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OMS Comunicação dos Riscos em
Emergência
Os acordos internacionais de saúde
Módulo B1
A tradução deste documento foi feita por “Translators Without Borders”, único
responsável pela qualidade e fidelidade ao original desta versão em português.
Módulo B1
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Objetivos do módulo
No final deste módulo, você deverá ser capaz de: ●Definir o que é comunicação do risco ●Enumerar os cinco componentes do modelo integrado da OMS para a comunicação dos riscos em emergência ●Enumerar os princípios orientadores para a prática de comunicação dos riscos ●Enumerar pelo menos dois instrumentos internacionais que obrigam e/ou apoiam os países a desenvolver competências nacionais em comunicação dos riscos.
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O que é comunicação de riscos? A definição de trabalho derivado do grupo de trabalho do RSI sobre a comunicação de riscos, 2009
● Comunicação do(s) risco(s) refere-se à partilha de informação em tempo real, ao aconselhamento e pareceres entre peritos ou funcionários públicos e pessoas que enfrentam uma amaeaça (perigo) à sua sobrevivência, à sua saúde ou ao seu bem-estar económico ou social. O seu objetivo final é que cada pessoa em risco seja capaz de tomar decisões informadas para atenuar os efeitos da ameaça (perigo), como uma doença com potencial epidémico, e possa tomar medidas preventivas e protectoras adequadas.
● A Comunicação do(s) risco(s) utiliza uma mistura de estratégias e táticas de comunicação e engajamento, incluindo, mas não limitada a: meios de comunicação de massas, mídias sociais, campanhas de consciencialização de massas, promoção da saúde, envolvimento de partes interessadas, mobilização social e engajamento comunitário.
Informação e Engajamento
Decisão Ação
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Instrumentos Relevantes Internacionais de saúde
1. Constituição da OMS - Saúde como um direito humano e justiça social. Opiniões esclarecidas e cooperação ativa do público são fundamentais para a melhoria da saúde humana
2. Regulamento Sanitário Internacional, RSI (2005) – Comunicação do risco como uma capacidade essencial para minimizar os efeitos e resultados de emergências ou eventos em saúde.
3. Quadro Preparatório para a Pandemia de Gripe Influenza (PIP) – A Comunicação do risco é uma das cinco estratégias parte do plano.
4. Estratégias de Programas – resposta a surtos, GOARN, Quadro de ação humanitária, reforma da OMS para surtos e emergências em saúde pública.
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AMEAçAS À SAÚDE
NÃO TÊM
FRONTEIRAS
O regulamento fortalece
a habilidade dos países
para controlar doenças
que atravessam fronteiras
em portos, aeroportos e
travessias
VIAGENS E
COMÉRCIO MAIS
SEGUROS
O regulamento promove
comércio e turismo em
países e previne danos
econômicos
A SEGURANçA DA
SAÚDE GLOBAL É
FORTALECIDA
O regulamento estabelece
um sistema de aviso
prévio não apenas para
doenças, mas para
qualquer ameaça à saúde
e vidsa
O regulamento guia
países na detecção,
avaliação e resposta de
ameaças e na
comunicação rápida com
outros países
AMEAçAS DIÁRIAS
SÃO MANTIDAS SOB
CONTROLE
TODOS OS SETORES
SE BENEFICIAM
O regulamento prepara
todos os setores para
potenciais emergências,
através de coordenaçãp e
compartilhamento de
informação
Até que todos os setores estejam envolvidos com o regulamento,
nenhum país está preparado
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Principais competências requeridas pelo RSI (2005) (nacional, intermédio e local)
Anexo 1 8 capacidades
básicas • Legislação e Política
• Coordenação
• Vigilância
• Resposta
• Prevenção
• Comunicação dos riscos
• Recursos humanos
• Laboratório
Riscos potenciais
• Doenças infecciosas
• Eventos zoonóticos
• Segurança alimentar
• Eventos químicos
• Eventos radiológicos
Eventos nos
Pontos de Entrada
• A fim de implementar o RSI, foi dado um foco às capacidades fundamentais e riscos potenciais
• A prontidão dos países para
implementar o RSI é medida com base em capacidades básicas
• A comunicação do risco é um
componente essencial da resposta eficaz às situações de emergência de saúde pública
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Quadro Preparatório para a Pandemia de gripe Influenza
● Marco divisório, arranjo inovador de saúde pública para aumentar a capacidade mundial de resposta à pandemia de gripe Influenza
● O foco está no aumento da equidade no acesso às medidas que permitam salvar vidas
● Reúne os Estados-Membros, a indústria, outras partes interessadas e a OMS
O
M
S
do setor
Outras
princi
pais
partes
interes
sadas
Dois objetivos paritários: • Melhorar o intercâmbio sobre o vírus da gripe
influenza com o potencial de causar uma pandemia entre os seres humanos
• Permitir um acesso mais previsível, eficiente e
equitativo aos benefícios decorrentes da partilha sobre o vírus, designadamente a vacinas e medicamentos antivirais
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● O sistema de partilha de benefícios do PIP fornece:
− Acesso equitativo a vacinas
− Informação em vigilância e avaliação do risco
− Assistência técnica
− Apoio ao reforço das capacidades nacionais de resposta a uma pandemia de gripe influenza
Os pagamentos anuais dos fabricantes à OMS são usados para reforçar a prevenção e capacidades de resposta nos países necessitados (por exemplo, laboratório e vigilância, comunicação de riscos, capacidades reguladoras)
Partilhar benefícios
© Organização Mundial da Saúde 2014 9
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O projeto de comunicação de riscos PIP produz:
1. Orientações e ferramentas, incluindo materiais de aprendizagem como este curso
2. Apoio direto aos países para avaliar e reforçar as suas capacidades nacionais -
a. Governos: estratégias, planos, treinamento, exercícios de simulação
b. Jornalistas: Treinamento sobre como cobrir emergências em saúde, epidemias e pandemias
3. Deslocações de emergência aos países para assistência em comunicação do risco numa emergência
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Um modelo integrado para comunicação dos riscos em emergência
Adaptado da nova ferramenta de avaliação externa RSI - OMS
Sistemas de
comunicação dos riscos
Coordenação e comunicação interna
e entre parceiros
Comunicação pública
Engajamento comunicacional com
as comunidades afetadas
Auscultação dinâmica e gestão de rumores
Estratégias, planos, SOPs, estruturas, recursos e exercícios de simulação para testar os sistemas
Mecanismos a níveis internacional, local e nacional com as partes interessadas (profissionais de saúde, ONGs, voluntários, sociedade civil, etc.)
Mídia, mídia social, web, materiais de IEC, mobilização social, etc.
Diretamente ou através de influenciadores, incluindo campanhas de sensibilização, rádio comunitária, comunicação interpessoal, utilizando mecanismos de engajamento comunitário existente
Vigilância nos meios de comunicação e mídias sociais, parceiros, partes interessadas, feedback da comunidade, estudos de antropologia de emergência KAP, outras ferramentas de ciências sociais
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Princípios orientadores para melhores práticas em comunicação dos riscos
1. Criar e manter confiança
2. Reconhecer e comunicar até mesmo na incerteza
3. Coordenar
4. Ser transparente e rápido com a primeira e todas as comunicações
5. Ser proativo na comunicação pública
6. Envolver e engajar as pessoas afetadas
7. Usar abordagens integradas
8. Formar capacidades nacionais, apoiar a apropriação nacional
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● É fundamental criar e manter a CONFIANÇA
● Com CONFIANÇA, os conselhos e sugestões de saúde pública dados durante uma emergência serão levados a sério
Fonte da imagem:
http://dmlcompetition.net/Blog/wp-
content/uploads/2014/10/trust.png
1. Confiança
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● Durante emergências, a comunicação do risco ocorre num ambiente complexo, mutável, onde a informação é incompleta
● A comunicação dos riscos deve reconhecer que a informação e conselhos podem mudar com a evolução da emergência
Fonte da imagem:
https://edsonmarinhodotcom.files.wordpress.com/2014/02/unbalanced_custom_text_13854.png
2. Incerteza
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● A comunicação interna proativa e a coordenação com os parceiros antes, durante e depois de uma emergência é fundamental para garantir uma comunicação do risco eficaz, consistente e fidedigna que aborde tanto as informações disponíveis como as preocupações públicas
Crédito da imagem: https://libraryeuroparl.files.wordpress.com/2014/11/eprs-aag-
542142-open-method-of-coordination.png
3. Coordenação
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● Durante as emergências, as atividades relacionadas com a comunicação têm de ser rápidas, frequentes e sustentáveis
● O primeiro anúncio enquadra os riscos e aborda preocupações
● A comunicação deve incluir o que se sabe e o que ainda não é conhecido
Imagem: http://imagens.tiespecialistas.com.br/2013/10/shutterstock_115503529-300x171.jpg
4. Transparência e rapidez
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● Toda a comunicação pública, incluindo a mídia comunitária ou outros canais preferenciais para as populações afetadas e as partes interessadas (mesmo com informação incompleta) previne rumores, desinformação e demonstra transparência e sinceridade
Fonte da imagem: http://www.guilhermehoffman.com.br/wp-content/uploads/2016/03/PRO-ATIVO.jpg
5. Comunicação proativa
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● O envolvimento da comunidade não é uma opção. As comunidades devem estar no centro de qualquer resposta de emergência em saúde.
Crédito de imagem: https://www.oceanhousing.com/wp-content/uploads/2014/03/Sliders-
meet-the-team-Resident-Involvement.jpg
6. Envolvimento e engajamento
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● Todos os componentes da comunicação do risco cooperam para uma comunicação eficaz do risco sobre a emergência (meios de comunicação de massa, mídias sociais, mobilização social, promoção da saúde e envolvimento da comunidade)
Fonte da imagem:
https://static.publico.pt/files/26anos/img/separadores/small/foto24_small.jpg
7. Integração de abordagens
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Crédito de imagem: http://4.bp.blogspot.com/-
pRjBxjlbwN0/UXHG3wHTXKI/AAAAAAAAApg/1gTg0LKMJsY/s1600/Physical+Strength_revi
sion_01.jpeg
● Reforçar políticas, planos, treinamento de pessoal, plataformas, processos, etc., dos principais intervenientes, incluindo o governo, ONG’s, sociedade civil, jornalistas e outros agentes nacionais e internacionais é fundamental para a preparação eficaz de uma comunicação do risco para emergências em saúde
8. Fortalecimento da capacidade nacional
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Guias da OMS sobre comunicação do risco em situações de emergência para a saúde
● Comunicação de impacto comportamental (COMBI) http://www.who.int/ihr/publications/combi_toolkit_outbrea
ks/en/ ● Comunicação de mídia eficaz durante Emergências de
Saúde Pública http://www.who.int/csr/resources/publications/WHO_CDS_
2005_31/en/ ● Comunicação de surto. As melhores práticas para a
comunicação com o público durante um surto http://www.who.int/csr/resources/publications/WHO_CDS_
2005_32/en/ ● Guia de planejamento de comunicação surto da OMS http://www.who.int/ihr/publications/outbreak-
communication-guide/en/ ● Manual do participante em comunicações eficazes http://www.who.int/risk-communication/training/who-
effective-communications-handbook-en.pdf?ua=1