Post on 16-Dec-2018
POR QUE OS BANCOS DEVEM PRIORIZAR A INTEROPERABILIDADE DE PAGAMENTOS NA AMÉRICA LATINA
Além de abrir espaço para ameaças de concorrentes, a abordagem atual dos bancos faz com que eles percam oportunidades de geração de receitas.
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POR QUE OS BANCOS DEVEM PRIORIZAR A INTEROPERABILIDADE DE PAGAMENTOS NA AMÉRICA LATINA AMERICAS MARKET INTELLIGENCE
Além de abrir espaço para ameaças de concorrentes, a abordagem atual dos bancos faz com
que eles percam oportunidades de geração de receitas.
O CONCEITO DE INTEROPERABILIDADE E SUA APLICAÇÃO
Fazer sistemas informáticos “conversarem” entre si dentro de uma organização de grande
porte é uma tarefa complexa. Assegurar a comunicação e a troca de dados entre empresas
distintas é ainda mais difícil. Esse é o significado de interoperabilidade – e fazê-la funcionar
constitui um desafio em todo o mundo.
A interoperabilidade nos pagamentos ainda é elusiva. Devido à falta de coordenação entre
bancos e câmaras de compensação, pagamentos transfronteiriços podem levar de três a
cinco dias úteis para serem concluídos. Que medidas podem ser adotadas para acelerar e
permitir uma interação perfeitamente integrada entre diferentes sistemas de pagamento?
PANORAMA DA INTEROPERABILIDADE DE PAGAMENTOS NA AMÉRICA LATINA
Atualmente, a interoperabilidade de pagamentos na América Latina varia e gira em torno
principalmente do processamento de cartões e de pagamentos em tempo real. O Brasil e
o México são os líderes desse setor. Os países mais atrasados nessa área incluem Peru e
Argentina, ao passo que Colômbia e Chile estão em um estágio intermediário.
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BRASILO Banco Central do Brasil foi uma das
primeiras instituições da região a promover
a interoperabilidade. As discussões se inici-
aram em 2010 com foco na interoperabilidade
entre processadores de pagamentos e recen-
temente evoluíram para abordar pagamentos
em tempo real.
Atualmente, o Brasil tem uma das infraestru-
turas de transferência em tempo real mais
avançadas da região. Altamente populares, as
TEDs permitem transferências interbancárias
de baixo custo entre 6h e 17h. Já os DOCs, que
são transferências eletrônicas de baixo custo
liquidadas no dia seguinte ao da operação,
estão se tornando menos populares devido ao
seu limite de transferência de R$ 5 mil.
O grupo de trabalho para pagamentos em
tempo real do Banco Central visa melhorar
a interoperabilidade ao permitir pagamentos
em tempo real 24 horas por dia, 7 dias por
semana, usando trilhos fornecidos por bancos,
instituições não bancárias, empresas de tele-
comunicações e redes de cartões. Isso deve
ampliar o uso de pagamentos em tempo real
para novas verticais, reduzir custos e melhorar
a experiência geral do usuário. A estru-
tura deve ser anunciada durante o segundo
semestre de 2018.
MÉXICOO México é um dos países mais avançados
do mundo em termos de pagamentos em
tempo real. Recentemente, o Banco do
México (Banxico) implementou, por meio da
SPEI, sua rede de pagamentos eletrônicos
interbancários, um sistema de pagamentos
em tempo real disponível 24 horas por dia,
7 dias por semana. O serviço permite que
os usuários transfiram dinheiro para contas
bancárias, cartões de crédito e débito e até
mesmo números de telefone celular. Todos os
pagamentos são rastreáveis por meio do site
do Banxico.
No entanto, a adesão aos pagamentos
em tempo real via SPEI por parte dos
consumidores tem sido lenta: estima-se que
foram feitos US$ 8 bilhões em transferências
de baixo valor via SPEI em 2018, ao passo que
os pagamentos em espécie somaram quase
US$ 24 bilhões. Isso mostra a viscosidade
cultural do dinheiro físico e os esforços que os
bancos deverão empreender para evangelizar
os pagamentos eletrônicos.
A falha de segurança ocorrida na SPEI em maio
de 2018, na qual hackers fizeram transações
fraudulentas no valor de aproximadamente
US$ 16 milhões, destaca as preocupações
de segurança em torno de métodos de
pagamento em tempo real. Esse incidente
lamentável pode prejudicar consumidores
que estejam no processo de desenvolver a
confiança necessária no SPEI para usá-lo
regularmente.
INTEROPERABILIDADE NA AMÉRICA LATINA, PAÍS A PAÍS
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ARGENTINACom atraso de cinco anos em relação ao
Brasil, a Argentina está finalmente avançando
para a descentralização do processamento
de cartões de crédito. O governo emitiu uma
ordem formal para que o Prisma Medios de
Pago, o único adquirente da Visa, com 75%
de participação no mercado, fosse vendida
por seus 14 bancos proprietários. O governo
pretende romper o acordo de exclusividade
entre adquirentes e redes de cartões com
o objetivo de permitir a entrada de novos
concorrentes.
Em 2016, o Banco Central Argentino (BCRA)
habilitou dois novos métodos de pagamento
instantâneo gratuito, o “Debito Inmediato”
(DEBIN), que permite a portadores de cartões
de débito enviar imediatamente pagamentos
aos destinatários, e o “PEI”, sistema que
possibilita pagamentos interbancários em
tempo real por meio de uma carteira digital,
de um dispositivo mPOS ou da internet. Sem
o apoio ativo dos bancos, no entanto, os
esforços de marketing para promover essas
iniciativas têm sido anêmicos e a adesão por
parte dos usuários tem sido mínima.
COLOMBIAA Colômbia foi um dos primeiros mercados
latino-americanos a implementar uma verda-
deira solução de compensação automática
(ACH). Por meio do “PSE botón de pagos”,
sistema que permite pagamentos on-line por
meio de contas bancárias, os colombianos
contam com maior flexibilidade e conveniência
ao pagar suas compras na internet. Apesar
dessas vantagens, não há um consenso regu-
latório claro sobre a criação de um sistema de
pagamento instantâneo na Colômbia.
Em 2016, a agência reguladora financeira do
país estabeleceu o marco operacional e jurídico
para as chamadas “Sociedades Especializadas
en Pagos y Depósitos Electrónicos” (SEDPE).
No âmbito desse marco, instituições não
bancárias recebem uma licença para que
prestem serviços de depósitos e pagamentos.
Esse modelo permite a criação de carteiras
digitais e facilita a integração de clientes sem
conta bancária. A MOVII foi a primeira SEDPE
a entrar em operação na Colômbia (11 de julho
de 2018).
Embore crie uma estrutura para a ampliação
de serviços financeiros, a regulação sobre as
SEDPE não faz nenhuma menção à interop-
erabilidade. O resultado provável será a
criação de várias carteiras digitais de circuito
fechado – embora a intenção dessa iniciativa
seja nobre, esses produtos poderão não alca-
nçar seu potencial pleno caso não ofereçam
interoperabilidade.
INTEROPERABILIDAD EN LATINOAMÉRICA, PAÍS POR PAÍS
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CHILEO final de 2017 foi marcado por uma nova
regulação segundo a qual o Transbank – até
então o único adquirente do Chile – deixaria
de ter esse monopóio, proibindo o acordo de
exclusividade vigente à época entre bancos e
adquirentes. Em outubro de 2017, o Multicaja
tornou-se o primeiro concorrente, obtendo
uma licença de aquisição diretamente da
Mastercard. Levará algum tempo para que
novos concorrentes ganhem uma participação
relevante no mercado, mas muitos recon-
hecem a nova regulação como um esforço
necessário para impulsionar a interoperabili-
dade e a concorrência.
PERÚEntre os grandes mercados da América
Latina, o Peru é ao mesmo tempo o país mais
e menos avançado em termos de interoper-
abilidade de pagamentos. A VisaNet ainda
opera como a única rede adquirente da Visa
e tem 70% de participação no mercado, mas
esse cenário está mudando, já que a empresa
está sendo pressionada pelo governo a abrir
seus trilhos para outras redes e agregadores.
Por outro lado, o Peru conta com uma
das plataformas de pagamentos móveis
interoperáveis mais avançadas do mundo,
a Bim. Lançada em fevereiro de 2017, a Bim
é uma carteira móvel apoiada pela maioria
dos bancos locais, possibiltando pagamentos
P2P interoperáveis, recargas de celulares,
pagamentos de contas e outros serviços. Mais
uma vez, a adesão por parte dos consumidores
é baixa, visto que os bancos têm preferido
centrar seus esforços de marketing em
soluções de carteiras de circuito fechado,
como a BBVA Wallet e a Yape, do BCP.
No que se refere ao processamento de cartões, os governos entenderam a necessidade
de implementar a interoperabilidade e vêm envidando esforços para promovê-la. Graças
à intervenção regulatória, o monopólio dos adquirentes na Argentina, no Peru e no Chile
deve chegar ao fim este ano, abrindo espaço para modelos e fornecedores alternativos de
sistemas de processamento de pagamentos por cartão.
A não interoperabilidade ainda persiste na região em dois segmentos principais: carteiras
digitais e transferências interbancárias. Entre os desafios existentes podemos citar uma
infraestrutura de pagamento deficiente, a falta de mão de obra especializada e restrições
regulatórias, mas o principal fator limitante é o medo dos próprios bancos de adotar a
interoperabilidade e a incapacidade de perceber seu verdadeiro valor.
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CARTEIRAS DIGITAIS A maioria das carteiras e plataformas digitais
desenvolvidas por bancos, como a BBVA Wallet, a
Aval Pay, a Yape e a CitiBanamex Pay, consiste em
sistemas de circuito fechado. Em geral, essas soluções
se limitam às suas respectivas bases de clientes e só
podem ser usadas nos estabelecimentos comerciais
participantes. Essa não interoperabilidade mina o
valor da rede ao limitar seu potencial de escala. O
dinheiro físico – o principal método de pagamento
interoperável – ainda representa até 90% das compras
no varejo em alguns mercados, o que significa que a
não interoperabilidade acaba com a competitividade
de qualquer método de pagamento emergente.
Por outro lado, o Samsung Pay ou o Apple Pay
estão disponíveis para os portadores de cartões de
qualquer banco participante, enquanto plataformas
não bancárias – como RappiPay, MercadoPago e
RecargaPay – permitem múltiplas modalidades de
financiamento (cartão de crédito, cartão de débito ou
até dinheiro em espécie). Ao permitir o dinheiro físico
como método de financiamento, essas plataformas
capturam o negócio de clientes sem recursos.
TRANSFERÊNCIAS INTERBANCÁRIASComo os bancos lutam para oferecer cartões de crédito
para a maioria dos seus clientes e os adquirentes não
conseguem oferecer taxas acessíveis a pequenos
comerciantes, as contas bancárias representam um
elemento cada vez mais importante do ecossistema
de pagamentos. Atualmente, no entanto, as contas
bancárias ainda são pouco exploradas como meio de
pagamento devido à interoperabilidade limitada.
Para ampliar as opções de métodos de pagamento,
as instituições financeiras devem buscar esquemas
que não dependam exclusivamente de cartões. Uma
opção é implementar um sistema de transferências
bancárias interoperáveis. Isso ajudaria as instituições
financeiras a absorver as centenas de bilhões de dólares
gastos em dinheiro físico todos os anos em compras
O DINHEIRO FÍSICO
— O PRINCIPAL
MÉTODO DE
PAGAMENTO INTEROPERÁVEL
— AINDA REPRESENTA ATÉ 90%
DAS COMPRAS NO VAREJO
EM ALGUNS MERCADOS, O
QUE SIGNIFICA QUE A NÃO
INTEROPERABILIDADE ACABA
COM A COMPETITIVIDADE
DE QUALQUER MÉTODO DE
PAGAMENTO EMERGENTE.
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no varejo em verticais como estacionamentos,
pedágios, postos de gasolina, transportes públicos,
varejistas de pequeno porte, recargas de celulares e
pagamentos P2P.
A Visa, a Mastercard e a AmEx entendem que, nos
moldes atuais, os cartões de pagamento não podem
alcançar essas verticais altamente caracterizadas
por transações em espécie. Essa constatação
explica seus esforços de modernização por meio da
implementação de cartões sem contato. Todas as
três redes de cartões emitiram ordens oficiais para
que seus emissores e adquirentes da região adotem a
tecnologia sem contato. Isso sinaliza aos bancos locais
que agora é o momento de desenvolver transferências
bancárias interoperáveis em tempo real.
De acordo com a pesquisa CGI Global Payments
Research, “as transferências de conta a conta deverão
se tornar o maior instrumento único [de pagamentos]
até 2022, superando o uso individual de cartões de
débito, crédito e sem contato”. Em última análise, as
transferências bancárias podem proporcionar aos
consumidores maior acesso a serviços financeiros e
oferecer a comerciantes melhores taxas de desconto.
Essa mudança ampliará o mercado de pagamentos
eletrônicos e fortalecerá as economias ao promover
a formalidade entre estabelecimentos comerciais que
atualmente operam por baixo do pano.
A INFLUÊNCIA DOS APARELHOS MÓVEISNas últimas décadas, a falta de interoperabilidade fez
com que os bancos não se sentissem pressionados a
oferecer pagamentos em tempo real e repassassem
para as redes de cartões a tarefa de facilitar
pagamentos. Atualmente, a relação entre os bancos e
seus clientes passa por grandes mudanças. À medida
que se tornam mais informatizados, os consumidores
demonstram uma autonomia sem precedentes sobre
suas finanças e uma redução significativa na fidelidade
a seus bancos. Trata-se de uma combinação perigosa
para bancos tradicionais, que enfrentam concorrentes
que operam apenas no meio digital e cujo contato
com os clientes ocorre principalmente por meio de
telefones celulares.
De acordo com projeções da eMarketer, o número de
usuários de smartphones na América Latina crescerá
para mais de 240 milhões até 2019. À medida que os
latino-americanos dominarem o uso de aplicativos
móveis como o Venmo, a demanda por serviços
gratuitos semelhantes aumentará. A rapidez dos
pagamentos e o custo competitivo tornam-se os
principais indutores da fidelidade. No Brasil, por
ATUALMENTE, A
RELAÇÃO ENTRE
OS BANCOS E
SEUS CLIENTES PASSA POR
GRANDES MUDANÇAS. À
MEDIDA QUE SE TORNAM
MAIS INFORMATIZADOS, OS
CONSUMIDORES DEMONSTRAM
UMA AUTONOMIA SEM
PRECEDENTES SOBRE SUAS
FINANÇAS E UMA REDUÇÃO
SIGNIFICATIVA NA FIDELIDADE
A SEUS BANCOS.
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exemplo, os consumidores estão acostumados a usar
aplicativos móveis para fazer transferências em tempo
real a baixo custo. Os bancos digitais atualmente
oferecem pagamentos interbancários sem nenhum
custo.
Ao implementar uma infraestrutura de transferências
interbancárias em tempo real e disponível 24 horas
por dia e 7 dias por semana, os bancos poderiam
eliminar completamente os intermediários de
pagamento e capturar oportunidades que somam
centenas de bilhões de dólares. Os bancos, no
entanto, precisam reconhecer também que podem ser
substituídos rapidamente por sistemas concorrentes
de circuito fechado. Os aplicativos móveis chineses
WeChat e AliPay – plataformas não bancárias que
processam mais de 50% do PIB da China – mostram
que isso é possível. Empresas de tecnologia já
presentes na América Latina, como a Rappi, estão
seguindo esse caminho. Até mesmo plataformas que
não processam pagamentos, como Uber e WhatsApp,
representam uma ameaça iminente.
COMO A INTEROPERABILIDADE GERA
VALOR PARA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Com o surgimento de fintechs e bancos digitais, as
instituições financeiras tradicionais vêm repensando
sua estratégia em relação à chamada abertura
bancária (open banking). A Diretiva Europeia
sobre Serviços de Pagamento II (PSD2) promove o
compartilhamento de dados e propostas semelhantes
estão sendo consideradas em outras regiões. O
investimento em interoperabilidade lança as bases
para a implementação do conceito de serviços
bancários como plataforma (banking as a platform).
Apesar da concorrência, os bancos devem estar
seguros de que continuam sendo a espinha dorsal
da infraestrutura de pagamentos existente. Com
a implementação da interoperabilidade plena, a
infraestrutura dessas instituições fornecerá os trilhos
sobre os quais empresas disruptivas podem prestar
seus serviços a qualquer pessoa, em qualquer lugar,
a qualquer momento. Para tanto, os trilhos devem
ser abertos e inclusivos, com conectividade máxima.
Nesse cenário, a ameaça competitiva se reduz e a
colaboração e a ampliação ficam disponíveis para
todo o ecossistema.
Em um cenário alternativo, no qual as redes de
pagamento permanecem fechadas ao mesmo tempo
em que os consumidores se tornam mais perspicazes,
os pagamentos tendem a alcançar o status de
commodity. O conceito de “pagar para pagar”
APESAR DA
CONCORRÊNCIA, OS
BANCOS DEVEM ESTAR
SEGUROS DE QUE CONTINUAM
SENDO A ESPINHA DORSAL DA
INFRAESTRUTURA DE PAGAMENTOS
EXISTENTE. COM A IMPLEMENTAÇÃO
DA INTEROPERABILIDADE PLENA,
A INFRAESTRUTURA DESSAS
INSTITUIÇÕES FORNECERÁ
OS TRILHOS SOBRE OS QUAIS
EMPRESAS DISRUPTIVAS PODEM
PRESTAR SEUS SERVIÇOS A
QUALQUER PESSOA, EM QUALQUER
LUGAR, A QUALQUER MOMENTO.
desaparecerá e os bancos assistirão à canibalização
dos seus volumes por concorrentes no médio prazo
na América Latina. As instituições financeiras que
não adotarem a interoperabilidade de pagamentos
certamente perderão popularidade entre uma
clientela cada vez mais sofisticada.
A interoperabilidade dos serviços de telecomunicações
atualmente é vista como algo natural. Da mesma
maneira, qualquer domicílio pode se conectar a uma
rede elétrica interoperável e os internautas podem
se comunicar livremente, a despeito do provedor
usado. Com os pagamentos não deve ser diferente:
no futuro, os pagamentos fluirão para qualquer
pessoa, em qualquer lugar, a qualquer momento. A
alta penetração dos aparelhos móveis na América
Latina torna essa realidade mais imediata. Instituições
financeiras que não aceitarem a mudança correrão o
risco de ficar para trás.
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