PROJETO DE ARQUITETURA - UNEMAT – Campus...

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PROJETO DE ARQUITETURA

ARQUITETURA HOSPITALAR

Video com depoimento de um ex-combatente de guerra

https://www.youtube.com/watch?v=JHPbOxbSZt0

The IDF Center of Disabled Veterans Organization

Fonte: http://www.kimmel.co.il/

Beit-Halochem Rehabilitation Center / Kimmel-Eshkolot Architects

Architects: Kimmel-Eshkolot Architects

Location: Be’er Sheva, Israel

Project Team: Etan Kimmel, Michal Kimmel-Eshkolot, Ilan Carmi, Shachaf Zait

Client: INZ foundation

Project Management: Ramon Engineers

Structural engineer: Roy Assaf Engineering

Contractor: Minrav Engineering

Project area: 6,000 sqm

Project year: 2008 – 2011

Photographs: Amit Geron

Beit-Halochem Rehabilitation Center / Kimmel-Eshkolot Architects

“Sol do deserto e paisagens áridas nos serviu como fonte de

inspiração para desenhar uma composição com volumes que

parecem pedras agrupadas”.

Fonte: http://www.kimmel.co.il/

Beit-Halochem Rehabilitation Center / Kimmel-Eshkolot Architects

Fonte: http://www.kimmel.co.il/

“Dentro das estruturas de

áreas privadas, paredes

grossas fornecer abrigo

contra o clima, que é tão

essencial no deserto de

Negev.

Em contraste, nos

espaços públicos interno

paira um leve material de

cobertura que protege as

áreas interiores, criando

sombra e formando

variadas áreas exteriores

onde é agradável para

relaxar”.

Fonte: http://www.kimmel.co.il/

" As pedras" tem a função

de acomodar áreas

íntimas e tranquilas,

enquanto que nos

espaços sombreados

existem áreas de convívio

coletivo, e define também

a circulação no prédio. O

alinhamento dessas

rochas, combinado com a

cobertura horizontal fina

que paira entre eles, cria

um pátio convidativo e

protegido“

Fonte: http://www.kimmel.co.il/

“O edifício foi projetado em dois terrenos com

dois níveis diferentes, que são integrados uns

aos outros pela arquitetura do edifício. Desta

forma, a acessibilidade máxima é alcançada,

que leva em conta as necessidades especiais

dos usuários do edifício”.

Fonte: http://www.kimmel.co.il/

Fonte

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mel.co.il/

Terreo

1° Pavimento

Fonte

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mel.co.il/

Cobertura

Fonte: http://www.kimmel.co.il/

Fachadas

Fonte: http://www.kimmel.co.il/

Ficha Técnica

Instituto Municipal de Reabilitação (IMRVL)

Local

Vicente López, Argentina

Projeto

2001

Conclusão da obra

2004

Área do terreno

1.355 m²

Área construída

4.000 m²

Arquitetura e gerenciamento

Claudio Vekstein e Marta Tello (autores); Luis Etchegorry (colaborador); Andreas Lengfeld (assistente); Marcelo

Saus e Tulio Gines (desenhos); Florencia Colombo, Isabel Amiano, Susanne Kiesgen e Stefan Krüger (maquetes)

Paisagismo

Lucia Schiappapietra

Estrutura

Pedro Gea

Construção

Del Tejar

Fotos

Sergio Esmoris

Instituto Municipal de Reabilitação (IMRVL)

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Na fachada, a placa de concreto com desenho

instigante também funciona como brise.

Instituto Municipal de Reabilitação (IMRVL)

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Fachada principal.

Instituto Municipal de Reabilitação (IMRVL)

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O pátio interno é

circundado por

rampas com leve

inclinação. Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Desenho

irregular

também

marca o

interior do

prédio.

Delimitado pelas curvas contínuas das

rampas, o pátio tem configuração variável.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Piscina para sessões de hidroterapia.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Circulação interna, com desenho irregular. Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Ficha Técnica

Biblioteca central e ambulatório de fisioterapia da PUC

Local

Campinas, SP

Início do projeto

2004

Conclusão da obra

2005

Área do terreno

13.740 m²

Área construída

3.100 m²-biblioteca; 4.300 m²-ambulatório

Arquitetura

Piratininga Arquitetos Associados - José Armênio de Brito Cruz, Marcos

Aldrighi, João Benger e Renata Semin (autores); Fabiana Stuchi

(coordenadora da equipe); André Dias Dantas, Gustavo Panza, Joana

Rojo, Juliana Antunes e Juliana Trickett (arquitetos); André Procópio e

Davi Lacerda (estagiário)

Interiores e luminotécnica

Piratininga Arquitetos Associados

Paisagismo

Koiti Mori e Klara Kaiser Arquitetos Associados

Acústica

Ambiental

Estrutura de concreto

Teca (biblioteca); Aluízio A. M. D’Ávila &

Associados (ambulatório)

Estrutura metálica

Grupo Dois Fundações

Cepollina

Elétrica e hidráulica

TGR

Ar condicionado

Isotherm (biblioteca); BTU (ambulatório)

Construção

Costa Feitosa (biblioteca); Construcione

(ambulatório)

Fotos

Bebete Viégas

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Biblioteca central e ambulatório de fisioterapia da PUC

Biblioteca central e ambulatório de fisioterapia da PUC

Detalhe do interior das rampas.

A grande abertura possibilita iluminar o interior do

edifício

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

A biblioteca apresenta aberturas apenas na face menor;

nesta, mais castigada pelo Sol, há uma varanda

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Fonte: http://www.arcoweb.com.br Elevação

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

A característica mais marcante dos edifícios é a utilização de elementos pré-fabricados

- lajes, estrutura, fechamentos etc. -, escolhidos por questão de prazo e custo .

Fonte

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Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-sarah/nossas-unidades/unidade-brasilia/

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-sarah/nossas-unidades/unidade-brasilia/

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-sarah/nossas-unidades/unidade-brasilia/

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-sarah/nossas-unidades/unidade-brasilia/

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-sarah/nossas-unidades/unidade-brasilia/

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-sarah/nossas-unidades/unidade-brasilia/

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-sarah/nossas-unidades/unidade-brasilia/

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-brasilia-lago-norte/

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Fonte: www.vitruvius.com.br LIMA, João Filgueiras (Lelé). "Arquitetura - uma experiência na área da saúde"]

Em um dos extremos do galpão do setor náutico foi criada uma enseada artificial

no lago com uma profundidade média de um metro. Nesse local os pacientes

podem ser iniciados no exercício em embarcações do tipo caiaque. A estrutura

principal do galpão é constituída de arcos metálicos a cada 3,75 metros

vencendo o vão de 28,75 metros. Tal como no galpão da fisioterapia, os arcos

foram divididos em duas seções para maior facilidade de transporte. As

duas seções foram apoiadas em escoramento central durante a montagem, e a

ligação entre ambas no local foi executada por solda.

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-brasilia-lago-norte/

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Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-brasilia-lago-norte/

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Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-brasilia-lago-norte/

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Fonte: http://www.sarah.br/especialidades/neurorreabilitacao-em-lesao-medular/r

O Programa de

Neurorreabilitação

em Lesão Medular

admite adultos com

lesões medulares

congênitas ou

adquiridas. As

lesões adquiridas

podem ser de

etiologia traumática

e não traumática.

Neurorreabilitação em Lesão Medular

Fonte: http://www.sarah.br/especialidades/neurorreabilitacao-em-lesao-medular/r

Estrutura do Ginásio Infantil no Hospital Brasília

Fonte: http://www.sarah.br/especialidades/neurorreabilitacao-em-lesao-medular/r

Estrutura do Ginásio Infantil no Hospital Brasília

Centro de Apoio à Paralisia Cerebral

Fonte: www.vitruvius.com.br LIMA, João Filgueiras (Lelé). "Arquitetura - uma experiência na área da saúde"]

A cobertura do Centro de Apoio à Paralisia Cerebral tem 54 metros de diâmetro

de vão livre e é revestida com chapas de alumínio pré-pintado moldadas nas

oficinas do CTRS. No círculo central, com 20 metros de diâmetro, esta é

constituída de uma grande claraboia de policarbonato transparente, em cuja

projeção foi criado um espaço ajardinado integrado aos ambientes de terapia. O

ar penetra através das esquadrias de vidro do perímetro externo e, quando sobe

por convecção após ser aquecido pelo ambiente, é extraído por um grande

exaustor localizado no anel central, no vértice da cobertura.

Sarah Brasília Lago Norte, planta

esquemática de distribuição do

programa no Centro de Apoio à

Paralisia Cerebral, Brasília DF.

1. acesso de pacientes;

2. sala de espera;

3. área de apoio, sanitários etc;

4. acesso dos serviços;

5. piscina;

6. playground;

Fonte: www.vitruvius.com.br LIMA, João Filgueiras (Lelé). "Arquitetura - uma experiência na área da saúde"]

A estrutura é constituída de 64 vigas em treliça metálica, dispostas no sentido

radial, engastadas em um anel central superior também metálico e apoiadas

sobre rótulas em um anel de concreto armado na projeção do perímetro

externo do edifício. O anel metálico central permaneceu escorado durante toda

a operação de montagem.

1. galpão para esportes náuticos;

2. internação e outros;

3. Centro de Apoio à Paralisia Cerebral;

4. auditório

Fonte: www.vitruvius.com.br LIMA, João Filgueiras (Lelé). "Arquitetura - uma experiência na área da saúde"]

Foto Nelson Kon

Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-macapa/

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Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-macapa/

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Fonte: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-macapa/

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As principais medidas adotadas no projeto para o emprego de iluminação e

ventilação naturais foram as seguintes:

1. aumento das aberturas de ventilação zenitais e na periferia dos prédios em

relação às adotadas nas outras unidades da rede situadas no Nordeste.

2. construções relativamente estreitas entremeadas de pátios e jardins,

aumentando conseqüentemente as áreas de ventilação periférica.

3. criação de pés diretos relativamente altos (3m sob o vigamento metálico) de

modo a favorecer a extração do ar quente através das aberturas dos sheds.

4. aumento da velocidade de ventilação interna através de ventiladores

específicos produzidos no CTRS. A espera do ambulatório, por exemplo, é

abrigada por uma grande cobertura em semicírculo com 7 m de pé direito em

sua parte mais alta.

O ar penetra nesse ambiente através de ampla abertura protegida por

venezianas metálicas e localizada sobre um espaço verde que se desenvolve

ao longo de toda a fachada. A circulação do ar que penetra pelas venezianas é

acelerada por uma seqüência de ventiladores dispostos sobre elas e

direcionados para as cadeiras da espera. No lado oposto ao das venezianas,

correspondente à parte mais alta da cobertura, grandes sheds voltados para a

direção oposta a do vento dominante fazem a extração do ar aquecido no

ambiente.

Fonte: www.vitruvius.com.br LIMA, João Filgueiras (Lelé). "Arquitetura - uma experiência na área da saúde"]

Fonte: www.vitruvius.com.br LIMA, João Filgueiras (Lelé). "Arquitetura - uma experiência na área da saúde"]

Fonte: http://www.sarah.br/rh/programa-de-educacao-profissional/

Programa de Educação Profissional (Aprendiz) Anatomia

Atividades de aprendizagem relacionadas ao estudo da anatomia do corpo humano, bem como ao preparo e à conservação de peças anatômicas.

Aparelhos Gessados

Atividades de aprendizagem relacionadas aos aparelhos gessados: técnicas de colocação e de retirada; principais indicações e cuidados; instrumentos e materiais utilizados.

Biblioteca Hospitalar

Atividades de aprendizagem relacionadas a rotina de bibliotecas e unidades de documentação na área hospitalar; atendimento ao usuário; controle, manuseio e conservação de equipamentos audiovisuais.

Oficina Ortopédica / Bioengenharia

Atividades de aprendizagem relacionadas à confecção de órteses, próteses e adaptações que favorecem a locomoção e a independência funcional de pacientes tratados na Rede SARAH.

Patologia Clínica

Atividades de aprendizagem relacionadas a identificação de materiais biológicos, processamento das amostras, montagem de técnicas e preparação de reagentes para análise no laboratório de patologia clínica.

Tecnologia da Informação

Atividades de aprendizagem relacionadas a manutenção, operação e reparos de baixa complexidade em microcomputadores e redes locais na área hospitalar.

Tecnologia da Construção Industrializada (Salvador)

Atividades de aprendizagem relacionadas a fabricação, montagem, transporte e expedição de estruturas metálicas, de madeira, pré-moldados em argamassa, referentes à tecnologia específica empregada na construção e manutenção predial, na área hospitalar.

LEMBRANÇAS DE UMA VISITA

Domingo, 13 de junho de 1999

Voltávamos de nossa primeira visita ao canteiro de obras do Hospital Infantil de Boa Vista, que tínhamos acabado de projetar em Roraima. Mário Ferrer e eu, em trânsito no Aeroporto de Brasília, aguardávamos

um vôo para o Rio. Tínhamos, no mínimo, quatro horas de espera pela frente. O que poderiam fazer dois arquitetos metidos a projetar hospitais, numa manhã de domingo em Brasília?

Visitar o SARAH, é claro!

Meia hora depois, barrados por uma recepcionista inflexível, ficamos sabendo que a visita ao SARAH era proibida aos domingos, a não ser para os familiares dos pacientes internados. O motivo era justo: com o

pessoal reduzido no fim de semana, não havia ninguém para mostrar o hospital, o que poderia ser feito sem burocracia logo no dia seguinte.

O Mário não se conformava. Ser barrado na porta daquele paradigma da arquitetura hospitalar, logo ele, que nunca havia visitado o SARAH!

Resolvi fazer uma última tentativa, telefonaria para minha amiga, a arquiteta Adriana Filgueiras Lima, filha e braço direito de Lelé. Pela recepcionista, fui informado que, a uns 30 metros da entrada do SARAH,

havia um telefone público, de onde poderia fazer a ligação.

A linha, sempre ocupada, retardava a ligação. Finalmente, Adriana atendeu. Sentia muito não nos poder acompanhar, pois seu filho, recém-nascido, exigia sua presença, mas garantia que um dos seguranças

de plantão seria avisado por ela e nos aguardaria na porta do hospital para a visita tão desejada.

– Para fazer as honras da casa, garantia minha amiga!

Desliguei e ao virar-me para passar o fone a alguém que, atrás de mim, aguardava a vez de telefonar, meu queixo caiu. Olhei para o Mário, ele também estava perplexo.

Dois pacientes do SARAH, um confortavelmente deitado em sua cama móvel e o outro em cadeira de rodas, nos olhavam acusadoramente, demonstrando que tinham esperado demais!

Ambos haviam saído do hospital sem nenhuma ajuda e não tiveram a menor dificuldade para alcançar o telefone público, já que não existem barreiras arquitetônicas dentro ou nas imediações do SARAH!

Talvez estivessem ali apenas para fugir dos olhares vigilantes dos funcionários do hospital ou para saborear a liberdade que, a cada dia, o SARAH os ajudava a recuperar através de seus notáveis métodos

terapêuticos.

O segurança, que já nos aguardava, sorriu ao observar nosso embaraço por sujar, com a poeira vermelha de Brasília, a imaculada toalha branca que, estendida na entrada de todos os hospitais da Rede e

trocada a cada instante, simboliza o cuidado da instituição com a limpeza de suas unidades.

- A impressão que tenho aqui é que sempre tem alguém esfregando o chão que eu acabei de pisar, confidenciou-me.

Florence Nightingale teria adorado visitar o SARAH!

Levou-nos para conhecer todo o hospital, demonstrando tanta competência em nos guiar que, Mário e eu, sentimo-nos na obrigação de escrever uma carta de agradecimento à diretoria, falando da surpresa de

ver que um segurança fora capaz de nos proporcionar uma das melhores visitas guiadas de nossas vidas.

O conhecimento dos objetivos e programas da Rede, assim como as explicações dadas sobre cada ambiente e, até mesmo, sobre as reformas em curso para a construção do anexo e do auditório, deu nos

uma idéia do nível de treinamento que os funcionários do SARAH recebem e, sobretudo, do orgulho que sentem pela instituição.

Nossos olhos diversas vezes se encheram de lágrimas, diante da beleza do SARAH e, principalmente, por perceber o bem que suas instalações faziam aos pacientes.

Luiz de Morais Júnior teria adorado visitar o SARAH!

A todo o momento, os jardins pareciam querer penetrar na edificação, invadindo as salas de espera, as varandas e até mesmo a UTI, onde são contidos por grandes painéis de vidro, tão limpos que parecem

não existir. Surpreendemo-nos com a total transparência das enfermarias que se abrem para espaçosas varandas, repletas de pacientes em suas camas móveis e cadeiras de roda a tomar o banho de sol

diário.

Vimos a liberdade e a mobilidade dos hóspedes do SARAH, que a cada progresso terapêutico são promovidos, mudando de enfermaria em um itinerário que reflete sua recuperação. É fácil perceber que cada

paciente recebe cuidados diferenciados, é tratado como indivíduo e não como um mero

nome fixado em um prontuário.

O carinho de todos, pacientes e funcionários, pelo SARAH é revelador de uma arquitetura que minimiza o desconforto de tratamentos muitas vezes dolorosos, que aguça a criatividade tanto da equipe de saúde

como dos próprios pacientes, estimulando-os a andar, pegar, olhar, em suma, viver neste espaço feito para curar.

Michel Foucault teria adorado visitar o SARAH!

Vimos camas móveis, cadeiras de roda, eclusas, monta-cargas, ventiladores, luminárias e dezenas de outros equipamentos, projetados por Lelé e fabricados, com custos infinitamente reduzidos, na oficina do

próprio hospital ou no Centro de Tecnologia em Salvador. Vimos um prédio inteligente, onde os grandes sheds deixam passar a luz e o vento, retendo o calor do sol; onde shafts, distribuídos por

toda a edificação, permitem a visita e facilitam a manutenção das instalações.

Casimir Tollet teria adorado visitar o SARAH!

Voltamos para o aeroporto em silêncio. No avião, logo após a decolagem, Mário abriu os desenhos do Hospital de Boa Vista e falou:

-É, Toledo, temos que deixar de lado a preguiça e começar a rever o ambulatório, a UTI e, quem sabe, as enfermarias...

É Mário, o SARAH cura tudo, até a preguiça!

Luiz Carlos Toledo

FEITOS PARA CURAR ARQUITETURA HOSPITALAR & PROCESSO PROJETUAL NO BRASIL

Disponível em: <http://mtarquitetura.com.br/conteudo/publicacoes/1INICIO.pdf>

LEMBRANÇAS DE UMA VISITA

Domingo, 13 de junho de 1999

Voltávamos de nossa primeira visita ao canteiro de obras do Hospital Infantil de

Boa Vista, que tínhamos acabado de projetar em Roraima. Mário Ferrer e eu, em

trânsito no Aeroporto de Brasília, aguardávamos um vôo para o Rio. Tínhamos, no

mínimo, quatro horas de espera pela frente. O que poderiam fazer dois arquitetos

metidos a projetar hospitais, numa manhã de domingo em Brasília?

Visitar o SARAH, é claro!

Desliguei e ao virar-me para passar o fone a alguém que, atrás de mim,

aguardava a vez de telefonar, meu queixo caiu. Olhei para o Mário, ele também

estava perplexo.

Dois pacientes do SARAH, um confortavelmente deitado em sua cama móvel e o

outro em cadeira de rodas, nos olhavam acusadoramente, demonstrando que

tinham esperado demais!

Ambos haviam saído do hospital sem nenhuma ajuda e não tiveram a menor

dificuldade para alcançar o telefone público, já que não existem barreiras

arquitetônicas dentro ou nas imediações do SARAH!

O segurança, que já nos aguardava, sorriu ao observar nosso embaraço por sujar,

com a poeira vermelha de Brasília, a imaculada toalha branca que, estendida na

entrada de todos os hospitais da Rede e trocada a cada instante, simboliza o

cuidado da instituição com a limpeza de suas unidades.

- A impressão que tenho aqui é que sempre tem alguém esfregando o chão que

eu acabei de pisar, confidenciou-me.

Florence Nightingale teria adorado visitar o SARAH!

Nossos olhos diversas vezes se encheram de lágrimas, diante da beleza do

SARAH e, principalmente, por perceber o bem que suas instalações faziam aos

pacientes.

Luiz de Morais Júnior teria adorado visitar o SARAH!

O carinho de todos, pacientes e funcionários, pelo SARAH é revelador de uma

arquitetura que minimiza o desconforto de tratamentos muitas vezes dolorosos,

que aguça a criatividade tanto da equipe de saúde como dos próprios pacientes,

estimulando-os a andar, pegar, olhar, em suma, viver neste espaço feito para

curar.

Michel Foucault teria adorado visitar o SARAH!

Vimos camas móveis, cadeiras de roda, eclusas, monta-cargas, ventiladores,

luminárias e dezenas de outros equipamentos, projetados por Lelé e fabricados,

com custos infinitamente reduzidos, na oficina do próprio hospital ou no Centro de

Tecnologia em Salvador. Vimos um prédio inteligente, onde os grandes sheds

deixam passar a luz e o vento, retendo o calor do sol; onde shafts, distribuídos por

toda a edificação, permitem a visita e facilitam a manutenção das instalações.

Casimir Tollet teria adorado visitar o SARAH!

Voltamos para o aeroporto em silêncio. No avião, logo após a decolagem, Mário

abriu os desenhos do Hospital de Boa Vista e falou:

É, Toledo, temos que deixar de lado a preguiça e começar a rever o ambulatório,

a UTI e, quem sabe, as enfermarias...

É Mário, o SARAH cura tudo, até a preguiça!

Luiz Carlos Toledo

FEITOS PARA CURAR ARQUITETURA HOSPITALAR & PROCESSO

PROJETUAL NO BRASIL

FONTE BIBLIOGRÁFICA

SAMPAIO, A. V. C. Arquitetura hospitalar: projetos ambientalmente

sustentáveis, conforto e qualidade. Proposta de um instrumento de avaliação.

Tese (Doutorado em arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

(FAU)USP, São Paulo, 2005.

TOLEDO, Luis Carlos. Feitos para Curar: Arquitetura Hospitalar e Processo

Projetual no Brasil. Dissetação (Mestrado em Arquitetura). Faculdade de

Arquitetura e Urbanismo (FAU)UFRJ/PROARQ. Rio de Janeiro: 2005.

http://www.kimmel.co.il

http://www.arcoweb.com.br

http://www.arquiamigos.org.br/info/info29/i-estudos3.htm

http://www.youtube.com/watch?v=4ENiRNo2_Ug&feature=player_detailpage

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=341341&headline=98&visual=25&t

ema=37