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PLANO DE
EDUCAOCRISTCONTNUA
DA IECLB(PECC)
2011
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Igreja Evanglica de Confisso Luterana no Brasil, 2011Rua Senhor dos Passos, 202, 4 andar90020-180 - Porto Alegre - RSFone: 51 3284-5400 Fax: 51 3284-5419secretariageral@ieclb.org.brwww.luteranos.com.br
Publicado porEditora SinodalCaixa Postal 1193001-970 So Leopoldo/RSTel.: (51) 3037 2366editora@editorasinodal.com.brwww.editorasinodal.com.br
Diagramao: Mythos Comunicao
Produo editorial e grfica: Editora Sinodal
Equipe de elaborao do PECC: Dbora Raquel Klesener Conrad, Edson Ponick,Emilio Voigt, Marilze Wischral Rodrigues, Pedro Alonso Puentes Reyes, RomeuRuben Martini
Assessores: Osmar Luiz Witt, Ndia Dal Castel de Oliveira, Sissi Georg, VernerHoefelmann
Equipe de publicao: Dbora Raquel Klesener Conrad, Edson Ponick, Emilio Voigt,Pedro Alonso Puentes Reyes.
I24p Igreja Evanglica de Confisso Luterana no Brasil Plano de Educao Crist Contnua da IECLB (PECC) / Igreja
Evanglica de Confisso Luterana no Brasil. So Leopoldo :Sinodal ; Porto Alegre: IECLB, 2011.
13x18 cm. ; 80p.1. IECLB. 2. Educao crist contnua. I. Ttulo.
CDU 261.5
Catalogao na publicao: Leandro Augusto dos Santos Lima CRB 10/1273
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NDICE
Apresentao ..............................................................
PARTE 1: TEXTO DO PECC........................................1.Introduo ...............................................................
2. Fatos da histria da educao crist contnua
na IECLB ............................................................................
3. Objetivos do Plano de Eduao Crist Contnua ...
4. Fundamentao teolgica para a educao crist.. 4.1 - Bblia e educao crist .............................
4.2 - Batismo e educao crist .........................
4.3 - Confessionalidade e educao crist .......
5. Fundamentao pedaggica ..................................
5.1 - Conceitos e definies ..............................
5.2 - Indicativos metodolgicos ........................
6. reas temticas ........................................................ 6.1 - Bblia ..........................................................
6.2 - Confessionalidade .....................................
6.3 - Misso ........................................................
6.4 - Contextos ...................................................
7. Formas de atuao ...................................................
8. Atribuies diante do PECC ....................................
9. Orientaes para operacionalizao do Plano de
Educao Crist Contnua em cada instncia da IECLB
10. Fontes de pesquisa e leituras recomendadas ......
PARTE 2: REFLEXES SOBRE O PECC.....................Bloco 1 - Histrico e objetivos do PECC ....................
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Bloco 2 - Fundamentao Teolgica ...........................
Bloco 3 - Fundamentao Pedaggica ...........................
Bloco 4 - reas temticas ............................................
Bloco 5 - Estratgias de planejamento .......................
PARTE 3: ESTUDO DO PECC EM GRUPOS................Roteiro para estudo do PECC em grupos ...................
Bloco 1 - Histrico e Objetivos ....................................
Bloco 2 - Fundamentao Teolgica ...........................
Bloco 3 - Fundamentao Pedaggica ...........................
Bloco 4 - reas temticas ............................................
Bloco 5 - Estratgias de planejamento .......................
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ApresentaoEsta publicao reafirma a importncia da educao crist
na Igreja Evanglica de Confisso Luterana no Brasil (IECLB).O Plano de Educao Crist Contnua (PECC) resultado de
uma caminhada conjunta de dcadas e traduz o desejo e a
necessidade por orientao para a educao crist em toda a
nossa igreja.
O objetivo do PECC orientar, teolgica e pedagogicamen-
te, todas as instncias da IECLB no planejamento de aes de
educao crist. assim que ele se relaciona com o Plano de
Ao Missionria (PAMI). Pois, no XXVI Conclio da Igreja em
2008, o PECC foi aprovado como instrumento para a operacio-
nalizao do eixo transversal educao crist do PAMI. Embora
esteja relacionado ao PAMI, o PECC o transcende, pois, alm
de ser instrumento de planejamento, ele oferece um referencial
teolgico e pedaggico para o processo educativo.A primeira parte desta publicao apresenta o texto do
PECC na ntegra. A segunda parte traz reflexes que ajudam
na compreenso e implementao do PECC. Por fim, a terceira
parte oferece um roteiro de estudos com sugestes de din-
micas para o trabalho em grupos.
O PECC instrumento de trabalho e orientao para a
educao crist na IECLB. Ele quer dinamizar a educao crist
e contribuir de forma efetiva para a concretizao da misso
de Deus no mundo. Cuidar bem do bem da IECLB tambm
zelar pela educao crist dos membros desde sua tenra idade.
Nestor Paulo Friedrich
Pastor Presidente
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PLANO DEEDUCAOCRIST
CONTNUADA IECLB
Lutero traduziu a Bblia e escreveu
catecismos exatamente com o propsito
de educar o povo cristo e conduzi-lo
maioridade na f (cf 1 Corntios 3.1s). [...]
Pessoa crist deve saber por que cr e o
qu. Em razo disso, formao teolgica
no privilgio de uma classe especial, e,
sim, causa popular.
(BRAKEMEIER, G. Documento
do Frum Nacional de Avaliao
da Reestruturao da IECLB,
2006, p. 44)
PARTE 1:TEXTO DO PECC
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A Igreja Evanglica de Confisso Luterana no Brasil (IECLB)
tem como fundamentoo evangelho de Jesus Cristo na formadas Sagradas Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos. A
principal misso da igreja crist divulgar e testemunhar essa
boa notcia. Isso acontece pela ao do Esprito Santo e em cum-
primento ordem dada por Jesus, conforme Mateus 28.18-20.
Jesus estabelece a prtica do Batismo e do ensino como
parte do compromisso de fazer discpulos. Disso decorre uma
caracterstica do ser igreja de Jesus Cristo: o compromisso coma educao crist. Para atender a esse compromisso responsa-
velmente, a igreja promove diversas aes de educao na f
para as diferentes fases da vida. O Plano de Educao Crist
Contnua da IECLB (PECC) pretende afirmar a importncia da
educao crist na misso da igreja e subsidiar suas diferentes
instncias para avaliar e planejar as aes de educao crist.
O PECC est alicerado no evangelho de Jesus Cristo,ancorado teologicamente no Batismo e a servio da misso de
Deus no mundo. Nesse sentido, o PECC parte integrante do
Plano de Ao Missionria da IECLB (PAMI) 2008 2012. No
PAMI, a educao crist apontada como um eixo transversal
que perpassa as quatro dimenses da misso: evangelizao,
comunho, diaconia e liturgia. Dessas dimenses decorrem
aes para a formao missionria.
O PECC apresenta um referencial teolgico e um referen-
cial pedaggico para orientar o planejamento e a execuo
das aes educativas promovidas nas diferentes instncias da
IECLB. O PECC quer ajudar todas as instncias da IECLB a iden-
tificar as fragilidades e as nfases na formao dos membros.
1. Introduo
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Por isso necessria a elaborao de um diagnstico antes do
planejamento das aes educativas. O planejamento, orientado
pelas nfases e pelas lacunas indicadas no diagnstico, pode
oportunizar um processo contnuo de educao crist para
todas as fases da vida. O PECC oferece linhas orientadoraspara a educao crist; no entanto, as aes de educao
crist precisam ser planejadas e executadas por cada instncia
a partir de suas necessidades e atribuies.
Uma das referncias do PECC so as Diretrizes da Poltica
Educacional da IECLB, que oferecem princpios tericos para a
educao crist na IECLB. Desse modo, tambm fica evidencia-
do que o PECC faz parte de um processo histrico, conformeapresentado a seguir.
2. Fatos da histria daeducao crist contnua na IECLB
Desde a origem da IECLB, a educao componente es-
sencial de sua misso. No caso particular da educao crist,
ela vem sendo discutida intensamente nos ltimos trinta anos
em diferentes fruns, como podemos constatar a seguir.
Em 1973, houve uma profunda reflexo sobre o ensino
confirmatrio. Decorrente dessa reflexo foi realizada umaConsulta sobre Educao Crist e Ensino Confirmatrio, que
resultou na aprovao em Conclio de uma moo para imple-
mentao do Catecumenato Permanente (1974). Na dcada
de 1980, o Departamento de Educao e o Departamento de
Catequese realizaram duas consultas sobre educao crist. Em
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1990, como resultado dessas consultas, foi aprovado, por parte
do Conselho Diretor da IECLB (CD), o documento intitulado
Diretrizes de uma Poltica Educacional da IECLB. Outro marco
importante para a educao crist na IECLB a aprovao em
Conclio Geral do Ministrio Compartilhado (1994), enfati-zando osacerdcio geral de todas as pessoas que creem. Tal
sacerdcio pressupe a educao crist contnua de todas as
pessoas batizadas.
Em 1996, o CD aprovou a criao do Frum Permanente
de Educao e Formao. O Frum sofreu uma reestruturao
em 1998, passando a ser denominado Comisso de Formao
e Educao. Essa comisso promoveu a realizao de consultasnacionais, que resultaram em um novo documento sobre edu-
cao na IECLB, denominado Diretrizes da Poltica Educacional
da IECLB, aprovado pelo conselho da igreja na reunio de 21 e
22 de novembro de 2003, que substitui o documento aprovado
pelo CD em 1990.
Em 2003, o Departamento de Catequese organizou o
Frum Nacional de Ensino Confirmatrio, no qual se reno-vou o desafio de planejar uma Poltica de Formao Crist
Continuada, luz do Batismo, para toda a IECLB. A partir
de ento, ocorreram alguns encaminhamentos: constituio
de um Grupo Coordenador de Educao Crist Contnua
(2005); planejamento e realizao de trs seminrios nacio-
nais de ECC (outubro de 2005, maio de 2006 e outubro de
2007); constituio do Departamento de Educao Cristda IECLB DEC (2006); maior integrao entre o DEC e a
Coordenao de Diaconia; deciso de elaborar um programa
de educao crist.
Ainda outros eventos se ocuparam com a questo da
educao crist. Em 2005, a presidncia da IECLB promoveu o
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Frum Nacional de Avaliao da Reestruturao da IECLB, que
fez recomendaes relacionadas formao na igreja.
Em 2006, foi realizado o Frum Nacional de Misso da
IECLB, onde se fez uma avaliao do PAMI 2000-2007. Essa
avaliao deu incio a um processo de planejamento do Plano deAo Missionria da IECLB (PAMI 2008-2012), que estabeleceu
a educao crist, ao lado da comunicao e da sustentabili-
dade, como seus eixos transversais.
O XXV Conclio da Igreja em Panambi (2006) deu total
apoio caminhada conjunta que os snodos e Secretaria Geral/
Departamento de Educao Crist esto trilhando com vistas
construo do programa de educao crist para todas asfases da vida a partir do Batismo.
Observando o processo narrado acima, constata-se que a
educao crist exige constante ateno por parte da igreja e
que, em diferentes pocas e contextos, houve iniciativas com
vistas a rever e dar maior nfase s aes de educao crist.
E dentro desse processo histrico que ocorreram, recente-
mente, trs seminrios nacionais de educao crist contnuana IECLB. Os seminrios contaram com a participao da Se-
cretaria de Formao, do Departamento do Educao Crist,
da Coordenao de Diaconia, de representantes sinodais e
dos trs Centros de Formao Teolgica. O resultado desses
trs seminrios a elaborao do Plano de Educao Crist
Contnua. Portanto o PECC fruto de uma reflexo conjunta,
de construo coletiva. O PECC como fruto desse processocoletivo est inserido nessa histria de constante renovao e
procura de uma melhor articulao da educao crist na IECLB.
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3. Objetivos do Planode Educao Crist Contnua
Geral
Orientar, teolgica e pedagogicamente, todas as instncias
da IECLB na avaliao, no planejamento e na execuo de aes
de educao crist para todas as fases da vida, com vistas ao
melhor cumprimento da misso de Deus.
Especficos
Apresentar a fundamentao teolgica e pedaggica, as
reas temticas e as formas de atuao que orientam o
planejamento das aes de educao crist.
Auxiliar na identificao de nfases e lacunas na educa-
o crist, promovida pelas diferentes instncias.
Identificar, a partir dos documentos normativos, as
atribuies de cada instncia da IECLB relacionadas
educao crist.
Oferecer uma proposta pedaggica e indicar contedos
para o planejamento das aes do eixo transversal edu-
cao crist do PAMI 2008-2012.
Auxiliar cada instncia da IECLB a estabelecer metas
para a ECC.
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A educao crist contnua encontra fundamentao teo-
lgica na Bblia, no Batismo e na confessionalidade evanglica
luterana.
A Bblia indica parmetros e princpios ticos essenciais
para uma educao baseada no agir educativo de Deus. Esse
agir tem na ao de Jesus seu exemplo maior. O Batismo nos dado, graa de Deus, e compromete a comunidade a edu-
car na f crist ao longo de toda a vida. A confessionalidade
luterana tambm aponta para uma prtica educativa baseada
na liberdade, na aceitao e na abertura para o dilogo e no
sacerdcio geral de todas as pessoas que creem. A Bblia, o
Batismo e a confessionalidade evanglica luterana contm os
princpios bsicos que fundamentam e orientam o planeja-mento e a execuo de aes de educao crist propostas
pelo PECC.
4.1 Bblia e educao crist
Educao como lembrana dos feitos de DeusA tarefa de educar mandamento que provm de Deus:
Estas palavras que, hoje, te ordeno estaro no teu corao;
tu as inculcars a teus filhos, e delas falars assentado em tua
casa, andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te
(Deuteronmio 6.6-7). no convvio familiar que se ensinam e
4. Fundamentao teolgicapara a educao crist
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lembram os grandes feitos de Deus, mantendo e fortalecendo
a confiana no Deus libertador.
Ensinar os mandamentos, fazer discpulos e evangelizar
um processo educativo que mantm viva a memria da ao
divina e atualiza valores e princpios orientados na f em Deus.
A prtica do amor
O amor elemento bsico da existncia humana e da
relao com Deus. Todos os mandamentos convergem para
ele: Amars o Senhor teu Deus, de todo o teu corao, de
toda a tua alma e de todo o teu entendimento... Amars oteu prximo como a ti mesmo (Mateus 22.37,39). O amor
a Deus como entrega total implica confiana plena em Deus
e agir tico a partir da observncia dos mandamentos. O
amor ao prximo nos faz reconhecer que somos semelhantes,
mutuamente dependentes e responsveis uns para com os
outros. Educar para a prtica do amor despertar sentimentos
de desprendimento, liberdade, compaixo, solidariedade. Oamor a si mesmo, nesse sentido, leva valorizao pessoal
e autoestima, sem cair no egosmo, pois est vinculado ao
amor ao prximo e a Deus.
O servio como essncia crist
Deus nos chama a servir na comunidade e no mundo. O
servio (diaconia) uma caracterstica central da igreja e do
ser cristo (Marcos 9.33-37;10.35-37). Servir uns aos outros
ao comunitria. Diversos tipos de servio tornam possveis a
promoo da vida e a edificao de comunidade.
A educao crist servio de Deus entre ns, voltada para
todas as pessoas, sem qualquer discriminao. Educar para o
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servio anunciar o evangelho em palavra e ao, demons-
trando, atravs da ao diaconal, a nossa f.
A esperana vivida
A prtica da esperana permite olhar para alm dos
problemas e desencantos. Ela motiva e inspira a vivncia de
um projeto de vida digna e justa. Nesse sentido, esperana
atitude ativa, que exercita a promoo da dignidade humana
e o servio ao prximo (Romanos 12.12-14).
Educar para a esperana mostrar que ela inspirada na
ao de Deus entre ns e experimentada no testemunho de
f e de aes de justia.
A reconciliao com Deus e com o prximo
O pecado afasta-nos de Deus, mas Deus nos procura em
amor e bondade e oferece-nos o perdo. Em Cristo, somos
reconciliados com Deus (Romanos 5.11; 2 Corntios 5.18). A
misericrdia de Deus a fonte da reconciliao.Educar para a reconciliao anunciar a misericrdia e o
perdo de Deus. Esse anncio visa a atitudes concretas: reatar
as relaes com Deus e as relaes com outras pessoas. A
consequncia da reconciliao a paz.
O dilogo e o respeito como expresso de unidade
Uma comunidade crist plural por natureza. Como parte
de um corpo, cada membro tem sua funo. A diversidade
est baseada no princpio da complementaridade: todos os
membros trabalham para que o corpo funcione (1 Corntios
12.12-27). Preservar a unidade significa agir com respeito, va-
lorizando cada pessoa no seu modo de ser. Tambm significa
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apostar no dilogo como forma de aproximao e resoluo de
conflitos. A unidade na igreja alcanada quando ouvimos as
escrituras, interpretamos a tradio confessional e dialogamos
como irms e irmos.
Educar para o dilogo e o respeito anunciar e viver aunidade como dom gracioso de Deus, que somos chamados
a receber e a preservar (Efsios 4.1-6).
4.2 Batismo e educao crist
O Batismo marca o incio da vida crist, e seu fundamentoencontra-se no ato salvfico de Deus atravs de Jesus Cristo.
O Batismo expressa a autodoao de Deus, seu amor pelo ser
humano, amor que na tradio luterana incondicional. O
Batismo um ponto de partida no qual se assinala o incio de
uma vivncia crist, de uma apropriao diria e contnua do
que significa a promessa de Deus.
O Batismo um presente de Deus, dado graciosamentea cada pessoa atravs da igreja. O Batismo afiana (indicativo)
que Deus me e nos ama, que Deus enviou seu Filho para minha
e nossa redeno e salvao.
Esse presente vai sendo experimentado diariamente na
vivncia pessoal, familiar e comunitria da f. Para isso, a
pessoa que foi ou quer ser batizada (criana ou adulta), bem
como os pais e padrinhos, necessitam de orientao, preparo,
acompanhamento e formao. Conforme Mateus 28.18-20,
os discpulos so enviados a todo o mundo com a misso de
batizar e ensinar as pessoas. Portanto Batismo e educao
crist esto intimamente relacionados. O Batismo celebrado
na comunidade, a qual assume o compromisso de orientar e
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educar a pessoa batizada na vivncia e no crescimento da f
por toda a vida.
Atravs do Batismo, cada pessoa integrada ao corpo
de Cristo e chamada a exercer o sacerdcio geral de todas as
pessoas que creem, conforme 1 Pedro 2.9. Pelo Batismo, queconcede a presena e a ao do Esprito Santo, cada pessoa
torna-se capaz e digna para anunciar o Evangelho e testemu-
nhar o amor de Deus.
Uma das consequncias do sacerdcio geral que todas as
pessoas batizadas so responsveis pelo ensino e pela aprendi-
zagem na f. Pela graa de Deus e pela ao do Esprito Santo,
crianas, adolescentes, jovens e adultos ensinam e aprendemno estudo da Palavra, na partilha, na convivncia, no servio
ao prximo e nas celebraes.
4.3 Confessionalidade
e educao cristJustificao por graa e f
Em Jesus Cristo, Deus revela-se ao mundo como aquele
que, por sua misericrdia, resgata a criao toda e, em espe-
cial, a dignidade humana. A oferta de sua graa e o dom da
f, frutos do amor incondicional de Deus, dispensam a neces-
sidade de retribuio, pois a ao de Deus antecede qualquer
inteno humana.
O amor e a graa de Deus desafiam o educar para a acei-
tao, para a abertura e o dilogo que buscam a dignidade
individual e comunitria atravs da justia social e econmica
e o zelo pela integridade de toda criao.
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A liberdade crist
A liberdade crist no uma conquista humana, mas fruto
da ao de Deus entre as pessoas. Cristo faz de ns pessoas
livres para viver o amor de Deus de uma forma responsvel acada dia.
A pessoa crist est sob o amor e a graa de Deus que,
por gratido alegre, se sente convocada a agir em favor dos
outros. A pessoa crist sabe que no senhora de sua vida,
mas que Cristo seu Senhor. Assim sendo, ela livre para fazer
escolhas com discernimento e critrio.
Educar na perspectiva da liberdade crist promover umaeducao que avalia constantemente o processo educativo na
inteno de evitar qualquer forma de imposio ou constran-
gimento no ensino do evangelho.
Sacerdcio geral de todas as pessoas que creem
Deus chama por intermdio de Jesus Cristo e envia seus
seguidores a pregar o evangelho. O sacerdcio geral de todas
as pessoas que creem o ministrio de Jesus confiado a cada
pessoa no Batismo e a cada comunidade que professa Jesus
como Senhor e Salvador.
O sacerdcio geral de todas as pessoas que creem tem rela-
o direta com a compreenso do ministrio compartilhado na
IECLB. Por meio dele, as pessoas, a partir dos dons recebidos do
Esprito Santo e do chamado ao discipulado, exercem atividades
distintas na promoo do evangelho. As diferentes funes e
atividades exercidas devem ser vistas como servio em favor
do testemunho do reino de Deus e da integridade da criao.
Nesse sentido, o sacerdcio geral exige tambm o exerccio da
cidadania e a compreenso de que a responsabilidade social e
poltica exercida por cada pessoa em conjunto com outras.
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Educar na perspectiva do sacerdcio geral de todas as pes-
soas que creem desafia promoo de um processo de ensino
e aprendizagem participativos, em que todos so responsveis
pela comunicao do evangelho a todas as pessoas. Ao mes-
mo tempo, esse sacerdcio cria uma comunidade de iguais,sem negar as diferenas, estimulando relaes de parceria e o
protagonismo nos processos de ensino e aprendizagem.
5. Fundamentao pedaggica
Toda experincia educativa tem em sua base uma pro-posta pedaggica, pois a ao a ser realizada tem em si uma
intencionalidade, mesmo que essa, s vezes, esteja oculta ou
subentendida.
A pedagogia o conjunto de ideias, princpios, doutrinas,
mtodos que orientam uma ao educativa. Ela o resultado
da reflexo e da sistematizao da ao de educar. E, por ser
resultado da reflexo sobre o ato de ensinar-aprender, a pe-dagogia est constituda de ideais e concepes de mundo,
de sociedade, de pessoa e de educao, seja na dimenso do
ensino, seja na de aprendizagem.
O dilogo teologia-pedagogia contribui para que o proces-
so de planejamento, execuo e avaliao do ensino, no campo
da educao crist, possa ser refletido, inovado, reconstrudo
com vistas formao de sujeitos que esto em permanente
condio de aprendizes na f crist.
A educao crist tem como referncia a ao pedaggica
de Jesus. Ele educava atravs de gestos e palavras. Partia da
experincia de vida (Joo 4.1-30); contava histrias (Marcos
4.2); questionava leis, tradies e posies estabelecidas (Joo
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8.1-11); recebia ou ia ao encontro das pessoas marginalizadas
(Marcos 10.13-16; Lucas 19.1-10); caminhava com seus disc-
pulos (Lucas 24.13-35) e tinha abertura para dialogar com as
outras pessoas e delas aprender (Marcos 7.24-30). Tambm
suas curas tinham aspectos educativos. Deixava as pessoasmanifestarem sua vontade (Marcos 10.46-52); derrubava
preconceitos (Marcos 5.25-34); valorizava a atitude de f das
pessoas (Marcos 2.1-12).
As primeiras comunidades crists assumiram a misso
de educar com muita coragem e criatividade (Atos 8.26-40).
Desde ento, a igreja prioriza a educao crist, capacitando
as pessoas para atuar na misso de Deus no mundo e paraexercer plenamente o sacerdcio geral.
A confessionalidade luterana, em dilogo com a pedago-
gia, tambm d indicativos para a ao pedaggica na edu-
cao crist. A partir do amor gracioso e libertador de Deus, a
educao baseada na confessionalidade luterana inclusiva e
promove a participao efetiva de todas as pessoas envolvidas
no processo educativo; valoriza cada ser humano; preserva suaindividualidade e desperta para o compromisso cristo.
Na realidade atual, cresce a necessidade de uma educao
que considere o ser humano em sua totalidade. Essa proposta
de educao funda novos olhares, que entendem o ser humano
integrado no s com o outro, mas tambm com o planeta.
Nesse sentido, parece-nos que as novas compreenses, que
pensam o ser humano em sua integralidade, so necessriaspara que o processo educativo seja significativo.
nessa perspectiva que o PECC apresenta a definio
de educao crist contnua (5.1) e destaca um conjunto de
indicativos metodolgicospara a educao crist (5.2).
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5.1 Conceitos e definies
Educao
A educao um processo de ensino e aprendizagemque est em permanente transformao. Ela transformada
pela ao do ser humano e produz transformaes nos que
dela participam. A educao envolve toda a vida das pessoas
e est relacionada aquisio, elaborao e produo de
conhecimentos, sensibilidades, valores, prticas e atitudes.
Educao cristEducao crist um processo pessoal e comunitrio de
aprendizagem dos contedos da f. Ela acontece na famlia e
na comunidade e reflete-se nas aes e atitudes do dia a dia,
que a vivncia crist no mundo. A educao crist no acon-
tece de uma s vez, mas vai sendo construda e compreendida
conforme as perguntas e as preocupaes de cada fase da vida,
de forma contnua e permanente.A famlia e a comunidade tm um compromisso com a
educao crist a partir do Batismo. Na famlia, a educao
crist acontece na convivncia diria: momentos de orao
familiar nas refeies, leitura da Bblia, narrao de histrias
bblicas para as crianas, participao nos diferentes grupos
da comunidade. Na comunidade, os contedos de educao
crist so oferecidos e vivenciados em diferentes espaos de
aprendizagem. O espao de aprendizagem comum a todas as
pessoas luteranas o culto comunitrio. O culto o centro da
vida comunitria e da f. Mas h tambm outros espaos de
aprendizagem que atendem necessidades, contextos e pblicos
especficos: grupos de crianas, ensino confirmatrio, grupos
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de jovens, grupos de estudo bblico, grupos de OASE, grupos
de casais, entre outros.
O PECC, ao apresentar orientaes para o planejamento
da educao crist, ajuda no fortalecimento das aes educa-
tivas nos grupos j constitudos e tambm na ampliao dasaes de educao crist, buscando atingir novos pblicos.
A interao entre os diferentes grupos da comunidade pode
fortalecer o processo contnuo de aprendizagem.
Educao crist contnua
Educao crist contnua auxilia no processo de desenvol-vimento integral e contnuo, que desperta e alimenta a f e
intervm na maneira como as pessoas vivem o dia a dia (seus
modos de expresso, suas escolhas, suas aes etc.). Esse
processo acontece atravs da apropriao, da elaborao e da
produo de conhecimentos, sensibilidades, valores e prticas,
com base nos fundamentos da f crist, conforme Lutero: Jesus
Cristo, Escritura, F, Graa.Por desenvolvimento integral e contnuo entende-se,
pois, a educao que considera as diferentes dimenses da
personalidade (cognio afetividade atitude) e as diferentes
fases de desenvolvimento da vida humana, porque acontece
ao longo de toda a vida. A educao crist contnua estabe-
lece princpios, compromissos e desafios para a educao, em
permanente dilogo com a f crist.Para que essa educao crist seja contnua, as diferentes
instncias da igreja elaboram o seu planejamento de tal for-
ma que oportunize e provoque a reflexo sobre as dvidas e
perguntas relacionadas f crist, que vo surgindo ao longo
da vida.
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5.2 Indicativos metodolgicos
A educao faz parte da vida e acontece em diferentes
espaos e de diferentes maneiras. Na igreja, a prtica edu-
cativa oportuniza aos membros a educao contnua na f,capacitando-os vivncia missionria de seu sacerdcio cristo.
As pessoas buscam respostas para suas dvidas, consolo
para suas aflies, orientao para sua vida. Elas aprendem
de diversas maneiras. Existem vrias metodologias que podem
orientar o processo educativo. No h um nico mtodo a ser
seguido por todos ou que sirva a todos. Cada contexto exige
uma metodologia. necessrio planejar as aes educativas apartir de cada realidade. Mas h alguns indicativos que orien-
tam o processo de ensino e aprendizagem. So eles:
Valorizar a experincia de vida das pessoas
O dilogo sobre as vivncias dirias das pessoas contribui
para a compreenso da palavra de Deus. Ao ler ou estudar
um texto bblico em grupo, pode-se motivar as pessoas a falarsobre suas experincias pessoais. Dessa forma, o conhecimento
sobre a palavra de Deus no transmitido de uma pessoa para
outra, mas construdo atravs do dilogo e da partilha, em
que todas as pessoas podem contribuir com sua experincia
de vida.
Concretamente, a valorizao da experincia de vida acon-
tece quando as pessoas tm espao e sentem-se vontadeno grupo para contar o que est acontecendo com elas: suas
alegrias, suas tristezas, seus sonhos e suas preocupaes. O
desafio relacionar essas experincias com o estudo da palavra
de Deus, buscando nela orientao para a vida.
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Envolver todo o corpo
Educao crist envolve todo o ser e passa por todos os
sentidos. Ou seja, a educao tambm acontece atravs de
gestos, smbolos, expresso corporal. As diferentes formas de
comunicao podem ser usadas nos encontros, nas celebraes enos cultos para ampliar e diversificar as possibilidades de reflexo
sobre os contedos da f. A Ceia do Senhor um exemplo em
que todo o corpo envolvido na aprendizagem de que Deus
vem ao nosso encontro. A comunidade reunida, o movimento
de ir com outros ao altar, o cheiro, a cor e o gosto da uva e do
po, o sentimento de comunho e incluso, tudo isso revela e
expressa a graa e o amor de Deus.
Despertar a capacidade criativa de cada pessoa
Deus nos criou sua imagem e semelhana (Gnesis 1.27),
dando-nos a capacidade de criar. A educao crist desperta a
criatividade das pessoas quando trabalha a partir de diferen-
tes linguagens. A msica, o teatro, as artes plsticas e outras
atividades artsticas contribuem para o processo educativo.Essas formas de ensinar e aprender possibilitam que as pessoas
descubram e desenvolvam suas potencialidades.
Humanizar a educao atravs da alegria
As pessoas gostam de estar em ambientes alegres e que
lhes do prazer. O ato de brincar oportuniza s pessoas o au-
toconhecimento e o conhecimento do outro em sua verdadeira
essncia. Ele amplia a capacidade humana de viver coletiva-mente. Nesses espaos, o contedo da educao crist traduz-
se em gestos, expresses, jeitos, canto e dana. Ambientes
assim propiciam a criatividade, a liberdade, a solidariedade, o
crescimento individual e grupal. Nesse sentido, a brincadeira
e a alegria humanizam a educao.
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Dialogar com liberdade sobre dvidas e perguntas
Durante toda a vida, h diferentes situaes que preocu-
pam e geram dvidas e perguntas. Uma maneira de promover
a educao crist abrir espaos para que as pessoas possam
expressar suas dvidas, conversar sobre elas e buscar orien-tao no dilogo com outras pessoas, bem como na leitura
e no estudo da Bblia. Quando crianas sentem um clima de
confiana e respeito, elas fazem perguntas, porque sabem que
sero ouvidas e atendidas. Essas perguntas levam as pessoas
adultas a refletir sobre as questes levantadas, motivando o
dilogo e a busca por respostas. Nesse processo educativo,
todos contribuem, aprendendo e ensinando.
Servir ao prximo
A ao diaconal contribui para a educao crist, e a
educao crist fortalece a ao diaconal. O estudo da pala-
vra de Deus fundamenta a prtica do servir ao prximo e, ao
mesmo tempo, as experincias diaconais enriquecem a reflexo
em torno da palavra de Deus. A palavra de Deus fortalece eencoraja para ir aos lugares onde esto os mais fracos e mar-
ginalizados, l onde a misria grita mais alto. Afinal, Deus est
l, preferencialmente, e chama pessoas para ali servir. Esse
servio que brota da palavra de Deus tambm transforma.
Transforma quem serve, quem servido e as situaes que
causam sofrimento e injustia.
Valorizar o processo e o caminhopercorrido individualmente
Cada pessoa nica e compreende o mundo ao seu redor
a partir de suas experincias de vida. Na experincia educativa,
os processos de aprendizagem so diversos, e o conhecimen-
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to construdo individualmente na interao com as outras
pessoas, na pesquisa individual e coletiva, na exposio de um
contedo. Cabe a quem ensina respeitar e valorizar o caminho
percorrido por cada pessoa.
Planejar as aes educativasde forma flexvel e aberta
O planejamento faz parte da vida humana em todos os
aspectos e tambm assim quando se trata da educao crist.
O planejamento possibilita que a convivncia em comunidade
seja construda e refeita. O prprio ato de planejar educativo,
pois pressupe o conhecimento, a participao, o dilogo, orespeito aos diferentes processos de aprendizagem das pessoas
envolvidas. Nesse sentido, o planejamento precisa ser flexvel
e sensvel s situaes locais, s preocupaes e necessidades
do grupo, s intervenes das pessoas envolvidas na ao
educativa.
Avaliar a caminhada
A avaliao no acontece s no final da ao educativa,mas durante todo o processo. Ela auxilia a perceber at onde
os objetivos foram alcanados e aponta elementos para reor-
ganizar e planejar as prticas educativas. A educao enten-
dida como um processo pressupe a participao de todas as
pessoas tambm no ato de avaliar. Nesse sentido, a avaliao
educa porque reconhece todas as pessoas como sujeitos da
ao educativa.Por entender a educao crist como um processo que
se estende por toda a vida e permite um desenvolvimentointegral, os quatro pilares da educao indicados pela UNES-CO podem ser considerados no planejamento e execuo dasaes de educao crist.A Organizao das Naes Unidas
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para a Educao, a Cincia e a Cultura (UNESCO) entende aeducao como forma de promover o desenvolvimento hu-mano. Cada pessoa sujeito na construo de competnciase habilidades que lhe permitem alcanar o desenvolvimento
pleno e contnuo. Os quatro pilares so:Aprender a conhecer visa o domnio dos prprios instru-mentos do conhecimento, para que o ser humano aprenda acompreender o mundo que o rodeia.
Aprender a fazer engloba experincias espontneas,ensinando a pr em prtica os conhecimentos atravs decomportamentos eficazes e da capacidade de discernimentoe criatividade.
Aprender a viver com os outros reflete sobre a diver-sidade, as semelhanas e a interdependncia entre os sereshumanos e a capacidade de cooperao de cada pessoa.
Aprender a ser leva em conta a pessoa integral, de-senvolvendo a identidade e os talentos da pessoa a partir doautoconhecimento, da autocompreenso, da imaginao, dacriatividade, da liberdade de pensamento, dos sentimentos e
da capacidade de discernimento.Os indicativos metodolgicos e os quatro pilares da
UNESCO apontam para um processo educativo dinmico,que pode ser questionado e transformado. Essa abordagemmetodolgica favorece uma educao integral que considerao ser humano em todas as suas dimenses e fases da vida. Aeducao crist orientada por esses indicativos metodolgicos
pressupe que as pessoas envolvidas no processo educativosintam-se co-responsveis pela aprendizagem na f.
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6. reas temticas
As reas temticas do PECC apresentam temas de estudo
que servem de base para o planejamento das aes de educa-o crist. As quatro reas temticas consideradas prioritrias
no PECC so Bblia, confessionalidade, misso e contextos.
Na rea temtica Bblia, so apontados critrios que ajudam
na leitura e interpretao da Sagrada Escritura. Na confes-
sionalidade,so destacados critrios teolgicos da confisso
luterana. Na misso,so relacionadas as quatro dimenses da
igreja missionria conforme o PAMI 2008-2012. Na rea te-
mtica contextos, so apresentados temas do contexto social,
poltico, econmico, cultural e religioso, que perpassam a vida
pessoal e comunitria.
6.1 Bblia
A Bblia encontra-se entre os fundamentos da f crist.Ela no apenas um entre tantos outros livros de histrias,
reflexes e oraes, mas a Escritura Sagradada f crist. Ela
a palavra de Deus. Atravs dela, Deus fala, manifesta sua
vontade e convida pessoas a uma deciso. Sua inteno no
apenas informar, mas sobretudo despertar e sustentar a f,
a esperana e o amor. Ela orienta a f, as decises e a conduta
da igreja toda e de seus membros em particular. A Bblia mostra
e define o que significa ser uma pessoa crist. Educao crist
contnua pressupe, portanto, formao bblica e s pode
ser imaginada com ela. A formao bblica busca promover a
edificao pessoal e comunitria, a transformao de mentes
e de estruturas e a vivncia plena do ser cristo.
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Dentre os critrios dessa rea temtica destacam-se os
seguintes:
a) O conhecimento bblico
A Bblia uma verdadeira biblioteca, ou seja, um livrocom uma quantidade extraordinria de contedos. Muitos
deles, alm de estar na base de nossa f, esto tambm na
base de nossa cultura, de nossos princpios e de nossas tradi-
es. Nossas comunidades devem ser auxiliadas a ampliar seu
conhecimento bblico.
b) A formao da BbliaA Bblia no um livro que caiu do cu. Ela possui umahistria de formao que vem sendo pesquisada ao longo dos
anos. Quem sabe como surgiram os livros da Bblia e como
se formaram o Antigo e o Novo Testamentos possui uma fer-
ramenta preciosa em suas mos para tornar a Bblia um livro
mais familiar e mais prximo de sua realidade.
c) O contexto da Bblia
Algumaspartes da Bblia foram redigidas trs mil anosatrs, e as partes mais recentes, h quase dois mil anos. No
apenas o contexto histrico da Bblia diferente do nosso,
mas tambm seus contextos geogrfico, cultural, econmico
e religioso. Mesmo que a Bblia contenha uma mensagem uni-
versal e para todos os tempos, preciso conhecer o contextoem que ela se formou, para entender o impacto de seus textos
sobre nossa realidade.
d) Mtodos de interpretao da Bblia
Algumas pessoas interpretam a Bblia exatamente como
est escrita, sem olhar para o contexto. Outras ainda a inter-
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pretam a partir de um enfoque ou realidade especfica ou a
partir de seus prprios interesses. Por isso necessrio ofere-
cer e exercitar mtodos de interpretao bblica, para que as
pessoas aprendam a colocar a Bblia e a realidade em dilogo
constante, num contexto comunitrio, celebrativo e de orao.
6.2 Confessionalidade
A IECLB herdeira do movimento de Reforma da Igreja no
sculo XVI. Naquela poca, os reformadores quiseram reforar
que pertenciam santa, apostlica, universal e una igreja, firma-
dos no ensinamento dos apstolos que pregavam a boa-novada salvao em Cristo. A IECLB, junto com outras igrejas de
confisso evanglico-luterana, tem critrios que marcam sua con-
fessionalidade e que so determinantes para a educao crist.
Destacam-se os seguintes critrios:
a) Salvao somente por graa, mediante a f
Em Cristo, Deus mesmo nos torna justos e nos d a sal-vao. Deus nos reconcilia consigo no pelo mrito de nossas
obras, mas por graa. pela f na ao de Cristo em nosso
favor que podemos alcanar a paz. Da f na salvao, que no
depende de nossas obras, brotam a alegria e a gratido, que
se manifestam nas atitudes em favor do prximo.
b) Liberdade crist
Como pessoas livres, podemos cooperar para transformar
este mundo. Educao crist na f acentua o duplo sentido da
liberdade crist: a f nos faz livres deter de construir a prpria
salvao, pois confiamos na salvao que vem de Deus. E a f
nos faz livres paraagir em favor da vida em abundncia para
toda a criao.
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c) Existncia sob a cruz
Essa existncia nos aproxima de um Deus que amor e
misericrdia. Viver como discpulo e discpula perceber a pre-
sena e a proximidade de Deus onde ele parece estar ausente.
entender que no somos ns que encontramos Deus, mas ele que nos encontra em nossa solido e desespero. Educa-
o crist ajuda a compreender que viver sob a cruz de Cristo
possibilita que nos conheamos inclusive como nem sempre
queremos.
d) Somos justos e pecadores
Quando somos vistos a partir da obra que Deus realizoupor ns e em ns, somos justos. No Batismo, fomos marcados
com o sinal que liberta do pecado e da culpa. Porm ainda
vivemos sob a influncia do mal que reina neste mundo. Paulo
expressou essa realidade assim: No fao o bem que prefiro,
mas o mal que no quero, esse fao (Romanos 7.19). Por isso
existncia crist s possvel onde h confisso e absolvio
dos pecados diariamente. A confisso de pecados e o perdode Deus alimentam nossa alegria de viver.
e) Sacerdcio geral de todas as pessoas que creem
As pessoas precisam de orientao fundamentada no
evangelho para suas buscas pelo sentido da vida. Isso, por sua
vez, no resulta em f individualista, mas conduz a algo que
uma caracterstica fundamental da IECLB e nas outras igrejas
luteranas e que parte essencial da educao crist contnua:
o sacerdcio geral de todas as pessoas que creem. A igreja
de Cristo quer membros do corpo de Cristo com maturidade
de f, de sorte que permita a cada membro ler e interpretar
a Bblia com liberdade e saber testemunhar a esperana que
tem (1 Pedro 3.15).
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6.3 Misso
A misso obra de Deus. Ele o doador e o executante
da tarefa. A misso um dom da graa de Deus. No depende
da igreja e tampouco do ser humano. Ambos so instrumen-tos do agir de Deus em favor de seu mundo. Essa forma de
entender a misso faz de cada pessoa e da comunidade toda
testemunhas do evangelho, que abraam a f e promovem a
paz na terra. A misso de anunciar e viver o evangelho no
um programa ou uma tarefa entre outras. Misso faz parte da
prpria compreenso do povo de Deus presente na realidade,
na qual convocado a ser o evangelho da paz.A misso e a educao crist esto inter-relacionadas. A
educao crist acontece em funo da misso, e, ao mesmo
tempo, a misso objeto de estudo da educao crist. A
igreja prioriza a educao crist, capacitando as pessoas para
cooperar na misso de Deus no mundo e para exercer plena-
mente o sacerdcio geral.
Conforme o Plano de Ao Missionria da IECLB 2008-
2012, a evangelizao, a comunho, a diaconia e a liturgia so
as quatro dimenses da misso, que no caso do PECC so
apontadas como contedos de estudo da educao crist.
a) Evangelizao
A evangelizao concentra-se na exposio explcita e in-
tencional do evangelho, visando a uma resposta pessoal de fe ao ingresso no discipulado cristo vivido em comunidade. O
objetivo maior da evangelizao que o ser humano se deixe
cativar pelo Deus que cria, reconcilia e salva.
Por realizar majoritariamente o Batismo de crianas, o
compromisso de evangelizar as pessoas batizadas ainda
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maior, pois quem foi despertado para a f deve receber ins-
truo confivel e prtica sobre como viver a f no dia a dia. A
igreja precisa ocupar-se com o ensino das formas elementares
da espiritualidade crist: a prtica da orao e da leitura e
meditao da Bblia.A evangelizao cabe comunidade local. Para que
ela acontea, preciso que seus membros sejam orienta-
dos sobre os elementos fundamentais da f e da doutrina
e capacitados para o testemunho do evangelho nas mais
diversas situaes.
b) ComunhoA igreja que brota da ao missionria e redentora de Deus
tem a comunho em sua essncia. A edificao de comunida-
des missionrias em nosso meio passa pela conscientizao de
que o evangelho proclamado vai refletir a comunho comuni-
tria. O jeito de ser da comunidade (acolher, integrar, incluir,
valorizar, cuidar) tem um grande impacto missionrio.
A comunidade voltada para o objetivo de vivenciar acomunho est disposta a refletir sobre como se estabelece
a interao entre as pessoas, como so tomadas as decises,
como oportunizada a participao dos membros.
c) Diaconia
Em Jesus Cristo, Deus veio ao mundo e serviu s pesso-
as, principalmente quelas em situao de maior fragilidade.
Com isso Deus nos mostrou um jeito de ser e de viver nossa
f, baseado no amor e no servio ao prximo. Por isso educar
as pessoas na f crist tambm educ-las para a diaconia.
Educar para a diaconia despertar para o amor mtuo
e para o servio, valorizando integralmente todas as pessoas
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crianas, jovens, adultas e idosas , motivando-as a servir
conforme seus dons.
Educar para a diaconia educar para a solidariedade, apro-
ximando-se das situaes e da vida das pessoas e colocando-se
a seu lado, sem tirar delas a responsabilidade por sua vida.Educar para a diaconia sensibilizar o olhar para a reali-
dade, levando em conta o contexto em que as pessoas vivem,
seus costumes e formas diversas de reagir frente vida.
Educar para a diaconia educar para a paz, para a incluso
e para a dignidade,ensinando um jeito pacfico de resolver
conflitos e oportunizando a convivncia com o diferente.
Educar para a diaconia educar para um olhar crtico dasestruturas de poder que ameaam a vida,denunciando situa-
es e poderes que geram opresso, marginalizao e morte,
e anunciando a proposta de vida a partir da misericrdia e da
justia de Deus.
d) Liturgia
Liturgia o jeito como realizamos nosso culto. E a liturgiaest diretamente ligada identidade confessional da pessoa,
a seu sentimento de pertencer a uma comunidade de f, que,
por sua vez, est inserida num contexto mais amplo de igreja.
A liturgia expressa uma teologia em palavras, em gestos, em
aes, em smbolos, em obras de arte e em organizao do
espao cultual.
Conhecer as partes da liturgia, sua histria, sua razode ser e seu contedo ajuda a fortalecer a identidade e a dar
sentido ao ato de celebrar. Dentre os contedos que compem
a dimenso da liturgia, destacam-se:
As partes da liturgia A liturgia composta de diferentes
partes, com significados e funes especficas. Reconhecer
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essas partes e saber sua origem e sua funo auxilia na parti-
cipao mais efetiva da comunidade nas celebraes.
Vestes, smbolos e gestos na liturgia A liturgia faz uso
de smbolos e de gestos cujo significado original, em geral,
bblico. Criar espaos para a comunidade refletir sobre essessignificados fortalece a f e a identidade crist-luterana.
O calendrio litrgico e as cores litrgicas O calendrio
litrgico, com suas cores e smbolos, proporciona uma cons-
tante experincia com o evento salvfico pela repetio ano
aps ano.
A Ceia do Senhor comunidade crist deve ser oportuni-
zado o estudo da compreenso da Ceia do Senhor, ampliandomais o sentido da ao de graas, comunho e da diaconia na
Ceia do Senhor.
O lugar litrgico A IECLB possui critrios para a cons-
truo e reforma de igrejas. Conhecer esses critrios auxilia a
avaliar aspectos do lugar litrgico, que podem ser melhorados
para que a arquitetura local favorea a liturgia, suas aes e
seu contedo.
6.4 Contextos
O contedo da proclamao do evangelho o mesmo em
todos os tempos e lugares. No entanto, esse contedo preci-
sa ser atualizado para o contexto no qual as pessoas vivem.
Por contexto entende-se a realidade na qual as pessoas estoinseridas. A realidade agrega vrias dimenses que compem
o contexto: dimenses social, poltica, econmica, religiosa e
cultural. O contexto o conjunto dessas dimenses. Esse con-
junto molda e influencia a compreenso que cada pessoa tem
do mundo, do evangelho e de si mesma e, ao mesmo tempo,
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cada pessoa molda e influencia o contexto em que vive. O
contexto , portanto, uma referncia metodolgica que deve
fazer parte do planejamento das aes de educao crist.
Alm de ser um referencial metodolgico, o contexto
oferece temas para serem estudados. A igreja deve ocupar-se com os temas que fazem parte da vida das pessoas e
da comunidade. Olhar para o contexto e refletir sobre ele,
orientado pela palavra de Deus, ajuda na definio da tarefa
missionria da igreja. Por isso imprescindvel que as aes
de educao crist propostas em todas as instncias da IECLB
contemplem o estudo de temas que perpassam a vida pes-
soal e comunitria nos contextos social, poltico, econmico,cultural e religioso.
a) Contextos social, econmico e poltico
A mensagem da igreja perdeu foras na orientao
da sociedade em seus traos fundamentais. A socieda-
de construiu fundamentos que dispensam a palavra das
igrejas e das demais instituies religiosas. O modelo eco-nmico determina, em grande parte, as relaes sociais,
contribuindo para a desigualdade que gera uma multido
de subempregados e empobrecidos. O poder poltico,
aliado ao poder econmico, numa associao perversa,
resulta num quadro de corrupo crnica e generalizada.
Os efeitos desse modelo de desenvolvimento tambm so
sentidos no meio ambiente. A natureza sofre as dores doprogresso a qualquer preo.
Diante desse quadro social e econmico, que se guia pela
lgica da excluso da maioria, a igreja crist precisa identificar
espaos onde possvel colocar sinais do reino de Deus no
mundo.
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Compreender como a sociedade funciona, organiza-se e
quais as relaes de poder que se estabelecem ajuda a identi-
ficar o contexto de atuao missionria.
b) Contexto cultural
O evangelho no se confunde com a cultura, mas essa a
condio necessria para a sua encarnao. Por isso preciso
compreender a cultura para manter a fidelidade dinmica da
encarnao da palavra de Deus.
A sociedade ps-moderna tem traos culturais peculiares.
A diversidade cultural cada vez mais explcita no mundo glo-balizado. No entanto, o gnero, a raa, a etnia, a religio, a
orientao sexual e at mesmo a lngua tm sido usadas como
base para excluir pessoas.
Outros elementos que caracterizam a cultura ps-moderna
so a ausncia de limites, a necessidade de um consumo exage-
rado, a busca do prazer a qualquer preo e a supervalorizao
da esttica em detrimento da tica. Isso demonstra uma crisede referncias que produz um ser humano cada vez mais frgil
e dependente de fatores externos.
Essa sociedade multicultural exige da f crist um constan-
te exerccio de amor e tolerncia frente diversidade. E, por
outro lado, pede um profundo compromisso com o evangelho
encarnado, que se contrape a todas as situaes que oprimem
e tolhem a liberdade das pessoas.
c) Contexto eclesial e religioso
A lgica do mercado tambm est presente no contexto
religioso. Se em tempos idos as instituies religiosas faziam os
indivduos dobrarem os joelhos, na sociedade contempornea,
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marcada fortemente pelo individualismo, as instituies reli-
giosas vm sendo foradas a se dobrar diante de necessidades
dos indivduos. crescente a busca por experincias religio-
sas que fogem da mensagem de um Deus crucificado. Essas
experincias prendem-se ao aqui e agora e desconsideram aesperana crist.
Essa lgica apropriada pela religio afeta as igrejas tradi-
cionais. Por isso a IECLB precisa articular e traduzir a reflexo
teolgica para dentro da realidade encarnada.
O estudo e a compreenso do contexto religioso devem
apontar para a necessidade de fortalecer a f e de aprofun-
dar o conhecimento sobre a IECLB, sua doutrina e estrutura,reforando o compromisso com a proclamao do evangelho.
A misso de Deus no mundo acontece em diferentes con-
textos. A IECLB chamada a assumir sua tarefa missionria na
realidade social, poltica, econmica, cultural e religiosa brasilei-
ra. Isso implica reconhecer-se como parte dessa realidade, com
um papel importante no anncio do reino de Deus. Ela precisa
olhar para sua histria no pas, reconhecer o seu potencial ecle-siolgico e teolgico e traduzi-lo para o lugar especfico onde
cada pessoa vive e testemunha sua f de confisso luterana.
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7. Formas de atuaoAs formas de atuao so meios pelos quais as instncias
da IECLB oferecem os contedos da educao crist a todas
as pessoas. O PECC indica trs formas prioritrias de atuao
para o planejamento das aes de educao crist: articulao,
publicao de materiais e formao. As formas de atuao,
junto com as reas temticas, podem operacionalizar e orientar
o planejamento das aes de educao crist.
A partir da relao entre PECC e PAMI, essas trs formas
de atuao so instrumentos para o planejamento das aes
do eixo transversal Educao Crist do PAMI 2008-2012.
A articulao implica reconhecer as necessidades narea da educao crist, apontar e definir as prioridades,
decidir quais sero as iniciativas, promover a comunica-
o, providenciar os recursos financeiros e organizar um
planejamento com metas e prazos. A articulao apoia e
viabiliza a elaborao de materiais e a formao.
A partir da articulao, a publicaode materiaisimpli-ca elaborar, organizar, compilar e publicar materiais que
atendam s necessidades locais, sinodais ou nacionais.
Tambm a partir da articulao, a formao implicapromover e realizar seminrios e encontros de capaci-
tao de lideranas e de formao bsica para todos
os membros.
8. Atribuies diante do PECC
O Plano de Educao Crist Contnua quer orientar e aju-
dar as instncias da IECLB na avaliao, no planejamento e na
conduo das aes de educao crist, conforme o Art. 6,
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incisos III e IV da Constituio da IECLB (III promover o ensino,
a misso e a diaconia; IV proporcionar o aprofundamento
teolgico e o crescimento espiritual nas Comunidades). Cada
uma das instncias tem atribuies e responsabilidades quanto
formao crist dos membros. Os documentos normativosda IECLB permitem identificar as atribuies em termos de
educao crist contnua.
Comunidade
Segundo o artigo 9 do Regimento Interno da IECLB, inci-
sos I e III, compete Comunidade: criar, planejar e viabilizar
setores de trabalho para atender sua responsabilidade com(...) a catequese, a evangelizao e a misso; promover meios
necessrios formao evanglico-luterana dos batizados.
Ainda, segundo Nossa F Nossa Vida (p. 8, 4.ed., 2005),
objetivo da comunidade promover o ensino e a formao
evanglico-luterana das pessoas batizadas.
ParquiaAo Conselho Paroquial cabe empenhar-se na formao
de lideranas e colaboradores (Reg. Int. Art. 23, inciso VII).
Snodos
Ao Conselho Sinodal cabe incentivar e promover junto s
Comunidades os projetos de misso, catequese, evangelizao
e diaconia (Reg. Int. Art. 38, inciso II).
Conselho da Igreja
Ao Conselho da Igreja cabe supervisionar o processo de
formao teolgica e educacional na IECLB em todos os nveis
(Const. Art 30, inciso III).
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Conclio da Igreja
O Conclio o rgo soberano da IECLB e lhe compete
estabelecer o plano de ao da Igreja no territrio brasileiro
(...); promover o debate e a reflexo sobre temas fundamen-
tais e de interesse das Comunidades, Parquias e Snodos(Const. Art. 25, incisos II e III).
Secretaria Geral
Secretaria Geral cabe prestar assessoramento e auxlio
na coordenao, execuo e dinamizao das atividades da
igreja (Const. Art. 37 inciso V).
9. Orientaes paraoperacionalizao do Planode Educao Crist Contnua
em cada instncia da IECLBA partir dessas atribuies definidas nos documentos
normativos, o PECC indica os seguintes passos para o pla-
nejamento das aes de educao crist de cada uma das
instncias:
ComunidadeAvaliar as aes educativas promovidas pela comuni-dade para cada fase da vida, identificando onde esto
contempladas as quatro reas temticas: Bblia Con-
fessionalidade Misso Contextos.
Diagnosticar lacunas na formao oferecida para cadafase da vida.
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Estabelecer metas e prioridadesna Assembleia Geralda Comunidade, conforme estatuto padro, Art. 21,
incisos II, III e VII.
Planejar e promover aes educativas a partir das
metas e prioridades estabelecidas, observando as trsformas de atuao e as reas temticas.
Prever no oramento da comunidade os recursosnecessrios para que se efetivem as aes de educao
crist planejadas.
Integrar-se nas aes de educao cristpromovidaspela parquia e pelo snodo.
Conselho ParoquialDiagnosticar, no mbito da parquia, lacunas na for-mao de lideranas a partir das quatro reas temticas:
Bblia Confessionalidade Misso Contextos.
Estabelecer metas, planejar e promover aes educa-tivas, observando as trs formas de atuao e as reas
temticas.Prever no oramento da parquia os recursos neces-srios para que se efetivem as aes de educao crist
planejadas.
Promover avaliaesperidicas e zelar pela unidadedas aes na parquia.
Acompanhar a reflexoe o planejamento de aes de
educao crist nas comunidades e no snodo.Indicar, incentivar e apoiar pessoas a participar de ativi-
dades sinodais voltadas formao.
Conselho SinodalCriar a Coordenao Sinodal de ECC, de acordo com a
realidade e as condies locais.
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Promover a divulgaoe o estudo do PECC em eventossinodais.
Promover, no mbito do snodo, encontros de formaopara lideranas.
Avaliar a proposta de planejamento apresentada pelaCoordenao Sinodal de Educao Crist.
Oferecer as condiespara a implementao do pla-nejamento sinodal de educao crist no Snodo.
Prever no oramentodo snodo o valor necessriopara que se efetivem as aes de educao crist pla-
nejadas.
Avaliar e aprovar os relatrios anuaissobre a EducaoCrist no Snodo.
Coordenao Sinodal de Educao CristIdentificar, no mbito do snodo, lacunas na formaode lideranas a partir das quatro reas temticas: Bblia
Confessionalidade Misso Contextos.
Elaborar e propor ao Conselho Sinodal o planejamentoda Educao Crist Contnuano snodo a partir dasmetas e prioridades estabelecidas na Assembleia Sinodal.
Promover e manter o dilogocom o grupo coordenadorde ECC da IECLB e outras Coordenaes Sinodais de ECC.
Elaborar relatrios anuais sobre a educao crist no
Snodo.
Conselho da IgrejaIndicar e homologar nomespara a composio do Gru-po Coordenador de Educao Crist Contnua da IECLB.
Avaliar as propostasapresentadas pelo Grupo Coor-denador de ECC da IECLB e dos Seminrios Nacionais.
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Grupo Coordenador de ECC da IECLB
O Grupo Coordenador tem como tarefa:
Assessorar o Conselho da Igreja nos assuntos relacio-nados educao crist.
Coordenar a divulgao do PECC junto aos snodos.Ser o elo entre snodos, Secretaria Geral e Conselho da
Igreja.
Acompanhar os snodos atravs de relatrios anuais poreles enviados.
Identificar necessidades e lacunas na formao de li-deranas.
Propor, planejar e coordenar seminrios nacionais deECC.
Divulgar, nas instituies que formam ministros e mi-nistras para a IECLB, as diretrizes da Poltica Educacional
da IECLB e o PECC.
Estimular a partilha de recursos didticos produzidosna IECLB.
Secretaria Geral
(Atravs da Secretaria de Formao, Departamento de Edu-
cao Crist e Coordenao de Diaconia)
Prestar assessoramentos coordenaes sinodais de ECC.Promover seminriosnacionais.Coordenar a elaborao de materiaisde abrangncianacional, em conformidade com a misso na igreja.
Acompanhare integrar o Grupo Coordenador de ECCda IECLB.
Prever, no oramento central, os recursose as condiespara o trabalho do Grupo Coordenador de ECC da IECLB.
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10. Fontes de pesquisae leituras recomendadas
Avaliao da Reestruturao da IECLB Fruns da IECLB, Vo-lume II. Blumenau: Editora Otto Kuhr, 2006.
Batismo e Educao Crist por uma vivncia diria da f. So
Leopoldo: Editora Sinodal, 2006.
Diretrizes da Poltica Educacional da IECLB. In: Textos Orienta-
dores para a Educao Evanglico-Luterana. Rede Sinodal de
Educao IECLB. So Leopoldo: Ed. Sinodal, 2005.
Discipulado permanente Catecumenato Permanente. In:Germano Burger (Ed.). Quem assume esta tarefa?Um do-
cumentrio de uma Igreja em busca da sua identidade. So
Leopoldo: Sinodal, 1977. p. 87-105.
Educao: Um Tesouro a Descobrir. UNESCO, MEC. So Paulo:
Cortez Editora, 1999.
Estudos Teolgicos n 3 1994 Ano 34. So Leopoldo: Escola
Superior de Teologia.Frum Nacional de Ensino Confirmatrio. So Leopoldo: Editora
Sinodal, 2006.
Frum Nacional de Misso Fruns da IECLB, Volume III. Blu-
menau: Editora Otto Kuhr, 2007.
Frum Nacional Luterano de Ensino Religioso. So Leopoldo:
Editora Sinodal, 2005.
Misso de Deus - Nossa Paixo Texto-base para o Plano de Ao
Missionria da IECLB 2008-2012. So Leopoldo: Editora Sinodal, 2008.
Misso em Contexto Federao Luterana Mundial. Curitiba:
Encontro Publicaes, 2006.
Nossa F - Nossa Vida Igreja Evanglica de Confisso Luterana
no Brasil 4.ed. So Leopoldo: Editora Sinodal, 2005.
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PARTE 2:REFLEXES SOBRE O PECC
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1. ObjetivosRessaltar a importncia do planejamento para educao
crist e refletir sobre os objetivos do PECC.
2. Para incio de conversa
O cuidado com a educao sempre foi um compromissodas igrejas de confisso luterana. Desde a sua origem, a IECLB
uma igreja preocupada com a formao e a capacitao de
seus membros para a vivncia da f. O PECC est inserido nessa
histria de ateno com a educao crist. fruto de uma longa
caminhada! No Conclio da Igreja, realizado em 2008 na cidade
de Estrela/RS, o PECC foi aprovado como instrumento orientador
do eixo transversal educao crist do PAMI. Isso significa quea educao crist um eixo que perpassa as quatro dimenses
da misso: evangelizao, comunho, diaconia e liturgia.
3. Leitura do PECCLeia o PECC nas pginas 7 at 13
Introduo
Fatos da histria da educao crist contnua na IECLBObjetivos do Plano de Educao Crist Contnua
4. Algumas consideraesA introduo ao PECC afirma a importncia e a neces-
sidade da educao crist contnua. Educao crist parte
Bloco 1 Histricoe objetivos do PECC
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integrante da misso. Para organizar a misso e as aes de
educao crist necessrio planejamento. E para o planeja-
mento fundamental considerar duas questes: referencial e
diagnstico. O que significa isso?
Referencial: um conjunto de elementos para orientao.No se trata de uma regra, mas de indicaes. Seguindo
os referenciais propostos pelo PECC, temos liberdade de
planejar e, ao mesmo tempo, podemos construir unidade
nas aes de educao crist na IECLB.
Diagnstico: a capacidade de compreender situaesa partir de uma anlise cuidadosa. Para o PECC, o objeti-
vo do diagnstico saber como acontece e quais so as
nfases e as lacunas da educao crist.
O ponto dois do PECC Fatos da histria da educao
crist contnua na IECLB apresenta diversas iniciativas comvistas a rever ou dar mais nfase s aes de educao crist.
Ao longo do tempo ficou cada vez mais claro que no se pode
planejar e praticar aes de educao crist apenas para uma
determinada fase da vida.
A f nunca est pronta, por isso no h forma-tura na f. Como pessoas crists, aprendemos eensinamos durante toda a nossa vida.
O PECC sinal de compromisso da IECLB com a tarefa de
educar na f em todas as fases da vida. Atravs dele, todas as
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instncias da IECLB orientam a avaliao e o planejamento de
aes de educao crist.
Instncias: Espaos onde acontecem e so planejadasaes de educao crist (comunidades, parquias, sno-
dos, centros de formao, departamentos, etc.).
Em que sentido o PECC serve de referencial para o pla-
nejamento de aes de educao crist? A resposta a esta
pergunta encontramos na definio do seu objetivo geral. Alipodemos perceber quatro elementos fundamentais:
1. Orientao. Educao crist tem duas dimenses: teol-
gica e pedaggica. O PECC ocupa-se com os contedos
da f (fundamentao teolgica) e com os processos de
ensino e aprendizagem desses contedos (fundamen-
tao pedaggica).
2. Destinatrios. O PECC dirigido s pessoas envolvidascom educao crist em todas as instncias da IECLB.
3. Finalidade. A finalidade do PECC fornecer elementos
e critrios para avaliar, planejar e executar aes de
educao crist para todas as fases da vida.
4. Motivo. A educao crist no tem fim em si mesma,
mas est ligada com a misso de Deus. Ela visa a ca-
pacitar pessoas para atuar na Igreja e na sociedade,permitindo cumprir o mandamento de ser sal e luz
para o mundo.
Os objetivos especficos so desdobramentos do objetivo
geral e apontam para aes que auxiliam a concretiz-lo. Por
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exemplo: o objetivo de identificar nfases e lacunas significa
fazer um diagnstico sobre o processo de educao crist.
Como pode ser feito o diagnstico?Podemos iniciarcom um levantamento dos espaos onde ocorre a educa-
o crist (culto infantil, ensino confirmatrio, JE, grupos
de estudo bblico, OASE, etc). Num segundo momento,
podemos identificar quais os contedos oferecidos nes-
tes espaos e quais metodologias so utilizadas. Aps a
sistematizao das informaes possvel fazer a anlise,
identificando nfases e lacunas relacionadas aos conte-dos da educao crist oferecidos aos membros. O grupo
que realizou o diagnstico pode fazer sugestes e indicar
prioridades a serem consideradas no planejamento de
aes para a educao crist. No bloco 5 falaremos mais
sobre a questo do diagnstico.
5. Para refletirComo realizada a avaliao (diagnstico) e o plane-
jamento de aes de educao crist na sua instncia?
Que influncia os programas de educao crist ofereci-
dos pela igreja tiveram em sua vida?
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Bloco 2:FundamentaoTeolgica
1. ObjetivosRefletir sobre a fundamentao teolgica e sua implicao
para nossa prtica educativa.
2. Para incio de conversaJesus nos ensina que necessrio construir sobre um
fundamento slido (Mt 7.24-25). O fundamento garante a
estabilidade e a segurana de uma obra. Tambm a educao
crist precisa estar bem fundamentada. Na fundamentao da
educao crist, o PECC considera a teologia e a pedagogia.
A teologia refere-se s questes da f crist e da confes-sionalidade, enquanto a pedagogia trata dos processosde ensino e aprendizagem. Ambas auxiliam a promover a
unidade nas aes de educao crist.
Ao oferecer fundamentao teolgica e pedaggica, o
PECC permite o planejamento de aes coerentes com a con-
fessionalidade luterana e, ao mesmo tempo, flexveis quanto
diversidade da IECLB.
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3. Leitura do PECCLeia o PECC na pgina 14 at 20
Fundamentao teolgica
4. Algumas consideraesDe acordo com o PECC, as aes de educao crist con-
tnua precisam considerar trs aspectos fundamentais:
1. Bblia,
2. Batismo,
3. Confessionalidade evanglico-luterana.
Estes trs elementos contm os princpios bsicos quefundamentam e orientam o planejamento e a execuo de
aes de educao crist propostas pelo PECC.
Nesta parte do PECC, a Bblia e a Confessionalidade fazem
parte da fundamentao teolgica. Mais adiante, ambas
so consideradas reas temticas para a definio decontedos.
Bblia e educao crist
A partir da Bblia, o PECC indica parmetros e princ-
pios ticos essenciais para uma educao baseada no agir
educativo de Deus. Cada princpio destacado apresenta uma
pequena reflexo a partir da Bblia e algumas indicaes para
a prtica educativa. Em primeiro lugar, vimos que a educao
crist lembrana dos feitos de Deus. O salmista nos convida
a compartilhar as bnos que recebemos de Deus: O que
ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, no
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o encobriremos a seus filhos; contaremos vindoura gerao
os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que
fez (Sl 78.3,4).
Princpios bblicos para a educao crist contnua:
Educao como lembrana dos feitos de Deus
A prtica do amor
O servio como essncia crist
A esperana vivida
A reconciliao com Deus e com o prximo
O dilogo e o respeito como expresso de unidade
Batismo e educao crist
No batismo, Deus manifesta seu amor por ns. Atravs
do batismo, somos integrados na comunidade e incorporados
ao corpo de Cristo. O Batismo no apenas marca o incio da
vida crist, mas a partir dele que toda a vida comunitria se
constitui. No Batismo, a comunidade assume o compromisso
com a educao na f da pessoa batizada.
Assim como o Batismo marca o nosso ser cristo,tambm a educao crist faz parte da nossa vida.
Por isso dizemos que ela contnua: inicia com oBatismo e continua em todas as fases da vida.
Confessionalidade e educao crist
A confessionalidade luterana aponta para uma prtica
educativa baseada em liberdade, aceitao e abertura para o
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dilogo. Cada indicativo da confessionalidade, destacado pelo
PECC, apresenta uma pequena reflexo e traz recomendaes
para a prtica educativa. A educao baseada na confessio-
nalidade luterana inclusiva e promove a participao efetiva
de todas as pessoas envolvidas no processo educativo; valorizacada ser humano; preserva sua individualidade e desperta para
o compromisso cristo.
Indicativos importantes da confessionalidade luterana para
a educao crist:
Justificao por graa e fa liberdade crist
o sacerdcio geral de todas as pessoas que creem.
5. Para refletirReflita sobre os princpios bblicos para educao crist.
Como eles esto presentes em sua prtica educativa?
O que significa assumir o compromisso com a educao
crist a partir do Batismo?
Reflita sobre os indicativos confessionais para a educa-
o crist. Como eles esto presentes em sua prticaeducativa?
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Bloco 3:FundamentaoPedaggica
1. ObjetivosRefletir sobre a fundamentao pedaggica e sua impli-
cao para nossa prtica educativa.
2. Para incio de conversaToda experincia educativa tem em sua base uma
proposta pedaggica, mesmo que esta esteja oculta ou su-
bentendida. No diferente com a educao crist. Afinal,
educao crist um ato educativo. Por isso, importante
refletir sobre os princpios pedaggicos que orientam nossas
aes de educao crist. Quando o PECC apresenta a fun-
damentao pedaggica, quer provocar reflexo e orientar
a nossa prtica educativa.
3. Leitura do PECC
Leia o PECC na pgina 20 at 28 Fundamentao Pedaggica
4. Algumas consideraesEducao crist pressupe um dilogo entre a teologia
e a pedagogia. Falar de dilogo entre pedagogia e teologia
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significa reconhecer que cada uma delas possui caractersticas
especficas. Nesse dilogo, a teologia, como reflexo da f,
busca na pedagogia elementos que auxiliem no processo de
educao crist.
fundamental que a educao crist considere o serhumano na sua totalidade. Isso implica levar em conta as
diferentes dimenses da personalidade (cognio, afetivi-
dade, atitude) e as diferentes fases de desenvolvimento da
vida humana.
Educar mais do que transmitir contedos.A partir dessa convico, o PECC apresentadefinies e indicativos metodolgicos paraa educao crist.
Conceitos e definies
O processo de educao crist no depende de uma nica
ao. Ele contnuo e acontece por meio de diferentes aes
em todas as fases da vida. Por que deve ser contnuo? Porque
ele uma resposta ao compromisso assumido no Batismo e
esse vale para toda a vida.
O que ajuda a viabilizar a continuidade do processo deeducao crist? Uma proposta metodolgica que oriente as
aes de educao crist e a definio de contedos bsicos
da f crist.
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Como se manifesta, na prtica, o contnuo da educaocrist? Na medida em que estudamos intencionalmente
temas da f crist e da confessionalidade nos diferentes
grupos e em diferentes fases da vida. Por exemplo: otema justificao por graa e f pode ser estudado com
crianas, adolescentes, jovens, pessoas adultas e idosas,
respeitando as caractersticas de cada fase da vida. A for-
ma de abordar pode ser diferente. O importante que o
estudo de um determinado tema no fique restrito a uma
fase da vida.
Indicativos metodolgicos
De acordo com o PECC, a preocupao com a metodologia
utilizada to importante quanto a escolha dos contedos
para a educao crist. Por essa razo, ele oferece indicativos
e cita os pilares da UNESCO para a educao.
O que so indicativos? Um indicativo algo queserve para orientar. Os indicativos apontados pelo PECC
orientam para uma educao integral, que considera o
ser humano em todas as suas dimenses e fases da vida.
Cada realidade pode exigir uma certa metodologia. Cabe
a cada pessoa que educa avaliar e orientar constantemente
sua prtica educativa a partir dos indicativos e dos pilares da
UNESCO.
Indicativos metodolgicos
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Valorizar a experincia de vida das pessoas
Envolver todo o corpo
Despertar a capacidade criativa de cada pessoa
Humanizar a educao atravs da alegria.Dialogar com liberdade sobre dvidas e perguntas
Servir ao prximo
Valorizar o processo e o caminho percorrido individual-
mente
Planejar as aes educativas de forma flexvel e aberta
Avaliar a caminhada
Quatro pilares da educao UNESCO
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a viver com os outros
Aprender a ser
5. Para refletirComo se observa o processo contnuo de educao crist
na sua comunidade?
Avalie a sua prtica educativa, considerando os indicativos
metodolgicos.
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Bloco 4: reastemticas
1. ObjetivosConhecer as reas temticas apresentadas pelo PECC e
refletir sobre os contedos de educao crist oferecidos nas
diferentes instncias.
2. Para incio de conversaPara planejar aes de educao crist contnua necess-
rio definir contedos bsicos. Quais so os temas e contedos
da f crist que no poderiam faltar ou que deveriam ser prio-
rizados? O PECC trata disso a partir da apresentao de reas
temticas. As quatro reas temticas consideradas prioritrias
so: Bblia, confessionalidade, misso e contextos. A inteno
de apresentar reas temticas no de trabalhar os contedos
em caixinhas, mas despertar para a necessidade de apontar,
intencionalmente, para temas que devem ser refletidos por
uma pessoa crist ao longo da vida.
3. Leitura do PECC
Leia o PECC na pgina 29 at 39reas temticas
4. Algumas consideraesSe partirmos do pressuposto que todos os contedos
podem ser trabalhados em todas as fases da vida, podemos
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perceber que alguns grupos se ocupam mais com contedos
de uma rea temtica. A partir dos temas e critrios das reas
temticas, poderamos nos perguntar: De que forma podemos
refletir intencionalmente com as crianas sobre princpios
luteranos, como justificao por graa e f ou liberdadecrist? O quanto se reflete sobre temas da atualidade com
idosos?
A classificao dos contedos em reas temticas quer ser
um auxlio. As reas temticas, desdobradas em conte-
dos, nos ajudam a avaliar e planejar a prtica de educaocrist desenvolvida nos diferentes grupos.
importante lembrar que a Bblia e a confessionalidade,
alm de reas temticas, so tambm fundamentao teol-
gica para contedos da educao crist (conforme captulo
4 do PECC). Como se d esta relao entre fundamentaoteolgica e rea temtica? Usemos como exemplo o contedo
consumismo, proposto na rea temtica contextos. Ao refle-
tir sobre consumismoa partir da quinta petio do Pai Nosso,
tanto a Bblia (Mt 6.11) quanto a confessionalidade (Catecismo
Menor) constituem a fundamentao teolgica para a aborda-
gem deste contedo. Isso significa que um contedo, para ser
considerado de educao crist, precisa estar fundamentadoteologicamente na Bblia e na confessionalidade.
Bblia
A Bblia um dos fundamentos da f crist. Atravs dela,
Deus fala, manifesta sua vontade e convida pessoas a uma
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deciso. Ela orienta a f, as decises e a conduta da igreja
toda e de seus membros em particular. Neste ponto do PECC,
a Bblia, como rea temtica, tratada como contedo a ser
estudado.
Como a Bblia pode servir de fundamento da f crist seno a conhecemos? O PECC apresenta critrios que so im-
portantes para conhecer a Bblia.
Critrios para o estudo da Bblia
Conhecimento bblico
Formao da BbliaContexto da Bblia
Mtodos de interpretao da Bblia
Confessionalidade
A IECLB, junto com outras igrejas de confisso luterana,
tem critrios que marcam sua identidade confessional eque so determinantes para a educao crist. Nesta rea
temtica so destacados os critrios teolgicos da confisso
luterana.
Critrios teolgicos da confessionalidade luterana
Salvao somente por graa, mediante a fLiberdade crist
Existncia sob a cruz
Somos justos e pecadores
Sacerdcio geral de todas as pessoas que creem
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Misso
Misso pertence essncia do ser igreja. As quatro
dimenses da Misso conforme o PAMI tornam-se conte-
dos especficos do PECC. Refletimos sobre esses contedospara compreender a forma como a IECLB igreja de Jesus
Cristo e de que maneira ela participa da Misso de Deus
no mundo.
As quatro dimenses do PAMI so:
EvangelizaoComunho
Diaconia
Liturgia
Contexto
A f em Jesus Cristo sempre se manifesta no tempo e
no espao, que tambm chamamos de contexto. necess-
rio compreender o contexto em que a f vivida para que o
testemunho do evangelho seja pertinente, promovendo paz,
justia e amor na sociedade brasileira e no mundo.
Temas do contexto
Contexto social, econmico e poltico
Contexto cultural
Contexto eclesial e religioso
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5. Para refletirComo a leitura e o estudo da Bblia podem ser in cremen-
tados na vida comunitria?
Estabeleam formas concretas de misso a partir dasquatro dimenses do PAMI para a sua rea de atuao
local e sinodal.
O nosso testemunho deve acontecer com os ps na rea-
lidade. Como isso se realiza no espao em que vivemos?
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Bloco 5: Estratgias deplanejamento
1. ObjetivosConhecer asformas de atuao e identificar as atribuies
de cada instncia para o planejamento de aes de educao
crist contnua.
2. Para incio de conversaConforme vimos no objetivo geral, o PECC orienta o
planejamento de aes de educao crist contnua. Alm de
fornecer fundamentao teolgica e pedaggica, e apresentar
quatro reas temticas, ele indica formas de atuao e atribui-
es especficas para cada instncia. o que veremos a seguir.
3. Leitura do PECCLeia o PECC na pgina 40 at 45
Formas de atuao
Atribuies diante do PECC
Orientaes para operacionalizao do PECC em cadainstncia da IECLB
4. Algumas consideraesA educao crist acontece em todas as instncias da igre-
ja. Cada instncia responsvel pelo planejamento de aes de
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educao crist. Para auxiliar nesse processo de planejamento,
o PECC sugere trs formas de atuao: articulao, publicao
de materiais e formao. Essas trs formas de atuao esto
interrelacionadas e so interdependentes.
Exemplo de aplicao das formas de atuao sugeri-
das pelo PECC:
Articulao: atravs de um diagnstico uma comuni-dade constata a falta de conhecimento bblico sobre
o Antigo Testamento. Esse diagnstico pode levar ao
planejamento de diferentes aes.
Publicao de material: Oferta de um caderno sobre
o Antigo Testamento. Isso pode acontecer atravs da
organizao e publicao de um caderno por parte da
comunidade ou atravs do uso de publicaes j exis-
tentes na IECLB.
Formao: Oferta de um seminrio ou curso sobre oAntigo Testamento.
Um passo para o planejamento
Como j foi mencionado, o PECC aponta para a necessi-
dade da realizao de um diagnstico. Para realizar esse diag-nstico, utilizamos as quatro reas temticas. A partir delas
possvel identificar quais contedos so oferecidos em cada fase
da vida nos diferentes grupos da comunidade. Para realizar o
diagnstico sugerida a utilizao da seguinte planilha:
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PLANILHA DE DIAGNSTICO DOS CONTEDOS DA EDUCAO CRIST
CrianasCulto Infantil,Encontrosbblicos com
crianas
Bblia Confessionalidade Misso Contextos
AdolescentesEnsinoConfirmatrioe JuventudeMirim
JovensGrupos deJuventudeEvanglica
AdultosEstudo bblico,OASE, grupode casais,LELUT
IdososGruposde terceiraidade
No processo de diagns