Pierre boulez hm

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HISTÓRIA DA MÚSICA II

COMPONENTES:

Alex Kerber

Lúcia Jacinta

Patrick Costa

II Semestre

Compositores do século XX

MÚSICA DO SÉCULO XX A história da música no século XX constitui uma série de tentativas e experiências que levaram a uma panóplia de novas tendências técnicas e, em certos casos, também a criação de novos sons. Pode se dizer que a música formal passou a ser substituída pela música experimental, com inclusão de sons estranhos e exóticos e métricas inusitadas, usando até diferentes ritmos ao mesmo tempo. Houve também uma decadência no sistema tonal, onde alguns compositores deixaram de seguir as regras da escala tonal para a experimentações de escalas cromáticas e notas estranhas, sem seguir um tom padrão em sua composição.

De entre as tendências e técnicas de composição mais importantes da música do século XX encontram-se: o Impressionismo, o Nacionalismo do séc. XX, o Expressionismo, a Música Concreta, o Serialismo, a Música Eletrônica, as Influências do Jazz, o Neoclassicismo, a Música Aleatória, a Atonalidade, entre outras.

* A criação do rádio, do disco vinil e do CD-R* A criação do rádio, do disco vinil e do CD-R

PIERRE BOULEZNascimento: 26 de março de 1925

Nacionalidade: Francês

Ocupação: Maestro e compositor

Principais obras: - Sonata para piano n.2

-Le Marteau Sans Maître

-Pli selon Pli

-Le Marteau sans Maître e Plis Selon Plis

É considerado um dos maiores músicos de todos os tempos; “[...] desempenhou um papel fundamental no âmbito da música contemporânea”; [...] “se destacou como eminente regente e, ao lado de Pousseur, como o principal teórico do século XX depois de Schoenberg” (MENEZES, 2009, p. 261).

Biografia• Inicialmente estudou matemática em Lyon, antes de dedicar-se à música no Conservatório de Paris sob a direção de Olivier Messiaen e Andrée Vaurabourg.

• Estudou dodecafonismo com René Leibowitz e continuou a escrever música atonal num estilo serial pós-weberniano.

• Os primeiros frutos disso foram suas cantatas "Le visage nuptial" e "Le soleil des eaux", para vozes femininas e orquestra.

• A partir daí, Boulez foi influenciado pela pesquisa de Messiaen para estender a técnica dodecafônica além do universo da organização do timbre, durações serializadas, dinâmica da música, acentos e assim por diante. Essa técnica ficou conhecida como serialismo.

• Boulez rapidamente se tornou um dos líderes filosóficos do movimento pós-guerra nas artes, em favor de maior abstração e experimentação.• Ele destilou o sentimento de total serialização para dentro de música mais sutil e fortemente gestual, e manteve secretos seus métodos de composição.

• Depois de Le marteau sans maître, Boulez começou a fortalecer a posição dos compositores da música pós-Segunda Guerra Mundial através da regência e da divulgação.

• Ele destilou o sentimento de total serialização para dentro de música mais sutil e fortemente gestual, e manteve secretos seus métodos de composição.

• Depois de Le marteau sans maître, Boulez começou a fortalecer a posição dos compositores da música pós-Segunda Guerra Mundial através da regência e da divulgação.

• Ele também começou a considerar novos caminhos para sua própria obra. Com Pli selon pli para orquestra com soprano, ele começou a trabalhar com uma idéia de improvisação e de finais abertos.

• Ele considerou como o maestro deveria estar apto a 'improvisar' sobre notações vagas, tais como a fermata, e como os tocadores podiam 'improvisar' sobre durações irracionais, tais como notas adicionais.

• Hoje, Boulez foi e é um dos líderes do modernismo musical do pós-guerra. Suas composições têm cultura musical enriquecida, e sua defesa da música moderna e pós-moderna tem sido decisiva para muitos.

• De 1976 a 1995, Boulez ocupou a Diretoria de Criação, técnica e linguagem na música no prestigioso Collège de France. Em 2002, ele foi agraciado com o célebre Prêmio Glenn Gould por suas contribuições à música moderna.

Pierre Boulez e a música

• Foi um dos que encabeçaram o movimento serial integral, e um dos mais radicais criadores da chamada geração pós- Weberiana nos anos 50.

• É um dos responsáveis pelo desenvolvimento acústico-musical no sentido de uma interação entre instrumentos e meios eletrônicos.

• Sua obra se caracteriza por uma grande confluência com o pensamento literário, sobretudo com Mallarmé.

• “Face ao mundo da música eletrônica, o compositor se vê desconcertado por obstáculos não previstos num domínio que ele julga, contudo, ser o único aceitável se ele deseja realizar um pensamento musical cujas consequências ultrapassem os meios instrumentais. Seria inútil mencionar os problemas com os quais o compositor se defronta a partir de seu contato com os aparelhos de um estúdio: tais dificuldades podem ser superadas se soubermos nos familiarizar paulatinamente com o novo universo dentro do qual temos a intenção de nos exprimir” (KLEE, 2009, p. 87-8).

• Em 1969, o presidente francês Georges Pompidou pediu a Boulez para criar e dirigir uma instituição para a exploração e desenvolvimento da música moderna. Sendo assim ele funda, em Paris, o Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústica/Música (IRCAM). Um centro para desenvolver pesquisas em música com suporte tecnológico. É um projeto de criação de novas ferramentas para a prática musical que envolve compositores, técnicos em eletrônica e informática, pedagogos e instrumentistas.

•Alguns críticos têm acusado Boulez de experimentar as modas musicais nos anos 1970, por exemplo, o Rituel para orquestra dividido em oito grupos foi visto como sob a influência do minimalismo americano. Boulez pessoalmente explicou que – depois de trabalhar um pouco com a referida composição – parecia que havia, enfim, a melhor ordem: aquela que ele escolheu!

•Boulez começou a trabalhar mais com eletrônica em sua música na década de 1970 do século passado

•Prêmio Kyoto (2009) Prémio Wolf de Artes (2000)

Música Serial (Serialismo) O serialismo é um método de composição musical no qual se utiliza uma ou várias séries como forma de organizar o material musical. A primeira forma de composição serial foi o dodecafonismo, sistematizado por Schoenberg no início da década de 1920. Neste sistema, a série era uma seqüência de 12 notas, usando o total cromático sem repetições. Existem dois tipos de serialismo o integral e o dodecafonismo. O integral se baseia numa série para ordenar todos os parâmetros do som em uma peça: timbre, altura, intensidade e duração.

Na década de 1950, Pierre Boulez passou a usar séries também de durações, intensidades e tipos de ataques.

* No dodecafonismo, uma série para as doze notas da escala cromática é estabelecida preliminarmente à composição da peça, às vezes ela pode ser construída a partir de uma melodia criada pelo compositor, mas isso, além de ser menos comum, de certo modo oferece menos garantias em relação às possibilidades composicionais que ela pode oferecer.

Principais obras:

1 Sonata para piano n.2: é uma obra que se tornou pilar do repertório moderno de piano. Essa característica é, sobretudo, em função da interpretação feita pelo pianista Maurizio Pollini (BURROWS; WIFFEN; AINSLEY, p. 478).

2 Le Marteau Sans Maître: é uma peça influenciada pelo Pierrot lunaire de Schoenberg. Ela também apresenta instrumentos de percussão de raízes africanas e javanesas. Stravinski disse que essa música sugeria ‘cubos de gelo tilintando num copo de bebida’ (BURROWS; WIFFEN; AINSLEY, p. 478).

3 Pli selon Pli: Nessa obra, Boulez baseou “o ciclo de movimentos em versos de Mallarmé e na ideia do poeta de um livro de final em aberto”. “[...] Ela termina com o acorde martelado do começo, como se fosse reiniciar o ciclo” (BURROWS; WIFFEN; AINSLEY, p. 478).

4 Le Marteau sans Maître e Plis Selon Plis formam uma coletânea de cinco trabalhos para grande orquestra, voz e conjunto de câmara.

OBRAS

Outras obras:

• Éclats “pretendia dar a seus 15 intérpretes certa liberdade na escolha de quando e o que desejam tocar, em resposta à complexidade rítmica de grande parte da música contemporânea, que reduz os músicos a máquinas virtuosísticas” (BURROWS; WIFFEN; AINSLEY, p. 479).

• Multiples: “é uma de suas primeiras obras a usar o que viria a se tornar os ritmos mais acessíveis de sua música – ritmos que os ouvintes acham fáceis de ‘ouvir’, assim como os músicos acham fáceis de tocar” (BURROWS; WIFFEN; AINSLEY, p. 479).

• “A primeira grande obra de Boulez oriunda do IRCAM usa computadores para produzir transformações em tempo real da música tocada por dois pianos, uma harpa, vibrafone, xilofone e címbalos; o fundo musical fornecido por 24 cordas, metais e sopros permanece inalterável” (BURROWS; WIFFEN; AINSLEY, p. 479).

• A obra com base nessa tecnologia foi intitulada por Boulez de Répons.“Répons refere-se à antiga música de igreja na qual a música do solista alterna com o coro. [...] Grande parte da peça encobre ‘questões’ e ‘respostas’”.

• Uma forma que Boulez “compara à rampa em espiral do Guggenheim de Nova York. A cada nível de subida, podem ser ouvidos fragmentos de coisas que acabaram de acontecer, ou estão à espreita” (BURROWS; WIFFEN; AINSLEY, p. 479).

Lista de composições

•Sonata para Piano N.º 1(1946)•Sonata para Piano N.º 2 (1947-48)•Polyphonie X (1951)•Structures, Livros I et II (2 pianos, 1952 and 1961, respectivamente)•Le marteau sans maître (para soprano, alto flauta, violão, vibrafone, xilorimba, percussão e viola, 1953-55)•Piano Sonata N.º 3 (1955-…) (Inacabada: somente 2 de seus 5 movimentos foram publicados.)•Pli selon pli (soprano e orquestra, 1957-62)•Domaines (clarinete solo, 1968-69)•Domaines (clarinete e conjunto, 1968-69)•Cummings ist der Dichter (para coro e conjunto, 1970)•Rituel: In Memoriam Bruno Maderna (orquestra, 1974-75)•Messagesquisse (sete violoncelos, 1976-77)•Notations (versão para piano em 1945, versão orquestral em 1978-…)•Répons (dois pianos, harpa, vibrafone, sinos, címbalo, orquestra e eletrônica, 1980-84)•"Dérive 1" (para seis instrumentos, 1984)•Le visage nuptial (soprano, alto, coro feminino e orquestra, 1951-89)•"Dérive 2" (para onze instrumentos, 1990)•…explosante-fixe… (conjunto e eletrônica, primeira versão em 1972-74, segunda em 1991-93)•Sur Incises (3 pianos, 3 harpas e 3 instrumentos de percussão e teclados, 1996-98)•Anthèmes 2 (violino e eletrônica, 1998)

REFERÊNCIASBURROWS, John; WIFFEN, Charles; AINSLEY, Robert et al. Guia de música clássica. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

KLEE, Paul. No limite do país fértil, em Pierre Boulez. In: MENEZES, Flo (org.) Música Eletroacústica. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009. p. 87-96.

MENEZES, Flo (org.) Música Eletroacústica. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

Pierre Boulez.<http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Boulez>Acesso em: 26 de novembro de 2012.

“A bem da verdade, no coração de qualquer evolução do pensamento musical encontra-se a escrita; não

se pode escapar desta a não ser sob o risco de precariedade e de

obsolência”.

Obrigado,

Contatos:Patrick Costa - patricksilva25@hotmail.comAlex Kerber - alexkerber@live.comLúcia Jacinta - comunicareigrejinha@ibest.com.br