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Patologia e Clínica das Doenças Infecciosas

Enfermagem Veterinária

2015/2016

Aula prática 1

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Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

Sumário

• Estudo das doenças infeciosas transversais mais relevantes – comuns várias espécies

Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

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Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

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• Etiologia – Aptovírus – vírus sem envelope com vários subtipos distintos a nível

imunológico e serológico com diferentes graus de virulência (O, A, C, Sat1*, Sat2*) – Temperaturas baixas e pH neutro (destruído por fervura e auto-

clavagem)

• Espécies – Biungulados domésticos e silváticos – Ovinos e caprinos - manutenção; – Suínos – amplificadores; – Bovinos - indicadores

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1 – FEBRE AFTOSA

Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

• Sinais clínicos

– Temperatura elevada

– Vesículas na boca, laringe, narinas e na pele junto dos cascos

– Rompimento das vesículas conduz à disseminação dos vírus no ambiente

– Anorexia

– Paresia

– Taxa de morbilidade muito alta

= portadores

– Taxa de mortalidade baixa

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1 – FEBRE AFTOSA

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• Transmissão

– Aerossóis e contacto direto ou indireto,

– Alimentação com restos de comida infetada,

– Inseminação artificial,

– Material biológico contaminado.

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1 – FEBRE AFTOSA

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• Tratamento e Profilaxia

– Abate total dos animais nas explorações infetadas e em contacto;

– Controlo e restrição do movimento animal;

– Desinfeção de veículos;

– Plano de contingência

• Barreiras de proteção do país e países vizinhos.

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1 – FEBRE AFTOSA

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• Imunoprofilaxia

Diferentes abordagens:

- A vacinação profilática (antes da ocorrência de um surto);

- A vacinação de emergência ou reativa (após a detecção de um surto).

Neste caso, a eliminação do rebanho doente deve ser complementada pela vacinação para proteger os animais sensíveis contra a estirpe do vírus prevalente na área do surto.

Criar uma zona tampão caso a política do morticínio total não consiga evitar surtos secundários.

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1 – FEBRE AFTOSA

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https://www.youtube.com/watch?v=KcXyEG4Jj30

Surto de FEBRE AFTOSA (Grã-Bretanha, 2011)

https://www.youtube.com/watch?v=PufTeIBNRJ4

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• Etiologia e espécies atingidas

– Brucella spp.

• B. melitensis – cabras, ovelhas e camelos

• B. abortus – bovinos

• B. suis – suínos

• B. ovis – ovelhas

• B. canis – cães (suínos e bovinos são resistentes)

– Zoonose !!

(todas as espécies bacterianas)

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2– BRUCELOSE

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2 – BRUCELOSE

- DOENÇA DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA!

- Em Portugal, as regiões do norte e centro são as mais afectadas e Bragança e Guarda as

sub-regiões com maior número de casos.

- A transmissão inter-humana é rara. Todavia, foram identificados casos de transmissão

sexual, intra-uterina e por aleitamento materno.

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• Transmissão

– Transmissão pelo contacto direto com animais infetados, leite e derivados não-pasteurizados

• Horizontal:

– Direta

Aerossóis; Ingestão alimentos infectados; Feridas na pele/mucosas; transmissão sexual.

– Indireta

Água, estrume, materiais. • Vertical - infeção congénita

– Persiste a baixas temperaturas, humidade moderada, ph médio e ausência de luz solar directa.

– Suporta a desidratação com matéria orgânica. 12

2 – BRUCELOSE

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2 – BRUCELOSE

• Patogenia:

Ingestão/Inalação → Mucosa intestinal → macrófagos → linfa/sangue → gânglios

linfáticos, baço, fígado, etc. Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas,

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• Sintomatologia

• Machos: – Orquites;

– Epididimites e

– Vesiculites.

• Fêmeas: – Abortos entre o 5º e o 9ª mês de gestação;

– Retenção placentária;

– Nados-mortos ou débeis;

– Infertilidade.

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2 – BRUCELOSE

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• Tratamento e profilaxia

– Não se efetua o tratamento;

– Teste e abate de positivos;

– Sequestro da exploração (120d a 1ª ou vacas completam gestação);

– Isolamento das fêmeas desde o 3º mês antes do parto até duas semanas

depois;

– Isolar os vitelos nascidos de vacas infetadas e não fazer recria destes animais

(é impossível detetar os portadores, pois a bactéria é intracelular);

– Eliminar os produtos do parto e aborto ao desinfetar o local;

– Tentar identificar as causas de aborto;

– Fazer quarentena e comprar animais apenas em explorações indemnes;

– Prova do anel (prova “serológica” que é feita no leite).

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2 – BRUCELOSE

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• B1 Estatuto Desconhecido

• B2 Exploração em Saneamento:

– B21 rebanho infetado

– B22 rebanho suspeito – os animais são testados.

Quando é encontrado um animal seropositivo, a exploração é sequestrada durante 6 meses, durante os

quais os restantes animais têm de ser submetidos a 2 testes. Os testes, efetuados com um intervalo de 3

meses, têm de ser ambos negativos para o rebanho subir de estatuto. Durante o sequestro, apenas se

pode vender leite (já que a Brucella é destruída a 60ºC, a temperatura de pasteurização).

• B3 Exploração indemne. Nestas explorações:

não há sinais clínicos de brucelose

os animais não podem ser vacinados

todos os animais com idade superior a 6 meses são negativos

• B4 Exploração oficialmente indemne (só pode ser atribuído pela DGV. Os outros estatutos são atribuídos pelas Direcções Regionais

Agrícolas de cada área, ainda que sob supervisão da DGV). Nestas explorações não pode haver registos oficiais, nem clínicos,

de brucelose pelo menos nos últimos 5 anos.

Por fusão das explorações B4 pretende-se a criação de zonas indemnes no País.

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2 – BRUCELOSE: Estatuto das Explorações

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• Imunoprofilaxia

– Ov/Capr – Rev1;

– Bov – B19

– Jovens 3-6M (diminui abortos; após 18 M raro persistir Ac nos Ov);

– Adultos (Ac persistentes, peq % infetada e aborto);

– Machos não se vacinam

– (B51 mutante rugoso sem LPO, resiste rifampicina, Jovens e adultos)

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2 – BRUCELOSE

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Programa sanitário contra Brucelose

• Previa-se a erradicação em 2000 nos bovinos e em 2007 nos pequenos ruminantes;

• Doença com quadro sintomatológico praticamente inexistente e só através de um controlo sorológico ativo, é possível combater a doença no terreno e conseguir a sua erradicação;

• Os produtores estão pouco sensíveis para os prejuízos económicos causados pela doença, uma vez que a incidência de abortos é muito reduzida e a sintomatologia nula;

• Qualquer efetivo com animais suspeitos ou positivos é colocado em sequestro, não podendo qualquer animal ser vendido enquanto este decorrer, sem autorização da DGAV.

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Brucelose bovina em Portugal

19 Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas,

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Obrigatoriedade…

• Doença de Declaração Obrigatória.

• Notificação de Abortos:

– Inquérito epidemiológico

– Colheita de material para isolamento de Brucella

• Identificação dos Animais:

– Animais não vacinados: Brinco Salmão na orelha esquerda

– Animais vacinados: Tatuagem e Brincos verdes

• Registo das Explorações.

20 Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas,

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• Etiologia

– Salmonella spp.

• S. typhimurium

• S. enteritidis

• Espécies

– Todas

– Zoonose!!

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3– SALMONELOSE

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• Sintomatologia

– Septicémia (Taxa de mortalidade de 100%)

– Enterites

–Abortos

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3– SALMONELOSE

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• Transmissão

– Horizontal: Via fecal-oral e aerossóis;

– Vertical: Via ovo e transplacentária.

– Animais portadores, roedores e aves selvagens, ambiente contaminado, rações contaminadas

– Ovos contaminados (humanos!)

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3– SALMONELOSE

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• Tratamento e profilaxia

– Restauro do equilíbrio hidroelectrolítico

– Antibióticos e terapia de suporte

• Imunoprofilaxia

– Não são suficientemente eficazes • vacinas inativadas

• vacinas de rebanho

• vacinar as mães para proteger vitelos com imunidade colostral

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3– SALMONELOSE

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• Etiologia

– Pasteurella multocida

– Mannheimia haemolytica (Anteriormente: Pasteurella haemolytica )

– Cocobacilo

– Anaeróbio facultativo

• Espécies e sintomatologia

– P. multocida: quadro respiratório (bovinos, suínos, coelhos, aves, ovinos)

– M. haemolytica: pneumonia, septicémias, mastite gangrenosa

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4– PASTEURELOSE

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• Patogenia – Toxinas

• Toxina dematonecrótica – P. multocida

• Hemolisinas – M. haemolytica

• Neuraminidase e hialuronidase

– Resistências • Sensível: desinfectantes comuns, calor e UV

• Sobrevive durante meses na carcaça de aves

• Resistências AB

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4– PASTEURELOSE

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• Espécies e reservatório do agente – Ruminantes – Suínos – Leporídeos – Aves – Carnívoros – Homem

• As principais espécies são comensais na orofaringe -> oportunistas

• Podem constituir uma causa primária ou secundária de doença – Associação com Bordetella, Haemophillus, IBR virus

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4– PASTEURELOSE

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• Quadros comuns

– Septicémia;

– Broncopneumonias;

– Pleuropneunomias;

– Rinites;

– Complicações de feridas;

– Mastites.

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4 – PASTEURELOSE

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Pasteurella multocida

Hospedeiro Doença Serotipos

Bovinos Septicémia hemorrágica B2, E2

Pneumonia A2

Aves Cólera A1, A3, A5, A8

Perus Cólera A9

Suínos Pneumonia A3, D4, D10

Rinite Atrófica A3, D3

Ovinos Pneumonia D1, D4

Leporídeos Rinite A12

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4– PASTEURELOSE

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Pasteurella multocida

• Bactéria isolada na flora normal da orofaringe e oral de muitas espécies domésticas com exceção das aves saudáveis

• As aves, ao contrário dos mamíferos, não albergam o agente;

• A presença da bactéria no organismo das aves está invariavelmente associada a doença

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4– PASTEURELOSE

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• Habitat natural

– Meio ambiente

– Orofaringe dos animais

• Normalmente as defesas imunitárias do animal mantêm as bactérias confinadas

– Multiplicação lenta

– Presentes no muco

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4– PASTEURELOSE

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• Fontes de infeção

– Animais sãos – reservatórios • Comensal nas mucosas dos animais susceptíveis

– Animais doentes • Secreções altamente infetantes

– Animais mortos • O agente pode permanecer viável na carcaça durante

longos períodos de tempo

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4– PASTEURELOSE

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• Transmissão

– Direta

• Focinho-focinho

• Aerossóis

– Indireta

• Alimentos contaminados

• Águas contaminadas

• Objetos contaminados

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4 – PASTEURELOSE

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• Vias de entrada

– Ingestão

– Inalação

– Cutânea – Feridas

– Endógena (estirpes comensais)

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4 – PASTEURELOSE

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• Doença normalmente associada à incapacidade das defesas dos hospedeiros

• Fatores predisponentes de infecção – Doença multifatorial

• Fatores que suprimem as defesas

• Infeções intercorrentes

• Maneio (Transporte, sobrepovoamento, desmame, fome, exaustão ou desidratação) -> STRESS -> Aumento do cortisol endógeno

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4– PASTEURELOSE

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• Fatores predisponentes de infecção

– Ambiente • Arrefecimento;

• Humidade relativa;

• Amoníaco.

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36 Disseminação pulmonar

Multiplicação activa

Bactérias colonizam a mucosa do TRS

Defesas do animal estão comprometidas

Presença de fatores predisponentes

Bactérias comensais no TRS

4 – PASTEURELOSE

• A gravidade da doença depende da estirpe envolvida

• M. haemolytica provoca uma forma de doença mais grave que P. multocida

• A associação com outros agentes pode resultar na morte do animal para ambas as espécies

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4 – PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Bovinos

• Febre do transporte (febre, dispneia, edema) – Forma mais comum de pasteurelose

– Situação de stress (transporte, agrupamento ou manipulação dos animais) -> broncopneumonia ou pleuropneumonia até algumas semanas depois

– P. multocida e M. haemolytica

• Morbilidade elevada e mortalidade >20%

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4 – PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Bovinos

• Febre do transporte – Anorexia

– Letargia

– Rinorreia

– Tosse

– Dispneia grave – posição ortopneica

– Relutância ao movimento

– Conduz a lesões pulmonares graves e irreversíveis!

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4– PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Bovinos

• Septicémia hemorrágica – Infeção sistémica aguda com elevada morbilidade e mortalidade;

– P. multocida;

– Agente pode ser isolado da nasofaringe em animais doentes, mas nunca em animais saudáveis;

– Caracter sazonal – epidemias em épocas de chuva;

– Transmissão sobretudo aerógena (aerossóis).

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4 – PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Bovinos Pirexia

Letargia

Enterites

Edemas subcutâneos (cabeça e pescoço)

Hemorragias

Hipersiália

Morte súbita

secreções e fluídos internos altamente infeciosos -> aerossóis

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4 – PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Bovinos – Lesões

• Hemorragias e edema nas superfícies serosas e mucosas, gânglios linfáticos, baço, pulmão e outros órgãos

• Pneumonia

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4 – PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Ovinos e caprinos

• Pneumonia

• Mastite gangrenosa (“Blue bag”) – M. haemolytica

– Lesões dos tetos -> flora microbiana da orofaringe dos cordeiros ou cabritos contaminam o úbere -> mastite

• Necrose do úbere com desprendimento do parênquima e pele

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4 – PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Aves

• Cólera aviária (sonolência, diarreia, inflamações generalizadas)

• Animais portadores mantêm a infeção com caracter enzoótico

• Mortalidade atinge 75%:

– Forma aguda: sonolência, diarreia, inflamações generalizadas -> morte

– Forma crónica: inflamação caseo-purulenta dos sacos aéreos, articulações, ouvido médio, ovários e barbilhões

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4 – PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Suínos • P. multocida

• Pneumonia primária fibrinosa

• Associação como agente secudário de influenza, Mycoplasma, Doença de Aujeszky, ….

• Anorexia

• Febres altas

• Septicémia

• Pericardite e pleurite

• Rinite atrófica

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4 – PASTEURELOSE

Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

• Suínos – Rinite atrófica

• P. multocida associada a Bordetella brochiseptica

• Produção de dermanecrotoxina -> estimula a atividade osteoclástica e diminui a atividade osteoblástica

• Doença associada à mistura de animais com diferentes origens

• Manifestação aguda entre as 3 e 8 semanas de idade – Espirros – Tosse – Inflamação do ducto lacrimal -> obstrução – Hemorragia

• Manifestações graves – Desvio lateral do maxilar – Atrofia dos cornetos

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4 – PASTEURELOSE

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• Sintomatologia

– Coelhos

• Rinite -> exsudado mucopurulento -> oclusão nasal e conjuntival -> dispneia -> broncopneumonias

• Otite média – inclinação da cabeça

• Abcessos

• Mastites

• Infeções genitais

• Septicémias

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4– PASTEURELOSE

Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

- Cães e Gatos

– P. multocida é comensal na cavidade orofaríngea do cão e

gato;

– Doença da mordedura do gato constitui um problema de

saúde pública!

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4– PASTEURELOSE

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• Diagnóstico

– Clínico

• Anamnese;

• Exame clinico.

– Laboratorial

• Órgãos (necrópsia);

• Exsudados;

• Lavagens brônquicas.

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4 – PASTEURELOSE

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• Tratamento

– Precoce e prolongado

– Testes de sensibilidade

A pasteurelose está relacionada com a produção intensiva e o stress (com destaque para o transporte, que é o maior stress a que os animais são submetidos)

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4– PASTEURELOSE

Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

• Profilaxia

– Sanitária

• isolamento e identificação dos animais doentes;

• colocar os animais em grupos etários semelhantes, para que não haja transmissão da doença dos adultos (portadores) aos animais jovens;

• recorrer ao sistema de “all in – all out”, com desinfecção da exploração entre a saída de uns e a entrada de outros animais;

• evitar as mudanças de regime alimentar e o stress de maneio.

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4 – PASTEURELOSE

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• Profilaxia

– Médica as bacterinas inoculadas na vacinação têm resultados discutíveis. Para serem eficazes, as vacinas têm de ter uma grande concentração em bacterinas. A vacinação deverá ser feita de modo a proteger os animais durante o período crítico, o que inclui:

– três a quatro semanas antes do parto;

– antes do transporte.

• Vacinas comerciais – Iniciar a prevenção nos animais jovens de 6 em 6 meses

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4 – PASTEURELOSE

Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

• Etiologia

– M. avium subsp. paratuberculosis

– M. johnei

– Intracelular

• Espécies

– Bovinos

– Humanos = Doença de Crohn??

(sintomatologia semelhante nos humanos)

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5 – PARATUBERCULOSE (Doença de Johne)

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• Sintomatologia

Reações mediadas por células são as responsáveis pelas lesões entéricas

– Enterite crónica

• Intermitente - persistente

– Diarreia (peq. rum. fezes moldadas); – Emaciação; – Síndrome de má absorção de nutrientes e água; – Edema submandibular, ↓ da produção de leite; – Perda de lã; – Dispneia e letargia (capr); – Doença contagiosa; – Fatal em animais domésticos e selvagens.

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5 – PARATUBERCULOSE

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• Epidemiologia

– Transmissão • fecal-oral (excreção 15M antes sintomas, intermitente), • leite/colostro, • intra-uterina

– Fatores de risco: idade, outras doenças, stress, maneio, exp. intensivas.

– Suscetível à luz solar direta, dessecação, desinfectantes e pasteurização;

– Sobrevive no ambiente até 1 ano;

– Doença clínica essencialmente em animais > 2 anos;

– Portadores fazem excreção intermitente nas fezes.

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5 – PARATUBERCULOSE

Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas, 2º semestre, ano 2015-2016

• Controlo e profilaxia

– Identificar e eliminar animais infetados;

– Bom maneio*;

– Vigilância: testar adultos 1x/ano c/ ELISA;

– Animais de substituição provenientes de expl. indemnes; durante a quarentena ELISA.

– Controlo: partos em instalações limpas;

– Alimentar crias c/ colostro de mães seronegativas; Identificar adultos portadores, retestar 6 meses até 2 resultados (-)s consecutivos;

– Vazio sanitário 1 ano→ pastos contaminados;

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5 – PARATUBERCULOSE

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BOM TRABALHO!

57 Patologia e Clínica das Doenças Infeciosas,

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