Post on 17-Apr-2015
PROCESSOS DE AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Enfª Lilian Lestingi Labbadia
Maio/2010
“A primeira condição do hospital é não prejudicar o doente”
Florence - 1853
Enfermarias: antes e depois de Florence
FLORENCE NIGHTINGALE (1820-1910)
Primeiro modelo de melhoria continuada Rígidos padrões sanitários e cuidados de enfermagem Resultado das intervenções
Taxa de mortalidade de 40% para 2%
(Nogueira, 1996)
QUALIDADE E SEGURANÇA
Mundo ...
5 milhões de vida - iniciativa voluntária para proteger os pacientes de incidentes e danos causados na assistência ao longo dos próximos dois anos
(dez/ 2006 – dez/ 2008)
Campanha para salvar 5 milhões de vidas5 Estratégias / 2005
Time de resposta rápida IAM cuidado seguro Farmacovigilância Prevenção de infecção de cateter venoso central Prevenção de infecção de sítio cirúrgico Prevenção de pneumonia por VM
Campanha para salvar 100 milhões de vidasNovas intervenções focadas na prevenção de danos / 2008
Prevenção de UPP Redução do MARSA ICC – cuidado seguro
Mundo ... Organização Mundial de Saúde – OMS – resolução
55.18 de Maio de 2000, com objetivo de tornar a segurança do paciente uma alta prioridade na agenda de políticas dos países membros (http://www.who.int/en/)
Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations – JCAHO – EUA - estabelece o Programa Nacional de Metas para a Segurança do Paciente (National Patient Safety Goals), onde se definem 7 procedimentos para atenção especial dos profissionais em sua execução (www.jcaho.org) (www.jcrinc.com).
Mundo ...
Agência Nacional para Segurança do Paciente (National Patient Safety Agency) – Reino Unido – fundada em Junho de 2000, estabelece áreas e procedimentos para monitoramento e ações de melhoria de desempenho pelas instituições de saúde (www.npsa.nhs.uk).
Conselho para Segurança e Qualidade em Assistência à Saúde (Council for Safety and Quality in Healthcare) – Austrália – desenvolveu o sistema “SHE” – Sentinel Health Events – Eventos de Sentinelas em Saúde, onde se define uma lista nacional de eventos sentinela.
Institute of Medicine:
“To err is human” (2000)
50% dos erros preveníveis 30% devido a negligência
EUA, prioridade nacional:
Meta: reduzir 50% dos erros em 5 anos
Custos dos Eventos Adversos Dados da Agência Nacional de Segurança do Paciente (NHS/UK)(Dados apresentados na 20ª Conferencia da ISQua – Dallas – EUA – Nov/2003)
Ocorrem em cerca de 11% das admissões/ano, o que equivale a 850.000 eventos/ano.
Custam aproximadamente 2 bilhões de libras/ano, com extras em dias de internação (cerca de 6 a 8 dias extras).
400 pessoas/ano morrem ou são seriamente lesadas em eventos causados por dispositivos médicos.
Mais de 400 milhões de libras são gastas por ano em função de acordos judiciais por negligências clínicas.
As infecções hospitalares adquiridas custam 1 bilhão de libra/ano.
Di che numeri stiamo parlando ?
Harvard Medical Practice Study
To err is human
AustraliaNuova
ZelandaUK
Eventi avversi 3,70% 4% 16,60% 12,90% 10,80%Eventi avversi prevenibili sul totale degli EA
58% 53% 53% 35% 47%
Mortalità (sul totale degli EA)
13,60% 6,60% 4,90% < 15% 8%
Spesa miliardi /anno _37,6 USD 17
prevenibili4,7USD _
1 StUK ogni giorno di degenza
FonteLeape et al.NEJM 1991
Khon et al. IOM 1999
Wilson et al. MJAus 1995
Davis et al. Ministry of Health 1995
Vincent et al. BMJ 2001
Agência Regional de Saúde –Veneza, 2005
Medicare Says It Won’t Cover Hospital ErrorsNew York Times – 21/08/2007
a partir de outubro de 2008, daqui a pouco mais de um ano, o Medicare - seguridade social governamental americana para os idosos - não mais pagará os hospitais por despesas decorrentes de algumas complicações adquiridas dentro do hospital.
"condições que podem ser razoavelmente prevenidas"
Úlcera por pressão Lesões causadas por quedas Infecções relacionadas a cateteres venosos Infecções urinárias relacionadas a sondagem
vesical Tratamento de pacientes nos quais foi esquecido
objetos durante a cirurgia Complicações decorrentes de transfusões de
sangue incompatível
ERROS- custo para a organização- grau de satisfaçãodos clientes (internos e externos)
ACIDENTES- construídos passo a passo
Falhas em sistemas, processos e condições que levam as pessoas a cometerem e não prevenirem.
Falhas Ativas
Falhas LatentesPerdas
Risco
Modelo do Queijo Suíço – James Reason
SEGURANÇA DO PACIENTE
Identificação do Risco
Prevenção do evento adverso
Gerenciamento do evento adverso
Sete Passos para a SegurançaNational Patient Safety Agency / UK
Criar uma cultura de segurança Liderar e apoiar o foco na segurança Desenvolver sistemas e processos para
gerenciar os riscos Promover os relatos Comunicar com os pacientes e público Aprender e Compartilhar lições Implementar soluções de prevenção
Rede Brasileira para a Segurança do PacientePólo São Paulo
10 passos para a Segurança do Paciente: Paciente envolvido com a própria segurança Identificação do paciente Higienização das mãos Segurança no preparo e administração de medicamentos e
hemoderivados (ou injetáveis) Preparo para cirurgia segura: local correto Prevenção de queda Prevenção de úlcera por pressão Prevenção da retirada não programada de sondas, drenos e
cateteres Comunicação efetiva interdisciplinar Segurança na utilização da Tecnologia
Qualidade em Saúde?
QUALIDADE NA SAÚDE
A OMS definiu Qualidade nos serviços de saúde como:
Alto nível de excelência profissional;
Uso eficiente de recursos;
Mínimo de risco para o cliente;
Alto grau de satisfação para o cliente;
Impacto final na saúde.
Genebra, 1981
QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Busca instrumentalizar a organização de saúde
de tal forma que seja assegurado ao cliente
que toda organização estará voltada para
maximizar os cuidados e benefícios e
minimizar os riscos (inerentes à ação médico-
terapêutica).
(Gastal, 1992)
Características da Qualidade
Qualidade objetiva – mensurávelQualidade intrínseca – melhores evidências científicasCusto – menor custo para o processo definidoSegurança – processo seguro para o cliente, trabalhador e toda a sociedadeQualidade atrativa – algo a mais para garantir fidelidade do cliente
Qualidade subjetiva – não mensurávelPermite ao cliente perceber a qualidade objetiva no produto entregue, determinando satisfação e encantamento
Couto, 2007
O que os atores desejam do serviços de saúde?
1. Que o serviço seja capaz de oferecer uma assistência segura.
2. Tecnicamente bem desenvolvida.
3. Profissionais preparados do ponto de vista técnico e humano.
4. Economicamente sustentável e viável.
Gastal, 2006.
Museus, compras & cirurgiasRevista da Folha, 24 agosto 2008
Para receber uma clientela exigente e disputada, SP começa acordar para a profissionalização do turismo médico...
Recebido no aeroporto de Guarulhos por um funcionário da Prime, logo no desembarque, ele ganhou um celular habilitado para uso exclusivo durante a temporada turístico hospitalar...
AUDIO | exibição: 31/01/2009 | site: CBN
Complexos hospitalares com projeção internacional, atendimento diferenciado e preços competitivos: estes são os atrativos oferecidos pela medicina brasileira
Processos de qualificação e avaliação de serviços de saúde
Acreditação Hospitalar
Controle de Qualidade Hospitalar (CQH)
Prêmio Nacional de Gestão em Saúde (PNGS)
Joint Comission on Accreditation of Healthcare
Organizations (JCAHO)
CCHSA - Accreditation Canada
Magnet Recognition Program (ANA)
Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ)
Prêmio Qualidade do Governo Federal (PQGF)
ISO 9001 – ISO 14000
ACREDITAÇÃO
Método ou processo de avaliação dos recursos de uma instituição de saúde.
Utiliza padrões definidos.
Visa garantir a segurança e qualidade da assistência.
ACREDITAÇÃO
França, Itália e Escócia
Obrigatório!
OBJETIVO DA ACREDITAÇÃO
Dotar as instituições de saúde de
instrumentos e ferramentas cujos padrões
possibilitem melhorar a qualidade e
desempenho dos serviços prestados.
Seminário Internacional - ANS 2009
ISO
International Standardization of Organizations
O que é ISO?
Normas internacionalmente reconhecidas;
Requisitos para produto ou serviços com qualidade;
Foco nas expectativas do cliente;
Boas práticas gerenciais;
Família ISO
ISO 9001 – estabelece o conjunto de ações preventivas
necessárias para garantir a qualidade de um produto após
as fases de projeto, desenvolvimento, produção, instalação
e serviços associados;
ISO 14000 – sistema de gestão ambiental – define de
uma forma geral o que uma empresa deve fazer para
diminuir o impacto das suas atividades no meio ambiente.
ISO 9001 - requisitos
Requisitos gerais
Requisitos de documentação
Responsabilidades da direção
Gestão de recursos
Realização do produto
Medição, análise e melhoria
Instituições de saúde certificadas
Laboratórios de análises clínicas
Banco Sangue
Hospitais
Suprimentos HIAE (Farmácia Clínica, Central e Satélites,
Central de Materiais e Esterilização)
CQH
PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE DO ATENDIMENTO
MÉDICO-HOSPITALAR
CQH - critérios
Perfil
Liderança
Estratégias e planos
Clientes
Sociedade
Informações e conhecimento
Pessoas
Processos
Resultados
Hospitais selados – 18 (jan /10)
Centro Médico Campinas (Campinas)
Hospital Alvorada - Moema (São Paulo)
Hospital de Aeronáutica de São Paulo (São Paulo)
Hospital do Servidor Público Municipal (São Paulo)
Hospital e Maternidade Alvorada - Santo Amaro (São Paulo)
Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama (Santo André)
Hospital e Maternidade São Cristóvão (São Paulo)
Hospital Estadual Mário Covas de Santo André (Santo André)
Hospital Geral de Guarulhos (Guarulhos - SP)
Hospital Geral de Itapecerica da Serra – SECONCI
Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros (São Paulo)
Hospital Municipal Maternidade-Escola Vila Nova
Cachoeirinha "Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva" (São Paulo)
Hospital Paulo Sacramento (Jundiaí)
Hospital Policlin - Nove de Julho (São José dos Campos)
Hospital Santa Cruz (São Paulo)
Hospital Sepaco (São Paulo)
Hospital Vera Cruz (Campinas)
JCAHO
Joint Comission on Accreditation of Health Care Organizations
JCAHO
JCAHO – criada em 1950
JC Internacional – americana – criada em 1999
Brasil – Consórcio Brasileiro de Acreditação – 2000
Hospitais, laboratórios de análises clínicas, assistência
domiciliária e serviços de transportes médicos
Manual de Padrões de Acreditação Hospitalar do CBA/JCI
Funções Voltadas para os Pacientes
Funções Voltadas para a Organização
JCAHO - critérios
Acesso e continuidade do cuidado
Direito dos pacientes e familiares
Avaliação do paciente
Cuidados ao paciente
Educação dos pacientes e familiares
Melhoria da qualidade e segurança dos paciente
Prevenção e controle de infecções
Governo, Liderança e Direção
Gerenciamento do ambiente hospitalar e segurança
Educação e qualificação de profissionais
Gerenciamento da informação
Hospitais certificados – 20 (jan/ 10)
HIAE
HAOC
Hospital São Vicente de Paulo
Hospital Moinhos de Vento
Hospital Samaritano
Clínica São Vicente da Gávea
Hospital do Coração (HCOR)
Hospital da Amil (3)
Hospital Sírio Libanês
Hospital Copa D´or
Hospital do Câncer - Instituto Nacional do Câncer (3)
Pronep
Casa de Saúde Laranjeiras
HEMORIO
Magnet Recognition Program (ANA)
MAGNET
American Nurses Credentialing Center (ANCC)
Reconhecer as organizações de saúde que
possuem Serviços de Enfermagem de Excelência
HIAE
Magnet – 14 padrões
Planejamento estratégico da enfermagem / liderança
Estrutura organizacional
Estilo de gestão
Políticas de pessoal
Modelos profissionais de atendimento
Qualidade de atendimento
Qualidade do cuidado
Consultas e pesquisas
Autonomia
Parcerias dos serviços com a comunidade
Enfermeiros como professores
Imagem da enfermagem
Relacionamento interdisciplinar
Desenvolvimento profissional
Canadian Council on Health Services Accreditation (CCHSA)
CCHSA - critérios
Planejamento estratégico Foco no cliente Liderança Compromisso com a qualidade Desenvolvimento de pessoas Trabalho em equipe - times...
Hospitais certificados
Hospital Barra D´or - Rio de Janeiro Hospital Quinta D´or - Rio de Janeiro Hospital Santa Catarina - São Paulo Hospital Vita Curitiba - Curitiba
PNQ, PNGS, PQGF Prêmio Nacional da Qualidade
Critérios - excelência na gestão
Liderança
Estratégias e planos
Clientes
Sociedade
Informações e conhecimento
Pessoas
Processos
Resultados
Hospitais certificados
PNQ – Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (2002)
PQGF – HCPA (1998), HEMORIO (2001),
HEMORIO (2002)
Vencedoras do PNGS
HOSPITAL GERAL DE PEDREIRA.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na Categoria Hospitais - Ciclo 2008-2009HOSPITAL BRASÍLIA - LAF EMPRESA DE SERVIÇOS HOSPITALARES.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na Categoria Hospitais - Ciclo 2008-2009HOSPITAL VERA CRUZ.Finalista do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na Categoria Hospitais - Ciclo 2008-2009INSTITUTO BIOCOR.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Ouro, na Categoria Hospitais - Ciclo 2007-2008INSTITUTO DA CRIANÇA DO HCFMUSP.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na Categoria Hospitais - Ciclo 2007-2008HOSPITAL BRASÍLIA - LAF EMPRESA DE SERVIÇOS HOSPITALARES.Finalista do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na Categoria Hospitais - Ciclo 2007-2008
HOSPITAL SEPACO - SÃO PAULO.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, na Categoria Hospitais - Ciclo 2006-2007INSTITUTO DE RADIOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DEMEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata, naCategoria Clínicas de Especialidades Médicas - Ciclo 2006-2007INSTITUTO CENTRAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata - Ciclo 2005-2006LABORATÓRIO NABUCO LOPES.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata - Ciclo 2005-2006LOUREIRO ANÁLISES CLÍNICAS LTDA.Vencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Categoria Prata - Ciclo 2004-2005LABORATÓRIO WEINMANNVencedor do Prêmio Nacional da Gestão em Saúde - Ciclo 2003-2004
SISTEMA BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO
ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO/ONA
Organização Nacional de Acreditação / ONA
1997 – proposta do Ministério da Saúde
1998 – elaborada a versão "Manual de Acreditação de
Hospitais” e piloto em 17 hospitais
1999 - Órgão Nacional de Acreditação
2000 – 1ª avaliação de hospital
2001 – reconhecimento nacional portaria nº 538/MS
2002 – parceria ANVISA
Organização Nacional de Acreditação / ONA
Laboratórios de análises clínicas, Farmácias Magistrais ,
Serviços Ambulatoriais / Terap / Pronto Atend., Serviços de
Assistência Domiciliar , Serviços de Hemoterapia , Serviços
de Lavanderia Hospitalar, Serviços de Nefrologia e Terapia
R. Substitutiva , Serviços de Radiologia / Diag. por
Imagem / Radioterapia e Medicina Nuclear, Serviços
Hospitalares
SEÇÕES DO MANUAL DE ACREDITAÇÃO
Serviços de Atendimento ao Cliente/Paciente
Liderança e Administração
Serviços de Apoio Administrativo e Infra-Estrutura
Serv. de Apoio Técnico e
Abastecimento
Ensino e Pesquisa
Serv. Profissionais e
Org. da Assistência
Serv. de Apoio ao Diagnóstico
OS PADRÕES
NÍVEL 1
ATRIBUTO GERAL: Segurança (estrutura)
NÍVEL 2
ATRIBUTO GERAL: Organização (processos)
NÍVEL 3
ATRIBUTO GERAL: Práticas de Gestão e Qualidade (resultados)
MANUAL BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO DE OPSS – VERSÃO 2010
01 de novembro de 2010
Avaliação, diagnóstico ou manutenção !
Acreditação Hospitalar / ONAAcreditação Hospitalar / ONA
(Resultados) EXCELÊNCIA
(Processos) ORGANIZAÇÃO
(Estrutura) SEGURANÇA
NÍVEL 1NÍVEL 1
NÍVEL 2NÍVEL 2
NÍVEL 3NÍVEL 3
PADRÃO DE NÍVEL 1
ATRIBUTO GERAL: SEGURANÇA (ESTRUTURA)
PRINCÍPIOS ORIENTADORES:
Habilitação do corpo funcional;
Segurança para o paciente, atenção aos requisitos normativos e de estrutura para a organização segura da assistência;
Estrutura básica (recursos) configurada, existente e orientada em conformidade com uma execução consistente com a sua finalidade/complexidade/missão e,
Gerenciamento e controle de riscos.
Folha de S Paulo - 25/12/2007 - 01h45
Incêndio atinge Hospital das Clínicas
Pacientes da UTI e do ambulatório foram transferidos para a Santa Casa e Incor. Alguns deles tiveram de aguardar transporte na calçada...
Jornal Folha de São Paulo15/01/2008 - 08h13
Segundo a ONA (Organização Nacional de Acreditação), empresa que confere certificado de qualidade hospitalar, 90% dos grandes hospitais brasileiros, inclusive os particulares, não têm o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). Para obter a certificação, os hospitais precisam se adaptar às normas de segurança...
PADRÃO DE NÍVEL 2
ATRIBUTO GERAL: ORGANIZAÇÃO (PROCESSOS)
PRINCÍPIOS ORIENTADORES:
Existência de normas, rotinas e procedimentos documentados, disponíveis e atualizados;
Evidências de introdução e utilização de uma lógica de melhoria de processos nos procedimentos médicos e assistenciais;
Evidências de modelo organizacional e de processos orientados para a satisfação do cliente (paciente).
PADRÃO DE NÍVEL 3
ATRIBUTO GERAL: PRÁTICAS DE GESTÃO E QUALIDADE (RESULTADOS)
PRINCÍPIOS ORIENTADORES:
Evidências de ciclos de melhoria em todas as áreas, com impacto sistêmico na organização;
Sistema de informação institucional, baseado em indicadores operacionais, econômicos e de qualidade, com comparações com referenciais externos e evidências estatísticas de melhoria nos resultados institucionais;
Sistema de verificação da satisfação dos clientes (internos e externos), evidências objetivas do impacto do programa institucional de qualidade e produtividade.
POSSÍVEIS RESULTADOS
NÃO ACREDITADO
ACREDITADO
ACREDITADO PLENO
ACREDITADO COM EXCELÊNCIA
Processamento de Materiais e Esterilização
Abastecimento e Apoio LogísticoMBAH 2010
Processamento de Materiais e Esterilização
Processamento de Roupas Armazenamento e Transporte Higienização Gestão de Segurança
Processamento de Materiais e Esterilização
Atividades destinadas ao preparo, esterilização, guarda e distribuição de instrumental, órteses, próteses e materiais especiais, equipamentos e materiais para a organização.
Requisitos do Padrão – Nível 1MBAH 2010
Sistema de registro e validação do processo de esterilização;
Gerencia a demanda do processo de esterilização;
Mecanismos e validação de protocolos de ratreabilidade;
Gerencia o estoque de instrumental; Monitora a integridade de instrumentais,
materiais e equipamentos esterilizados;
Requisitos do Padrão – Nível 1MBAH 2010
Sistema de controle da esterilização e validade dos materiais;
Gerencia riscos assistenciais, sanitários, ambientais, ocupacionais e de responsabilidade civil;
Define monitora e documenta o processo; Monitora a qualidade da água; Gerencia os resíduos.
Acreditação
Padrões e critérios
Como fazer???
Foco - segurança dos processos
Referências, melhores evidências...
Orientações Gerais para Central de Esterilização
Série A Normas e Manuais Técnicos, n.108
Brasília, DF
Abril de 2001
Indicadores de calidad de la central de esterilización
verificación de la efectividad del proceso de esterilización
tiempo de caducidad de la esterilización
empaque adecuado del material a esterilizar
seguridad en la central de esterilización
satisfacción del cliente interno
Indicadores de calidad de la central de esterilización
reuso de dispositivos médicos de un solo uso
riesgos laborales (físicos, químicos, biológicos, ergonómicos)
manejo de residuos
Criterio de tiempo de caducidad de la esterilización
Todo producto esterilizado ha de llevar impreso el tiempo de caducidad de laesterilización.
Debe ser mínimo el material que requiera ser reesterilizado por haber caducadoel tiempo.
N° de productos reesterilizados por superar el tiempo de caducidad.
_______________________________ x 100N° total de productos que se esterilizan
Estándar de calidad: menor 1%
Indicador – Fórmula e Meta
SUZIMAR DE FÁTIMA BENATO
Dissertação de Mestrado
Faculdade de Medicina de Botucatu / 2008
“AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO DOS CENTROS DE MATERIAL
E ESTERILIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PÚBLICOS ACREDITADOS DO ESTADO
DE SÃO PAULO: UM ESTUDO DE CASO.”
Hospitais Públicos Acreditados do Estado de São Paulo
Objetivo de descrever e analisar os processos de trabalho dos CMEs
Resultados: não foram encontradas muitas diferenças entre os hospitais, mesmo estes possuindo níveis de certificação diferentes, mas foram identificadas inadequações nos processos de trabalho dos CMEs, bem como no próprio programa de Acreditação, que não possui critérios específicos e claros para cada dimensão e nível propostos.
Hospitais oferecem quartos vips para pacientes!
Com serviços comparados a hotéis cinco estrelas, diárias chegam a custar 1500 reais
12/05/2010 – Revista Veja
Hospital dá ácido no lugar de sedativo8/5/2010 – Jornal Folha de São Paulo
SEGUNDO O HOSPITAL, CADA PRODUTO RETIRADO DA FARMÁCIA PASSA POR TRÊS CONFERÊNCIAS.
PARA EVITAR OUTRO PROBLEMA, A EMBALAGEM DO ÁCIDO RECEBEU UM AVISO DE ALERTA.
Obtenção do certificado pela OPSS...
Não permite garantir a entrega de produto com qualidade
Existem naquela empresa uma estrutura e funções dedicadas à busca da qualidade
Couto, 2007
“a assistência médica-hospitalar é uma das mais inseguras atividades humanas...”
To Err is Human, 2000
Obrigada!!
l.labbadia@unifesp.br
Referências bibliográficasInnocenzo, M. Indicadores, auditorias e certificações: ferramentas de qualidade para gestão em saúde. Martinari, 2010.
Feldman, Liliane Bauer; Cunha, Isabel Cristina Kowal Olm. Identificação dos critérios de avaliação de resultados do serviço de enfermagem nos programas de acreditação hospitalar. Rev Lat Am Enfermagem;14(4): 540-545, jul.-ago. 2006.
Lima, Suzinara Beatriz Soares de; Erdmann, Alacoque Lorenzini. A enfermagem no processo da acreditação hospitalar em um serviço de urgência e emergência. Acta paul. enferm;19(3): 271-278, jul.-ago. 2006.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Acreditação: a busca pela qualidade nos serviços de saúde. Rev. Saúde Pública vol.38 no.2 São Paulo Apr. 2004.
Feldman, Liliane Bauer; Gatto, Maria Alice Fortes; Cunha, Isabel Cristina Kowal Olm . História da evolução da qualidade hospitalar: dos padrões a acreditação. Acta paul. enferm;18(2): 213-219, abr.-jun. 2005.
Couto, Renato Camargo; Pedrosa, Tania Moreira Grillo Hospital - Acreditação e Gestão Em Saúde. GUANABARA KOOGAN. 2007.
Joint Commission Resources. Gerenciamento do corpo assistencial. Artmed. 2008.
M. Sekimoto, Y. Imanaka, H. Kobayashi, T. Okubo, J. Kizu, H. Kobuse, H. Mihara, N. Tsuji, A. Yamaguchi. Impact of hospital accreditation on infection control programs in teaching hospitals in JapanAmerican Journal of Infection Control, Volume 36, Issue 3, Pages 212-219
Campos, LI.Impacto da implantação do sistema de gestão da qualidade em hospitais acreditados com excelência pelo Sistema Brasileiro de Acreditação ONA. Tese de Mestrado / UFMG, 2008.