SOROPREVALÊNCIA DAS ARBOVIROSES NO BRASIL

Jannifer Oliveira ChiangPesquisadora em Saúde Pública

Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas

OFICINA CONJUNTA UNASUR / CPLP DE ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA SOBRE FEBRE AMARELA E OUTRAS ARBOVIROSES EMERGENTES E REEMERGENTES

Outubro de 2017 - Rio de Janeiro

1954 – 2016

- 18.000 isolamentos

- 210 tipos de vírus

- 165 isolados pela primeira vez no Brasil

- Pelo menos 110 novos para a ciência

- 36 associados com doença em humanos

- Apenas 1 isolamento

International Catalogue of Arboviruses, Including Certain Other Viruses of Vertebrates (Karabatsos, 1985)

n= 537/118 doença humana/ + 20 epidemia

ESTUDOS ECO-EPIDEMIOLÓGICOS

NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Transamazonia -1972

Santarem- CuiabaSerra do Navio

Belem-Brasilia

Itaituba-Jacareacanga Porto Trombetas

Carajás

Captura de insetos hematófagos – solo

Fonte: IEC.

VIAGEM DE CAMPO

Metodologia/14

Captura de insetos hematófagos – Copa

VIAGEM DE CAMPO

Fonte: IEC.

Fonte: IEC.

Captura de insetos hematófagos – Armadilha CDC

VIAGEM DE CAMPO

Source: IEC.

Captura de aves silvestres – rede de neblina

VIAGEM DE CAMPO

Source: IEC.

Captura de animais silvestres – armadilhas

VIAGEM DE CAMPO

VIAGEM DE CAMPOHumanos

LABORATÓRIO DE CAMPO

As dificuldades do trabalho de campo

VIAGEM DE CAMPO

As dificuldades do trabalho de campo

VIAGEM DE CAMPO

13

Bunyaviridae

Reoviridae

Rhabdoviridae

Togaviridae

Flaviviridae

Arenaviridae

P icornaviridae

Herpesviridae

Poxviridae

Orthomyxoviridae

Paramyxoviridae

Coronaviridae

Unclassified

Family ( nº )

(70)

(66)

(17)

(10)

(11)

(03)

(03)

(02)

(01)

(01)

(01)

(01)

(14)

Distribuição dos 210 diferentes tipos de arbovírus e outros vírus isolados na Amazônia Brasileira por família viral

14

0º

10º S

70º W 50º W60º W

North Region

Atlantic Ocean

0 500 1,000

Kilometers

Brazil

South America

DEN1, DEN 4; CantáAlto Alegre

Rio Preto, Balbina e Uatuma

Iaco, Moriche,

Purus, Sena Madureira, XiburemaFlanders

Minaçu

Serra do Navio, Araguari, Amapari,

Ieri, Cupixi

177 diferentesarbovírus: DENV 2/3, YFV, ILHV, SLEV, OROV, Group C, MAYV, UNAV, EEEV, WEEV, VEEV, CATUV, Curionopolis, Itacaiunas, etc.,

AM

PA

AP

RO

AC

RR

TO

Ariquemes

MT

Cuiabá

GO

Local de isolamento dos 210 Arbovírus, 1954-2010.10º N

Vasconcelos et al., 2013

Estudos Soroprevalência/soroepidemiológico

TESTES SOROLÓGICOS

1. Inibição da hemaglutinação – IH

2. Neutralização viral – Camundongos e PRNT

3. Elisa

QUADRO CLÍNICO

Assintomáticas

S

I

N

T

O

M

Á

T

I

C

A

S

Síndrome clínica Genero/Grupo antigênico Arbovírus

Febril

Alphavirus – A MUCV, PIXV

Flavivirus – B BSQV, ILHV, DENV, CPCV

Orthobunyavirus - CCARV, APEUV, MTBV, MURV,

ORIV, ITQV, NEPV

Orthobunyavirus – Califórnia GROV

Orthobunyavirus - Anopheles A TCMV

Orthobunyavirus – Guamá CATUV, GMAV

Phlebovirus - Phlebotomus ALEV, CDUV, MBIV, SNTV

Orthobunyavirus- Simbu OROV

Bunyamwera XINV

Vesiculovirus – VSV PIRYV*, JURV

Febril

exantemática

Alphavirus – A MAYV, CHIKV

Flavivirus – B DENV, ZIKV

Orthobunyavirus - Simbu OROV

Neurológica

AEEEV, WEEV, VEEV subtipo IF *,

CHIKV

B WNV, ROCV, SLEV, DENV, ZIKV

Bunyamwera TUCV

HemorrágicaFlavivirus – B DENV, YFV

Alphavirus (7)Vírus encefalite equina Leste

Vírus encefalite equina Oeste

Vírus Mayaro

Vírus Chikungunya

Vírus mucambo

Vírua Aurá

Vírus Pixuna

Flavivirus (13)Vírus febre amarela

Vírus dengue (4 sorotipos)

Vírus Zika

Vírus Ilhéus

Vírus encefalite Saint Louis

Vírus Rocio

Vírus Bussuquara

Vírus Cacipacoré

Vírus Naranjal-Like

Vírus West Nile

Orthobunyavirus (13)Vírus Maguari

Vírus Tacaiuma

Vírus Caraparú

Vírus Oropouche

Vírus Catú

Vírus Utinga

Vírus Belém

Vírus Itaqui

Vírus Apeú

Vírus Murucutú

Vírus Oriboca

Vírus Guaroa

Vírus Marituba

Phlebovirus (3) Vírus Icoarací

Vírus Bujaru

Vírus Urucuri

TESTE DE IH – 36 ARBOVÍRUS

- Amostras: humanos e animais domésticos e silvestres

1.597 soros de humanos Fevereiro de 2007 a abril de 2008

12 + OROV (HI)1 IgM +

Total: 1.398 soros humanos

Novo Progresso: 744;Trairão: 654

79 + MAYV (HI)10 IgM +

VÍRUS MAYARO

- Togaviridae – Alphavirus – Grupo antigênico A;

- Relacionado ao vírus Chikungunya;

- Semelhante quadro clínico;

- Transmissão ciclo urbano: Aedes aegipt

- Diagnóstico laboratorial

Aucayacu (1995)

Para

Roraima

Amazonas

Mato Grosso

Acre

Tocantins

Maranhao

Peru

Goias

Amapa

Guama (1955)

Belterra (1978)

Benevides (1991)

Conceicao do Araguaia (1981)

Itaruma (1987)

Peixe (1991)

PRINCIPAIS EPIDEMIAS MAYV NA REGIÃO AMAZÔNICA

1955-2008

Huanuco(1995)

Tumbes(1995)

Santa Barbara (2008)

Santa Cruz (1988)

Azevedo et al, 2009: Emeg Infet Dis

60 casos confirmados - 2015Professor Jamil: 12Rio Quente: 11Goiânia: 10Bela Vista de Goiás: 7Hidrolândia: 6Piracanjuba: 6Orizona: 4Aparecida de Goiânia: 2Caiapônia: 1Caldazinha: 1

Assentamento Expedito Ribeiro, Santa Barbara

26

Region of

Santarem

(1974-75) Portel (1979)

Belem (1961, 1968, 1979-

80) and region (1979-80)

Braganca (1967, 1979-80)

and region of Braganca

(1979-80)

Tome-Acu (1978)

Baiao (1972)

Itupiranga

(1975)

ParaAmazonas

Amapa

Maranhao

Mato GrossoTocantins

Roraima

Rondonia

Acre

North Region

0 500 1,000

Kilometers

Brazil

South America

Nunes et al, 2005: Emeg Infet Dis

Febre do Oropouche: epidemias 1961 a 1980

Febre do Oropouche: epidemias 1980 e 2009

América do Sul

Oce

ano

Pacífico

0 500 1,000Kilometers

Brasil

Pará

Roraima

Amazonas

Amapá

Mato Grosso

Acre

RondôniaTocantins

Maranhão

Panamá

Peru

Iquitos

(1992-93-94-95-97-98)

Puerto Maldonado

(1993)

Bejuco (1989)

Oriximiná (1996)Barcelos

(1980)

Novo Airão (1996)

Manaus (1980-81)

Ariquemes , Ouro Preto do Oeste (1991)

Mazagão (1980)

Vitória do Xingu, Brasil Novo (1996)

Serra Pelada (1994)

Porto Franco (1988)

Goiás

Tocantinópolis (1988)

Xapuri, 1996 Parauapebas (2003)

Região Bragantina (2006)

Porto de Moz (2004)

Mazagão (2009)

Santa Bárbara (2009)

28Azevedo et al Emerg Infect Dis, 2007 Nunes et al Emerg Infect Dis, 2005

295%

Brasil 96j

Brasil 96h

Brasil 96i

Brasil 96k

Brasil 96m

Brasil 96 f

Brasil 96L

Brasil 96n

Brasil 96p

Brasil 96 O

Brasil 93b

Brazil 96b

Brazil 96e

Brazil 96d

Brazil 88a

Brazil 88d

Brazil 96a

Brazil 88c

Brasil 02

Brazil 91a

Brazil 88b

Brazil 96c

Brazil 80a

Brazil 80c

Brasil 75

Brasil 71a

Brasil 71b

Brasil 71d

Brasil 71c

Trinidad 55

Brasil 68

Brasil 96g

Brazil 80b

Brasil 03a

Brasil 03b

Brasil 60

Brazil 91c

Brasil 04b

Brazil 91b

Brasil 04a

Peru 92

Peru 98b

Peru 93a

Peru 97

Peru 93b

Peru 98a

Brasil 00

Panama 89d

Panama 89a

Panama 89b

Panama 89c

I

III

Phylogeny of Oropouche virus based on Nucleocapsid gene (693nt), 1955-2005

Endemic area

for OROV

Genotype I

Genotype II

Genotype III0 500 1,000

KmII

Circulating Genotypes in Brasil

Nunes et al Emerg Infect Dis, 2005

Saeed et al., J Gen Virol, 2000

Azevedo et al Emerg Infect Dis, 2007

Genotype IV

Rev Pan-Amaz Saude 2010; 1(1):81-86

SLEV: Distribuição na Amazônia Brasileira Guiana

FrancesaSuriname

Guiana

Venezuela

Colômbia

Peru

Bolívia

AM

AC

RR

Boa Vista

Rio Branco

CUIABÁ

MT

1974

1984

1983

1973

1972

1971,1973

Legenda

Subgenótipo VA

Subgenótipo VB

Subgenótipo VIIIA

Subgenótipo VIIIB

Capital do estado

1973

1984

1982

1977

19841984

1973

2002

1974

1988

Ipixuna

Tucuruí

Marabá

Itaituba

Monte Alegre

Santarém

Oriximiná

Faro

Aripuanã

Candeias do

Jamari

AP

MA

TO

Manaus

Belém

Porto

Velho

PA

Medicilândia

RO

Altamira

Palmas

Macapá

1984, 1990

1984

19841974

1964, 1968, 1971,

1973, 1974, 1978

1964, 1984

1974

1960

Rodrigues et al., 2010; J. Gen. Virol.

• Crescimento da população;

• Urbanização sem planejamento;

• Derrubada de floresta;

• Construção de estradas na floresta;

• Construção de hidrelétricas;

• Uso do subsolo para extração de riquezas minerais.

• Transporte x dispersão dos arbovírus

• Mutações e rearranjos genéticos

• Turismo ecológico

FATORES ASSOCIADOS COM A RE/EMERGÊNCIA DE ARBOVÍRUS

Projeto Salobo/Marabá -VALE

Global Airline Routes

REARRANJO GENÉTICO - BUNYAVIRIDAE

MUTAÇÃO GENÉTICA

Reação cruzada entre Flaviviruscirculantes

DESAFIOS DO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Conclusões

- Conhecimento:

- Importâncias dos estudos de soroprevalência e

ecoepidemiológicos;

- Estar atento para surtos/epidemias que estão ocorrendo em

outros países – Dispersão;

- Diagnóstico diferencial para outros arbovírus;

Qual?

Quando?

Onde?

SEÇÃO DE ARBOVIROLOGIA E FEBRES HEMORRAGICAS – INSTITUTO EVANDRO CHAGAS

- 3 Lab Sorologia- HI- Elisa- Hantavirus

- 2 lab isolamento viral- Cultura de células- Camundongos

- Lab Biologia molecular- Lab Entomologia- Lab Raiva- Lab NB3