PROF. LUIZ HENRIQUE - Cultivo do algodoeiro doenças

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PROF. LUIZ HENRIQUE - Cultivo do algodoeiro doenças

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Cultivo do Algodoeiro (doenças)

Importância

• Danos expressivos;

• Perdas econômicas em função dos danos;

• Aumento do custo de produção;

• Perda da qualidade do produto;

• Aumento dos níveis de inóculo;

• Quebra da resistência de cultivares.

Murcha de fusarium Fusarium oxysporium sp. vasinfectum

• Perdas expressivas;

• Sobrevive por longos períodos no solo:

• Favorecido pela presença de nematóides (Belonolaimus gracilis, Rothylenchus reniformise Meloidogyne sp):

• “Complexo Fusarium/Nematóide”

• Evitar: trânsito de máquinas, implementos ou qualquer dispersor de partículas de solo, de áreas infestadas para áreas isentas;

• Uso de cultivares resistentes;

• Rotação de culturas.

Murcha de fusarium Fusarium oxysporium sp. vasinfectum

Murcha de fusarium Fusarium oxysporium sp. vasinfectum

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

• Folhas: manchas aquosas poligonais;

• Maçãs: manchas aquosas verde-escuro;

• Ramos, pecíolos e brácteas: manchas necróticas;

• Condições favoráveis: umidade relativa > 85%, alta pluviosidade, cultivos adensados e temperaturas (30 e 36ºC).

Mancha angular, bacteriose ou crestamento bacteriano Xanthomonas axonopodis malvacearum

• Transmissão pela semente;

• Sobrevivência em restos de cultura;

• Penetração por aberturas naturais;

• Afeta diversas partes da planta;

• Disseminação pela água de chuva;

Mancha angular, bacteriose ou crestamento bacteriano Xanthomonas axonopodis malvacearum

• Uso de cultivares resistentes;

• Rotação de culturas;

• Manejo da densidade de plantio;

• Uso de regulador de crescimento;

• Controle químico não se justifica;

Mancha angular, bacteriose ou crestamento bacteriano Xanthomonas axonopodis malvacearum

Mancha angular, bacteriose ou crestamento bacteriano Xanthomonas axonopodis malvacearum

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Perdas de 70% em cultivares suscetíveis;

• Transmitida pela semente;

• Ocorre em reboleiras;

• Identificada pelo trabalho do “pragueiro”.

Ramulose Coletotrichum gossipii

var. cephalosporioides

• Sementes sadias e cultivares resistentes;

• Rotação de culturas;

• Plantio em época adequada (escape);

• Químico: primeiros sintomas (amostrar);

• Associar com cultivares resistentes.

Ramulose Coletotrichum gossipii

var. cephalosporioides

• Carbendazin + trifenil hidróxido de estanho /trifloxistrobina + propiconazol /carbendazin + trifenil hidróxido de estanho/trifloxistrobina+propiconazol;

• Tebuconazole + trifloxistrobina: 0,6 l ha-1 prothioconazole + carbendazin: 0,3 + 0,8 l ha-1;

• Tebuconazole + trifloxystrobin: 0,6 l ha-1 + 0,25% Áureo;

• Prothioconazole + trifloxystrobin: (0,5 + 0,5 l ha-1 + 0,25% Áureo

Ramulose Coletotrichum gossipii

var. cephalosporioides

Ramulose Coletotrichum gossipii

var. cephalosporioides

Fonte: www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=284

Ramulose Coletotrichum gossipii

var. cephalosporioides

Fonte: www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=284

Ramulose Coletotrichum gossipii

var. cephalosporioides

Fonte: www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=284

Ramulose Coletotrichum gossipii var. cephalosporioides

Nós entumescidos e superbrotamento

Manchas estreladas nas folhas jovens

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Ramulose Coletotrichum gossipii

var. cephalosporioides

Superbrotamento

Enfezamento

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

• Manchas necróticas: inícialmente azuladas (pulverulento após esporulação);

• Lesões: delimitadas pelas nervuras;

• Formato: irregular ou angular;

• Padrão: normalmente ascendente;

• Necrose: abaixo da camada de esporos;

• Amarelecimento e queda de folhas;

• Ocorre: 30 dias cultivares suscetíveis.

Mancha de ramulária, falso míldio, míldio aureolado ou mancha branca (Ramularia areola)

• Umidade relativa elevada > 85%: água livre na superfície foliar (madrugada);

• Alta pluviosidade e sombreamento;

• Noites úmidas seguidas de dias secos;

• Temperatura ótima: 25 – 30ºC;

• Déficit hídrico: esporos não abortam em períodos secos.

Mancha de ramulária, falso míldio, míldio aureolado ou mancha branca (Ramularia areola)

• Prothioconazole + trifloxystrobina: 0,5 + 0,5 l ha-1 + 0,25% Áureo;

• Tebuconazole + trifloxystrobina: 0,6 + 0,6 l ha-1 + 0,25% Áureo;

• Trifloxystrobina + cyproconazole: 0,6 + 0,5 l ha-1;

• Trifloxystrobina +propiconazole + óleo mineral 0,6 + 0,5 l / carbendazim + trifenil hidróxido de estanho 0,5 + 0,4 l / trifloxystrobina + óleo mineral 0,6 + 0,5 l / carbendazim + tebuconazole 0,5 + 0,5 l.

Mancha de ramulária, falso míldio, míldio aureolado ou mancha branca (Ramularia areola)

Mancha de ramulária, falso míldio ou mancha branca (Ramularia areola)

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Mancha de ramulária, falso míldio, míldio aureolado ou mancha branca (Ramularia areola)

Podridão das maçãs

• 170 espécies de microrganismos associados;

• Agentes primários: Colletotrichum gossypii; Xanthomonas axonopodis pv. Malvacearum;

• Comum em períodos mais úmidos;• Escurecimento do tecido das brácteas e

superfície externa da maçã;• Encharcamento do fruto, abertura precoce

e mumificação.

• Alta pluviosidade;

• Alta umidade relativa;

• Sombreamento do baixeiro;

• Ausência de aeração: interior do plantio;

• Presença de insetos sugadores.

Podridão das maçãs

• Adubação equilibrada;

• Uso de regulador de crescimento;

• Aeração no plantio;

• Manejo da densidade de plantio;

• Uso de sementes sadias;

• Controle de pragas (percevejos);

• Desfolha no período adequado.

Podridão das maçãs

Podridão das maçãs

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Mofo branco Sclerotinia sclerotiorum

• Suspensão irrigação: intervalos 3 a 4 dias;

• Rotação de culturas;

• Controle químico:

• Procimidona 500 g kg-1 (Sialex ou Sumilex 2 kg ha-1 – pivô - 3 aplicações intervalo de 10 dias);

• Tiofanato Metílico (Cercobin 700): 1,2 kg ha-1 em 02 aplicações.

Mofo branco Sclerotinia sclerotiorum

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Mofo branco Sclerotinia sclerotiorum

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Tombamento

• Rhizoctonia solani, Coletotrichum gossypii, Coletotrichum gossypii var. cephalosporioides, Fusarium spp., Pythium spp, Botriodiplodia theobromae e Macrophomina phaseolina.

• Fase de plântula: pós-emergência;

• Sementes: germinação (pré-emergência).

Tombamento

Lesões deprimidas e marromavermelhadas no colo e raízes das plântulas

Fonte: www.grupocultivar.com.br/arquivos/gc33_fungosalgodao.pdf

Tombamento

Fonte: www.grupocultivar.com.br/arquivos/gc33_fungosalgodao.pdf

• Plantas afetadas: > ou < redução no tamanho dos órgãos vegetativos.

• Folhas: amarelo típico (“gema de ovo”).

• Transmitido (mosca branca): Bemisia tabaci.

Mosaico comum (Abutilon mosaic virus)

Mosaico tardio, pseudo murcha, murcha vermelha (Tobacco streak virus)

• Sintomas: ponteiros das plantas (folhas menores e mosaico formado por áreas verdes-claros entre nervuras secundárias, contrastando com verde normal da folha).

• Plantas: sintomas diferentes associados ao vírus do mosaico tardio.

• Plantas: crescimento do ponteiro e aparecimento de coloração vermelho bronzeada ao longo das margens das folhas superiores e aparência de murcha (sem perda de turgescência, mas com epinastia).

Mosaico tardio, pseudo murcha, murcha vermelha (Tobacco streak virus)

Epinastia foliar e queda de folhas.

Mosaico das nervuras (Cotton leafroll dwarf virus)

• Plantas: porte reduzido, encurtamento dos entrenós (aparência compacta).

• Infecção tardia: aspecto compacto somente nos ponteiros.

• Folhas: leve amarelecimento ou palidez das nervuras.

• Transmitido (pulgão): Aphis gossypii.

• Forma mais severa: mosaico das nervuras.

• Nós extremamente curtos: redução drástica de desenvolvimento e coloração verde pronunciada.

• Nervuras das folhas: palidez típica e margens enroladas para baixo.

Mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus)

• Transmitido (pulgão): Aphis gossypii.

• Recentemente caracterizado: “cotton leafroll dwarf virus” (CLRDV) da família Luteoviridae.

• Conhecido também: como “blue disease, “mosaico azul” e “enfermidade azul”.

Mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus)

Mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus)

Reboleira: plantas (folhas) menores e bordos enrolados, verde intensa.

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..

Resistente Susceptível

Mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus)

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..

Mosaico das nervuras atípico (Cotton anthocyanosis virus)

• Nervuras: palidez e enrugamento das bordas (semelhante mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito).

• Folhas: coloração avermelhada.

• Transmitido: (pulgão) Aphis gossypii.

Mosaico das nervuras atípico (Cotton anthocyanosis virus)

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..

Mosaico das nervuras atípico (Cotton anthocyanosis virus)

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..

Vermelhão

• Sintomas: final do ciclo das plantas.

• Áreas: avermelhadas ou arroxeadas entre as nervuras das folhas.

• Nervuras das folhas: verde típica (limitando vermelha ou arroxeada).

• Transmitido (pulgão): Aphis gossypii.

Vermelhão

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..

Murchamento avermelhado

• Plantas: 40 a 80 dias.

• Folhas: epinastia, dobradas para baixo, proximidades e paralelamente às 2 nervuras maiores laterais;

• Folhas: amareladas e posteriormente avermelhadas;

• Folhas: murchamento intenso em algumas ou todas;

• Temperatura mais elevada das folhas afetadas: mediante contato manual, comparando-se com folhas sem sintomas (seca ou morte completa das plantas).

• Plantas afetadas: podem rebrotar e readquirir aparência normal (grau de infestação for menos grave).

Murchamento avermelhado

Murchamento avermelhado

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..

Murchamento avermelhado

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..

Avaliação e quantificação das doenças no campo

• Intensidade: quantidade de doença;

• Incidência: percentagem de plantas doentes ou de suas partes;

• Severidade: percentagem de área atingida pelos sintomas.

Meloidogyne incognita nematóide das galhas

• Espécie mais importante: agricultura das regiões tropicais e subtropicais;

• Galhas nas raízes: 1 ou + fêmeas (centenas de ovos);

• Ovos geram juvenis de 2º estágio: forma infectiva;

• Sítio de alimentação (Cenócito): células gigantes.

• Temperatura: 25 a 30º C;

• Textura do solo: + areia mais indivíduos, quando há hospedeiros (Asmus, 2004);

• Danos maiores: > 50% de areia;

• Associação: Fusarium oxysporum f. sp. Vasinfectum (+ danos).

Meloidogyne incognita nematóide das galhas

• Rotação de culturas: Crotalaria spectabilis, Panicum maximum, Brachiaria humidicola, Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha;

• Evitar: sorgo e aveia preta;

• Cultivares resistentes;

• Produtividades baixas: pequenos e médios produtores;

Meloidogyne incognita nematóide das galhas

Meloidogyne incognita nematóide das galhas

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Meloidogyne incognita nematóide das galhas

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• Fêmeas imaturas vermiformes: estágio infectivo.

• Penetração da parte anterior do corpo: no córtex radicular;

• Sítio de alimentação (sincício): célula da endoderme que aumenta de tamanho:

• Torna-se sedentário: parte posterior do corpo fora da raiz (aumenta de tamanho em forma de rim).

Nematóide reniforme Rotylenchulus reniformis

• Redução: volume do sistema radicular;

• Reboleiras: maiores que dos outros;

• Perdas em produtividade: altamente dependentes da densidade populacional;

• 400 e 600 nematóides / 200 cc de solo: à época do plantio.

Nematóide reniforme Rotylenchulus reniformis

Nematóide reniforme Rotylenchulus reniformis

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

• Fêmea e todas fases juvenis: vermiformes e móveis (endoparasitas);

• Fêmeas: galerias no córtex radicular;

• Lesões radiculares: coalescência das galerias produzidas por vários nematóides;

• Ovos: depositados no interior das galerias;

Nematóide das lesões Pratylenchus brachyurus

Nematóide das lesões Pratylenchus brachyurus

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Nematóide das lesões Pratylenchus brachyurus

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Nematóides

Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...

Estresse (seca)

• Folhas pendentes e murchas, cinza-esverdeada fosca e aparência geral flácida;

• Mais evidentes no meio do dia.

Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf

Danos (2,4-D e outros herbicidas hormonais)

• Elongação foliar;• Nervuras irregulares e

pontas das folhas enrugadas ou encurvadas e voltadas para baixo.

• Folhas pode permanecer verde bastante normal, mas haverá um inchaço anormal na parte do caule bem na linha do solo.

Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf

Dano (glifosato)

• Amarelecimento: nervuras das folhas permanecem verdes e do caule avermelhadas.

• Sintomas passageiros clorose: podem ocorrer em cultivares transgênicas (glifosato-resistentes).

Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf

Dano (denitroanalina)

• Plantas baixas e enfezadas, coloração normal;

• Ramos e folhas: parecem mais densos por causa dos internódios encurtados).

• Raízes: podem parecer podadas, com poucas ramificações laterais.

Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf

Dano (prometryne)

• Descoloração:• Espaços internervais,

ao passo que nervuras das folhas propriamente ditas permanecem verdes.

• Confundidos com desordens nutricionais.

Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf

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Autor: Prof. Luiz Henrique Batista SouzaDisponibilizados por Daniel Mota (www.danielmota.com.br) sob prévia autorização.