OBJETIFICAÇÃO DA MULHER INDUSTRIA CULTURALcpvceasm.files.wordpress.com/2019/03/...A palavra...

Post on 17-Jul-2020

1 views 0 download

Transcript of OBJETIFICAÇÃO DA MULHER INDUSTRIA CULTURALcpvceasm.files.wordpress.com/2019/03/...A palavra...

OBJETIFICAÇÃO DA MULHER NA MÍDIA E PUBLICIDADE

O QUE OBJETIFICAÇÃO ?

Podemos pensar em objetificação exatamente como o termo nos faz entender: transformar em objeto. É anular o emocional e o psicológico do ser (humano ou

não) retirando-o da sua posição de sujeito, com seus próprios desejos e vontades, transformando-o em um objeto passivo de receber quaisquer ações de outros (por

sua vez considerados sujeitos).

Assédio e Cultura do estupro

O termo usado para abordar as maneiras em que a sociedade culpa as vítimas de assédio sexual e normaliza o comportamento sexual violento dos homens. Ou seja: quando, em uma sociedade, a violência sexual é normalizada por meio da culpabilização da vítima, isso significa que existe uma cultura do estupro.

A palavra “cultura” no termo “cultura do estupro” reforça a ideia de que esses comportamentos não podem ser interpretados como normais ou naturais. Se é cultural, nós criamos. Se nós criamos, nós podemos mudá-los.

É importante registrar também que os dados do IPEA mostram que em casos de violência sexual e agressão, cerca de 90% dos casos os agressores são do sexo masculino e que 88% das vítimas são do sexo feminino.

Mulher pra namorar X mulher só pra ficar

Romantização dos relacionamentos abusivos

São 500 mil casos de estupro no Brasil por ano, segundo estimativa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão vinculado ao Governo Federal. Apenas 50 mil são denunciados, desses 70% das vítimas são crianças e adolescentes; 24% dos agressores são pais ou padrastos; 32%, amigos ou conhecidos.

Mais de 33% da população brasileira consideram a vítima culpada pelo estupro. O dado consta de pesquisa feita pela Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em 2016.

O estupro configura-se num crime contra a liberdade sexual. Popularmente, as pessoas entendem o estupro como um ato sexual não consensual. Essa interpretação é equivocada porque no próprio Código Penal o conceito de estupro é mais amplo. Ele é classificado como o ato de “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso” (Art. 213 da Lei Nº 12.015/2009).

“Ato libidinoso” refere-se a qualquer ação que tem como objetivo a satisfação sexual. Ou seja, não tem a ver somente com o ato sexual em si.

É importante registrar também que os dados do IPEA mostram que em cerca de 90% dos casos os agressores são do sexo masculino e que 88% das vítimas são do sexo feminino. Claramente, esse tipo de violência sexual costuma ser sofrida pelas mulheres e praticada pelos homens