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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
PRODUÇÃO DIDÁTIO-PEDAGÓGICA – PDE
Título: O gênero discursivo autobiografia como objeto de ensino.
Autor: Josenei Aguinaldo Jacinto.
Disciplina/Área: Língua Portuguesa.
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, situado na região norte de Maringá.
Município da escola: Maringá/Pr.
Núcleo Regional de Educação:
Maringá.
Professor Orientador: Professora e Doutora Claudia Valéria Doná Hila.
Instituição de Ensino Superior: UEM – Universidade Estadual de Maringá.
Resumo:
Os documentos oficiais que norteiam o ensino de Língua
Portuguesa postulam trabalhos pedagógicos
sistematizados com foco nos gêneros discursivos que
são a expressão da atividade humana, logo do
pensamento e da linguagem. Por esse motivo, elencamos
um gênero como foco de objeto de ensino: a
autobiografia. Escolhemos esse gênero considerando os
aspectos da aplicabilidade do projeto (o tempo de
implementação), a faixa etária dos alunos para o qual
será dirigido e pelo fato desse gênero oportunizar ao
aluno a concretização da sua própria história. Percebe-se
que alunos de sextos anos gostam de fazer relatos de sua
vida, esses fatos coadunam com que Geraldi (1997)
propõe que o produtor do texto precisa se assumir como
locutor do seu texto tendo o que dizer, razão para dizer,
como dizer e para quem dizer. Essas são as razões
teórico-metodológicas que justificam a realização do
estudo. Optamos pela elaboração de um caderno
temático/pedagógico tendo em vista auxiliar o aluno no
desenvolvimento da sua escrita. Nossa produção é
composta por oito oficinas: na oficina 1: motivação; na
2, contexto de produção; na 3, construção
composicional; na 4, as marcas do estilo; na 5, produção
textual; na 6, avaliação; na 7, revisão e reescrita; na 8,
sociabilização do texto.
Palavras-chave: Educação. Língua Portuguesa. Gênero discursivo. Condições de produção. Autobiografia.
Formato do Material Didático: Caderno Temático/Pedagógico.
Público: Alunos de 6º ano.
Maringá/2014
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
O GÊNERO AUTOBIOGRAFIA COMO OBJETO DE ENSINO
Maringá 2014
Josenei Aguinaldo Jacinto
O GÊNERO AUTOBIOGRAFIA COMO OBJETO DE ENSINO
MARINGÁ – PR
2014
Produção didático-pedagógica apresentada à
Secretaria de Estado da Educação – SEED,
como parte dos requisitos do Programa
Educacional – PDE, em convênio coma
Universidade Estadual de Maringá – UEM.
Área: Linguística Aplicada e ensino de Língua
Portuguesa.
Orientadora: Profª Drª Claudia Valéria
DonáHila.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
APRESENTAÇÃO
Por assumir como Conteúdo Estruturante o discurso como prática social,
como conduz a DCE (PARANÁ, 2008), e por acreditarmos que o ensino de Língua
Materna por meio dos gêneros discursivos “é ensinar a se engajar na construção
social do significado e, portanto, na construção das identidades sociais do aluno
(Moita Lopes, 1996, p. 182), é que propomos um trabalho de intervenção
pedagógica com gênero discursivo.
Elencamos um gênero como foco de objeto de ensino: a autobiografia.
Escolhemos esse gênero considerando os aspectos da aplicabilidade do projeto (o
tempo de implementação), a faixa etária dos alunos para o qual será dirigido e pelo
fato desse gênero oportunizar ao aluno a concretização da sua própria história.
Percebe-se que alunos de sextos anos gostam de fazer relatos de sua vida, esses
fatos coadunam com que Geraldi (1997) propõe que o produtor do texto precisa se
assumir como locutor do seu texto tendo o que dizer, razão para dizer, como dizer e
para quem dizer. Para tanto, estamos propondo uma sequênca didática a fim de
auxiliar os alunos de sextos anos a ampliar seus conhecimentos de leitura e escrita
a cerca das condições de produção do gênero escolhido.
Segundo os PCNs, ter desenvoltura para ler e produzir textos com proficiência
nos mais variados gêneros discursivos possíveis significa ter um bom desempenho
linguístico-discursivo, saber selecionar o gênero apropriado as suas intenções
comunicativas e às circunstâncias em que irá produzi-lo. No entanto, percebe-se que
os alunos das escolas públicas da rede estadual de educação no Paraná ainda
estão com baixo rendimento na proficiência em leitura e da escrita.
Dolz & Schneuwly (2010) defendem que os gêneros discursivos, além de
serem instrumentos culturais, uma vez que mediam as interações linguísticas entre
os indivíduos, também são instrumentos didáticos, pois agem como meio de
articulação entre as práticas sociais e os objetos escolares. Esses autores legitimam
que “comunicar-se oralmente ou por escrito pode e deve ser ensinado
sistematicamente” (idem, p. 63) por meio de um instrumento chamado de sequência
didática (doravante SD): uma sequência de módulos de ensino organizados com o
intuito de subsidiar a ampliação da prática de linguagem a partir dos gêneros
discursivos que são por excelência práticas de linguagem historicamente
construídas nas interações sociais. Segundo os autores, a SD, como procedimento
metodológico de ensino, oportuniza aos alunos melhores condições para se
apropriarem dessas práticas de linguagem que circulam socialmente em âmbitos
escolares e extraescolares as quais são novas aos alunos ou por serem mais
difíceis de dominar.
A seguir trazemos uma Sequência Didática organizada em oito oficinas,
dispostas para serem trabalhadas em 32 h/a. Dividimos o número de encontro a fim
de organizar o tempo, mas sabemos que na prática essa divisão pode ser alterada
porque cada turma tem suas peculiaridades.
OFICINA 1 – MOTIVAÇÃO PARA O ENCONTRO (3 h/a).
Por meio de dinâmica de grupo, os alunos serão levados a refletirem sobre
sua própria vida para, em seguida, sociabilizarem no grupo o que veio a mente. O
objetivo aqui é explorar um primeiro contato com o conteúdo temático do gênero
autobiografia e introduzir discussão acerca do gênero textual.
OFICINA 2 – CONTEXTO DE PRODUÇÃO DA AUTOBIOGRAFIA (4 h/a)
Neste momento serão desenvolvidas atividades de análise de texto
autobiográfico e pesquisas a fim de que os alunos passem a ter clareza sobre quem,
por que e para quem geralmente se produz esse gênero textual, em que esfera
social geralmente são encontrados circulando, em que suporte.
OFICINA 3 – A CONSTRUÇÃO COMPOSICIONAL (4 h/a)
Nesta oficina, o foco das atividades estará voltado para a exploração da
ordem cronológica dos fatos presentes nos textos analisados, para o título e a voz
que prevalece neles. O intuito é levar o aluno a apreender as peculiaridades do
gênero autobiografia no que se refere à escrituração composicional.
OFICINA 4 – AS MARCAS DO ESTILO (5 h/a)
Serão mediadas atividades que explorem em textos autobiográficos os
aspectos que o compõe no que diz respeito às marcas do estilo do gênero tais
como, exploração da presença de dêiticos, predominância de tipo de discurso, de
tempos verbais, estudo dos tempos verbais que aparecem geralmente nesse gênero
textual, bem como das presenças de descrições de espaços, de anáforas nominais e
pronominais, de apagamento de pronomes e de emprego de expressões
modalizadoras lógicas e apreciativas.
OFICINA 5 – ESCREVENDO UMA AUTIOBIOGRAFIA (3 h/a)
Será proposta produção de uma autobiografia a fim de ser publicada num
blog a ser criado para a publicação dos textos produzidos.
OFICINA 6 – AVALIAÇÃO (4 h/a)
Os alunos, organizados em grupos, deverão elencar num cartaz o que
apreenderam a respeito das condições de produção do gênero autobiografia em
seguida sociabilizar para a classe.
OFICINA 7 – REVISANDO E REESCRENDO O TEXTO (4 h/a)
Neste momento, os alunos, organizados em dupla, trocarão suas produções
para revisarem o texto para, posteriormente, ser reescrito e publicado.
OFICINA 8 – DIGITANDO O TEXTO NO SUPORTE (5 h/a)
Os alunos irão para o laboratório de informática para digitar o texto e adequá-
lo para publicação.
Querido aluno, querida aluna, bem-vindo(a)! Este caderno foi
organizado especialmente para você! O desejo é que a leitura e a escrita
cada vez mais competente estejam presentes em sua vida.
Nas próximas páginas, você vai encontrar oito oficinas que vão fazer
você mergulhar na história de vida de algumas pessoas por meio de textos
autobiográficos na Internet, em livros, em vídeos. Você já leu uma
autobiografia? Ou já viu uma em algum lugar? É interessante não é? Se
não ainda, vai gostar de conhecer! Vamos aprender como produzir um
texto como esse, onde podemos encontrá-lo. Além disso, você vai ser
desafiado em alguns momentos; inclusive, a contar sua história de vida e
postá-la num blog. Não é legal!?
Convido você a ler atentamente os textos, desenvolver as atividades
propostas e quando surgir dúvidas, não se esqueça de consultar seu
professor ou sua professora.
Sucesso para você nesta etapa!
O autor.
OFICINA 1
PONTO DE PARTIDA
ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR I (doravante OP) DINÂMICA – QUEM SOU EU? Participantes: 20 a 25 alunos. Tempo estimado: 3 horas-aulas. Objetivo: Explorar um primeiro contato com o conteúdo temático do gênero autobiografia. Material: Música, TV pendrive ou rádio, um bicho de pelúcia qualquer (pequeno), folhas de
sulfite, lápis preto e colorido, borracha, régua. Descrição: 1º passo - O professor distribui 5 folhas de sulfite para cada aluno e orienta para eles enumerarem as folhas como se fosse paginar. Na folha 1, solicita para escreverem “Onde, quando nasci, que idade tenho?”; na 2, “Moro com...”; na 3, peça para dividir a folha passando um traço na vertical e escrever no lado esquerdo “Coisas que não gosto” e no direito “Coisas que gosto.”; na 4, que escrevam “ Quando tinha ... anos (contar um fato marcante).”; na 5, dividir a folha, como na 3, e de uma lado escrever “Uma pessoa que admiro e gostaria de ser como ela quando crescer.” e do outro “Uma palavra (adjetivo) que defina o meu jeito de ser.” 2º passo – O professor orienta os alunos para escreverem a resposta na folha 1; na 2, para que ilustrem; na 3, escrever a resposta; na 4, ilustrar; na 5, escrever a resposta. 3º passo - Organizar a turma em circulo (pode ser em outro espaço da escola, se possível e achar conveniente) para apresentação das produções. 4º passo - Orientar os alunos que ao tocar a música (sugestão: “Velha infância” – Marisa Montes) o bicho de pelúcia deve ser passado ao colega da direita, quando a música parar o bicho de pelúcia marca aquele que deve apresentar sua produção (como a dinâmica da “Batata quente”).
Oi, vamos começar esta oficina com uma dinâmica
de grupo que seu professor ou sua professora irá
organizar. O objetivo é começarmos um primeiro
contato com o texto autobiografia. Irá acontecer da
seguinte forma:
# Primeiramente, seu professor ou sua professora distribuirá 5
folhas de sulfite para cada um de vocês e pedirá para
enumerarem as folhas como se fossem paginar. Na folha 1,
você deverá escrever “Onde, quando nasci, que idade
tenho?”; na 2, “Moro com...”; na 3, você deverá dividir a folha
passando um traço na vertical e escrever no lado esquerdo
“Coisas que não gosto” e no direito “Coisas que gosto.”; na
4, escrever “ Quando tinha ... anos (contar um fato
marcante).”; na 5, dividir a folha, como na 3, e de uma lado
escrever “Uma pessoa que admiro e gostaria de ser como
ela quando crescer.” e do outro “Uma palavra (adjetivo) que
defina o meu jeito de ser.”
01- Quando você participou da atividade, de quem você estava falando?
02- Você sabe em que situações do dia a dia, escrevemos ou falamos a
respeito de nós mesmos?
03- Você sabe como nominamos os textos produzidos para falar de nós
mesmos?
OP II – Professor, depois de respondida às questões acima explique aos alunos que
“auto” significa por si mesmo; “bio” significa vida; “grafia” significa escrita e que logo
“autobiografia” é um relato sobre a vida de uma pessoa escrito por ela mesma. Em
seguida passe o vídeo “Memórias de Emília” disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=9LJU-KtG2A8. (tempo de duração 8 min. e 41
seg.)
# Depois, você deverá escrever a resposta na
folha 1; na 2, criar um desenho; na 3, você
deverá escrever as coisas que você gosta e não
gosta; na 4, contar um fato marcante que
aconteceu em sua vida; na 5, você irá escrever,
do lado esquerdo da folha, o nome de uma
pessoa que você admira e gostaria de ser
quando crescer e do lado direito, você escolherá
uma palavra que defina o seu jeito de ser.
# Em seguida, a turma se organiza em circulo para
apresentação das produções. O professor/a entregará
um objeto a um de vocês que ao toque de uma música
deverá ser passado ao colega da direita. Quando a
música parar, esse objeto marcará aquele que deverá
apresentar sua produção, como a brincadeira da
“Batata quente”. Colabore e divirta-se.
Blá
Blá Blá
Blá
Blá Blá Blá Blá Blá
SEÇÃO
04 – Por que Emília não estava
escrevendo a própria história?
05 – Como Visconde explicou que deve
começar um livro de memória?
.
06 - Você sabe onde podemos encontrar textos autobiográficos? Quer saber? Então,
Desembaralhe as letras abaixo e descubra alguns lugares. Dica: as palavras
começam com as letras em destaque.
a) O L S B G
b) R V L I O S
c) I R Á D I O S
d) S A N E C E D I M E F L S
e) S V I S R E T A S
f) S O R N A I J
Vamos assistir a
um pequeno
vídeo? Advinha
sobre quem?
# Preste bastante atenção no
vídeo que você irá assistir para
depois responder as duas
questões a seguir.
SEÇÃO DE VÍDEO
OFICINA 2
O TEXTO E O CONTEXTO
OP III – Professor, pesquise textos autobiográficos que circulam em suportes diversos para
desenvolver as atividades que seguem. Quanto maior a diversidade de suportes trabalhados
maior será a riqueza da atividade. Destacamos alguns que podem ser utilizados e se
encontram nos seguintes sítios e referências.
1) <http www://.youtube.com/watch?v=JwCFca-AK18> ;
2) <http://www.youtube.com/watch?v=XWnhoBnWILU>;
3) <http://www.overmundo.com.br/banco/autobiografia> ;
4) <http://www.seubino.com.br/seubino/auto_felipe.html> ;
5) <http://blog.teatrodope.com.br/2007/07/06/autobiografia-de-patativa-do-assare/> ;
6) <http://www.youtube.com/watch?v=qgU3h1eQhkk >;
7)CASTRO, Maria da Glória. Quem roubou minha infância? 2 ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2005. p.
5.
Auto” significa por si mesmo; “bio” significa vida; “grafia”
significa escrita, logo autobiografia é um relato sobre a vida
de uma pessoa escrito por ela mesma ou com ajuda de outra
pessoa. Podemos encontrar esse gênero discursivo em vários
lugares (suportes) como num livro, num blog, num panfleto
eleitoral, em uma cena de um filme, num diário, numa
revista, em HQ.
8) MARJANE SATRAPI, Persépois – Completo. Trad. Paulo Werneck. São Paulo. Companhia das Letras,
2007. In: Oliveira, G. R. Português: a arte da palavra, 8º ano. ed 1, São Paulo: Editora AJS Ltda, 2009,
p. 17 – 19.
9) MERCADOR, T. A. A voz que vem da floresta. Revista Palavra. Editora da Palavra. Belo Horizonte, p.
12- 13, jul. 1999. In: TAKAZAKI, Heloisa Harue. Linguagens do século XXI. 1 ed. São Paulo: IBEP, 2002
(Coleção vitória-régia)
Em seguida, divida a turma de maneira que cada grupo fique com um texto ou vídeo para
explorar as questões que seguem. Depois de respondida às questões, os alunos deverão
apresentar o texto e as respostas para a classe. Nesse momento, professor, você deve
fazer as intervenções necessárias, esclarecendo aquilo que não tenha ficado claro aos
alunos. Atenção! Se possível, é importante que os alunos tenham acesso ao suporte real em
que os textos estão publicados a fim de que de que percebam que estão em contato com
textos publicados com um objetivo e uma finalidade concreta.
#Escreva a resposta.
1) Quem escreveu o texto que você leu?/Quem esta falando de si mesmo no
vídeo que você assistiu?
2) Essa pessoa é famosa ou é anônima?
OP IV – Professor, é provável que os alunos não saibam o significado da palavra
“anônimo”, por isso coloque o significado na lousa ou solicite para fazer pesquisa no
dicionário.
#Marque a alternativa correta.
3) O texto que você leu pode ser encontrado onde?
a. ( ) num espaço do cotidiano.
b. ( ) num espaço literário ou artístico.
c. ( ) num espaço publicitário.
# Conseguiu resolver o desafio acima? Parabéns!
Agora, seu professor ou sua professora organizará a turma
em grupos e irá propor outro desafio. Você e seu grupo
receberão um texto, podendo ser oral ou escrito, com base
nele vocês deverão executar as atividades que seguem.
Depois vocês deverão apresentar o texto e a leitura que
vocês fizeram dele para a classe. Bom trabalho!
OP V– Professor, essa questão é complexa. É provável que os alunos precisem
esclarecimento prévio a respeito do que sejam as esferas sociais de circulação.
4) Por que uma pessoa escreve ou publica uma autobiografia?
a. ( ) Para divulgar os fatos mais marcantes sobre sua própria vida.
b. ( ) Para divulgar os fatos mais marcantes sobre a vida de outra pessoa.
5) Onde a autobiografia que você leu (ou assistiu) está sendo veiculada?
a. ( ) Na Internet.
b. ( ) Na TV.
c. ( ) No livro.
d. ( ) Na revista.
#Escreva a resposta.
6) Vimos que “auto” significa por si mesmo; “bio” significa vida; “grafia” significa
escrita, logo o texto que você e seu grupo receberam é uma autobiografia?
Por quê?
7) Para quem esse texto (ou vídeo) foi produzido?
#Marque as afirmações corretas.
8) Com qual intenção um leitor pode procurar uma autobiografia para ler.
a. ( ) para estudar a vida de uma pessoa famosa.
b. ( ) por curiosidade, simplesmente.
c. ( ) para se entreter.
d. ( ) para saber como manusear um determinado utensílio eletrônico.
e. ( ) para se informar das notícias que estão acontecendo na região que
mora e no país.
f. ( ) para conhecer melhor a vida de um autor/ilustrador de um livro.
OP VI – Professor, para finalizar esta oficina passe o vídeo “Daniel lança autobiografia
Minha Estrada". Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LYtESJghNV4> e
converse com os alunos sobre a finalidade da obra.
Olá, você conhece o cantor Daniel? Provavelmente já ouviu falar, não
é? Seu professor irá passar um vídeo que fala sobre a vida desse cantor.
Espero que vocês gostem. Preste atenção, para depois conversar com
seu professor e colegas sobre o vídeo.
SEÇÃO DE VÍDEO
OFICINA 3
TEXTO E CONSTRUÇÃO
#Leia.
OP VII – Professor, em respeito à Lei 9.610/1998 que regula as questões sobre direitos
autorais, não usamos de maneira explícita os textos que escolhemos para os trabalhos,
apenas referenciamos para que você possa buscá-los. Importante trabalhar com os alunos
mostrando o suporte onde ele está circulando, mesmo que os alunos estejam com cópia,
leve o livro para a sala de aula e mostre a eles onde está o texto original. O texto para as
atividades que seguem se encontra em:
REFERÊNCIA:
GUIMARÃES, Geni. A cor da ternura. 2 ed. São Paulo: FTD. 1998. p. 94. (Coleção canto
jovem).
Os autores de autobiografias podem ser pessoas famosas ou não
e escrevem para tornar público ou não a história de sua vida.
Num diário, por exemplo, não é público, já quando se escreve
num livro, jornal, blog é público. Quando procuramos uma
autobiografia para ler é porque queremos conhecer um pouco
da história de vida de quem escreve.
A autobiografia pode circular no ambiente literário,
publicitário, íntimo e ser veiculada numa revista, num blog,
num jornal, num diário que chamamos de suporte.
# Individualmente você conhecerá um pouco da história de vida
de Geni Guimarães. Quem será essa pessoa? O que ela faz?
Além disso, as seis primeiras perguntas vão ajudar você a fazer
revisão do que estudamos na oficina anterior sobre o gênero
autobiografia.
#Responda as seis perguntas abaixo, confira sua reposta e preencha o texto
do box a seguir .
1) Que texto é esse que você acabou de ler?
2) Quem é o autor?
3) Em que ambiente essa autobiografia está circulando?
4) Para quem esse texto foi produzido?
5) Onde ele está sendo veiculado? Com qual objetivo?
6) Com qual intenção o leitor leria essa autobiografia?
Esse texto que você acabou de ler é uma ______________________________de
__________________________. Ele circula no espaço ___________________, foi
produzido para ______________________________, está sendo veiculado
no_______________________________ com o objetivo de
____________________ _________________O leitor do livro “A cor da ternura”
leria essa autobiografia para ___________________________________________.
#Ainda sobre a autobiografia de Geni Guimarães.
07 – Identifique e copie o título do texto.
08 – O título adianta que o texto se trata de uma autobiografia? Justifique sua
resposta.
09– Que outro título poderia ser dado a esse texto?
10 –Releia o texto e codifique, usando números de 1 a 5, na ordem em que as
informações aparecem no texto, ou seja, o que acontece primeiro coloque o número
1; em segundo, o nº 2 e assim por diante.
a. ( ) Reconhecida por uma trabalho, publicou seu primeiro livro de contos.
b. ( ) Lia livros, revistas e jornais e descobriu que tinha habilidade para
escrever poesias.
Agora que você revisou os elementos do contexto de
produção do gênero autobiografia, vamos avançar nos
estudos e entender como ele é organizado?
c. ( ) Acha que pode ajudar as pessoas serem melhores escrevendo suas
histórias.
d. ( ) Apresenta seus dados pessoais: onde e quando nasceu, onde morou e
mora.
e. ( ) Consegue publicar seus dois primeiros livros de poemas e é convidada
para participar de outros projetos.
11 – Você está acostumado a ver parágrafos iniciarem com um recuo da margem
esquerda (aquele dois dedinhos que geralmente seu professor pede para marcar um
parágrafo). Há esse recuo de margem nesse texto que lemos?
12 – Experto como você é, deve ter respondido que NÃO. Então, como sabemos
que este texto está organizado em cinco parágrafos (cinco blocos de ideias)?
Explique.
#Marque com um X.
13 – Releia o texto mais uma vez para identificar os parágrafos que trazem fato (a
coisa acontecida na vida da personagem) ou comentário (é uma opinião, uma
observação).
No primeiro.
a. ( ) fato ( ) comentário.
No segundo.
b. ( ) fato ( ) comentário.
No terceiro.
c. ( ) fato ( ) comentário.
No quarto.
d. ( ) fato ( ) comentário.
No quinto.
e. ( ) fato ( ) comentário.
14 - Agora, marque qual dos quadros abaixo apresenta o modo como essa
autobiografia foi organizada.
a. ( )
1 – Descrição dos sucessos de sua vida em
ordem cronológica.
2 – Comentários sobre os fatos relatados.
Fato: o que
aconteceu na
vida da
personagem.
.
Fato: o que
aconteceu na
vida da
personagem.
Comentário: é
uma opinião,
uma observação
feita.
b. ( )
c. ( )
#Escreva a resposta.
15 - As ideias do texto partem dos fatos mais distantes para os mais recentes ou o
contrário: dos mais recentes para os mais distantes?
16 – O que prevalece no texto são fatos que aconteceram na vida da autora ou de
outra pessoa?
17 – Resuma com suas palavras. Que fato da vida da personagem você achou mais
interessante? Por quê?
#Releia o texto, pense e responda.
18 – A personagem afirma que foi convidada para participar de outros eventos
porque seu trabalho havia ficado mais definido. O que a fez amadurecer em suas
produções?
19 – Você acha que o título do livro “A cor da ternura” onde essa autobiografia foi
veiculada tem relação temática com o fato de Geni Guimarâes ser negra e ter tido
contanto com a poesia negra? Justifique sua resposta pensando na palavra “cor”.
20 – Pesquise e copie abaixo o significado das palavras “exteriorizar” e “motivar”.
1 – Descrição detalhada das etapas
da vida da personagem: infância,
maturidade, velhice e juventude.
1 – Apresentação dos dados pessoais da
personagem.
2- Descrição dos fatos que marcaram sua vida
profissional
3 – Comentário de sua crença.
21 – Agora que você já sabe o significado das palavras explique o que autora quis
dizer com
“Acredito que o ato de escrever é o veículo de exteriorização da situação de um povo dentro
da sociedade e pode, com isso, motivar mudanças”.
OFICINA 4
A LINGUAGEM DO GÊNERO AUTOBIOGRAFIA
OP VIII – Professor, a fim de revisarmos oralmente o que estudamos até aqui e para não
ficar cansativo para os alunos trabalharem com um só texto, optamos em fazer a exploração
das marcas do estilo com outra autobiografia (ver referência abaixo) presente no mesmo
tipo de suporte. Após leitura do texto, fazer a exploração oral com as questões que seguem.
REFERÊNCIA:
VAZ, Fernando. O rolo do rola-abóbora. São Paulo: Editora Quinteto Editorial, 2003. p.
127.
a) Quem é o autor do texto que você acabou de ler?
b) Em que ambiente essa autobiografia está circulando?
A autobiografia:
geralmente possui um título que adianta para o leitor de
que se trata de um texto autobiográfico;
apresenta a ordem cronológica dos fatos, isto é, parte dos
fatos que aconteceram num tempo mais distante para o mais
recente;
é um texto em que o autor dá preferência na própria
história.
c) Para quem esse texto foi produzido?
d) Onde ele está sendo veiculado? Com qual objetivo?
e) Com qual intenção o leitor leria essa autobiografia?
f) O título adianta que o texto se trata de uma autobiografia? Como?
g) Que outro título poderia ser dado a esse texto?
h) O autor dá ênfase na própria história?
i) As ideias do texto seguem uma ordem cronológica dos fatos, isto é, na ordem
temporal em que ocorreram?
j) Os parágrafos são organizados com recuos da margem esquerda ou sem?
k) Esse texto começou e terminou da mesma forma que o anterior que estudamos? O
que há de diferente?
# Uffa!!! A última oficina deu um trabalhão danado, não é?
Espero que você tenha aprendido bastante coisa. Nesta
oficina vamos trabalhar com a linguagem do gênero
autobiografia. Para não ficarmos estudando a
autobiografia de uma mesma pessoa vamos conhecer
agora a vida de Carlos Edgard Herrero. Quem será ele? O
que ele faz? Depois de ler atentamente faça as atividades
que seguem.
# Preencha a cruzadinha abaixo seguindo as pistas que foram dadas à esquerda.
Dica: são dois verbos, um termina em “ar” e outro em “er”.
VERTICAL
1. Fazer a descrição oral
ou escrita de algo ou de
alguém é o mesmo que ...
HORIZONTAL
2. Expor as sequências de
um fato ou acontecimento;
contar ou relatar algo para
alguém é o mesmo que ...
#Escreva a resposta.
01 – No quinto parágrafo, há uma descrição de espaço. Identifique e copie.
02 – Há outros momentos em que o autor usa descrição para relatar sua vida?
03 - O que aparece mais no texto que acabamos de ler: trechos narrativos, ou seja,
momentos em que o autor relata fatos de sua vida ou descritivos?
#Reflita e assinale a resposta correta.
04 – Logo, pensando na resposta da questão três, podemos afirmar que as
autobiografias são basicamente textos
a. ( ) descritivos.
b. ( ) narrativos.
OP IX – Professor, importante explicar para os alunos os diferentes usos da segunda
pessoa do singular, ou seja, que em alguns lugares do Brasil usa-se “tu”, em outros “você”.
O motivo da revisão neste momento não é para se aprofundar nessas questões, mas sim
para que ele perceba que para cada pessoa usa-se um específico, como estamos
estudando autobiografia ele precisa identificar os pronomes de primeira pessoa que fazem
parte das marcas de estilo desse gênero textual. As atividades que seguem ainda são da
autobiografia de Carlos Edgard Herrero.
#Escreva a resposta.
05 – Quem é o autor desse texto? Ele narra fatos de sua própria história ou de outra
pessoa?
06 – Volte ao texto e circule os pronomes que se referem à pessoa que conta a
história.
#Escreva a resposta.
07 – Logo, os fatos, no relato autobiográfico, sempre são narrados em primeira ou
terceira pessoa do singular?
08 – Identifique todos os verbos que fazem relação com a pessoa de Carlos Edgar
Herrero.
09 – Todos os verbos que você identificou estão acompanhados do pronome “eu”?
10 - Copie na tabela abaixo esses verbos que
não estão acompanhados do pronome “eu”
estão acompanhados do pronome “eu”.
# Você se lembra o que são pronomes? Não!?
Então sob a orientação do seu professor, você vai
pesquisar num gramática ou na Internet para
descobrir para que servem os pronomes de um
modo geral e, neste momento, com destaque nos
pronomes do caso reto, oblíquo e possesivos.
Depois tire as dúvidas com seu professor sobre
aquilo que você não tenha entendido a respeito
dos pronomes.
11 – Qual foi o resultado, ou seja, o que apareceu mais os verbos que não estão
acompanhados do pronome “eu”, ou os que estão?
12 – Logo, podemos afirmar que para escrever uma autobiografia devemos ou não
fazer apagamento do pronome “eu” antes dos verbos?
#Marque com um na resposta certa.
13 – Observe os verbos que você copiou na tabela da questão 10 e responda.
a. ( ) Eles estão indicando uma certeza, fato real e certo.
b. ( ) Eles estão indicando possibilidade, algo que pode ou não ter acontecido
ou algo irreal e incerto.
Quando as formas verbais indicarem certeza, fato real, certo, dizemos que o verbo está no
modo indicativo. Quando indicar possibilidade, algo que pode ou não acontecer, sendo
algo irreal ou incerto dizemos que o verbo está no modo subjuntivo.
14 - Eles estão indicando ações ou estado que estão no tempo
a.( ) passado. b. ( ) presente. c. ( ) futuro.
15 - Passado é o mesmo que Pretérito. Desses pretéritos divida os que dão ideia de
uma ação concluída e não habitual.
uma ação habitual que, em determinado período do passado, era
contínua.
Quando as formas verbais estiverem no passado dando a ideia de uma ação concluída e
não habitual nominamos de Pretérito Perfeito. Quando a ideia for de uma ação habitual
que, em determinado período do passado, era contínua Pretérito Imperfeito.
16 – Logo, as formas verbais que você copiou na coluna da esquerda estão
flexionadas no Pretérito ___________________, e o da direita Pretérito
___________________.
17 – Agora, escreva duas frases sobre você: uma usando um verbo no Pretérito
Perfeito e outra no Pretérito Imperfeito.
18 – Logo, por que quem escreve autobiografia dá preferência para esses tempos
verbais?
19 – Onde Carlos Edgard Herrero morava? No campo ou na cidade? Explique
usando informação do texto.
20 – Você acha importante que conste numa autobiografia o lugar onde uma pessoa
nasceu, morou ou mora? Por quê?
21 – Se Carlos Edgard Herrero tivesse contado em sua autobiografia o lugar onde
nasceu e viveu toda sua vida, o texto ficaria mais completo de informação?
22 – Por que você acha que ele não colocou essas duas informações? Escreva sua
hipótese.
23 - É comum encontrarmos em textos autobiográficos palavras ou expressões que
organizam a temporalidade dos acontecimentos. Identifique e circule a expressão
que situa o leitor nesse sentido.
“[...] Na época em que se passa esta história, eu tinha mais ou menos doze anos e
estava no auge da minha condição de peste do bairro, [...]”
24 – 1º - Volte ao texto de Carlos e observe o terceiro parágrafo.
2º - Copie esse mesmo parágrafo começando com “Tenho certeza que..”
3º - Responda: poderia ter começado esse parágrafo com essa expressão sem
prejudicar o texto original?
4º - Que ideia essa expressão traz para o leitor?
5º - Apesar do autor da autobiografia não ter usado expressões que trazem
essa ideia de certeza, os verbos deixam claro de que ele tem certeza do que ele
está afirmando? Dê um exemplo.
25 – 1º - Leia o trecho abaixo e observe o sentido da expressão em negrito.
“Oi! Meu nome é Carlos Edgard Herrero. Nasci nos idos de 1944 (nem tão idos assim, pois
muita gente chegou bem antes de mim – meus avós, por exemplo - , portanto, em tempos
bem mais idos...)”.
2º - A expressão em negrito traz uma preocupação do autor. Que preocupação
é essa?
3º - Escolha uma das expressões abaixo que poderia substituir a que está em
negrito, sem prejuízo de significado.
( ) pena que faz bastante tempo.
( ) ainda bem que não faz tanto tempo assim.
( ) lamentavelmente não faz bastante tempo.
4º - Agora copie o trecho fazendo a alteração.
OP X – Professor, quando estiver trabalhando o gênero textual autobiografia e encontrar
expressões modalizadoras lógicas ou apreciativas fazer a exploração desse recurso que é
uma das marcas de estilo desse gênero. Nesses dois exercícios tentamos levar o aluno
refletir sobre esse recurso.Importante explicar o que são essas expressões e fazer uma lista
das mais usuais na lousa.
As autobiografias são construídas em primeira pessoa,
logo é comum o uso do pronome “eu”, que na maioria das
vezes não aparece no texto; apresentam mais trechos
narrativos do que descritivos; nelas aparecem mais verbos
nos tempos Pretérito Perfeito e Pretérito Imperfeito;
palavras ou expressões que organizam o tempo dos fatos e
os espaços onde eles acontecem.
OFICINA 5
ESCREVENDO UMA AUTOBIOGRAFIA
Marque com o que tenho de considerar para escrever
minha autobiografia.
Marq
ue
aq
ui
Inventar um final feliz para agradar o leitor.
Selecionar fatos reais da própria vida tais como: nome, idade, lugar onde nasceu e mora, gostos e preferências, esportes que pratica, acontecimentos alegres e/ou tristes, jeito de ser e agir.
Escolher uma pessoa para contar a história da vida dela.
Organizar os fatos numa sequência temporal em que eles ocorreram.
Pensar num título criativo para o texto.
a forma de linguagem que será mais formal ou informal de acordo com o leitor do texto.
Pensar em que suporte o texto será veiculado e adequar à linguagem.
Procurar escrever o texto de maneira que ele fique atraente e
Vamos ver se você está fera para escrever sua
autobiografia? A tabela abaixo vai ajudar você a planejar
o texto que será desafiado a escrever. Tique na coluna da
direita o que você deve considerar para escrever uma boa
autobiografia. Vamos lá!?
desperte o interesse do interlocutor, isto é, as pessoas que vão lê-lo.
Inventar fatos da própria vida tais como: lugar onde nasceu e mora, gostos e preferências, esportes que pratica, acontecimentos alegres e/ou tristes, jeito de ser e agir.
ATENÇÃO!!!!
Ao escrever sua autobiografia, preste
bastante atenção na tabela do desafio acima.
Não pode faltar nada.
Agora, é a sua vez de contar a história da
sua vida, isto é, produzir uma autobiografia, que
será depois reunida às demais num blog que
será criado por vocês e seu professor. Isso
mesmo: um blog literário de autobiografias da
sua turma. Assim, outras pessoas, além dos
colegas de sua sala de aula, poderão conhecer a
sua história.
Lembre-se: você é um cidadão que estuda
no sexto ano que vai escrever sua autobiografia
para torná-la pública num ambiente literário. Os
leitores poderão acessar o blog para ler sua
autobiografia a fim de se entreterem e
conhecerem melhor você.
OFICINA 6
AVALLIAÇÃO
OP XI – Professor, neste momento organize os alunos em grupos para confeccionar um
cartaz. Nessa atividade eles deverão escrever o que precisa ser considerado para escrever
uma autobiografia no que se refere ao contexto de produção, tema, construção
composicional e marcas de estilo. É claro que você não precisa exigir deles essa
organização. Deixe-os livres para escrever o que aprenderam aleatoriamente. Faça uma
tabela na lousa da seguinte forma:
CONTEXTO DE PRODUÇÃO
Autor: Objetivo: Suporte: Interlocutor:
TEMA Tema:
ESTRUTURA
COMPOSICIONAL
Título: Ordem temporal:
ESTILO
Predomina: Que tipo de pronome? Que tipo de discurso?( narração ou descrição) Que tempos verbais? Há uso de organizadores temporais? Há presença de descrição de espaço? É comum apagamento do pronome “eu”? Há uso de marcadores espaciais? Pode haver uso de expressões que servem para modalizar?
Professor, pode ser que nem todas as questões serão respondidas pelos alunos de imediato.
Acontecendo isso, instigue-os e faça as perguntas de outra forma ou explicação que achar
necessária. Por exemplo, os alunos poderão ter dificuldade nas questões que dizem respeito às
marcas de estilo do gênero, é o caso dos modalizadores que precisa explicar. Peça para voltarem
para as questões 24 e 25 da oficina 4 e explique o efeito de sentido dos modalizadores utilizados, dê
outros exemplos, faça uma lista de expressões que podem servir de elemento modalizador. As
questões que perceber não ter ficado elucidado anote e organize atividades para reforçar esse
conteúdo.
.
OFICINA 7
REVISANDO E REESCREVENDO O TEXTO
OP – Professor, organize os alunos em dupla para trocarem as produções feitas na oficina
cinco para serem revisadas e preparadas para reescrita. Para a atividade ter mais sucesso e
a revisão não ficar no plano dos aspectos formais, entregue a eles uma ficha de análise das
ocorrências do texto. Importante ficar atendo caminhando pela sala para sanar possíveis
dúvidas que surgirão, tanto no momento da revisão quanto da reescrita. Depois dessa fase,
você também pode fazer a revisão para ajustar o que passou.
A seguir, colocamos uma sugestão de ficha de revisão, mas você pode adequá-la se achar
necessário.
Vamos pensar no que aprendemos até agora? Este
momento é muito importante! Vocês se organizarão em
grupos e vão confeccionar um cartaz. Nele, vocês deverão
escrever o que um autor precisa saber para escrever uma
autobiografia. Bom trabalho.
Agora, vocês farão papel de revisor de textos, para isso troquem
suas autobiografias produzidas na oficina cinco para revisar. A
ficha abaixo vai ajudar vocês a cumprirem essa tarefa. Bom
trabalho!
FICHA DE REVISÃO
Use para SIM. Use para NÃO. CONTEXTO DE PRODUÇÃO
A linguagem está adequada ao ambiente que este texto vai circular e ao suporte?
O texto mostra as principais ocorrências da vida do próprio autor?
A linguagem está considerando os leitores que lerão o texto?
TEMA Autor conta a própria história? CONSTRUÇÃO COMPOSICIONAL
Há um título e ele é adequado?
Há ordem cronológica dos fatos?
Há a preocupação de dar ênfase na própria história?
ESTILO (marcas do gênero)
Há predomínio da 1ª pessoa do singular?
Os tempos verbais estão adequados a esse tipo de texto (pretérito perfeito, imperfeito, presente)?
Houve a preocupação de usar organizadores temporais?
Evitou palavras repetidas desnecessárias?
Preocupou-se em fazer apagamento de pronome?
Usou palavras adequadas para referir-se a lugares (marcadores espaciais)?
Fez uso de expressões modalizadoras?
Há momentos de descrições de lugares (espaços)?
Há predomínio de narrativa?
OP XII – Professor, feita a revisão em dupla, oriente os alunos a fazerem a reescrita no
caderno. Importante que façam no caderno antes de digitá-lo no suporte, pois terão de fazer
uma reflexão sem a ânsia de estar na frente do computador.
OFICINA 8
PONTO DE CHEGADA .
OP XIII - Professor, antes de desenvolver esta oficina, é preciso criar um blog. Há
vários sites que ensinam como fazer. Garanto não é difícil. Feito isso, levar os
alunos para o laboratório de informática para fazerem a digitação das autobiografias.
Caso os alunos tenham interesse de colocar foto, é necessário solicitar autorização
dos pais por escrito. Neste momento, ainda haverá momentos de reflexão sobre a
escrita uma vez que ao digitar o texto poderá aparecer destacado pelo computador
algumas questões no que diz respeito aos aspectos superficiais da linguagem.
Atenção!!!
Agora você vai pegar seu texto novamente e reescrevê-lo
em seu caderno. Fique atento para melhorá-lo ao máximo.
Não se esqueça que depois ele será disponibilizado num
“blog”, onde tanto seus colegas da escola como toda a
comunidade terão acesso. Então faça com cuidado e muito
capricho. Bom trabalho!!!
REFERÊNCIAS
A VIDA DE LULA. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=qgU3h1eQhkk>. Acessado em 05 set. 2014.
AUTOBIOGRAFIA DE PATATIVA DO ASSARÉ. In: Teatro do pé. Disponível em:
<http://blog.teatrodope.com.br/2007/07/06/autobiografia-de-patativa-do-assare/ >.
Acessado em 05 set. 2014.
AUTOBIOGRAFIA FELIPE. In: Genealogia Seu Bino. Disponível
http://www.seubino.com.br/seubino/auto_felipe.html . Acessado em 05 set. 2014.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1997.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CASTRO, Maria da Glória. Quem roubou minha infância? 2 ed. São Paulo: Editora
do Brasil, 2005. p. 5.
DANIEL LANÇA AUTOBIOGRAFIA “MINHA ESTRADA”. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=LYtESJghNV4>. Acessado em: 05 set 2014.
Agora, vamos todos para o laboratório
de informática digitar nossa
autobiografia e postá-la no “blog” que
seu professor ou sua professora criou
para este fim. Vamos lá? Colabore e
bom trabalho!
DOLZ, Joaquim.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência Suiça (Francófona): SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. et al. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. E org. de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas. São Paulo : Mercado de Letras, 2004, p. 35-59.
GERALDI, J. W. Portos de passagem. 4 ed. São Paulo : Martins Fontes, 1997.
GEREMIA, Valéria. Autobiografia. Fortaleza, CE, 2008. Disponível em:
<http://www.overmundo.com.br/banco/autobiografia> . Acessado em 05 set 2014.
GUIMARÃES, Geni. A cor da ternura. 2 ed. São Paulo: FTD. 1998. p. 94. (Coleção
canto jovem).
MARJANE SATRAPI, Persépois – Completo. Trad. Paulo Werneck. São Paulo.
Companhia das Letras, 2007. In: Oliveira, G. R. Português: a arte da palavra, 8º
ano. ed 1, São Paulo: Editora AJS Ltda, 2009, p. 17 – 19.
MEMÓRIAS DE EMÍLIA (Vídeo editado NEUMANN, L.). Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=9LJU-KtG2A8>. Acessado em 05 set. 2014.
MERCADOR, T. A. A voz que vem da floresta. Revista Palavra. Editora da Palavra.
Belo Horizonte, p. 12- 13, jul. 1999. In: TAKAZAKI, Heloisa Harue. Linguagens do
século XXI. 1 ed. São Paulo: IBEP, 2002 (Coleção vitória-régia)
O QUE VI DA VIDA DE RENATO ARAGÃO. Fantástico 23 .12 .2012. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=XWnhoBnWlLU. Acessado em 05 set. 2014.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
PROGRAMA ELEITORAL DO CANDIDATO AÉCIO NEVES. Coligação Muda Brasil.
21/08/2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=H80oYTb0zo0>.
Acessado em 05 set. 2014.
VAZ, Fernando. O rolo do rola-abóbora. São Paulo: Editora Quinteto Editorial,
2003. p. 127.