Post on 19-Mar-2016
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Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - ENSP/FIOCRUZ
Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social
Plenária III Unidade de Aprendizagem II- Organizações e Instituições
É com imenso prazer
que apresen
to à vocês o Grupo Relaxa
em mais uma
produção...
O Reino Relaxista e as Famílias Reais Promotoras de
Saúde
Situação Problema 1:
Percepção de crianças e
adolescentes sobre temas de
saúde
Principais Conceitos
Segundo Becker (2004), diagnóstico participativo é a realização de um diagnóstico
em um território que visa conhecê-lo em profundidade de maneira a problematizar as principais dimensões de sua realidade social. Becker ainda acrescenta o termo comunitário,
pois diz que o Diagnóstico Participativo Comunitário amplifica suas possibilidades na
medida em que pressupõem que seja realizado em um contexto complexo e
dinâmico como são as comunidades, contando para tal com a participação efetiva dos atores
sociais envolvidos no processo dinâmico de investigação social.
Principais Conceitos
Ievorlino (2001) diz que alguns autores afirmam que o grupo focal enfatiza a
compreensão dos problemas do ponto de vista dos grupos populacionais, assim como
o conhecimento das aspirações da comunidade expressos por ela própria.
Questões Nucleares
Sedentarismo Prática de atividade física Diagnóstico Participativo Grupos Focais Pautas de Vida
Determinantes Sociais de Saúde
Cenário Escuta Diferenças Iniqüidades Participação Social
Questão de Aprendizagem
Quais recursos metodológicos podem
contribuir para promover o diálogo dos
determinantes sociais de saúde com as pautas de
vida?
Principais Conceitos
Os Recursos Metodológicos são encaminhamentos que podem
favorecer a construção de linhas de ações e planejamento didático,
oferecendo orientações, sem, entretanto, estabelecer regras
fixas a serem seguidas. (Site da Secretaria de Educação do
Paraná).
Esse movimento de reorganização tecnológica do trabalho em saúde quer
compreender como se dão as complexas relações entre homem e o
seu espaço/território de vida e trabalho sendo fundamental para a identificação de suas características
históricas, econômicas, culturais, epidemiológicas e sociais, bem como de seus problemas (vulnerabilidades)
e potencialidades. (BATISTELA, et al., 2007).
Principais Conceitos
Os modos de vida (situação de saúde da população de cada sociedade) são a
expressão das características do meio natural, das forças produtivas, da
organização econômica e política, da relação com o meio ambiente, da cultura,
da história e de outros processos que configuram as identidades e as formações
de uma sociedade
Principais Conceitos
A complexidade de determinantes, condicionantes e fatores envolvidos
sugerem a identificação de problemas mais amplos, que
tradicionalmente não figuram entre os problemas médicos ou
epidemiológicos, nem na linha de ação dos profissionais da saúde.
(BATISTELA, et al., 2007)
Principais Conceitos
Principais Conceitos
Com a adoção de recursos metodológicos a ação pedagógica deve procurar estabelecer uma relação de
aprendizado compartilhado, de mútua busca do saber entre aqueles atores envolvidos. Não se trata de buscar a
modelagem de comportamentos tidos como não saudáveis ou de risco, mas sim de identificar e compreender as
razões das vulnerabilidades coletivas. (BATISTELA, et al., 2007)
Principais Conceitos
Enquanto qualidade de vida, a pauta da promoção da saúde e desenvolvimento
social é, também, uma pauta de vida, fruto de relações, sentidos e significados
simbólicos que podem mudar de indivíduo pra indivíduo, assim como de coletivo para coletivo, às vezes, demarcando fronteiras, às vezes celebrando igualdades, porém, procurando sempre entender e respeitar
as diferenças.
Principais Conceitos
Como ponto de partida o acolhimento e processamento de escutas, a pesquisas-ação-
participativa, o diagnóstico participativo, assim como o grupo focal, têm se demonstrado como potenciais meios de obtenção e elaboração de políticas, programas, estratégias e ações de promoção da saúde, justamente, por sair de
objetivação do outro ao momento em que, nesta relação, além do outro objetivá-lo, o pesquisador
tem também a chance de se meta-objetivar. Onde, no momento em que a saúde é um produto sócio-
cultural, ou seja, depende, precisa e é fruto da participação de todos, há a necessidade de que todos se reconheçam e percebam o outro como promotor da saúde, e isso, para muito além do
setor saúde.
Relato de Prática 1:
Entre o Céu e o Inferno
Entre o céu e o inferno
Um Senhor tinha três filhos, ele e a família eram um assíduos participante dos Testemunhas de Jeová na cidade
de Juiz de Fora. Um dia a filha mais nova que tinha sete anos sentiu-se mal e o pai a levou ao Hospital. Ao chegar, a
equipe médica já percebeu que a criança estava bem pálida, muito magra e era bem pequena para a idade,
relatava fortes dores de cabeça e segundo o pai as dores eram diárias. Após a avaliação médica e exames clínicos foi
diagnosticado que a menina tinha um tumor cerebral devido a uma má formação congênita e que poderia ter
sido diagnosticado mais cedo se os pais tivessem procurado ajuda medica.
O neurologista de plantão chamou o pai e disse:_ Será necessário fazer uma cirurgia no cérebro da sua
filha e preciso que o Senhor reúna seus familiares e veja quem pode é compatível para doar sangue porque ela vai
precisar durante e após a cirurgia.
Isso foi motivo de uma grande confusão no hospital o pai disse ao médico:
-Preferia ver a minha filha morta mais indo para o céu do que tê-la a filha viva e ela fosse pro inferno.
Juntaram médicos, assistente social, enfermeiros e ninguém conseguiu convencer aquele pai que a cirurgia e
a transfusão sanguínea eram os únicos recursos para salvar a filha. Depois de muitos bate bocas, agressões
físicas o pai assinou um termo de responsabilidade e tirou a filha do Hospital levando-a para a casa e disse aos
médicos:Se a minha filha tiver de ser curada será Deus que fará e
não vocês.
Principais Conceitos
“Cultura é uma manifestação coletiva que reúne heranças do passado,
modos de ser do presente e aspirações, isto é, o delineamento do futuro desejado. Por isso mesmo, tem
de ser genuína, isto é, resultar das relações profundas do homem com seu meio, sendo por isso o grande cimento
que defende as sociedades locais, regionais e nacionais contra as
ameaças de deformação ou dissolução de que possam ser vítimas”. (SANTOS,
p. 65. 2002)
Questões Nucleares
Mediação Cultura/crença Formação Judicialização da saúde Direito Fé Significação da vida Conciliação
Respeito a vida Negociar Opções Bioética Cuidado Poder médico Ouvir Olhar para o outro Diferente
Questão de Aprendizagem
Como mediar os conflitos entre as práticas de saúde e as diferentes culturas e
crenças religiosas?
Principais Conceitos
Cuidar vai muito além de impor aquilo que acreditamos como sendo o mais
correto... Mediar práticas de saúde com as diferentes culturas e crenças
religiosas, não é um fim em si mesmo; requer esforço profissional em
ultrapassar barreiras, muitas vezes religiosas para entender qual o
significado que as crenças têm na vida das pessoas e considerar a interferência
das diferentes culturas.
“É preciso que os profissionais de saúde se interroguem acerca de porque, como, e quanto se
responsabilizam, em relação aos projetos de felicidade daqueles cuja saúde cuida, preocupando-
se também acerca do quanto esses sujeitos são conhecedores
e partícipes da sua própria vida”. AYRES (p. 24. 2004)
Principais Conceitos
Tomando por base a dimensão existencial do Cuidado defendida por Ayres e uma dimensão bioética podemos chegar a duas conclusões: a
primeira é que se pode extrair como regra geral que a tomada de decisão ou mediação dos conflitos nas práticas de saúde deve ser
respaldada na legislação, como a Constituição Brasileira de 1988 que em seu artigo 5º garante a liberdade de crença religiosa,
assegurando que as pessoas possam tomar decisões acerca de sua vida em concordância com a própria fé; assim como nos códigos de
ética das profissões envolvidas nos conflitos...
Principais Conceitos
Principais Conceitos
... E a segunda é que a base da mediação fundamenta-se na dimensão dialógica entre envolvidos – usuários, famílias, profissionais
de saúde e outros – que segundo Ayres, (2004) é condição básica de possibilidade do
encontro, poder ouvir e fazer-se ouvir, pólos indissociáveis do diálogo em que faz surgir o cuidador e o cuidado, o cuidado e o cuidador.
Principais Conceitos
A promoção da saúde, a partir desse aspecto e como proposta política, tem um debate de
grande complexidade pela frente, onde, respeitando as diferentes culturas presentes
e representadas nos e, às vezes, por um território ou uma individualidade, tem de
construir um diálogo co-participativo onde esta não intervenha, mesmo que
indiretamente, como deformadora cultural, abrindo espaços para outros interesses.
Principais Conceitos
Situação Problema 2:
Desafios de uma equipe frente ao envelhecimento
Principais Conceitos
Os idosos se tornaram descartáveis em um sistema
que valoriza a capacidade produtiva em detrimento de
outras habilidades do ser humano.
(ECLÉA BOSI,1987)
Questões Nucleares
Problemas sociais Atendimento fragmentado Integralidade Política do Idoso Acesso Articulação de ações Programas focalizados
Estatuto do idoso Redes Demanda Vínculo Ouvir e escutar Espaço para o envelhecimento saudável Participação social
Como promover a integralidade do cuidado à
população idosa no cotidiano das práticas de saúde?
Questão de Aprendizagem
Relações baseadas no acolhimento, vínculo e escuta, levando em
consideração que: ´´não é possível humanizar as práticas de saúde se
não se parte do pressuposto de que a resposta à diferentes necessidades
de saúde é o fundamento de qualquer proposta de inclusão emancipatória dos sujeitos nas políticas e ações de
saúde.``(AYRES, p. 28. 2011)
Principais Conceitos
Principais Conceitos
Segundo Mattos (2001), se faz necessário como diz, uma recusa ao reducionismo, uma
recusa à objetivação dos sujeitos e talvez uma afirmação da abertura para o diálogo. Talvez a integralidade só se realize quando
procuramos estabelecer uma relação sujeito-sujeito, quer nas nossas práticas nos serviços
de saúde, quer nos debates sobre a organização dos serviços, quer nas discussões
sobre as políticas. Isso talvez envolva uma abertura para o diálogo com o outro, que nem
sempre resiste aos nossos projetos, do mesmo modo que resistimos aos seus
projetos.