Post on 21-Jan-2018
Palavra de Vida
«Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus.
(Ap 21, 3)
Maio de 2016
Desde as primeiras páginas da Bíblia nós o vemos na atitude de descer do Céu, passear pelo jardim e entreter-se com
Adão e Eva.
O livro do Apocalipse, que sonda o projeto de Deus na história, nos dá a certeza de que esse desejo de Deus será
realizado em sua plenitude.
E agora que Jesus ressuscitou, a sua presença não está mais limitada a um lugar ou a um tempo, mas se dilatou sobre o
mundo inteiro.
Com Jesus iniciou a construção de uma nova comunidade humana muito original: um povo composto por muitos povos.
Deus quer morar não somente na minha alma, na minha família, no meu povo, mas entre todos os povos chamados a
formarem um só povo.
Além do mais, a atual mobilidade humana está mudando o próprio conceito de povo. Em muitos países o povo já é composto por
muitos povos.
Olhamo-nos muitas vezes com desconfiança, suspeita, medo. Ficamos fazendo guerra uns contra os outros.
Não quer morar com um povo – “o nosso, naturalmente”, é o que se pensa logo – e abandonar os outros povos. Para Ele somos todos filhos e filhas
Dele, somos uma única família.
Vamos então exercitar-nos, orientados pela Palavra de Vida deste mês, em valorizar a diversidade, em respeitar o outro,
em olhá-lo como uma pessoa que me pertence: eu me identifico com o outro, o outro se identifica comigo; o outro vive em mim,
eu vivo no outro.
Começando pelas pessoas com as quais vivo todo dia. Desse modo podemos abrir espaço para a presença de Deus entre
nós. Será Ele que irá compor a unidade, que vai salvaguardar a identidade de cada povo, criar uma nova
socialidade.
“Se um dia os homens, não como indivíduos, mas como povos [...] souberem pospor-se a si mesmos, a ideia que têm de
suas pátrias, [...] se fizerem isto pelo amor recíproco entre os Estados, que Deus exige, como exige o amor
mútuo entre irmãos, aquele dia será o início de um tempo novo, porque naquele dia [...] Jesus estará vivo e presente
entre os povos [...].
Estes são os tempos em que cada povo deve ultrapassar os próprios confins e olhar além. Chegou o momento em que a pátria do outro deve ser amada como a própria, em que o
nosso olhar deve adquirir uma nova pureza.
Não basta o desapego de nós mesmos para sermos cristãos. Hoje os tempos exigem algo mais do seguidor de Cristo, uma
consciência social do cristianismo [...].
[...] Nós esperamos que o Senhor tenha piedade deste mundo dividido e disperso, destes povos trancados na
própria casca a contemplar a própria beleza – para eles sem igual – limitada e insatisfatória, a defender com
dentes cerrados os próprios tesouros
– a resguardar até aqueles bens que poderiam servir a outros povos nos quais se morre de fome – e faça cair as barreiras e jorrar em fluxo ininterrupto a caridade entre terra e terra,
torrente de bens espirituais e materiais.
Esperamos que o Senhor componha uma ordem nova no mundo, Ele, o único capaz de fazer da humanidade uma família e de preservar as distinções entre os povos para que, no esplendor de cada um, posto a serviço do outro, reluza a única luz de vida que, embelezando a pátria terrena, faz dela a antessala da Pátria eterna.”
Texto de Padre Fabio Ciardi OMIGráfica Anna Lollo em colaboração com padre Placido D’Omina (Sicília, Itália)
• * * O Comentário sobre a Palavra de Vida é traduzido todos os meses
• em 96 línguas e idiomas, e chega a vários milhões de pessoas no mundo• através da imprensa, rádio TV e pela internet.
Para maiores informações www.focolare.org •
Este PPS, em várias línguas, é publicado em www.santuariosancalogero.org
«Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será
seu Deus». (Ap 21, 3)