Post on 24-Jul-2015
PRESSÃO VENOSA CENTRAL
Enf. Prof. Caroline Soledade
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Consiste numa vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, por onde circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração
O coração é o órgão central da circulação
CORAÇÃO
Pericárdio
Saco fino e fibroso que envolve o coração
Pericárdio visceral
▪ Aderido ao epicárdio
Pericárdio parietal
▪ Envolve o pericárdio visceral
Líquido pericárdico
▪ Lubrifica e reduz atrito
CORAÇÃO
Átrios
Paredes mais finas
Ventrículos
Paredes mais delgadas
PVC
PVC = Pressão Venosa Central
Pressão do sangue no átrio direito ou na veia cava
É um método acurado da estimação da pressão de enchimento do ventrículo direito, de grande relevância na interpretação de sua função
Dado extremamente útil na avaliação das condições cardiocirculatórias de pacientes em estado crítico
PROPÓSITOS DA PVC
Indicação do estado da hidratação e da função cardíaca direita
Dar informações da necessidade de infusão de líquidos
Eficiência da ação bombeadora do coração
INDICAÇÃO DA PVC
choques de qualquer etiologia
cirurgias de grande porte
pacientes em estado grave, com alterações hemodinâmicas
pacientes em que são previstas perdas sanguíneas elevadas
OBTENÇÃO DA PVC
Acesso venoso central
LOCALIZAÇÃO DO CATETER
TIPOS DE PVC
Transdutor eletrônico: PVC varia entre 2 à 8 mmHg
Monômetro de água: 8– 12 cmH2O
PVC ALTA
Aumento do retorno do volume sanguíneo
Reposição de líquidos
▪ ex: administração de líquidos, transfusão sanguínea
Controle ineficaz da perda de sangue ou líquidos
Insuficiência renal
PVC BAIXA
Redução do retorno do volume sanguíneo
Diurese
Agentes venodilatadores
▪ ex: nitroprussiato de sódio - Nipride
Perda de sangue ou líquidos corporais
PVC - COLUNA DE ÁGUA
MATERIAIS
Soro Fisiológico 0,9%
Equipo para PVC com fita graduada
Suporte de soro
Nível para PVC
Esparadrapo ou micropore
TÉCNICA PARA INSTALAÇÃO
1-Lavar as mãos
2-Explicar ao paciente o que vai ser feito
3-Reunir todo o material
4-Adaptar o frasco de soro ao equipo para PVC, de acordo com a técnica de preparo de soro
5-Colocar o paciente em decúbito dorsal no leito com as pernas e braços esticados ao longo do corpo, sem travesseiros
para que o nível do AD possa ser marcado com maior precisão
6 -Verificar o nível do AD da seguinte forma: colocar uma régua com nível em posição horizontal na linha axilar média
o AD do paciente encontra-se na linha axilar média
7-Marcar o ponto zero no suporte de soro, fixando a fita graduada nesse local (nível flebostático)
8- Fixar o equipo sobre a fita graduada, tendo-se o cuidado de se fixar o início da bifurcação do equipo no ponto zero, anteriormente marcado
9- Conectar a extremidade inferior do equipo (via do paciente) no catéter de acesso central do paciente, pinçando o equipo (evita a infusão de líquidos no paciente). Pinçar o equipo do soro
TÉCNICA DA MENSURAÇÃO
1- Pinçar a via da via do soro, abrir a via do equipo do paciente.
2- Observar o nível da solução contida no equipo. Quando o líquido começar a oscilar se faz a leitura do valor da PVC.
APÓS A MENSURAÇÃO
1- Pinçar a via do paciente, abrir o circuito do soro (permite que o soro suba através do equipo estendendo ao longo da fita graduada).
2-Pinçar a via do ambiente.
ATENÇÃO: Sempre que for verificar o valor da PVC, manter o paciente em decúbito dorsal, sem travesseiros (ou até 45ºC)
Evitar falso ponto zero
FATORES QUE INTERFEREM NA PVC
Localização inadequada do cateter
Obstrução parcial ou completa do cateter por um coagulo ou por estar em contato com a parede venosa
Posicionamento inadequado do paciente
Nível zero incorreto
Gotejamento simultâneo de outros soros
Dobra do cateter
Uso do respirador com pressão positiva intermitente
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Curativo diário do cateter observando sinais de flebite
Mensurar a PVC de acordo com a rotina e registrar no impresso próprio
Checar radiologicamente a posição do cateter antes de instalar a PVC;
Instalar a PVC;
Preencher o sistema com solução salina;
Retirar qualquer bolha de ar do sistema de mensuração;
REFERÊNCIAS
GALLO, Bárbara M.; et al. Cuidados intensivos de Enfermagem: uma abordagem holística. 6ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2001
VEIGA, Deborah de Azevedo. Manual de Técnicas de Enfermagem. 2ª edição. Editora da Universidade. Porto alegre, 2003.
BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Volume 2, 9ª edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2002
MUSSI, Nair M. Moto; et al. Técnicas fundamentais de Enfermagem. Ed Atheneu. São Paulo, 1995