O Sentido Da Vida

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Trabalho de 11º ano sobre o Sentido da Vida realizado por Helena Teles.

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O Sentido da Vida

Temas e Problemas daCultura Científica

Helena Teles nº611ºC T E

Temas/Problemas da Cultura Científica/Tecnológica

Plano de Apresentação

• Relação com o subtema• Introdução ao tema• Existencialismo• Haverá um sentido para a

vida?

• A finitude do Ser Humano e o Sentido da Vida

• Conclusão

Sim

Não

A Vida tem Sentido

• De que depende o sentido da vida?– Perspectivas religiosas:• Søren Kierkegaard

– Perspectivas não-religiosas:• O Sentido da Vida é atingirmos as metas

que delineamos para nós próprios• O Sentido da Vida é o Espírito de Partilha• O Sentido da Vida é a Sobrevivência• O Sentido da Vida é atingir a Felicidade

A Vida não tem Sentido

• O Absurdismo:– Um Pouco de História– O Pensamento Absurdista– O Suicídio

• Visualização de um vídeo• Poema “Se te Queres

Matar” de Fernando Pessoa

– Albert Camus:• O Subjectivismo Optimista

Relação com o Subtema

Qual é o Sentido da Vida?

Qual é o Sentido da Vida?

O Existencialismo• O que é?• Como Surgiu?• Características

“A existência precede e governa a essência”

Jean-Paul Sartre “Viver é envelhecer, nada mais.”

Simone de Beauvoir

A Vida

NÃO tem Sentido

O Absurdismo – Um pouco de História

• O absurdismo ou a filosofia do absurdo defende que não há qualquer significado para a vida humana. Como conceito, apareceu por volta do século XIX, com Kierkegaard. No entanto, enquanto crença, surgiu pela primeira vez no livro O Mito de Sísifo, de Albert Camus.

• O ambiente social que se gerou devido às trágicas consequências da Segunda Guerra Mundial foi o grande motivador das ideias absurdistas.

O Pensamento Absurdista

O Suicídio• Suicídio – Acto intencional de se matar a si

mesmo.• É a décima causa de morte do mundo, sendo

que a taxa de suicídio é maior entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos. Todos os anos há cerca de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não fatais.

“O Suicídio é a grande questão filosófica do nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida.”

Albert Camus

O Subjectivismo Optimista• Apesar de ateu, Albert Camus não via o suicídio como única solução para uma vida

absurda. Acreditava que cometer suicídio era desistir de procurar um sentido útil para a vida. Sentia-se revoltado com o absurdismo humano, mas acreditava que a morte era um comodismo maior que o de continuar a viver. Para Camus, o caminho era lutar, procurar alternativas e viver.

• Deste modo, cometer o suicídio é desistir de procurar um sentido útil para a vida. É abraçar a inutilidade e o absurdo de forma derradeira. Afinal de contas, se a condição humana é algo revoltoso, cheio de sofrimento e angústia, morrer seria um comodismo ainda maior que o de continuar a viver na nossa rotina restrita e ridícula.

• Portanto, o suicídio não é o caminho, assim como não é o conformismo face o nosso destino ou a “absurda condição humana”. O caminho é lutar, procurar alternativas e ter vontade de viver, a suficiente para continuar mesmo quando a morte é certa e as causas muito poucas.

• Nagel também defendia a insignificância da vida. No entanto, acreditava que a reacção humana perante esta era também insignificante, pelo que a melhor resposta seria a ironia: ou seja, viver a vida como se ela tivesse sentido.

Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para

ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não

tiver significado. Albert Camus

“Se te Queres Matar”de Fernando Pessoa

“Se te queres matar, por que não te queres matar? Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida, Se ousasse matar-me, também me mataria... Ah, se ousares, ousa! De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas A que chamamos o mundo? […]

[…] De que te serve o teu mundo interior que desconheces? Talvez, matando-te, o conheças finalmente... Talvez, acabando, comeces... […]

[…] Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente! Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém... Sem ti correrá tudo sem ti. […]

[…] A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado De que te chorem? Descansa: pouco te chorarão... O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco, Quando não são de coisas nossas, Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte, Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...

Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda […][…]Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido... Depois a conversa aligeira-se quotidianamente, E a vida de todos os dias retoma o seu dia...

[…] Só és lembrado em duas datas, aniversariamente: Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste. […] […] Duas vezes no ano pensam em ti. […] […] E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti. […]

Encara-te a frio, e encara a frio o que somos... Se queres matar-te, mata-te... Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ... Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?

Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?

Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida? Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem. Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?

És importante para ti, porque é a ti que te sentes. És tudo para ti, porque para ti és o universo, […]

[…] És importante para ti porque só tu és importante para ti. E se és assim, ó mito, não serão os outros assim? […]

Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido? Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces, Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial? […]

Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa

A Vida

tem Sentido

O Sentido da Vida é Chegar a Deus

• A esmagadora maioria da população humana adopta, perante o sentido da vida, uma perspectiva religiosa.

• Kierkegaard, pensador dinamarquês existencialista, formulou uma teoria filosófica cristã de forma a dar resposta à questão do Sentido da Existência.

• Para Kierkegaard, a vida humana só tem sentido se for orientada pelo cumprimento da palavra e da vontade de deus.

O Sentido da Vida é atingirmos os nossos objectivos

• A vida humana caracteriza--se pela tentativa de concretização de objectivos de vida que o ser humano delimita para si próprio.

O Sentido da Vida é o Espírito de Partilha

• “Tudo quanto vive provém daquilo que morreu”

•Platão, Fédon

O Sentido da Vida é a Sobrevivência da Espécie

“Viver é como amar: todas as razões são contra e a força de

todos os instintos é a favor. ”Samuel Butler

A finitude do Ser Humano e o Sentido da Vida

• O Sentido da Vida está em aproveitá-la ao máximo, antes que ela acabe. Esta crença é facilmente aceite pela grande maioria dos seres humanos pois evita conflitos de ideias e é viável na perspectiva utilitarista.

O Sentido da Vida é ser Feliz

Conclusão

• Apesar de todos os seres humanos, a certa altura da sua vida, questionarem esta questão, a grande maioria vive a sua vida sem saber a resposta. É assim tão crucial saber a resposta para o Sentido da Vida? Ou permite o Instinto de Sobrevivência que vivamos sem razão para isso?