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FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS (FIFE)
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS (FEF)
ANA PAULA COSTA VASCONCELOS ELAINE DALBELO
JOYCE MARA B. BORGES PAULA VANESSA MARETTI DE CARVALHO
PERFIL DOS ANTIMIROBIANOS MAIS UTILIZADOS NO MUNICÍPIO
DE VITÓRIA BRASIL-SP
FERNANDÓPOLIS/SP
2012
ANA PAULA COSTA VASCONCELOS
ELAINE DALBELO
JOYCE MARA B. BORGES
PAULA VANESSA MARETTI DE CARVALHO
PERFIL DOS ANTIMICROBIANOS MAIS UTILIZADOS NO MUNICÍPIO
DE VITÓRIA BRASIL-SP
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Banca Examinadora do Curso de Graduação em
Farmácia da Fundação Educacional de
Fernandópolis como exigência parcial para obtenção
do título de bacharel em farmácia.
Orientador: Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
FERNANDÓPOLIS – SP
2012
PERFIL DOS ANTIMICROBIANOS MAIS UTILIZADOS NO MUNICÍPIO
DE VITÓRIA BRASIL-SP
Trabalho de conclusão de curso aprovado como
requisito parcial para obtenção do título de
bacharel em farmácia.
Aprovado em: 30 de novembro de 2012.
Banca examinadora Assinatura Conceito
Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli
Profa.Vanessa M. Rizzato Silveira
Prof. Ocimar Antonio de Castro
Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli
Presidente da Banca Examinadora
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho primeiramente a
Deus, pois sem ele, nada seria possível, e
nossos sonhos não seriam concretizados.
Aos nossos pais, que sempre nos deram
apoio, e estiveram presentes acreditando
em nosso potencial, nos incentivando na
busca de novas realizações e descobertas.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a DEUS, pois sem ele não teríamos força para
essa longa jornada, ao nosso orientador Roney que nos ajudou na conclusão desse
trabalho, aos nossos familiares que sempre nos apoiaram em nossas decisões, e
nossos amigos que de alguma forma contribuíram para a realização desse trabalho.
Uma pessoa grande se faz de pequena para tornar pessoas
verdadeiramente grandes
(Augusto Curi)
RESUMO
A utilização inadequada dos antimicrobianos gera grandes preocupações quanto aos
problemas propiciados pelo seu uso indevido. Os índices elevados da população
que realiza a utilização de antimicrobianos de forma errônea e muitas vezes
desconhecendo aspectos importantes para eficácia do tratamento e prevalecendo
como consequência aumento no nível de resistência bacteriana. O desconhecimento
quanto ao diagnóstico, posologia adequada, e outras informações e orientações
sobre o uso racional de antimicrobianos são um dos principais problemas na
utilização dessa classe de medicamentos. O objetivo do presente estudo foi analisar
os antimicrobianos mais utilizados com um enfoque no uso indiscriminado e a
importância da atenção farmacêutica no âmbito da população de Vitória Brasil. O
método presente para está analise foi através de um questionário, onde foram
realizadas 120 entrevistas, dentre essa população foi maior do sexo feminino, com
idade entre 21 a 30 anos. O antimicrobiano mais utilizado foi a amoxicilina com
52,36%. Com enfoque nas prescrições cerca de 42%, não faz utilização da
prescrição médica, fato este que evidencia a automedição, consequentemente
proliferando efeitos adversos e desenvolvimento de uma possível resistência
bacteriana. Cerca de 63% revela realizar automedição. Apenas 24% recebem
informações sobre o que pode acarretar o uso indevido de antimicrobianos. Em
relação aos efeitos adversos 40% relatam ter percebido. Os dados obtidos com a
pesquisa sugerem que o uso dos antimicrobianos é feita pela população de forma
indevida decorrente da falta de conhecimentos e informações explicitas quanto ao
seu uso, encontrou-se ainda, no presente estudo a falta de atenção farmacêutica, o
que leva a população a realizarem utilizações inadequadas dessa classe de
medicamento, os dados encontrados sugerem que o uso de antimicrobianos é feita
de maneira empírica, sem controle dos riscos que podem proliferar o uso
indiscriminado.
Palavras-chave: antimicrobianos; uso indiscriminado de antimicrobianos; resistência
bacteriana; atenção farmacêutica.
ABSTRACT
Improper use of antimicrobials generates great concerns about problems propitiated
by its misuse. High rates of the population which carries the use of antimicrobials and
often erroneously ignoring important aspects to prevailing treatment efficacy and as a
consequence increased level of bacterial resistance. Ignorance regarding diagnosis,
appropriate dosage, and other information and guidance on the use of antimicrobials
is a major problem in the use of this drug class. The aim of this study was to analyze
the most commonly used antimicrobials with a focus on the indiscriminate use and
importance of pharmaceutical care within the population of Brazil Victoria. The
method is for this analysis was through a questionnaire, where 120 interviews were
conducted among this population was higher than females, aged 21 to 30 years. The
most commonly used antibiotic was amoxicillin with 52.36%. Focusing on
prescriptions about 42%, it makes use of prescription drugs, a fact that highlights the
automedição thus proliferating adverse effects and possible development of bacterial
resistance. About 63% automedição reveals perform. Only 24% receive information
about what can cause the misuse of antimicrobials. Regarding adverse effects 40%
report having noticed. The data obtained from the survey suggest that the use of
antimicrobials is made by people improperly due to the lack of explicit knowledge and
information about their use, also met in the present study the lack of pharmaceutical
care, which leads to population to carry out inappropriate uses of this class of drug,
the findings suggest that the use of antimicrobials is such empérica, without control
of the risks that can proliferate indiscriminate use.
Key words: antimicrobial, indiscriminate use of antimicrobials, bacterial resistance;
pharmaceutical care.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Percentual de indivíduos avaliados de acordo com o sexo. ..................... 36
Gráfico 2: Percentual de indivíduos avaliados de acordo com a faixa etária............. 37
Gráfico 3: valores percentuais do nível de conhecimento sobre antimicrobianos dos
indivíduos avaliados. ................................................................................................. 38
Gráfico 4: Frequência do uso de antimicrobianos. .................................................... 39
Gráfico 5: Utilização de prescrição médica para aquisição de antimicrobiano. ......... 41
Gráfico 6: Automedicação com antimicrobianos. ...................................................... 42
Gráfico 7: Sabe que o uso incorreto de antimicrobianos pode levar a resistência
bacteriana? ................................................................................................................ 43
Gráfico 8: Foi percebido resistência bacteriana durante a terapia medicamentosa. . 45
Gráfico 9: Apresentação de efeitos adversos. ........................................................... 46
Gráfico 10: Antimicrobianos mais utilizados. ............................................................. 47
Gráfico 11: Tem conhecimentos sobre as interações medicamentosas? ................. 48
LISTA DE ABREVIATURAS
6 APA - ácido 6- aminopenicilânico
AINES - antiflamatório não- esteroidal.
ANVISA − Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
OMS - Organização Mundial da Saúde.
PRM - Problemas relacionados ao medicamento.
SUS - Sistema Único de Saúde.
UBS - Unidade Básica de Saúde.
SUMÁRIO
INTRODÇÃO..............................................................................................................12
1. A HISTÓRIA DOS ANTIMICROBIANOS ........................................................... 14
1.1 Resistência bacteriana .................................................................................. 14
2. ANTIMICROBIANOS ...................................................................................... 15
2.1 Classificação dos antimicrobianos .............................................................. 16
3. PENICILINAS ..................................................................................................... 17
3.1 Classificação das penicilinas ........................................................................ 17
3.2 Amoxicilina ..................................................................................................... 20
4. CEFALOSPORINAS .......................................................................................... 21
4.1 Cefalexinas ..................................................................................................... 23
5. MACROLÍDEOS ................................................................................................. 24
5.1 Azitromicinas .................................................................................................. 24
6. QUINOLONAS ................................................................................................... 25
6.1 Norfloxacino ............................................................................................... 28
6.2 Ciprofloxacino ................................................................................................ 29
7. USO INDISCRIMINADO DE ANTIMICROBIANOS ............................................ 30
8. ATENÇÃO FARMACÊUTICA ............................................................................ 31
9. OBJETIVO ...................................................................................................... 34
9.1 Objetivos gerais ............................................................................................. 34
9.2 Objetivos específicos .................................................................................... 34
10. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 35
11. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 36
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 50
13. CONCLUSÃO ................................................................................................. 51
REFERENCIA............................................................................................................52
12
INTRODUÇÃO
Os antimicrobianos são elementos químicos terapêuticos antibacterianos
mais amplamente distribuídos pelo mundo. O seu amplo uso é de suma importância
na manutenção da saúde humana. Possuem extensos agentes antimicrobianos que
foram utilizados e ainda são utilizados desde a origem dos primeiros
antimicrobianos, sendo modificados constantemente pelo avanço civilizacional.
O uso constante de antimicrobianos tem possibilitado não só qualidades
benéficas no tratamento terapêutico de enfermidades, mas como também levou ao
uso próprio incorreto propriamente dito. Segundo Aquino (2008) a irracionalidade no
uso de medicamentos principalmente de antimicrobianos compõe se uns dos graves
problemas da saúde pública levando a consequências econômicas e terapêuticas, e
citou que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) realizara um
estudo relatando que 50% dos medicamentos prescritos são usados
indiscriminadamente, 75% dos antimicrobianos dispensados tem algum erro na
prescrição e 2/3 dos antimicrobianos utilizado em vários países não apresentam
prescrição(BARRETO, 2011).
O uso irracional de antimicrobianos podem oferecer várias consequências,
seja para a saúde pública como para os microorganismos. Os constantes
tratamentos terapêuticos ineficientes por parte dos prescritores ou pelos usuários
utilizam-los sem indicação médica, podem ocasionar vários riscos. Segundo Papine,
et al., (2008) a utilização indiscriminada e equivocada de antimicrobianos facilita o
surgimento de bactérias e outros microorganismos cada vez mais resistentes,
reduzindo a eficiência medicamentosa. Internações mais longas, o uso de
antimicrobianos mais orenosos e mais tóxicos são algumas das consequências do
uso inadequado dessas drogas, o que, além de dificultar e encarecer os tratamentos
pode até impossibilitá-los.
De acordo com Wannmacher (2004), a resistência bacteriana é uma
situação mundialmente preocupante, sendo objeto das mais recentes publicações
sobre antimicrobianos, estes fármacos afetam não apenas o usuário do
medicamento, mas todo o ecossistema onde ele está inserido, com repercussões
potenciais importantes. E segundo Oliveira et al., (2010) citado por Hass et al.,
(2006) relataram que as taxas de morbidade e mortalidade relacionadas às
infecções causadas por microorganismos resistentes são elevadas e acarretam
13
aumento substancial dos custos da assistência à saúde, especialmente entre a
população mais jovem, idosos e indivíduos imunocomprometidos.
A racionalização do consumo de antimicrobianos precisa ser objetivo de
todos os profissionais da saúde, destacando-se entre eles os prescritores (médicos,
veterinários e odontólogos), farmacêuticos e seus auxiliares, usuários, governo e,
inclusive, a indústria farmacêutica (OLIVEIRA et al., 2010). A escolha racional dos
antimicrobianos deve ser feita de maneira cautelosa por meio de diagnósticos
clínicos laboratoriais e conhecimentos dos agentes geradores da infecção. A escolha
do profissional adequado e habilitado é de suma importância e de responsabilidade
médica farmacêutica (SOBRAVIME, 2001).
A escolha do tema deste trabalho teve como proposta mostrar qual o
antimicrobiano mais utilizado no município de Vitória Brasil, e o conhecimento das
pessoas sobre o uso indiscriminado de medicamento.
Verificamos que a atenção farmacêutica é fundamental para que se tenha
sucesso na terapia, melhorando a qualidade de vida do paciente, aderência ao
tratamento e consequentemente para que não haja nenhum problema relacionado a
medicamento principalmente por antimicrobianos.
14
1. A HISTÓRIA DOS ANTIMICROBIANOS
Os antimicrobianos foram descobertos “por acaso” por Alexander Fleming na
Segunda Guerra Mundial, desde então tem sido muito utilizado em todo o mundo.
(CALIXTO.,2012). Antimicrobianos são substancias sintéticas ou não que foram
utilizados na terapia de doenças gerada por algum tipo de infecção (ATHENEU et
al.,2008).Eles atuam ”matando” ou inibindo o crescimento da bactéria (CIQUEIRA.,
2006).
1.1 Resistência bacteriana
A resistência bacteriana vêm sendo um dos grandes problemas encontrados
no uso dos antimicrobianos. A melhor escolha nem sempre é feita da maneira
correta, muitas vezes o medico não faz analises microbiológicas antes da escolha do
medicamento, assim não respeitam as características microbianas para a melhor
escolha farmacológica. Há dois tipos de resistência, uma originaria de mutação e
outra transferível (SILVA., 2006).
A mutação acontece espontaneamente e resulta da replicação do DNA.
Geralmente envolve deleção, substituição ou adição de um ou mais pares na bases,
modificando a composição dos aminoácidos de alguns peptídeos. Esse processo de
mutação ocorre na presença ou ausência dos antimicrobianos o que é cabível a
droga é a seleção dos mutantes (BRUTON., LAZO., PARKER, 2007).
Resistência transferível é a troca de material genético entre microorganismo,
e um começa a apresentar características contidas no gene adquirido e é onde
contém as informações para a resistência apresentando como: transformação,
transdução, conjugação e transposição. Na transformação, ocorre a lise do
microorganismo, liberando o material genético para o meio, assim outra bactéria
capta o DNA adicionando ao seu genoma. Para que esse processo ocorra a
receptora tem que estar apta para receber o material. Transdução, ocorre através da
incorporação por acaso do DNA da bactéria por meio de um bacteriófago durante a
infecção celular. Esse bacteriófago lisa a célula introduzindo e infectando o DNA
com o gene de resistência . Esse processo acontece em bactérias da mesma
espécie. A conjugação é um processo que requer contato físico, bactéria – bactéria,
em que uma das células, a doadora, transfere através de fimbria ou plus sexual o
material genético a outra chamada receptora (FIOL et al.,2008).
15
2. ANTIMICROBIANOS
Distribuem-se em diversas classes farmacológicas com cada qual diferem
em seu espectro de ação, estrutura química, mecanismo de ação e modo de ação:
Penicilinas; Cefalosporinas; Carbapenemas; Monobactâmicos; Inibidores de
beta-Lactamases; Polipeptídeos; Glicopeptídeos; Lincosaminas; Macrolídeos;
Tetraciclinas; Aminoglicosídeos; Anfenicóis; Sulfonamidas; Quinolonas;
Oxazolidinonas; Rifocinas.
Segundo Oliveira, (2008) os agentes antibacterianos beta-lactâmicos podem
ser classificados pelos seguintes mecanismos de ação:
Inibidores da síntese da parede celular bacteriana;
Antagonistas de folato;
Inibidores da síntese de proteína;
Quinolonicos;
Fármacos antimicobactérias;
Antibióticos com ação predominante sobre protozoários. (?)
As principais classes de antibióticos beta-lactâmicos de ação inibitória sobre
a síntese de peptideoglicanos da parede celular bacteriana são as Penicilinas,
Cefalosporinas, Carbapenêmicos e Monobactâmicos. Com seu efeito bactericida,
destroem a parede celular ligando-se sobre enzimas específicas bacterianas
causando a morte. Os antagonistas de folato são os antibióticos com ação
bacteriostática. Os antibióticos pertencentes a essa classes são as Sulfonamidas e
Trimetoprimas. Agem sobre a inibição da produção de ácido fólico pelas bactérias
impedindo seu desenvolvimento e multiplicação.Os fármacos responsáveis sobre a
inibição da síntese de proteínas dos microoganismos são os Aminoglicosideos,
Tetraciclinas, Macrolídeos, Anfenicóis e Lincosamidas. Podem ter ação bactericida e
bacteriostática. As propriedades químicas desses fármacos atravessam a parede
celular ligando à proteínas receptoras especificas principalmente aos ribossomos
(subunidade 30S e/ou subunidade 50S) bloqueando a produção de proteínas
bacterianas.Os medicamentos quinolonicos ou quinolonas agem interferindo na
síntese de DNA bacteriano. Esses fármacos agem sobre a enzima denominada DNA
16
girase ou topoisomerase II impedindo a produção de DNA fundamental para a
duplicação dos microorganismos.Os antibióticos antimicobacterianos beta-
lactamicos desse grupo são as Rifocinas. São drogas utilizadas para tratamento de
tuberculoses.
2.1 Classificação dos antimicrobianos
a. Classificação química:
Açucares;
Aminoácidos;
Acetatos, proprionatos;
Outros.
b. Classificação pelo modo de ação:
Bactericida: lise da parede bacteriana é letal para a bactéria
Bacteriostatico: inibe o metabolismo e reprodução da bactéria
c. Classificação pelo espectro de ação:
Bactérias Gram-Positivas: penicilinas, cefalosporinas, macrolideos,
bacitracina;
Bactérias Gram-Negativas: aminoglicosideos;
Amplo espectro de ação (Gram + e Gram -): cloranfenicol, cefalosporinas,
ampicilina;
Micobactérias: aminoglicosideos, rifamicinas, macrolídeos;
Fungos: nistatina, griseofulvina, anfotericina B;
Protozoários: anfotericina B, tetraciclina;
Riquétsias, Micoplasmas e Clamídias: macrolídeos, tetraciclinas,
cloranfenicol.
Espiroquetas: penicilinas, eritromicina, tetraciclinas
17
3. PENICILINAS
O tão cobiçado poder da cura deu inicio graças à descoberta fascinante do
primeiro antibiótico pelos cientistas, a penicilina. Em meados do ano de 1928, o
pesquisador bacteriologista inglês Alexander Fleming pesquisava com seus
microorganismos bacterianos e ocasionalmente em uma de suas culturas acabaram
sendo contaminadas por um bolor do fungo do gênero Penicillium notando ausência
de bactérias, mais tarde, foi descoberto que o fungo produzia uma substância
química bactericida denominando-a de Penicilina (CALIXTO et al., 2012). A partir
desta descoberta importante permitiu um avanço da medicina em resposta a
sanidade da população humana por suas propriedades anti-bacterianas.
3.1 Classificação das penicilinas
A diversidade de antibióticos penicilâmicos existentes atualmente é
classificada de acordo com a potência, variando de acordo com a concentração do
fármaco que chega até o microorganismo e a sensibilidade deste (PAINE et al.,
2008).
Segundo Oliveira, (2008) o modo de ação das penicilinas pode ser
classificado como: Bactericidas (causa a morte dos microorganismos) e
Bacteriostáticas (impedem o desenvolvimento bacteriano e consequentemente a
multiplicação dos microrganismos sem causar morte).
Abaixo, seguem exemplos de alguns fármacos:
a. Penicilinas naturais
Classes de penicilinas de primeira geração. Foram obtidas através da
fermentação do fungo Penicilium sp, extraindo penicilinas F, G, K, O, X e V,
portanto, somente a G e a V são utilizadas comercialmente.
18
Considera-se penicilinas naturais, tais como: Benzilpenicilina ou penicilina G;
penicilina G procaína; penicilina G benzatina; penicilina V ou Fenoximetilpenicilina
(OLIVEIRA., 2008).
b. Penicilinas semi-sintéticas
São derivados de produtos naturais que passaram por transformações
químicas (OLIVEIRA, 2008). As classes de penicilinas semi-sintéticas, de acordo
Muro et al., (2009) citado por Greenberger, (1996) são antibióticos de amplo
espectro de ação, visando obter maior eficiência na grande maioria dos agentes
infecciosos. A segunda geração de penicilinas é denominada de alfa-
aminobenzilpenicilinas que englobam a amoxicilina e análogos como: hetacilina,
metanpecilina, pivancilina e bacamicilina; amoxicilina e ciclacilina.
A terceira geração de penicilinas pertence ao grupo das alfa-
carboxibenzilpenicilinas ou antipseudomononas, exemplos: carbenicilinas,
indanilcarbenicilina e a ticarcilina. São sensíveis a ação das enzimas beta-lactames.
Os grupos pertencentes às penicilinas de quarta geração são: acilureidopenicilina
(azlocilina e mezlocilina) e a piperazilinopenicilina (piperacilina). São sensíveis a
ação gástrica (MURO et al., (2009) citado por HOOSEN, 1995).
Possui outro grupo de penicilinas denominadas antiestafilocócicas, são
resistentes a ação das enzimas penicilinases, tais como: oxacilina, nafcilina,
cloxacilina e dicloxacilina (OLIVEIRA., 2008).
Mecanismo de ação
A estrutura química beta-lactâmica das penicilinas inibem a síntese da
parede celular bacteriana. Quando os antibióticos entram em ação contra
microorganismos procariontes gram-positivos e/ou gram-negativos os anéis beta-
lactâmicos ligam-se em receptores específicos da parede celular bacteriana
bloqueando ou inativando a enzima de transpeptidação responsável pela síntese de
peptideoglicano, interferindo na funcionalidade normal destas. Podem, no entanto,
em decorrência desta ação provocar lise da parede celular procariótica levando a
morte (ação bactericida) e/ou interferir no crescimento e duplicação das bactérias
sem causar morte (bacteriostático) (PAPINE et al., 2008).
19
Efeitos adversos
As penicilinas praticamente não possuem efeitos adversos significantes em
humanos. Sua baixa toxicidade permite um bom desempenho terapêutico e seguro.
Os efeitos adversos mais comumente relatados são as reações alérgicas após o
tratamento com penicilinas, a sensibilidade predispõe uma serie de reações
decorrentes da alteração molecular das penicilinas pela biotransformação, formando
antígenos pela ligação com proteínas do sangue desencadeando uma resposta
imune e consequentemente liberando altas concentrações de histamina (OLIVEIRA.,
2008).
Outros efeitos adversos que podem ser observados, exemplos:
Dor no local de administração;
Erupções cutâneas;
Febre;
Alteração da flora intestinal (administração por VO);
Alterações plaquetárias (maior tempo de hemostasia);
Choque anafilático agudo (raramente);
Convulsões em pacientes com insuficiência renal (superdosagem).
Interações medicamentosas
Ocorre antagonização das penicilinas quando associadas com fármacos não
penicilinicos bacteriostáticos como: macrolídeos.No entanto, em algumas ocasiões,
utilizam-se associações medicamentosas com macrolídeos na obtenção de efeito
antagônico sobre o efeito bactericida das penicilinas, é bastante importante
administrar a penicilina algumas horas antes da administração do antibiótico
macrolideo.
Em outros casos, as penicilinas não são recomendadas a serem associadas
com anticoncepcionais orais, anticoagulantes orais, beta-bloqueadores e
antiinflamatórios não-esteroidais (AINES). Anticoncepcionais orais quando
administrados fazendo uso medicamentoso da penicilina, consequentemente pode
ocorrer uma considerável diminuição do efeito contraceptivo. Os anticoagulantes
20
orais também podem sofrer interações medicamentosas com a penicilina gerando
um aumento da metabolização dos dois fármacos, o que pode interferir no
mecanismo de ação dos anticoagunlantes, e gerar uma redução em seu efeito
anticoagulante. Os beta-bloqueadores exigem bastante cuidado quando
administrados fazendo uso medicamentoso da penicilina, pois uma vez que estes
medicamentosos geram uma redução da absorção gastrointestinal,
consequentemente levando o individuo que faz uso destes medicamentos a
sofrerem um possível risco de taquicardia. Os antiinflamatórios não-esteroidais
(AINES) e as penicilinas quando são administradas podem gerar interações
medicamentosas, devido a competição por sítios de união em proteínas plasmáticas,
e esse fato pode ocasionar um considerável aumento do efeito tóxico dos fármacos
(PAPINE et al., 2008).
3.2 Amoxicilina
A criação da amoxicilina, ocorreu após a introdução de um grupo de p-
hidroxilo, na cadeia lateral das penicilinas.com isso observou-se que aumentava a
absorção do composto pela via gastrointestinal (FREITAS., 2006).
Indicação
Sua ação é de largo aspecto, utilizado contra gram positivos e gram
negativo, é largamente efetivo contra L. monocytogenes( BRUNTON., LAZO.,
PARKER,2007)
Efeitos adversos
Pode apresentar cansaço, erupção cutânea, coceira, raramente coceiras,
diarréia, vômito, náuseas (VADE-MÉCUM., 2008/2009).
Interação medicamentosa
Se administrado junto com contraceptivos observa-se aumento do
metabolismo, reduzindo o efeito do contraceptivo (FUCHS et al., 2004 ).
21
4. CEFALOSPORINAS
De acordo com Papine et al., (2008) a cefalosporina foi descoberta a partir
de um fungo, Cephalosporium acremonium, em 1954. Ela é classificada de acorda
com suas gerações; em primeira, segunda, terceira e quarta gerações.
Cefalosporina de 1ª Geração:
Possui boa atividade em cocos gram-positivos;
Enterococos possuem resistência;
Sua atividade em bacilos gram-negativos está restrita a Escherichia coli.
(cefalexina, cefalotina, cefazolina)
Cefalosporina de 2ª Geração
Cefuroxima: Atividade em cocos gram-positivos;
Cefamicina: age em bactérias gram-negativas, e tem menor espectro de
atividade em gram-positivas ( cefaclor, cefuroxima, cefoxitina).
Cefalosporina de 3ª Geração:
Possuem atividade em bacilos gram-negativos (ceftazidima)
Cefalosporina de 4ª Geração:
Possuem boa atividade em microorganismos gram-positivos e gram-
negativos (cefepima, cefpiroma).
Mecanismo de ação
A estrutura química beta-lactâmica das penicilinas inibem a síntese da
parede celular bacteriana. Quando os antibióticos entram em ação contra
microorganismos procariontes gram-positivos e/ou gram-negativos os anéis beta-
lactâmicos ligam-se em receptores específicos da parede celular bacteriana
22
bloqueando ou inativando a enzima de transpeptidação responsável pela síntese de
peptideoglicano, interferindo na funcionalidade normal destas. Podem, no entanto,
em decorrência desta ação provocar lise da parede celular procariótica levando a
morte (ação bactericida) e/ou interferir no crescimento e duplicação das bactérias
sem causar morte (bacteriostático).
Efeitos adversos
Foram relatados efeitos adversos dentre as classes das cefalosporinas:
Hipersensibilidade como rash cutâneo;
Urticária (raramente relatada);
Anafilaxia (raramente relatada);
Eosinofilia;
Trombocitose;
Confusão mental;
Confulsões (Normalmente com administração de doses excessivas (altas) em
pacientes que apresentem insuficiência renal).
Interações medicamentosas
Alimentos: Os alimentos podem ocasionar a diminuição da absorção das
cefalosporinas. O ideal seria administrar esse medicamento respeitando um
intervalo entre a alimentação e a administração do próprio medicamento.
Probenicida: As penicilinas, geralmente, podem ser interagidas com outros
fármacos a fim de potencializar a ação. A associação de penicilinas com
probenicida eleva em a meia-vida sérica.
Aminoglicosideos: Os aminoglicosídeos não podem ser interagidos
farmacologicamente com as carboxipenicilinas e as ureidopenicilinas. Pode
ocorrer inativação das penicilinas aminoglicosídicas, portanto, não devem ser
administradas conjuntamente.
Diuréticos: O ideal seria não administrar diuréticos conjuntamente com
cefalosporina, visando que possa ocorrer uma possível ação tóxica, devido há
23
um aumento da concentração de renina e/ou de cefalosporina localizadas no
interior das células renais.
Anticoagulantes Orais: O anticoagunlante quando administrado
conjuntamente com cefalosporinas pode interagir e como conseqüência potencializar
sua ação, com isso ocasionar hemorragia.
4.1 Cefalexinas
É uma cefalosporina de primeira geração. Sua principal ação é contra
bactéria gram positivas e tem pouca ação contra bactérias gram negativa, sua ação
é feita pela quebra da parede celular da bactéria. A cefalexina pode ser administrada
junto com alimentos, tem uma absorção rápida, e atinge sua concentração
plasmática uma hora após sua administração (BRUNTON., LAZO., PARKER, 2007).
Indicações
É eficaz contra bactérias gram positivas, lesões menores provocadas por
bactérias estafilocócocicas, infecções das vias urinárias, infecções como celulite e
abscesso de tecidos moles (KATZUNG.,2006).
Efeitos adversos
Os mais comuns são diarreia, o uso de cefalexina pode ocorrer reação da
glicose na urina com resultado falso positivo (VADE-MÉCUM., 2008/2009).
Interações medicamentosas
Quando administrada junto com acetilsalicílico aumenta o risco de
sangramento. Administrado com metilmicina potencializam a toxidade renal da
metilmicina (VADE-MÉCUM., 2008/2009).
24
5. MACROLÍDEOS
Os macrolídeos são compostos por um anel de lactona onde esses estão
fixados em um ou mais açucares (PAPINE et al., 2008).
Mecanismo de ação
São quimioterápico bacteriostático, que inibe a síntese de proteína através de uma ligação reversível às subunidades ribossômicas 50s de microorganismos sensíveis impedindo reações de translocação e transpeptidação (BRUNTON et al.,2007).
Efeitos adversos
Raramente apresentam afeitos adversos graves, os mais comuns são
reações alérgicas, raramente febre, eosinofilia, e erupções cutâneas (BRUNTON.,
LAZO., PARKER, 2007).
Interações medicamentosas
Macrolídeos usado simultaneamente com carbamazepina, aumenta o efeito
sobre a concentração plasmática do antipirético. Se administrado junto com teofilina
aumenta os níveis séricos da mesma, por retardo na eliminação (FUGHS et al.,
2006).
5.1 Azitromicinas
Antimicrobianos semi-sintético derivado da eritromicina. Ela é diferente da
eritromicina por causa de um átomo de nitrogênio no anel lactâmico. Essa
modificação fez com que a azitromicina seja de ação mais ampla contra alguns
microorganismos gram negativo e proporcionando uma melhor penetração nos
tecidos, aumentando a meia-vida do fármaco (SILVA, 2006).
25
Indicações
A uma maior efetividade, contra microorganismos gram negativos e menos
contra gram positivo.É eficaz contra M.avium e T.gondii, H influenzae e Clamidias.
Sua eficácia é menor contra estafilococos e estreptococos (KATZUNG et al.,2006).
Efeitos adversos
Tem baixa incidência de efeitos adversos, mas foram observados
moderadamente diarréia, vômito, náuseas (VADE-MÉCUM, 2008/2009).
Interações medicamentosas
A azitromicina se administrada juntamente com a carbamazepina tem que
ser observado e monitorados os níveis da carbamazepina. Se usado junto com ácido
retinóico pode aumentar o nível séricos e da toxicidade do mesmo (VADE-MÉCUM.,
2008/2009).
6. QUINOLONAS
As quinolonas ou flúorquinolonas são uma classe de antimicrobianos que
abrange varias infecções bacterianas esses, antimicrobianos são muito usados pela
população brasileira, em infecções mais fortes, os mais conhecidos são
ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino ,acrosoxacino e pefloxacino esses são
fármacos que se dividem em segunda terceira e quarta geração. A cinoxacino e o
ácido nalidíxico são fármacos que não tem tanta ação antibacteriana no trato
urinário, o ácido nalidíxico foi a primeira forma sintetizada de quinolona, este
fármaco não é fluorado, portanto não se pode chamar de fluorquinolona, porem os
outros de segunda geração são fluorados como o ciprofloxacino e o norfloxacino,
podemos então chamá-lo de flúor quinolonas o que se diz fluorado isso porque
apresenta uma molécula de flúor fazendo com que essa classe seja mais potente
contra as infecções bacterianas (LIMA et al., 2001).
26
Essa classe tem como agentes atuantes na inibição, a topoisomerase II
(uma DNA girase) a também enzimas que produzem uma superespiral negativa do
DNA que permite a transcrição ou replicação sendo assim que em geral as
quinolonas agem na síntese de proteínas do DNA da bactéria para conseguir então
levar a lise das bactérias (SILVA, 2006).
As quinolonas começou seu uso em 1962, por Lesher e Cols. , que relatarão
o ácido nalidíxico, que foi o que originou as 4-quinolonas. (JACKSON., LOONEY.,
HAMINTON, 1997).
Porém na década de 80 encontrou novas quinolonas, pela mudança
estrutural sendo assim que houve a adição de um átomo de flúor na posição 6 e do
grupo piperazínico na posição 7 do núcleo básico de 4-quinolonas essa descoberta
veio então acrescentar, um grande avanço para terapias com antimicrobianos assim
tratando com sua ação antibacteriana maior e um campo de ação mais amplo por
ser uma droga bem absorvida no sistema gastrointestinal e uma excelente
distribuição tecidual e com relatos de efeitos colaterais menor (KATZUNG, 2006).
Mecanismo de ação
As quinolonas tem o mecanismo de ação agindo na lise das bactérias no
DNA da bactéria fazendo com que a síntese de proteínas não ocorra eles agem na
topoisomerase assim como essa enzima é importante para ajudá-la a manter a
replicação então as quinolonas age exatamente ai fazendo que elas não se
repliquem mais causando a lise da bactéria (BRUNTON., LAZO., PARKER, 2007).
As quinolonas, são absorvidas rapidamente pela via oral, sua maior
concentração sérica aparece entre 1 á 2 horas, a uma melhor absorção quando
ingerido 2 horas após as refeições, nos idosos pode haver um atraso na
concentração máxima, isso ocorre em pacientes idosos e com grave deteriorização
da função renal (JACKSON., LOONEY., HAMINTON, 1997).
Efeitos adversos
Os efeitos adversos mais relatados é náusea, vômitos, diarréia, desconforto
gástrico, dispepsia e flatulência a casos entre 3 a 6%, isso em drogas que age na via
oral. A também relatos de efeitos colaterais no sistema nervoso central em cerca de
27
0,9 a 11% dos pacientes que tem os seguintes sintomas: tonturas, cefaléia, astenia,
agitação, insônia, sonolência, ansiedade ou depressão, o uso elevado de
norfloxacina e ciprofloxacina por tempo prolongado esta levando pacientes
apresentar cristaluria. Também possui casos esporádicos de lesão tubular renal e
nefrite intersticial, também foi relatado (FUCHS et al., 2006).
Interações medicamentosas
As quinolonas com anticoagulantes orais, hipoglicemiantes orais e
antiinflamatórios potencializa a ação pela afinidade com as proteínas plasmáticas. O
norfloxacino bloqueia a secreção tubular da cinoxina que então diminui a ação de
eliminação de urina e prolonga sua meia vida e sua concentração sérica. A acidez
da urina também aumenta a ação antibacteriana das quinolonas pela diminuição da
velocidade de eliminação urinaria que então sobe o risco de cristaluria. A
nitrofurantoina também cessa a ação antibacteriana do ácido nalidíxico, as
quinolonas de segunda terceira e quarta geração também aumentam as
concentrações séricas da teofilina. Ocorre um aumento de teofilina sérica e
importante com a enoxacina (111%) e com menor importância na utilização com
ciprofloxacino (23%),ofloxacino(12%) e pefloxacino (20%) e indicado que faça
freqüentemente a monitoração de níveis plasmáticos da teofilina em pacientes em
uso dessa droga com alguma quinolona. Os antiácidos que tem alumínio ou
magnésio cessa a absorção gastrointestinal das quinolonas, diminuindo a
biodisponibilidade dessas drogas não fazendo assim o uso das duas ao mesmo
tempo como o sucralfato que tem íons de alumínio e sua composição. Também
possui relatos de que usar as quinolonas com AINES (antiflamatorios não-
esteróidais) pode aumentar o efeito estimulante central das quinolonas.
Normalmente, antagonistas de bomba de prótons e anti H2 não aponta nem uma
interferência significativa na absorção das quinolonas, a não ser a ranitidina. A
ranitidina diminui a absorção em ate 60% da enoxacina e o omeprazol reduz
absorção da trovafloxacina em 17% sulfato ferroso e complexo multivitamínico que
tenha zinco também pode diminui a absorção das quinolonas (RANG et al., 2004).
28
6.1 Norfloxacino
O norfloxacino foi à primeira fluorquinolona patenteada e com potente
espectro de eficácia contra infecções bacterianas, abrangendo maior eficácia, como
fármaco de primeira escolha foi sintetizado e patenteado em 1978, e foi assim a
primeira fluorquinolona a ser patenteada para ser usado em pacientes e animais
resistentes a outros antimicrobianos (JENSEN et al. , 2010).
Indicações
Norfloxacino é indicado a patogenias como, infecções como trato urinário
inferior como, (cistite, uretrite, prostatite agudas e crônicas) e também a indicação
para, pielonefrite, uretrite gonocócica não complicada. Também possui indicações
para fármaco de primeira escolha para combate da tuberculose. (SOUZA.,
Vasconcelos, 2005).
Efeitos adversos
Leves distúrbios gastrointestinais, cefaléias, reações cutâneas, raramente
anomalias, como leucopenia e esinofilia, bilirrubina, creatina (VADE-MÉCUM,
2008/2009).
Interações medicamentosas
Como outros antimicrobianos quinolônicos, o norfloxacino juntamente com
antiácidos pode haver uma diminuição da ação do norfloxaxino, a probenecida há
uma diminuição da secreção tubular renal da droga que levando assim a diminuição
da excreção urinaria do fármaco, levando o aumento de riscos de toxicidade (LACY
et al., 2009).
29
6.2 Ciprofloxacino
Após a descoberta do norfloxacino, em seguida veio a sintetizarão o
ciprofloxacino, que é considerado um importante quimioterápico, e um fármaco de 3ª
geração das fluorquinolonas, com sua eficácia melhor e sua absorção mais eficaz, o
ciprofloxacino é um fármaco relativamente caro porem já distribuído na rede pública
de saúde no Brasil (PITA., PRATES., FERRAZ, 2004).
Indicações
O ciprofloxacino é indicado a infecções pulmonares, relacionada a vias
respiratórias tais como, broncopneumonia, pneumonia lombar, bronquite aguda,
bronquiectasias, empiemia, a também infecções do trato geniturinário como as
uretrites complicadas, pielonefrite ,prostatite, e gonorréia. Infecções ósseas ou
osteoarticulares como à osteomielite, artrite séptica. A também indicação para
infecções gastrointestinais que são as diarréias infecciosas e febre entérica.
Infecções sistêmicas graves: septcemias, bacteremias, infecções das vias biliares,
pélvicas e otorrinolaringológicas (VADE-MÉCUM et al., 2008/2009).
Efeitos adversos
Raramente provoca náuseas, diarréias, dispepsia, pode apresentar
vertigens, cefaléias, cansaço, insônia, raramente sudorese, convulsões e ansiedade.
(KATZUNG, 2006).
Interações medicamentosas
A teofilina administrada com ciprofloxacino ou qualquer outra quinolonas, os
níveis séricos da mesma se elevam. Juntamente com ciclosporinas, a um aumento
dos valores séricos da creatinina, se houver administração de antiácidos como
hidróxido de magnésio ou alumínio só se deve administrar uma hora ou duas horas
depois da ingestão de ciprofloxacino (VADE-MÉCUM., 2008-2009)
30
7. USO INDISCRIMINADO DE ANTIMICROBIANOS
No Brasil cerca de 80 milhões de pessoas se auto-medicam. A
automedicação é uma pratica realizada por pacientes, a fim de obter benefícios no
tratamento das doenças e promover o alivio de sintomas (ARRAIA et al., 1997).
Esta pratica é realizada pelo fato da facilidade que as pessoas têm na
obtenção do medicamento sem receita médica, fazendo a posologia que mais o com
vem, prolongando ou interrompendo o tratamento conforme desejar. Este ato pode
gerar graves consequências, como mascaramento das doenças, efeitos
indesejáveis, interações medicamentosas, resistência bacteriana (CARNEIRO et al.,
2009).
O uso inapropriado de antimicrobianos é um grande problema para saúde
pública. Onde um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que os
antimicrobianos está entre os medicamentos mais prescritos, sendo que 50% do seu
uso é feito sem necessidade (WANNMACHER, 2004).
Vários fatores contribuíram para o uso excessivo, como: a realização de
diagnóstico incerto, a falta de conhecimento sobre o assunto tanto por parte dos que
prescrevem como dos pacientes, sistema de saúde fragilizado, falta de fiscalização,
busca pelo lucro, fatores culturais e econômicos (TAVARES., BERTOLDI., BAISCH,
2008).
O uso indiscriminado de antimicrobianos é um problema mundial, e esse é
um dos principais fatores que contribuem para o aumento da resistência a
antimicrobianos.
Este termo de resistência microbiana refere-se a capas de microorganismos que são capazes de se multiplicar-se em presença de concentrações de antimicrobianos mais altos do que as que provêm de doses terapêuticas dadas a humanos. O desenvolvimento que tem contribuído para o aumento do problema. As taxas de resistência variam localmente da dependência Resistência é um fenômeno biológico natural que se seguiu á Introdução de agentes antimicrobianos na pratica clínica. O uso desmedido e irracional desses agentes tem consumo local de antimicrobianos (Wannmacher, 2004).
São necessárias estratégias para que ocorra a diminuição da resistência a
antimicrobianos, por parte do mundo inteiro, só assim seu efeito total será
31
significativo. O uso racional de medicamentos é uma destas, e tem que ser feito
tanto na atenção individual quanto na saúde publica (TAVARES et al., 2008).
Segundo Scarsela et al., (2011) para que ocorra o uso racional de
medicamentos o paciente tem que receber o medicamento de acordo com sua
necessidade a fim de obter o máximo efeito terapêutico com o mínimo de toxidade,
na dose e posologia adequada, por um tempo correto e satisfatório, com o menor
gasto possível para o paciente e para a saúde publica. O uso racional inclui:
Necessidade do uso da terapêutica medicamentosa;
Indicação adequada, baseada em evidencias clinica;
Escolha do medicamento certo, levando em consideração sua eficácia e
segurança, facilidade ao paciente e de custo acessível;
Posologia e período de tratamento apropriado;
Dispensação correta, com informações sobre o medicamento e seus
possíveis efeitos adversos;
Adesão do paciente ao medicamento;
Acompanhamento ao paciente no período de tratamento.
O farmacêutico tem papel fundamental para que haja o uso racional de
medicamentos, mas para isso eles devem ter conhecimento e capacidade para
tomar decisões sobre a utilização do medicamento. E se necessário fazer a
indicação de um médico para o paciente se achar que a automedicação é
inadequada. O profissional farmacêutico deve sempre prestar a atenção
farmacêutica para toda a população, com o objetivo de diminuir a automedicação e
os problemas relacionados. Visando sempre a melhor qualidade de vida do paciente
(CELLA et al., 2012).
8. ATENÇÃO FARMACÊUTICA
A atenção farmacêutica foi definida pela primeira vez no de 1990, com a
publicação de um artigo escrito por Hapler e Strang que definiu a atenção
farmacêutica como a responsável pelo tratamento terapêutico com o intuito de
alcançar resultados que melhorem a qualidade de vida dos pacientes (FREITAS et
al., 2006).
32
Este conceito foi debatido, aceito e melhorado na reunião da Organização
Mundial da saúde (OMS), que foi realizado em Tóquio, onde o farmacêutico ficou
conhecido como dispensador de atenção e saúde, a atenção farmacêutica tem que
ser direcionada ao publico, atuando junto com a equipe sanitária promovendo a
saúde e fazendo a prevenção das doenças (PEREIRA et al., 2008).
Quase ao mesmo tempo surgiu na Espanha o método de Dader que se
baseia no acompanhamento farmacoterapêutico do paciente, os problemas de
saúde que eles apresentam, e fazer a avaliação dos medicamentos que eles
utilizam, com o objetivo de identificar, prevenir e resolver os problemas relacionados
com o medicamento (PRM) queixados pelos pacientes. Onde logo após a
identificação dos problemas a interferência do farmacêutico a fim de resolver os
problemas relacionado com o medicamento e analisar os resultados obtidos de
maneira sistematizada e documentada (YOKOYAMA et al., 2011).
O termo atenção farmacêutica foi, implantado no Brasil após reuniões feitas
pela organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a organização mundial da
saúde (OMS) e outras organizações relacionadas. Que definiu atenção farmacêutica
como:
“um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde” (BRASIL.,2010)
O relatório fala da valorização do farmacêutico dentre os profissionais de
saúde e da equipe multiprofissional. Enxerga as farmácias como um
estabelecimento de saúde. E fala da incorporação do farmacêutico junto ao Sistema
Único de Saúde, visando que a atenção farmacêutica é uma atividade exclusiva do
farmacêutico (BRANDÃO, 2003).
Pode-se dizer que a atenção farmacêutica começa quando termina a
assistência farmacêutica e é uma ferramenta que veio para facilita a comunicação
do farmacêutico com o usuário de medicamento. Esta pratica tem a finalidade de
33
identificar, resolver e prevenir os problemas relacionados ao medicamento,
buscando avaliar a segurança e efetividade do mesmo, para obter melhores
resultados ao termino da farmacoterapia (PALHANO et al., 2010).
A atenção farmacêutica no Brasil esta em construção, apesar da grande
dificuldade de implantação da atenção farmacêutica nas unidades de saúde, devido
o alto fluxo de usuários de medicamentos, reduzindo o tempo de atendimento ao
paciente. E a dificuldade nas farmácias e drogarias ocorrem devido ao farmacêutico
e ao balconista que estão sempre em busca de comissão de venda e a falta de
tempo para se dedicar ao atendimento mais completo ao paciente. Para uma boa
realização desta pratica é necessário a confiança e respeito entre farmacêutico e o
usuário de medicamento, além de capacitar, preparar e treinar o farmacêutico para a
realização desta nova atividade. Demonstrando o beneficio que a atenção
farmacêutica proporciona como a diminuição das reações adversas, diminuição das
interações medicamentosas, aderência ao tratamento medicamentoso (PEREIRA et
al., 2008).
Com a publicação da RDC n 44/09 houve a regularização da pratica da
atenção farmacêutica em farmácias e drogarias, nesta resolução encontra-se
aspectos regulatórios, qualidade de serviço, estrutura de serviço, processo de
serviço da atenção farmacêutica entre outros que ajudam a fazer uma atenção
farmacêutica com qualidade, segurança e eficiência. Sempre visando a melhora de
qualidade de vida do paciente (ROCHA et al., 2010).
34
9. OBJETIVO
9.1 Objetivos gerais
Verificar qual os antimicrobianos mais utilizado pela população da cidade de
Vitória Brasil SP.
9.2 Objetivos específicos
Verificar: Antimicrobianos mais utilizados pela população de Vitória Brasil-SP
Verificar: o uso indiscriminado da população aos antimicrobianos.
Verificar: a importância da atenção farmacêutica.
Verificar: os conhecimentos da população sobre o risco do uso indiscriminado
de antimicrobianos.
35
10. MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada por meio de um questionário elaborado pelo grupo,
com perguntas especificas e de linguagem simples que esta anexado no apêndice 1,
essas perguntas foram respondidas pela população que fazia uso de
antimicrobianos, foi realizada no mês de setembro de 2012, na unidade básica de
saúde de Vitória Brasil e nas ruas da cidade, também fizemos algumas abordagens
pedindo se poderiam estar respondendo ao questionário.
Tivemos como resultados 120 pacientes de sexo e idade variadas sendo que
todos usaram ou utilizavam antimicrobianos durante o mês de setembro.
36
11. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram analisadas todas as informações necessárias de acordo com a
metodologia aplicada nesta presente pesquisa. Os questionários permitiram-nos
avaliar o perfil estatístico sobre o uso de antimicrobianos na Unidade Básica de
Saúde na cidade de Vitória Brasil.
Os resultados obtidos permitiu-nos esclarecer em valores percentuais a
quantidade de pessoas que utilizam medicamentos e seus conhecimentos sobre
antimicrobianos, como: sexo, idade, automedicação, resistência bacteriana, efeitos
adversos e os antimicrobianos mais utilizados durante o estudo.
No Gráfico 1 foram apresentados os valores percentuais da quantidade de
indivíduos na comunidade de Vitória Brasil por sexo (homens e mulheres) avaliadas
durante o experiment
Gráfico 1: Percentual de indivíduos avaliados de acordo com o sexo.
Fonte: Elaboração Própria
No período avaliado analisou-se maior incidência quanto ao uso de
antimicrobianos em pessoas do sexo feminino quando comparado ao sexo
masculino.
Esse fato também foi observado segundo Feitosa (2006) na qual revelou que
a proporção de pacientes do sexo feminino foram os maiores usuários de
37
antimicrobianos, e uns dos fatos que mencionou pelo maior uso de antimicrobiano
são sexo feminino podem estar relacionados aos diversos programas de saúde
existentes voltados para a mulher, literalmente, a busca pelos serviços de saúde é
evidentemente maior por mulheres do que por homens. Esses fatos podem explicar
os resultados avaliados no presente estudo.
Gráfico 2: Percentual de indivíduos avaliados de acordo com a faixa etária.
Fonte: Elaboração Própria
Os resultados em relação à faixa etária estudada foram observados.
Percentual de indivíduos estudados divididos em diversas faixas de idade variando
de 0 a 10 anos, 11 a 20 anos, 21 a 30 anos, 31 a 40 anos e 41 a 50 anos, e
observou-se os valores sendo em maior percentual entre 21 a 30 anos que
correspondem á 46,66% da população entrevistada, segue como a segunda faixa
etária de idade que responderam a pesquisa entre 31 a 40 anos que correspondem
entre 24,16 %.
A pesquisa com o questionário avaliou a população da cidade de Vitória
Brasil, com o intuito de analisar qual o medicamento dispensado na UBS da cidade
de Vitória Brasil é mais utilizado pela mesma, e analisar os conhecimentos dos
entrevistados frente a uma classe de medicamentos mais prescritos e utilizados de
forma incorreta que são os antimicrobianos .A faixa etária de idade dos
entrevistados que mais responderam ao nosso questionário foram entre 21 a 30
anos, com um percentual bastante significativo 46,66%. Os indivíduos desta faixa
38
etária de idade possuíram maior disponibilidade em relação a responder a pesquisa.
Provavelmente devido a ser uma faixa de idade, que acometem mais erros quanto
ao seu uso.
Gráfico 3: Valores percentuais do nível de conhecimento sobre
antimicrobianos dos indivíduos avaliados.
Fonte: Elaboração Própria
Analisando o gráfico 3, observa-se que 65% dos entrevistados tem
conhecimentos sobre os antimicrobianos, entretanto saber o significado do que é um
antimicrobianos e que provavelmente seja eficaz para uma determinada infecção, é
um conceito bem distinto em relação ao saber sua verdadeira utilização e função
específica, visando que cada antimicrobianos é especifico para determinadas
infecções.Provavelmente grande parte da população entrevistada não possuem
conhecimentos aprofundados, sobre interações medicamentosas, sobre as
resistências bacterianas, sobre qual antimicrobianos que tenha melhor efetividade
para determinada infecção, sobre a posologia adequada entre outros fatores que é
de suma importância para quem faz utilização dos antimicrobianos, cabendo assim a
procura de um profissional médico para orientação e assim fazer uma correta
utilização.
39
Gráfico 4: Frequência do uso de antimicrobianos.
Fonte: Elaboração Própria
Observando o Gráfico 4, é possível analisar que 31% da população
entrevistada relata fazer o uso frequente do antimicrobiano, 58% diz realizar o uso
frequente as vezes, 10% fala que raramente faz o uso frequente e apenas 1% diz
não realizar o uso frequente de antimicrobianos. Fato este preocupante uma vez que
é possível analisar um percentual bastante significativo da população entrevistada
que faz o uso frequente de antimicrobianos.
Estudos feito por ABRANTES (2008) relatou que há uma porcentagem
bastante considerável de receitas que não continham em suas prescrições a
definição da duração do tempo de tratamento com o antimicrobiano, visando que a
terapia medicamentosa em tempo inferior do que deve ser preconizado de acordo
com a literatura, pode proliferar a ineficácia do tratamento e até mesmo provocar
resistência bacteriana, o mesmo ocorre com intervalos de tratamento superiores,
que não aumentam a efetividade do tratamento assim como muitos acreditam, e
pode trazer como conseqüência do uso indiscriminado um risco de toxicidade com o
medicamento, levando também o desenvolvimento da resistência bacteriana e sem
falar que pode elevar os custos da terapia e como conseqüências decorrentes do
uso abusivo dos antimicrobianos, desencadeados pelos problemas evidenciados em
relação a prescrição e à dispensação de antimicrobianos tem como um resultado
negativo o desperdício de medicamentos, tratamentos ineficazes e inefetividade da
40
terapêutica, que são decorrente da inadequação da posologia, da dose, do tempo de
duração do tratamento, do diagnostico, mediante isto proliferando o agravamento da
infecção e o desenvolvimento da resistência bacteriana; este estudo evidencia para
que haja a melhoria deste contexto seria útil enquadrar a ampla necessidade de
medidas de informações que visem a melhoria na qualidade quanto as prescrições
de antimicrobianos, onde a mesma deve ser bem elaborada e completa em todos os
aspectos desde o diagnostico preciso e explicito, enfatizando a seleção adequado
do medicamento, a dose e posologia adequada e o tempo de duração do tratamento
medicamentoso, critérios esses que devem ser estabelecidos desde o inicio da
terapêutica até seu termino (ABRANTES et al., 2008).
Outro estudo evidencia que a duração do tempo de tratamento, depende do
antimicrobiano utilizado e do grau que a infecção presente está, foi relatado que
apenas 28% dos pacientes analisados no hospital realizaram o tratamento adequado
em relação ao tempo de tratamento com o antimicrobianos, o restante dos pacientes
pararam o uso com o medicamento antes do tempo de duração correto do
tratamento e outra porcentagem dos pacientes realiza o uso do antimicrobiano
durante dias a mais do que preconizava o tratamento (OLIVEIRA et al.,2006).
Segundo Wannmacher (2004) outro fato que influência neste uso indevido
de antimicrobianos, que resulta no uso frequente de antimicrobianos é a repetição
automática das prescrições, propiciando deste modo que a duração de tempo do
antimicrobianos se prolongue além do uso racional. Provavelmente os entrevistados
utilizam antimicrobianos com frequência por escassez de conhecimentos em relação
ao tempo de duração do tratamento, visando que falta informações sobre o uso
racional do medicamento, dentre essas informações que não são explicitas aos
pacientes está o tempo de duração tratamento que como podemos observar no
presente estudo enquadrado nesta pesquisa, o que consequentemente acarreta o
uso incorreto do antimicrobiano, e por meio deste pode ocasionar o desenvolvimento
da resistência bacteriana, dificultando no tratamento de doenças que antes eram
facilmente tratadas, este é um dos fatores mais preocupantes uma vez que o uso
frequente de antimicrobianos contribuam desta forma para a ineficácia no
tratamento.
41
Gráfico 5: Utilização de prescrição médica para aquisição de antimicrobiano.
Fonte: Elaboração Própria
Avaliando o Gráfico 5, observa-se que 58% da população entrevistada relata
fazer a utilização de antimicrobianos mediante prescrição médica, entretanto a um
percentual bastante significativo da população entrevistada (42%) que não utilizam
prescrição médica, fator de extrema preocupação.
Uma análise relatou que dos 100 clientes estudados, cerca de 37% foram ao
estabelecimento farmacêutico comprar antimicrobianos sem prescrição médica, o
que evidencia a automedicação, enquanto que a maioria dos clientes com um
percentual de (63%) levaram prescrição médica para aquisição do antimicrobiano.
Embora a grande maioria utilize a prescrição médica, este estudo enfatiza uma
grande preocupação quanto à população entrevistada que não utiliza prescrição
médica, pois se considera um percentual significativo que gera preocupações
decorrentes, com bases em soluções para minimizar esta situação seria de grande
importância promover ações para racionalizar o uso de antimicrobianos e a
automedicação que de fato é um problema bastante presente, enfatizando que para
realização dessa meta é de suma importância à participação dos profissionais de
saúde, pacientes, indústria farmacêutica e governo para possibilitar uma melhora
neste contexto. Este presente estudo conceitua a importância do farmacêutico no
compromisso da saúde, é fundamental a atenção farmacêutica para que seja
promovido o uso racional de antimicrobianos (MENEZES et al.,2004).
42
Segundo a Organização Mundial de Saúde, há um percentual significativo
dos antimicrobianos que são utilizados sem prescrição do profissional médico,
estudo relatou que isso ocorre em muitos países.
Para antibioticoterapia correta e apropriada aos indivíduos, não é viável e
nem benéfico ao paciente, utilizar antimicrobianos na ausência da indicação do
profissional médico, nem em esquemas terapêuticos errôneos ou por tempo
demasiado, quando não seguidos estes fatores explícitos acima é grande o risco ao
individuo que faz o uso irracional do medicamento, e por consequência ocorre o
agravamento das infecções, aumenta subsequente a possibilidade de interações
medicamentosas e consequentemente o aparecimento de reações adversas, sem
falar que são grandes as chances do futuro desenvolvimento de resistência
bacteriana.
Uma das medidas neste presente estudo, para que haja um controle visando
uma diminuição ou não ocorrência de resistência bacteriana seria que fosse
realizado somente a dispensação de antimicrobianos com prescrição médica
(WANNMACHER., 2004).
Gráfico 6: Automedicação com antimicrobianos.
Fonte: Elaboração Própria
É possível observar uma porcentagem significativa de entrevistados que
realizam automedicação.
43
Segundo a Associação das Indústrias Farmacêuticas, aproximadamente 80
milhões de pessoas realizam a automedicação, estudos relatam que alguns fatores
influenciam ao ato de se automedicar, dentre eles se destacam: a insatisfação com o
sistema de saúde, que está relacionado com o atendimento muitas vezes demorado,
muitos estabelecimentos farmacêuticos não respeitam os medicamentos que são
obrigatoriamente dispensados com receituário médico; a maneira que o
medicamento é ofertado. Estudos relatam que um percentual bastante significativo
de indivíduos que interromperam o tratamento com o antimicrobiano, guardam as
‘’sobras’’ dos medicamentos em casa, fator este que gera preocupações,
enfatizando que reter as sobras do medicamento em domicilio, é uma possível
utilização desses antimicrobianos numa automedicação, visando que com este uso
indevido não iram ser observados o diagnostico clinico, a concentração e a validade
do medicamento que pode ser perdida devido ao tempo e ao risco do
armazenamento inadequado; a automedicação é um dos fatores que contribuem
para o desenvolvimento da resistência bacteriana (KORB et al., 2009).
Gráfico 7: Sabe que o uso incorreto de antimicrobianos pode levar a
resistência bacteriana?
Fonte: Elaboração Própria
De acordo com o Gráfico 7, é possível observar que 76 % das pessoas
entrevistadas desconhecem que o uso indiscriminado de antimicrobianos podem
acarretar resistência bacteriana e apenas 24 % alegaram ter alguma fonte de
44
conhecimento. Esse fato também foi analisado por (KORB et al.,2009) apresentando
resultados semelhantes, observou em seu estudo que o nível de conhecimentos da
população sobre a resistência bacteriana era baixa para a maioria dos entrevistados
e apenas uma pequena parte alegaram ter alguma informação, mas não
conseguiram expressar o significado da questão.
Segundo (KORB et al.,2009) afirma que a população desconhece do que se
trata uma resistência bacteriana e as malefícios que ela pode acarretar a saúde.
O principal fator que desencadeia a resistência bacteriana é o uso
indiscriminado dos antimicrobianos, motivo este que se cria aderência pelo fato que
profissionais da área da saúde, muitas vezes não enfatizam ao paciente o
diagnostico, a prescrição e a orientação adequada, para que este possa ter garantia
da eficácia em uma terapia medicamentosa. É importante enfatizar que é função do
profissional médico, prestar explicações e orientações sobre que o uso indevido dos
antimicrobianos pode acarretar resistência bacteriana. (KORB et al.,2009)
A alta prevalência de desconhecimento da população deve-se
provavelmente porque o paciente não procura ou não possui orientação médica
sobre o uso racional de antimicrobianos, resultando no uso de antimicrobianos não
específicos para sua doença, ocasionando assim a resistência bacteriana.
Muitas vezes os pacientes leigos administram os antimicrobianos de forma
errônea, realizando o uso frequente de administração, doses inadequadas, falta de
conhecimento sobre as posologias corretas, desconhecimento das interações
medicamentosas como a administração do antimicrobianos concomitante com outros
medicamentos, ingestão com alimentos e bebidas alcoólicas, resultando no uso
indiscriminado dos antimicrobianos, estes são dados que requerem mais atenção
devido à gravidade que o uso incorreto dessa classe de medicamento pode
acarretar, seria de suma importância orientação médica e a realização de
antibiograma, pois para utilizar um antimicrobiano é indispensável determinar se a
bactéria isolada é sensível ou resistente.
45
Gráfico 8: Foi percebido resistência bacteriana durante a terapia
medicamentosa.
Fonte: Elaboração Própria
Perante o Gráfico 8 presente é possível verificar que 41% desconhece
observar resistência bacteriana durante a terapia medicamentosa com o
antimicrobiano, e 47 % relatam não saber se houve resistência bacteriana durante o
tratamento e apenas 12% da população entrevistada constatou que notaram a
resistência bacteriana durante a terapia medicamentosa.
Provavelmente este fato se concretiza pelo possível desconhecimento
dos indivíduos sobre o verdadeiro significado do que seja uma resistência
bacteriana; muitas pessoas que são leigas no assunto, e desconhecem os motivos
que levam o desenvolvimento da resistência bacteriana e as consequências que
está pode gerar para a saúde humana. A discussão do gráfico 8, revela segundo
estudos que grande percentual da população entrevistadas desconhecem ter
conhecimentos sobre o que seja uma resistência bacteriana (KORB et al.,2009),
provavelmente este fato explica a questão neste presente trabalho, onde a
população entrevistada relatam que não souberam ou não notaram resistência
bacteriana, pelo simples fato do desconhecimento em relação a resistência
bacteriana.
46
Gráfico 9: Apresentação de efeitos adversos.
Fonte: Elaboração Própria
De acordo com o Gráfico 9, é possível compreender que a população que
diz sentir algum tipo de efeito adverso é evidentemente proporcional ao percentual
que relatam não saber se o antimicrobiano propiciou-lhes algum efeito adverso,
onde 40% evidenciaram e 41% não soube falar se apresentou efeitos adversos.
Estudo evidenciou eventos adversos nos pacientes que realizava a terapia
medicamentosa, analisou-se neste estudo que as reações adversas propiciaram
decorrente de erros de prescrição incorretas quanto as doses e interações
medicamentosas decorrentes da associação com betalactâmicos com
aminoglicosídeos, os fatores que desencadearam estas reações adversas segundo
o estudo foram a falta de conhecimento sobre o medicamentos e ainda falta de
informações em relação aos pacientes. (LOURO et al., 2007).
Outro estudo relatou que a população entrevistada possui falta de
entendimento sobre o diagnostico médico, posologia adequada em relação ao
tratamento com antimicrobianos, enfatizando que a pesquisa mostrou que muitos
pacientes têm serias dificuldades no entendimento do tratamento medicamentoso,
visando que profissionais médicos não prestam orientações especificas sobre o
diagnostico, não propiciando aos pacientes informações de extrema importância
sobre o medicamento e como este deve ser utilizado e seus efeitos adversos. A falta
de entendimento do tratamento compromete o quadro clinico do paciente, para
47
melhor eficácia no tratamento seria necessário que a população fosse devidamente
orientada e informado quanto desde ao diagnostico até o termino do tratamento
(NICOLINI et al., 2008). Com os estudos presente nesta pesquisa é possivelmente
compreender que a população entrevistada, que relata ter reações é devidamente
pelo motivo de fazer o uso incorreto, por falta de conhecimentos e informações
sobre o medicamento e a maneira correta da utilização do mesmo.
Gráfico 10: Antimicrobianos mais utilizados.
Fonte: Elaboração Própria
Avaliando o gráfico, é possível observar nitidamente que a amoxicilina foi um
dos medicamentos mais utilizados pela população de Vitória Brasil, com um
percentual bastante significativo, mais de 50% da população entrevistada realiza
terapia medicamentosa com a amoxicilina.
A amoxicilina foi o antimicrobiano mais utilizados e requisitado como
evidencia está pesquisa, pois possui um amplo/largo espectro de atividade
bacteriana, sua facilidade na forma de administração, fato decorrente devido a sua
forma farmacêutica,uma vez que as suspensões e as cápsulas são mais prescritas e
dispensadas pelo fato de possuírem melhor forma de administração e comodidade
ao usuário, sendo realizada pela via oral pode preconizar sua preferência, assim
48
como sua ótima tolerabilidade, o que justifica que este antimicrobiano esteja em
primeira escolha nos tratamentos das infecções primarias (ABRANTES et al.,2008).
Gráfico 11: Tem conhecimentos sobre as interações medicamentosas?
Fonte: Elaboração Própria
Avaliando o Gráfico 11, é possível observar um percentual bastante
significativo e preocupante, onde o estudo presente enfatiza que 74% da população
entrevistada relatam que não possuem conhecimentos sobre as possíveis interações
medicamentos relacionados com os antimicrobianos.
Estudos mostram que receitas com as prescrições médicas continham
interações medicamentosas. Comparando os medicamentos prescritos nas mesmas
receitas foi possível analisar mais de uma interação medicamentosa, o que
devidamente pode comprometer a eficácia do tratamento, este fato se torna
preocupante e simultaneamente nos esclarece que os profissionais médicos e os
demais profissionais da saúde não estão atentos em relação às interações
medicamentosas, este estudo também evidencia que o tratamento com
antimicrobianos está comprometido devido a falta de entendimento dos pacientes
quando ao diagnóstico e posologia, pois prescritores e outros profissionais da saúde
não lhes fornecem informações a respeito do diagnóstico, assim como explicações
sobre o medicamento e sua utilização correta, é importante enfatizar que a eficácia
do tratamento corresponde em grande parte tanto pelo conhecimento que deve ser
passado aos pacientes, quanto para a atenção farmacêutica, que deve ser prestada
49
por parte de todos os profissionais de saúde, visando que é responsabilidade do
médico e dos demais profissionais da saúde a correta escolha do antimicrobiano e o
esclarecimento devido quanto ao seu uso, e prestar atenção farmacêutico contribui
para o tratamento, é dever do farmacêutico, este que deve ser capacitado para
avaliar a prescrição medica, dando informações e orientações ao paciente, propondo
assim o uso racional do antimicrobiano, com profissionais de saúde fornecendo
conhecimentos específicos, orientação adequada e atenção farmacêutica ao
paciente, seria possível cada vez mais combater a resistência bacteriana, as
interações medicamentosas e consequentemente as reações adversas propiciadas
pelo uso incorreto do antimicrobiano (NICOLINI et al.,2008).
50
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nossa proposta ao desenvolver este trabalho foi analisar se a população de
Vitória Brasil faz uso indiscriminado de antimicrobianos. Ao término deste trabalho
verificamos que a mesma faz uso indevido.
E entendemos que umas das alternativas para melhorar este perfil, seria
uma atenção maior por parte do profissional médico voltada ao paciente e a
implantação da atenção farmacêutica, com o intuito de informar corretamente sobre
o uso racional dos antimicrobianos com objetivo de alcançar resultados terapêuticos
definidos na saúde e na qualidade de vida dos pacientes da cidade de Vitória Brasil.
51
13. CONCLUSÃO
No presente estudo foi evidenciado o uso indiscriminado dos antimicrobianos
durante o tratamento medicamentoso. Perante os resultados analisados podemos
enfatizar que a população carece de esclarecimentos sobre a forma correta de usar
os antimicrobianos e seus possíveis efeitos adversos. É possível afirmar que essa
carência parta de uma deficiência de informações, que deveriam ser prestadas ao
paciente pelo profissional de saúde habilitado.
Na pesquisa verificou que a amoxicilina foi o antimicrobiano mais utilizado
com 52,36 % em seguida a cefalexina com 21,04%. Grande parte dos entrevistados
não sabem que a automedição pode levar a resistência bacteriana, e não possuem
conhecimento sobre interações medicamentosas com antimicrobianos. Relatou que
58% dos entrevistados faz as vezes o uso de antimicrobianos sendo a maioria do
sexo feminino e com idade entre 20 a 30 anos.
Com ênfase na pesquisa a qualidade dos serviços de saúde pública, e das
próprias farmácias e drogarias deixam a desejar e não suprem as necessidades
básicas da população em relação a escassez da atenção farmacêutica.
Verificamos que a atenção farmacêutica é fundamental para que se tenha
sucesso na terapia, melhorando a qualidade de vida do paciente, aderência ao
tratamento e consequentemente para que não haja nenhum problema relacionado a
medicamento principalmente por antimicrobianos.
52
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58
APENDICE 1
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDOPOLIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Questionário para levantamento de dados sobre os antimicrobianos
mais utilizados pela população de Vitória Brasil-SP
1- Sexo: ( ) F ( ) M
2- Idade: ( ) 0 à 10 anos ( ) 11 à 20 anos ( ) 21 à 30 anos ( ) 31 à 40 anos ( )
41 à 50 anos
3- Você conhece a respeito dos antimicrobianos?
( ) sim ( ) não
4- Faz uso frequente de antimicrobianos?
( ) sempre ( ) as vezes ( ) raramente ( ) nunca
5- A indicação de antimicrobianos é feita por prescrição médica?
( ) sim ( ) não
6- Tem o habito de auto se medicar?
( ) sim ( ) não ( ) as vezes
7- Sabe que o uso indiscriminado de antimicrobianos pode acarretar
resistência bacteriana?
( )sim ( ) não
8- Ao realizar o uso de antimicrobianos já notou resistência bacteriana?
( ) sim ( ) não ( ) não soube
9- Sentiu algum efeito adverso após o uso de antimicribianos?
( ) sim ( ) não ( ) não soube
10- Quais antimicrobianos dispensado na Unidade Básica de Saúde você mais
utilizou?
( ) amoxicilina ( ) cefalexina ( ) amoxicilina/clavulanato
( ) azitromicina ( ) norfloxacino ( ) ciprofloxacino
11- Você tem conhecimento sobre as interações medicamentosas em relação
ao uso de antimicrobianos
( ) sim ( ) não ( ) não soube