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Produção de Pintainhos - Incubação

Disciplina: Criação e Exploração de Aves

Prof. Msc. Alício José Corbucci Moreira

Objetivos

Compreender as principais atividades envolvidas na produção de pintos de corte e postura, assim como, os métodos de incubação dos ovos.

Introdução

Existe a crescente demanda no mercado por carne e ovos => necessidade de reposição.

A qualidade do ovo incubado é fundamental para a produção de um pintainho de qualidade.

A medida do sucesso de qualquer incubatório é o número de pintainhos de primeira qualidade produzidos.

Este número representa uma porcentagem sobre o total de ovos colocados nas máquinas durante uma incubação.

Introdução

A produção de pintainhos pode ser feita por 2 técnicas:

Convencional ou natural => ave realiza a postura e choca os ovos por um período de 20 a 21 dias.

Artificial => Os ovos são recolhidos, selecionados, preparados e incubados com chocadeiras até o nascimento dos pintainhos.

Incubação Natural (cuidados)

Uma galinha choca pode incubar 8 a 10 ovos ao mesmo tempo. Cerca de 70% dos ovos incubados eclodem em boas condições.

Deve ter água e alimento de fácil acesso. O local do choco não deve ter acesso a outras

galinhas. Local deve ser elevado do piso, protegido das

intemperes climáticas e de predadores. Após o nascimento é recomendável locar a

galinha e os pintainhos em ambiente confortável e protegido.

Após o nascimento os ovos que não eclodiram e os restos do ninho devem ser eliminados.

Incubação Natural X Artificial

Produção inferior. Qualidade do pintainho duvidosa Disseminação de doenças. Perdas de ovos trincados, quebrados. Menor mão obra.

Aumento da produção. Qualidade superior. Seleção dos ovos de qualidade. Redução de contaminantes e

doenças. Diminuição de perdas de ovos

quebrados, trincados. Maior mão de obra e qualificação da

mesma. Fonte: imagens de domínio público

Fatores que Afetam os Nascimentos

Idade das Aves:

Influencia na quantidade de gema e albúmen;

Porosidade da casca (jovem - poroso);

Espessura da casca (jovem + espessa) => mínimo 27 mm;

Aves velhas => produção de embriões inviáveis e/ou imaturos.

Integridade e forma da casca:

Baixas densidades acarretam em perdas produtivas por trincas e morte embrionária;

Ovos redondos e excessivamente compridos podem quebrar na rolagem;

Fatores nutricionais:

Redução da ingestão de cálcio e fosforo => ovos quebradiços e até sem casca.

Estresse nutricional => redução do volume e qualidade dos ovos.

Fatores que Afetam os Nascimentos

Enfermidades:

Várias doenças prejudicam a produção de ovos, em especial as que reduzem absorção de cálcio e fósforo.

Fatores ambientais:

A temperatura influencia no consumo, logo altera a produção de ovos, etc.

Ovos sujos ou postos no chão:

Risco de apodrecimentos e contaminações;

Incubação quando necessária, separada dos demais ovos.

Fatores que Afetam os Nascimentos

Peso dos ovos:

Afetado pela idade;

Matrizes velhas => ovos maiores e menor densidade de casca;

Peso ideal entre 56 e 64 g. => diferença entre raças/linhagens => alterações no tempo de incubação.

Imagem: www.aviculturaindustrial.com.br.

Fatores que Afetam os Nascimentos

Responsabilidade dos fatores

O nascimento é influenciado por vários fatores.

Grande parte dos fatores que influenciam nos resultados são de responsabilidade das granjas

Fonte: Cobb – Vanstress, 2008.

Seleção dos Ovos

Remover e descartar os ovos não aptos para incubação:

Sujos;

Quebrados;

Pequenos (de acordo com a Política do Incubatório);

Ovos de tamanho muito grande ou de gema dupla;

Qualidade de casca frágil; entretanto, qualquer cor de casca é aceitável para incubar;

Ovos grosseiramente deformados.

Seleção dos Ovos

Fonte: Cobb – Vanstress, 2008.

Seleção dos Ovos

Fonte: Cobb – Vanstress, 2008.

Desinfecção dos Ovos

Antes mesmo de chegar ao incubatório, os ovos devem ser desinfetados.

30 minutos após a postura => queda de temperatura => “encolhimento” => sucção => contaminação.

Recomendável desinfecção => pulverização com formol ou amônia quaternária => na coleta, seleção e antes da incubação.

Higienização seca é a mais utilizada => gás formaldeído é utilizado em uma câmara fechada por 15 a 20 minutos em temperatura de 25°C.

Armazenamento dos Ovos Férteis

Temperatura:

Ovos armazenados em temperaturas maiores que o “zero fisiológico”(23,3°C) , antecipa a eclosão (ideal 18°C).

Tempo:

Ideal de 2 a 4 dias sendo 7 dias como limite para ovos frescos (redução da produção).

Umidade:

Na sala de estocagem, a umidade deve estar entre 70 a 80% => cuidado com o “ponto de orvalho”.

Resfriamento:

O resfriamento deve ser de forma lenta e gradual, de 41°C para 23°C com duração entre 6 e 8 horas, após esse resfriamento os ovos podem ser armazenados na sala de ovos em temperatura de 18 a 19°C.

Armazenamento dos Ovos Férteis

Fonte: <www.petersime.com>

Viragem:

Consiste na mudança de posição dos ovos para evitar aderências => dispensáveis em períodos inferiores a 4 dias.

Posição dos ovos:

A ponta mais fina deve ficar voltada para baixo.

Armazenamento dos Ovos Férteis

Fonte: imagens de domínio público

Armazenamento Ovos férteis frescos

Fonte: adaptado de Cobb – Vanstress, 2008.

Transporte da Granja p/ Incubação

Condições dos veículos.

Carroceria fechada com isolamento térmico.

Cuidado com a transpiração dos ovos.

As caixas e bandejas plásticas de transporte devem ser higienizadas antes do transporte.

Após o transporte da última carga do dia o caminhão tem que ser higienizado.

Deve ser utilizado somente para esta atividade.

Na recepção a data, horário e granja de origem devem ser documentados.

Transporte da Granja p/ Incubação

Fonte: imagens de domínio público.

Áreas do Incubatório

Área de recebimento e desinfecção dos ovos.

Sala de ovos.

Sala de estocagem dos ovos.

Câmara de resfriamento.

Sala de incubação.

Sala de eclosão.

Sala dos pintos.

Expedição.

Incubatório: Estrutura e Manejo

Recepção dos Ovos

Funções: Ambiente destinado a receber e verificar as condições dos ovos, garantindo a manutenção da bioseguridade as demais etapas do processo.

A área de recepção deve possuir:

Cobertura;

Se possível fechada com controle térmico;

Acesso restrito;

Fluxo em sentido unidirecional;

Caixas e carrinhos de transporte, assim como local específico para higienização;

Câmara de fumigação.

Após a chegada no incubatório, os ovos devem ser acondicionados em bandejas próprias adaptadas aos carrinhos para incubação.

Independentemente de terem sofrido desinfecção nas granjas, os ovos devem passar pela desinfecção na recepção antes de adentrar a sala de ovos.

Os desinfetantes + comumente empregados são a base de formol => câmara de fumigação.

Recepção dos Ovos

Recepção: Câmara de Fumigação

Fonte: imagens de domínio público

Importante!!! deve ser a única via de acesso entre a recepção e a sala de

ovos

Sala de Ovos (Características)

Funções: este é o local responsável pela seleção e acomodação dos ovos nas caixas de incubação.

Na sala de ovos, a temperatura e umidade relativa (UR) devem ser controladas, respectivamente, entre 20 a 22°C e 65-75%.

A sala deve possuir iluminação adequada sem pontos de escuridão.

Possuir lavatórios e papéis descartáveis para secar as mãos ao manipular os lotes de ovos.

Local específico para ovos descartados e materiais de limpeza e desinfecção.

Os ovos devem ser divididos por no mínimo 2 classes de peso:

Tipo 1 de 50 a 60g.

Tipo 2 com 60g. ou mais (limite: jumbo, duas gemas => descartados).

Os ovos pequenos devem ser descartados => pintainhos com peso fora do padrão.

Padrão médio dos pintainhos => 37 a 42g.

Ovos muito pequenos resultarão em pintainhos muito pequenos e fracos => peso do pintainho será de 70 a 72% do peso do ovo.

Sala de Ovos (Classificação)

Sala de Ovos: 1ª Ovoscopia

Identificação de ovos danificados no transporte. Busca principalmente por micro fraturas e rachaduras. Em condições normais não existe presença do embrião ainda.

Fonte: imagens de domínio público

Os ovos devem ser submetidos à ovoscopia para eliminação de problemas não observados na granja ou decorrentes do transporte (1ª ovoscopia).

Sala de Ovos

Fonte: imagens de domínio público

Sala de Estocagem de Ovos

Funções: tem como finalidade a estocagem dos ovos por período determinado sobre condições ambientais controladas.

Os ovos permanecem nesta sala por períodos iguais ou inferiores a 4 dias (limite 6 dias).

Os ovos são armazenados nos próprios carrinhos de incubação.

Pode-se envelopar os ovos para evitar o ressecamento.

É nesta sala que os ovos são pré-aquecidos antes da incubação (elevação de 20 a 22°C para 27 a 30°C

Sala de Estocagem (Câmara Fria)

Funções: é um anexo ou equipamento importante da sala de estocagem com a finalidade de prolongar o tempo de vida dos embriões por períodos prolongados.

Temperatura entre 12 a 16°C.

Quando o volume ou tempo impossibilitem a incubação dos ovos até 7 dias de produção, os mesmos devem ser resfriados.

Neste caso os ovos devem ser embalados em caixas próprias ou envelopados,

Caso não sejam envelopados, a umidade deve ser regulada ao máximo possível para evitar desidratação.

Ao retirar os ovos da câmara fria é importante aguardar por no mínimo 5 horas para remover a embalagem plástica, evitando a transpiração.

Períodos superiores a 4 dias deve-se fazer viragem.

Sala de Estocagem de Ovos

Fonte: SCHMIDT et al, 2002. Fonte: imagem de domínio público.

Sala de Estocagem de Ovos

Fonte: SCHMIDT et al, 2002.

Tempo de incubação é afetado por várias variáveis (tamanho do ovo, idade das matrizes, umidade, estocagem etc.)

O tempo total de incubação para a maioria das espécies domésticas:

Galinha – 21 dias;

Peru – 28 dias;

Pato – 30 dias;

Avestruz - 42 dias;

Codorna – 17 dias.

Sala de Incubação

Sala de Incubação

Funções: Local específico do incubatório, com a finalidade de promover o desenvolvimento embrionário, mimetizando as condições de incubação natural dos ovos pela galinha, e ainda reduzir os riscos aos quais os embriões estão sujeitos no processo natural de incubação

Tempo na sala de incubação: 432 à 456 horas (18 à 19 dias)

Temperatura ideal: 37,5°C

Umidade Relativa: 55 à 60%

Sistemas de Incubação:

Estágio único => incubadora é preenchida de uma só vez => maior gasto de energia => não aproveitam calor do embrião.

Estágio múltiplo => incubadora é preenchida gradualmente => + utilizada => menor gasto de energia.

Capacidade de carga:

Incubadoras de pequeno porte => uso em pequenas criações e de aves exóticas.

Incubadoras de grande porte => uso industrial.

Sala de Incubação

Sala de Incubação

Tamanho do ovo => ovos com maior volume e peso demoram mais para nascer.

Diferença no peso dos ovos => atrasos na incubação => até 6 a 8 horas.

Deve-se fazer a incubação de lotes com peso homogêneo.

Viragem das bandejas dos ovos na incubadora a partir do segundo ao 16º dia, fazendo movimentos de 45 a 55 graus, de hora em hora, automaticamente.

Sala de Incubação (Incubadoras)

Fonte: imagem de domínio público.

Sala de incubação (Cuidados)

Fazer aferição e manutenção preventiva.

Limpar os dutos de ventilação.

Condução dos ovos ao pré-aquecimento.

Evitar condensação dos ovos.

Certificar-se se a viragem está sendo realizada.

Remover e descartar ovos do processo que estão vazando e ou trincados.

Conciliar as datas e horários de nascimento com o transporte e mão de obra.

Após a incubação dos ovos realizar a lavagem e desinfecção das incubadoras.

Realização de uma ovoscopia com 10 dias ou duas ovoscopias, uma com 6 e outra com 12 dias.

Sala de incubação (Ovoscopia)

Fonte: imagens de domínio público.

Transferência: Incubação/Eclosão

Momento importante no processo => pode ser manual ou automática.

Deve ser feita com cuidado (quebras e trincos), com agilidade e atenção para não haver variações bruscas de temperatura e UR (controle da sala).

Redução das contaminações.

Retirada e descarte dos ovos inférteis.

Momento correto da transferência: máximo de 19 dias => antes dos ovos serem bicados.

Transferência: Incubação/Eclosão

Automatizada Manual

Fonte: SAKOMURA, 2013.

Recomenda-se a pesagem de algumas bandejas de ovos, com pesos registrados no início do processo, para que seja calculado o percentual de perda de peso durante esses 18 dias de incubação.

Perdas de peso superiores a 12% é indício de falhas nos controles de temperatura e umidade durante a incubação.

Essa avaliação é importante, principalmente quando se tem ovos oriundos de matrizes de idades diferentes.

Via de regra os ovos têm densidades diferentes e respondem a perda de peso conforme a regulagem de umidade da incubadora.

Transferência: Incubação/Eclosão

Sala de Eclosão (Nascedouro)

Funções: Também conhecida como nascedouro, ela tem o objetivo de promover um ambiente estável e isolado das demais repartições para o nascimento dos pintainhos. Ademais, evita a contaminação na sala de incubação.

Tempo na sala de eclosão: 48 à 72 horas (2 a 3 dias)

Temperatura ideal: 37°C

Umidade relativa: 60 a 65% UR.

Sala de Eclosão (Nascedouro)

Fonte: SAKOMURA, 2013.

Pintainhos devem ser retirados quando existir uma leve umidade no pescoço e não totalmente secos.

Sala de Eclosão (Nascedouro)

Fonte: imagens de domínio público

Sala de Eclosão (Nascedouro)

Fonte: imagens de domínio público Fonte: FRANÇA, 2012.

Sala de Eclosão (Nascedouro)

Fonte: Cobb – Vanstress, 2008.

Sala de Eclosão (Nascedouro)

Fonte: Cobb – Vanstress, 2008.

Funções: Local que abriga os pintainhos após o nascimentos e, onde ocorre o manejo final dos animais e seleção e descarte dos mesmos.

Temperatura: 28°C.

Umidade relativa: 60 a 70% UR.

É a última sala do processo => pintos são selecionados, vacinados e sexados antes de serem expedidos.

Sala dos Pintainhos

Sala dos Pintainhos

É recomendada a retirada dos pintos quando aproximadamente 95% deles estiverem com as penas secas,

Atrasos na retirada que contribuem para a desidratação dos pintos, prejudicando sua qualidade.

Deve ser realizada uma seleção dos pintos avaliando suas características físicas, descartando os com más formações.

O descarte é feito quando encontramos pintos com pernas tortas, com más formações de bicos, com umbigos não cicatrizados, etc.

Após a seleção os pintos devem ser vacinados e sexados.

Sala dos Pintainhos

Fonte: imagens de domínio público

Fonte: FRANÇA, 2012.

Sala dos Pintainhos (vacinação)

Manual Semiautomática

Fonte: imagem de domínio público

Sala dos Pintainhos (vacinação)

Spray Vacina em ovos

Fonte: imagens de domínio público

Este procedimento visa a separação das aves para alojamento, criação e nutrição de acordo com as recomendações por sexo.

A sexagem pode ser realizada de 3 maneiras: I. Sexagem pela coloração das penas; II. Sexagem pelo empenamento das asas; III. Sexagem pela cloaca.

Sala dos Pintainhos (Sexagem)

Fonte: imagens de domínio público.

Sala dos Pintainhos (Sexagem)

Fonte: Cobb – Vanstress, 2008.

A expedição deve ser em caixas próprias para o transporte.

Os caminhões devem ser climatizados com temperaturas entre 25 e 31°C.

Os caminhões devem ser limpos e desinfetados após cada transporte.

Quando possível utilizar caixas descartáveis.

O transporte deve ser o mais rápido possível para evitar o estresse dos animais.

Expedição

Expedição

Fonte: imagens de domínio público.

Índices Técnicos do Processo

Fonte: ROSA, s/d.

Obrigado pela atenção!

e-mail: aliciojcm@gmail.com

Referencias COBB-VANTRESS. Guia de Manejo de Incubação COBB, 2008.Disponível em:

http://wp.ufpel.edu.br/avicultura/files/2012/04/Guia_incuba%C3%A7%C3%A3o_Cobb.pdf. Acesso em: 20/11/2015.

FRANÇA, L. C. Do ovo ao nascimento, o manejo da incubação do “frango feliz”. 2012. Disponível em: https://pt.engormix.com/MA-avicultura/genetica/artigos/ovo-nascimento-manejo-incubacao-t924/103-p0.htm. Acesso em: 11/11/2015.

LANA, G. R. Q. Avicultura. Recife –PE, editora rural, 2000.

LAUVERS, G. ; FERREIRA, V. P. A. Fatores que afetam a qualidade dos pintos de um dia, desde a incubação até recebimento na granja. Revista científica eletrônica de medicina veterinária. Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011. Disponível em: www.revista.inf.br. Acesso em: 12/11/2015.

ROSA, P. S. Incubação. AGEITEC – Embrapa. s/d. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/frango_de_corte/arvore/CONT000fy1j9mkr02wx5ok0pvo4k3kktngb1.html. Acesso em 15/11/2015.

ROSA E SILVA, P. L. A influência do processo de incubação sobre a qualidade de pintos de um dia. 2011. Disponível em: http://nftalliance.com.br/artigos/ingredientes/a-influencia-do-processo-de-incubacao-sobre-a-qualidade-de-pintos-de-um-dia. Acesso em 15/11/2015.

SAKOMURA, N. Incubação artificial dos ovos e manejo no incubatório. 2013. Disponível em: http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/zootecnia/NILVAKAZUESAKOMURA/aula_13_incubacao_parte_2_2013.pdf. Acesso em: 20/11/2015.

SCHMIDT, G. S. et al. Incubação: Estocagem dos Ovos Férteis. Comunicado técnico – EMBRAPA, Concórdia SC, 2002.