Os números da desigualdade no brasil

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Nelson Horochovski F

DADO DO SENSO 2010:

25%da população têm uma renda mensal de até

R$ 188que corresponde a uma renda diária de

R$ 6,27

50%da população têm uma renda mensal não ultrapassa

R$ 375que corresponde a uma renda diária de

R$ 12,50

Em 1985, o salário mínimo equivalia, nos valores atuais a

R$ 567,85Na Argentina, o salá­rio mínimo hoje é de

R$ 765,81

55,5%

PARTICIPAÇAO DA RENDA DOS SALÁRIOS NO TOTAL DA RENDA NACIONAL:

1959

50%1980

40,1%2005

43,6%2010

DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA NACIONAL, HOJE:

10% mais ricos

detém 75% da renda e da riqueza nacionais

DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA NACIONAL, HOJE:

10% mais ricos detém 75% da renda e da riqueza nacionais

desse segmento estão 5 mil famílias que possuem 45% da renda e da riqueza nacionais

A desigualdade se reduz, lentamente, como o coeficiente de Gini nos mostra, mas não altera a posição do Brasil como um campeão da desigualdade.

Em 2002, ele era de 0,587; em 2010, é de 0,526, ocupando a 84º posição em um conjunto de 187 países

Desde o final da década de 1990 o Brasil vem transferindo anualmente de 5% a 8% do PIB para os ricos, por meio principalmente dos juros, amortizações e refinanciamentos da dívida pública interna.

Quem compra títulos do governo brasileiro tem o maior ren­dimento do mundo! Quarenta e cinco por cento do orçamento geral da União, algo como R$ 635 bilhões em 2010, remuneram esse investimento.

Isso sem falar nos R$ 116,1 bilhões de isenções tributárias/redução de impostos para os ricos e suas empresas.

Para ter uma comparação, R$ 7,5 bilhões foram destinados em 2011 pa­ra o saneamento básico, num país onde 45% dos municípios não coletam esgoto.