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PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
PATO BRANCO
MAIO – 2009
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................032. INTRODUÇÃO...................................................................................................042.1 Identificação e localização do Estabelecimento Escolar..................................042.2 Histórico do Colégio Estadual São João .........................................................042.2.1Realidade SócioEconômico da Comunidade Escolar .................................053. OBJETIVOS3.1 Objetivo Geral .................................................................................................073.2 Objetivos Específicos ......................................................................................074. MARCO SITUACIONAL....................................................................................084.1 Análise das contradições e conflitos existentes na prática docente................095. MARCO CONCEITUAL ....................................................................................105.1 Organização Interna da Escola........................................................................135.2 Gestão Democrática: acesso permanência, capacitação continuada dos educadores e qualidade na aprendizagem................................. 145.3 Currículo da Escola Pública.............................................................................165.4 Configuração da Matriz Currricular .................................................................205.5 Trabalho Coletivo.............................................................................................205.5.1 Prática Transformadora:Pedagogia Progressista.........................................205.5.2 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico..................206. MARCO OPERACIONAL .................................................................................426.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico........................206.2 Gestão Democrática........................................................................................206.2.1 O papel específico de cada segmento da comunidade escolar...................206.2.2 Instâncias Colegiadas e seu papel...............................................................206.3 Desafios Educacionais e Contemporâneos.....................................................206.4 Recuperação Paralela.....................................................................................206.5 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto.................................206.6 Critérios de elaboração do calendário escolar,horários letivos e não letivos.......206.7 Critérios para elaboração e utilização dos espaços educativos......................206.8 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor, em razão de especificidades.......................................................................................206.9.Diretrizes para avaliação de desempenho do pessoal docente; do currículo. Das atividades extracurriculares e do projeto político pedagógico........................206.9.1 Avaliação Institucional...................................................................................206.9.2 Avaliação da Proposta Curricular .................................................................206.9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico....................................................206.10 Intenção de acompanhamento aos Egressos................................................206.11 Práticas Avaliativas – Sistema de avaliação formativa
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1. APRESENTAÇÃO
Encontramonos em um momento histórico em que as mudanças ocorrem
de forma cada vez mais rápida, principalmente por causa da velocidade com que
as informações e o conhecimento chegam até nós, o que nos faz refletir sobre as
mudanças ocorridas também na educação formal.
Neste momento de transição nos deparamos com o ser humano na busca
de caminhos e direções com anseios de encontrar referências sólida e
significativa.
O Colégio Estadual São João frente às necessidades encontradas, ao
construir seu Projeto Político Pedagógico buscou junto à comunidade escolar
alternativas para o pleno desenvolvimento educacional de nossos educandos com
objetivo da formação para cidadania, onde estes possam adquirir conhecimentos
relevantes para sua vida pessoal e profissional.
Assim procurase discutir também questões essenciais para o trabalho
pedagógico, desde o tipo de cidadão que se quer formar até a sociedade em que
se pretende viver.
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2 INTRODUÇÃO
2.1 Identificação e localização do Estabelecimento Escolar
O Colégio Estadual São João – Ensino Fundamental e Médio localizase
na Rua Helena Pozza, s/nº, bairro Alto da Glória na cidade de Pato Branco,
periferia do município, sendo o Colégio Estadual São João pertencente ao NRE
de Pato Branco e mantido pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná –
SEED.
2.2 Histórico do Colégio Estadual São João
O Colégio Estadual São João – EFM surgiu da necessidade de atender
alunos do bairro São João que fora criado para desfavelizar a margem da BR
3733, haviam cerca de 40 famílias em condições precárias residindo nessa
comunidade.
Mantida pela Secretaria de Estado da Educação, criada pela resolução nº
5330/94 de 03/11/1994, iniciou suas atividades no ano letivo de 1996, com o 1º
grau regular, através de implantação gradativa.
Inicialmente o Colégio funcionou nas instalações inadequadas da Escola
Municipal São Francisco de Assis.
Começou as atividades sob a resolução 863/96 no ano de 1996 com a 5º
série diurna e em seguida, deuse a abertura das séries no período noturno sob a
direção temporária da escola municipal.
Em 1997, a prof. Marilene de Lourdes Gomes da Silva foi convidada pelo
Núcleo de Educação para exercer a direção a qual no final deste ano através de
eleições permaneceu no cargo desenvolvendo as atividades nos períodos diurno
e noturno. Iniciouse neste ano também turma de correção de fluxo com
continuação no ano de 1998. As aulas aconteceram nas instalações precárias de
prédio até 2004.
A partir de 2005 a comunidade foi contemplada com a construção de uma
moderna escola, não mais no bairro São João, mas no bairro Alto da Glória, o
qual teve implantado também a modalidade de ensino médio. O novo ambiente
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renovou os ânimos dos alunos, professores, funcionários e principalmente os pais
que sentiram a valorização de seus filhos. O Colégio Estadual São João esteve
sob direção do prof. Antonio Carlos de Souza e vicedireção da prof. Marilene de
Lourdes Gomes da Silva no periodo de 2006 a 2008.
Atualmente o Colégio está sob direção da prof. Loraci Soares Chaise e
vicedireção da prof. Jociane Luzia Góss Menetrier e atende alunos do ensino
fundamental de 5ºa 8º series nos períodos da manhã, tarde e noite e ensino
médio nos períodos da manhã e noite,também são ofertados o projeto 2° tempo ,
Viva Escola, Sala de Recurso e Sala de Apoio de Português e Matemática.
2.2.1 Realidade SócioEconômico da Comunidade Escolar
O Colégio Estadual São João por encontrarse localizado no bairro Alto
da Glória, periferia do nosso município enfrenta problemas singulares como
evasão escolar e preconceito por eles sofrido por residirem nos bairros de
periferia, déficit significativo de atenção, concentração, disciplina e aprendizagem
devido a desestruturação cultural e a renda familiar.
Devido a situação sócioeconômico da comunidade aonde existem ainda
situações precárias de moradias, saneamento e alimentação, enfrentamos
enquanto corpo docente acontecimentos relevantes na vida escolar de muitos
alunos. Famílias que residem em barracos, sem água e esgoto em casa, vivendo
de doações ainda é uma realidade encontrada, bem como o difícil deslocamento
dos alunos do período noturno por falta de iluminação publica e segurança, bem
como o alto índice de famílias que mudam constantemente de
residência,bairro,Município e Estado em busca de oportunidades de trabalho e
melhores condições de vida o que também dificulta a continuação no processo
educacional.
O Colégio absorve alunos oriundos de famílias com renda mínima inferior
ou aproximadamente, a um salário, com 40% dos pais e 70% das mães
desempregados, muitas destas famílias vivem de auxílios de bolsa família e ajuda
de outras entidades sociais, religiosas e assistenciais.
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A comunidade que envolve os bairros do qual pertencem os educandos,
tem características comportamentais peculiares, demonstrando desmotivação
pelas atividades escolares devido a baixa autoestima oriunda das condições
culturais e sociais. Por estas razões existem situações de crianças e adolescentes
que entram no mundo adulto muito cedo, lutando pela sobrevivência e nem
sempre percorrendo caminhos lícitos como: drogas,assaltos,exploração sexual,
entre outros causando dessa forma transtornos a comunidade, bem como aos
trabalhadores da educação do Colégio Estadual São João que sentemse
inseguros em relação às situações ocorridas, os quais procuram resgatar esses
alunos.Os profissionais da educação que trabalham na escola são contratados
pelas seed, residentes no municipio e municipios arredores de nivel sócio
economico médio, todos devidamente habilitados .Fazem parte do quadro de
funcionários do Colégio São João:
CARGO QUANTIDADE FUNÇÃO ESCOLARIDADE
Agente de Apoio 01 Secretária Ensino Superior Incompleto (cursando)
Agente de Apoio 03 Técnico Administrativo
Ensino Superior Completo
Agente de Apoio 01 Assistente de Execução
Ensino Superior Incompleto(cursando)
Agente de Apoio 07 Serviços Gerais Ensino Fundamental e Médio
Direção 01 Diretora Especialista
Direção 01 Diretora Auxiliar Especialista
Professor 03 Pedagoga Especialistas
Professor 03 Professor Ensino Superior Completo
Professor 39 Professor Especialista
Professor 02 Professor Mestrado
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3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Garantir a aprendizagem essencial para a formação de cidadãos
autônomos, conscientes críticos e participativos, capazes de atuar e transformar a
sociedade em que vivem.
3.2 Objetivos Específicos
Possibilitar ao educando o conhecimento progressivo das suas
potencialidades, nas dimensões biológicas, psicológicas, sociais e
espirituais.
Desenvolver a interrelação pessoal e inserção social, na busca do
conhecimento e do exercício da cidadania.
Promover as relações humanas de toda comunidade escolar, de forma que
todos se integrem vivenciando valores, atitudes, ideais para a plena
formação do cidadão.
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4. MARCO SITUACIONAL
A sociedade atual passa por um processo de busca de valores e
encontrase de certa forma desorientada. Esta situação tornase clara nas salas
de aula, onde alunos se apresentam desmotivados, professores encontramse
despreparados para enfrentar situações conflitantes e as inovações tecnológicas
constantes.
Sabemos que nenhuma mudança acontece em uma sociedade sem a
presença da escola. É ela que nos dá o alicerce para as mudanças, nos dá
ferramentas para construção de um mundo justo, com perspectivas para todos,
onde o rico e o pobre possuem o mesmo potencial e podem ser avaliados sem
distinção.
“O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a
própria pessoa como agente e a escola como lugar e crescimento profissional
permanente”. (NOVOA, Antonio, Revista Escola, 08/2002, pág. 23).
A busca por mudanças nos faz acreditar que apesar de todos os
problemas e dificuldades encontradas, há caminhos que podem ser percorridos.
A realidade brasileira vem passando por mudanças e compreender o
papel da educação como elemento de transformação social sendo a educação
fundamental para definir estratégias na sociedade como um todo.
O Colégio São João a partir da realidade já descrita busca acompanhar
os avanços da aprendizagem dos alunos enquanto sua significância na formação
de sujeito que, instrumentalizados culturalmente, tenham consciência de sua ação
transformadora à realidade históricosocial.
“Educação é uma prática social que não muda o mundo, mas o mundo
pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho. A
educação é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e
simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem.” (Pinto,
1994)
Fundamentados na tendência pedagógica históricocrítica o Colégio
Estadual São João, compreende que através da educação é que se encontra a
possibilidade de transformação social, a educação possibilita a compreensão da
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realidade histórica social e explicita o papel do sujeito construtor/transformador
dessa mesma realidade.
A escola tem papel decisivo no processo de socialização, a diferença
qualitativa do trabalho escolar é que este processo será mediado pelo
conhecimento histórico.
É necessária que no processo de transmissão de conhecimento, pelo
educador, o conteúdo seja compreendido pelo aluno com a possibilidade
avançada de explicação. O diálogo estabelecido entre professor e aluno deverá
ter sempre, como ponto de partida, o conhecimento na perspectiva da história,
tornandoos cidadãos letrados.
Como diz Demo (1992, pág. 25):
“O que marcaria a modernidade educativa seria a didática do aprender ou
do saber pensar, englobando num todo só a necessidade de apropriação do
conhecimento disponível e seu manejo criativo e crítico...”.
4.1 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente
A escola vem passando por momentos de reflexão e transformação da
prática pedagógica docente, buscando alternativas para os problemas reais
encontrados no colégio.
A indisciplina e a evasão escolar desestruturam nosso ambiente
educacional, bem como o desrespeito com professores em sala de aula, a falta de
participação no desenvolvimento das atividades propostas, a negação em fazer
trabalhos, avaliações e até mesmo atividades diferenciadas, traz como
consequência uma baixa compreensão dos conteúdos e reprovações. A evasão
escolar que percebemos ser próprio da cultura da comunidade é muito grande, o
que também desfavorece o aprendizado, este vem sendo combatido com
conscientização, práticas pedagógicas diferenciadas e atrativas e
encaminhamento ao FICA, programa do Estado em parceria com o Conselho
Tutelar e NRE, e os problemas comportamentais e educacionais estão sendo
desenvolvidos com projetos, aulas diferenciadas, uso de recursos didáticos,
pedagógicos e tecnológicos diversificados entre outros.
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5. MARCO CONCEITUAL
A organização das sociedades democráticas demanda cidadãos
conscientes e participativos e para que os objetivos educacionais aconteçam o
Colégio Estadual São João aborda as seguintes CONCEPÇÕES:
Sociedade: A sociedade é um agrupamento tecido por uma serie de
relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências
individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas das
atividades humanas, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais e
produzindo bens, garantindo a base econômica.
Segundo (PINTO, 1994) a sociedade é mediadora do saber e da
educação presente no trabalho concreto dos homens, que criam novas
possibilidades de cultura e agir social a partir das contradições geridas pelo
processo de transformação da base econômica.
A escola em sua função social e a natureza do trabalho educativo deve
tomar a iniciativa e fazer com que o educando saiba em qual sociedade esta
inserido, sendo assim, saberá tomar decisões, participar em grupos, ser membro
ativo da sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito a sua
vida.
Homem: O homem é um ser natural e social, que age na natureza
transformandoa conforme suas necessidades, envolvendo múltiplas relações em
determinado momento histórico, assim acumula experiências e produz
conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho,
produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados de diferentes
formas.
O homem atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas
relações familiares, comunitárias, produtivas, política, garantindo sua participação
ativa e criativa as diversas esferas da sociedade.
Segundo (SANTORO), o homem é aquele que na sua convivência
coletiva compreende suas condições existenciais, transcendeas e reorganizaas,
caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.
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Conhecimento: O Conhecimento é uma atividade humana que busca
explicitar as relações entre homem e a natureza, sendo produzido nas relações
sociais mediada pelo trabalho.
Conforme (FREIRE, 2003, P.59) o conhecimento é sempre conhecimento
de alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma
coisa.
O conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum,
científico, teológico, estético e filosófico, pressupõe diferentes concepções, muitas
vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e o sobre o próprio
conhecimento.
Educação: É uma pratica social, que muda o mundo, mas o mundo pode
ser mudado pela sua ação na sociedade e nas relações de trabalho. A educação
é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e
simultaneamente de modificação da sociedade para beneficio do homem.
(PINTO, 1994).
A educação representa a própria historia individual do ser humano e da
sociedade em sua evolução. Pois é um processo construtivo do ser humano, ela
visa formar ao ser humano para gestar uma educação aberta.
Suas finalidades são voltadas para o aperfeiçoamento do homem que
dela necessita para constituirse e transformar a realidade.
Escola: É um espaço público para convivência, ambiente de aprendizado,
troca de conhecimentos, lugar alegre que se faz amigo.
A escola e as aprendizagens a que se destina, antes de serem objetos
concretos de nosso saber e nosso querer, estão prefigurados no imaginário
social, no campo simbólico da fantasia, onde se espelham o mundo dos
possíveis.
Tecnologia: A tecnologia tem um impacto significativo não só na
produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos
padrões culturais existentes.
A tecnologia é uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto
educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou
para a inserção social, se vista como forma de estabelecer mediações entre o
aluno e o conhecimento em todas as áreas.
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Segundo (MACHADO, 2002) é preciso implementar no sistema
educacional uma pedagogia mediante a qual não apenas se reforme o
ensinamento, mas que também facilite a aprendizagem.
Cidadania: É um processo histórico – social que capacita a massa
humana a ter condições de consciência, de organização, de elaboração de
projetos de praticas onde passa a ser sujeito histórico do seu próprio destino.
A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação
de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos
de direitos e deveres.(MARTINS, 2000, p.530)
No momento o grande desafio é dar condições ao povo brasileiro de se
tornar cidadão consciente, organizado e participativo do processo de construção
políticosocial e cultural.
EnsinoAprendizagem: O processo de ensinoaprendizagem está
centrado no educando e compreende a organização do ambiente educativo, a
motivação dos participantes, a definição do plano de formação, o
desenvolvimento das atividades de aprendizagem e a avaliação. Constitui
essencialmente o trabalho escolar, pois deve partir do conhecimento prévio e
experiências que cada aluno traz consigo. O professor deve realizar os
ensinamentos de forma que o aluno possa absorver prazerosamente e dessa
forma assegurar a produtividade do processo ensinoaprendizagem, de forma que
o aluno possa querer aprender.
Avaliação: O propósito de uma avaliação educacional é fornecer
subsídios para que os responsáveis pela coordenação e desenvolvimento de
ações educativas possam tomar decisões que permitam o aperfeiçoamento de
processos e condições de ensino.
A avaliação, do ponto de vista critica, não pode ser instrumento de
exclusão de alunos provenientes das classes trabalhadoras. Portanto deve ser
democrática, deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de
apropriarse de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos
historicamente e deve ser resultante de um processo coletivo da avaliação
diagnóstica, (VEIGA, 2005, p.32).
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No processo de ensinoaprendizagem a avaliação possui a finalidade de
acompanhar o processo de construção coletiva e individual da aprendizagem,
julgar e atribuir valor a aprendizagem significativa do aluno.
Segundo (VILLAS BOAS, 2001) É possível construir o entendimento de
avaliação formativa como a que promove o desenvolvimento não só do aluno,
mas também do professor e da escola.
Por isso, abandonase a avaliação unilateral pela qual o aluno é avaliado
apenas pelo professor de forma classificatória, punitiva e excludente. A avaliação
tem a função de possibilitar o acompanhamento dos avanços/dificuldades no
processo de construção coletiva e individual, a fim de procurar soluções para as
dificuldades e proporcionar aprendizagem, com isso a avaliação formativa
pressupõe relevar a significância na formação de sujeitos que, instrumentalizados
culturalmente tenham consciência de sua ação transformadora da realidade
históricosocial.
Democratizar a avaliação não teria sentido se não democratizasse a
relação professoraluno, tornandoa mais comunicativa, igualitária e dialogadora,
democratizando realmente a convivência e utilizando informações e dados
resultantes das avaliações para melhorar todos os elementos que intervêm no
processo educativo. (BATALLOSO. 1995)
A construção de uma prática avaliativa democrática deve estar
fundamentada nos princípios da participação, da transparência, da cooperação,
do respeito, da igualdade, da autonomia, da emancipação e da inclusão.
5.1 Organização Interna da Escola
O Colégio Estadual São João tem sua organização escolar por séries, isto
é, que vincula o aluno ao conjunto das disciplinas, no período de um ano.
O colégio oferta os níveis do ensino Fundamental e ensino Médio, que se
compõem na organização abaixo:
Fundamental:
Manhã:03 turmas + 02 turmas de sala apoio + 01 turma de sala de
recurso
Tarde: 04 turmas + 01 turma de sala de recurso
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Noite: 04 turmas
Médio:
Manhã: 01 turma
Noite: 03 turmas
Horário de funcionamento:
Manhã: 7:30hs às 11:40hs
Tarde: 13:15hs às 17:35hs
Noite: 18:50hs às 23:00hs
5.2 Gestão Democrática: acesso permanência, capacitação continuada dos educadores e qualidade na aprendizagem
A nova ordem mundial se reflete diretamente no sistema educacional, em
especial na gestão da educação num contexto de novas exigências de recursos
humanos qualificados e sintonizados com as necessidades da democratização da
sociedade. Nesse processo não se pode desvincular a gestão democrática na
escola. Encontramosnos numa época de gestão centrada nos princípios
democráticos. Esse processo demanda não só uma mudança no conceito de
gestão, mas da própria pratica social da escola.
A concepção de gestão vem incorporando os princípios democráticos,
que constitui um aprendizado que se processa no nível das instituições sociais, e
que se expressa por suas práticas políticas e culturais.
Sociedade e escola estão dialeticamente constituídas. A escola como
espaço privilegiado de intervenção traz na sua essência pedagógica a
possibilidade de construção de novos paradigmas e práticas que priorizem a via
democrática na escola e na sociedade.
A gestão democrática exige uma ruptura histórica na prática
administrativa da escola, necessitando de compreensão profunda dos problemas
postos pela pratica pedagógica, ela busca a socialização através da pratica
coletiva, da reciprocidade, solidariedade, e da autonomia.
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Segundo (MARQUES, 1990, p.21) A participação ampla assegura a
transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legitimas,
garante o controle sobre os acontecimentos e, sobretudo, constitui para que
sejam contempladas questões de outra forma não entrariam em cogitação.
O que deixa claro perceber que a gestão democrática no interior da
escola para ser consolidado necessita de participação critica de toda comunidade
escolar.
A cultura democrática criase com prática democrática. Os princípios e as
regras dessa prática, embora ligados a natureza universal dos valores
democráticos, têm uma especificidade intrínseca a natureza do projeto político
pedagógico de cada escola ou sistema escolar. A escola não é democrática só
por sua prática administrativa. Ela tornase democrática por sua ação pedagógica
essencialmente educativa. Por isso a escola como instancia educativa de
articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, professores, alunos
e comunidade. Na escola não há lugar para burocratas nem súditos. Nela todos
os envolvidos são considerados cidadãos, atores participantes de um processo
coletivo de fazer educação. Educação que constrói a partir de suas organizações
e processos, a cidadania e a democracia. ( BORDIGNON,1993. p. 8586).
A democratização da educação requer igualdade de oportunidades a
todos do processo educacional, igualdade de condição para o acesso e
permanência na escola, como alerta (SAVIANE, 1982 p.63) Há uma desigualdade
no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada e esta deve ser
garantida pela mediação da escola.
A qualidade do ensino ofertado na escola tem como principio formar
cidadãos ativos, por isso é fundamental valorizar a formação continuada dos
docentes da instituição escolar.
O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindolhes
direito a aperfeiçoamento profissional permanente, significa valorizar a
experiência e o conhecimento que os professores têm a partir de usa prática
pedagógica. (VEIGA e CARVALHO 1994, p.51).
Os docentes devem estar preparados para a arte de ensinar, por isso o
Colégio Estadual São João incentiva a formação continuada dos profissionais da
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educação, visto que a reflexão permanente da prática educativa traz mudanças e
adequações ao currículo escolar.
É o que afirmam (VEIGA e CARVALHO, 1994 p.50 ) O grande desafio da
escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado seu papel de mera
“repetidora” de programas de “treinamento” é ousar assumir o papel predominante
na formação dos profissionais.
5.3 Currículo da Escola Pública
A nova formulação curricular do Ensino Fundamental e Médio procura
atender realidade da escola pública com base em uma visão tripartite dessa
política educacional: currículo, formação de professores e gestão. Analisa,
sobretudo, o processo de diversificação e flexibilização na nova organização
curricular e a formulação da estrutura curricular escolarizada, destacando os
conceitos de interdisciplinaridade e de contextualização, bem como os acertos e
desacertos da proposta curricular atual.
Acreditamos que toda mudança curricular é parte de uma política de
desenvolvimento do país, e, portanto, o currículo deve expressar coerência e
articulação com esse projeto. Isso explica, em grande parte, porque o
planejamento curricular está adquirindo centralidade nas reformas educativas. Por
isso busca o ideário de diversificação e flexibilização curricular, como forma de
estabelecer um modelo educacional flexível de atendimento às diferentes
clientelas; baseandose na autonomia da escola e do aluno na adequação
curricular, favorecendo o processo formativo contextualizado.
O Colégio Estadual São João construirá a estrutura curricular para o
Ensino Fundamental e Médio coletivamente em cada disciplina da grade
curricular, precedida nesta, os agentes escolares que devem levar em
consideração as diversas dimensões da autonomia da escola: a pedagógica, a
administrativa, a jurídica e a financeira.
Todos esses aspectos devem se fazerse acompanhar de relações
democráticas e horizontais no interior da escola e da sala de aula. Como formar o
indivíduo autônomo e democrático, que partícipe da vida social, tendo a escola
como local privilegiado para essa formação.
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Na nova formulação curricular, definida pelo MEC e pelo CNE, as
propostas de currículos, a serem desenvolvidas pelas escolas, devem incluir
competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos
coerentes com os princípios pedagógicos de identidade, diversidade e autonomia,
e também os princípios de interdisciplinaridade e contextualização, adotados
como estruturadores do currículo do Ensino Fundamental e Médio. A
interdisciplinaridade, que abriga uma visão epistemológica do conhecimento, e a
contextualização, que trata das formas de ensinar e aprender deve permitir a
integração do currículo:
5.4 Configuração da Matriz Curricular ano 2009.
Matriz Curricular do Ensino Fundamental
Período: Matutino e Vespertino
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Matriz Curricular do Ensino Fundamental
Período : Noturno
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Matriz Curricular do Ensino Médio
Período: Matutino e Noturno
5.5 Trabalho Coletivo
A construção da estrutura educacional do Colégio São João vem sendo
realizada com empenho coletivo de todos participantes do processo educacional e
para concretizar essas ações alicerçar os princípios democráticos, valorizando a
interação, o dialogo, a autocrítica, a autonomia e a descentralização do poder.
O trabalho coletivo é definido por (GUÉDEZ, 1982) como um recurso
teóricometodológico que explicita os propósitos, as normas e os suportes
epistemológicos de uma concepção educativa. Esse trabalho deve ser flexível e
apoiar a tradução das ações a que serve.
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Para que se efetive o trabalho coletivo no colégio buscase discutir temas
relevantes em conjunto, tomar decisões coletivas e envolver toda comunidade na
efetivação dos objetivos propostos.
Os gestores do colégio, a equipe pedagógica e docentes por serem
profissionais aptos a desenvolverem suas atividades, vêm buscando unir forças
para a plena efetivação do trabalho pedagógico no processo ensino
aprendizagem dos nossos educandos.
5.5.1 Prática Transformadora:Pedagogia Progressista
A educação possibilita a compreensão da realidade histórico social e
explicita o papel do sujeito transformador dessa realidade. A escola tem sido o
local onde o conhecimento cientifico é transmitido aos alunos.
Sabese que este conhecimento foi elaborado ao longo da historia pelos
próprios homens, ou seja, o conhecimento é fruto da produção humana,
produzido por homens inseridos num determinado contexto social.
A teoria sóciointeracionista foi desenvolvida por Vygotsky, na Rússia que
elaborou mais de 200 estudos científicos sobre Psicologia contemporânea e
ciências humanas. Seu trabalho foi influenciado por pesquisadores da área da
lingüística e pelo pensamento marxista.
É na teoria dialética marxista de Marx e Engels que podemos identificar
pressupostos filosóficos epistemológicos e metodológicos do sóciointeracionista.
Seu estudo baseiase no desenvolvimento da linguagem, pois é através dela que
podemos designar os objetos do mundo exterior.
Baseados na pedagogia progressista empregada por Georges Snyders
para designar as tendências que partindo de uma analise critica das realidades
sociais, que sustentam implicitamente as finalidades sóciopolíticos da educação,
deve ser considerada principalmente um instrumento de luta ao lado de outras
pratica sociais. Tem como finalidade a educação permitir ao homem ser sujeito,
construirse como pessoa, estabelecer relações de reciprocidade, transformar o
mundo e fazer história, enfim exercer verdadeiramente seu direito a cidadania.
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É através da função de comunicação entre os homens que acontece a
preservação, a transmissão, a assimilação de informações e experiências
acumuladas pela humanidade ao longo da historia e mais especificamente ao
estudo das chamadas funções psicológicas superiores, tais como: a capacidade
de planejamento, memória voluntária e imaginação controlada pelo individuo.
É através do conhecimento que aprendemos e compreendemos a
realidade que estamos inseridos. Somos ao mesmo tempo consumidores e
produtores de conhecimento. Interagimos com este conhecimento, dele nos
apropriamos e por ele somos transformados continuamente através das novas
informações que recebemos e pelas experiências pelas quais passamos.
Na escola o conhecimento é trabalho de uma produção conjunta entre
professoraluno, e esta relação especifica, não é mais uma interação aluno com
outra pessoa qualquer, mas sim, alguém com função especifica, mediador entre o
conhecimento trazido pelos alunos e o conhecimento formal, que conhece o
processo de desenvolvimento do aluno, proporcionando assim a apropriação do
conhecimento cientifico.
A escola tem um papel decisivo no processo de socialização, a diferença
qualitativa do trabalho escolar é que este processo será mediado pelo
conhecimento histórico.
É necessário que no processo de transmissão do conhecimento pelo
professor, o conteúdo seja compreendido pelo aluno com possibilidades mais
avançada de explicação. Isto não significa desconsiderar as hipóteses formuladas
pelos alunos, os quais têm origem nos conhecimentos do senso comum. O
dialogo estabelecido entre professor e aluno devera ter sempre, como ponto de
partida, o conhecimento, na perspectiva da historia.
Outro ponto a considerar, segundo os novos paradigmas da educação, é
educar pela pesquisa. Mas educar pela pesquisa requer em primeiro lugar que o
professor seja ele um pesquisador, maneje a pesquisa com principio cientifico e
educativo. A pesquisa precisa ser no ensino básico, o principal instrumento do
processo educativo.
Como diz ( DEMO,1992, p.25) O que marcaria a modernidade educativa
seria a didática do aprender a aprender, ou do saber pensar, englobando num
todo só a necessidade de aprovação do conhecimento disponível a seu manejo
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criativo e critico...A competência que a escola deve consolidar e sempre renovar é
aquela fundada na propriedade do conhecimento como instrumento mais eficaz
da emancipação das pessoas e da sociedade. Nesse contexto mera transmissão
é pouco, embora como insumo seja indispensável. Em termos emancipatórios,
competência jamais coincidiria com copia, reprodução, imitação. Tornase
essencial construir atitude positiva construtiva, crítica, típica de aprender a
aprender.
Sendo assim, o professor deve procurar estratégias que facilitem a
capacidade de educar pela pesquisa. Isso requer uma alteração profunda na
prática pedagógica em sala de aula. O profissional da educação terá que ser
competente para obter sucesso.
O educador precisa ser um investigador permanente em sua área. A
educação esta baseada no aprender a aprender e não tem fim, renovase diaa
dia e avança rapidamente para uma sociedade moderna, provocando um
processo ininterrupto de atualização.
A proposição metodologia do aprender envolve mais que a vontade de
usar um meio para ensinar, ela propõe que os alunos e professores passem a ter
a produção própria, que sejam criativos e envolventes. Que tenham acesso ao
conhecimento existente, que possam dele utilizar e construir um novo
conhecimento.
5.5.2 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico
A formação do pleno cidadão é o principal objetivo para a formação
política pedagógica dos educandos do Colégio Estadual São João, que busca
através desta proporcionar uma transformação a realidade por eles vivenciados.
A proposta se efetiva com a oferta de atividades adaptadas em sala, com
atividades pedagógicas e recreativas extraclasse.
Também ocorrem participações em jogos escolares, projetos culturais
como FERA, COM CIÊNCIA, REBU e demais eventos ofertados, todos com
objetivo de auxiliar no processo pedagógico, bem como proporcionar uma
aprendizagem significativa e prazerosa.
22
6.MARCO OPERACIONAL
6.1 Redimensionamento da organização do trabalho pedagógico
A organização das sociedades democráticas demanda cidadãos
conscientes e participativos, e que a organização do trabalho demanda
trabalhadores intelectualmente ativos, e que as inovações tecnológicas,o uso de
recursos como TV pendrive, Paraná digital, internet favorecem a ampliação da
informação exigindo da escola, novas práticas de ensino, as políticas públicas
precisam estar comprometidas com o ingresso e a permanência do aluno na
escola e a realização de uma pratica pedagógica direcionada para a
aprendizagem.
A ação docente põe em movimento o projeto pedagógico, o planejamento
da aula do professor, o conhecimento, o método, a avaliação, a recuperação, o
interesse e a participação dos alunos também têm a organização do tempo, o
método didático, tudo com finalidades do ensino aprendizagem.
No contexto escolar segundo ( VEIGA, 2004, p.56) O projeto pedagógico
não se constitui na simples produção de um documento, mas na consolidação
de um processo açãoreflexãoação, que exige o esforço conjunto e a vontade
política do coletivo escolar.
Sala de Apoio: Trabalho voltado para atender crianças com problemas
relacionados à aprendizagem de língua Portuguesa e Matemática dos alunos
matriculados na 5ª série do Ensino fundamental, no que se refere aos conteúdos
de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas
suas operações básicas e elementares.
Tem como objetivo estabelecer avaliação sobre os processos de
aprendizagem elaborada pelos alunos que fazem parte do programa para, a partir
do registro de dados estabelecer encaminhamentos necessários para nortear e
articular o processo de ensinoaprendizagem desses alunos.
Os estabelecimentos de ensino terão abertura automática de 01 (uma)
Sala de Apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a
cada 03 (três) turmas de 5ª série ofertadas, independentemente do turno.
23
A abertura da demanda automática no sistema será efetivada conforme
segue: em turno contrário se as turmas de 5ª série forem do mesmo turno; em
turno contrário ao que apresentar maior número de alunos matriculados nas 5ª
séries, se as turmas forem de turnos diferentes.
A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua
Portuguesa e Matemática – será de 04 horasaula semanais para os alunos,
devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não
subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno.
Sala de Recursos: Serviço especializado de Apoio Especializado de
natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em
classes comuns do Ensino Fundamental. Conforme instrução nº 013/08 do
Conselho Nacional de Educação, entendese como um processo educacional
definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e
serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
completar, suplementar e alguns casos, substituir os serviços educacionais
comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento
das potencialidades dos educandos que apresentam dificuldades acentuadas de
aprendizagem com atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência
Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.
Com base nos dispositivos legais e referências apresentada, a educação
especial se consolida e passa a ser um compromisso social a partir da
organização de uma prática pedagógica, perpassando pelos diferentes níveis de
escolarização e evidenciando que esta não pode ser organizada de forma isolada
ou exclusa, mas no conjunto da compreensão da totalidade pedagógica e
interfaces do ensino básico.
Conforme assegura LDB em seu artigo 58, parágrafo 1 “ Haverá, quando
necessário, serviço de apoio especializado na rede regular para atender as
peculiaridades da clientela de educação especiais”.
Objetivos:
Através das salas de Recursos, objetivase:
- Resgatar a autoestima dos alunos atendidos, com vista na superação,
gradativa e individual, de suas dificuldades acadêmicas;
24
- Diminuir as disparidades entre esses alunos e os demais, dando condições
mais dignas de igualdade na vida acadêmica;
- Procurar através desse atendimento, melhorar a sua integração social e
escolar evitando, com isso, a evasão escolar;
- Envolver esses alunos com a comunidade escolar, desenvolvendo uma
consciência humanista e respeitosa em relação às diferenças e ritmo de
cada individuo;
- Realizar um trabalho diversificado, voltado às necessidades dos alunos,
utilizando metodologias e práticas variadas e individualizadas, quando
necessário, ao atendimento acadêmico.
Conteúdos:
Português:
Escrita:
1. Produção de textos;
2. Interpretação e compreensão de textos e gravuras de forma escrita;
3. Adequação e organização gráfica e gramatical dos textos;
4. Significado das palavras.
Leitura:
1. Leitura de textos variados, identificando as idéias básicas apresentadas
nos mesmos, confrontando as idéias contidas e argumentando com
elas, atribuir significados à palavras;
2. Fazer contraste de textos, sendo esses do mesmo tema; mas com
linguagem diferente; do mesmo tema tratado em tempos diferentes.
3. Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo a importância dos
sinais de pontuação.
Linguagem oral:
• Relatos de histórias, fatos, textos variados, filmes, entrevistas e
reportagens, etc;
• Exposição de idéias e opiniões com seqüência, coerência e
objetividade.
25
Matemática:
1. Interpretação de situações problemas envolvendo as quatro operações;
2. Envolvimento com jogos que desenvolvam raciocínio, memória, concentração
e operações numéricas;
3. Interpretação e leitura de gráficos;
4. Compreensão e montagem da tabuada com material concreto e registro;
Metodologia:
A metodologia aplicada na Sala de Recurso, será necessariamente uma
metodologia diferenciada, prática e que envolva os alunos, a partir, de situações
reais e do diaadia. Pois, através disso pretendese resgatar o interesse e tornar
as aulas mais agradáveis e interessantes, onde sintam prazer em vir e percebam
que suas necessidades ou defasagens estão sendo superadas. Trabalhando de
uma forma mais individualizada e, portanto, dando mais atenção às dificuldades
de cada um, tirando as dúvidas mais freqüentes e que estão bloqueando o
segmento do processo de ensinoaprendizagem.
Sendo assim, procurarseá, trabalhar com:
1. Leitura e interpretação oral e escrita de variados textos;
2. Atividades que exercitem a concentração e o raciocínio lógico;
3. Ditado de palavras e textos fazendo a correção coletiva e individual, para que
observem a forma correta da escrita;
4. Produção de textos utilizando sucatas em geral, recorte de revistas e jornais,
personagens variados;
5. Seleção de alguns textos produzidos pelos alunos para fazer a correção e
reestruturando textual coletiva, para que observem a pontuação, grafia,
acentuação e coesão textual;
6. Leitura de gibis e fichas de leitura;
7. Leitura e interpretação de textos com linguagens regionais, para a
identificação de sinônimos e significado das palavras, utilizando o dicionário e
a lógica de sentidos;
8. Discussão sobre temas e questões atuais, retirados de diversos meios de
comunicação, escolhidos ou sugeridos pela turma ou professora;
26
9. Textos embaralhados, para que montem corretamente, observando a
concordância e pontuação;
10.Jogos de seqüência, para que observem a seqüência de fatos e produção de
texto, reproduzindo a história seqüenciada;
11.Quebracabeças diversos;
12.Construção de frases, trava língua, poemas;
13.Atividades com jogo pedagógicos envolvendo as 4 operações, memória e
atenção;
14.Utilização de materiais concretos para a compreensão do processo de divisão
e multiplicação;
15.Registro dos valores observados teoricamente, fazendo a associação da teoria
à prática;
16.Construção da tabuada utilizando o material dourado;
17.Bingo envolvendo as 4 operações, tabuada, sílabas e palavras;
18.Dominós;
19. Interpretação de situações problemas e gráficos com assuntos e valores reais,
que fazem ou fizeram parte do diaadia, para que facilite a compreensão e
associação do conteúdo à realidade e, paralelamente, estudando outras
disciplinas;
Avaliação:
O processo de avaliação deverá ser orientado pela equipe de educação
especial do NRE sendo que o processo de avaliação no contexto escolar para
alunos com indicativos de Deficiência Mental/Intelectual deverá enfocar aspectos
pedagógicos, acrescida de parecer de psicólogo. Para alunos com indicativos de
Transtornos Funcionais Específicos (distúrbios de aprendizagem – dislexia,
disortografia, disgrafia e discalculia) deverá ter avaliação acrescida de parecer de
psicólogo complementada com parecer de fonoaudiológico e/ou de especialista
em psicopedagogia. Para alunos com distúrbios Funcionais Específicos
(transtornos de atenção e hiperatividade) deverá a avaliação ser acrescido de
parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementado com parecer de
psicólogo. Todas as avaliações deverão ser registradas em relatório e
27
sintetizadas em ficha Síntese devidamente assinada e datada por todos os
profissionais que participaram do processo.
Assim Procurarseá detectar como se encontra a realidade para poder
definir a distância entre onde o aluno está e o que precisa atingir pela frente com
relação ao conteúdo, o seu nível cognitivo e psicológico, fornecendo material para
estabelecer qual a melhor metodologia a ser aplicado sendo um bom indicador do
trabalho do professor orientando e melhorando seu planejamento.
Com isso, buscará visualizar a avaliação como um todo, englobando todo
o processo, (antes, durante e depois) procurando entender o aluno como um todo,
seu aspecto cognitivo e emocional, e suas préconcepções sobre os conteúdos,
para com base nestes dados, procurarmos elaborar estratégias pedagógicas que
venham de encontro com a situação, posteriormente estabelecer mecanismos
para visualizar em conjunto com os alunos, o que foi assimilado, para podermos
realizar os devidos feedback, em um primeiro momento em grupo e,
posteriormente, de maneira individualizada de acordo com a necessidade.
A avaliação não terá um caráter classificatório, pois neste processo
entendemos que a aprendizagem terá um objetivo de superação e compreensão
dos conteúdos defasados e, portanto, farseá de forma gradativa, processual,
conceitual e individualizada dentro das dificuldades e avanços diários de cada um.
FICA Ficha de Comunicação do aluno Ausente: programa do Governo
Estadual do Paraná que vem criar uma rede de enfrentamento à evasão escolar e
promover a inserção no sistema educacional das crianças e dos adolescentes que
tenham sido excluídos, por evasão ou por não acesso à escola.
É um importante instrumento para nossa realidade, visto que enfrentamos
constantemente problemas relacionados a evasão escolar no Colégio. O combate
a exclusão escolar é um compromisso não só dos educadores, mas de toda a
sociedade.
O encaminhamento da ficha do FICA acontece quando professor detecta
em sala de aula a freqüente ausência do aluno e comunica a equipe pedagógica
que procura a família deste, para que o aluno volte freqüentar regularmente as
aulas, quando isso não ocorre é realizado encaminhamento da ficha FICA ao
Conselho Tutelar que também realiza trabalho nas famílias dos aluno faltosos.
28
Recuperação Paralela: A recuperação é um dos aspectos da
aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pelo qual o aluno, com
aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilite a apreensão
dos conteúdos básicos.
Por isso, o aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter
aprovação mediante recuperação de estudos e demais alunos da turma,
proporcionado obrigatoriamente pelo estabelecimento de ensino, onde haverá um
conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar as dificuldades dos
alunos. Assim a recuperação paralela é feita durante todo o ano letivo através da
retomada dos conteúdos com metodologias diferenciadas durante as aulas e
posteriormente realizar avaliações utilizando instrumentos diversificados tais
como: avaliações orais ou escritas, trabalhos individuais ou em grupo,
dramatizações, pesquisas bibliográficas, cientificas ou de campo, ou trabalho em
classe ou extraclasse
6.2 Gestão Democrática:
A escola cidadã que desejamos, compreende a existência de uma gestão
democrática pautada numa participação ativa de toda comunidade escolar,
portanto é um processo complexo e indeterminado.
É através da gestão democrática que se pode melhorar o ensino, pois
pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de responsabilidade
pelos projetos da escola proporcionando assim um conhecimento do
funcionamento da escola por parte de todos e em conseqüência ocorrerá
mudanças na postura e atitude de todos, pois todos são atores desse processo.
6.2.1 O papel específico de cada segmento da comunidade escolar
Equipe pedagógica: O setor pedagógico é fundamental ao
funcionamento da escola como Instituição Educacional. É nele que acontecem as
orientações metodológicas aos professores como: planejamentos, avaliações,
dificuldades de ensinoaprendizagem, orientações para trabalhos extraclasse ou
extra curriculares, pesquisas, palestras ou visitas; atendimento aos alunos com
29
dificuldades de aprendizagem ou problemas disciplinares, como também
atendimento aos pais e comunidade escolar que procuram a escola para
acompanhar o rendimento escolar de seus filhos. Também organiza reuniões,
encontros pedagógicos com pais e professores e conselho de classe. O setor está
organizado com arquivos onde constam informações pertinentes aos alunos, onde
possui anotadas todas as informações.
Professor: É o grande agente de transformação do processo
educacional, a alma de qualquer instituição de ensino é do professor, diz Gabriel
Chalita, autor do livro “Educação a solução está no afeto”. Por isso o professor
precisa acreditar no que diz para envolver seus alunos. A Grande
responsabilidade para a construção de uma educação cidadã esta nas mãos do
professor e só conseguirá fazer com que o aluno aprenda se ele continuar
aprendendo, assim será um orientador para o desenvolvimento das habilidades
dos alunos.
Os docentes do Colégio Estadual São João necessitam adequar
conteúdos e atividades conforme as especificidades dos alunos, buscando
sempre alternativas para que o pleno desenvolvimento educacional ocorra.
Conforme LDB, artigo 13, os docentes incumbirseão de:
I participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino;
II elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica
do estabelecimento de ensino;
III zelar pela aprendizagem dos alunos dos alunos;
IV estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de menor
rendimento;
V ministrar os dias letivos e horasaulas estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
VI colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e
comunidade
Alunos: São as pessoas mais importantes de um colégio, visto que toda
a estrutura escolar existe para que suas necessidades educacionais sejam
atendidas. A terminologia traz como pessoa que toma suas próprias decisões,
30
pessoa responsável, na sua individualidade. Porém nossos alunos em sua grande
maioria necessitam de constante motivação e muita disciplina, pois a realidade
social e cultural que possuem não auxilia nos estudos, tornandoos receptores de
conhecimento. É constante a parceria dos professores, equipe pedagógica com a
comunidade escolar a fim de buscar soluções para a falta de interesse, que em
alguns casos tornase evasão escolar.
Pais: Hoje com as constantes mudanças dos padrões de família,
precisamos de pais que realmente desempenhem o papel de pai e mãe com
firmeza, que estejam prontos atenderem os filhos em suas necessidades básicas,
atentos as diferentes fases do desenvolvimento pelas quais seus filhos passam.
A comunidade escolar necessita estar presente na escola, sendo
fundamental para o Colégio poder contar com a participação dos pais em todo
contexto educacional para assim poder desenvolver sua verdadeira função que é
de formar cidadão crítico, consciente e ativo.
No entanto, encontramos pais ativos e participativos, mas em número
muito pequeno, pois a nossa realidade nos apresenta pais analfabetos ou semi
analfabetos, que muito cedo perdem o domínio da vida de seus filhos, ou por
inúmeros motivos os deixam tomar as decisões que acharem convenientes.
Não deveria gerar filhos quem não quer darse ao trabalho de criálos e
educalos, (PLATÃO).
Equipe administrativa: A recepção do Colégio é feita na secretaria, onde
as pessoas são identificadas e encaminhadas aos diversos setores. A secretaria é
responsável por toda documentação escolar dos alunos e pela vida funcional dos
professores e funcionários. É um órgão muito importante e necessita de eficiência
e responsabilidade para o bom andamento da instituição.
Como todo trabalho precisa ser avaliado e reencaminhado, a secretaria
procura fazer modificações, buscando sempre atender a comunidade escolar da
melhor forma possível dentro dos prazos estabelecidos.
Merenda escolar: O setor de alimentação é responsável pelo preparo e
distribuição do lanche aos alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno.
Esse setor recebe a merenda escolar através do PNAE e fundo destinado a
compra de alimentos para complementar do lanche PEAE. As dependências
físicas estão dentro das normas higiênicas estabelecidas pela saúde publica. O
31
colégio possui um refeitório para os alunos lancharem devidamente instalados,
sendo permitido nesse setor somente a entrada de pessoas autorizadas. Na
cozinha há todo equipamento necessário para o funcionamento, tendo um local
próprio para guardar a merenda, separado da cozinha. A preparação dos
alimentos segue cardápio da seed, intercalando alimentos doces e salgados
visando uma melhor nutrição, também está atendo as sugestões dos alunos a
respeito do lanche, adequandoas para agradar ao paladar e a nutrição dos
mesmos.
6.2.2 Instâncias Colegiadas e seu papel
APMF: A associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio
Estadual São João, não distribuirá lucros, bonificações e vantagens a dirigentes,
conselheiros, mantenedores ou integrantes, sob nenhum pretexto e empregará
suas rendas exclusivamente na unidade escolar, atendendo a proposta
pedagógica e a manutenção dos objetivos institucionais.
No exercício de suas atribuições e APMF manterá rigoroso respeito as
disposições legais de modo a assegurar observância aos princípios fundamentais
da política educacional vigente no estado, além de representar os reais interesses
da comunidade escolar, contribuindo dessa forma para a melhoria da qualidade
de ensino, visando uma escola publica gratuita e universal
Aos membros da diretoria cabe a participação de todas as decisões de
APMF,
Com tratamento sem distinção e qualquer natureza, recebendo bem todos
os participantes de atividades, seja ela recreativa ou administrativa promovida
pelo colégio.
Conselho Escolar: O conselho escolar é um órgão colegiado de
natureza deliberativa, consultiva e fiscal, não tendo caráter políticopartidário,
religioso, racial e nem lucrativo, não sendo remunerado seus dirigentes e/ou
conselheiros.
Colabora no regimento e funcionamento da escola, compreendendo
tomada de decisões, planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das
questões administrativas e pedagógicas fixadas pela secretaria de educação.
32
Será desenvolvido de forma coletiva, efetivando o envolvimento da comunidade
escolar através de seus representantes eleitos na forma definida no Regimento
Escolar.
O conselho escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma
de colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade
escolar e os demais setores da instituição, constituindose como órgão auxiliar.
Grêmio estudantil: Os Grêmios Estudantis compõem uma das mais
duradouras tradições da nossa juventude. Podese afirmar que no Brasil, com o
surgimento dos grandes Estabelecimentos de Ensino secundário, nasceram
também os Grêmios Estudantis, que cumpriram sempre um importante papel na
formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa
juventude, organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música,
torneios esportivos e outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis
representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e
política. Assim, os Grêmios contribuem, decisivamente, para a formação e o
enriquecimento educacional de grande parcela da nossa juventude.
O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado
apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e
esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse
dos estudantes, que não fazem parte do Currículo Escolar, e também
organizando reivindicações, tais como compra de livros para a biblioteca,
transporte gratuito para estudantes, e muitas outras coisas.
O Grêmio Estudantil não terá caráter políticopartidário, religioso, racial e
também não deverá ter fins lucrativos.
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão
estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo discente
do Estabelecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo à legislação
pertinente.
A aprovação do Estatuto, a escolha dos Dirigentes e dos Representantes
do Grêmio serão realizadas pelo voto direto e secreto de cada estudante,
observandose, no que couber, as normas da legislação eleitoral.
São sócios do Grêmio todos os alunos matriculados e com freqüência
regular.
33
Os representantes do Grêmio não poderão utilizar seu horário de aula
para reuniões e quaisquer outras atividades sem autorização da Direção geral e
do professor da turma.
O Conselho de Representantes de Turma será eleito anualmente, no
início do período letivo, em data fixada pelo Grêmio e/ou equipe pedagógica.
O Conselho de Representantes de Turmas é a instância intermediária e
deliberativa do Grêmio e será constituído pelos representantes de turmas eleitos
pelos alunos de cada turma em voto secreto.
O Estabelecimento de Ensino não se responsabilizará pelas dívidas ou
outros compromissos assumidos pelo Grêmio .
A realização de qualquer evento do Grêmio nas dependências do
Estabelecimento deverá ser precedida de autorização do Conselho Escolar.
Quando da realização de qualquer evento ou reunião no interior do
Estabelecimento, o Grêmio será responsável pela manutenção da limpeza, da
ordem e por qualquer dano ao patrimônio ou a material do Estabelecimento.
As atividades do Grêmio serão supervisionadas pelo Conselheiro ( que
deverá ser um profissional da Educação da Escola escolhido pelo Diretor e/ou
alunos)
Ao Conselheiro compete:
I. acompanhar as atividades do Grêmio comparecendo à sua sede no
mínimo uma vez por semana;
II. informar à Direção do Estabelecimento sobre as atividades do Grêmio;
III. apresentar sugestões para o melhor funcionamento do Grêmio e seu
relacionamento com a Direção do Colégio;
IV. comunicar com antecedência à Direção seu afastamento, justificando
o.
V. responder junto às instituições bancárias pela abertura e
movimentação de conta corrente do Grêmio Estudantil.
O balanço anual de movimento financeiro do Grêmio será apresentado à
Assembléia Geral dos alunos e ao Conselho Escolar ao final de cada mandato.
34
6.3 Desafios Educacionais e Contemporâneos
Lei da Cultura AfroBrasileira e Africana Fruto das constantes
reivindicações do movimento negro no Brasil, a Lei 10.639/2003, aprovada pelo
Presidente Lula, estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura
AfroBrasileira nos estabelecimentos educacionais do país. É o reconhecimento
da influência das muitas culturas africanas na formação da cultura nacional.
No Brasil, um país predominantemente marcado pela miscigenação, a
definição de uma identidade nacional é deveras controversa. Das três principais
influências atuantes durante o desenvolvimento do povo brasileiro, a ameríndia, a
européia e a africana, ora sobressaemse individualmente, em espaços
determinados, ora amalgamamse e produzem um novo modelo detentor de
aspectos próprios às três fortes culturas. Percebese, por parte de alguns, a
concessão de distintas participações e funções nesta construção de identidade
nacional, Por conta de insistentes reivindicações através de décadas, nas quais
foi fundamental a participação de movimentos organizados, foi aprovada uma Lei
que obriga a inclusão no currículo do ensino fundamental e médio, tanto na rede
privada quanto na particular, do ensino de Cultura e História Afrobrasileira.
Assim, a lei 10.639/2003 institui, não só os conteúdos referentes à
História e Cultura AfroBrasileira e Africana para ser trabalhada de maneira
obrigatória nas escolas brasileiras, mas abre espaço para a Educação das
relações ÉtnicoRaciais, que certamente engloba todos os grupos étnicos e
sociais que contribuíram para a formação do país.
Visualizar o contexto da época em que a idéia de Democracia Racial se
constituiu, as ideologias que levaram a população, inclusive coercitivamente, ao
seu encucamento, bem como a analise reflexiva de todo esse processo,
procurando associar a teoria ao cotidiano das relações sociais, consumiu
laborioso tempo.
As leituras e reflexões foram fundamentais para a constituição da
pesquisa. No entanto, elas ainda não foram finalizadas, algo que parece
desnecessário registrar, pois sempre vai existir um novo material para o leitor
conhecer. Mas todo esse processo já garantiunos perceber que transformar a
35
sociedade e tornala pluriétnica e não só eurocentrica é a proposta de mudança
da Lei 10.639/2003.
Conhecer a idéia de Democracia Racial existente na sociedade brasileira
para daí perceber e compreender a necessidade da instituição da Lei
10.6369/2003,vem por meio de projetos apresentar aos alunos do Colégio
Estadual São João conteúdos que oportunizam aprofundarse nas relações
existentes da cultura afro em nosso cotidiano e assim valorizar nossas raízes,
sendo sabedores da importância e da necessidade de conhecer e compreender
os costumes da cultura Afro com momentos de integração e aprendizagem da
história, que faz parte do nosso diaadia mas, que pouco conhecemos sobre sua
origem.
INCLUSÃO Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de
deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo
excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas
com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a
socialização do homem.
A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou
os portadores de deficiência, marginalizandoos e privandoos de liberdade.
Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo
de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.
A literatura clássica e a história do homem refletem esse pensar
discriminatório, pois é mais fácil prestar atenção aos impedimentos e às
aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas.
Nos últimos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm promovido
e implementado a inclusão, nas escolas, de pessoas com algum tipo de
deficiência ou necessidade especial, visando resgatar o respeito humano e a
dignidade, no sentido de possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a todos
os recursos da sociedade por parte desse segmento.
Movimentos nacionais e internacionais têm buscado o consenso para a
formatação de uma política de integração e de educação inclusiva, sendo que o
seu ápice foi a Conferência Mundial de Educação Especial, que contou com a
participação de 88 países e 25 organizações internacionais, em assembléia geral,
na cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994.
36
Este evento teve como culminância a "Declaração de Salamanca", da
qual transcrevemse, a seguir, pontos importantes, que devem servir de reflexão e
mudanças da realidade atual, tão discriminatória.
"Acreditamos e Proclamamos que:
toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a
oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;
toda criança possui características, interesses, habilidades e
necessidades de aprendizagem que são únicas;
sistemas educacionais deveriam ser designados e programas
educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a
vasta diversidade de tais características e necessidades;
aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à
escola regular, que deveria acomodálos dentro de uma Pedagogia centrada na
criança, capaz de satisfazer tais necessidades;
escolas regulares, que possuam tal orientação inclusiva, constituem os
meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criandose
comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando
educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à
maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da
eficácia de todo o sistema educacional.
Nós congregamos todos os governos e demandamos que eles:
atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao aprimoramento de
seus sistemas educacionais no sentido de se tornarem aptos a incluírem todas as
crianças, independentemente de suas diferenças ou dificuldades individuais;
adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política,
matriculando todas as crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes
razões para agir de outra forma;
desenvolvam projetos de demonstração e encorajem intercâmbios em
países que possuam experiências de escolarização inclusiva;
estabeleçam mecanismos participatórios e descentralizados para
planejamento, revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e
adultos com necessidades educacionais especiais;
encorajem e facilitem a participação de pais, comunidades e
37
organizações de pessoas portadoras de deficiências nos processos de
planejamento e tomada de decisão concernentes à provisão de serviços para
necessidades educacionais especiais;
invistam maiores esforços em estratégias de identificação e intervenção
precoces, bem como nos aspectos vocacionais da educação inclusiva;
garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de
treinamento de professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam a
provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.
EDUCAÇÃO FISCAL Estudo da Secretaria de Política Econômica do
Ministério da Fazenda demonstra a existência de um perverso paradoxo: a carga
tributária no Brasil equivale à média da OCDE. No entanto, o padrão de vida da
população desses países é sensivelmente mais elevado e a distribuição de renda
muito mais eqüânime que a nossa.
Vinod Thomas, diretor do Banco Mundial no Brasil sustenta que “de todo
dinheiro aplicado pelo governo federal em políticas sociais, apenas cerca de 20%
chega aos mais pobres”. (Carta Capital n° 267/2003, p. 47).
Esses fatos demonstram o baixo nível de empoderamento da sociedade
brasileira, isto é, a capacidade da população, especialmente as camadas com
pouco acesso à educação formal, de se assenhorar de mecanismos eficazes de
participação popular e controle sobre as ações do Estado.
A Lei de Responsabilidade Fiscal cumpre tarefa importante ao
estabelecer rigoroso controle, padronização e transparência nas contas públicas.
No entanto, está eivada de grave defeito de origem que urge ser corrigido: prioriza
o superávit primário em detrimento dos gastos sociais e investimentos em infra
estrutura.
Obviamente todos nós somos a favor de uma responsabilidade fiscal
enquanto guardiã da austeridade no trato das finanças públicas, mas o que
queremos deixar claro é essa austeridade não basta por si só, deve estar
acompanhada do estabelecimento de metas prioritárias.
Assim o Colégio Estadual São João por se tratar de um espaço de
aprendizagem vem por meio de debates, momentos de conversa e estudo
orientar seu educandos quanto aos seus direitos para que haja uma real
educação fiscal.
38
PROJETOS DO ESTABELECIMENTO
Ciclo de Palestras
Temas abordados:
Sexualidade;
Drogas licitas e ilícitas;
Higiene Bucal;
Conscientização dos pais e alunos em relação a indisciplina, conservação
do ambiente escolar e assiduidade;
Disciplina;
Autoestima entre outros
Apresentação
Frente a realidade que encontramos inseridos nossos alunos, que
vivenciam e participam de ambiente inadequado ao seu desenvolvimento
saúdavel, procuramosnos proporcionar abordagens significativas para o seu dia
adia com propósito de contribuir para superação e fortalecimento de sua
comunidade, já que são cidadãos capazes de fazer a diferença.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Proporcionar aos alunos informações para uma qualidade de vida melhor,
através da conscientização e de sua valorização pessoal inserindose em uma
sociedade saúdavel.
Objetivos Específicos
Estabelecer relações entre a comunidade escolar e profissionais da saúde,
segurança pública, justiça e meio ambiente;
Desenvolver programa continuado de cuidados com seu corpo, meio
ambiente, direitos e deveres;
Sensibilizar os alunos para prevenção referente aos temas abordados.
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METODOLOGIA
Sexualidade – palestra com enfermeiras e médicos, questionamentos e
debates;
Drogas – Fala de uma policial especialista na área, com apresentação em
datashow, abertura a questionamento e debates;
Higiene Bucal – profissionais do posto de saúde especializados em saúde
bucal, com demonstrações de escovação e questionamentos;
Meio Ambiente – Visita ao Horto Florestal – IAP, para verificar processo de
plantio, diversidades de mudas, trilha ecológica e plantio na escola de
mudas;
Conscientização de pais e alunos quanto a indisciplina – palestra com
promotor, abertura para questionamentos.
PROJETO RECREAÇÃO
GINCANA DO ESTUDANTE:
Justificativa
Os educandos, em sua maioria, apresentamse apáticos à aprendizagem
e resistem a qualquer atividade proposta em sala de aula.
O que se propõe com a I Gincana do Estudante é pois, tirálos da sala de
aula, além de mostrar o quanto eles são importantes para a comunidade escolar,
pretendese estimular a participação, o agir em equipe e o respeito às diferenças.
Esperase que o aluno perceba que participar é bom, que saber pode ser
prazerosos e comportarse como cidadão reverte em benefícios para o coletivo
(equipe).
Objetivos
Objetivo Geral
Valorizar os estudantes, presenteandoos com um momento de lazer que
além, de promover a recreação, também tem fins educativos.
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Objetivos Específicos
Suscitar o espírito de equipe, oportunizando ao aluno organizarse
discutir, argumentar e negociar com os colegas para atender ao cumprimento das
provas;
Promover a conscientização da importância da disciplina, uma vez que as
equipes deverão cumprir normas estabelecidas em regulamento, para que
a gincana transcorra de forma organizada;
Levantar a auto estima do educando e, ao mesmo tempo, mostrar a ele
que aprender e participar pode ser divertido;
Desenvolvimento
O projeto aplicarsea nos três turno (matutino, vespertino e noturno) à
aluno do Ensino Médio e Fundamental.
Primeiramente, serão formadas as equipes a critério dos alunos, desde
que sejam mistas, ou seja contendo integrantes de todas as séries.
Após o término das inscrições, haverá uma reunião com os chefes de
equipe para a explicação do regulamento e distribuição antecipadamente e
apresentadas no dia da gincana: grito de guerra, confecção de um brinquedo à
partir de sucata e encenação de um quadro televisivo sorteado na mesma.
Cada equipe deverá escolher no ato da inscrição, um professor
coordenador que o auxiliará na organização e no desenvolvimento das provas
antecipadas.
No dia da realização da gincana será demarcado espaço para cada
equipe e relembrando que os integrantes deverão permanecer nos lugares, fazer
silêncio durante a explicação das provas e evitar qualquer tipo de agressão, sob
risco da mesma ser penalizada, conforme previsto no regulamento.
A gincana deverá iniciarse pela apresentação das provas antecipadas,
que serão julgadas por uma comissão composta por professores e funcionários
da escola.
Na sequência, desenvolverseão de forma intercalada as provas
recreativas(prova da esponja, cabo de guerra, balas de farinha, dança da laranja,
futebol de pés amarrados) e as provas de conhecimentos gerais (cruzadinha,
adivinhações e teste de conhecimento).
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Apurada a pontuação, deverá ser feita a premiação e o encerramento das
atividades com um lanche especial em homenagem ao dia do estudante.
Recursos
Para a avaliação das atividades será necessário o seguinte material:
garrafas PET, esponjas, baldes, corda, bola, cópia de uma cruzadinha, cópias de
atividades com adivinhas, sino, cronometro, apito, caixa e aparelho de som,
microfone, fita crepe e medalhas.
PROGRAMA SUPERAÇÃO: Após o recebimento do Programa
Superação, reunimonos Direção, Equipe Pedagógica e professores para discutir
e buscar soluções cabíveis as necessidades educacionais e sociais que
enfrentamos, como:
Aplicação da prova diagnóstica com conteúdos trabalhados no 1º
semestre;
Maior ênfase ao Projeto de leitura já desenvolvido pela escola;
Realização de atividades em sala de aula, com mais significado, atração e
letramento;
Aplicação de palestras aos pais e alunos que venham de encontro com as
necessidades que possuímos como: combate ao fumo, higiene, drogas,
relação familiar;
Conversas periódicas entre professores e equipe pedagógica para buscar
soluções as dificuldades enfrentadas em sala de aula;
Utilização sempre que necessário das fichas da FICA para diminuirmos o
alto índice de evasão e reprovação por faltas;
6.4 Recuperação Paralela:
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pelo qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que lhe possibilite a apreensão dos conteúdos básicos.
Por isso, o aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter
aprovação mediante recuperação de estudos e demais alunos da turma,
proporcionado obrigatoriamente pelo estabelecimento de ensino, onde haverá um
42
conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar as dificuldades dos
alunos. Assim a recuperação paralela é feita durante todo o ano letivo através da
retomada dos conteúdos com metodologias diferenciadas durante as aulas e
posteriormente realizar avaliações utilizando instrumentos diversificados tais
como: avaliações orais ou escritas, trabalhos individuais ou em grupo,
dramatizações, pesquisas bibliográficas, cientificas ou de campo, ou trabalho em
classe ou extraclasse
6.5 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto.
Para a reformulação e construção do Projeto Político Pedagógico do
Colégio Estadual São João contouse com a colaboração da equipe pedagógica,
direção e professores e funcionários que colaboraram na fundamentação teoria
pedagógica deste. Levandose em consideração questionário realizado com as
famílias da comunidade escolar. O Colégio também dispõe de recursos
financeiros destinado pelo governo Federal e governo Estadual os quais vem
contribuir para a efetiva realização desse projeto.
6.6 Critérios para elaboração do calendário escolar, horários letivos
e não letivos.
O Calendário escolar organizado anualmente segue determinações da
Secretaria Estadual de Educação que determina o inicio e o fim das atividades
escolares contemplando os 200 dias letivos. Contem nestas também datas
determinadas para os conselhos de classe, reuniões pedagógicas, capacitação, e
demais especificidades da Instituição. Visando a oferta de ensino adequada e
vigente em lei, garantindo o pleno desenvolvimento do processo de ensino
aprendizagem.
43
6.7 Critérios para elaboração e utilização dos espaços educativos
Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em
torno da escola no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da
escola na mão também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco
ainda, considerando o trabalho intenso que se põe diante de nós que é o de
assumir esse país democraticamente. (PAULO FREIRE)
A escola pública é um espaço de exercício do direito e da cidadania. A
educação de qualidade também depende da organização da escola. É função da
escola formar um cidadão, assegurando a este o acesso e a apropriação do
conhecimento sistematizado, mediante a instauração de um ambiente propicio às
aprendizagens significativas, com práticas de convivência democrática.
Para favorecer essa formação, o projeto político pedagógico do Colégio
Estadual São João constitui um norte orientador das atividades curriculares e da
organização e utilização dos espaços educativos, que se expressa nas práticas
cotidianas traduzindo os compromissos institucionais relativos aos direitos de
todos, sem distinção de qualquer natureza ao acesso à educação escolar pública
e de qualidade.
O colégio organizouse de forma adequada, visto que nossas estruturas
físicas possuem uma excelente estrutura, adequadas aos novos padrões
dispostos em lei, atendendo aos portadores de necessidades especiais, como
segue em tabela abaixo:
Espaços Físicos Nº de salas Condições de uso NecessidadesSalas de aula 07 boa Pequenos reparosSecretaria 01 boa Não háSala da direção 01 boa Não háSala Pedagogas 02 boa Não háSala dos profº 01 boa Não háAlmoxarifado 01 boa Pequenos reparosWC Professores 02 boa Pequenos reparosWC feminino 02 boa Pequenos reparosWC Masculino 02 boa Pequenos reparosWC deficientes 01 boa Pequenos reparosSala de vídeo 01 boa Não háBiblioteca 01 boa Não háSala de Mutiuso 01 boa Pequenos reparosSala de Informática 01 boa Não háLaboratório 01 boa Não há
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Cozinha 01 boa Pequenos reparosRefeitório 01 boa Pequenos reparosElevador 01 boa Não háQuadra esportiva 01 razoável Cobertura/ampliação
Pintura e reparos
Nestas instalações são utilizadas carteiras, cadeiras, quadros, murais,
aparelhos eletrônicos, acervo bibliográfico e didático em bom estado, tudo
visando oportunizar a aprendizagem dos nossos educandos.
6.8 Critérios para organização de turmas e distribuição por
professor, em razão de especificidades.
Seguindo as determinações a SEED as turmas do ano letivo de 2009
foram organizadas conforme tabela abaixo:
SÉRIE Nº DE TURMAS TURNO Nº DE ALUNOS5º 02 T 666º 03 M/T/N 677º 03 M/T/N 478º 02 M/N 481º E.M 02 M/N 562º E.M 02 M/N 223º E. M 02 M/N 19TOTAL 16 M/T/N 325
Fonte: Secretaria do Colégio Estadual São João
Legenda: M manhã T – Tarde N – Noite
A organização das turmas referentes a disciplinas e professores segue
determinações da SEED, cumprindo carga horária estabelecida de forma
presencial. Também são ofertadas Salas de Apoio em Português e Matemática e
Sala de Recurso em contraturno, o projeto Segundo Tempo,Vivaescola e Celem.
6.9.Diretrizes para avaliação de desempenho do pessoal docente; do
currículo. Das atividades extracurriculares e do projeto político pedagógico
A avaliação dos docentes que atuam no Colégio Estadual São João
acontece mediante avaliação realizada semestralmente em formulário pelo plano
45
de carreira enviada pela SEED que avalia a Participação, Produtividade,
Pontualidade e a Assiduidade. Essa avaliação é realizada com a presença do
professor e da equipe pedagógica, sendo observado o desempenho e a postura
do professor em sala de aula, nas atividades extraclasse e no cumprimento ao
regimento escolar bem como em decisões do colegiado.
Os demais funcionários também são avaliados semestralmente pelos
alunos e colegas do Colégio, quanto ao seu desempenho: qualidade do trabalho,
relacionamento, responsabilidade e comprimento das atividades. Nessas
avaliações é possível fazer sugestões de mudança.
6.9.1 Avaliação Institucional
A avaliação Institucional é entendida como um processo da Instituição
escolar em sua totalidade, favorecendo assim seu autoconhecimento na gestão
democrática, projeto político pedagógico, identidade, missão e objetivos da escola
para a melhoria do ensino em todos os aspectos.
Oportunizando a escola como espaço de produção e socialização do
conhecimento e das relações.
Conforme diz (LIBANEO 2004 p.235) A avaliação diz respeito a um
conjunto de ações voltadas para o estudo sistemático de um fenômeno, uma
situação, um processo, um evento, uma pessoa tentando emitir um juízo de valor.
Nesse aspecto, a avaliação propõe a coleta de informações, tendo diversos e
diferentes meios de verificação dos aspectos avaliados para, com base nos juízos
de valor, tomar decisões.
Também é entendido como um processo continuo de aperfeiçoamento e
melhorias que devem ser utilizados para proporcionar um diagnóstico critico do
desempenho como instituição de ensino e como membro ativo da sociedade
democrática. Segundo (GADOTTI) Não se constitui numa prática constante. Ela é
algo a ser instituído num instante onde não se existe cultura de avaliação.
46
A avaliação deve servir como ferramenta de gestão para direcionar as
práticas educativas na escola, buscando reflexões sobre a efetiva consolidação
da identidade da escola.
A escola que passa por um processo avaliativo sério e participativo
descobre sua identidade e acompanha sua dinâmica. Muita coisa aprendese com
esse processo. Mas o que fica de importante é a vivencia de uma caminhada
reflexiva, democrática e formativa. Todos crescem. Os dados coletados mudam,
mas vivencia marca a vida das pessoas e renova esperanças e compromissos
com um trabalho qualitativo e satisfatório para a comunidade escolar e para a
sociedade. Avaliação Institucional é, portanto, um processo complexo e não há ,
pronto para o consumo, um modelo ideal e único para as escolas, ela precisa ser
construída. É o desafio de uma longa caminhada possível e necessária.
(FERNANDES, 2002 p.140)
6.9.2Avaliação da Proposta Curricular
Nos anos letivos de 2008 e 2009 o corpo docente do Colégio Estadual
São João realizou leitura das Diretrizes Curriculares Estaduais, adequandoas aos
conteúdos necessários a realidade educacional de nossa comunidade escolar.
6.9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico
O processo de Avaliação do projeto Político Pedagógico ocorrerá de
forma coletiva com a comunidade escolar, onde serão realizadas leituras,
avaliação, reavaliação e quando necessário ajuste no mesmo adequandoo a
realidade de nosso colégio e as novas instruções enviadas pela SEED/MEC.
6.10 Intenção de acompanhamento aos Egressos
A escola, deverá sempre representar um espaço democrático e
emancipatório por excelência, constituindose juntamente com a família, em
extraordinária agencia de socialização do ser humano, destinada aos propósitos
de formação, valorização e respeito ao semelhante.47
A permanência do aluno no Colégio e aprendizagem não depende
somente da escola, mas envolve ações da família e da comunidade onde vivem
por isso faz se necessário constante mobilizações para a permanência dos
mesmos no ambiente escolar.
O colégio São João recebe seus alunos egressos seguindo deliberação nº
09/01 – CEE, seguido medidas administrativas contidas no artigo 23 da mesma.
6.11 Práticas Avaliativas – Sistema de avaliação formativa
Prática emancipadora com função diagnóstica permanente e continua, é
um meio de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para a intervenção, reformulação desta prática e dos processos de
aprendizagem (formativa). Pressupõe tomada de decisão, o aluno toma
conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organizase para as
mudanças necessárias.
Segundo (LUCKESI, p.32,1997) a avaliação educacional deverá
manifestarse como um mecanismo de diagnostico da situação, tendo em vista o
avanço e o crescimento e não a estagnação disciplinadora.
A avaliação é parte integrante e fundamental do processo educacional.
Por meio dela, o professor/educador diagnostica a aprendizagem dos alunos e
obtém indícios para refletir e melhorar sua própria pratica pedagógica, a auto
avaliação.
A ação educativa visa modificações, promove um julgamento nos sujeitos
nela envolvidos, processando um juízo de dificuldades ou qualidades, que irá
intervir na aprendizagem. Desta ação de aprender, devemos articular provocar,
adequar estratégias para tais modificações. Numa concepção de educação
democrática, emancipatório e formativa voltada para o sucesso da aprendizagem
e inclusão de princípios com o comprometimento social, segundo (PERRENOUD,
1999, p.10).
Nada se transforma de um dia para o outro no mundo escolar, porque a
inércia é por demais forte, nas estruturas, nos textos e, sobretudo nas mentes,
para que uma nova idéia possa se impor rapidamente, no entanto, lentamente a
escola muda. A maioria dos sistemas declara agora favorecer uma pedagogia
48
diferenciada e uma maior individualização das trajetórias de formação: também a
avaliação evoluiu... Todavia nada está pronto!
A avaliação do aproveitamento escolar será feita pela observação
continua e constante do educando pelo seu desempenho em produções orais e
escritas, trabalhos coletivos e individuais, pesquisa cientifica, de campo,
atividades extraclasse, com formas de modalidades que se mostrarem
necessárias, aconselháveis e possíveis no cotidiano.
O grande desafio do ensinoaprendizagem relacionase com a
possibilidade de aperfeiçoamento do processo, obtendo uma função diagnostica
permanente e continua.
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo
qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir valor,
dando possibilidades ao professor para tomar decisões quanto ao
aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.
A avaliação também deve permitir a reformulação do currículo com a
adequação dos conteúdos e métodos de ensino, possibilidades de novas
alternativas para o planejamento do estabelecimento de ensino e do sistema de
ensino como um todo.
Como a avaliação escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno
em diferentes experiências de aprendizagem é vedada apenas uma oportunidade
de avaliação sendo no mínimo três avaliações no bimestre conforme regimento
escolar. Seguindo estas a formula da média aritmética adotada pelo colégio:
Avaliação + Avaliação + Avaliação: três= média final, podendo estas avaliações
ser desenvolvidas com diferentes metodologias e aplicações.
Cabe ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de
avaliação de série, sendo resultado das avaliações traduzidas em notas de 0,0 a
10,0. As notas atribuídas bimestralmente bem como as notas das recuperações
paralelas, serão registradas no diário de Classe e na secretaria, para fins de
apuração no final do rendimento escolar do aluno.
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ADENDO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO
O Colégio Estadual São João inclui o Estágio nãoobrigatório como
atividade não complementar obrigatório, opcional ao estudante, conforme Lei nº
11788/08.
O Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, que visa a
preparação para o trabalho produtivo de educandos.
O Estágio pode e deve permitir ao estágiarios que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas, para a escola e vice
versa, relacionadoas aos conhecimentos universais necessários para
compreendêlas a partir das relações de trabalho.
O estágio será acompanhado e comprovado via relatórios das atividades.
A presença e o bom rendimento escolar será requisito para o desenvolvimento do
estágio.
Cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágios desenvolvidas
pelo aluno, ainda que não via presencial para que este possa mediar a natureza
do estágio e as contribuições do aluno estagiário com plano de trabalho docente,
de forma que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se
compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica,
política, cultural e socialmente.
Cabe ao pedagogo, manter os professores das turmas cujos alunos a
desenvolver atividades de estágio informandoos sobre as atividades
desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação prática.
50
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