Processos Emocionais 2 António Rosado. Clima Emocional O ambiente emocional no treino representa o...

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Processos Emocionais 2

António Rosado

Clima Emocional

O ambiente emocional no treino representa o substracto emocional de base, o suporte essencial, o “tónus”, que suporta todas as acções.• É um pré-requisito essencial.

• Deve traduzir-se num percepção de prazer e de activação.

• É pré-requisito de intervenções psicológicas mais especializadas.

Clima Emocional

Atmosfera subjectiva em que a relação têm lugar.

Produto de comportamentos verbais e não-verbais.

Pode ser Hostil ou Amigável Competitiva ou Colaborativa Activa ou Passiva...

Como me sinto neste ambiente?

Importância

Um clima emocional adequado pode ser associado quer a ganhos cognitivos acrescidos quer, sobretudo, a ganhos no domínio sócio-afectivo e relacional, de desenvolvimento de atitudes positivas face ao Clube, às Modalidades e aos Outros.

Importância

Uma adequada modelação emocional pode, ao nível do treino desportivo, afectar o processo de treino, influenciando variáveis como a motivação, o ambiente humano e relacional, a estrutura e coesão a estrutura e coesão dos gruposdos grupos, a gestão de conflitos e emoções, o empenhamento e a participação no treino, a competitividade e, em última análise determinar vitórias e derrotas.

Consequências...

O clima emocional determina uma condição subjectiva de implicação qualitativa nas actividades com diversos tipos de reflexos e de manifestações comportamentais: um aumento da motivação, do interesse, da atenção, da capacidade de trabalho, da qualidade das relações humanas que se estabelecem, etc.

O “clima emocional” é decisivo Na satisfação pessoal de treinadores e

praticantes. Na manutenção, por longos anos, em

actividades esgotantes. Na aceitação de sacrifícios pessoais e

familiares diversos... No crescimento individual e de grupo no

domínio sócio-afectivo.

O clima emocional é decisivo:

No desenvolvimento de atitudes, valores e sentimentos.

Na optimização de diversos critérios de eficácia (rendimento) e de eficiência (processo de treino).

Critérios de treino optimizados

Um bom clima emocional potencia:

•Tempo potencial de aprendizagem

•Maior atenção e interesse (maior motivação).

•Maior empenhamento

•Maior capacidade de “sacrifício”

•Redução de comportamentos fora da tarefa, de indisciplina e de conflito.

Relembrar: os ganhos de aprendizagem dependem:

1. Do nível inicial na competência em causa. 2. Do nível de afectividade inicial (motivação,

empenhamento). 3. Da qualidade do treino.

Estudos do tipo processo-produto sublinham, por ex, a importância do entusiasmo do treinador.

Responsabilidades dos psicólogos e treinadores

Criar balanços subjectivos positivos (avaliações) nos praticantes acerca da prática.

Optimizar as relações no treino.

Clima relacional

Clima

Optimização da relação treinador-praticante.

Optimização da relação praticante-praticante.

Optimização da relação praticante-prática (modalidade).

Construir Sentimentos Positivos Face aos Desportos

Interessa-nos:• Que se construam sentimentos positivos

acerca de si mesmo e dos outros.

• Que da prática resulte: satisfação, alegria, auto-realização.

Como é que os jovens sentem o Desporto?• Sabemos que a participação desportiva tem o

potencial de criar sentimentos poderosos e duradouros, verdadeiras paixões, verdadeiras aversões…

Sentimentos positivos face ao Desporto

Impressões agradáveis e desagradáveis.• Muitos jovens não gostam de praticar

desporto, muitos abandonam rapidamente os clubes.

É preciso fazer um esforço para que as atitudes positivas apareçam.

Clima Emocional e Atitude face ao Treino

O desenvolvimento de atitudes positivas implica um conjunto de sentimentos positivos acerca de algo (Bloom, 1979).

Desenvolvimento de atitudes positivas no Treino exige: • Experiência positiva da prática (Piéron, 1988).

O Clima emocional também depende da percepção de sucesso.• O sucesso potencia mais o clima emocional do que

muitas outras variáveis.

Clima emocional depende:

Da natureza do treino, das tarefas de treino. Do grau de dificuldade das tarefas e das

percepções associadas. Da percepção de riscos e benefícios. Da natureza dos espaços e materiais

(percepção de qualidade do espaço). Procurar espaços e actividades agradáveis

(dificuldade e variabilidade). Do rendimento desportivo.

Clima Emocional e RELAÇÃO TREINADOR-ATLETA

Os processos inerentes à relação estabelecida entre o treinador e os atletas sempre têm sido considerados fundamentais no processo desportivo, por via da influência que têm nos afectos, cognições e comportamentos dos intervenientes.

Os comportamentos do treinador têm uma substancial influência nas características das auto-percepções das crianças e nas experiências psicossociais e afectivas no desporto.

Relação treinador-atleta

Através da investigação podemos verificar que o impacto dos treinadores sobre os padrões comportamentais dos atletas vai para além dos aspectos técnicos.

O treinador, também, afecta atitudes, valores, crenças e estas determinam diversos estados emocionais.

Abordagem sócio-emocional da relação treinador-atleta

A abordagem socio-emocional dá ênfase à componente emocional como resultado da interacção entre treinador e atleta, a qual pode ter efeitos, quer negativos, quer positivos, nos comportamentos adaptativos dos praticantes, tal como o equilíbrio afectivo da díade.

Relação treinador-atleta

Temos de salientar o facto do treinador ter um papel importante e fundamental nos afectos dos atletas, pelo facto de:

passarem grande parte da vida juntos, por partilharem experiências e emoções

fortes, por serem dependentes um do outro,

Relação treinador-atleta

O tipo de afectos que o atleta sente em relação ao treinador varia muito com o tipo de treino, com as cargas impostas pelos treinadores e com o equilíbrio emocional das duas partes.

Quanto maior a preocupação do treinador com as opiniões e sentimentos dos atletas mais positiva será a relação desta díade.

Relação afectiva entre treinador e atleta

Os atletas sentem insegurança, preocupação e perda de concentração em acção aos comportamentos afectivos negativos do treinador (punir, gritar, criticar etc.), enquanto que os comportamentos afectivos positivos (elogiar, demonstrar afecto, etc.) geram sentimentos de auto-valorização, incentivo e satisfação.

Relação treinador-atleta Os comportamentos desenvolvidos pelos treinadores podem ser

interpretados como negativos/agressivos pelos atletas, o que terá consequências inibidoras na adaptação emocional e consequentemente uma quebra na prestação desportiva.

O treinador que se preocupa com as opiniões e sentimentos dos

atletas parece ter com eles uma melhor relação.

Alerta-se desta forma para o carácter fortemente emocional da relação entre os dois intervenientes deste processo.

Raramente se ensina aos treinadores como gerir o comportamento interpessoal, nem se lhes ensina sobre a interacção e motivação das equipas.

O psicólogo do desporto pode potenciar esta relação.

Comportamento do treinador

O comportamento dos treinadores pode constituir um dos principais factores de stress responsável pela má prestação.

Rosado, Campos e Aparício (1993) salientam a importância dos comportamentos de entusiasmo dos treinadores, bem como das percepções dos atletas, como factores de optimização do clima emocional.

A optimização da relação depende: De um conjunto de variáveis em interacção com

ponderações diversas. Da percepção que os praticantes possuem da

qualidade da relação. Comportamentos do treinador mais valorizados: ser educado, ser paciente com os praticantes mais fracos, fomentar um espírito de amizade e interajuda, mostrar imparcialidade, ser justo nas avaliações, acompanhar o trabalho e encorajar.

Desvalorizam

•Zangar-se com frequência.

•Ser autoritário e agressivo

Base da Modelação: Interacção positiva

Vários especialistas insistem nas vantagens de um ambiente positivo em que as intervenções do tipo aprovativo predominem, ou seja, um ambiente relacional em que o elogio e o encorajamento se sobreponham à reprovação, à ironia e à crítica.

Indicadores de Bom Clima: “Reforços”

FB positivos frequentes. Elogiar os comportamentos

apropriados. Especificidade das desaprovações. Ser encorajador, “afectivo” (sobretudo

com praticantes com dificuldades ou “handicaps”, quaisquer que sejam).

Usar as estratégias de modelação

Reforços

Elogiar os praticantes quer pelo esforço desenvolvido quer pelos resultados obtidos.

Punir sem ferir... Criticar o comportamento e não a “pessoa”.

• Ver Estratégias de Modificação de Comportamentos e suas implicações emocionais.

Dinamismo do treinador

Exemplos:• Boa organização do treino.

• Início e transições rápidas.

• Ritmo vivo das sessões.

• Tomar parte nas actividades e mostrar gosto por elas.

• Capacidade de Comunicação/persuasão• Optimização da gestão emocional dos episódios de

comunicação.

Dinamismo gera dinamismo

Estratégias de Optimização do Clima: Comunicação

Mostrar disponibilidade para ouvir e conversar. Prestar atenção ao que dizem.

Responda honestamente às perguntas sem “esmagar” o interlocutor.

Saber ouvir, demonstrando interesse e atenção.• Parafrasear, contacto visual, sinais de concordância.

Indicadores de Clima Positivo

Comunicação não-verbal• Entendida como mais autêntica...mais emocional.

• Sorrir, rir e gracejar frequentemente.

• Contactos físicos (palmadinha nas costas, mão no ombro, cumprimentos iniciais...).

• Sinais gestuais de aprovação e encorajamento

• Proximidade dos atletas.

Participação Activa

Solicitação para apreciarem o trabalho realizado.

Solicitar e valorizar a participação dos atletas.

Aceitar e utilizar ideias dos praticantes, tendo em conta pontos de vista válidos.

Estratégias de Optimização do Clima Emocional Estabelecer uma relação personalizada.

• Decisivo: Conhecer muito bem cada atleta, nas diversas facetas da sua vida.

• Decisivo: Preocupar-se verdadeiramente com eles.

• Mostrar interesse pelos praticantes, pelos seus problemas, pela pessoa do praticante.

• Disponibilidade para os receber noutros espaços e fora dos horários.

• Contactos sobre assuntos extra-treino.• Tratar os praticantes pelo nome próprio.

Modelação emocional de base

Conhecer e tratar cada praticante pelo nome próprio.

Variar os processos e as formas de interacção.

Ser específico na desaprovação.Interagir o mais possível com a

generalidade dos praticantes.

Interesse pelo praticante/atleta

Pretende-se um clima em que é transmitido ao praticante um sentimento não só de interesse por aquilo que faz, mas, também,de confiança nas suas capacidades como praticante ou atleta e como pessoa.

Justiça Relacional e Gestão de Emoções

Promover uma relação sem discriminação (sexo, raça, entre melhores e piores, etc.)

Promover a igualdade sem uniformidade nem rigidez. Respeitar as diferenças.

Diferenciar e igualizar com equilíbrio Interagir com todos. Não mostrar favoritismos.

Estratégias de Optimização do Clima Emocional

Expressar e controlar as suas emoções:• Evitar o “warming up effect”

• Utilizar “mensagens do eu” Valorizar a expressão de emoções e

sentimentos versus valorizar o auto-controlo emocional.• O controlo das expressões emocionais deve

ser aprendido de acordo com os códigos particulares de ambientes particulares....

Ser Justo...

Estabelecer regras claras, justas e razoáveis com que estejam de acordo.

Cumprir as promessas. Ser consistente, coerente. Promover a responsabilidade pessoal

• A aceitação das consequências;

• O respeito das regras;

• Bom uso da autoridade

Estratégias de Optimização do Clima

Rigor e firmeza quando necessário.• Assertividade

Equilíbrio entre: Dizer o que pensa.

• Sinceridade e honestidade

Dominar o que diz.

Entusiasmo

É desejável que a participação nas diversas actividades da vida, na classe ou no clube, se faça com entusiasmo, com gosto e prazer, numa ambiência psicológica de tonalidade afectiva positiva, satisfatória para as pessoas que nela participam.

Estratégias de Optimização do Clima

Mostrar-se entusiasta

• Relativamente à matéria

• ao acto de ensinar/treinar

• ao praticanteEntusismo gera Entusiasmo...

Características gerais

As inflexões de voz, uma exuberância maior ou menor nos gestos e nos movimentos, a forma como se desloca no treino, em suma, todo um conjunto de traços que marcam aquilo a que normalmente se chama um treinador "triste" e "apagado" ou um treinador que com a sua maneira de ser "contagia", "estímula", "agarra" todo o grupo ou equipe.

A percepção do entusiasmo

Há interesse em saber não só quais são os indicadores reais de entusiasmo mas de saber quais são os indicadores subjectivos, a percepção do entusiasmo por parte dos diversos participantes no processo relacional de treino.

A percepção de entusiasmo

Não existe um comportamento isolado que possa caracterizar só por si, o entusiasmo de um treinador.

A percepção do entusiasmo de um treinador nasce da conjugação de um grande número de actos, diferenciados pela sua natureza e pelos seus objectivos.

Indicadores de entusiasmo

Muitas vezes o entusiasmo é caracterizado por expressões verbais e gestuais, como encorajar, pressionar, participar, ou por intervenções humorísticas como sorrir, rir, etc.Costa J. (1988) refere expressões indicadoras de entusiasmo tão diversas como: enérgico, dinâmico, espontâneo, calor humano, uso da voz, etc.

Descritores de Entusiasmo

Elogios e Feedback Encorajamento Participação Humor Interesse pela

modalidade Inovação Demonstração Interesse pelo praticante

Brincadeiras Sorrir e Rir Variedade de

Actividades Gestos Participação dos

praticantes Inflexões de Voz

Descritores de entusiasmo

Deslocamentos Preparação do treino Intensificação do

ritmo das actividades Contacto Físico Modelo Conselhos Contactos extra-

curriculares

Chamar pelo nome próprio

Personalização Justiça Aceitação de Ideias

Descritores de “Não-Entusiasmo”

Desinteresse Frustração Feedback Negativo Afastamento Despersonalização Desapego Clima Negativo Falta de Dinamismo

Irritabilidade Injustiça

Estratégias de Optimização do Clima Emocional: a evitar Evitar situações de humilhação e fracasso

sistemático. Evitar ameaças, autoritarismo, reprovações

sistemáticas. Evitar ser visto como um juiz permanente da sua

actividade. Evitar gritar. “Quando tiver alguma coisa a dizer ao

conjunto reuna o grupo”.

Procedimentos de modelação do ambiente emocional

Evitar ironizar e criticar (rebaixar) os praticantes em público (perante os companheiros).

Evitar utilizar a actividade física como castigo.

A evitar...

Evitar ridicularizar por sentimentos, medo ou ansiedade.

Evitar envergonhar, depreciar, ironizar.

Evitar denegrir em público.

Evitar o fracasso sistemático

Estratégias de Optimização do Clima Transmitir a ideia de possuir expectativas elevadas

de sucesso para todos.• Sem deixarem de ser realistas...

• Sem deixarem de serem individualizadas... Pressionar para o trabalho.

• Bons treinadores pressionam muito não deixando o ambiente de ser agradável.

Valorizar o empenhamento, o esforço, a dedicação, a inter-ajuda, os pequenos progressos...

Estratégias de Optimização do Clima

Transmitir mensagens: Eu valorizo-te como pessoa. Sou capaz de ensinar e vocês são capazes de aprender

e de evoluir. Não deixar pensar que é impossível melhorar, que é

muito difícil e só para super-dotados. Eles devem sentir “Ele é um bom treinador”. Devem confiar no treinador (e no psicólogo). Devem sentir que o treinador acredita na sua capacidade

de aprendizagem.

Estratégias de Optimização do Clima

Estimular as motivações intrínsecas.• ...Mais duradouras.

• A paixão pode mover montanhas.

Planear a diferenciação do treino.• Variações intra-tarefa.

• Treino por convite (duas ou mais tarefas que o praticante escolhe).

• Apresentar listas de tarefas a escolher.

• Utilizar actividades concebidas pelos praticantes.

Uma ajuda de Piéron Acolher pessoalmente os desportistas. Todos precisam de ser valorizados. Manter um clima amigável. Sorria quando há motivo para tal: ajuda a

descontrair. Assegure o seu conhecimento mútuo e o tratamento

por “tu”. Encoraje a exprimir a sua opinião e respeite-a.

Clima Emocional

Considere a influência do tipo de liderança nos estados emocionais:

Considere-se uma pessoa de recurso: evite ser demasiado autoritário; não se limite só a dar ordens e instruções.

Incentive os desportistas a tomarem a responsabilidade da própria aprendizagem.

Não devem ser simples executantes que respondem às suas ordens.

A Credibilidade ajuda… Seja honesto consigo próprio e com os atletas. Não tente dar a impressão de sabe mais do que de facto sabe. Certifique-se de que o compreendem. Seja igual a si próprio e não procure imitar alguém que desejaria ser. Seja positivo. Poucas pessoas respondem bem a comentários negativos. Não desmoralize os seus desportistas apontando-lhes a sua ignorância

ou falta de destreza. Mostre entusiasmo pela sua modalidade e pelos seus atletas. Seja justo, leal e coerente em todos os assuntos e ocasiões. Não mostre

favoritismo. Seja digno de confiança. Seja acolhedor e revele uma preocupação verdadeira pelo bem-estar dos

desportistas.

Emoções e Abandono da Prática

Muitos jovens abandonam precocemente a prática.• Algumas semanas após o início

• Com outras solicitações no plano dos lazeres.

• Quando os estudos apertam... Um bom clima emocional pode prevenir o

abandono.• Prazer/ paixão pela prática.

• Grupo de amigos.

• Óptima relação com o treinador.

Clima Emocional e Abandono

Razões radicadas na relação treinador/atleta

Falta de comunicação. Não explicar as razões da estratégia aos

atletas. Expressão de cólera dirigida aos atletas. Fracasso no tratamento dos jogadores

como indivíduos.

Praticante-Praticante

Conjunto de praticantes não é o mesmo que grupo de praticantes. O clima emocional joga-se, também, nas relações inter-pares.

Fomentar: • Interesses comuns.

• Valores de solidariedade.

• Tolerância à diferença.

• Inter-ajuda e cooperação.

Comportamentos associados às relações colaborativas e amigáveis

Comunicação efectiva (as ideias são verbalizadas com facilidade e os membros do grupo estão atentos aos outros, aceitam as ideias dos outros e são influenciados por eles).

Interacções Amigáveis, Prestáveis e Menor Obstrução (membros mais satisfeitos com o grupo e com as soluções que emergem; procura-se ganhar o respeito dos colegas e sentem obrigações em relação aos colegas).

Coordenação de esforços, divisão de tarefas, orientação para alcançar o acordo e elevada produtividade.

Acordo em relação às ideias dos outros e sentimento de partilha em relação a crenças e valores, confiança nas suas próprias ideias e no valor que os outros lhe atribuem.

Vontade de favorecer o poder dos outros. Os interesses conflituantes são considerados um problema mútuo a

ser resolvido de forma colaborativa.

Praticantes entre si

Suscitar a simpatia e a amizade. Organizar grupos heterogéneos, fomentando

as interacções diversificadas (todos com todos).

Organizar jogos e actividades cooperativas. Criar sempre situações de igualdade de

oportunidades. Definir funções específicas para cada

praticante.

Os praticantes entre si

Reforçar objectivos comuns. Utilização dos praticantes no apoio aos

mais fracos. Adopção de símbolos comuns. Encontros extra-treino, convívios entre

todos.• Distinguir coesão social de coesão na tarefa.

Emoção e coesão de grupos Ajudar os membros a identificar objectivos e necessidades

pessoais, clarificando como podem ser satisfeitos através do grupo;

Encorajar os membros que mais se destacam a fazer sacrifícios pelo grupo.

Promover o sentido de responsabilidade. Estabelecer objectivos claros e realistas. Enfatizar a equipa e não os indivíduos. Clarificar o contributo da adesão aos padrões do grupo na

eficácia.

“Modelar” a interacção

Promover a cooperação e desencorajar a rivalidade individual.

Tornar clara a diferenciação de papéis na equipa.

Clarificar as expectativas para cada membro. Estabelecer consensos quanto às diferenças

de estatuto

Coesão de grupos Promover o envolvimento do grupo na selecção dos líderes. Promover a proximidade entre os indivíduos. Separar fisicamente a equipa das outras equipas. Promover identificadores característicos da equipa. Dar ênfase às tradições da equipa. Manutenção de canais de comunicação abertos entre treinador

e atletas. Desenvolvimento do orgulho e do sentimento de identidade

colectiva.

Coesão….emoção… Promoção da auto-confiança. Evitar a formação de “cliques” sociais que perturbam a coesão

da equipa. Evitar as mudanças excessivas de atletas no seio do grupo. Permanecer continuamente sensível e a par do que se passa

na equipa ao nível das atitudes e sentimentos dos seus meembros.

Esforçar-se por conhecer a vida pessoal de cada atleta fora do âmbito desportivo.

Reconhecimento da excelência dos atletas que mais contribuem para a concretização dos resultados.

Encontros regulares fora das situações normais de treino para resolver determinados conflitos.

Praticante-Modalidade Promover o gosto pela prática e o gosto por aprender

e treinar.• Assegurar que os praticantes atribuem significado,

importância, às actividades propostas.

• Assegurar prática motora variada e lúdica, evitando a monotonia.

• Tornar as actividades desafiantes (tarefas novas e cada vez mais complexas e exigentes sem se tornarem muito difíceis).

• Gerir a percepção de risco; garantir segurança física e emocional em ambiente desafiante, de risco estimulante.

• Garantir sentimentos de sucesso na prática.

Gestão do Clima Emocional: Síntese

Comportamentos de afectividade (frequência, natureza, ratio +/-) Correcções (FB) positivas Encorajamentos Aceitação de ideias, sentimentos, dúvidas, etc. Rir, gracejar Contacto físico, linguagem não-verbal Contacto extra-curricular Participação Demonstração Pressão para a actividade Movimentação Motivação Empenhamento Estabilidade e coesão grupal Gestão de conflitos/emoções

Clima no Treino: observação comportamental

Categorias• Rir, Sorrir e Gracejar (SG)

• Identificação do praticante (IA)

• Aceitação e Utilização das Ideias dos praticantes (AU)

• Elogios e Encorajamentos (E)

• Afectividade Negativa (AFN)

• Interacções Extra-Curriculares (IEC)

• Participar com os praticantes (PA)

• Pressão (P)

• Contacto Físico (CF)

• Comunicação Não – Verbal (CN)

• Rir, Sorrir e Gracejar (SG). O treinador expressa bom humor e/ou prazer através de piadas, risos e sorrisos.

• Identificação do praticante (IA). Na interacção com o praticante utiliza o nome próprio do mesmo ou o sobrenome.

• Aceitação e Utilização das Ideias dos praticantes (AU). Aceita sugestões de alteração da actividade, desenvolve ideias dos praticantes, integra essas ideias nas informações.

• Elogios e Encorajamentos (E). O treinador elogia ou encoraja a acção do praticante por expressões verbais.

• Afectividade Negativa (AFN). Critica, acusa, ironiza, ameaça, castiga.

• Interacções Extra-Treino (IEC). Interage com os praticantes sobre assuntos não directamente relacionados com a sua disciplina (doenças, vida pessoal, etc).

Clima no Treino

Clima no Treino

• Praticar com os atletas (PA). Envolve-se activamente na prática demonstrando ou jogando, por ex.

• Pressão (P). Incentiva a acção do praticante.

• Contacto Físico (CF). O treinador toca no praticante em manifestação de aproximação relacional.

• Comunicação Não – Verbal (CN). Emite, simultaneamente ou não, com as mensagens verbais, sinais gestuais, expressões faciais e outras expressões não verbais

A emoção de base: gostar de si

A promoção da auto-estima é decisiva. A auto-estima pode apresentar diversos

tipos de especificidade. É uma das bases essenciais da

intervenção do treinador e do psicólogo.

Estratégias de Promoção da Auto-estima

Experiências positivas na participação no treino: resultar alegria, satisfação, auto-realização.

Optimizar a relação interpessoal com o treinador (clima no treino/afectividade)

Evitar a participação em situações de insucesso.

Estratégias de Promoção da Auto-estima

Tornar o insucesso o mais privado possível.

Escolher actividades e modificá-las judiciosamente.

Planear variantes de facilidade e de dificuldade.

Planear actividades alternativas Valorizar os progressos pessoais mais do

que a comparação com os outros.

Estratégias de Promoção da Auto-estima

Estimular a superação pessoal, a competição consigo próprio, as motivações intrínsecas.

Evitar situações de medo, ansiedade. Feed-backs positivos.

Estratégias de Promoção da Auto-estima

Não desvalorizar os mais fracos ou menos hábeis.

Não acentuar a “ideologia do ganhar”. Conversar com os atletas sobre estes

temas.

Evitar a participação dos jovens em situações de repetido insucesso e que sejam visíveis pelos outros.• Reforça os sentimentos de inadequação

Fornecer alternativas de actividade. Evitar situações embaraçosas

Falhar, especialmente se é frequente, leva à desistência.

• Motivar implica que sejam bem sucedidos. É preciso ajustar as tarefas e torná-las divertidas. Evitar comparações com os outros ou com normas. Encorajar a prática e menos os resultados. Encorajar a competição consigo próprio