Post on 10-Nov-2018
Portal Educacional do Estado do Paraná
Proposta N°7324
Situação do OAC: Rascunho
Autor:JAQUELINE KUGLER TIBUCHESKI
Estabelecimento:ISOLDA SCHMID, E E - E FUND
Ensino: E F ANOS FINAIS
Disciplina: EDUCACAO FISICA
Conteúdo:JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
Cor do conteúdo:
Problematização do Conteúdo
Chamada para a Problematização: A Historiografia do Xadrez
Texto:
Existem várias correntes entre os enxadristas que estudam as origens do
xadrez. Muitas dúvidas ainda não foram esclarecidas sobre a sua trajetória e
evolução no mundo antigo. Os pesquisadores do xadrez acreditam que somente com
novas provas científicas poderemos chegar à conclusão definitiva sobre a origem
deste jogo milenar.
Uma comprovação científica dessa natureza não mudará o entendimento
atual do jogo que atualmente tem o status de esporte, mas a clareza da história
poderá contribuir para entender as mudanças do jogo e até corroborar para futuras
mudanças. Cada vez que ampliamos a cultura do professor de tudo o que cerca
o xadrez, contribuímos para fortalecer a base de entendimento do jogo como
um elemento da cultura mundial.
Nas discussões das Diretrizes Curriculares da disciplina de Educação Física
vemos que o seu papel é transcender o senso comum e desmistificar formas
arraigadas e não refletidas, em relação às diversas práticas e manifestações
corporais. Quando devemos priorizar o conhecimento sistematizado, como
oportunidade para reelaborar idéias e práticas que ampliem a compreensão do aluno
sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.
Portanto este APC se justifica quando nas diretrizes curriculares da educação
física o xadrez é contemplado nos conteúdos estruturantes tanto como esportes,
como jogos e brincadeiras.
Este APC pode embasar o professor em seu trabalho escolar seja na história
antiga do xadrez, indicando atividades já testadas e aprovadas, pois é um relato de
experiências a partir de um conhecimento desenvolvido e debatido nos eventos da
SEED e do CEX nas últimas décadas.
A partir das minhas experiências em sala de aula pude notar que o xadrez
pode atuar em várias facetas no ambiente escolar, não necessariamente devemos
nos preocupar em tornar nossos alunos exímios enxadristas, mas podermos utilizá-lo
como uma ferramenta multidisciplinar, na qual podemos utilizar o seu potencial
artístico, de reflexão, filosófico, de jogo, de lazer, seu potencial científico. É sem
dúvida uma ferramenta interessante para aprender informática, aprimorarem a
língua, as comunicações, em suma. Este APC poderá contribuir de forma significativa
para estruturar e sistematizar o conhecimento elaborado para o professor que
levado para as suas aulas teremos a certeza de que estaremos fortalecendo nossos
alunos na construção de um cidadão consciente de suas obrigações e colaborar para
a construção de um mundo melhor.
Investigação Disciplinar
Título: Hipóteses sobre a origem do xadrez
Texto:
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Física, a sua finalidade, por
meio de estudo e ensino de práticas corporais, deve propiciar o entendimento de,
juntamente com outras forças sociais, poderá levar às modificações ou
transformações completa daquela prática. Portanto, os conteúdos esporte, jogos,
brinquedos e brincadeiras, ginásticas, dança e lutas devem estar comprometidos
com uma Educação Física transformadora.
Dentre os jogos de tabuleiro o xadrez é reconhecido como o mais complexo,
tendo um conteúdo extenso, por experiência sabe se que para ensinar este milenar
jogo, que muitos consideram difícil de aprender, muitos jogos podem atuar como
coadjuvantes no ensino do xadrez e dessa maneira repassa-se pela história dos
jogos na humanidade. Perceber e refletir sobre as suas diferenças é um caminho
natural para o entendimento dos jogos de tabuleiro e este caminho se dá em
paralelo com o estudo da história da humanidade.
Quando se estuda a origem do Xadrez, muitas versões vêm à tona, sendo a
mais conhecida e talvez por isso seja mantida como a versão verdadeira por alguns
estudiosos ter a sua origem na Índia, no nordeste ou ainda no norte lugar segundo
estes que se encontram fontes arqueológicas reconhecidas como verdadeiras.
Reconhecido como a maior autoridade em história enxadrística, o inglês Harold
Murray (1868 – 1955), indica que o xadrez se originou do jogo “Chaturanga”,
também conhecido como o jogo dos quatro exércitos. O jogo era originalmente
jogado com dados e sua evolução se fez em três etapas:.
v A suspensão dos dados, excluindo o fator sorte;
v Reunião dos adversários diagonalmente opostos;
v Substituições das alianças diagonais por alianças lado a lado.
Segundo Murray, com o efeito das rotas comerciais, o Chaturanga é exportado
em duas direções e sofre modificações:
v Índia: Leste (China, Coréia Japão) e
v Oeste: (Pérsia)
Com a conquista da Pérsia pelos árabes (651 d.C., o jogo se estende para:
Império Árabe: Norte da África e
Europa: (Espanha, Cicília, Costa Francesa do Mediterrâneo).
Nesse ponto existe divergência entre os estudiosos, Blanco, secretário da
FIDE aponta outra hipótese do surgimento do jogo:
Segundo este estudioso do xadrez, encontra-se evidências arqueológicas
suficientes para afirmar que a sua origem é o Egito, Mesopotâmia e China, afirmando
alguns especialistas que a origem está em pleno Centro do Industão. A probabilidade
da sua existência se comprovada através de pinturas e esculturas, remontando a
história há 40 séculos antes de Cristo.
As provas dessa hipótese baseiam-se na quantidade de número de pinturas e
entalhes relacionados com jogos de tabuleiro, Brunet & Bellet (Barcelona 1890)
disse:
_ Estou convencido que o xadrez era jogado no século VI e com toda certeza no VIII de nossa
era, quero dizer, antes da invasão árabe na Espanha.
Este autor também afirma que os Gregos e Romanos aprenderam no Egito
quando pelo espaço de três séculos em que dominaram a região, isso muito antes da
chegada dos árabes:
v Egito: Ásia Menor e Assíria: (Grécia e Roma)
v Pérsia: China e Bizâncio: (Ocidente)
Segundo os autores que seguem esta linha de estudo, na Grécia Antiga, Platão
sustentava a criação do xadrez como sendo uma criação do deus egípcio Thor,
provavelmente os gregos do seu tempo conheceram o xadrez através da Ásia Menor
e da Assíria, regiões em que os gregos tinham maiores relações com o Egito. Embora
venham tentando provar sua hipótese, têm-se aceito que a história mais conhecida
sobre a possível origem do jogo ser na Índia, (segundo eles no Noroeste da Índia),
isto se deve ao fato do Murray, estudioso que era muito conhecido e inquestionável
para a sua época.
Da Índia, segundo este segundo grupo passou para a Pérsia e depois para,
quando começa a sua rota ocidental.
País Nome do Jogo Significado ÍNDIA Chaturanga Jogo dos Quatro
Exércitos ou Elementos
CHINA Siang K´i Jogo do Elefante CORÉIA Tjyang Keui Jogo do General JAPÃO Sho-gi PÉRSIA Chatrang Jogo dos Dois
Exércitos ESPANHA Axedrez,
AjedrezXadrez
PORTUGAL Xadrez Xadrez SICÍLIA Scacchi Xadrez
COSTA FRANCESA DO MEDITERRÂNEO
Eschec,Eschez,Eschess,Échecs.
Xadrez
Rotas Comerciais do Xadrez: A Rota da Seda e a Rota das Especiarias, com certeza levaram na bagagem o
Xadrez avançando-o mais para o oriente, porém o jogo sofreu tantas transformações
acaba não guardando semelhanças com o xadrez que conhecemos, ficando muito
difícil de serem aceitos como resultantes do jogo indiano original. Quanto mais
avançamos para o leste, mais modificações ocorreram, porém não existe literatura e
outras provas arqueológicas que possa comprovar estas hipóteses.
No Birmânia (a formação inicial do jogo é completamente diferente da nossa).
No Sião (a formação é diferente e se jogam uma variedade do Xadrez Chinês).
Outras rotas são descrita por pesquisadores como a Rota Oriental: Coréia, Mongólia
e Japão e Região mais oriental da Rússia; a Rota Sudoriental: Malásia, Indonésia e
Filipinas; a Rota Norte: Alemanha e Rússia.
Nas Américas: Cuba, México, República Dominicana, Estados Unidos e Canadá.
Os Períodos e épocas históricas do xadrez:
O PERÍODO ANTIGO está dividido em cinco épocas:
v Primitiva;
v Sânscrita;
v Pérsia;
v Árabe e
v Européia.
O PERÍODO MODERNO está dividido em duas épocas:
v Clássica ou Romântica e
v Científica
Outra divisão aparece:
v Hipermoderna;
v Eclética.
Nessa evolução do xadrez muitas formas de comunicação vêm sido utilizadas
para na sua construção, no período antigo eram usados pinturas, entalhes,
marcando a passagem para o período moderno vemos a criação da imprensa como
um fato decisivo, na época atual do Xadrez, o Xadrez Moderno vemos a utilização do
computador com um fator determinante para o futuro do xadrez.
A utilização das novas tecnologias complementa essa caminhada
principalmente com a internet. E a sua aplicação na escola só reforça que o xadrez
continuará sua trajetória enquanto o homem existir.
Perspectiva Interdisciplinar
Título: Português
Texto:
• Interpretação de textos enxadrísticos.• O xadrez na literatura mundial e no cinema.• Poesias.
Título: Educação Física
Texto:
A evolução das Leis do Xadrez, as principais escolas do xadrez, a galeria de ídolos.
Os sistemas de jogos, a contribuição do Sistema Suíço para a organização esportiva.
Organização e realização de torneios inter-salas, semana esportiva e preparação de equipes para competição.
Introdução ao estudo de xadrez utilizando-se de aplicativos e o laboratório de informática, jogos on-line e torneios virtuais.
Título: Educação Artística
Texto:
Construção de tabuleiros utilizando os elementos básicos da geometria. Construção de peças com argila. Construção de jogos antigos com material reciclado.
Título: Matemática
Texto:
• Construção de tabuleiros utilizando os elementos básicos da geometria. • A noção espacial do jogo, atividades de memória, projeção e antecipação de
jogadas.• A “Lenda de Sissa” e outras lendas árabes.• O estudo do sistema algébrico.• O valor relativo das peças em jogo.
Título: História
Texto:
§ Mesopotâmia.
§ Egito Antigo.
§ Persas.
§ Grécia Antiga.
§ Império Romano.
Título: Geografia
Texto:
Localização espacial utilizando plano cartesiano e algébrico. Os pontos cardeais associados aos movimentos das peças. Construção de relógios de tempo (ampulheta) e sua utilização em torneios de
xadrez relãmpago.
Título: LEM
Texto:
• Textos sobre o tema xadrez em espanhol e inglês.• Estudo nos termos específicos da modalidade e entendimento das regras.• Conversação com alunos de outros países através de sites de xadrez, nas salas
de bate-papo.
Contextualização
Título: Midia e xadrez
Texto:
Há aproximadamente dois mil anos, em algum país do oriente surgia o chaturanga,
que se transformou no atual jogo de xadrez.
Através de inúmeras guerras e novas rotas comerciais, o xadrez foi
introduzido em muitos países do ocidente, passando por novas metamorfoses. A
maneira da transmissão do jogo era somente oral. A característica principal do
xadrez praticado nessa época era a profunda elitização que sofria sendo chamado
“jogo dos reis e rei dos jogos”.
Uma mudança importante se dá quando no século XV Gutemberg cria o tipo
móvel, possibilitando a impressão de livros de xadrez e ainda no século XV, como é o
caso do livro Arte breve y introduccion muy necessaria para saber jugar el Axedrez
do espanhol Lucena, publicado em 1497. Com a proliferação dos livros de xadrez
ocorre a primeira democratização significativa do jogo.
A segunda democratização do jogo de xadrez ocorreu na Europa do leste, já
no início deste século. A URSS investe massivamente no jogo de xadrez e resolve
adotá-lo como um complemento à educação.
Inicia-se a seguir a dominação dos países socialistas na supremacia nos
torneios mundiais. Nessa época a imprensa tratava de expandir os limites do jogo, os
campeonatos mundiais eram acompanhados pelos jornais, assim um campeonato ou
torneio realizado em algum ponto da Europa era acompanhado pelos outros países
aonde um jornal de grande circulação chegasse. Revistas especializadas, livros,
telegramas poderiam ser enviados aos aficionados em quase todos os lugares do
mundo.
Os sistemas de correios contribuíam para essa interação mundial, pois era
comum aos jogadores trocarem correspondências, em que podiam aprimorar
técnicas e até participarem de torneios. Partidas que mesmo sendo demoradas
podendo durar anos, era um fator de aproximação, proporcionava a troca de
experiências entre jogadores. A vantagem do xadrez utilizando os meios da mídia
impressa era principalmente o de divulgar os grandes confrontos, diferente de outros
esportes, pois é era possível representar o jogo num simples diagrama e assim
repetir o jogo e sentir as mesmas emoções de quem acompanhava pessoalmente.
No futebol, por exemplo, podia se saber do resultado do jogo, ver uma foto não isso
não transmitia a mesma sensação.
Com o surgimento da televisão começa uma inversão, pois os esportes
modernos, principalmente os coletivos passam a ser assistidos por diferentes lugares
do mundo em tempo real, isto acaba desestimulando o xadrez para as novas
gerações.
Com o surgimento do computador, muitos programadores e cientistas
começam a testar as variáveis do jogo com a nova invenção, iniciou-se como um
hobby, porém com os resultados começa-se a virar uma prática que ajudou não
somente a desenvolver o xadrez como contribuiu para o desenvolvimento da
informática. O xadrez pela sua característica lógico-matemática sempre acaba
atraindo os programadores e vice-versa.
Na última década quando a internet torna-se real e o seu acesso multiplica-
se na mesma velocidade de uso, o xadrez volta a ser mania, pois a sua divulgação
pela rede volta a tornar os torneios interessantes, os confrontos entre o homem e a
máquina cada vez mais acirrados. Somente há poucos anos à máquina venceu o
melhor enxadrista do planeta.
Com a utilização das novas tecnologias no ambiente escolar o xadrez passa a
ser mais valorizados do que nunca, pois com o seu caráter de jogo de guerra, de
estratégia, mas que possui uma ética muito bem definida elimina-se o fator sorte,
por exemplo, além de uma boa fama como o jogo de cavalheiros, muito diferente
dos jogos eletrônicos que invadem a rede, é sempre valorizado pelos pais e
professores.
O desenvolvimento dos softwares tanto de aplicativos, de treinamento, do
banco de dados das partidas e emparceiramento para torneios facilita a vida dos
enxadristas, pois as informações que antes eram impressas muitas vezes
inacessíveis pelo seu preço agora se tornam baratas e de fácil multiplicação. No caso
do sistema de emparceiramento para os torneios, a diminuição do tempo é notável,
pois um emparceiramento dos competidores que antes demorava horas torna-se
quase instantâneo e sem chance de erros.
Outra invenção da internet é a criação dos servidores de xadrez, um software
que permite jogar partidas de xadrez pela internet, além de aulas ministradas e
gerenciadas através de um servidor de xadrez. A interação é feita com uma janela
que através de comandos participam de torneios virtuais, ou seja, o xadrez volta a
aproximar as pessoas como no tempo da mídia impressa, porém agora de maneira
instantânea.
Nas escolas, o xadrez vem se valendo de todos os meios da mídia, sejam
impressos, cinema ou ainda virtual para repassar um conhecimento que vem sendo
construído durante décadas, um conhecimento adquirido entre séculos através de
todos os povos do mundo.
Sítio
Título do Sítio: Actual Handbook FIDE
Disponível em (endereço web): http://www.fide.com/official/handbook.asp?level=ogl
Acessado em (mês.ano): Dezembro/2007
Comentários: Este é site oficial da FIDE (Federação Internacional de Xadrez) toda e qualquer mudança nas regras do jogo passa por aqui, também terá acesso as notícias internacionais. Em inglês.
Título do Sítio: FEXPAR
Disponível em (endereço web): http://www.fexpar.esp.br/
Acessado em (mês.ano): Dezembro/2007
Comentários: Este é o site da Federação de Xadrez do Paraná, aqui você encontrará notícias do xadrez sempre atualizadas, sejam de competições, sejam de outras curiosidades do mundo enxadrístico.
Título do Sítio: Servidor de Xadrez do CEX
Disponível em (endereço web): http://xadrezonline.cex.org.br/index.php
Acessado em (mês.ano): Dezembro/2007
Comentários: Segundo o CEX (Centro de Excelência de Xadrez do Paraná), é o melhor lugar para jogar xadrez na Internet. Aqui você pode praticar, aprender e jogar xadrez on-line 24 horas por dia. Você terá acesso a todos os conteúdo desenvolvido pelo CEX, como apostilas, regulamentos dos torneios realizados CEX, curiosidades, indicações bibliográficas e notícias atuais sobre eventos e torneios de xadrez não só no Paraná como no Brasil.
Sons e Vídeos
Categoria: Vídeo
Título: Vida em Miniatura
Direção: Tiago Augusto dos Santos
Produtora:
Duração (hh:mm): 00:30
Local da Publicação: Taubaté / São Paulo
Ano: 2005
Disponível em (endereço web): http://www.clubedexadrez.com.br/menu_eventos.asp?s=cmdview6472
Comentário:
A produção de 2005 é resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso elaborado por Tiago no curso de Jornalismo da Universidade de Taubaté. Seu objetivo, segundo o próprio autor, era “apresentar o jogo de xadrez àqueles que não o conhecem tão a fundo”, e sem dúvidas esta meta foi alcançada com êxito. Em aproximadamente 25 minutos de duração, o enxadrista e jornalista Tiago encadeia frases, idéias, depoimentos e principalmente imagens que vão clareando de um modo bastante inteligente uma noção sobre o jogo de xadrez em seus mais variados aspectos, como jogo, arte, ciência e esporte. Por mais incrível que possa parecer para os instrutores de xadrez escolar, este documentário consegue em alguns minutos indicar elementos do xadrez de forma objetiva que demorariam horas em sala de aula, como por exemplo, quais são as peças do jogo de xadrez e suas posições no tabuleiro. E tudo isso através da imagem, mecanismo poderoso não só de
informação, mas também de aprendizado, por facilitar a memorização.
Texto (ex: letra da música):Breve entrevista com o autor
Eu gostaria de saber por que você, como jornalista, escolheu o xadrez como tema para seu trabalho de conclusão de curso... Obviamente que tem a ver com sua relação com o xadrez, digamos, uma escolha "afetiva"... Mas quero saber se você vê uma relação entre o xadrez e a comunicação, e qual seria.
Tiago: O tema para trabalho de conclusão de curso tem de ser, evidentemente, algo que você goste muito ou tenha interesse, pois você dedica um ano de sua vida realizando aquele projeto. Fora isso, tem de ser um tipo de informação que você sinta necessidade de compartilhar, de transmitir à sociedade. Minha escolha pelo xadrez ainda foi reforçada pelo fato de ser um esporte pouco conhecido no Brasil. É claro que todo mundo sabe o que é, mas pouca gente tem idéia das dimensões que o xadrez abarca e o meu objetivo inicial era esse: mostrar a maior quantidade de facetas e implicações que estão envolvidas no jogo de xadrez. Se existe uma relação do xadrez com a comunicação? Eu acho que sim. De certa forma, eu vejo pelo menos três paralelos possíveis de se traçar nessa relação: primeiro, todos têm uma necessidade natural de se comunicar, de manter relações sociais com o outro. E, no xadrez, cada lance simboliza um fragmento de comunicação, uma manifestação de uma idéia pessoal e individual para um ambiente público, no caso, o tabuleiro. Ainda que você jogue a pior partida de todos os tempos, seus lances foram uma forma de expressão, de comunicar seu pensamento. Num segundo paralelo, acho possível comparar o xadrez com outras artes, como a música e as artes plásticas. Por exemplo, eu posso comunicar algo num tabuleiro, fazer a minha própria jogada, assim como posso cantar uma música qualquer, tocá-la ou mesmo pintar um quadro. No entanto, minha técnica, habilidade ou "dom" para fazer isso não é a mesma que a de um artista renomado ou profissional. No xadrez, os amadores podem comunicar (jogar) partidas "ruins", mas há os mestres, que comunicam os lances perfeitos, as jogadas mais sensatas, que conseguem os melhores resultados. Como pintores famosos ou músicos renomados, os Mestres de xadrez exprimem a beleza que há no jogo, escolhendo os melhores caminhos, planos e lances. E, por último, acho que o xadrez e a comunicação ainda podem se relacionar no sentido de que, principalmente em jornalismo, você procura comunicar algo, prestar informações, para conseguir transformar a sociedade em que você vive, para tentar melhorá-la; e, jogando xadrez, como muitas pesquisas têm comprovado, as pessoas acabam desenvolvendo habilidades cognitivas pessoais, acabam melhorando a si mesmas e ganhando novas habilidades, como eu quis demonstrar com o vídeo-documentário.
Categoria: Vídeo
Título: Viva a rainha!
Direção: Esmé Lammers
Produtora:
Duração (hh:mm): 01:10
Local da Publicação: Holanda
Ano: 1995
Disponível em (endereço web): http://pt.wikipedia.org/wiki/Lang_leve_de_koningin
Comentário:
Lang leve de koningin, também conhecido como Long Live the Queen em inglês. Uma rainha inventa um jogo para que seu marido, o rei, que está entediado, não inicie uma guerra. É a oportunidade para a menina Sara, que se acha menos inteligente que os outros, aprender a jogar xadrez e, ao mesmo tempo, encontrar seu pai.
Texto (ex: letra da música):
ELENCO
• Tiba Tossijn .... Sara • Maya van den Broecke .... Rainha Negra • Monique van de Ven .... Rainha Branca • Lisa De Rooy .... Susanne de Wall, mãe de Sara • Derek de Lint .... Bob Hooke, pai de Sara • Cas Enklaar .... Bispo Branco • Piet Bestebroer .... Bispo Negro • Rudolf Lucieer .... professor • Pieter Lutz .... avô de Sara • Serge-Henri Valcke .... Rei Negro • Jack Wouterse .... Rei Branco • Karen Baars .... Alice
Principais prêmios e indicações
Chicago International Children's Film Festival (EUA)
• Esmé Lammers recebeu o Prêmio Montgomery e o filme tirou segundo lugar no Prêmio Júri Adulto para filme de cinema.
Nederlands Film Festival 1996 (Holanda)
• Venceu na categoria de Melhor Filme.
Würzburg International Filmweekend 1997 (Alemanha)
• Recebeu o prêmio de Melhor Filme Infantil.
Categoria: Vídeo
Título: O Sétimo Selo
Direção: Ingmar Bergman
Produtora:
Duração (hh:mm): 01:40
Local da Publicação: Suécia
Ano: 1956
Disponível em (endereço web): http://pt.wikipedia.org/wiki/Det_Sjunde_Inseglet
Comentário:
O Sétimo Selo tem por tema fundamentalmente a questão do medo da morte; um cavaleiro que volta da Cruzada da Fé para encontrar em sua terra a peste e morte. Quando ele mesmo se depara com a personificação da morte, aceita-a como um visitante esperado, mas propõe-lhe uma negociação – numa disputa de xadrez - para que possa ganhar tempo e indagar sobre o sentido da vida e, conseqüentemente, o sentido da morte. Dessa forma, abre-se uma pausa no caminho da morte para vermos qual é o sentido da aflição que está sendo promovida e qual o caminho possível para fugir desse destino.O jogo de xadrez aparece talvez como uma alegoria da busca do cavaleiro a um entendimento da vida através da racionalidade que, ao final do filme, fica evidente que não seria possível, assim como, o cavaleiro mesmo percebe, não seria possível vencer a Morte.
No mundo medieval tudo era entendido através da religião, então o sentido da indagação do cavaleiro é questionar a religiosidade, incluindo o papel de Deus e do Diabo na vida humana. No filme, todos os aspectos da religiosidade são questionados, porém nunca é dada nenhuma resposta sobre sua veracidade. Nem Deus nem o Diabo se manifestam para o cavaleiro ou durante todo o filme, porém homens aparecem pregando, teatralizando e punindo em nome do sagrado. O personagem que sempre aparece para falar em nome de Deus é o homem que roubava jóias dos mortos e que encabeça a procissão de flagelados, também foi aquele que convenceu o cavaleiro a partir para a cruzada, dez anos antes. Dessa forma, vemos como o sagrado é mudo neste filme; tanto Deus como o Diabo apenas existem na voz dos charlatães, em nome de uma igreja decadente - porque não consegue explicar a peste - e como formas de opressão.
Texto (ex: letra da música):
Remetendo a Dom Quixote, temos o cavaleiro e seu escudeiro como contrapontos da forma de encarar o mundo. Assim como no livro de Cervantes, o pragmatismo crítico do escudeiro revela um conhecimento do mundo distante dos questionamentos e indagações do cavaleiro sobre a morte e o sagrado. Com uma visão ácida, porém justa, o escudeiro não procura respostas, já as possuí pela experiência de vida, portanto não tem medo de enfrentar a própria morte. Assim como Sancho Pança sabe transitar entre o mundo da taverna, das brigas, da morte, etc., e o mundo quase sublimado e filosófico em que está o cavaleiro.
Apesar do filme retratar o tempo inteiro uma humanidade desesperada e moribunda, sob o agouro implacável da Morte, Bergman apresenta-nos um final onde é possível ter esperanças. A família de artistas são os únicos personagens que sobrevivem à
“caçada” da Morte. A arte aqui tratada é aquela do malabarista ingênuo, puro; não a “arte” do homem que se proclamava o diretor da companhia, nem a encenação da procissão de flagelados, mas apenas aquela da família que vive pela arte e para levá-la para as pessoas. Somente esses artistas conseguem escapar da Morte, ajudados pelo cavaleiro, que a distrai para que estes fujam. O sentido da continuidade da humanidade aparece claramente dado pela salvação através da arte; todos os demais personagens que representam outras categorias sociais perecem ou estão condenados. Ao final de uma tormentosa tempestade, no momento seguinte ao da visita da Morte ao cavaleiro e seus companheiros, o sol surge brilhante, abrindo um caminho de esperança no horizonte por onde a família de artistas vai seguir.
Categoria: Vídeo
Título: O Jogo de Geri
Direção: Disney
Produtora: Pixar Animation Studios
Duração (hh:mm): 00:20
Local da Publicação: USA
Ano: 1997
Disponível em (endereço web): http://www.pixar.com/shorts/gg/index.html
Comentário:
O curta se passa em um parque e conta a história de um simpático velhinho chamado Geri que joga xadrez contra ele mesmo. No final, o Geri sem óculos dá à Geri com óculos uma dentadura. Esse curta-metragem ganhou o Oscar pela melhor animação de 1997.
Categoria: Vídeo
Título: Febre do xadrez
Direção: Vsevolod Pudovkin e Nikolai Shpikovsky
Produtora:
Duração (hh:mm): 00:30
Local da Publicação: Russia
Ano: 1925
Disponível em (endereço web):
http://movie-chess.hemobile.de/showfilm.php?filmfile=2545.txt&pfad=0039
Comentário:
O filme é sobre um homem fanático por xadrez e sobre sua namorada, que odeia este esporte. Como ele se atrasa para um encontro, ela sai a vagar pela cidade numa noite fria de inverno e encontra um homem que lhe sorri, e ela se apaixona... mas o homem é também um enxadrista, o cubano Capablanca.
O filme conta com a participação do enxadrista e campeão do mundo, José Raúl Capablanca e também de outros enxadristas famosos, que participavam de um torneio em Moscou por ocasião da filmagem.
Texto (ex: letra da música):
ELENCO
• Vladimir Fogel .... o herói • Anna Zemtsova .... a heróina • José Raúl Capablanca .... o campeão mundial • Sergei Komarov .... avô • Ivan Koval-Samborsky .... policial • Boris Barnet .... ladrão • Mikhail Zharov .... pintor de paredes • Ernest Grünfeld .... ele mesmo • Frank Marshall... ele mesmo • Richard Réti .... ele mesmo • Rudolph Spiemann .... ele mesmo • Carlos Torre .... ele mesmo • F.D. Yates .... ele mesmo
Categoria: Vídeo
Título: Game Over: Kasparov and the Machine
Direção: Vikram Jayanti
Produtora:
Duração (hh:mm): 00:50
Local da Publicação: Canadá e Reino Unido
Ano: 2003
Disponível em (endereço web): http://pt.wikipedia.org/wiki/Game_Over:_Kasparov_and_the_Machine
Comentário:
O filme relata a suspeita de Garry Kasparov, da IBM ter trapaceado na partida
subseguinte após o duelo entre o campeão mundial de xadrez e o supercomputador Deep Blue, para fins de auto-promoção.
O filme foi nomeado em 2003 para o prêmio da Internacional Documentary Association.
Proposta de Atividades
Título: Construção de jogos
Texto:
CONSTRUÇÃO DO TABULEIRO1. Atividade: prática e de observação.2. Objetivo: aplicar os conceitos de geometria básica.3. Recursos utilizados: cartolina, papelão, régua, lápis, papel colorido e cola.4. Método: individualmente cada aluno produzirá seu tabuleiro nas medidas entre 30 e 40 cm.5. Desenvolvimento: a) Conhecimento do tabuleiro, conceito de coluna e fileira. b) Marcação na cartolina das linhas. c) Recortar os cartões coloridos e colar na cartolina. d) Marcação para o sistema algébrico, regra do quadrado branco.6. Numero de alunos: 35.7. Avaliação: feito pelo aluno utilizando a régua deverá analisar a sua construção e corrigir os defeitos se houver.JOGO DA CHATURANGA 1. Atividade: prática e de observação.2. Objetivo: trabalhar a coordenação aplicada.3. Recursos utilizados: parafina, sabão, vela, madeira ou ainda mas de modelar, lixa, tabuleiro e dado.4. Método: individualmente cada aluno produzirá suas peças do jogo.5. Desenvolvimento: a) Conhecimento das peças do jogo, seus movimentos e suas formas. b) Criação das peças. c) Exposição para a sua observação por todos. d) Regras do jogo. e) Jogo utilizando as peças criadas.6. Numero de alunos: 35.7. Avaliação:observação durante as atividades e participação no torneio.XADREZ MEDIEVAL1. Atividade: análise e discussão.2. Objetivo: jogar o xadrez medieval.3. Recursos utilizados: peças em papelão, dado e tabuleiro.4. Método: em dupla os alunos montarão as peças e jogarão.5. Desenvolvimento: a) Conhecimento das peças do jogo, seus movimentos e suas formas (a pesquisa
pode ser feita na web) b) Montagem das peças. c) Jogo analisando e discutindo as possibilidades do jogo.
6. Numero de alunos: 35.7. Avaliação: Produção de texto contando a história da batalha na medida em que o jogo foi desenvolvido.
Título: História em Quadrinhos
Texto:
GIBI DO XADREZ1. Atividade: pesquisa.2. Objetivo: fixar os movimento das peças.3. Recursos utilizados: papel sulfite, lápis, lápis colorido, régua e borracha.4. Método: individualmente cada aluno deverá escrever uma história em quadrinhos contando como se dá o movimento das peças do xadrez, bem como explicar a posição inicial das peças em pequenos textos e completando com desenhos e diagramas.5. Desenvolvimento: a) Pesquisa sobre as regras básicas do xadrez: peças, movimentos e posição
inicial. (a pesquisa pode ser feita na web) b) Construção dos quadrinhos e acabamento final.6. Numero de alunos: 35.7. Avaliação: Exposição dos quadrinhos e leitura pelos outros colegas trocando as salas.
Sugestão de Leitura
Categoria: Livro
Sobrenome: Lasker
Nome: Edward
Título do Livro: História do Xadrez
Edição: 2
Local da Publicação: São Paulo
Editora: Ibrasa
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 1999
Comentários:
Esta obra foi escrita por um campeão mundial de xadrez e na sua parte sobre o xadrez antigo e medieval são dados do livro"A History of Chess" (Oxford University Press, 1913), escrito pelo inglês H.J.R.Murray, mundialmente conhecido pela sua obra e por isso com a versão sobre a história antiga do xadrez mais aceita em todo
mundo.
Na parte do xadrez moderno o autor mistura a história do jogo, explicando as escolas ao mesmo tempo com histórias e curiosidade do mundo do xadrez, possui poucas ilustrações, sempre em p/b.
Na segunda parte do livro vem uma cartilha com um método para preparação de atletas para torneios, com dicas para tornarem-se jogadores e estudantes de xadrez de fato.
Categoria: Internet
Sobrenome: Loureiro
Nome: Luiz Vasconcelos
Título:Harry Potter e o Xadrez - Parte I
Disponível em (endereço WEB):http://www.fpx.com.br/mostracol.asp?colid=59
Acesso em (mês.ano): Dezembro/2007
Comentários:
Transcrições do livro "Harry Potter e a Pedra Filosofal" em que fala-se sobre o xadrez, ao final o autor tece comentários interessante sobre o jogo e o livro, um boa dica para incentivar os alunos à leitura.
Categoria: Livro
Sobrenome: Vasconcellos
Nome: F.A.
Título do Livro:Apontamentos para uma história do xadrez
Edição: 1
Local da Publicação: Brasília
Editora: Da Anta Casa Editora
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 1991
Comentários:
Esta obra é recheada de vários apontamentos como: história do xadrez no mundo, no Brasil, em Brasília, listagem dos campeões e das competições, a história dos computadores de xadrez.
Além disso, possue suplementos, como a história do xadrez pelo prof. Antônio Villar; preparação, organização e arbitragem de eventos de xadrez por Antônio Bento; percepções e conceituações dos Mestres de Xadrez; poesias e ainda uma listas de obras técnicas e outras obras artísticas com o tema xadrez.
Na sua segunda parte trás 125 partidas memoráveis, cobrindo cerca de século e meio, com análises e comentários, numa linguagem acessível para os iniciantes, capaz de despertar a imaginação e a fantasia dos leitores, habilitando-os para produzirem os seus próprios ataques, sacrifícios e combinações.
Categoria: Livro
Sobrenome: Giusti
Nome: Paulo
Título do Livro: História ilustrada do xadrez
Edição: 2002
Local da Publicação: São Bernardo do Campo
Editora: P.Giusti
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 2002
Comentários:
Descreve a história do jogo e a evolução das regras, têm a sua ênfase na parte técnica, nas partidas dos melhores jogadores de suas respectivas épocas, possui muitas ilustrações de jogos artesanais feitos em várias partes do mundo, pinturas, capas dos primeiros livros e outras ilustrações em que o xadrez é citado.
Categoria: Livro
Sobrenome: Blanco
Nome: Uvencio
Título do Livro:¿Por qué el ejedrez en las escuelas?
Edição: 1998
Local da Publicação: Caracas - Venezuela
Editora:Instituto Municipal de Publicaciones Alcaldías
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 1998
Comentários:
O ator, na época era o Secretário da FIDE (Federação Internacional de Xadrez) e preparou obra como um documento para persuadir os governos para introduzir o xadrez nas escolas, proporcionando assim subsídios para ampliar a discussão em torno do xadrez escolar, em particular sobre dois aspectos: valores, propósitos e fundamentação do xadrez escolar.
É uma obra que embora não tenha sido publicada no Brasil merece ser lida pelo professor trabalha com a iniciação enxadrística. Este é o primeiro de uma coleção que para o autor o xadrez escolar é prioridade.
Categoria: Internet
Sobrenome: da Silva
Nome: Wilson
Título: Apostilas de xadrez
Disponível em (endereço WEB): http://cex.org.br/ensino
Acesso em (mês.ano): Dezembro/2007
Comentários:
Você tem disponível várias apostilas que vem sido utilizada nos cursos de capacitação de professores de xadrez da rede pública paranaense, todas de autoria do prof. Wilson da Silva, coordenador pedagógico do Centro de Excelência de Xadrez do Paraná, com os seguintes conteúdos:
A história do xadrez: a história do xadrez desde seu surgimento até os dias atuais.
A natureza do xadrez: a relação do xadrez com esporte, arte e ciência.
Jogo e educação: a função e a utilização dos jogos, em particular o xadrez, num contexto educativo, tendo por base a teoria piagetiana de desenvolvimento.
O professor de xadrez: o perfil "ideal" do professor de xadrez.
Utilizando a internet nas aulas: a utilização do Servidor de Xadrez do CEX nas aulas de xadrez.
Atividades enxadristicas motivadoras: muitas atividades que podem ser desenvolvidas pelo professor de xadrez no intuito de manter seus alunos motivados ao estudo e prática do xadrez.
Jogos pré enxadrísticos: questões metodológicas referentes ao ensino de xadrez.: a função e a utilização dos jogos, em particular o xadrez, num contexto educativo, tendo por base a teoria piagetiana de desenvolvimento.
Notícias
Categoria: Revista on-line
Sobrenome:
Nome:
*Título da Notícia/Artigo:Morre Bobby Fischer, lenda americana do xadrez
*Nome da revista: BBCBrasil.com
Disponível em (endereço WEB):
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/01/080118_xadrezbobbyfischer_ba.shtml
*Acessado em (mês.ano): Fevereiro/2008
Comentários:
O excêntrico ex-campeão mundial de xadrez Bobby Fischer morreu na Islândia, aos 64 anos de idade.
Fischer, que nasceu nos Estados Unidos, ficou famoso por ter se consagrado o melhor enxadrista do mundo ao derrotar o soviético Boris Spassky em 1972, em plena Guerra Fria.
Fischer, que já estava doente havia algum tempo, recebeu a cidadania islandesa em 2005, como forma de evitar sua deportação para os Estados Unidos.
O enxadrista era procurado por ter violado sanções internacionais quando disputou uma partida na antiga Iugoslávia, em 1992.
Ele começou a atrair antipatia nos Estados Unidos quando atacou judeus em comentários públicos e quando expressou apoio aos atentados de 11 de setembro, em Nova York e Washington.
O recluso enxadrista morou incógnito no Japão por vários anos, antes de se mudar para a Islândia.
O ex-campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov, disse que a ascenção de Fischer no mundo do xadrez nos anos 60 foi um "avanço revolucionário" para o jogo.
Fischer nasceu em Chicago, em 1943. Foi campeão americano aos 14 anos de idade.
Mas a fama mundial veio em 1972, na disputa do título mundial contra o campeão Spassky, na Islândia. A série de partidas foi acompanhada pela mídia do mundo inteiro, em um fenômeno sem precedentes na história do esporte.
O chamado "jogo do século" foi tido como um símbolo da Guerra Fria, da briga entre os EUA e a União Soviética pela surpemacia no mundo.
Todos os campeões mundiais de xadrez desde o final da Segunda Guerra Mundial tinham sido soviéticos.
Ao vencer Spassky, Fischer virou um herói nos Estados Unidos.
Ele perdeu o título em 1975, ao se recusar a jogar contra o rival soviético Anatoly Karpov.
Depois de um longo sumiço, Fischer retornou aos holofotes da mídia em 1992, quando fez uma nova disputa contra Boris Spassky na Iugoslávia, desafiando sanções internacionais.
E após os atentados de 11 de setembro de 2001, Fischer causou escândalo nos EUA ao dizer, em uma entrevista a uma rádio filipina, que os ataques teriam sido uma "excelente notícia".
Ele abdicou da cidadania americana e foi viver no Japão e na Islândia.
Destaques
Título: Adolescente do Cense Campo Mourão participa de Seminário Internacional de Xadrez
Fonte: Secretaria de Estado da Criança e da Juventude
Texto: Um adolescente que está em privação de liberdade no Centro de Socioeducação (Cense) da região de Campo Mourão participou, entre os dias 10 e 14 de dezembro, de um Seminário Internacional de Xadrez, em Faxinal do Céu. Praticante há 5 meses do jogo que incentiva o raciocínio lógico e a estratégia, ele considera a participação no evento um presente. “Foi uma vitória. Consegui uma coisa que nem imaginava, foi um presente ir para lá”, comentou o jovem de 18 anos.
O seminário, que tinha como objetivo difundir a prática do xadrez em escolas, trouxe uma vivência bem particular ao adolescente privado de liberdade. “Eu me senti como uma pessoa normal e percebi que é possível um retorno à sociedade”, comentou.
Carlos Koch, professor de Educação Física que ensinou as técnicas do jogo ao adolescente e o acompanhou no evento, explica como o xadrez pode ser usado nas escolas. “Não focamos a competição, queremos destacar o aspecto pedagógico, o desenvolvimento do raciocínio lógico, a concentração, entre tantos outros aspectos que o xadrez pode trazer.”
O benefício da prática já foi percebido pelo adolescente. “A gente aprende a desenvolver melhor o raciocínio, ajuda a ter paciência, calma e auto-controle”, afirma.
O Seminário Internacional de Xadrez reuniu alunos e professores de todo o Paraná, além de convidados de outros estados e países, como o Uruguai, o Paraguai e a Argentina. O evento foi coordenado pela Secretaria de Educação, com apoio da
Federação Paranaense de Xadrez, e teve a participação de representantes dos Ministérios da Educação e dos Esportes.
Paraná
Título: A historiografia do xadrez escolar Parannaense
Texto:
Uma das primeiras iniciativas de implantar o xadrez na escola foi a do Colégio Estadual do Paraná por iniciativa do professor Erbo Stenzel, o xadrez fazia parte do currículo das Classes Integrais, quando na criação do Clube de utilidades. Stenzel publica o livro "O Proptuário de Xadrez", o primeiro do gênero no estado em 1928. Era um método de ensino com as principais jogadas da sua época. Ficou constado que o xadrez obteve um bom êxito entre os estudantes e foi observado que os alunos que mais se interessavam no aprendizado passaram a demonstrar uma melhor aptidão na absorção de diversas disciplinas, principalmente as de caráter físico-matemático.
Nos anos 80, por iniciativa do Sr. Guilherme Braga de Lacerda Sobrinho,
então superintendente da FUNDEPAR (Fundação do Estudante no Paraná) incentivou
a formação de um grupo de estudos para desenvolver o xadrez nas escolas públicas
de Curitiba, o então jovem enxadrista Jaime Sunye ficou a cargo dessa missão que
teve um dos principais parceiros a UFPR (Universidade Estadual do Paraná), este
denominado “Projeto Criança”, com três anos de duração, foi uma semente que até
hoje colhemos os frutos.
O projeto inicialmente visava inserir jovens enxadristas nas escolas para
transmitir o xadrez diretamente aos alunos, porém esta estratégia não se mostrou
eficaz, pois acabavam por selecionar alguns alunos que demonstravam mais
interesse ou talento e excluíam os alunos restantes, assim acabavam esvaziando e
desanimando os outros alunos, a falta de experiência didática contribuiu para esses
resultados, esta metodologia continuou sendo adotada pela Biblioteca Pública do
Paraná nas bibliotecas dos bairros da capital com o intuito de propiciar aos jovens
enxadristas um incentivo para seus estudos por mais alguns anos.
A estratégia do projeto foi alterada, os professores das escolas passaram a
ser capacitados no xadrez, assim o professor foi realmente envolvido no processo,
verificou-se que dessa maneira o xadrez realmente teria sobrevida e poderia ser
incorporada na cultura das escolas.
Durante o final dos anos 80 e a década de 90 dois módulos de cursos de
40h foram ofertados para os professores da rede estadual: xadrez básico e xadrez
intermediário. Junto com a capacitação foi desenvolvido um kit e entregue as escolas
contendo dez livros “Meu primeiro livro de xadrez”, um tabuleiro mural, dez
tabuleiros e jogos de peças, estes materiais foram desenvolvidos especialmente
para a sala de aula, desde o seu volume, cor e matéria prima diferenciadas. Esta
equipe de trabalho foi coordenada por Sunye além de suas inúmeras apresentações
no interior do Estado em simultâneas e participações em torneios estaduais. Era na a
época o enxadrista brasileiro de maior desempenho internacional, sem dúvida, estas
ações foram a base para o desenvolvimento do xadrez escolar atual.
Em 2000, em Curitiba é criado o CEX (Centro de Excelência de Xadrez) e foi
assinando um convênio de cooperação técnica com a SEED (Secretaria de Estado da
Educação), com base no CETEPAR (Centro de Capacitação do Paraná) tinha como
meta subsidiar os projetos escolares e assim foi impulsionando e renovando o xadrez
nas escolas. Novos eventos foram realizados, a novidade era a capacitação
estendida aos alunos promovendo assim uma integração maior entre estes e os
enxadristas brasileiros, os jogadores passam a ter reconhecidos num público jovem e
os alunos identificando-se com os seus ídolos.
Um grande marco foi o 1º Torneio Internacional que aconteceu em Faxinal do
Céu, 2001, quando a FEXPAR (Federação de Xadrez do Paraná), o CEX e a SEED
organizaram um torneio de Mestres, trazendo GM (Grande Mestre, título máximo
para um enxadrista), MI (Mestre Internacional) todos de renome na América do Sul e
enxadrístas de renome paranaense, este evento único no Brasil, tinha o diferencial
de que na medida em que o torneio acontecia alunos e professores da rede pública
ao mesmo tempo em que assistiam e eram capacitados pela equipe do CEX em
vários níveis, participando de inúmeras atividades enxadrística, culturais e utilizando
as novas tecnologias.
O CEX organizou e ainda organiza vários circuitos de xadrez escolar sendo
sempre mistos e promovendo a inclusão de alunos especiais, como o Circuito
Curitibano e em várias outras regiões do Estado, além do Circuito Paranaense de
Xadrez Escolar.
Outro evento que se destacou foi o “Xadrez Humano: uma proposta
interdisciplinar (Faxinal do Céu, 2003)“ com oitocentos participantes representantes
dos 32 NRE (Núcleos Regionais de Ensino). Neste evento aconteceram várias oficinas
e apresentações artísticas, buscou-se relacionar o xadrez com o teatro, desenho,
teatro de boneco, as artes circenses entre outros, todos numa proposta de
demonstrar o potencial artístico do xadrez, como o xadrez humano, torneios
relâmpagos e atividades utilizando as novas tecnologias e assim promovendo um
aprimoramento técnico para professores e alunos.
Sem dúvida, a maior contribuição do CEX para a educação paranaense foi à
utilização das novas tecnologias em suas capacitações e eventos levando o
professor da rede não somente uma atualização no ensino do xadrez, mas uma
capacitação em informática, ampliando as possibilidades da utilização do
computador seja levando os professores a comunicar-se com seus pares buscando
atroca de experiências, seja levando a internet para a sala de aula. Aliados, o xadrez
e a informática expandiran-se rapidamente nas escolas, chegando a atingir um terço
das escolas, sejam em projetos específicos, como conteúdo nas disciplinas de
educação física ou matemática, seja na formação de equipes para competições
presenciais ou virtuais.
A conquista do retorno do xadrez como modalidade esportiva nos JOCOP´s
(Jogos Colegiais do Paraná) impulsionou ainda mais o crescimento na estrutura do
xadrez também nas escolas municipais, escolas particulares e clubes, aumentando a
vendas de materiais enxadrísticos, a produção de livros e o aumento quantitativos
de torneios não oficiais. Tudo isso associado motivou inúmeros professores a serem
especialistas ou treinador de xadrez, oportunizando ainda ganhos extras com
workshoops, capacitação e palestras além da atuação como árbitro de xadrez em
todo o estado.
Atualmente o xadrez escolar no Paraná é um exemplo que está sendo
seguido como uma experiência positiva por outros estados que iniciam os primeiros
passos no xadrez escolar, Jaime Sunye é atualmente o consultor junto ao Ministério
da Educação e Ministério dos Esportes.
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