com Satanás.
7. Receba a Salvação (Lucas 11.24-26). A pessoa deverá ser instruída acerca da
importância de “preencher a casa” após a expulsão dos demônios. A pessoa deve ter
interesse de ficar livre para sempre e não somente naquela ocasião. Ela precisa saber
claramente qual é o seu problema e qual é a solução definitiva para ele. Então, a
pessoa precisará de ensino claro e específico sobre a necessidade de:
Confessar seu pecado – 1 João 1.9;
Arrepender-se e converter-se – Atos 3.19;
Sobre o poder que há no sangue de Jesus para perdoar e libertar –
Colossenses 1.14; Apocalipse 12.11;
Que Deus deseja comprá-la de volta do poder do pecado e de Satanás
(redenção – Atos 20.28; 1 Coríntios 6.19,20; 1 Timóteo 2.6).
8. Memorize versículos bíblicos. Guardar a Palavra de Deus no coração (mente)
ajuda-nos a lutar contra as tentações do inimigo. Satanás fará de tudo para não soltar
a pessoa escravizada. Ele falará mentiras para ela sobre “ter cometido um pecado
imperdoável”, ou “que Deus não pode fazer nada por você” e coisas do tipo. Quando
a pessoa decora textos da Palavra de Deus, ela se prepara para enfrentar estas
acusações e mentiras do diabo. De fato, há poder na Palavra para afugentar o
inimigo. Jesus usou textos da Palavra que Ele havia decorado e Satanás se afastou
Dele (Mateus 4). Alguns exemplos de versículos para decorar são: Números 23.21-
24; Hebreus 2.14,15; Lucas 10.17-19; Marcos 16.17; Tiago 2.19.
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DIRIGINDO A REUNIÃO DE LIBERTAÇÃO
Agora nós iremos tratar do momento em que a pessoa será libertada do poder do
inimigo.
O LOCAL DA MINISTRAÇÃO:
Poderá ser numa casa ou no local público da igreja; porém, duas coisas são
importantes:
Que seja longe dos olhares curiosos da multidão (Marcos 9.25);
Que seja num local fisicamente seguro.
COMO DIRIGIR A SESSÃO:
Comece com Oração e Louvor (Romanos 4.20; 2 Reis 3.15). A oração e o
louvor preparam o coração das pessoas presentes para receber o amor e o
poder de Deus; cria uma atmosfera espiritual de fé e de poder.
Leve a pessoa afligida a fazer uma declaração de fé. Abaixo segue um
modelo, mas você poderá criar seu próprio modelo:
“A minha libertação vem somente através de Jesus Cristo e da Sua vitória
sobre o diabo e os seus anjos. Creio que Jesus é o Senhor! Dobro os meus
joelhos, confesso isto com a minha boca, e declaro: Que ao nome de Jesus
todo joelho se dobrará no céu (anjos e santos glorificados), na terra (os que
crêem em Jesus), e debaixo da terra (os demônios) [Filipenses 2.10].
Conheço a verdade, e a verdade me libertará... assim sendo, se o Filho me
libertar, verdadeiramente serei livre (João 8.32,36)”.
USE O NOME DE JESUS CRISTO:
O nome de Jesus tem poder contra toda obra maligna (Filipenses 2.9; Marcos
16.17). Repreenda os demônios em nome de Jesus, mas tenha certeza de que sua
vida está sendo vivida de modo a honrar este nome. Usar o nome de Jesus é mais do
que apenas mencionar o nome Dele. É preciso ser um representante deste nome; é
preciso ter uma vida que está de acordo com tudo o que o nome de Jesus representa:
santidade, amor, bondade, etc.
FALE COM AUTORIDADE:
“Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do
testemunho que deram; diante da morte, não amaram a própria vida”
(Apocalipse 12.11).
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Não peça a Deus para libertar a pessoa na presença do endemoninhado. Você é
quem tem a autoridade para libertar (Lucas 10.19). Você é quem tem que agir!
Portanto, aja e fale com autoridade. Reconheça que você não tem poder, mas o nome
de Jesus tem! Então, fale com autoridade em nome de Jesus quando se dirigir ao
demonizado.
REPREENDA OS ESPÍRITOS E ORDENE QUE SAIAM:
Jesus expulsou demônios ordenando que eles saíssem da pessoa (Marcos 9.25).
Paulo também seguiu a mesma prática (Atos 16.18).
Não é importante saber os nomes dos demônios para expulsá-los. Mas é
necessário que você ordene que eles deixem a pessoa. Não permita que os espíritos
esbravejem, falem palavras imorais ou coisas do gênero. Faça-os calar em nome de
Jesus e depois ordene que eles saiam.
MANTENHA AS SESSÕES CURTAS:
Embora não seja preciso demorar muito tempo para expulsar demônios, quando a
pessoa entra em transe, é mais difícil expulsá-los e aí se a libertação está ocorrendo
numa reunião normal da igreja isso pode demorar muito tempo. Às vezes é
impossível expulsá-los numa só sessão, principalmente se a pessoa ministrada não
estiver preparada. Se a pessoa estiver preparada através de sessões de ensino, a
libertação poderá ser bem mais rápida.
NÃO IMPONHA AS MÃOS SOBRE O ENDEMONINHADO:
A não ser que Deus fale com você especificamente sobre isto. Jamais lemos na
Bíblia que a imposição de mãos tenha sido usada para expulsar demônios. Jesus
sempre usou a “palavra de ordem”. A imposição de mãos é usada para abençoar
(Gênesis 48.14-16; Mateus 19.14,15), para curar (Marcos 6.2,5; 16.18b; Lucas 4.40;
13.13; Atos 19.11,12), para transmitir o dom do Espírito Santo (Atos 8.17; 9.17;
19.6), para transmitir os dons do Espírito (1 Timóteo 4.14; 2 Timóteo 1.6) e para
selar publicamente os servos de Deus (Números 27.18-23). 1 Timóteo 5.22 inclusive
adverte sobre não impor as mãos precipitadamente sobre as pessoas.
ACOMPANHAMENTO APÓS A LIBERTAÇÃO
Após a libertação, certifique-se que a pessoa exorcizada...
Memorize as Escrituras, para usá-la quando o diabo vier atacá-la com
dúvidas e etc. (Lucas 11.24-26; Gálatas 5.1);
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Compreenda a autoridade que o crente tem para vencer os poderes das
trevas através de Jesus (se ela se converteu antes ou depois da libertação).
Ensine-a sobre a importância de vestir-se com a armadura de Deus (Efésios
6.10-18; 2 Coríntios 10.3-5).
Afirme a sua libertação (Romanos 10.9; 1 Coríntios 15.57; Colossenses
2.15). Embora Cristo já tenha destruído os inimigos, a vitória que Ele
conquistou na cruz precisa ser efetuada em situações práticas da vida. A
pessoa libertada precisa continuar mantendo a libertação através de uma vida
piedosa.
Viva uma vida santa (Romanos 12.1-2). Ensine a pessoa a dedicar toda a
sua vida a Jesus.
Perdoe os que lhe maltratam (Mateus 5.21-26; 6.14,15; Mateus 18.21-35).
A falta de perdão pode impedir o gozo prático da libertação; a pessoa pode ter
sido libertada dos poderes das trevas, mas continua escravizada ao pecado e
nisso ela também precisa de libertação.
Talvez seja necessário que a pessoa participe de algumas sessões adicionais de
libertação. Estas sessões “extras” são necessárias quando a pessoa volta a sofrer
ataques satânicos (talvez por que a causa da aflição maligna não ficou bem definida
e a libertação não foi completa), quando os espíritos deixam a pessoa mais tempo
em transe do que lúcida, principalmente durante a ministração da Palavra ou quando
há vínculos com os poderes das trevas que não foram quebrados.
O QUE NÃO É A LIBERTAÇÃO
Após estudarmos diversos princípios práticos relacionados à libertação, convém
lembrarmos de algumas coisas que nada tem a ver com libertação. Algumas pessoas
têm feito um estrago muito grande no ministério de libertação por causa de atitudes
e métodos que não podem ser considerados como libertação.
Por exemplo, libertação não é provocar vômitos na pessoa. Há uma crença (ou
seria superstição?) de que se a pessoa vomitar os demônios sairão com o vômito.
Isto é tolice – para não dizer pior!
Libertação não é dar banhos na pessoa. Esta é uma prática das religiões
ocultistas, não da verdadeira libertação ensinada na Bíblia.
Açoitar ou bater na pessoa também não tem nada a ver com a libertação
bíblica. A causa das aflições de uma pessoa possuída é espiritual. Portanto, de nada
adianta apelar para (errôneos) recursos físicos.
Libertação não é retaliar. Há pessoas que se os demônios gritam, elas gritam
mais alto; se eles cospem nelas, elas também cospem nos endemoninhados. Isto é
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um absurdo! Nossa luta não é contra carne ou sangue, mas contra poderes
espirituais.
Libertação também não é tortura verbal. Falar mal dos demônios, gritar com
eles, usar palavras de efeito... Nada disso coopera para atingir a verdadeira causa do
problema; não produz resultado algum.
ALGUNS LEMBRETES FINAIS
Deus honra a nossa obediência e coragem (Josué 1.6). Portanto, se nós o
obedecemos indo libertar os cativos, nós podemos contar com a Sua ajuda em todo o
tempo.
Cristo já conquistou a vitória sobre os poderes das trevas (Colossenses 2.12-
15). A obra do ministério de libertação é tão somente levar as pessoas necessitadas a
conhecer, crer e tomar posse desta vitória.
Os Demônios não têm nenhum direito legal de atacar as vidas daqueles que
se submetem a Deus (Hebreus 2.14; Tiago 4.7; 1 Pedro 5.9). Portanto, é
imprescindível que tanto o ministrante quanto o ministrado estejam em submissão a
Deus.
Todos os crentes possuem autoridade contra Satanás (Lucas 10.19). Todos os
que crêem podem expulsar demônios (Marcos 16.17-18). Contudo, algumas pessoas
são chamadas especificamente para este ministério e estão mais bem preparadas.
Não entre em combate físico com pessoas endemoninhadas. Não é necessário
segurá-las, amarrá-las fisicamente ou coisas assim. O nome de Jesus tem autoridade
para expulsar o demônio, sem tocarmos na pessoa endemoninhada.
Satanás e seus súditos gostam de “show”. Não permita que os demônios
esbravejem, blasfemem, digam palavrões ou façam seu “espetáculo”.
Uma das maneiras de saber se uma pessoa está realmente endemoninhada é
“testar os espíritos” perguntando-lhes se Jesus veio em carne (1 João 4.1-4). No
entanto, é preciso lembrar que nós devemos testar “os espíritos”, não as pessoas.
Não se dirija à pessoa perguntando se ela confessa que Cristo veio em carne;
pergunte ao espírito que age na pessoa.
Não deixe que os espíritos com clarividência usem seu passado pecaminoso
contra você. Eles geralmente querem “revelar” os pecados cometidos no passado
(principalmente desde que você se converteu) para minar sua confiança e a
confiança dos outros. Reconheça que já não há nenhuma condenação para os que
estão em Cristo Jesus (Romanos 8.1) e com ousadia repreenda os demônios em
nome de Jesus.
Não tenha inveja de outras pessoas com maior habilidade para tratar com
endemoninhados do que você, assim como você também não deve ficar orgulhoso
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quando você é mais bem sucedido do que outros. O diabo usará uma destas
fraquezas para derrotá-lo.
Não permita que os endemoninhados perturbem as reuniões da igreja. Não
interrompa a reunião por causa de endemoninhados. Por isso, é necessário que haja
uma equipe de libertação, que deverá conduzir os endemoninhados para um lugar à
parte e ali tratar com eles.
Não se deixe iludir pelos espíritos. Às vezes eles simulam que saem, mas na
verdade apenas se ocultam, com o propósito de serem deixados em paz. É
importante que haja um forte acompanhamento das pessoas que dizem estarem
libertas. Algumas pessoas que supostamente vêm à igreja em busca de libertação
nada mais são do que ciladas do diabo, que muitas vezes produzem distrações,
desviando a equipe de libertação daqueles que realmente precisam de libertação ou
distraindo à igreja de suas atividades normais. É preciso discernimento espiritual!
Não se incline demais para os extremos, ou seja, não ver demônio nenhum ou
ver demônio em tudo; ou responsabilizar a pessoa naquilo em que a culpa é dos
demônios ou culpar os demônios por aquilo que é culpa da pessoa. Busque
fervorosamente o discernimento espiritual para saber reconhecer tais situações.
Lição 7 - Questões Para Revisão 1. Quais são os três níveis de guerra espiritual defendidos pelos seus defensores?
2. Qual nível foi abordado nesta lição?
3. Por que é importante trabalhar em equipe na libertação?
4. Quais são os requisitos para os membros da equipe?
5. O que significa „vestir‟ a armadura de Deus?
6. Qual é a importância da oração e jejum na libertação?
7. Como nós preparamos uma pessoa para a libertação?
8. Por que não devemos impor as mãos sobre as pessoas a quem ministramos
libertação?
9. O que devemos fazer após a libertação da pessoa?
10. O que não é libertação?
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Lição Oito
QUEBRA DE MALDIÇÕES
Versículo-Chave
“... Porque eu, o SENHOR, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos
pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me
desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e
obedecem aos meus mandamentos” (Êxodo 20.5-6).
INTRODUÇÃO
Este assunto, assim como muitos outros, sem necessidade alguma, tem se tornado
um assunto polêmico entre os evangélicos. Há aqueles que crêem e os que não
crêem no assunto; aqueles que o advogam e aqueles que o condenam.
Há muito “disse-não-disse” sobre o assunto. Pastores e líderes discordam entre si.
Teólogos de renome se posicionam tanto contra quanto a favor. Muitos crentes,
negligentes em descobrir por si mesmos a verdade sobre o assunto, estão
erroneamente aceitando tudo como bíblico ou rejeitando tudo como antibíblico.
Estes são alguns extremos deploráveis do que tem se tornado característico desde
que este ensinamento reapareceu com força na arena cristã e evangélica.
Diante deste quadro confuso e dividido, nós não podemos nos basear em quem
crê ou em quem não crê para tecermos nosso entendimento acerca do assunto. Não
podemos nos fiar em teólogos, pastores e escritores. Eles cometem erros e podem
estar enganados. Na verdade, muitos deles se baseiam apenas em suposições e
experiências pessoais. No entanto, é a Palavra de Deus que deve ser o nosso guia e,
como de fato é, a nossa única fonte de autoridade.
Assim, nós começaremos este estudo com três perguntas básicas, as quais
procuraremos responder satisfatoriamente.
TRÊS PERGUNTAS BÁSICAS
1. A Bíblia dá alguma importância a este assunto?
Veja bem. A palavra “maldição” e suas variantes aparecem cerca de 230 vezes na
Bíblia. Ela aparece duas vezes mais do que a palavra “esperança”, um das três
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principais virtudes cristãs (1 Coríntios 13.13). Se a esperança, que é uma das três
virtudes fundamentais da fé cristã, antecedida apenas pelo amor e pela fé, é citada
menos do que “maldição” na Bíblia, é porque as Escrituras deve dar alguma
importância a este assunto, não concorda?
2. Como crentes, nós devemos dar alguma importância a este assunto?
Pense bem: se Deus, através da Bíblia, dá importância ao assunto, por que nós
não deveríamos dar? Muitos crentes sofrem com problemas que não deveriam mais
existir porque eles não dão a devida importância em conhecer o que Deus nos
ensina. Deus disse a respeito de Israel: “Meu povo foi destruído por falta de
conhecimento” (Oséias 4.6). E Jesus disse no Evangelho: “Conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará” (João 8.32).
Isso, com certeza, também se aplica à questão da quebra de maldições. Se não
conhecermos biblicamente este assunto, nós poderemos estar nos privando de
verdades libertadoras e, assim, prejudicando tanto a nossa vida pessoal como
também a de outras pessoas que também precisam conhecer acerca deste assunto.
3. Qual é a base principal de nossas afirmações sobre este assunto?
A Palavra de Deus é a nossa principal base de informação acerca deste e de
qualquer outro tema. Nós não anulamos a experiência, mas nós a sujeitamos ao
ensino da Palavra de Deus. A Bíblia será o nosso guia neste assunto, sem deixarmos
de lado a nossa experiência pessoal sobre o mesmo.
DEFINIÇÃO DE MALDIÇÃO
Antes de prosseguirmos apresentando as bases bíblicas e teológicas acerca do
assunto, devemos primeiramente definir “maldição”.
No hebraico, uma das palavras traduzidas como “maldição” é qalal, que aparece
89 vezes no Antigo Testamento e, além de “maldição” ou “amaldiçoado”, também é
traduzida como “minguado” (Gênesis 8.11, 21); “desprezado” (Gênesis 16.4);
“blasfemar” (Êxodo 22.28); “desmerecido” (1 Samuel 2.30); “execráveis” (1 Samuel
3.13).
Para efeitos didáticos e teológicos nós definimos maldição da seguinte maneira:
Maldição é um estado e/ou processo de destruição no qual uma pessoa,
família ou povo se encontra. Esta destruição pode ser rápida ou lenta;
pode ser forte ou fraca, etc.
Qualquer pessoa, família ou nação que esteja passando por um processo de
destruição, não importa em que nível (espiritual, emocional, psicológico, físico,
social) ou grau, ela possivelmente está sob maldição.
Nós dizemos „possivelmente‟ porque este é um daqueles assuntos da Bíblia onde
há algumas „áreas cinzas‟ nas quais não podemos ter plena certeza dos fatos.
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Existem muitas variáveis nesse assunto, então não podemos e não devemos ser
categóricos. Antes, devemos agir sempre com humildade, analisar bem todos os
fatos e só então publicarmos nossas descobertas – sem descarar a possibilidade de
erro.
UMA ESCOLHA PESSOAL
No Antigo Testamento, quando da entrega da lei, Deus apresentou ao povo,
através de Moisés, as bênçãos e as maldições decorrentes da obediência ou
desobediência à Palavra de Deus. De acordo com Deuteronômio 30.19, viver na
bênção ou sob maldição era uma escolha pessoal. E, de fato, ainda é.
Você é quem decide como deseja viver. No entanto, o desejo do Senhor é que
escolhamos a bênção e não a maldição. E, por ser uma escolha, você não precisa
viver sob a escravidão de hábitos, costumes, pecados, circunstâncias, eventos e
heranças destruidoras. Você pode escolher uma vida abençoada!
COMO OPERAM AS BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES
FORÇAS QUE DETERMINAM A HISTÓRIA:
A Bíblia revela-nos que existem forças visíveis e invisíveis. Estas forças visíveis
e invisíveis determinam a história. Em 2 Coríntios 4.17-18, Paulo nos revela que
existem coisas que se não vêem, ou seja, coisas que se passam numa outra realidade,
invisível aos nossos olhos humanos.
A Bíblia também nos diz, em Hebreus 11.3, que „aquilo se vê não foi feito do que
é visível‟. Isto confirma que existe uma realidade invisível – escondida aos olhos
naturais – mas que é tão real quanto este mundo físico.
Vale ressaltar aqui que não estamos tentando mistificar essa coisa, mas somente
apresentar a realidade bíblica de um mundo invisível, cujas forças, que operam nesta
realidade invisível, determinam a nossa história neste mundo físico, material.
As bênçãos e as maldições pertencem ao plano invisível e não ao plano material,
assim como a fé, a oração e outras “forças” espirituais.
As bênçãos e maldições são veículos do poder espiritual sobrenatural. Por meio
delas o poder espiritual sobrenatural invade este mundo físico e material. Pense, por
exemplo, quando você ora por alguém. O poder espiritual da oração tem seu efeito
primário no mundo invisível, espiritual, quando chega aos ouvidos de Deus e é
atendida por Ele, mas seus efeitos também são sentidos e desfrutados no mundo
físico.
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Acerca da oração, a Bíblia diz que „o próprio Espírito intercede por nós com
gemidos inexprimíveis‟ (Romanos 8.26). O que são esses gemidos? Onde ocorrem?
Para onde vão? Os gemidos do Espírito Santo ocorrem no plano espiritual, invisível,
mas se manifestam neste mundo físico de várias maneiras. Então, aqui nós
estabelecemos um princípio fundamental desse tema: bênçãos e maldições dizem
respeito ao reino do espírito, mas invadem e se fazem sentir em seus efeitos no reino
natural.
DUAS CARACTERÍSTICAS COMUNS:
Tanto bênçãos quanto maldições possuem duas características comuns:
1. Geralmente não se limitam a um indivíduo. Existem falhas pessoais parecidas
com maldições, de modo que muitas pessoas confundem contingências pessoais com
maldições. Uma das características que distingue as maldições (ou bênçãos) é que
elas não se limitam a uma só pessoa, mas se alastram e „contaminam‟ muitas outras.
2. Elas tendem a continuar de geração em geração até que sejam quebradas.
Andando lado a lado com a primeira característica, nós sabemos que uma maldição
ou bênção continua de geração em geração até que ela seja rompida. Não é incomum
perceber que várias gerações de uma mesma família viveram amarradas a pecados e
ocultismo, porque as maldições passam de geração em geração, assim como as
bênçãos.
VEÍCULOS DAS BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES:
Como são transmitidas as bênçãos e maldições? Embora não possamos
diagnosticar todas as formas de propagação das bênçãos e maldições, nós sabemos
que elas geralmente são transmitidas através de palavras e de objetos.
Palavras. Bênçãos e maldições são transmitidas através das palavras que falamos.
Diversos textos bíblicos concordam com isto: Provérbios 11.9; 12.18; 18.21; Tiago
3.5-6, 9-10.
Objetos Físicos. Maldições também podem ser transmitidas através de objetos.
Veja os seguintes textos: Êxodos 30.21-33 com 1 Samuel 16.13; 1 Coríntios 10.16.
Aqui é importante lembrarmos que não estamos tratando com “mágica” ou
superstições. Obviamente, sem fé e ação, as bênçãos ou as maldições não
funcionam.
INDICADORES DE UMA MALDIÇÃO
Precisamos de discernimento e inteligência espirituais para perceber os
indicadores de uma maldição em operação na vida de alguém. Existem certas
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condições que nos alertam de que existe alguma coisa errada com uma pessoa. Por
exemplo:
Ela se sente constantemente frustrada
Ela nunca se sente completamente livre
Ela nunca desenvolve seu pleno potencial
É possível que tais coisas estejam presentes e não haja ali uma maldição. No
entanto, é muito mais provável que haja do que não. No mínimo, devemos estar em
alerta quando tais indicadores aparecem em alguém que nos procura para
aconselhamento ou ajuda.
Com base em Deuteronômio 28 (Revista e Atualizada), nós podemos identificar
pelo menos cinco outras áreas indicadoras de uma maldição:
Colapso mental ou emocional, ou ambos. Estas coisas se manifestam
através de:
o Loucura - vs. 28, 34.
o Confusão, perturbação do espírito - v. 20.
o Coração tremente, olhos mortiços e desmaio da alma - v. 65.
Enfermidades repetidas ou crônicas (especialmente se é hereditária):
o Pestilência - v. 21.
o Tísica, febre, inflamação - v.22.
o Úlceras, tumores, sarna, prurido - v.27, 35.
o Cegueira - v.28.
o Enfermidades graves e duradouras - v. 59.
o Outras enfermidades e pragas - v. 61.
o Propensão a acidentes “estranhos”.
o Uma história familiar de suicídio e mortes prematuras ou antinaturais.
Esterilidade, tendência ao aborto ou problemas femininos relacionados
(câncer de mama, problemas no útero ou ovários, etc.) – Deuteronômio
28.18.
Desintegração do matrimônio e distanciamento familiar – Deuteronômio
28.30, 41.
Contínua insuficiência financeira:
o Falta de mantimentos e roupas – v. 17, 47-48.
o Não prosperar, ser oprimido ou roubado continuamente – v. 29.
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Após expormos tais áreas indicadoras acima, convém estarmos cientes do
seguinte:
o Um só destes problemas não pode determinar com plena certeza a presença
de uma maldição, mas deve ser considerado seriamente.
o Para confirmar estas coisas como sendo maldição, é preciso que estes
problemas tendam a se repetir na história pessoal ou na história da família.
o Em todos os casos, deve-se contar com a orientação do Espírito Santo para
chegar a uma conclusão mais precisa.
CAUSAS DAS MALDIÇÕES
A Bíblia é muita clara ao afirmar que não existe maldição sem causa
(Provérbios 26.2). Toda maldição tem uma causa e uma parte importante do
ministério do reino de Deus é descobrir a causa e eliminá-la.
Nem toda maldição é hereditária. A Bíblia ensina que Deus amaldiçoa até a
terceira e quarta geração dos que O aborrecem, mas abençoa por mil gerações
aqueles que O amam (Êxodo 20.5-6). No entanto, nem toda maldição é herdada de
nossos antepassados.
A obediência ou desobediência pessoal é o que nos leva a herdar os pecados e
maldições de nossas gerações passadas. Não é bíblico afirmar que uma pessoa sofre
certa maldição somente por que ela a herdou de seus antepassados. Foi o
envolvimento pessoal dela com um pecado semelhante ao de seus antepassados que
a levou a herdar as maldições oriundas de tal pecado. Além do mais, há maldições
que são auto-impostas, como nós mais veremos adiante.
Outro ponto importante aqui é que em Deuteronômio 28, Deus é quem profere as
maldições, e assegura que elas virão sobre o desobediente (Deuteronômio 28.15,
45). Portanto, não é correto afirmar que toda a maldição provém originalmente de
Satanás ou por causa do ocultismo, embora estas coisas também sejam canais de
maldição.
O certo, porém, é que toda maldição é resultado do pecado. Todo e qualquer
pecado dá oportunidade para as maldições agirem.
A seguir, nós fornecemos uma pequena lista de pecados que trazem maldição:
Idolatria – Êxodo 20.5-6.
Ocultismo – Deuteronômio 15.10-13.
Feitiçaria – o ramo de poder do ocultismo.
Adivinhação – o ramo de conhecimento do ocultismo.
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Sortilégios – operam através de objetos ou outros meios de causar impacto
nos sentidos físicos, tais como drogas ou música.
Todo objeto associado com idolatria quer seja “cristão” ou não.
Todo objeto que represente qualquer religião, seita ou prática satânica.
Todo objeto sobre o qual é invocado algum poder sobrenatural.
Todo objeto que seja a expressão de uma superstição - amuletos da sorte.
Linhas de poder do ocultismo – feitiçaria:
o Acupuntura
o Acupressão
o Projeção astral
o Hipnose
o Levitação
o Artes marciais que invocam poder sobrenatural.
o O controle mental
o Dinâmica mental
o Paracinese
o Levantar mesas
o Telecinese
o Toque curador - do-in
o Feitiçaria pura
Linhas de conhecimento do ocultismo – adivinhação:
o Astrologia
o Escrita automática – psicografia
o Todas as linhas espíritas
o Clariaudiência – ouvir vozes
o Clarividência – ver coisas
o Bolas de cristal
o Diagnóstico por pêndulos ou cores – cromoterapia
o Adivinhação
o Percepção extra-sensorial
o Horóscopo
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o Cabala
o Médiuns
o Ler o pensamento
o Numerologia
o Leitura das mãos
o Tarô
o Tábuas de Oijá
o Telepatia
o Sortilégios
o Livros de práticas ocultistas
o Antroposofia
o Missa Negra
Seitas ou grupos filosóficos/religiosos:
o Meninos de Deus ou Família do Amor
o Ciência Cristã
o Maçonaria
o Movimento Paz Interior
o Testemunhas de Jeová
o Mórmons
o Nova Era
o Ciência Religiosa
o Rosacrucionismo
o Cientologia
o Comunidade das Fronteiras Espirituais
o Espiritualismo
o Teosofia
o Igreja da Unificação
o Igreja Unitariana
o Igreja Mundial de Deus
o Fe Bahai
o Budismo
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o Confucionismo
o Seicho-No-Iê
o Gurus
o Hinduísmo
o Xintoísmo
o Meditação Transcendental
Linhas do ocultismo que operam através de objetos físicos, práticas e etc:
o Amuletos
o A cruz egípcia (cruz com um anel na parte superior)
o As pedras preciosas correspondentes aos meses de nascimento
o Cristais para curar ou trazer energia positiva
o Drogas, especialmente os alucinógenos.
o Símbolos da sorte – ferradura, pé de coelho, dólar, etc.
o Artefatos religiosos
o Símbolos do Zodíaco
Pecados Morais e Éticos
o Não respeitar os pais
o Toda forma de opressão e injustiça
o Sexo ilícito ou antinatural
o Anti-semitismo – Gênesis 12.2-3
O legalismo e a carnalidade - Jeremias 17.5; Gálatas 3.1-10. Formas de
legalismo e carnalidade na igreja:
o A teologia se exalta acima da revelação
o A educação intelectual acima da edificação do caráter
o A psicologia acima do discernimento espiritual
o A programação acima da direção do Espírito Santo
o A eloqüência acima do poder sobrenatural de Deus
o O raciocínio acima do andar por fé
o As leis acima do amor
O furto, o perjúrio e o roubar a Deus - Zacarias 5.1-4; Ageu 1.4-6; Malaquias
3.8-10.
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Rebeldia contra as figuras de autoridade – Romanos 13.2,4.
Maldições auto-impostas - Mateus 12.36-37; Gênesis 27.12-13, 46.
Compromissos ou juramentos que amarram as pessoas em associações ímpias
– 2 Coríntios 6.14-17.
As maldições de servos de Satanás.
QUEBRANDO AS MALDIÇÕES
A quebra de maldições começa com um profundo entendimento da Obra de
Cristo na cruz. Ao morrer lá cruz, Jesus Cristo levou sobre Si mesmo todos o nosso
pecado, todas as nossas enfermidades e todas as maldições (Isaías 53.4-6; 1 Pedro
2.24; Gálatas 3.13-14).
Aqui precisamos abrir um parêntese para explicarmos Gálatas 3.13-14. Este texto
trata especificamente de um tipo de maldição e não de todas as maldições. Aqui se
fala da “maldição da lei”, que não é a mesma coisa que as maldições descritas em
Deuteronômio 28. “A maldição da lei”, em Gálatas 3, se refere ao fato do ser
humano ser obrigado a praticar a lei, mas não ter o poder para fazer isto e, portanto,
Ele não pode agradar a Deus e ser salvo mediante a prática da lei. Ele precisa de um
substituto, que já foi dado por Deus, ou seja, o nosso Senhor Jesus Cristo.
Então, este texto de Gálatas não pode ser usado na tentativa de provar que já
fomos libertos das maldições de Deuteronômio 28, muito embora saibamos que
Jesus, ao morrer por nós na cruz, resolveu a causa básica das maldições – o pecado.
Assim, portanto, por meio da Sua morte, Jesus nos libertou da lei, do pecado e da
morte.
Mas, cabe aqui uma pergunta importante: a libertação das maldições é
automaticamente efetuada quando alguém se converte? Nós cremos que não. Ao
dizermos isso, de forma alguma queremos negar o poder e a suficiência da morte e
ressurreição de Cristo. O que entendemos, porém, é que o problema está em nossa
apropriação da verdade e não na Sua obra perfeita.
Nós já estudamos em outra lição que existe uma diferença entre o que temos em
Cristo posicionalmente e o que temos Nele experiencialmente. Este princípio é
muito importante para entendermos a relação entre o que a Bíblia diz que somos e
temos em Cristo e o que na verdade nós vemos acontecendo em nossa experiência
prática. Por exemplo, a Bíblia diz que já morremos para o pecado. Contudo, nós
ainda pecamos. Ela diz que nós somos perfeitos em Cristo, mas em nós mesmos
estamos cheios de defeitos.
O mesmo é verdade em relação à cura da alma, libertação e quebra de maldição,
só para citar alguns temas importantes. Em Cristo, por meio de Sua cruz, nós já
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estamos curados, libertados e sem nenhuma maldição. Esta é a nossa posição em
Cristo. Mas, qual é a nossa verdadeira condição?
A quebra de maldições acontece automaticamente quando a gente se converte a
Cristo apenas em termos de posição. Nele nós já não temos mais nenhuma maldição.
Mas o que temos Nele posicionalmente deve se tornar a nossa experiência prática; e
isto não acontece automaticamente. Há alguns fatores que interferem na nossa
apropriação da nossa herança em Cristo, tais como:
O nosso conhecimento e entendimento de nossa posição e bênçãos em Cristo
(Oséias 4.6a).
Nossa fé pessoal para desfrutarmos o que Deus nos deu gratuitamente em
Cristo (Hebreus 3.19; 11.6; 4.2).
A necessidade de “tomarmos posse” (apropriação prática) daquilo que já é
nosso por direito (Deuteronômio 7.1-6; Números 33.55-56; Josué 23.13).
A seguir, nós fornecemos um modelo de “Sete Passos” para quebrar as maldições.
Você pode usá-los tanto individualmente quanto para ministrar a outros:
Confesse sua fé em Cristo e no sacrifício Dele por você.
Arrependa-se de todos os seus pecados e rebeliões, confessando-os por nome
(Atos 3.19).
Reivindique o perdão de todos os pecados (1 João 1.9).
Perdoe as pessoas que o ofenderam (Marcos 11.25).
Renuncie a todo contato com qualquer coisa ocultista (2 Coríntios 6.14-18).
Faça uma oração quebrando as maldições.
Creia que recebeu já a bênção e agradeça a Deus por isso (Mateus 12.37;
4.14; 10.21,23).
Lição 8 - Questões Para Revisão 1. A Bíblia dá alguma importância à quebra de maldições?
2. Como crentes, nós devemos dar alguma importância a este assunto?
3. Qual é a base principal de nossas afirmações sobre este assunto?
4. O que é uma maldição?
5. Como operam as bênçãos e maldições?
6. Quais são as duas características comuns em toda maldição?
7. Quais são alguns dos veículos pelos quais se transmitem bênçãos e maldições?
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8. Com base em Deuteronômio 28 (Revista e Atualizada), quais são as cinco áreas
indicadoras de uma maldição?
9. Quais são algumas das causas de maldições?
10. Quais são alguns dos fatores que interferem na nossa apropriação da nossa
herança em Cristo?
11. Quais são os sete passos tomados para quebrar uma maldição?
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Lição Nove
MINISTRANDO AO POBRE (1)
Versículo-Chave
“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo
rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza
vocês se tornassem ricos” (2 Coríntios 9.8).
INTRODUÇÃO
A Bíblia, especialmente o Novo Testamento, deixa claro que os pobres têm um
lugar especial no coração de Deus. O Senhor estabeleceu leis para a proteção e
cuidado dos pobres, prometeu punições para quem tratar o pobre com desprezo e
bênçãos para quem tratá-los bem. Ele é chamado inclusive de “refúgio para os
pobres” (Isaías 25.4). De fato, a visão bíblica de Deus em relação aos pobres é que
Ele está pronto para ouvi-los, defendê-los e ajudá-los. Contudo, Deus mesmo
reconheceu que, devido ao pecado, sempre haverá pobres na terra (Deuteronômio
15.11), até que venha o Reino de Deus em todo o Seu poder e glória. Então, naquele
dia, não haverá mais pobres, miséria ou qualquer mal causado pelo pecado.
Apesar da certeza de que no futuro Reino de Deus não haverá pobreza ou pobres,
nós não podemos cruzar nossos braços e somente esperar pelo Dia glorioso da
plenitude do Reino. Pois, o reino de Deus está aqui e agora! Na medida em que
deixamos Cristo reinar em nossos corações, pregamos o evangelho e avançamos Sua
causa através dos ministérios do Reino, nós promovemos uma transformação social
que pode mudar a vida de muitos pobres. Sim, Deus quer usar-nos não somente para
pregar o evangelho do reino aos pobres – nossa primeira responsabilidade – mas
também servir ao pobre em suas necessidades.
Tendo isso em vista, nós desenvolveremos esta lição ampliando a sua visão
bíblica do pobre e da pobreza e oferecemos alguma ajuda para que você e sua igreja
possam desenvolver um ministério eficaz entre os pobres. É claro, como sempre, nós
estamos mais focados em princípios e valores do que em métodos.
O POBRE NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, diversas palavras são traduzidas como “pobres”. As
principais são “„ebhyon”, “dal”, “„ani” e “rush”.
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A palavra „ebhyon significa “desejoso, necessitado, pobre” (Êxodo 23.6); dal
significa “comovente, vacilante, dominado, fraco, pobre, humilde, modesto,
inferior” (Êxodo 23.3); dallah significa “pobreza, fraqueza” (2 Reis 25.12); rush
significa “ser pobre, empobrecido” (1 Samuel 18.23); „ani e também „anaw
significam “pobres, oprimido”; estas palavras vêm de „anah que significa
“curvado” ou “necessitado” (Êxodo 22.25.).
O AT dá uma grande importância ao pobre. A Lei, por exemplo, tinha um espírito
de proteção e ternura para com os pobres. Na realidade, o propósito de Deus e da Lei
é que não houvesse pobres entre os judeus porque Iavé deveria abençoá-los
grandemente:
“Assim, não deverá haver pobre algum no meio de vocês, pois na terra
que o SENHOR, o seu Deus, lhes está dando como herança para que
dela tomem posse, ele os abençoará ricamente” (Deuteronômio 15.4).
Contudo, isso estava condicionado à obediência do povo (Deuteronômio 15.5), o
que sempre se mostrou débil e, por isso mesmo, sempre haveria pobres na terra
(Deuteronômio 15.11). Aqui nós vemos, então, que a pobreza nunca foi o propósito
de Deus para Seu povo e, conseqüentemente para ninguém neste planeta. A raiz e a
essência da pobreza está no pecado do ser humano. O homem, e não Deus, é o
responsável pela pobreza que há no mundo.
No entanto, apesar do pecado gerar pobreza na terra, inclusive entre o povo do
Senhor, Deus não deixaria os pobres largados à sua própria sorte. No núcleo da Lei
estava o claro entendimento de que Deus era misericordioso para com os pobres e
oprimidos e que, por meio do Seu povo, o Senhor abençoaria os pobres da terra.
O cuidado de Deus pelos pobres é uma verdade extremamente clara no AT. Ali,
Deus (Iavé) é representado como tendo um cuidado especial pelo “pobre”, o que foi
ilustrado na libertação da nação da pobreza e escravidão do Egito e isso não deveria
nunca ser esquecido por eles (Deuteronômio 24.22).
O AT também ensina que Deus também pune aqueles que oprimem ao pobre e
recompensa aqueles que são bondosos para com eles. Deus mesmo é considerado o
Protetor e Salvador dos pobres, e faz muitas promessas em relação a eles (Veja
Êxodo 22.23; Deuteronômio 15.9; 24.15; 1 Samuel 2.8; Jó 31.16; Salmos 9.18; 12.5;
Provérbios 19.17; Isaías 25.4; Eclesiastes 5.8).
O CUIDADO DE DEUS PARA COM O POBRE:
Na Lei, de maneira especial, Deus trata dos pobres com muita atenção. Ele
ordena que os pobres sejam tratados com muita liberalidade:
“... não endureçam o coração, nem fechem a mão para com o seu
irmão pobre” (Deuteronômio 15.7).
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“Dê-lhe generosamente, e sem relutância no coração; pois, por isso, o
SENHOR, o seu Deus, o abençoará em todo o seu trabalho e em tudo o
que você fizer” (Deuteronômio 15.10).
Sabedor de que o ser humano é pecador e corrupto em seus tratos com seus pares,
Deus providenciou leis que protegeriam os pobres:
1. A cada três anos um dízimo era dado aos “levitas, aos estrangeiros, aos órfãos e
às viúvas” para que Iavé pudesse abençoá-los (Deuteronômio 14.28, 29; 26.12).
2. O pobre deveria ter livre acesso a tudo que crescesse espontaneamente no
campo ou nas vinhas durante o ano Sabático (Êxodo 23.10 e ss; Levítico 25.5, 6).
3. A cada ano a respiga dos campos e vinhas deveriam pertencer ao pobre, os
cantos dos campos deveriam ser deixados para eles, e se um feixe fosse esquecido,
deveria ser deixado para o pobre (Levítico 19.9, 10; 23.22; Deuteronômio 24.19).
4. Frutas e grãos colhidos em um campo poderiam ser comidos por uma pessoa
faminta, mas nada deveria ser levado embora, tinha que ser comido ali
(Deuteronômio 23.24, 25).
5. Na Festa das Semanas, aqueles que podiam levar uma oferta ao Senhor
deveriam lembrar do pobre e celebrar junto com ele (Deuteronômio 16.9-12).
6. A cada sete anos deveria haver um “perdão” das dívidas (Deuteronômio 15.1).
E no sétimo ano de escravidão o escravo hebreu deveria ser libertado (Êxodo 21.2),
ou no Jubileu, se ele viesse primeiro. Naquela ocasião – o qüinquagésimo ano – a
propriedade que tinha sido vendida deveria retornar ao seu proprietário original ou
família (Levítico 25.8-17).
7. Os hebreus deveriam emprestar prontamente ao pobre e nenhum juro ou
aumento deveria ser tomado de seus irmãos (Êxodo 22.25; Levítico 25.35-37;
Deuteronômio 15.7). Em Levítico 25.39, nenhum pobre hebreu deveria ser feito
escravo e, se fosse um servo assalariado, ele não deveria ser governado com rigor
(Levítico 25.43); seu salário deveria ser dado diariamente (Levítico 19.13;
Deuteronômio 24.15); nenhuma veste de viúva deveria ser tomada como penhor
(Deuteronômio 24.17), nem o moinho, nem a mó, pois estes eram essenciais para a
vida diária (Deuteronômio 24.6); as vestes de um homem deveriam retornar para ele
antes do pôr-do-sol, e nenhuma casa deveria ser confiscada em penhor
(Deuteronômio 24.10-13); romper estas leis seria pecado e sua observância justiça
(Deuteronômio 24.13, 15, etc.).
8. A justiça tinha que ser feita ao pobre em todos os negócios (Êxodo 23.6;
Deuteronômio 27.19, Levítico 5.7; 12.8).
Penalidades definidas nem sempre estavam anexadas a estas leis, mas os profetas
e salmistas tinham muitas queixas contra o tratamento injusto e a opressão para com
o próximo, pois isso era contrário a vontade de Deus, e freqüentes exortações de
justiça e respeito para com eles eram dirigidas ao povo (veja Salmos 10.2, 9; 12.5;
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14.6; Isaías 3.14, 15; Jeremias 2.34; Ezequiel 16.49; Ezequiel 18.12, 17; 22.29;
Amós 2.7; 4.1; Habacuc 3.14; compare Jó 20.19; 24.9, 14, etc.; Provérbios 14.31).
O DEVER DE CUIDAR DO POBRE:
O dever de cuidar do pobre é freqüentemente e fortemente estabelecido no AT, e
promessas divinas estão anexadas ao seu cumprimento (Salmos 41.1; 72.12;
Provérbios 17.5; 22.9; 28.3, 17; Isaías 58.7; Jeremias 22.16; Ezequiel 18.17; Daniel
4.27; Zacarias 7.10, etc; compare Jó 29.12, 16; 30.25; 31.19; Salmos 112.9).
A ERA VINDOURA DO MESSIAS E O POBRE:
A pobreza sempre existirá neste mundo e é nossa responsabilidade minimizá-la.
Contudo, nós devemos nos encher de esperança porque, o dia da divina
manifestação, a era vindouro do Messias, quando o reino de Deus for estabelecido
em plenitude, haverá libertação e regozijo para os pobres (Salmos 72.12-15; Isaías
11.4, etc.; Isaías 14.30; 29.19; 61.1).
IGUALDADE E SUPERIORIDADE DO POBRE:
O AT estabelece a igualdade do pobre para com o rico perante Deus. Não há
distinção alguma entre o que tem mais e o que menos, pois Deus dispensa
igualmente o Seu amor e a Suas bênçãos a todos, independente de raça, cor, sexo e
nível sócio-econômico. Deus não faz acepção de pessoas.
As leis especiais de Deus para a proteção do pobre foram necessárias por causa
do pecado dos seres humanos. Em seu egoísmo e cobiça os homens, falando de
maneira geral, não pensam nos pobres e não querem ajudá-los, principalmente no
mundo competitivo e individualista de hoje.
Contudo, a superioridade do pobre „justo‟ é estabelecida sobre o rico injusto. Para
Deus, é melhor ser pobre e honesto, verdadeiro e sábio do que rico e mentiroso,
desonesto e estúpido (Provérbios 19.1, 22; 22.1, 2; Eclesiastes 4.13).
COMO FICAR POBRE:
Um ponto importante no ensino do AT sobre a pobreza diz respeito às
advertências sobre as coisas que podem empobrecer uma pessoa. Se prestarmos
atenção nos conselhos de Provérbios, por exemplo, nós veremos claramente quais
são as atitudes e comportamentos que geram a pobreza de indivíduos e nações. E, é
claro, o mais importante – se formos sábios – é prestar atenção nesses ensinamentos
e fugirmos dessas coisas.
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O que causa pobreza segundo Provérbios? Uma grande ênfase é dada à preguiça
(6.10-11; 10.4; 12.24; 13.4; 20.13), mas também fala da falta de disciplina e de
trabalho árduo (13.18; 14.23), da falta de planejamento e foco (21.5; 28.19) e de se
entregar aos prazeres e à bebida (21.17; 23.21). Essas são as causas básicas que
levam uma pessoa a ficar pobre.
Nota: As principais palavras usadas no AT para “pobre” são literais, significam
alguém desprovido dos bens necessários para a sobrevivência própria. Porém, a
palavra „ani passou a denotar também aquele que é piedosamente pobre, ou seja,
justo sofredor, a pessoa que embora “necessitada” ou “empobrecida” era um servo
piedoso de Iavé. O pobre humilde se tornou, de fato, distinto como uma linha na
qual a fidelidade a Iavé era mantida e a religião espiritual desenvolvida. A palavra
menos freqüente „anaw, geralmente traduzida por “fraco” e “humilde”, é
considerada como sendo primeiramente de significado moral e religioso como, por
exemplo, em Número 12.3 (no original). Ela foi traduzida como “manso” ou
“paciente”, dependendo da versão, mas a tradução literal seria “pobre”, com o
sentido piedoso, é claro. O mesmo uso ocorre em Salmos 10.12, 17 (necessitado);
22.26 (pobres); 25.9 (humildes); Provérbios 3.34 (humildes); Isaías 29.19 (humildes,
necessitados); 32.7 (pobre); 61.1 (pobres); Amós 2.7 (necessitados).
O POBRE NO NOVO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, havia muita proteção ao pobre, com leis ordenando que se
repartisse com eles os bens e advertências para que os pobres não fossem enganados
ou explorados. No Novo Testamento, nós temos ensinamentos semelhantes dados
com referência ao pobre (Lucas 3.11; 14.13; Atos 6.1; Gálatas 2.10; Tiago 2.15, 16).
No Novo Testamento, a palavra ptochos2, significando “temente”, “pobre” e
“mendigo” é quase exclusivamente traduzida como “pobre”. Ela não ocorre muito
freqüentemente, mas nós vemos a mesma consideração pelo pobre como no AT;
além disso, o novo princípio de amor e o exemplo de Jesus, que “sendo rico, se
tornou pobre por nós” (ptocheuo, 2 Coríntios 8.9) necessariamente leva em si
mesmos esta consideração muito mais plenamente do que no AT.
REFERÊNCIAS DE JESUS AOS POBRES:
Jesus anunciou a Sua missão em Lucas 4.18 citando Isaías 61.1, “para levar boas
novas aos pobres”. Ainda que a palavra pobre ali em Isaías não implique somente
na pobreza material, pois a palavra também significa „fraco ou humilde‟, há
2 Ptochos é traduzida como “mendigo” em Lucas 16.20, 22 e “fracos” em Gálatas 4.9. Uma outra palavra
traduzida como pobre é “penes”, que significa “alguém que trabalha pelo seu pão diário”, “um homem pobre”, sendo a palavra usada em 2 Coríntios 9.9; a viúva pobre de Marcos 12.42 é descrita dentro de Lucas 21.2 como penichros, “muito pobre”.
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evidentemente uma ênfase messiânica em ministrar aos pobres. De fato, Jesus deu
como prova de ser o Messias o fato de que “as boas novas (do reino) estão sendo
pregadas aos pobres” (Mateus 11.5; Lucas 7.22).
De acordo com Lucas 6.20, Ele pronunciou uma bem-aventurança para o “pobre”
piedoso porque o reino de Deus era deles. Em Mateus 5.3, o pobre piedoso é
chamado de “pobre de espírito” (ou humilde). O pobre de espírito é a pessoa
destituída de acesso às bênçãos e privilégios da religião espiritual; aqueles que
carecem de Deus e sabem disso; aqueles que não são instruídos na verdade de Deus
e não têm acesso a ela. Eles precisam de Deus e de Seu reino, mas não possuem
acesso a Ele. Jesus veio pregando boas novas aos pobres, informando-lhes que o
reino de Deus estava acessível a eles, e demonstrando por Suas obras que eles
poderiam ser receber as bênçãos do Reino de Deus.
Jesus ordenou que se desse aos pobres (Mateus 19.21; Marcos 10.21; Lucas
18.22), pois eles “sempre estarão com vocês” (Mateus 26.11; Marcos 14.7; João
12.8). Ao dizer isso, Jesus não estava dizendo que era a Sua vontade que sempre
houvesse pobre. Muito pelo contrário! Jesus também não estava sendo contrário a
dar alguma contribuição aos pobres, mas estava apenas estabelecendo um contraste
com o fato de que Ele logo os deixaria, mas o pobre ficaria e poderia ser mostrada
bondade a qualquer hora a eles, pois esta era a própria prática Dele (João 13.29).
Jesus também ordenou que não se chamassem os ricos ou os prósperos a nossos
entretenimentos, mas sim o pobre (Lucas 14.13; compare Lucas 14.21). E quando
estava no Templo, Ele deu uma atenção especial à contribuição da viúva pobre
(Lucas 21.3).
A IGREJA E OS POBRES:
A primeira igreja mostrou uma grande consideração para com o pobre na
distribuição de bens.
“Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.
Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a
sua necessidade” (Atos 2.44-45).
“Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração.
Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas
compartilhavam tudo o que tinham” (Atos 4.32).
“Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala
grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas
viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento
(Atos 6.1).
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O ENSINO E A PRÁTICA DOS APÓSTOLOS PARA COM OS POBRES:
Quando os apóstolos judeus decidiram separar os gentios cristãos do jugo do
Judaísmo, eles fizeram do cuidado aos pobres uma condição e Paulo diz: “Somente
pediram que nos lembrássemos dos pobres, o que me esforcei por fazer” (Gálatas
2.10).
Contribuições foram levadas adequadamente aos pobres entre os santos que
estavam na Judéia (Romanos 15.26), e enquanto Paulo se encarregava disso, ele foi
preso em Jerusalém. Quando Paulo está ensinando sobre a contribuição ele cita
Salmos 112.9, que fala da habilidade e provisão de Deus suprir aos pobres (2
Coríntios 9.9).
Tiago reprova certos cristãos de seus dias por causa da preferência deles pelos
ricos e o desprezo para com os pobres (Tiago 2.5-9).
João ensina claramente que o amor verdadeiro não se resume a palavras, mas
deve ser mostrado pela ação:
“Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade,
não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em
verdade” (1 João 3.17-18).
A MENDICÂNCIA
A mendicância (prática de pedir esmolas) não era comum no Antigo Testamento,
mas era muito comum nos tempos do Novo Testamento (Lucas 16.20, 21; etc.).
Para o cristão, a mendicância não era uma opção. Os que eram pobres e não
podiam trabalhar (como órfãos e viúvas) deveriam ser amparados pelos familiares
ou pela igreja (ver, por exemplo, 1 Timóteo 5.3-16). Os que podiam trabalhar
deveriam fazê-lo até “com as próprias mãos” (1 Tessalonicenses 4.11; 2
Tessalonicenses 3.7-13; Efésios 4.28).
Lição 9 - Questões Para Revisão 1. Como você resumiria a visão do Antigo Testamento acerca dos pobres?
2. O que causa pobreza?
3. Como você resumiria o que Jesus falou acerca dos pobres?
4. Como a Igreja lidou com os pobres no Novo Testamento?
5. O que o Novo Testamento ensina sobre a mendicância?
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Lição Dez
MINISTRANDO AO POBRE (2)
Versículo-Chave
“Ouçam, meus amados irmãos: Não escolheu Deus os que são pobres
aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele
prometeu aos que o amam? 6 Mas vocês têm desprezado o pobre...”
(Tiago 2.5-6a).
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, nós estudamos o que a Bíblia fala sobre os pobres, tanto no
Antigo Testamento quanto no Novo Testamento. A partir de nossos estudos, nós
pudemos perceber o coração de Deus pelos pobres. Ele estabeleceu leis para
protegê-los e ampará-los, prometeu julgar aqueles que desprezam os necessitados e
abençoar aos que ajudam aos pobres. Deus mesmo se revela como Aqueles que
protege e olha pelos pobres.
Com base nos ensinamentos da lição passada, nós queremos avançar um pouco
mais e tratar de alguns princípios que poderão ajudar-nos a atender às necessidades
dos pobres de maneiras objetiva por meio de um ungido e organizado ministério da
igreja local.
O ministério aos pobres e necessitados, como vemos no Novo Testamento, é parte
de nosso mandato como continuadores do ministério do Reino de Deus que Jesus
iniciou. O Reino de Deus avança quando pregamos as boas notícias do Reino aos
pobres e demonstramos de maneira prática o nosso amor por eles.
Nesta lição, nosso foco é o “pobre” material, mas os princípios aqui apresentados
se aplicam a todos os tipos de necessidades que possam se apresentar numa
comunidade carente de Deus e de recursos necessários para uma vida digna.
UMA TRÍPLICE VISÃO COMO FUNDAMENTO
Se quisermos servir aos necessitados de maneira eficaz, nós uma tríplice visão
como fundamento essencial de nosso ministério. Essa tríplice visão fundamenta o
ministério aos pobres de maneira bíblica, pois é muito comum que pessoas e igrejas
se “envolvam” com o ministério aos necessitados por razões erradas e sem uma
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visão correta de Deus, da pessoa não redimida e da pessoa redimida. É importante
ter essa tríplice visão e que ela seja bíblica, porque isso afeta profundamente a
maneira como ministramos aos pobres, como veremos mais adiante.
A VISÃO BÍBLICA DE DEUS:
Quando você pensa em Deus, o que vem à sua mente? A sua visão de Deus é
bíblica ou é uma visão criada por si mesmo? Você realmente vê Deus como Ele se
revela nas Escrituras ou sua visão sobre ele é mais limitada do que a Bíblia ou
diferente do que a Bíblia revela?
Qual é a visão bíblica de Deus?
Ele é um Deus cuidadoso que sabe até quantos fios de cabelo temos na cabeça
(Lucas 12.7).
Ele é um Deus cheio de compaixão (Êxodo 3.7).
Ele é o Criador (Atos 14.15).
Ele é Fiel (1 Coríntios 1.9).
Ele é terno (Isaías 40.11).
Ele é Santo (Isaías 6.3).
Ele é Todo-poderoso (Mateus 14.36).
Ele conhece todas as coisas (Atos 1.24).
Ele odeia o pecado (Isaías 59.2).
Ele é justo (Salmos 103.6).
Ele é bom (Salmos 25.8).
Amoroso (1 João 3.1).
Misericordioso (Salmos 106.1).
Se essa é a visão que temos de Deus, de verdade, então a nossa visão Dele é
bíblica.
A VISÃO BÍBLICA DO “HOMEM NÃO REDIMIDO”:
Quando você pensa no homem não redimido ou quando você vai ministrar a um
não-cristão, o que vem à sua mente? É o que a Bíblia diz sobre ele ou o que você
mesmo pensa?
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Qual é a visão bíblica do homem não redimido? A nossa tendência é enxergar
apenas o „lado negro‟ do ser humano, mas precisamos prestar atenção ao todo que é
revelado nas Escrituras:
O homem foi feito à imagem de Deus, não só o salvo, mas também o perdido
(Gênesis 1.27). Isso confere a todo ser humano.
Valor e dignidade (1 Coríntios 6.20; João 3.16). Mas não podemos esquecer
que o homem não redimido também é
Pecador (Gênesis 3; Romanos 3.23; 5.12-19) e controlado pela sua natureza
pecaminosa (Gálatas 5.19; Romanos 1).
O homem também é responsável diante de Deus pelas coisas que ele faz,
independente das circunstâncias e situações diversas desta vida (Jeremias
31.30).
A VISÃO BÍBLICA DO REDIMIDO:
Quando você vai ministrar a um cristão, o que vem à sua mente? É o que a Bíblia
diz ou o que você pensa por si mesmo?
A Bíblia descreve o homem redimido assim:
Perdoado (1 João 1.9).
Justificado (Romanos 3.24).
Purificado (1 João 1.7).
Libertado (Romanos 6.18).
Reconciliado (Romanos 5.10).
Nascido de novo (Romanos 5.10).
Da família de Deus (2 Coríntios 6.18).
Destinado ao Céu (João 14.2-3).
Responsável diante de Deus (Ezequiel 18.20).
Agora, por que temos ter e propositalmente pensar a respeito desse tríplice visão?
Como isso afeta nosso ministério?
Em primeiro lugar, isso afeta o nosso ministério porque nós ministraremos às
pessoas a partir de quem Deus é e o que Ele tem feito por nós. Se você não tem uma
verdadeira visão de Deus como sendo cheio de amor e misericordioso, é certo que
você tratará as pessoas sem amor ou misericórdia. Se você não tem experimentado a
fidelidade de Deus, ao contrário, duvida dela, isso afetará o seu ministério aos
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outros; você não conseguirá transmitir o amor e a bondade de Deus aos outros em
realidade. Você poderá até falar sobre isso, mas não conseguirá convencer ninguém.
Em segundo lugar, isso afeta o nosso ministério porque nós ministramos a partir
de nossa percepção dos outros. Se eu vejo o não redimido como um “trapo”, sem a
dignidade de um ser criado por Deus, eu não vou dar para ele o devido valor. Nós
precisamos ver que todo ser humano, não importa qual seja sua atual condição, é
criado à imagem de Deus e é precioso para Ele. Se não enxergamos isso claramente,
não teremos a motivação correta para ministrar aos outros e poderemos nos tornar
bastante „seletivos‟ a respeito de quem deverá ser o beneficiário de nosso ministério.
Em terceiro lugar, isso afeta o nosso ministério, é claro, porque se não tivermos
uma visão correta de Deus, do não redimido e do redimido, nós ministraremos a eles
de maneira incompleta e biblicamente ineficaz.
O PRINCÍPIO BÁSICO: ORAR E AGIR
Em nossas comunidades sempre há muitas necessidades. Na maioria das vezes,
você não precisa nem ir atrás de alguma necessidade de seu bairro ou vizinhança,
porque o problema está ali do seu lado.
Talvez você veja muitas necessidades na sua vizinhança ou na de sua igreja.
Talvez haja pais e mães necessitam de trabalho e/ou de aconselhamento para criar
melhor os seus filhos. Talvez haja adolescentes que são mães solteiras e precisam de
roupas para seus bebês e orientação para não ter outra gravidez sem uma estrutura de
vida melhor. Você pode saber de jovens envolvidos com drogas e marginalidade por
falta de emprego e perspectiva de vida... São tantas as necessidades!
Mas, como resolveremos essas e muitas outras necessidades? Com duas palavras:
ORAR E AGIR.
Jesus Cristo viu as multidões famintas. Ele teve compaixão delas. O que Ele fez?
Orou e agiu (Marcos 6.41). O resultado foi que multidões foram alimentadas.
Levaram a Jesus um surdo-mudo. Jesus Cristo orou e agiu (Marcos 7.32-35). O
resultado é que ele foi curado.
Jesus Cristo viu a você e a mim. Mortos em delitos e pecados! Destinados ao
inferno! Teve compaixão de nós. Ele orou no Getsêmani e agiu no calvário. O
resultado tem sido a nossa salvação e de milhões de outras pessoas.
Devemos lembrar que orar e não agir não serve de nada. Tiago 2.15-17 diz:
“E se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e
necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser:
Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o
necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se
não tiver obras, por si só está morta”.
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Há problemas graves no mundo. Porém, para cada problema há uma resposta
cristã. Às vezes, a resposta é simples. Sempre é orar e agir. Porém, como? De que
maneira nós agiremos? Temos que consagrar nossa inteligência a Deus para buscar a
resposta bíblica para cada problema. Às vezes a resposta do mundo é a mais fácil. O
diabo oferece uma solução simples e egoísta. Para cada necessidade há duas
respostas: a do mundo e a da Palavra de Deus.
Você talvez não goste de “queimar os neurônios”. Buscar a aplicação bíblica para
tantas coisas cansa seu cérebro. Porém, devemos amar a Deus com toda a mente
(Mateus 22.37). Ocupar a mente na solução de um problema é parte do Grande
Mandamento. Você está disposto a dedicar sua mente a Deus?
O Senhor Jesus e um advogado discutiam acerca da lei. Os dois estavam de
acordo sobre a importância da lei ”amarás a teu próximo”. Porém, o advogado,
querendo defender-se, perguntou: “E quem é o meu próximo?”.
Jesus Cristo contou o exemplo do bom samaritano (Lucas 10.30-37). Um homem
caiu nas mãos de ladrões. Eles o deixaram meio morto na estrada. Ali estava alguém
necessitado. Qual seria a reposta bíblica para a sua necessidade?
Passaram primeiro dois religiosos. O que fizeram? Nada. Estavam muito
ocupados com as “coisas de Deus” para ajudar ao necessitado! Foi esta a resposta do
mundo ou de Deus?
Depois passou um samaritano. Era estrangeiro e inimigo. O que fez? Ele ajudou.
Ele foi a resposta de Deus ao necessitado.
COMO AJUDAR AOS NECESSITADOS DE MANEIRA BÍBLICA
Se nós queremos ajudar verdadeiramente aos necessitados, nós temos que agir de
maneira bíblica. Isso implica em seguir quatro princípios vitais:
TRABALHAR EM UNIÃO:
“Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que
vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada” (Hebreus 13.16).
Amparar aos necessitados não é dar uma moedinha a um mendigo. Devemos
trabalhar em união porque as necessidades são grandes demais para tratá-las
sozinhos. A igreja obediente se organiza para amparar aos necessitados. Para isso
Deus instituiu o ofício do diácono na igreja (Atos 6.1-7). Seu trabalho, ainda que
trate do material, é um trabalho espiritual. Requer homens cheios do Espírito Santo
(Atos 6.3).
Os irmãos em Cristo de uma aldeia de Colón, Honduras, ignoravam as leis que
governavam o uso da terra. As autoridades ordenaram que os terrenos nacionais
fossem cultivados em forma de cooperativa. Porém, os vizinhos queriam trabalhar
cada um individualmente. Eles não queriam unir-se em uma cooperativa. Até os
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crentes não se organizaram. Chegaram as autoridades com outras pessoas de fora
para apoderar-se das terras. Houve luta e dois morreram. Todos perderam seus
terrenos e suas casas.
A resposta cristã era trabalhar em união para se organizar conforme a lei. A
resposta do mundo era trabalhar cada um a sua maneira. Os crentes não deram a
resposta bíblica aos demais. A igreja não foi a luz do mundo como Cristo ordenou
(Mateus 5.14-16). A aldeia fracassou porque a igreja evangélica não buscou a tempo
a resposta cristã. Os crentes não oraram nem agiram biblicamente. Portaram-se
iguais aos incrédulos. Perderam tudo, até seu prédio da igreja.
O primeiro princípio para ajudar aos necessitados é trabalhar em união. Cada
igreja deve estudar as necessidades de sua comunidade e organizar-se para tratá-las.
APROVEITAR OS PRÓPRIOS RECURSOS DELES:
Não devemos depender dos recursos de outros (Romanos 13.8). Ofertar coisas
aos pobres pode corrompê-los (2 Timóteo 3.10-13).
Um povo no Panamá tinha duas colônias sem água potável. Os vizinhos de uma
colônia decidiram utilizar seus próprios recursos. Os que tinham dinheiro deram
uma cota para comprar os tubos. Os outros mais pobres emprestaram a mão-de-obra.
Trabalhando em união fizeram canais e colocaram os tubos. Em pouco tempo todos
tinham água.
Os da outra colônia decidiram aproveitar-se dos recursos de outros. Em vez de
trabalharem em união, foram ao prefeito pedindo sua ajuda. Este lhes prometeu
água, porém não cumpriu sua promessa. Voltaram várias vezes, porém só lhes
fizeram promessas. Não podiam beber promessas. Tudo se secou. As crianças
adoeceram. A colônia se atrasou. Por fim, o município instalou os tubos. Então,
cobrou imposto pela água. Os vizinhos pagaram pago mais do que a outra colônia
onde usaram seus próprios recursos. No final, o egoísmo sai mais caro.
Nem tosos os casos são iguais. Às vezes, a resposta cristã seria buscar a ajuda da
municipalidade. Às vezes, não. Os crentes são a luz do mundo e eles devem dar a
resposta correta. Devem servir de exemplo para a comunidade.
Às vezes, o governo tem o equipamento e o dinheiro para projetos necessários.
Às vezes, o povo deve ajudar a si mesmo. Como decidir? A resposta do mundo se
baseia no egoísmo e na preguiça. A resposta cristã se baseia na Bíblia e no amor ao
próximo.
BUSCAR O PERDÃO EM VEZ DA VINGANÇA:
“Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de
Deus” (Mateus 5.9).
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As disputas entre pessoas e nações podem ser resolvidas com um espírito de
perdão. Porém, a resposta do mundo é o espírito de vingança.
Os problemas raciais se baseiam no preconceito. Porém, em Cristo isto é
removido. Na igreja de Jerusalém os de fala grega murmuraram contra os hebreus.
Diziam que as viúvas deles não recebiam sua justa porção das ofertas para os
necessitados. A resposta cristã foi orar e agir (Atos 6.1-7); nomearam os primeiros
diáconos para atender aos necessitados de uma maneira justa.
Os conflitos entre os ricos e os pobres se resolvem com dificuldade. Alguns
crentes dizem que a pobreza se resolverá somente com uma revolução violenta.
Estes irmãos usam até textos bíblicos onde Deus dispôs de „violência‟ (João 2.15 e
Deuteronômio 7.1-5).
Outros irmãos dizem que não podemos participar de nenhum tipo de violência.
Usam os textos onde Deus nos ordena a manter a paz (como Mateus 5.8 e Romanos
12.18).
Outros irmãos dizem que o crente não deve preocupar-se com tais assuntos,
porque são conflitos deste mundo. Usam os textos onde Deus ordena não confundir
o reino de Cristo com os reinos deste mundo (como João 18.36 e Marcos 12.17).
Algumas questões interessantes para se considerar são:
Em quais situações Deus aprova o uso de armas? (Romanos 13.1-4).
Como a igreja pode persuadir a um povo a perdoar os seus inimigos e
ganhar a paz?
De quem é a vingança? (Hebreus 10.30).
Como a igreja pode resolver conflitos políticos e evitar guerras, sem
meter-se diretamente na política? (Pense bem).
TRATAR AS NECESSIDADES DE SUA COMUNIDADE POR MEIO DA
IGREJA LOCAL:
“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade
construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia
e a coloca debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no lugar
apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa” (Mateus
5.14-16).
Distintos grupos evangélicos internacionais e nacionais tratam os problemas
relacionados com a saúde, a pobreza e a justiça social. Missões estrangeiras e
comitês nacionais ajudam a muitos necessitados. Porém, se não o fizerem por meio
da igreja local, debilitam o ministério dela. Ela não assume sua própria
responsabilidade. Por que se debilita uma igreja local se ela não coopera com a
solução dos problemas em sua comunidade?
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O que é a pobreza? É o produto de uma força viva, uma força diabólica. Os
espíritos imundos produzem a pobreza por meio da superstição, imoralidade,
egoísmo, exploração, ignorância e desonestidade de pobres e ricos.
Por isso não se acaba com a pobreza só com a técnica. Acaba-se com a Palavra de
Deus unida com a técnica. Assim, o infinito poder do Espírito Santo é aplicado à
raiz do problema.
O pastor de cada igreja ensina aos irmãos a aplicar a Palavra de Deus aos
necessitados:
1. Os irmãos começaram com suas próprias famílias. Alguém procura primeiro
qual é a resposta cristã para os problemas de seu próprio lar (1 Timóteo 5.8).
2. Depois tratam das necessidades dos irmãos em Cristo (1 João 3.16-18).
3. Por fim, tratam das necessidades dos demais, até do inimigo (Mateus 5.43-47 e
25.34-46).
Em uma aldeia morreram muitas crianças por causa de água contaminada. A
igreja evangélica pediu ajuda a um grupo evangélico. Este veio e fez um poço, e
instalou uma bomba. Porém, a igreja não ensinou aos vizinhos sobre a necessidade
de água pura. Não ensinou a seus próprios membros seus deveres sociais. Não
ensinou ao povo a responsabilizar-se.
O grupo não trabalhou por meio da igreja local. Instalou o equipamento e se foi.
Os crentes não ajudaram aos seus vizinhos a entender suas responsabilidades.
Ninguém cuidou da bomba. As crianças lançaram pedras no poço. A bomba ficou
arruinada. Ninguém a reparou. As crianças continuaram morrendo. Não deveria ter
sido assim se a igreja tivesse assumido o seu papel.
MINISTRANDO AOS NECESSITADOS A PARTIR DA IGREJA LOCAL
Tendo estabelecido os fundamentos e princípios acima, nós queremos agora tratar
das seguintes questões que você necessitará considerar quando começar a planejar o
estabelecimento de um ministério aos pobres:
O MINISTÉRIO E A IGREJA LOCAL:
Esta é uma questão essencial para a saúde de qualquer ministério que é
estabelecido. Ministério é uma expressão da vida de indivíduos que formam a igreja
e, em minha opinião, ele é mais efetivo quando está arraigado numa igreja local, ao
invés de alguma coisa acontecendo às margens da igreja ou operando como uma
atividade pára-eclesiástica.
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Dentro deste contexto há duas maneiras de ver qualquer ministério com o pobre
em potencial: (1) como uma expressão de nosso caminhar pessoal com Deus e (2)
como uma expressão da vida da igreja.
Como uma expressão de nosso caminhar pessoal com Deus. Muitas
pessoas dentro da igreja local, a partir de seu próprio relacionamento pessoal
com Deus, realizarão atos de misericórdia para com o pobre. Nesse exemplo,
os indivíduos terão plena responsabilidade por suas ações e não usarão o nome
da igreja para dar cobertura às suas atividades. Embora isso seja ministério,
para os propósitos dessa lição, não é assim que nós vemos o „ministério aos
pobres‟. Um dos efeitos de operar desta maneira é que pode haver certo nível
de isolação do restante da igreja se esses atos ocorrerem como um estilo de
vida de tempo integral.
O Ministério da Igreja. Para o ministério aos pobres estar arraigado
efetivamente dentro de uma igreja local, há certas coisas que você terá que
considerar:
o Você necessita ter um coração da liderança por trás de você. Se o
ministério ao pobre não está no coração da liderança, você não pode
esperar que o ministério seja central para a visão da igreja. Se você
espera isto, haverá feridas e frustrações de ambos os lados.
o Você deve prestar contas para a liderança da igreja local. Mas em
concordância com ela você também terá que definir as áreas de
responsabilidade das pessoas que o ajudarão nesse ministério.
o Você será responsável por todas as questões financeiras e legais,
mas você permanecerá prestando contas à liderança da igreja.
o O sucesso do ministério ao pobre depende da atitude da igreja para
com:
O ministério
A liderança mista de sexos
Os solteiros no ministério
A doutrina e aconselhamento
A liberdade para todo o Corpo ministrar
O que eles crêem que pode acontecer com os pobres (eles serão
apenas uma „experiência‟ para os crentes de classe média ou
poderão vir a ser pastores e líderes da igreja?)
o Esse não é apenas um caso de estabelecer qualquer ministério em
qualquer igreja. A igreja necessita:
Estar desejando, sedenta por ministrar aos pobres;
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Preparar-se para a colheita;
Generosa em sua atitude para com o ministério de pessoas
„leigas‟;
Convencida de seu chamado e habilidade.
o Só porque você está estabelecendo este ministério dentro do
contexto da igreja local isso não significa que a liderança é
responsável por:
Qualquer compromisso financeiro;
Encontrar o pessoal necessário para participar;
Manter seu pessoal motivado.
Você é responsável por todas essas coisas. O benefício de estar em um
ambiente de igreja é somente o da cobertura espiritual. Tudo mais que vier da
igreja será graça e misericórdia! Você é responsável pelo ministério que você
cria.
LANÇANDO OS FUNDAMENTOS CERTOS:
Há algumas questões cruciais que necessitam de consideração ao se estabelecer
um ministério aos pobres. Lançar os fundamentos certos é essencial para a saúde do
ministério.
Planejamento é crucial e para ajudar-lhe a fazer isso é preciso que você responda
a algumas questões básicas, todas as quais você necessita responder plenamente até
mesmo antes de considerar que irá começar um ministério. E você necessita
responder essas questões com toda a honestidade.
Por exemplo, como você conseguirá as finanças para o ministério? “Pela fé” não
é uma resposta válida quando você pode não pode pensar em nada mais para dizer, a
menos que você tenha fé suficiente para assumir a responsabilidade financeira para o
empreendimento.
As questões que você precisa fazer são:
Para QUEM é o ministério? Você está em contato com um grupo de
pessoas? Eles conhecem você? Você os conhece?
QUEM está indo ministrar com você? Você deve lembrar-se com não vai
sair com 30 pessoas da igreja que deixarão tudo pronto para você.
QUAL é exatamente a sua visão para este grupo de pessoas? É
residencial? É trabalho de rua? É sopa? O que você fará de 7 da manhã até a
hora de dormir? Como você os vê no futuro?
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POR QUÊ? Qual é a sua motivação? Como você convencerá os outros a se
juntar a você?
ONDE? É residencial? Onde e em qual edifício? Se ele não é residencial,
onde o seu ministério acontecerá?
QUANDO? Em quanto tempo você começará? (Dica: planeje sua escala de
tempo e seus custos então dobre esses valores!). Historicamente as pessoas
superestimam o que pode ser feito em um ano e subestimam o que pode ser
feito em cinco anos. É muito útil ter isso em mente quando planejando a
escala de seu ministério.
COMO? Com quem você falará primeiro sobre as finanças? Como você
recrutará ajudantes? Como você começará o ministério? Etc.
CARACTERÍSTICAS DE UMA PESSOA QUE
ESTABELECERÁ UM EFETIVO MINISTÉRIO
Quando pensamos em começar um novo ministério, é claro que pensamos na
pessoa que irá liderá-lo. Se você deseja lidera rum ministério, você deve avaliar se
você é o tipo de pessoa que estabelecerá um ministério efetivo. Tal pessoa:
Tem um pensamento claro – ela sabe onde está indo e como chegará lá.
Tem determinação para enfrentar a realidade em fé não importa o que
aconteça.
Tem um registro anterior de fidelidade e integridade.
É um trabalhador não um velocista. Ele está disposto a trabalhar duro e bem
para realizar seu ministério, não importa quanto tempo leve.
É um catalisador; ele consegue produzir uma reação nas pessoas e instigar
mudanças nelas.
É pró-ativo ao invés de re-ativo. Ele age antes para não precisar reagir. Ele
cria mais do que conserta.
É um treinador e equipador. Ele não somente lidera e faz a obra, mas treina a
outros na obra do ministério.
É uma pessoa das pessoas. Ele não fica somente atrás de um bureau
planejando; ele vai até onde as pessoas estão e se envolve com elas.
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CONVERTENDO SEU SONHO EM REALIDADE
Se você sonha em ter um ministério aos pobres, você precisa transformar seu
sonho em realidade. Para tanto, você deve desenvolver um plano e estratégia. Ao
fazer isso, você deve dar atenção às seguintes questões:
ARTICULE SUA VISÃO:
Para transformar seu sonho em visão, você deve ser capaz de articular o seu
sonho. Você deve ser capaz de responder clara e consistentemente a todos que lhe
perguntarem „qual é a sua visão e o seu projeto?‟ Você deve ser capaz de explicar
com palavras diretas, claras e entusiastas o que é o seu ministério e por que as
pessoas devem apoiá-lo.
Porém, não se contente em apenas falar sobre a sua visão; você precisa ser capaz
de escrevê-la de maneira concisa e clara. Aliás, se você não for capaz de escrever a
sua visão para o ministério de maneira clara e direta, talvez você não saiba
exatamente o que quer e a quê se propõe.
AVALIE AS TAREFAS À FRENTE:
Há muitos aspectos diferentes no planejamento do ministério que você necessitará
considerar. Será útil para você fazer uma lista de tudo que você necessitará realizar
antes de começar o ministério. Um exemplo desta lista se encontra abaixo:
Obter um lugar
Negociar um aluguel
Financiar um projeto e a prestação de contas das finanças
Visitar outros projetos para conseguir idéias
Recrutar o pessoal que ajudará
Conseguir pessoas para o treinamento
Fazer uma agenda diária de seu pessoal
Fazer uma agenda diária para seus contatos
Escrever as regras para o pessoal e contatos
Escrever as descrições e contratos para o pessoal
Etc.
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PRIORIZANDO OS PASSOS:
Quais são os passos que você deve tomar para começar o ministério? Em qual
ordem você estabelece esses passos? Você pode dividi-los em quatro fases:
Fase 1: Escreva os passos que você deve dar antes de começar.
Fase 2: Escreva o planejamento principal e teste se você é capaz de falar e
escrever a sua visão.
Fase 3: Planeje as questões referentes ao local, aos aspectos financeiros e
questões legais.
Fase 4: Mais planejamento antecipado.
Tendo priorizado as tarefas à frente, você agora está numa posição de começar a
trabalhar para que sua visão se torne uma realidade.
Edifique dentro de uma agenda de tempo realista em torno de suas prioridades,
tendo em mente que:
Você tende a superestimar o que pode ser alcançado em um ano e
subestimar o que pode ser alcançado em 5.
Quanto mais antecipadamente você planeja o mais geral você precisará ser,
e mais flexível acerca dos detalhes (mas não da visão).
Você precisará de disciplina, fidelidade, oração e determinação para começar e
terminar bem. Assim também, tenha cuidado para não se desviar da sua visão, não
diluir a sua mensagem ou propósito e manter a coisa principal que você precisa fazer
como a principal coisa.
Quando você se sentir desanimado ou sem foco, pergunte-se: O que Deus
realmente me disse para fazer?
Lição 10 - Questões Para Revisão 1. Qual é a tríplice visão que fundamenta o ministério aos pobres?
2. Como essa tríplice visão afeta o nosso ministério aos pobres?
3. Qual é o princípio básico do ministério aos pobres?
4. Quais são os quatro princípios vitais na ação ministerial para com os pobres?
5. Por que devemos ministrar aos pobres a partir da igreja local?
6. Quais as características de uma pessoa que exercerá um ministério eficaz junto
aos pobres?
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Exame Final Este exame final consiste de 50 questões. Cada questão
vale 2 pontos. Portanto, o máximo de pontos que podem ser obtidos neste exame é de 100 pontos.
1. Quais os dois elementos vitais do ministério de Jesus?
2. Por que Jesus é o nosso Jesus é o nosso melhor modelo na pregação e no ensino?
3. Qual era a fonte do poder de Jesus na pregação?
4. Quais eram os objetivos de Jesus ao ensinar?
5. O que é um discípulo?
6. Quais são os três pontos básicos sobre o discipulado?
7. Como Jesus fez discípulos?
8. O que Jesus ensinou aos Seus discípulos?
9. Quais eram as características do Seu método de discipulado?
10. Qual é a base bíblica para a afirmação de que a missão de Jesus era tanto curar
quanto salvar?
11. Qual é a base bíblica para buscarmos a cura física hoje?
12. Qual era a motivação de Jesus para curar?
13. O que significa dizer que a cura “é o pão dos filhos”?
14. Por que nem toda cura é instantânea?
15. Qual texto bíblico mostra claramente que expulsar demônios é manifestar o reino
de Deus?
16. Como expelir os demônios?
17. O que é o aconselhamento bíblico?
18. Como você descreveria a missão de Jesus e a sua relação com o aconselhamento
bíblico?
19. Quais são os sete princípios básicos do aconselhamento bíblico?
20. Por que a cura da alma é necessária?
21. O que significa o termo “cura”?
22. Em que se fundamenta a cura da alma?
23. Quais as diferenças entre o aconselhamento bíblico clássico e a cura da alma?
24. Qual é a relação entre a cura da alma e a libertação?
25. Quais são os três requisitos para receber a cura da alma?
26. Por que não devemos ungir uma pessoa com óleo ao ministrarmos a cura da
alma?
27. Quais são as três etapas da cura da alma?
28. Por que é importante trabalhar em equipe na libertação?
29. Quais são os requisitos para os membros da equipe de libertação?
30. O que significa „vestir‟ a armadura de Deus?
31. Qual é a importância da oração e jejum na libertação?
32. Como nós preparamos uma pessoa para a libertação?
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33. Por que não devemos impor as mãos sobre as pessoas a quem ministramos
libertação?
34. O que devemos fazer após a libertação da pessoa?
35. O que não é libertação?
36. A Bíblia dá alguma importância à quebra de maldições?
37. Como crentes, nós devemos dar alguma importância a este assunto?
38. Qual é a base principal de nossas afirmações sobre este assunto?
39. O que é uma maldição?
40. Quais são as duas características comuns em toda maldição?
41. Quais são algumas das causas de maldições?
42. Quais são alguns dos fatores que interferem na nossa apropriação da nossa
herança em Cristo?
43. Quais são os sete passos tomados para quebrar uma maldição?
44. Como você resumiria a visão do Antigo Testamento acerca dos pobres?
45. O que causa pobreza?
46. Como a Igreja lidou com os pobres no Novo Testamento?
47. Qual é a tríplice visão que fundamenta o ministério aos pobres?
48. Qual é o princípio básico do ministério aos pobres?
49. Por que devemos ministrar aos pobres a partir da igreja local?
50. Quais as características de uma pessoa que exercerá um ministério efetivo junto
aos pobres?
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Este manual faz parte de uma série de diversos manuais
desenvolvidos para o treinamento ministerial, pastoral e
teológico do TREINAMENTO BÍBLICO
INTERNACIONAL, que visa equipar cada crente para o
cumprimento de seu papel dado por Deus na
evangelização do mundo e na edificação da igreja.
Para maiores informações, por favor, escreva-nos:
Rua Eufrásio de Oliveira, 38 – Alto da Conceição
59600-410, Mossoró-Rn - Brasil
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