panfleto bancários

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panfleto sobre a greve dos bancários

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GREVE!Na campanha salarial desse ano, quem deu a li-

nha na mesa de negociações de negar todas as reivin-dicações dos bancários não foram os bancos privadose sim o BB e a Caixa. Carlos Eduardo Leal Neri, Diretorde Relações com Funcionários do BB, em uma cartadistribuída aos trabalhadores disse que “Não existemsobras no lucro do banco e qualquer benefício signifi-ca, na verdade, aumento no dispêndio da empresa”.

Essas palavras revelam, para quem ainda tinhaalguma dúvida, que o BB, na verdade, atua como qual-quer outra grande empresa no mercado financeiro.Quer o lucro, antes de mais nada, e está a serviço deseus acionistas. Em que pese o maior acionista aindaser a União, mais de 30% das ações estão nas mãos deespeculadores internacionais (17%) e nacionais(13,4%). “Não existem sobras no lucro”, afinal, grandeparte é transformada em dividendos, outra parte éreinvestida e os trabalhadores que “colaboraram” paraalcançar esse resultado são tratados como “dispêndioda empresa”.

Segundo: a ordem do governo Dilma para que asestatais façam a sua parte na política de austeridadefiscal, que significa corte de gastos públicos e arrochono salário dos servidores federais e dos trabalhadoresdas estatais, como já estamos vendo nos Correios.

Isso tem como pano de fundo a crise capitalistamundial. “O aprofundamento da crise na Europa e nos

EUA terá como conseqüência um forte impacto nos

países dependentes como China, Brasil e outros. A

recessão européia e norte-americana provoca uma

retração (exportação e produção) na China e por ex-

tensão na exportação de commodities brasileiras e ar-

gentinas. Isto significa que também a venda de ma-

nufaturados brasileiros para a Argentina sofrerá um

forte impacto. Uma situação convulsiva varre o mun-

do e ninguém está isolado dela”, conforme análise daEsquerda Marxista (tendência do PT).

O governo Dilma, de colaboração com a burgue-sia, busca se antecipar ao que está por vir e já começaa aplicar medidas de austeridade sobre os trabalha-dores, semelhantes às dos governos europeus, paratentar salvar o capitalismo.

Por isso, diante da intransigência dos banqueiros

e da linha política adotada pelo governo Dilma na mesade negociações, através do BB e da Caixa, os bancári-os não terão alternativa, a não ser deflagrar a grevenacional!

Porém, para construir uma greve forte, a partici-pação dos bancários é fundamental. Para tanto, as as-sembléias devem garantir a eleição de um comandogeral e unificado (bancos públicos e privados), do qualfaçam parte não somente as direções sindicais, mastambém os trabalhadores eleitos pela própria catego-ria em luta.

Precisamos também aprender com as lutas ante-riores. Ano passado realizamos a maior greve da cate-goria, em número de agências fechadas. Ao todo, 8.278locais de trabalhos permaneceram fechados durantemais de 20 dias de greve, porém, não conseguimosparalisar totalmente a intermediação financeira no paísporque os sistemas eletrônicos e on-line seguiram fun-cionando. A Central Única dos Trabalhadores e as di-reções sindicais precisam estudar a melhor maneirade garantir a adesão dos trabalhadores da área detecnologia dos bancos para paralisarmos esses pólostecnológicos.

O que queremos demonstrar com essa idéia é queos bancários são os verdadeiros responsáveis pelo fun-cionamento dos bancos. Nenhuma movimentação fi-nanceira pode ser feita sem a permissão da classe tra-balhadora e, portanto, não precisamos dos banquei-ros para centralizar e organizar a distribuição do di-nheiro no país e nem para prestar serviços financeirosem quantidade e qualidade para a população. Aliás,não precisamos dos banqueiros para nada! Assimcomo os demais burgueses, essa classe de senhores écompletamente parasitária na sociedade.

Se a classe trabalhadora produz tudo, tem o di-reito de desfrutar de tudo, mas para que isso, algumdia seja possível, é preciso que a classe trabalhadoraseja a classe dominante, quer dizer, tome o poder po-lítico dos burgueses e organize democraticamente anação sobre a base da propriedade social e coletivados meios de produção e de um estado socialista dostrabalhadores.

VAMOS À LUTA!

Companheiros(as) bancário(as),

Contra a intransigência dos banqueiros...

Contra a postura do BB e da Caixa na mesa de negociações...

Corrente Sindical / CUT

www.marxismo.org.br

esquerdamarxistacps@yahoo.com.br

(19) 9828-3063