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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO e CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MÁRCIA GONÇALINA DE MORAIS ALMEIDA
PROFISSIONAL CONTÁBIL: O PAPEL DO CONTADOR NO
PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO NAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS DA REGIÃO DE CUIABÁ-MT
CUIABÁ-MT
2017
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MÁRCIA GONÇALINA DE MORAIS ALMEIDA
PROFISSIONAL CONTÁBIL: O PAPEL DO CONTADOR NO
PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO NAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS DA REGIÃO DE CUIABÁ-MT
Monografia apresentada ao Departamento de
Ciências Contábeis da Faculdade de Administração
e Ciências Contábeis, como requisito para obtenção
do título de Bacharel em Ciências Contábeis, pela
Universidade Federal de Mato Grosso.
Orientador: Prof. Ms Vander da Silveira Melo
CUIABÁ-MT
2017
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MÁRCIA GONÇALINA DE MORAIS ALMEIDA
PROFISSIONAL CONTÁBIL: O PAPEL DO CONTADOR NO PROCESSO DE
TOMADA DE DECISÃO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DA REGIÃO DE
CUIABÁ-MT
Monografia defendida e aprovada em 07/04/2017 pela banca examinadora
constituída pelos professores:
________________________________
Prof. Ms.Vander da Silveira Melo
__________________________________
Prof. Ms. João Soares da Costa
__________________________________
Profª Drª Renildes Oliveira Luciardo
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DEDICATÓRIA
Primeiramente a Deus meu grande Mestre.
Aos meus pais, meus pilares, pela educação e
pelo grande amor a mim dedicado.
Ao meu marido Luiz Américo pela
compreensão nos momentos de ausência, pelo
apoio e carinho.
Ao meu filho Matheus Américo meu amor
incondicional.
Aos meus colegas de sala que sempre me
apoiaram e me ajudaram nos estudos.
Aos meus professores pela contribuição na
minha formação intelectual e moral.
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RESUMO
Historicamente a contabilidade esteve presente na vida do homem desde as suas primeiras manifestações humanas sociais, pois buscou-se maneiras de proteger a propriedade e manter sua posse desde os primórdios da civilização. A contabilidade atinge sua maturidade XIII e XVI, consolidado pelo Frade Luca Paccioli e com a evolução das teorias chega a ser reconhecida como ciência. Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância do Contador no processo de tomada de decisão para nas micro e pequenas empresas, na tentativa de entender a distorção acerca da visão do Contador como mero calculista de imposto. Para isso, foi realizado pesquisa de campo com o empresariado das micro e pequenas empresas da região de Cuiabá-MT. No fim, é possível identificar a necessidade emergente de mudança, o papel do contador está em transição, o mercado está mais exigente, buscam profissionais mais qualificados, os gestores procuram Contadores preditivos, que os assessoram, os auxiliem com informações pertinentes e tempestivas, que aponta o melhor caminho na tomada de decisão.
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LISTA DE QUADROS
QUADRO: 1 - Breve Resumo da Evolução Histórica da Contabilidade.....................15
QUADRO: 2 - Dados Gerais do Curso de Ciências Contábeis da UFMT..................15
QUADRO: 3- Grade Curricular do Curso de Ciências Contábeis da UFMT..............16
QUADRO: 4- Disciplinas/Categorias e Carga horária do Curso de Ciências
Contábeis da UFMT...................................................................................................17
QUADRO: 5 – Tempo atua no mercado.....................................................................27
QUADRO: 6 – Nº de empregados..............................................................................27
QUADRO: 7 – Porte da Empresa...............................................................................28
QUADRO: 8 – Finalidade da Contabilidade na Empresa. .........................................29
QUADRO: 9 – Importância da Contabilidade para a gestão da empresa..................30
QUADRO: 10 – Importância da Contabilidade para tomada de decisão...................30
QUADRO: 11 – Frequência de reuniões, Empresários e Gestor...............................31
QUADRO: 12 – Oferta de Serviço Gerencial. ...........................................................31
QUADRO: 13 – O Contador e o Sucesso da Empresa..............................................32
QUADRO: 14 – A contratação de um Contador.........................................................33
QUADRO: 15 – Notas aos serviços prestados relacionados a Contabilidade...........33
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 – Faturamento anual da empresa.............................................................28
Gráfico 02 – Tempo de Experiência Profissional.......................................................28
Gráfico 03 – Conhecimento de Contabilidade............................................................29
Gráfico 04 – Finalidade da Contabilidade na empresa..............................................30
Gráfico 05 – Tipo de Prestador de Serviço................................................................31
Gráfico 06 – Relação Contador versus Empresa.......................................................32
Gráfico 07 – Informações Contábeis e o Processo Decisório....................................32
Gráfico 08 – Motivo da não contratação do Contador na empresa............................33
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 9
2.1 Destaque Da História Da Contabilidade ........................................................... 9
2.2. Na Bíblia .............................................................................................................. 10
2.3 Período Medieval .................................................................................................. 11
2.4 Período Moderno .................................................................................................. 13
2.5 Período Científico ................................................................................................. 14
2.6 Contabilidade e Sua Evolução .............................................................................. 15
2.7 O Curso De Contabilidade Na UFMT .................................................................. 16
2.8 Destaque para algumas Disciplinas de Ciências Contábeis voltadas para a gestão21
2.9 O Contador No Atual Mercado De Trabalho ....................................................... 24
3 METODOLOGIA ................................................................................................. 27
3.1 Procedimentos Metodológicos ............................................................................. 27
3.2 Coleta dos Dados .................................................................................................. 27
4 RESULTADO E ANÁLISE DOS DADOS ......................................................... 28
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 37
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 39
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1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem como o tema desenvolver a pesquisa acerca do papel do
profissional contábil, bem como sua importância para a gestão nas micro e
pequenas empresas da região de Cuiabá-MT, para que este auxilie os
administradores no processo de tomada de decisão.
Há dados significativos de falências nas micros e pequenas e empresas e os
empresários na maioria das vezes jogam a culpa no desiquilíbrio financeiro, mas na
verdade a maioria das vezes o que de fato aconteceu foi uma incapacidade
gerencial, faltou-lhes um bom controle e um bom planejamento, nesse momento
entra o profissional contábil, pois este profissional está habilitado para diversas
áreas que o torna capacitado. “a função do contador foi distorcida (infelizmente),
estando voltada exclusivamente para satisfazer às exigências do fisco” (IUDÍCIBUS,
1997, 146). O Contador não é um mero calculista de impostos, ele vai para além,
pois possui também habilitação para fins gerenciais. Mas há a seguinte indagação
acerca do contador: Por que no atual mercado de trabalho o profissional contábil
está sendo visto apenas como mero calculista de impostos?
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância do profissional
contábil no processo de tomada de decisões nas micros e pequenas empresa. Este
estudo será desenvolvido em 03 etapas, utilizando métodos de pesquisa científica.
A primeira etapa será a pesquisa bibliográfica em artigos científicos, leis,
normas, regulamentos, jornais, livros relacionados à Contabilidade e a
Administração ressaltando a importância da gestão, no processo de tomada de
decisão para bem atender ao propósito do trabalho.
A segunda etapa será composta pela pesquisa de campo que consiste na
aplicação de questionários com perguntas objetivas e subjetivas que serão aplicadas
nas micro e pequenas empresas da região de Cuiabá-MT, na tentativa de responder
a indagação deste trabalho.
A terceira etapa é composta por três fases: a primeira fase será o
agrupamento e análise dos dados coletados. A segunda fase será a discussão dos
resultados e por fim a conclusão e a exposição do artigo.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Destaque Da História Da Contabilidade
A história da contabilidade é tão antiga, que se tem registro que as primeiras
manifestações humanas surgem da necessidade social de proteger a propriedade e
manter sua posse, na tentativa de quantificar e registrar e que segundo provas
arqueológicas, estão registrados em grutas, ossos e outros materiais que o homem
dispunha na época para alcançar os fins propostos. “Se abrirmos a Bíblia em seu
primeiro livro Gênesis, entre outras passagens, que sugerem a Contabilidade,
observamos uma competição no crescimento da riqueza entre Jacó e seu sogro
Labão” (MARION, 2003, p.30). Isto significa que a contabilidade surgiu junto com a
história da humanidade, pois há indícios do seu surgimento há 4.000 anos antes de
Cristo. “A medida que a história é contada, torna-se rapidamente evidente que a
contabilidade foi o produto de muitas mãos e muitas terras” (HENDRIKSEN, VAN
BREDA, 1999, p.41)
Segundo estudiosos da área de matemática, artes, da própria escrita, são
unânimes em afirmar que a conta foi a primeira forma racional de manifestação
inteligente do homem nos aspectos quantitativos e qualitativos, e que a
Contabilidade nasceu com as primeiras manifestações da civilização (SÁ, 2008, 17).
A riqueza era uma constante no homem da antiguidade, o homem teve de ir aperfeiçoando seu instrumento de controle e avaliação da situação patrimonial á medida que as atividades foram desenvolvendo-se em dimensões e em complexidades (IUDÍCIBUS, 1997, 30).
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o
acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada.
As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre
o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas,
embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo
governo de seu país no ano 2000 a.C. À medida que o homem começava a possuir
maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a
forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil
memorização quando já em maior volume, requerendo registros. Os registros se
tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros ou tábuas, no final
de determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se vários
10
períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o balanço anual. (ZANLUCA,
2016)
Surge então a necessidade de controle com a administração particular, na
tentativa de prestação de conta. E como as transações eram à vista começaram a
empregar ramos de árvores assinalando como prova de dívida ou quitação,
desenvolve-se a partir dai o papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito
facilitando assim o registro das informações sobre os negócios. Torna-se mais
complexas o controle. Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores
da Contabilidade, e seus registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os
escriturários zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal
importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o
inicio do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se
estabeleciam, de forma primitiva, controles administrativos e financeiros.
As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o
registro iniciava-se com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos
unitários e totais, transporte, se ocorresse, sempre em ordem cronológica de
entradas e saídas. (SÁ, 2008, p. 20)
Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos",
"Conta de Vendas Diárias", "Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.
Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor
monetário em seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e
prata, denominada "Shat". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do
Denominador Comum Monetário. (ZANLUCA, 2016)
Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo,
já escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma
confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo
egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como
administração pública, privada e bancária.
2.2. Na Bíblia
A Contabilidade é tão antiga que se ler uma Bíblia encontra-se
interessantes relatos no Livro da Bíblia sobre controles contábeis, um dos quais o
11
próprio Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que
fraudou seu senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a
conta do que se tinha. (Gênesis 41.49).
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi
detalhadamente inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder
tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42,
verso 12.
Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis
4.22-26 e 10.14-17.
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas
para verificar se o que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas
14.28-30).
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida
registrada (Mateus 18.23-27).
Tais relatos servem para comprovar que desde os tempos bíblicos o controle
de ativos já era prática comum.
Também são conhecidos cuneiformes em cerâmicas que relatavam as
transações entre egípcios e babilônicos, destacando-se pagamentos de salários e
impostos. (MARION, 2003, p.31).
2.3 Período Medieval
No período Medieval a contabilidade, segundo HENDRIKSEN, VAN BREDA
1999, ficou marcada por um período de estagnação a partir do século V até meados
do século X. Esse retrocesso se deu, devido alguns acontecimentos importantes
como a invasão dos bárbaros e hunos à Europa Ocidental, a rebelião dos visigodos
contra o império Romano, promovendo uma desagregação da base econômica e
politica findando no desaparecimento da economia de mercado, instalando uma
crise socioeconômica. Com a queda do Império Romano no século V d.C., propiciou-
se um sistema de feudalismo caracterizado por uma agricultura de subsistência,
ratificando o retrocesso na economia comercial e paralelamente a este fato, decai o
nível da cultura e conhecimento da civilização romana. A contabilidade na Europa
ficaria adormecida em todo esse período de retrocesso econômico, mas a partir do
12
século X, com o acumulo de excedentes, proporcionado pela evolução do sistema
feudal, voltou-se a movimenta riquezas, a demanda na Europa cresceu e com ela a
expansão comercial ressurgiu.
Já a partir do século XII, com o comércio na Europa em pleno vapor,
ressurgem a instituições financeiras, empreendimentos bancários tomam forma,
dando força a contabilidade e a introdução do método das partidas dobradas, por
meados do século XIV tornando-se possível o surgimento de verdadeiras empresas.
“a medida que aumentava a necessidade de informação gerencial sobre os custos de produção e os custos a serem atribuídos à avaliação de estoques, o mesmo acontecia com a necessidade de sistemas de
contabilidade de custos. ((HENDRIKSEN, VAN BREDA, 1999, p.47).
Agora a contabilidade e suas técnicas voltavam ao cenário do mundo dos
negócios, como necessidade de controle e informação de natureza financeira,
patrimonial e econômica, fornecendo subsídios para o gerenciamento de negócios.
A era Medieval é considerava uma era técnica que soube aprender e
aproveitar os conhecimentos das civilizações antigas como a da Mesopotâmia, dos
Sumérios e Babilônicos, das civilizações consideradas importantíssimas para o
desenvolvimento da ciência que conhecemos como a Egípcia, Grega e a Indiana até
o conhecimento dos povos árabes de onde Leonardo Fibonacci solidificou seus
conhecimentos e os levou a Itália. (HENDRIKSEN, VAN BREDA, 1999).
Nesta época grandes inovações foram implantadas como o moinho de
vento, aperfeiçoamento da bússola, com técnicas na área da indústria artesanal com
sistema de mineração e metalurgia e para a contabilidade o principal fato foi a
necessidade do comércio exterior em registrar os recebimentos e pagamentos em
dinheiro diários o que resultou na ideia da época do livro caixa. (HENDRIKSEN, VAN
BREDA, 1999).
Aplicava-se nesta época, mesmo que de forma rudimentar, os primeiros
registros de débito e créditos, oriundos das relações de direitos e obrigações das
pessoas. A contabilidade seguia seu caminho e seu crescimento e aperfeiçoamento
nesta época se deu das necessidades do capitalismo, por meado dos séculos XII e
XIII, com o aumento da produção e retenção de capital o que resultou em alterações
de relações de trabalho passando de mão de obra escrava para assalariada,
modificando os processos da época tronando-se mais complexos.
Os efeitos sobre a contabilidade foram tanto diretos quanto indiretos. Por exemplo, o advento do sistema fabril e da produção em massa resultou
13
na transformação de ativos fixos em custos significativo no processo de produção e distribuição, tornando o conceito de depreciação mais importante ((HENDRIKSEN, VAN BREDA, 1999, p. 47).
Verificou-se que a Idade Média conhecida também como era Medieval foi
considerado de estagnação, mas já para contabilidade foi o período conturbado,
com o aquecimento do mercado que estava adormecido, com a retomada dos
negócios. E diante destas necessidades que começaram aparecer já no final desta
época pensadores como Leonardo Fibonacci e o frei Luca Pacioli, o maior
divulgador das partidas dobradas. Na continuação deste estudo, verificar-se-á que a
era moderna está caracterizada por técnica no cenário contábil, é o início de uma
contabilidade de pensadores, marcada pelo método e divulgação das partidas
dobradas por Pacioli.
Era preciso escriturar o que acontecia no mundo dos negócios com maior clareza e segurança, explicando contabilmente tanto a origem quanto seu efeito de cada ocorrência havida com a riqueza patrimonial. (...) não se ligava cada débito a cada crédito como condição conectiva necessária. Com a obrigatoriedade metodológica de sempre explicar, pelo registro a causa e o efeito do que acontece, surgiu a Partida Dobrada (SÁ, 1997, p.22).
Vale ressaltar também que com o advento da Revolução Industrial surge
também os especialistas em Contabilidade. (HENDRIKSEN, VAN BREDA, 1999,
p47).
2.4 Período Moderno
No período moderno três eventos importantes ocorreram neste período: em
1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos
emigrassem, principalmente para Itália; em 1492, é descoberta a América e, em
1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas para alguns
países europeus; em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos
na Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle
das inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava. (ZANLUCA, 2016)
A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição
de comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os
investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais
que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo,
14
fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os
empregados.
Segundo SÁ (1997), com o aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli,
contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o
início da fase moderna da Contabilidade.
Segundo HENDRIKSEN, VAN BREDA, Frei Luca Pacioli, foi primeiro
codificador da Contabilidade, publicou o primeiro material que descrevia o sistema
de partidas dobradas, e apresentava o raciocínio em que se baseavam os
lançamentos contábeis (HENDRIKSEN, VAN BREDA 1999, p. 39).
Com a obra de Pacioli, por volta de 1494, marcou a contabilidade, surgiu
quase toda a maquinária da escrituração contábil que conhecemos nos dias atuais.
Sua obra só não sistematizou a contabilidade como também abriu
precedentes para que novas obras pudessem abranger o assunto e novas teorias
pudessem se estabelecer diante da necessidade do novo mundo em estabelecer o
controle de inúmeras riquezas. Por isso, o período moderno é tido como o período
da pré-ciência.
2.5 Período Científico
Neste período a contabilidade conhece o inventário, os livros mercantis
diário e razão, chega às Universidades, que até então só era lecionada com aula de
comércio na corte, vai encontrar seu maiores pensadores depois de Pacioli, eis dois
grandes autores consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público,
que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e
Plubbliche", inicia a nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano. (ZANLUCA, 2016)
Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do
pensamento contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola
Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a
terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta. (ZANLUCA, 2016)
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já
tivesse inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com
a ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo
postulados jurídicos.
15
A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre
Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda,
terra natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.
Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade,
segundo os quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer
pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os
detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou
seja, o patrimônio. Era o pensamento patrimonialista. (ZANLUCA, 2016)
Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus
ensinamentos. Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou,
muito perto de definir patrimônio como objeto da Contabilidade. (ZANLUCA, 2016)
Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em
1923, definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da
Contabilidade como elemento fundamental da equação aziendalista, teve,
sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a
Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de
gestão. (ZANLUCA, 2016)
Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem
demonstrações práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das
contas e o uso exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a
flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-
se demais em demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar
vazão à pesquisa séria de campo e de grupo. (ZANLUCA, 2016)
Em suma o período científico teve como marco a busca pelo verdadeiro
objeto de estudo da Contabilidade, passando-se a buscar a explicação dos fatos
patrimoniais, transformando as contas em meros instrumentos de informação e não
objeto de estudo principal da Contabilidade.
2.6 Contabilidade e Sua Evolução
A Contabilidade não é uma novidade desde que o mundo é mundo. Há
registros de milhares de anos e não é invenção de homens brancos anglo-saxões e
protestantes. Dependeu de eventos ocorridos na África, na Índia, no Iraque, no Irã, e
16
outros lugares é multicultural, produto de colaboração dos judeus, cristãos,
mulçumanos, foi estimulado por avanços tecnológicos “a contabilidade é um produto
do mundo inteiro” (HENDRIKSEN, VAN BREDA, 1999, p49).
Para melhor entender a história da Contabilidade e sua evolução ao longo
da história, eis um breve resumo no quadro abaixo:
QUADRO 1: Breve Resumo da Evolução Histórica da Contabilidade CONTABILIDADE
DO MUNDO ANTIGO
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO
Período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
Período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
Período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
Período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.
Fonte: IUDICÍBUS, 2004, p.45 adaptado
2.7 O Curso De Contabilidade Na UFMT
Esta Seção procura a partir do site da Universidade Federal de Mato Grosso
descrever os aspectos gerais e curriculares do Curso de Ciências Contábeis. Dessa
forma, apresenta-se os dados gerais do Curso conforme segue:
QUADRO 2: Dados Gerais do Curso de Ciências Contábeis da UFMT Grande área de Conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Sub área de Conhecimento Ciências Contábeis Criação Resolução Conselho Estadual de Educação n.º 13-
A-71, de 27/02/1971. Reconhecimento Decreto 78.603, de 21 de outubro de 1976/MEC
Habilitação Bacharelado em Ciências Contábeis Titulação:
Contador
Fonte: UFMT (2017)
O currículo para o Curso de Ciências Contábeis da UFMT, Campi Cuiabá,
teve a sua primeira versão implantada no primeiro semestre de 1972 e vigorou até o
final de 1985 a carga horária total do Curso era de 2.805 horas. Em 1986 foi
17
realizada algumas mudanças, implantações de carga horária de 2.820. Resolução
CONSEPE 030/86, que vigorou de 1986 a 1994. Com a necessidade de adequação
da estrutura curricular em 1995 e na tentativa de atender a demanda do Estado de
Mato Grosso, o Conselho Federal de Educação implantou um novo currículo, e
dessa vez o regime que era semestral passou a ser anual, com prazo mínimo de
integralização de 04 anos (período matutino) e 05 anos (período noturno) e o prazo
máximo de 07 anos, com 80 (oitenta) ingressantes via vestibular/ano.
Em 1993 após várias discussões da comunidade com a UFMT, o Curso de
Contábeis passou a ser ofertado no Norte de Mato Grosso em 1994 e assim
estendendo em 1995 Mirassol D‘Oeste e São José dos Quatros Marcos. Em 2003
em Água Boa e São Félix do Araguaia. No final de 2004, a UFMT contribuiu para a
formação de 2.171 (dois mil, cento e setenta e um) profissionais da área contábil
desde sua primeira turma (1971).
Atualmente de acordo com a Resolução CONSEPE nº 70, de 23Jul07, a
grade curricular contempla um total de 3.024 horas, o seriado é regime anual, com
prazo máximo para integralização do curso de 06 anos, são ofertados 40 vagas para
o período matutino e 40 para o noturno. Segue abaixo a grade curricular que está
em vigor:
QUADRO 3: Grade Curricular do Curso de Ciências Contábeis da UFMT
CURSO: 216-CIENCIAS CONTABEIS - SERIADO DIURNO__Inicio da Estrutura :
20081
Curso: 2016 – Ciências Contábeis – Seriado Diurno
CÓDIGO DISCIPLINA TIPO HORAS CRÉDITOS INÍCIO SITUAÇÃO SEQ.
ANO/SEM
10230558 PORTUGUES INSTRUMENTAL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 1
10530692 PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 1
11031482 SOCIOLOGIA GERAL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 1
20127106 INSTITUICAO DO DIREITO
PUBLICO E PRIVADO OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 1
20325403 MATEMATICA FINANCEIRA OBRIGATÓRIO 144 0 20081 ATIVA 1
20325404 CONTABILIDADE GERAL OBRIGATÓRIO 144 0 20081 ATIVA 1
20526455 ADMINISTRACAO GERAL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 1
20526456 MARKETING PROFISSIONAL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 1
20127107 DIREITO FINANCEIRO OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 2
20127108 LEGISLACAO TRABALHISTA E
PREVIDENCIARIA OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 2
20127109 LEGISLACAO EMPRESARIAL E
SOCIETARIA OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 2
20230438 ECONOMIA OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 2
20325406 CONTABILIDADE COMERCIAL OBRIGATÓRIO 144 0 20081 ATIVA 2
20325407 METODOLOGIA DA PESQUISA OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 2
20325409 ETICA E LEGISLACAO OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 2
18
PROFISSIONAL
20325410 ORÇAMENTO E FINANÇAS
PUBLICAS OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 2
31030495 ESTATÍSTICA GERAL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 2
20325411 CONTABILIDADE E ANALISE DE CUSTOS
OBRIGATÓRIO 144 0 20081 ATIVA 3
20325412 CONTABILIDADE DE ENTIDADES
GOVERNAMENTAIS OBRIGATÓRIO 144 0 20081 ATIVA 3
20325413 ESTRUTURA E ANALISE DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS OBRIGATÓRIO 144 0 20081 ATIVA 3
20325414 CONTABILIDADE TRIBUTARIA OBRIGATÓRIO 144 0 20081 ATIVA 3
20325415 PRATICA CONTABIL OBRIGATÓRIO 144 0 20081 ATIVA 3
20230439 ESTRUTURA E ANÁLISE DE
PROJETOS. OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325416 CONTABILIDADE RURAL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325417 TEORIA GERAL DA
CONTABILIDADE OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325419 FUNDAMENTOS E NORMAS DE
AUDITORIA OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325420 CONTROLADORIA OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325421 PERICIA E INVESTIGAÇAO
CONTABIL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325422 CONTABILIDADE AVANÇADA OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325428 SEMINÁRIOS CONTEMPORÂNEOS EM
CONTABILIDADE
OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325429 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20526457 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E
ORÇ.EMPRESARIAL OBRIGATÓRIO 72 0 20081 ATIVA 4
20325424 AUDITORIA DE EMPRESAS
PRIVADAS OPTATIVA 72 0 20081 ATIVA 99
20325425 AUDITORIA GOVERNAMENTAL OPTATIVA 72 0 20081 ATIVA 99
20325426 BALANÇO SOCIAL OPTATIVA 72 0 20081 ATIVA 99
20325427 TOPICOS DE CONTABILIDADE
INTERNACIONAL OPTATIVA 72 0 20081 ATIVA 99
Fonte: UFMT (2017)
As disciplinas estão classificadas em três categorias de conhecimento:
natureza humanística; natureza social e natureza técnico-profissional.
Quadro 4: Disciplinas/Categorias e Carga horária do Curso de Ciências Contábeis da UFMT
Categoria de
disciplinas
DISCIPLINAS
CARGA
HORÁRIA
FORMAÇÃO
BÁSICA DE
NATUREZA
HUMANÍSTICA E
Português Instrumental 72
Matemática Financeira 144
Sociologia Geral 72
Psicologia Organizacional 72
Marketing Profissional 72
Administração Geral 72
Instituição do Direito Público e Privado 72
Direito Financeiro 72
Metodologia da Pesquisa 72
Estatística Geral 72
19
SOCIAL Planejamento Estratégico e Orçamento Empresarial 72
Legislação Trabalhista e Previdenciária 72
Legislação Empresarial e Societária 72
Economia 72
Estrutura e Análise de Projetos 72
FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
Contabilidade Geral 144
Contabilidade Comercial 144
Orçamento e Finanças Públicas 72
Contabilidade e Análise de Custos 144
Contabilidade de Entidades Governamentais 144
Estrutura e análise das Demonstrações Contábeis 144
Contabilidade Tributária 144
Prática Contábil 144
Contabilidade Rural 72
Teoria Geral da Contabilidade 72
Ética e Legislação Profissional 72
Fundamentos e normas de Auditoria 72
Controladoria 72
Perícia e Investigação Contábil 72
Contabilidade Avançada 72
Optativa 1 72
Optativa 2 72
Formação Teórico
Prática
Seminários Contemporâneos de Contabilidade 72
Trabalho de Conclusão de Curso 72
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO
3.024
Fonte: UFMT (2017)
O quadro acima tem como finalidade dividir as disciplinas por categorias de
conhecimentos, pois espera-se que o egresso tenha uma visão geral e crítica com
formação profissional não somente técnica, mas humanística e social, pois vejamos
o que se espera de cada área:
a) Conhecimentos De Natureza Humanística Os conhecimentos de Natureza
Humanística são concernentes aos indivíduos enquanto seres humanos, estando
sujeitos a influências internas e externas capazes de proporcionar-lhes satisfações
pessoais. O atendimento dessas satisfações pode ser alcançado através da
educação formal e se apresenta como características indispensáveis no processo de
formação do futuro contador. Dessa forma, através das disciplinas e atividades
integrantes do Currículo do curso de Ciências Contábeis busca-se a formação de
profissionais Contadores com as seguintes características:
- bom nível de Cultura;
20
- habilidade de comunicação oral e escrita;
- alto senso de responsabilidade social;
- capacidade e conhecimento suficientes e competentes para julgar e optar face às
várias alternativas que exijam o emprego de raciocínio e criatividade; e
- alto grau de integridade e honestidade.
b) Conhecimentos De Natureza Social - Os conhecimentos de Natureza Social
dizem respeito à formação de pessoa enquanto ser Social comprometido com o
desenvolvimento Político, Social e Econômico da sociedade moderna. Como pôde
ser observada, a responsabilidade do futuro profissional de contabilidade exige que
o mesmo tenha conhecimentos e responsabilidade ética que devem ser assumidos
com competência e dignidade para contribuir com o bem estar e o desenvolvimento
coletivo. Pretende-se, portanto, que durante o processo de formação acadêmica, o
aluno de Ciências Contábeis aprenda a reconhecer e assumir as responsabilidades
ético-profissional e moral exigidas pela profissão e pela sociedade em geral. Essas e
outras questões atribuem responsabilidades às Universidades no sentido de formar
profissionais de contabilidade portadores dos seguintes atributos sociais:
- espírito de equipe com capacidade de liderança, motivação e proatividade;
- desejo e competência para envolver e participar de iniciativas que visem o bem
comum;
- interesse e responsabilidade para cooperar no equacionamento de questões e na
busca de soluções que envolvam objetivos comuns da profissão;
- aptidões e habilidades para gerenciar recursos humanos e econômicofinanceiros.
c) Conhecimentos De Natureza Técnico-Profissional - Dizem respeito à
capacitação para o exercício da profissão. É, pois, em decorrência da busca
ininterrupta das empresas por profissionais competentes, criativos e com uma visão
crítica do mundo moderno, que as disciplinas do Currículo do Curso de Ciências
Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso devem conter uma dosagem
eqüitativa de conhecimento teórico e prático, capaz de responder aos anseios da
sociedade, no que tange a:
- capacidade para formular informações estratégicas, investigar capitais e prestar
serviços especializados;
- identificar problemas na atividade empresarial que ensejam soluções visando
atender o objetivo final das entidades;
21
- conhecer regimes e formas de escrituração contábil aplicáveis às atividades
empresariais públicas e privadas;
- compreender as técnicas de Contabilidade voltadas aos registros contábeis de
fatos básicos da atividade empresarial pública e privada;
- utilizar procedimentos técnicos e científicos adquiridos, para examinar documentos,
vistoriar bens, avaliar patrimônio, objetivando subsidiar as instâncias decisórias;
- demonstrar e ampliar técnicas de estudo e pesquisa necessários à produção de
trabalhos científicos; - conhecer os instrumentos de planejamento da área
empresarial e o sistema/processo de elaboração do orçamento governamental.
Os objetivos gerais do curso de Ciências Contábeis visa fundamentalmente:
- Propiciar aos alunos formação básica necessária para criar profissionais com perfil
técnico, moral, intelectual, político e social desejado pela sociedade moderna. Nesse
sentido formar Contadores que atendam essas prerrogativas e que tenham, ao
mesmo tempo, visão crítica das peculiaridades da profissão contábil e voltados à
atualização dos conhecimentos adquiridos, tem se constituído no objetivo do Curso
de Ciências Contábeis da UFMT. - Intensificar o relacionamento
universidade/empresa, reduzindo, assim o distanciamento entre o ensinamento
teórico e o ensinamento prático, bem como proporcionando aos discentes
entrosamento efetivo com a comunidade empresarial.
Para atender essa formação integral do aluno de contábeis o Departamento
de Ciências Contábeis da UFMT oferece uma excelente infraestrutura com amplas
salas de aulas, bem refrigeradas, equipadas com recursos tecnológicos, auditório,
laboratório, sala de estudo, cantina, etc. Sem falar do excelente corpo docente,
sendo sua maioria Doutores e Mestres com alto nível de conhecimento e que não
medem esforços para atender o público acadêmico. (PORTAL UFMT, 2017)
2.8 Destaque para algumas Disciplinas de Ciências Contábeis voltadas para a
gestão
Nesta parte do trabalho procura destacar algumas disciplinas do Curso de
Ciências Contábeis ofertadas na Universidade Federal de Mato Grosso que melhor
capacita o futuro profissional contábil na tarefa de auxiliar o empresário nas tomadas
de decisão, são elas:
22
a) Contabilidade de Custos: - Conforme comenta Oliveira(2000, pag. 20),
os relatórios de custos são ferramentas imprescindíveis das empresas qualquer que
seja o ramo de atividade”. Reuni informações por seguimento, setores ou ramos da
empresa, padronizando tais informações, analisando-os e alocando melhor os
gastos da entidade. A empresa adota métodos de custeios mais apropriados de
acordo com a atividade dela. Assim, terá um controle e acompanhamento dos
gastos e melhor maneira de alocar seus recursos nos diversos níveis da empresa,
desde a compra de material de consumo até a venda final do produto, podendo
inclusive fazer previsões.
A Contabilidade de Custo é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxilio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisão. (LEONE, 2000).
b) Auditoria: A auditoria tem por finalidade garantir a fidedignidade das
informações contábeis e financeiras divulgadas nas demonstrações contábeis assim,
além de apresentar um retrato fiel da posição da empresa, ela também garante
credibilidade de mercado, pois entende-se que uma organização auditada, está
agindo conforme as normas contábeis.
Ela também apresenta recomendações que ajudarão no desempenho e
continuidade da empresa, ela identifica falhas ou deficiências no controle interno da
empresa por exemplo, na forma de contabilização, na falta de aplicação das normas
e princípios contábeis e o que isso pode acarretar, tudo isso impactará diretamente
na gerência da empresa e servirá para que os gestores melhorem e/ou corrijam as
falhas identificadas.
Ela funciona como um método de avaliação da eficácia e eficiência do
controle interno e procedimentos adotados na empresa.
(...) os auditores internos cumprem importante função dentro das organizações de negócios, das entidades governamentais ou de outras formas de organização; examinando o sistema interno de informações, eles determinam se o mesmo efetivamente se destina a comunicar as diretrizes da administração, a colher os dados necessários e a informar a
administração sobre os resultados das atividades operacionais. (COOK (1983, p. 4)
Nota-se que a auditoria está diretamente relacionada a administração da
entidade, pois é a ela que os auditores apresentarão seus pareceres e relatórios de
acordo com suas avaliações.
23
c) Controladoria: A controladoria tem como característica auxiliar na
gestão das empresas. Conforme Almeida, Parisi e Pereira (1999), a controladoria
auxilia os gestores das diversas áreas no processo de gestão, com instrumentos
gerenciais que fornecem demonstrativos contábeis acerca do desempenho e
resultados econômicos.
Ela funciona como uma espécie de unidade responsável pelo projeto,
estudo, implementação e acompanhamento do sistema de informações financeiras,
operacionais e contábeis e está diretamente voltada para a administração, muitos o
definem como um ramo da administração por essa característica voltada a gerência.
O profissional da controladoria é o controller, é um gestor da empresa. Para
ser um controller requer muito conhecimento do negócio, um perfil dinâmico e
empreendedor, ter visão e entendimento de todas as atividades. Para Catelli (2001)
a Controladoria deve se esforçar para garantir o cumprimento da missão e
continuidade da empresa, dessa forma tem como finalidade assegurar informações
adequadas ao processo de decisão e direcionar esforços para que os gestores
conduzam a otimização do resultado global da organização.
d) Planejamento estratégico: O planejamento estratégico é um estudo
empresarial que facilita o sistema de gestão de uma empresa, traçando estratégias e
meios para atingir suas metas e objetivos. Tal planejamento serve para o melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis na empresa, ou seja, um modo mais
eficiente de alcançar suas metas, quando bem traçada ajuda na gestão do tempo
que é melhor aproveitado e também na produtividade da organização. Existem três
níveis de planejamento: estratégico, tático e operacional, para que a empresa tenha
sucesso, é preciso que os três níveis funcionem juntos. O planejamento estratégico
é definido pelos gestores, onde traçam os objetivos a serem atingidos num período
de tempo. O planejamento tático consiste na melhor maneira de utilizar os recursos
disponíveis de forma que produzam melhores resultados. Também é executada
pelos administradores. O planejamento operacional está voltado a área técnica na
execução de um determinado plano traçado no planejamento estratégico.
e) Orçamento empresarial: O orçamento empresarial é uma previsão dos
gastos, investimentos e ganhos da empresa em determinado para o tempo futuro,
permitindo assim, fazer um comparativo dos resultados, melhorar suas deficiências e
aumentar seus ganhos.
24
Ele visa proporcionar um retorno favorável para a organização, pois através
do orçamento empresarial, ela poderá estimar quanto terá de gastos/perdas e
quanto poderá gastar, a melhor maneira de alocar os seus recursos, principalmente
os financeiros e assim estimar um retorno.
Nota-se que todos os ramos citados estão ligados ao processo gerencial da
empresa, logo implica em itens importantes na tomada de decisão, que se bem
elaboradas e implantadas, farão uma grande diferença na atuação da empresa.
Verifica-se novamente que a contabilidade vai muito além de números, ela em todo
seu contexto, utiliza de vários meios que quando bem aproveitadas tornam uma
empresa gigante no cenário que atua.
2.9 O Contador No Atual Mercado De Trabalho
A busca constante de aprimoramento, visando a formação de profissionais
da área Contábil em sintonia com as novas necessidades do mercado, têm sido
amplamente discutidas e analisadas pelos diversos segmentos que se interessam
pelo profissional da área de Contabilidade, especialmente, o Departamento de
Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso. Dentro deste
contexto, o Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato Grosso
(Campi Cuiabá) vem procurando ajustar-se às necessidades didático-pedagógicas
necessárias à formação de um profissional que reúna um perfil técnico capaz de
atender o mercado, e consciente da necessidade da busca de aprimoramento
contínuo nos ensinamentos adquiridos através do processo de educação
continuada.
Para atuar no mercado deve ter o registro cadastrado no CRC, atendendo o
preceitua a resolução do Conselho Federal de Contabilidade CFC nº 1.389 de
30.03.2012, a qual estabelece as exigências e critérios para exercer a profissão.
Deve exercer a profissão mediante conclusão do curso de bacharel em ciências
contábeis, aprovação em exame de suficiência e registro no conselho regional de
contabilidade em que está sujeito, conforme o decreto lei 9.295 de 1946,
posteriormente alterada pela lei 12.249 de 2010 e a resolução do CFC nº 1486/2015.
A contabilidade apresenta uma vasta gama de possibilidades para as
empresas explorarem, que vai desde o planejamento até a execução de suas
atividades, pois ela apresenta não somente a situação patrimonial da empresa,
25
como também a financeira e econômica, sendo decisivo portanto na tomada de
decisão. Conforme Marion (2003, p 24) “A Contabilidade é a linguagem dos
negócios. Mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios,
dando diretrizes para a tomada de decisões”.
Diante de um mercado altamente competitivo e instável, de uma economia
fragilizada, faz-se necessário uma administração com gestores que saibam
interpretar os “números” e convertê-los em decisões eficazes, que saibam avaliar os
riscos e todos os aspectos contábeis e econômicos que envolvem a empresa para
mantê-la de portas abertas, e mais que isso, atuando de maneira ativa e crescente
no seu ramo de atividade.
O profissional contábil apresenta tais competências, que são preparados e
desenvolvidos desde a graduação, e vai muito além dos trabalhos rotineiros as quais
são requisitados - apuração de impostos e trabalhos voltados ao fisco.
O administrador precisa, no desempenho de suas funções, obter
informações que lhe permitam acompanhar o desenvolvimento das atividades e
avaliar os resultados decorrentes dessas ações, traçando metas e políticas que
possibilitem o alcance de seus objetivos, quando se estabelece a relação entre a
Contabilidade e a Administração, pois é ela que pode oferecer ao administrador tais
informações. E é a Contabilidade que através dos demonstrativos financeiros provê
informação útil para a tomada de decisão.
O que nota-se é que as empresas estão muito mais preocupadas em
atender a legislação fiscal, e deixam de considerar uma boa administração dos
recursos da empresa, uma gerência que amplie as alternativas e possibilidades das
mesmas, como a economia de impostos que pode ser alcançada com um bom
planejamento tributário e gestão da entidade.
Hoje em dia as funções do profissional da Contabilidade não se restringem mais as meras escriturações contábeis e fiscais. O perfil do contador moderno é de uma pessoa que acumula conhecimentos sociais e técnicos em função do amplo mercado que ele tem a sua disposição. Deve dominar todas as técnicas que permeiam a profissão, mas contextualizado e com visão nas diversas relações de sua área com as outras. (RIBEIRO 2007, p.2)
E ao analisar a formação do profissional percebe-se que as faculdades estão
preocupadas em ajustar seu currículo no atendimento ao mercado de trabalho, o
acadêmico para atuar no nicho mercadológico tem que cumprir alguns requisitos,
26
tais como: exame de suficiência, registro; tem-se nas mãos um excelente material
intelectual para atender o empresariado nos processos de tomadas de decisões,
então porque estão se tornando meros calculistas de impostos?
Na tentativa de responder a essa indagação farei uma pesquisa de campo
com aplicação de questionários com perguntas objetivas e subjetivas, com
empresários de micro e pequenas empresas da região de Cuiabá-MT, na tentativa
de mostrar à classe empresarial que o contador não é um mero calculista tributário,
que a sua função não se restringe a fornecer informações para melhor locação de
recursos econômicos, que vai além disso, pois segundo a Auditoria Interna, a
Controladoria o Planejamento Estratégico e Orçamento Empresarial, a contabilidade
gerencial o profissional contábil possui habilitação necessária para subsidiar uma
boa tomada de decisão. NASI (1994:5),cita que:
O Contador deve estar no centro e na liderança deste processo, pois, do contrário, seu lugar vai ocupado por outro profissional. O contador deve saber comunicar-se com as outras áreas da empresa. Para tanto, não pode ficar com os conhecimentos restritos aos temas contábeis e fiscais. O Contador deve ter a formação cultural acima da média, interando-se do que acontece ao seu redor, na sua comunidade, no seu Estado, no seu País e no mundo. O Contador deve ter um comportamento ético profissional inquestionável. O contador deve participar de eventos destinados à sua permanente atualização profissional. O Contador deve estar consciente de sua responsabilidade social e profissional.
Ter um profissional contábil na empresa é muito importante para o sucesso
dos negócios, mas muitos empresários ainda não dão tanta importância em tê-los
como um funcionário, talvez pelo fato de desconhecer a real função de um excelente
contador.
27
3 METODOLOGIA
3.1 Procedimentos Metodológicos
Este trabalho utiliza-se do método de Pesquisa de Campo levantando os
dados com o empresariado das micros e pequenas empresas da região de Cuiabá-
MT, na área comercial. Empresas estas com faturamento bruto anual até 1,2 milhão,
dos diferentes ramos de atividades, onde o questionário foi respondido pelo gestor,
gerente, dono da empresa ou o responsável que tenha contato direto com o
Profissional Contábil da Empresa. “A pesquisa, portanto, é um procedimento formal,
com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se
constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades
parciais”(LAKATOS, 2003, p. 155).
Foi aplicado em torno de 50 (cinquenta) questionários nos meses de janeiro
e fevereiro de 2017. As empresas foi contactadas aleatoriamente e sem identificação
das mesmas.
O questionário contêm 22 (vinte duas) perguntas mesclando questões
fechadas, abertas e de múltiplas escolhas.
O questionário da pesquisa foi dividido em 02 (dois) aspectos principais
julgados importantes, na população pesquisada:
I Parte: Características da empresa; (Ramo. Tempo de atuação no mercado,
número empregados, faturamento e porte).
II Parte: O gestor da empresa e o prestador de serviços Contábeis.
.A pesquisa apresentará algumas limitações, por exemplo, a dificuldade de
encontrar no momento da visita do entrevistador o dono na empresa, que seria a
pessoa ideal para responder a pesquisa.
3.2 Coleta dos Dados
Os questionários foram aplicados nas empresas de vários ramos
(construção, farmácia, confecção, entre outras), nos meses de Janeiro e Fevereiro
de 2017, na região central de Cuiabá-MT, o público alvo foram os donos e/ou
gerentes dos comércios da região central.
28
A amostra contou com 43 (quarenta e três) pesquisas respondidas, e 07
recusadas, ou porque não quiseram responder, ou o dono/gerente não estavam no
local.
O tema proposta ao me apresentar para o entrevistado era o papel do
Contador na empresa no processo de tomada de decisão.
4 RESULTADO E ANÁLISE DOS DADOS
A primeira questão a ser levantada nas 43 pesquisas, houve uma
diversificação de ramos de atividades, dentre eles: farmácia, lojas de roupas e
calçados, loja de construção, de bijuterias, embalagens, ou seja foram respondidas
por várias áreas do comércio em geral.
Quanto ao tempo de atuação no mercado, no quadro abaixo, pode-se
considerar que a maioria das empresas já estão acima de 05 (cinco) anos no
mercado, ou seja 58% das empresas já consolidaram seus negócio.
QUADRO: 5 – Tempo atua no mercado.
2) Há quanto tempo a empresa atua no
mercado?
até 1 ano 2 5%
de 1 a 2 anos 5 12%
de 2 a 3 anos 3 7%
de 3 a 5 anos 8 18%
acima de 5 anos 25 58%
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
A pesquisa realizada nas 43 empresas, apurou-se que 77% possui até 09
empregados. E pode-se constatar no quadro 07, quanto ao porte da empresa 77%
são micro empresa e 23% são pequenas empresas.
QUADRO: 6 – Nº de empregados.
3) Qual o número de empregados da
empresa?
até 9 33 77%
de 10 a 20 6 14%
de 21 a 50 2 5%
de 51 a 100 1 2%
acima de 100 1 2%
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
29
QUADRO: 7 – Porte da Empresa.
5) Porte Empresa
Micro 33 77%
Pequena 10 23%
Media 0 0 Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Quanto à faixa de faturamento anual das empresas a maioria pesquisada
não ultrapassa R$ 120.000,00, conforme o gráfico abaixo:
Gráfico 01 – Faturamento anual da empresa
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
No gráfico abaixo representa o tempo de experiência profissional dos
entrevistados:
Gráfico 02 – Tempo de Experiência Profissional
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
30
Foi perguntado o nível de conhecimento de contabilidade dos
donos/gerentes. 40% disseram que o conhecem é o suficiente para gerir a empresa,
e 39% conhece pouco, 16% não possuem nenhum conhecimento enquanto que
apenas 5% considera ter conhecimento pleno.
Gráfico 03 – Conhecimento de Contabilidade
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Nesta questão foi perguntado aos entrevistados a finalidade da
Contabilidade na Empresa dos 43 entrevistados, 32, ou seja 74% disseram que é
para cumprimento das exigências burocráticas legais. E apenas 03 entrevistados
responderam que é instrumento de gerência que auxilia na tomada de decisões.
Estas perguntas será uma das mais valorizadas da pesquisa, pois traz a visão dos
gestores quanto ao papel da Contabilidade.
QUADRO: 8 – Finalidade da Contabilidade na Empresa.
9) Na sua opinião qual a finalidade da contabilidade na sua
empresa?
cumprimentos das exigências burocráticas legais; 32
atividades operacionais de suporte aos demais departamentos; 8
instrumento de gerência que auxilia na tomada de
decisões; 3
Outros
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
31
Gráfico 04 – Finalidade da Contabilidade na empresa
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Quanto a importância que os donos/gerentes dão à Contabilidade quanto a
gestão da empresa, 70%, consideram indispensável para a empresa, sendo que
apenas 5% reponderam desnecessária e 5% reponderam pouco eficáz;
QUADRO: 9 – Importância da Contabilidade para a gestão da empresa. 10) Qual a importância da contabilidade na gestão da
empresa?
Desnecessária 2 5%
Relevante 8 18%
Indispensável 30 70%
pouco eficaz 2 5%
Outros 1 2% Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Foi solicitado que atribuíssem uma nota de 0 a 10 quanto a importância da
Contabilidade no auxílio nas tomadas de decisões, a maioria atribuíram nota 08, ou
seja 10 pessoas. Das respostas dos entrevistados também obteve-se uma pessoa
atribuiu a nota mínima 05 pessoas atribuíram a nota 10. Segue o quadro abaixo as
notas de 0 a 10.
11)Atribua uma nota de 0(menos relevante) a 10 muito relevante quanto a importância da
Contabilidade no auxílio ao empresário nas tomadas de decisões
QUADRO: 10 – Importância da Contabilidade para tomada de decisão
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 3 2 6 5 5 10 6 5 Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
32
Das empresas entrevistadas, 100% possuem serviço contábil externo, ou
seja os Escritórios de Contabilidade prestam serviços a essas empresas.
Gráfico 05 – Tipo de Prestador de Serviço
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Foi pesquisado se a empresa e o Contador se reúnem periodicamente
para discutirem assuntos pertinentes a administração da empresa, 77% disseram
categoricamente que não.
QUADRO: 11 – Frequência de reuniões, Empresários e Gestor.
13) O Contador e o Gestor da empresa se reunem periodicamente para discutirem assuntos pertinentes a administração da empresa
Sim 10 23%
Não 33 77% Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Perguntou-se a respeito dos serviços prestados da Contabilidade se era
ofertado serviço gerencial, 36 pessoas disseram que não, ou seja 84% dos
entrevistados. E apenas 16% disseram que sim , ou seja 07 donos/gerentes.
QUADRO: 12 – Oferta de Serviço Gerencial.
14) O prestador de Serviço Contábil da sua empresa oferece o serviço de contabilidade gerencial?
Sim 7 16%
Não 36 84%
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
33
Ao se tratar da relação dos empresários e o prestador de serviços contábil é
77% satisfatória segundo a pesquisa;
Gráfico 06 – Relação Contador versus Empresa
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Já no quesito sucesso da empresa, foi perguntado se o prestador de Serviço
Contábil é um aliado para esse sucesso, 65% disseram que não e 35% disseram
que sim.
QUADRO: 13 – O Contador e o Sucesso da Empresa. 16) O prestador de Serviço Contábil é um aliado no
sucesso de sua empresa.
Sim 15 35%
Não 28 65%
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Questionamento acerca das informações contábeis, se elas participam do
processo decisório, 33 entrevistados disseram que não, ou seja 77%. E apenas 23%
disseram que usam as informações contábeis para tomaram decisões.
Gráfico 07 – Informações Contábeis e o Processo Decisório
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
34
Na pesquisa realizada foi perguntado aos entrevistados se o dono/gerente
contrataria um Contador para trabalhar diariamente na empresa e 84% disseram que
não. E Desses 84% foi perguntado o porquê, 67% responderam que não vê
necessidade, e 16% disseram que um temporário atende a demanda.
QUADRO: 14 – A contratação de um Contador.
18) O senhor contrataria um Contador (caso não tenha)
para trabalhar diariamente dentro da sua empresa?
Sim 7 16%
Não 36 84% Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Gráfico 08 – Motivo da não contratação do Contador na empresa
Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Das notas que os entrevistados dariam aos serviços prestados as empresas
49% dariam a nota regular para os serviços a eles prestados. Mostraram-se muito
descontente no momento do preenchimento dos questionários.
QUADRO: 15 – Notas aos serviços prestados relacionados a Contabilidade.
19) Que nota você daria para os serviços contábeis
prestados à vossa empresa?
Razoável 7 16%
Regular 21 49%
Bom 7 16%
Excelente 8 19% Fonte: O pesquisador (questionários/2017)
Dos itens das perguntas abertas, quanto ao papel do Contador. 20) Dos
serviços prestados pela Contabilidade, existe algum serviço que você considera que
deveria ser realizado e não é? Abaixo algumas das respostas dos entrevistados;
35
a) Relatórios periódicos; b) Mais competência nas atribuições; c) Planilhas mensais de custos e gastos; d) Visitas periódicas; e) Esclarecimento quanto ao processo tributário; f) Controle mais eficaz de prazo; g) Acompanhamento da empresa; h) Controle e gerenciamento; i) Realizar consultoria de uma forma melhorada; j) Consultoria contábil; k) Auxílio a boa gestão do negócio; l) Controle de documentação exigida pelo governo e controle financeiro; m) Ajudar a empresa a crescer;
Segue abaixo algumas respostas dos questionários referente a questão dos
serviços por eles considerados importantes e que deveriam ser realizados pelo
prestador de serviço contábil.
“sim, deveria me orientar em algumas tomadas de decisões, relatórios mensais, assessoria fiscal, não tenho”. (O Pesquisador, 2017) “visita ao cliente para saber as reais necessidades e tirar dúvidas sobre o que diz respeito a contabilidade da empresa. Assessoramento ao empresários que muitos profissionais da área deixam a desejar” (O Pesquisador, 2017) “prover os usuários de informações ao nosso ramo de atividade. Preparar a empresa para o recebimento de novas leis, orientando o melhor a se fazer, considerando sim ou não quanto aos investimentos corretos” (O Pesquisador, 2017) “prover o gestor com informações para a tomada de decisão” (O Pesquisador, 2017) “Amparar o seu cliente diante das tomadas de decisões, gerar informações essenciais para decisões emergentes”. (O Pesquisador, 2017).
Após análise dos dados coletados infere-se que as questões foram
respondidas por dos donos/gerentes das micro e pequenas empresas, da região de
Cuiabá-MT, com mais de cinco anos no mercado (58%), com menos de 09 (nove)
empregados 77%, e 79% delas com faturamento anual de até R$ 120.000,00, cento
e vinte mil reais.
Os gestores estão acima de 04 anos de experiência profissional, possui
pouco ou suficiente conhecimento Contábil, mas quanto a dar importância a
Contabilidade para a gestão 70% disseram que era indispensável.
36
As empresas entrevistas, não possuem em suas dependências um Contador
interno, talvez, por não ter a exigência legal; apenas16% contrataria para trabalhar
diariamente, 67% não contratariam porque não vê necessidade. Não veem a
necessidade porque acreditam que a finalidade da contabilidade é apenas
cumprimentos das exigências burocráticas legais, segundo 74% dos entrevistados,
apenas 7% responderam que é instrumento de gerência que auxilia na tomada de
decisões.
Outra questão que 77% dos entrevistados afirmaram que não se reúnem
periodicamente com o prestador de serviços contábeis, embora tenham uma boa
relação;
Quanto ao questionamento se o Prestador de Serviço Contábil é um aliado
para o sucesso da empresa 65% disseram que não. Como ser aliado se 84%
afirmaram que as informações contábeis não participam do processo decisório.
Quanto às notas aos serviços prestados, os donos/gerentes mostraram-se
muito descontente no momento do preenchimento dos questionários, 49% deram
nota regular para os serviços a eles prestados.
Nas perguntas abertas, ao se resumir as respostas já evidenciadas logo
acima, a maioria das respostas foram: orientações, assessorias, auxílio, participar
ativa dos Contadores na empresa.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecer o passado para interagir no presente e melhorar o futuro, eis uma
questão de senso comum, mas bastante evidente neste trabalho. O mundo está em
constante transformação, e a profissão Contábil precisa acompanhar essa tendência
mundial.
A contabilidade está em processo de evolução desde o seu surgimento, não
basta só registrar e controlar ela tem que ser preditiva, vir acompanhado de quadros
suplementares, ou seja conforme Marion (2003) a profissão Contábil está em fase
de transição.
Esse Contador que somente cumpre as exigências burocráticas legais (74%)
não está satisfazendo os empresários, de acordo com a pesquisa deste trabalho, os
donos/gerentes querem profissionais que os auxiliem nas tomadas de decisões, que
os orientem com informações consistentes, confiáveis e periódicos.
O papel do contador está em transição realmente, porque sistemas e
softwares já calculam impostos. O mercado atual busca um novo perfil, as micro e
pequenas empresas buscam profissionais mais qualificado para assessorá-los nas
empresas, buscam um profissional mais atuante, não querem apenas um registrador
e aglutinador de dados, mas um parceiro que vai prever, sugerir caminhos, dar
suporte as decisões com planejamento estratégico, com dados confiáveis,
tempestivos.
A contabilidade deve evidenciar à administração algumas características, ser
oportuna, clara, flexível, relevante e direcionar o gestor no processo de tomada de
decisão. A informação deve ser facilitada para a tomada de decisão. Passar
informações úteis e pertinentes para o bom gerenciamento.
Contabilidade é uma atividade fundamental na vida econômica, até mesmo nas economias mais simples, contudo toda e qualquer atividade necessita de instrumentos que possibilitem um gerenciamento adequado dos recursos existentes para o seu pleno desenvolvimento. (CREPALDI 2004, p.20).
O Contador deve ser mais atuante nas empresas, reunir periodicamente,
criar um elo com o empresário, ciar um sistema de informação eficiente, oferecer
maior número de informações com agilidade que a globalização exige, o contador
deve ter uma ampla visão e capacidade de fornecer relatórios simplificados e
eficientes que realmente sirvam para além de seu fim específico, auxiliar os gestores
nas melhores decisões.
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Ocorre muito nas micro e pequenas empresas distorções nas informações
contábeis em decorrência da influencia fiscal, o que acaba prejudicando o seu
desenvolvimento. E entendem que a contabilidade existe para atendimento às
exigências fiscais, ficando assim em segundo plano a Contabilidade como
auxiliadora em tomada de decisões.
Está nas mãos do Contador reverter esse olhar distorcido, mostrando sua
real importância na Empresa promover a evolução dos processos e métodos das
ferramentas, ser treinados de forma diferente, se aperfeiçoar constantemente,
aproveitar essa mudança para se beneficiar das novas oportunidades; enquanto que
outros desaparecerão progressivamente.
É um desafio a enfrentar. A intenção não é esgotar o assunto, mas chamar a
atenção dos profissionais Contábeis quanto à necessidade de aperfeiçoamento e a
necessidade de buscar modernizar o Projeto Político Pedagógico do Curso de
Ciência Contábeis para atender as exigências do mercado.
39
REFERÊNCIAS
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PESQUISA DE CAMPO
MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE CURSO – CIÊNCIAS CONTÁBEIS/UFMT
I – PARTE – Sobre a Empresa
1) Ramo de Atividade____________________________________________________
2) Há quanto tempo a empresa atua no mercado? ( ) até 1 ano ( ) de 1 a 2anos ( ) de 2 a 3
anos ( ) de 3 a 5 anos ( ) acima de 5 anos
3) Qual o número de empregados da empresa? ( ) até 9 / ( ) de 10 a 20 ( ) de 21 a 50
( ) de 51 a 100 ( ) acima de 100;
4) A Faixa de faturamento anual de sua empresa é a seguinte: ( ) até R$ 120.000,00 ( )
de R$ 120.000,00 à 600.000,00 ( ) de R$ 600.000,00 à 1.000.000,00 ( ) de R$
1.000.000,00 à 1.200.000,00 ( ) acima de R$ 1.200.000,00.
5) Porte Empresa: ( ) pequena ( ) média ( ) grande
II – PARTE – O gestor da empresa e o prestador de Serviços Contábeis
6) Grau de Escolaridade: ( ) Superior ( ) Ens. médio ( ) Ens. Fundamental ( )
outro_______
7) Tempo de Experiência Profissional: ( ) até 1 ano ( ) de 1 a 3 anos ( ) de 4 a 7 anos ( )
de 8 a 10 anos ( ) acima de 10 anos;
8) Conhecimento de Contabilidade: ( ) nenhum ( ) pouco ( ) suficiente ( ) pleno
9 ) Na sua opinião qual a finalidade da contabilidade na sua empresa?
( ) cumprimentos das exigências burocráticas legais;
( ) atividades operacionais de suporte aos demais departamentos
( ) instrumento de gerência que auxilia na tomada de decisões
( ) Outros ________________________________________
10) Qual a importância da contabilidade na gestão da empresa? ( ) desnecessária ( )
relevante ( ) indispensável ( ) pouco eficaz ( ) Outros
_________________________________
11) Atribua uma nota de 0 (menos relevante) a 10 muito relevante quanto a importância
da Contabilidade no auxílio ao empresário nas tomadas de
decisões__________________.
12) O prestador de Serviço Contábil da sua empresa é: ( ) interno ( ) externo;
13) O Contador e o Gestor da empresa se reunem periodicamente para discutirem
assuntos pertinentes a administração da empresa: ( ) sim ( ) não
14) O prestador de Serviço Contábil da sua empresa oferece o serviço de contabilidade
gerencial? ( ) sim ( ) não;
15) A relação contador versus empresa é satisfatória na sua opinião? ( ) sim ( ) não;
16) O prestador de Serviço Contábil é um aliado no sucesso de sua empresa. ( ) sim ( )
não;
17) As informações contábeis participam do processo decisório ( ) sim ( ) não;
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18) O senhor contrataria um Contador (caso não tenha) para trabalhar diariamente dentro
da sua empresa ( ) sim ( ) não. Por quê? ( ) não vê necessidade ( ) salário muito
alto ( ) um temporário atende a demanda, ( ) outros motivos
__________________________________________________.
19) Que nota você daria para os serviços contábeis prestados à vossa empresa? ( )
Razoável ( ) Regular ( ) Bom ( ) Excelente
20) Dos serviços prestados pela contabilidade, existe algum serviço que você considera
que deveria ser realizado e não é?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________
21) Atribua uma nota na escala de 0 a 10 de importância para um Contador (sendo 0
menos importante e 10 muito importante)
( ) 1 - ( ) 2 - ( ) 3 - ( ) 4 - ( ) 5 - ( ) 6 - ( ) 7 - ( ) 8 - ( ) 9 - ( ) 10
22) Na sua opinião, qual é o principal papel exercido pelo profissional de contabilidade?
_____________________________________________________________________
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