Post on 05-Jul-2015
Começamos a aula de uma forma diferente...
A nossa professora começou por nos ler uma história, como
sendo uma aula de Língua Portuguesa
E eis que em minhas andanças pelo mundo, encontrei certa vez, sentado num
banco da praça de uma cidade cujo nome não me lembro, um velho sábio. Logo
que o reconheci sentei-me ao seu lado para pedir alguns conselhos que só os
sábios podem transmitir.
- Velho sábio, eu queria saber qual é o sentido da vida. Perguntei ansioso.
- Fazes-me uma pergunta que só tu podes responder. Disse.
- Como assim?
O sábio não me respondeu, em vez disso retirou de seu alforje duas folhas em
branco, depois deu-me uma folha e começou a dobrar a outra.
- Conheces o origami?
- Sim, é uma técnica oriental que consiste em dobrar uma folha até que esta se
torne uma figura.
- Exactamente. É uma técnica milenar. Depois de um momento de pausa disse:
- Sabes, o sentido da tua vida é como esta folha em branco.
- O quê? Realmente não entendi aquela parábola.
- Cabe-te a ti escolher que figura fazer. Cada dobra é uma decisão que tomas e tu
escolhes se no final esta folha virará um pássaro, um barco ou um coelho.
“A vida é como uma folha em branco, e és tu quem escolhe que sentido dar à
mesma.”
Naquele momento comecei a entender as suas sábias palavras.
- Cada dobra deve ser feita com cuidado pois se dobras errado a folha ficará
marcada. Continuou.
“E somente aqueles que ousam fazer as mais arriscadas dobras
conseguem os mais interessantes resultados.”
Naquele instante o sábio mostrou-me um coelho feito com a folha em branco.
Então naquela manhã sentado ao lado de um velho sábio, fiquei dobrando uma
folha em branco até que um pássaro surgiu das dobras que fiz.
E eram sábias as palavras daquele velho homem. Autor desconhecido
Após a leitura desta breve história, a professora
distribuiu por cada um de nós uma folha de forma
quadrangular cor de rosa/amarela para podermos
fazer uma moldura para o dia da Mãe.
Empenhamo-nos e a nossa professora ajudou nos
passos mais difíceis. O resultado final foi fantástico
e serviu para descontrair um pouco…
Quando as crianças brincamEu as oiço brincar,Qualquer coisa em minha almaComeça a se alegrarE toda aquela infânciaQue não tive me vem,Numa onda de alegriaQue não foi de ninguém.[...]
(Pessoa, 1965, p.169)