Prevenção da entrada e manejo de pragas quarentenárias: Proposição de arranjo de pesquisa

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Prevenção da entrada e manejo de pragas quarentenárias

Proposição de arranjo de pesquisa

Marcelo Lopes da Silva

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Workshop do Programa Nacional de Combate

às Moscas das Frutas, Brasília, DF, 8 e 9 de

dezembro de 2015

Roteiro

Cenário da expansão de pragas no Brasil e no mundo

Proposta do Arranjo de pesquisas em pragas quarentenárias

Mosca-do-mediterrâneo (Ceratitis capitata)

Globalização de pragas

1896

1898

1900, 1904

1901

1907

Globalização de pragas

Ceratitis capitata: uma rápida expansão entre 1896-1907

Globalização das atividades humanas

Crescimento do comércio internacional e da movimentação humana

Globalização das atividades humanas

Interceptação de material vegetal dealto risco pelo serviço de vigilânciaagropecuária brasileiro.

Frutos são um dos itens maisencotrados em bagagens

MAPA -Vigiagro (2014)

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Anos

1898 – 19340,5 praga/ano

1935 – 19730,8 praga/ano

1974 – 19952,0 pragas/ano

1996 – 20144,0 pragas/ano

Introdução de pragas no Brasil

Fonte: Pragas sem Fronteiras, Agropec 2015

inseto fungo virus

bactéria ácaros outros

Pragas estabelecidas após1999, por regulamentação

Pragas ausentes não-regulamentadas

PQAs

Introdução de pragas no Brasil

Grupos de pragas

Fonte: baseado em Pragas sem Fronteiras, Agropec, 2015

Naturais Mediação humana

Dispersão ativa

Transporte por agente biótico

Transporte por agente abiótico

Transporte com material vegetal

Transporte acidental

Introdução intencional

Fonte: Sanches, M.M & Lopes-da-Silva, M.2015

Vias de ingresso de pragas

Vias de ingresso prováveis para pragas com dispersão ativa

transporte com material vegetal

dispersão ativa

Vias de ingresso de pragas e tipos de interceptação

Fonte: Lopes-da-Silva, M et al. 2014

pragas ausentes sem regulamentação

pragas quarentenárias ausentes

Interceptações de pragas por tipo

na Quarentena da Embrapa

Fonte: Lopes-da-Silva et al. 2015 (no prelo)

Linha do tempo das detecções de pragas introduzidas

Fonte: Lopes-da-Silva et al. 2014

Cenário mundial da expansão de pragas

Bebber et al. 2014

Aumento da

saturação de

pragas por

país

Tendência das

detecções

ocorrerem em

latitudes mais

altas

Relação entre número de pragas detectadas e indicadores sócio-econômicos (PIBper capita, investimento em pesquisa, produção agrícola, turismo, importações etc...)

Países que detectam menos do que o previsto

pelo modelo proposto por Bebber et al. 2013

“países que devem hospedar mais pragas do

que atualmente registram”

China

BrasilIndonésia

India

Filipinas

Cenário mundial da expansão de pragas

Perdas econômicas = Perdas de produção + Custo de Controle

Ex: As perdas com a ferrugem asiática superam

US$ 20 bilhões desde a introdução

Custo do controle de pragas no Brasil

Fonte: Globo Rural 2015Em milhões de US$ -Eudes Carvalho, 2007, Lavras MG

Curva da invasão de pragas

Baseado em Návia, D. 2015

LAG FASE CRESCIMENTO EXPONENCIAL

CAPACIDADE DE SUPORTE

Curva da invasão de pragas x detecção

1.O que fazer para evitar a entrada de uma praga?

2.Caso, uma entrada aconteça, o que fazer para que a praga não seestabeleça?

3.Se a praga se estabelece na região de sua entrada, como evitar que ela sedissemine para outras partes do país?

4.Se a praga se disseminar, o que fazer para conviver com o problema, deforma a manter os sistemas de produção competitivos e sustentáveis?

Fonte: Livro Defesa Vegetal

Questões-chave da defesa vegetal

Proposta do arranjo de projetos de pesquisas

Simpósio em maio de 2015 Boa Vista – Roraima

Enfoque fronteira norte x nacional?

Comitê Gestor Provisório

Elaboração da estrutura básica do arranjo

Estrutura do arranjo

Estrutura do arranjo

LINHAS DE PROJETOS

Conhecimento sobre pragas de importância quarentenária está disperso

Sistematização de informação

Fluxo de informação entre as partes interessadas

Estrutura do arranjo

Exemplo de contribuição do eixo conhecimento

Fonte: BD pragas/ Wikipragas- Edital CNPq 32/2009

Qualificação profissional da Defesa Vegetal

O trabalho de fiscalização é

muito complexo e exige

conhecimentos técnicos

amplos (com certa

especialização) combinados

com o conhecimento da

legislação.

Parcerias entre Embrapa e DSV/SDA/MAPA

Institucionalização da competência

científica da Embrapa em questões da

segurança fitossanitária demandadas

pelo MAPA.

A legislação de quarentena vegetal

baseada em critérios científicos

Formação de Rede de Especialistas

para apoio a Análise de Risco de

Pragas

Estrutura do arranjo

Grande quantidade de pragasregulamentadas

Método de priorização

Modelagem ecológica e econômica

Reconhecimento de nível de risco de cadaárea do país

Acoplamento de modelos bioecológicos e econômicos

Comportamento frente a fatores

ambientais

Distribuição geográfica mundial

Hospedeiros e distribuição

Dados de perdas, prejuízos

Comportamento de mercado

ENTRADAS – ‘INPUTS’ PROCESSAMENTO, MODELOS E MAPEAMENTO - LAYERS

Estimativas

probabilísticas de

impacto

Inteligência Territorial Quarentenária

Portos, aeroportos, postos de fronteiras e áreas vulneráveis. Quais pragas podem

ingressar por estes pontos e qual seriam os seus impactos?

Fonte Embrapa Gestão Territorial 2015

A detecção precoce de uma praga quarentenária é a base da defesa vegetal

Pragas de risco priorizado devem ser monitoradas

Formação de redes sentinela

Estrutura do arranjo

Projetos para detecção, monitoramento e formação de redes sentinelas

DETECÇÃO

LEVANTAMENTOS DIRECIONADOS OU NÃO-

DIRECIONADOS

APLICAÇÃO DE METODOLOGIA DIAGNÓSTICA

COMUNICAÇÃO AOS INTERESSADOS E AO

PÚBLICO

MONITORAMENTO

REDE SENTINELA

Ferramentas para a detecção

Figura 1. Perfis eletroforéticos de moscas-das-frutas. Amplificação da

região ITS (Internal transcribed spacer) do DNA ribossomal. Iniciadores

prITS5/prITS2: 1 e 2 – Anastrephafraterculus e A. oblíqua, 3 e 4

Ceratitiscapitata, 5-6 Bactrocera carambolae. Iniciadores prITS6/NS15: 7-

8, Anastrephafraterculus e Anastrepha obliqua, 9-10 Ceratitiscapitata, 10-

11 Bactroceracarambolae.

Figura 2. Perfis eletroforéticos de moscas-das-frutas. Amplificação da regiãoITS (Internaltranscribedspacer) do DNA ribossomal. Iniciadores primer2/3 eprimer 2/4. Linhas 1,2 e 3: Bactroceracarambolae, 4, Anastrephafraterculus,5-6 Ceratitis capitata, 7, 8e 9 Bactroceracarambolae, 10 Anastrephafraterculus, 11 e 12 Ceratitis capitata.

Figura 2. Perfis eletroforéticos de moscas-das-frutas. Amplificação da região ITS(Internaltranscribedspacer) do DNA ribossomal. Iniciador primer 2/4. Linha 1, Bactroceradorsalis,Tailândia, 2 Bactroceracarambolae, Suriname, 3 Bactroceracucurbitae, 4- Bactrocerapapaye, 5-Bactroceratryoni 6-Bactrocera correcta7- Bactrocerazonata, 8Bactroceradorsalis, China, 9-Bactrocerainvadens, 10- Bactroceradorsalis, China, 11- Bactroceradorsalis, Paquistão, 12-Bactroceradorsalis, 13- Bactroceraphilippinensis, 14-Bactrocera cucurbitae, Maurício, 15-Bactroceraoleae, França (não amplifica), 16- Bactroceracarambolae, Amapá, Brasil, 17-Bactroceracarambolae, Amapá, Brasil, 18-Anastrepha fraterculus, Piracicaba, São Paulo, Brasil 19-Anastrepha obliqua, Brasília,Distrito Federal, Brasil. Espécies nas quais não há referência a paísessão estirpes da IAEA e são resultantes de misturas de populações de mais de um país.

Conhecimento, detecção e mitigação

EXEMPLO DE PRAGA PRÉ-PRIORIZADA

AMARELECIMENTO LETAL DO COQUEIRONão há cura ou mesmo resistência efetiva conhecida

Proximidade geográfica dos focos

Nas Américas, o inseto vetor Haplaxius crudusTem uma distribuição geográfica maior que o ALC

A alta incidência na África demonstra que há outros vetores potenciais

As ações pragmáticas de defesa são feitas por orgãos que necessitam de um apoio científico

Tratamento pré e pós-colheita

Controle biológico, se viável, é uma alternativa com menor probabilidade de rejeição em escala maior

MIP deve ser um programa de forma mais lenta

Formulação de projetos

Tema

Exemplo de projeto de apoio a decisão

Projeto de investigação sobre o fluxo gênico entre as populações

Projeto de envolvendo monitoramentos e modelagem da distribuição geográfica

Exemplo de projeto de apoio a decisão

Novos cenários: novas capacidades de resposta

PRAGA REGULAMENTADA X PRAGAS EMERGENTES x PRAGAS DE INTERESSE NACIONAL

AUMENTO DA DISPERSÃO MUNDIAL DE UMA PRAGA AUSENTE NO BRASIL

AUMENTA O RISCO DA PRAGA PARA O BRASIL

DIMINUI A NECESSIDADE DE REGULAMENTAÇÃO COMO QUARENTENÁRIA (PRAGA DISPERSARÁPIDAMENTE E PORQUE NÃO IMPACTA NA EXPORTAÇÃO)

NO ENTANTO, A PRAGA NÃO DEVE DEIXAR DE SER IMPORTANTE SÓ PORQUE NÃO SERÁREGULAMENTADA

ESTA PRAGA DEVE SER FOCO DE INTERESSE NACIONAL – REGULAMENTAÇÕES ESPECIAIS

NOVAS DEFINIÇÕES

Comitê gestor provisório

Maria Conceição Peres Young

Embrapa Meio Ambiente

Décio Luiz Gazzoni

Embrapa Soja

Marcelo Lopes da Silva

Embrapa Recursos Genéticos e

Bioetecnologia

Viviani Talamini

Embrapa Tabuleiros Costeiros

Paulo Parizzi

Departamento Sanidade Vegetal

MAPA

Elisangela Fidelis de Morais -

Embrapa Roraima- Ponto Focal

OBJETIVO GERAL DO ARRANJO QUARENTENA

Viabilizar métodos e tecnologias que contribuam para reduzir os

riscos de entrada e dispersão de pragas quarentenárias no Brasil

e para o desenvolvimento de programas de manejo e de

contingência favorecendo a minimização de impactos nas áreasprodutivas do país.

Parcerias com interesse

OEDSV

Arranjos e Portfólios – organização da pesquisa da Embrapa

Perspectivas

Imagem

Dan Bebber

Se as pragas continuarem a se disseminar na

velocidade atual, as maiores nações

produtoras agrícolas serão inundadas por

pragas na metade desse século, o que

representará uma grave ameaça à segurança

alimentar mundial”

Muito obrigado !

marcelo.lopes.silva@embrapa.br