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Pronomes relativos

• São aqueles que retomam um substantivo (ou um pronome) anterior a eles, substituindo-o no início da oração seguinte.

Exemplo: O jogo será no domingo. O jogo decidirá o campeonato.

• Reunindo as duas orações em um só período composto, temos:

O jogo que decidirá o campeonato será no domingo.

• Observe que, nesse exemplo, a segunda oração se intercala na primeira, pois o pronome sempre tem que ficar próximo do seu antecedente.

Para que saber?

Conhecer o papel desempenhados pelos relativos é importante porque:

1. Esses pronomes exercem um papel fundamental nas

relações de vínculo e coesão entre as partes da frase.

2. Sua identificação na estrutura da frase é um pré-requisito para o estudo das orações subordinadas

adjetivas.

Quais são os pronomes relativos?

• Variáveis

• o/a qual; os/as quais

• Cujo(s); cuja(s)

• Quanto(s); quanta(s)

• Invariáveis

• Que

• Quem

• Onde / aonde

Características e empregos dos pronomes relativos

A dupla função dos pronomes relativos Os relativos caracterizam-se pelo duplo papel que, simultaneamente, desempenham na estrutura da frase: • Substituem um termo antecedente (nome ou pronome); • Iniciam sempre uma nova oração •Vocês, que sempre nos criticaram, agora pedem nosso apoio 2ª oração

1ª oração

Pronome relativo precedido de preposição

Em certos casos, é necessário introduzir uma preposição antes do pronome relativo. A preposição a ser empregada é, geralmente, exigida por um verbo ou por um nome presente na oração iniciada pelo relativo. Veja nestas frases: Não é este o lugar a que eles se referem? A = preposição Que= pronome relativo Referem= verbo (A preposição a é exigida pelo verbo: referir-se a alguma coisa)

Relativo que Quanto a esse pronome, deve-se observar o seguinte: a) Pode ser empregado para retomar palavra que designa pessoa ou coisa e é substituível

por o qual, a qual, os quais,aos quais. Conheço a cidade que você visitou ontem (Observe – Conheço a cidade a qual você visitou ontem .

b) Pode ser empregado nos casos em que não há exigência de preposição (como no

exemplo anterior), ou depois de preposição de uma única sílaba (a, com, de, em, por etc)

É muito valiosa a amizade das pessoas em que confiamos Se a preposição tiver mais de uma sílaba (perante, sobre etc), o relativo “que” deve ser

substituído por “o/a qual”, “os/as quais” A notícia segundo a qual ele havia viajado é falsa c) O relativo “que” pode ter como antecedente (termo retomado) os pronomes

demonstrativos o, a, os, as. Veja estes exemplos. Dentre as propostas, escolhi as que mais interessavam à escola. Quando está nervoso , ninguém entende o que ele fala.

(pronome demonstrativo “as”= aquela/ “o”= aquilo)

Relativo quem

Só pode ser empregado quando o antecedente nomeia uma pessoa (ou um ser personificado) Exemplos: • Estes são os atletas a quem entregaremos os prêmios. • Desejo esclarecer que não foi ela quem nos prejudicou. • O jaguar, a quem alguns povos andinos temiam, era considerado um deus.

Relativo cujo(s), cuja(s)

Esse pronome sempre estabelece uma relação de posse e é empregado entre dois substantivos. Exemplos: Serão atendidas as pessoas cujos nomes constem na lista. substantivo substantivo Pessoas cujos nomes = nomes das pessoas – idéia de posse Função sintática desse relativo: Adjunto adnominal

Pronome onde / aonde

Essas duas formas de pronomes relativos só podem ser empregadas para indicar lugar e têm usos diferentes, tendo a função de adjunto adverbial. Veja: Onde indica “lugar em que”. Exemplos: Visitarei a cidade onde nasci. (lugar fixo = em que) Aonde indica “lugar a que”. Exemplo: Conheço a cidade aonde você irá. (lugar em movimento = a que)

Relativo quanto(s) / quanta(s)

A palavra quanto (e suas variações) funciona como relativo quando é empregada depois dos indefinidos tudo, todo(s), toda(s), tanto(s), tanta(s). Você fará os exercícios tantas vezes quantas forem necessárias. Ele já comprou tudo quanto precisará durante a viagem.

Pronomes relativos e coesão

1) Eu vi um homem. O homem era jovem.

O homem que eu vi era jovem.

Neste exemplo, o pronome relativo que funciona como objeto direto.

(Eu vi o homem)

O pronome que pode ainda funcionar como sujeito:

2) Eu estou vendo um filme. O filme é muito interessante.

Eu estou vendo um filme que é muito interessante.

(O filme é muito interessante)

Ou ainda como complemento antecedido pelas preposições a, de, em, com, por,

para:

3) A peça estréia hoje. Eu te falei da peça.

A peça de que te falei estréia hoje. (regência verbal)

4) Ele vem de uma cidade. A cidade fica no norte do país.

A cidade de onde ele vem fica no norte do país.

5) Este cinema é mantido pela fundação cultural. Nós vamos a este cinema.

Este cinema aonde vamos é mantido pela fundação cultural.

6) Este espaço pertence ao clube Porto Belo. Muitas atividades de lazer e

esportes realizam-se neste espaço.

Este espaço, onde se realizam muitas atividades de lazer e esportes, pertence

ao clube Porto Belo.

7) Ela estudou para o exame. O exame parece bastante difícil.

O exame para o qual ela estudou parece bastante difícil.

Os pronomes cujo(s) , cuja(s) também concordam em gênero e número com o

substantivo que substituem, podem ser precedidos por preposição e indicam

relações de posse.

8) O edifício fica logo ali. As paredes do edifício foram pichadas.

O edifício cujas paredes foram pichadas fica logo ali.

9) Sábado fez sol. Fomos ao litoral no sábado.

Sábado, quando fomos ao litoral, fez sol.

Como funciona como adjunto adverbial de modo, de maneira.

10) O modo como a reunião foi conduzida deixou todos os participantes

tranqüilos.

Pronomes relativos: ordem na frase e sentido Ordem dos termos e uso do pronome relativo

Por Thaís Nicoleti

"'CQC' 2010 resgata TV doada para escola que foi desviada“

O título que encabeça matéria jornalística sobre o programa de TV "CQC" bem ilustra as

possibilidades de ambiguidade que a ordem dos termos em português, por vezes, ocasiona.

A equipe do referido programa televisivo doou a uma escola pública uma televisão, que foi desviada

por um dirigente da instituição. Como o aparelho continha um GPS, foi possível localizá-lo. A frase

que se lê no título, entretanto, permite entender que a escola foi desviada - por mais que o contexto

se encarregue de pôr as ideias no lugar, o ideal, ao redigir, é procurar a ordem que favoreça a leitura

unívoca do texto.

Às vezes, pode parecer difícil, mas sempre há um modo de fazer isso. No caso do período

destacado, em que a um só elemento ("TV") se prendem duas orações adjetivas (a primeira, "doada

para escola", está reduzida de particípio e a segunda, "que foi desviada", apresenta o pronome

relativo), a solução gramatical é usar o pronome relativo uma só vez (imediatamente depois do

termo a que se refere) e, com o auxílio de duas vírgulas bem colocadas, intercalar a outra oração.

Outras formulações seriam possíveis para evitar esse tipo de defeito de construção sintática.

Abaixo, a reformulação com base no princípio gramatical:

"CQC" 2010 resgata TV, que, doada para escola, foi desviada

Outra sugestão, sem pronome relativo (com orações reduzidas de particípio):

"CQC" 2010 resgata TV com GPS doada a escola e desviada (a ausência do artigo antes de "escola" indica tratar-se de uma escola ainda não mencionada - é a

estrutura normalmente empregada nos títulos jornalísticos.