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“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.”
Charles Chaplin
1.0 – INTRODUÇÃO
1.1 – TEMA
O tema desenvolvido pelo grupo foi a Qualidade de Vida de Estudantes do Ensino
Médio investigada por meio da versão brasileira do questionário genérico PedsQl™.
1.2 – POR DENTRO DO TEMA
A investigação da Qualidade de Vida – QV – de determinados grupos vem crescendo
em importância como medida de avaliação de resultados de tratamentos na área da saúde. A
terminologia definida pela Organização Mundial da Saúde – OMS – inclui desde fatores
relacionados à saúde como bem-estar físico, funcional, emocional e mental, até elementos
importantes da vida das pessoas como trabalho, família, amigos e outras circunstâncias do
cotidiano. Conforme sugere a própria OMS (1998) a QV reflete “a percepção do indivíduo de
sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em
relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Apesar dessa definição, podem-se utilizar estes termos em duas vertentes: na
linguagem cotidiana, por pessoas da população em geral, jornalistas, políticos, profissionais
de diversas áreas e gestores ligados às políticas públicas; no contexto da pesquisa científica,
em diferentes campos do saber, como economia, sociologia, educação, medicina,
enfermagem, psicologia e demais especialidades da saúde (ROGERSON, 1995; SEIDL,
ZANNON, 2004).
2Na área da saúde, o interesse pelo conceito QV é relativamente recente e decorre, em
parte, dos novos paradigmas que têm influenciado as políticas e as práticas do setor nas
últimas décadas. Os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença são
multifatoriais e complexos. Assim, saúde e doença configuram processos relacionados aos
aspectos econômicos, socioculturais, à experiência pessoal e estilos de vida (SCHUTTINGA,
1995). Dessa maneira, informações sobre QV têm sido incluídas tanto como indicadores para
avaliação da eficácia, eficiência e impacto de determinados tratamentos para grupos de
portadores de agravos diversos, quanto na comparação entre procedimentos para o controle de
problemas de saúde (KAPLAN, 1995).
No entanto, poucos estudos avaliam a QV de pessoas aparentemente saudáveis, como
é o caso de adolescentes. Os estudos com crianças e adolescentes buscam, comumente, a do-
ença instalada (CALAZANS, LUSTOZA, 2008). Esta é uma das dificuldades encontradas ao
se discutir o tema, pois, como as crianças e os adolescentes são vistos como saudáveis, pouco
se investiga sobre sua QV (WAISELFISZ, 2007; BARROS et al., 2008); a maioria dos
instrumentos existentes não foram validados para esta população e sua aplicabilidade, a priori,
é dirigida a pessoas com mais de 18 anos (BENINCASA, CUSTODIO, 2010).
Assim, ao se reportar a esta faixa etária – adolescentes – não se pode deixar de levar
em consideração o principal local onde podem ser abordados, que é a escola. A escola é uma
Instituição essencialmente promotora da educação em saúde e por meio dela as pessoas
adquirem um maior controle sobre sua própria QV. Por meio de hábitos saudáveis, não só os
indivíduos, mas também suas famílias e comunidades, se apoderam de um bem, um direito e
um recurso aplicável à vida cotidiana. Assim, a OMS (2010) define que uma das melhores
formas de promover a saúde é na escola, por se tratar de um espaço social onde muitas
pessoas convivem, aprendem e trabalham, onde os estudantes e os professores passam a maior
parte de seu tempo. Além disso, é na escola que os programas de educação e saúde podem ter
a maior repercussão, beneficiando os alunos na infância e na adolescência.
Para pequenos grupos os instrumentos para avaliação da QV, normalmente, são
traduções que apresentam falhas ao serem aplicados em culturas diferentes e, por esta razão,
há a necessidade de validá-los novamente, como sugere a OMS. Os instrumentos variam de
acordo com a abordagem e objetivos do estudo, mas vem, no decorrer dos anos, passando por
um processo de padronização.
Para a investigação da QV relacionada à saúde de crianças e adolescentes foi
desenvolvido o questionário Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM 4.0) (VARNI et
al., 1998; VARNI et al., 2003), integrando os méritos relativos das abordagens genéricas e
3daquelas concentradas em doenças específicas (KLATCHOIAN et al., 2008). A autorização
do uso do instrumento para fins acadêmicos e não lucrativos foi concedida pelo Instituto Mapi
de Pesquisas (Mapi Research Institute).
O PedsQL 4.0TM foi idealizado para medida de pontuação das dimensões de saúde
física, mental e social, como delineadas pela Organização Mundial da Saúde, levando-se em
consideração também o papel da função escolar (VARNI et al, 1998).
Dependendo do estilo de vida da pessoa, esta pode afetar a saúde por meio do impacto
no sistema biológico, fisiológico, imunológico e anatômico, podendo ter impacto também em
aspectos importantes da qualidade de vida, tais como a saúde física, bem-estar emocional, e
funcionamento psicossocial (VARNI et al., 2006; VISSERS et al., 2004; LOFRANO-PRADO
et al., 2009; KUNKEL et al., 2009).
Publicações sobre novos instrumentos de avaliação específicos para populações ou
pessoas acometidas por quadros patológicos específicos são crescentes na literatura
especializada. É de se esperar que a discussão sobre QV tenda a incorporar pressões políticas
da sociedade contemporânea em geral.
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2.0 – JUSTIFICATIVA
Ao escolher esse tema, buscava-se um assunto que estivesse próximo da realidade escolar
e dos adolescentes de maneira geral. O tema QV é muito comentado no meio acadêmico e
científico, bem como difundido em meios de comunicação, uma vez que se veem,
constantemente, assuntos referentes a tal questão. No entanto, pouco se sabia do que se tratava
a tão comentada “Qualidade de Vida”, ainda mais entre os jovens. Assim, a fim de aprimorar
os conhecimentos e, ao mesmo tempo, investigar como se encontra a QV dos jovens, realizou-
se este trabalho, também com a finalidade de pesquisar a própria QV do grupo envolvido com
base em parâmetros globais.
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3.0 – OBJETIVOS
3.1 – GERAIS
Os objetivos consistem basicamente na investigação da QV de estudantes do Ensino
Médio (1º e 2º ano) de escolas particulares e públicas dos municípios de Bauru – SP, Bariri –
SP e Ubirajara – SP, por meio da aplicação da versão brasileira do questionário genérico
Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM 4.0).
63.2 – ESPECÍFICOS
- Calcular, a partir do questionário, os escores dos quatro domínios de QV;
- Descrever os dados sócio-demográficos e QV;
- Comparar os escores de QV entre os estudantes.
4.0 – POPULAÇÃO
Estudantes da faixa etária de 14 a 16 anos das cidades de Bauru, Bariri e Ubirajara,
municípios pertencentes ao Estado de São Paulo. A cidade de Bauru tem, aproximadamente,
350 mil habitantes (346.076 pessoas); Bariri, por volta de 33 mil (33.267) e Ubirajara, cerca
de 4 mil habitantes (4.156 pessoas).
4.1 – AMOSTRA
Ao todo, foram entrevistados 219 estudantes sendo:
7- 131 de Bauru;
- 33 de Bariri;
- 55 de Ubirajara.
Quanto à separação por ano, os estudantes foram divididos em:
- 184 alunos do 1º ano do Ensino Médio, dos quais:
54 estudam na Escola Novo Anglo Bauru – Ensino Particular;
21 estudam na Escola Dr. Francisco de P. Abreu Sodré – Ensino Público;
32 estudam na COEBA (Cooperativa Educacional de Bariri) – Ensino Público;
31 estudam no Colégio Técnico Industrial “Prof. Issac Portal Roldán” – Ensino
Público;
46 estudam no Prevê Objetivo de Bauru – Ensino Particular.
- 35 alunos do 2º ano do Ensino Médio, dos quais:
34 estudam na Escola Dr. Francisco de P. Abreu Sodré – Ensino Público;
1 estuda na COEBA (Cooperativa Educacional de Bariri) – Ensino Público.
4.2 – ESCOLAS ENVOLVIDAS – IMAGENS
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COEBA (Cooperativa
Educacional de Bariri) –
Ensino Particular
Colégio Técnico Industrial
“Prof. Issac Portal Roldán”
– Ensino Público
Novo Anglo Bauru – Ensino Particular
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Prevê Objetivo de Bauru
– Ensino Particular
Dr. Francisco de P.
Abreu Sodré – Ensino
Público
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5.0 – BLOG
Para relatar o desenvolvimento do trabalho, bem como o progresso do mesmo e
permitir que ele estivesse disponível para os usuários em ambiente virtual (Internet) criou-se
um Blog, chamado Vida Jovem CTI. Este recurso deu-se também devido ao grupo ser do
curso de Informática, o que permitiu explorar os recursos ligados à Tecnologia da Informação
(TI). O recurso on-line foi atualizado semanalmente, conforme os avanços do trabalho, e
também com informações aprendidas nas aulas de Laboratório de Informática Aplicada (como
a manipulação do Microsoft Excel). O Blog foi uma ferramenta importante de aprendizagem
sobre o assunto, para a equipe, assim como para os adolescentes que visitavam o espaço, uma
vez que a Internet é o principal instrumento para a comunicação e difusão de conhecimentos.
O link de acesso é: http://www.vidajovemcti.blogspot.com.br/.
Página principal do Blog.
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6.0 – QUESTIONÁRIOS
QUESTIONÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO SOCIO – DEMOGRÁFICA
Ano escolar do Ensino Médio: ______
Data Nascimento _____/_____/_______
1. Gêneroa Femininob Masculino
2. Qual a sua raça ou cor? a Brancab Pretac Parda/mulato (a)d Amarela e Indígena f Outros
3. Você trabalha?a Simb Não
4. Qual o seu cargo ou função na empresa?________________________________________
QUESTIONÁRIO GENÉRICO PEDIATRIC QUALITY OF LIFE INVENTORYTM
(PEDSQLTM 4.0).
RELATO DO/A ADOLESCENTE (15 A 18 ANOS)
INSTRUÇÕESA próxima página contém uma lista de situações com as quais você pode ter dificuldadePor favor, conte-nos se você tem tido dificuldade com cada uma dessas situações durante o ÚLTIMO MÊS, fazendo um “X” no número:
0 se você nunca tem dificuldade com ela1 se você quase nunca tem dificuldade com ela
2 se você algumas vezes tem dificuldade com ela3 se você muitas vezes tem dificuldade com ela4 se você quase sempre tem dificuldade com ela
Não existem respostas certas ou erradasCaso você não entenda alguma pergunta, por favor, peça ajuda.
12Durante o ÚLTIMO MÊS, você tem tido dificuldade com cada uma das situações abaixo?
Sobre minha saúde e minhas atividades
(dificuldade para...)Nunca
Quase Nunca
Algumas vezes
Muitas vezes
Quase sempre
1. Pra mim é difícil andar um quarteirão
0 1 2 3 4
2. Pra mim é difícil correr 0 1 2 3 43. Pra mim é difícil praticar esportes ou fazer exercícios físicos
0 1 2 3 4
4. Pra mim é difícil levantar coisas pesadas
0 1 2 3 4
5. Pra mim é difícil tomar banho sozinho/a
0 1 2 3 4
6. Pra mim é difícil ajudar nas tarefas domésticas
0 1 2 3 4
7. Eu sinto dor 0 1 2 3 48. Eu tenho pouca energia ou disposição
0 1 2 3 4
Sobre meus sentimentos (dificuldade para...)
NuncaQuase Nunca
Algumas vezes
Muitas vezes
Quase sempre
1. Eu sinto medo 0 1 2 3 42. Eu me sinto triste 0 1 2 3 43. Eu sinto raiva 0 1 2 3 44. Eu durmo mal 0 1 2 3 45. Eu me preocupo com o que vai acontecer comigo
0 1 2 3 4
Como eu convivo com outras pessoas (dificuldade
para...)Nunca
Quase Nunca
Algumas vezes
Muitas vezes
Quase sempre
1. Eu tenho dificuldades para conviver com outros/ outras adolescentes
0 1 2 3 4
2. Os outros/ as outras adolescentes não querem ser meus amigos/ minhas amigas
0 1 2 3 4
3. Os outros/ as outras adolescentes implicam comigo
0 1 2 3 4
4. Eu não consigo fazer coisas que outros/ outras adolescentes da minha idade fazem
0 1 2 3 4
5. Para mim é difícil acompanhar os/as adolescentes da minha idade
0 1 2 3 4
13Sobre a escola (dificuldade
para...)Nunca
Quase Nunca
Algumas vezes
Muitas vezes
Quase sempre
1. É difícil prestar atenção na aula
0 1 2 3 4
2. Eu esqueço as coisas 0 1 2 3 43. Eu tenho dificuldade para acompanhar a minha turma nas tarefas escolares
0 1 2 3 4
4. Eu falto à aula por não estar me sentindo bem
0 1 2 3 4
5. Eu falto à aula para ir ao médico ou ao hospital
0 1 2 3 4
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7.0 – QUESTIONÁRIO PEDIATRIC QUALITY OF LIFE INVENTORY™
A coleta de dados foi realizada nas salas de aula, onde os alunos responderam
primeiramente ao questionário de caracterização sócio-demográfica e, em seguida, à versão
brasileira do questionário genérico Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM 4.0). É
um questionário que inclui auto-avaliação para crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos e os
escores são calculados baseados em quatro escalas: física, emocional, social e escolar, além
de dois domínios amplos (físico e funcionamento psicossocial). A escala de pontuação varia
de 0 a 100, com os escores de maiores pontuações representando melhor QV.
De acordo com o delineamento da OMS, este instrumento possui 23 itens de medida
genérica que avalia quatro domínios: físico (8 itens), emocional (5 itens), social (5 itens) e
escola (5 itens) (VARNI et al, 1998). O referido questionário foi validado para o uso no
Brasil. O Quadro 1 descreve os itens que compõe cada domínio.
Quadro 1 – Descrição dos itens que compõe os domínios do PedsQLTM 4.0
DOMÍNIO FÍSICO
Dificuldade relacionada a: andar mais de um quarteirãoDificuldade relacionada a: correrDificuldade relacionada a: praticar atividades esportivasDificuldade relacionada a: levantar pesoDificuldade relacionada a: tomar banho sozinhoDificuldade relacionada a: auxiliar nas tarefas de casaDorFalta de energia
DOMÍNIO EMOCIONAL
Sentimento de medoSentimento de tristeza ou depressãoSentimento de raivaDificuldades para dormirPreocupação consigo
DOMÍNIO SOCIAL
Problema ou dificuldade de convivência com outros adolescentesProblema ou dificuldade em fazer amizadeProblema de provocação por parte de outros adolescentesProblema em fazer coisas que os outros adolescentes fazemDificuldade em acompanhar adolescentes da mesma idade
DOMÍNIO ESCOLAR
Dificuldade relacionada à atençãoDificuldade de memorizaçãoDificuldade em acompanhar os trabalhos da classe2 itens sobre motivos de falta à escola
Fonte: Adaptado de KLATCHOIAN, D. A.; LEN, C. A.; TERRERI, M. T. R. A.; SILVA, M.; ITAMOTO, C.; CICONELLI, R. M.; VARNI, J. W.; HILÁRIO, M. O. E. Qualidade de vida de crianças e adolescentes de São Paulo: Confiabilidade e validade da versão brasileira do questionário genérico Pediatric Quality of Life InventoryTM versão 4.0 Generic Core Scales. J Pediatr (Rio J). 2008;84(4):308-315.
15A QV é computada por meio de análise psicométrica utilizando-se a Escala Likert de
respostas com cinco categorias: 0 = nunca um problema; 1 = quase nunca um problema; 2 =
algumas vezes um problema; 3 = muitas vezes um problema e 4 = sempre um problema. Os
itens são calculados e transformados linearmente para uma escala de 0 a 100 (0 = 100; 1 = 75;
2 = 50; 3 = 25; e 4 = 0). Para o cálculo do escore de cada domínio, realiza-se a soma dos itens
e divide-se pelo número de perguntas respondidas. Quanto maior o escore, melhor a QV
(VARNI et al., 2003).
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8.0 – ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
8.1 – TABELAS
A confecção das tabelas ocorreu a partir do cálculo das Médias, dos Desvios Padrão e
dos valores Máximos e Mínimos dos escores de cada domínio (Físico, Emocional, Social e
Escolar), sendo divididas de acordo com as Escolas envolvidas e sexo dos adolescentes que
responderam aos questionários. A partir das tabelas 1 a 5 geraram-se gráficos (figuras 1 a 5),
permitindo uma melhor visualização dos resultados. A partir da interpretação dos dados
dispostos nas tabelas e gráficos, desenvolveram-se as respectivas análises e conclusões.
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Tabela 1 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores do domínio Físico do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo
EscolaSexo
Feminino Masculino
Novo Anglo (Particular)(M = 21 /F = 33)
74,73 ± 11,77(43,75 – 90,63)
73,96 ± 24,11(28,13 – 100,00)
Prevê Objetivo (Particular)(M = 16 /F = 30)
83,20 ± 16,80(31,30 – 100,00)
92,2 ± 9,34(65,60 – 100,00)
CTI (Pública)(M = 12 /F = 19)
70,39 ± 18,79(21,88 – 93,75)
72,40 ± 17,72(43,75 – 93,75)
Abreu Sodré (Pública)(M = 10 /F = 11)
74,40 ± 19,81(40,60 – 96,90)
67,80 ± 20,50(28,1 – 96,9)
COEBA (Escola Pública)(M = 15 /F = 17)
77,21 ± 19,16(34,38 – 100,00)
71,46 ± 27,57(12,50 – 100,00)
Figura 1 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Físico do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo
18Tabela 2 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores do domínio Emocional do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo
EscolaSexo
Feminino Masculino
Novo Anglo (Particular)(M = 21 /F = 33)
55,91 ± 17,79(30,00 – 90,00)
56,67 ± 19,83(20,00 – 90,00)
Prevê Objetivo (Particular)(M = 16 /F = 30)
59,20 ± 15,10(30,00 – 90,00)
66,60 ± 14,90(45,00 – 95,00)
CTI (Pública)(M = 12 /F = 19)
46,84 ± 13,04(25,00 – 75,00)
45,83 ± 13,11(25,00 – 65,00)
Abreu Sodré (Pública)(M = 10 /F = 11)
61,40 ± 14,20(11,30 – 80,00)
60,00 ± 11,40(45,00 – 85,00)
COEBA (Escola Pública)(M = 15 /F = 17)
59,12 ± 17,52(40,00 – 100,00)
64,33 ± 18,89(35,00 – 100,00)
Figura 2 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Emocional do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo
19Tabela 3 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores do domínio Social do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo
EscolaSexo
Feminino Masculino
Novo Anglo (Particular)(M = 21 /F = 33)
83,64 ± 17,82(20,00 – 100,00)
79,29 ± 19,38(15,00 - 100,00)
Prevê Objetivo (Particular)(M = 16 /F = 30)
77,30 ± 25,60(5,00 – 100,00)
80,30 ± 24,60(20,00 – 100,00)
CTI (Pública)(M = 12 /F = 19)
72,63 ± 19,82(15,00 – 100,00)
68,33 ± 18,13(45,00 - 100,00)
Abreu Sodré (Pública)(M = 10 /F = 11)
80,45 ± 25,63(19,30 – 100,00)
76,50 ± 19,30(45,00 – 100,00)
COEBA (Escola Pública)(M = 15 /F = 17)
85,59 ± 12,98(65,00 – 100,00)
69,33 ± 29,51(20,00 – 100,00)
Figura 3 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Escolar do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo
20Tabela 4 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores do domínio Escolar do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo
EscolaSexo
Feminino Masculino
Novo Anglo (Particular)(M = 21 /F = 33)
71,67 ± 17,84(45,00 – 95,00)
73,81 ± 20,49(15,00 – 100,00)
Prevê Objetivo (Particular)(M = 16 /F = 30)
78,50 ± 12,70 (50,00 – 100,00)
71,30 ± 18,00 (45,00 – 100,00)
CTI (Pública)(M = 12 /F = 19)
70,26 ± 11,96(55,0 – 100,0)
63,33 ± 14,67 (45,0 – 95,0)
Abreu Sodré (Pública)(M = 10 /F = 11)
60,00 ± 21,20 (15,00 – 90,10)
52,50 ± 15,10 (35,00 – 80,00)
COEBA (Escola Pública)(M = 15 /F = 17)
75,29 ± 13,97(50,00 – 100,00)
65,67 ± 20,95(20,00 – 100,00)
Figura 4 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Escolar do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo
21Tabela 5 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores dos domínios Físico, Social, Emocional e Escolar do questionário PedsQL™ do 2º ano de acordo com o sexo, da escola pública Abreu Sodré
DomíniosSexo
Feminino (22) Masculino (12)
Físico73,60 ± 20,30
(12,50 – 93,75)73,20 ± 18,70
(40,60 – 96,90)
Social73,20 ± 18,70
(40,60 – 96,90)62,50 ± 9,89
(50,00 – 80,00)
Emocional58,18 ± 11,71
(40,00 – 85,00)60,00 ± 24,40
(15,00 – 100,00)
Escolar66,59 ± 14,26
(20,00 – 85,00)57,50 ± 13,10
(45,00 – 80,00)
Figura 5 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Escolar do questionário PedsQL™ do 2º ano de acordo com o sexo da escola pública Abreu Sodré
228.2 – DISCUSSÃO
Em relação ao domínio Físico, a Tabela 1 apresenta dados relativos aos alunos do 1º
Ano do Ensino Médio das escolas nas quais foram coletados os dados. A média dos escores
das alunas do Colégio Novo Anglo foi muito semelhante a dos alunos da mesma escola. O
desvio padrão dos alunos foi mais que o dobro do das alunas, sendo, respectivamente, 24,11 e
11,77. No lado Masculino percebemos que foi atingido o escore máximo (100,00), o que não
ocorreu no lado Feminino, dos estudantes do Colégio Novo Anglo.
No Colégio Prevê Objetivo, a média dos escores dos alunos (92,2) é maior que a das
alunas (83,20). No mesmo caso do Colégio Novo Anglo, a maior parte dos entrevistados
pertence ao sexo feminino (30) e 21 jovens do sexo masculino. O valor mínimo dos escores
dos alunos do sexo masculino foi de 65, 60, muito maior do que o do sexo feminino, o que
explica um desvio padrão menor por parte dos meninos (9,34), já as meninas apresentam um
desvio padrão de 16,80, bem superior ao dos alunos.
Os resultados dos jovens entrevistados no Colégio Técnico Industrial são muito
semelhantes. A média dos escores, o desvio padrão, os valores máximos e mínimos dos dois
sexos estão muito próximos; a maior diferença é observada no valor mínimo dos escores,
sendo que o das alunas foi de 21,88 e dos alunos foi de 43,75.
A Escola Abreu Sodré foi a que apresentou uma amostra mais homogênea, sendo 11
jovens do sexo feminino e 10 do masculino. As médias dos escores de QV dos alunos foi
relativamente menor do que o das alunas, sendo 67,80 para eles e 74,40 para elas. Os desvios
padrão foram bem próximos sendo, 19,81 para as alunas e 20,50 para os alunos. O valor
mínimo dos alunos do sexo masculino foi menor do que os do sexo feminino.
A amostra da Escola COEBA, de Bariri, também foi homogênea, sendo 15
entrevistados do sexo masculino e 17 do feminino. Entretanto, os resultados tiveram muitas
variações de um gênero para o outro. A média das alunas foi de 77,21, melhor que a dos
alunos (71, 46) e o desvio padrão deles foi maior que o delas, sendo, respectivamente, 27,57 e
19,16. Os valores mínimos dos escores também variaram, enquanto do lado masculino foi de
apenas 12,50, do lado feminino esse valor foi igual a 34,38. Em ambos os casos, valores
mínimos muito abaixo do que é considerado ideal. Embora aconteceram algumas diferenças,
este domínio revelou os maiores valores médios de escores para os sexos.
Já na Tabela 2 (referente ao domínio Emocional), observa-se que para jovens do
gênero masculino, a escola com maior média foi o Prevê Objetivo (particular), com 66,60,
23com valores variando de 45,00 a 95,00. Para o gênero oposto, têm-se os maiores escores na
escola Abreu Sodré (pública), com média 61,40, variando de 11,30 a 80,00. Os escores mais
baixos para este domínio foram do CTI com 45,83 para os alunos e 46,84 para as alunas. Tais
valores estão abaixo dos 50%, sendo considerados valores ruins de QV, merecendo uma
investigação por parte da Instituição. De maneira geral, os resultados deste domínio foram os
mais baixos dos 4 aspectos analisados.
Na tabela 3 – domínio Social – percebe-se que a maior média dos escores para o
gênero masculino, se encontram no Colégio Prevê Objetivo (particular), com media de 80,30,
tendo seus dados variando entre 20,00 a 100,00. Quanto ao feminino, a maior média se
encontra na escola COEBA (pública), com a média 89,59. Observa-se que nesta escola,
também se encontra a maior diferença entre as médias entre os sexos, sendo 69,33 para o
masculino. Embora os escores mais baixos para este domínio também tenham sido do CTI,
68,33 para os rapazes e 72,63 para as moças, não se constituem resultados preocupantes, uma
vez que estão bem próximos das respostas das outras escolas.
A tabela 4, que contem os resultados do domínio Escolar, demonstra que o Colégio
Novo Anglo, tem quase o dobro de entrevistados do sexo feminino em relação ao sexo
masculino, sendo 33 meninas e 16 meninos. As médias dos escores são parecidas, sendo que
do lado masculino temos uma média igual a 73,81 e do lado feminino temos uma média
equivalente a 71,67. O desvio padrão dos alunos foi igual a 20,49, sendo, portanto, maior que
o das alunas. O que chamou atenção foi que o valor mínimo de escore dos alunos do sexo
masculino entrevistados foi igual a 15, representando um valor extremamente baixo, já o
menor valor encontrado dos alunos do sexo feminino foi de 45. No Colégio Prevê Objetivo,
observa-se uma diferença maior nas médias, sendo a das alunas de 78,50 (muito boa)
enquanto dos alunos foi de 71,30. No CTI a média das meninas foi consideravelmente maior
que a dos meninos. Elas apresentaram uma média igual a 70,26 e eles 63,33. O desvio padrão
também variou de forma homogênea entre os dois gêneros, sendo 11,96 para elas e 14,67 para
eles.
A escola Abreu Sodré apresentou médias preocupantes, consideradas baixas. A média
das alunas foi maior que a dos alunos, porém mostrou-se baixa, a média dos escores foi igual
a 60 e a dos alunos foi ainda mais baixa, 52,20. O desvio padrão das alunas foi maior, 21,20 e
dos alunos foi de 15,10. O valor mínimo dos escores das alunas foi muito baixo – 15, 00.
Na Escola COEBA, percebeu-se que a média variou muito entre os gêneros. Para as
alunas foi de 75,29, enquanto para os alunos foi 65,67.
24Também foram entrevistados 34 alunos do 2º ano da Escola Abreu Sodré (de
Ubirajara). A tabela 5 engloba todos os domínios do questionário (Físico, Emocional, Social e
Escolar), podendo-se perceber que as médias dos domínios Físico, Social e Escolar são
maiores no gênero feminino. De maneira geral, todos os escores médios encontram-se muito
bons – acima de 57,50, embora haja valores mínimos bem baixos, que merecem ser
investigados individualmente.
Verifica-se, de maneira geral, que as meninas das escolas particulares apresentam os
melhores índices de QV. No entanto, a escola que apresentou os melhores resultados de QV,
para ambos os sexos, foi o Colégio Prevê Objetivo (particular). Em contrapartida, o Colégio
Técnico Industrial “Prof. Isaac Portal Roldán” apresentou os resultados mais baixos relativos
à QV, seguido diretamente da Escola Dr. Francisco Abreu Sodré, de Ubirajara.
Especificamente, do lado feminino, considerando as médias dos escores de todos os
domínios e de todas as escolas, vê-se que a COEBA (Cooperativa Educacional de Bariri)
apresentou a maior média relativa ao domínio Social (85,6). Já no âmbito masculino, o
Colégio Prevê Objetivo apresentou a maior média, dessa vez, no domínio Físico (92,2).
Todavia, extraindo a média dos escores de todos os domínios separados por gênero, de
cada escola, tem-se que as alunas entrevistadas com melhores índices de QV são pertencentes
ao Colégio Novo Anglo (74,5), seguido diretamente da COEBA, com 74,3. Quanto aos
meninos, a melhor escola foi o Prevê Objetivo (77,6), liderando disparadamente, sendo
seguido apenas pela Escola Novo Anglo (com 71,0).
Em relação aos domínios, quando comparados entre si, o Físico foi o que apresentou
os escores médios mais elevados em todas as escolas para ambos os sexos, podendo-se inferir
que, nesta fase de vida – adolescência – os jovens encontram-se em sua plenitude física, não
ocorrendo o mesmo com os outros domínios que englobam aspectos emocionais, tipicamente
alterados nesta faixa etária.
25
9.0 – GRÁFICOS
9.1 – IDADE
Esta questão tem como objetivo verificar qual a faixa etária dos entrevistados:
Tabela 6
INTERVALO (Xi)
FREQUÊNCIA (Fi)
FREQUÊNCIA RELATIVA
(Fri %)
FREQUÊNCIA ACUMULADA
(FAC)
FREQUÊNCIA ACUMULADA
(FACr%)
14|--15 42 19% 42 19%
15|--16 144 66% 186 85%
16|--17 33 15% 219 100%
TOTAL 219 100% - -
Tabela 6. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
Tabela 6.1 (Média, Moda, Mediana, Desvio Médio, Desvio Padrão, Idade Máxima, Idade Mínima, Amplitude, Número de classes, Comprimento de classe).
9.2 – ROL 14 14 15 15 15 16
MÉDIA 14,96 IDADE MAXIMA 16
MODA 15,00 IDADE MINIMA 14MEDIANA 15,00 AMPLITUDE 2
DESVIO MEDIO
0,37NÚMERO DE
CLASSE3
DESVIO PADRÃO
0,59COMPRIMENTO DE
CLASSE1
2614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 16
GRÁFICO – 6
27
ANÁLISE: Gráfico mostrando as faixas etárias pesquisadas. Elas variam de 14 a 17 anos,
havendo uma maior concentração de jovens na faixa de 15 a 16 anos.
9.2 – GÊNERO
28Esta questão tem como objetivo analisar a quantidade de homens e mulheres da
amostra.
TABELA – 7
Sexo Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Masculino 87 39,73% 87 39,73%Feminino 132 60,27% 219 100,00%
Total 219 100,00% - -Tabela 7. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência
acumulada percentual).
GRÁFICO – 7
ANÁLISE: Divisão de sexo dos entrevistados. Percebe-se a predominância de pessoas do
sexo feminino, caracterizando uma amostra pouco homogênea.
9.3 – RAÇA OU COR
29Esta questão tem como objetivo analisar a quantidade de pessoas que pertencem a uma
determinada etnia.
TABELA – 7
Cor/Raça Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Branca 169 77,17% 169 77,17%Preta 2 0,91% 171 78,08%
Parda/ mulato (a) 36 16,44% 207 94,52%Amarela 10 4,57% 217 99,09%Indígena 2 0,91% 219 100,00%
Total 219 100,00% - -Tabela 8. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência
acumulada percentual).
GRÁFICO – 8
ANÁLISE: Gráfico dos percentuais de raça/cor dos estudantes entrevistados. Há predomínio
de pessoas da etnia branca com baixa concentração de pessoas de pretas ou indígenas.
9.4 – VOCÊ TRABALHA?
30Esta questão tem como objetivo analisar a quantidade de adolescentes que trabalham
ou não.
TABELA – 9
Trabalha Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Sim 16 7,31% 16 7,31%Não 203 92,69% 219 100,00%Total 219 100,00% - -
Tabela 9. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 9
ANÁLISE: Devido à faixa etária da amostra, percebe-se que a maior parte dos jovens não
trabalha, principalmente por serem estudantes do ensino médio matutino.
9.5 – DOMÍNIO FÍSICO
31
Tal domínio compreende oito questões referentes aos aspectos físicos (Dificuldade
para andar um quarteirão, correr, praticar atividade física, levantar peso, tomar banho
sozinho/a, auxiliar nas tarefas domésticas, sentir dor e falta de energia ou disposição).
9.5.1 – DIFICULADADE PARA ANDAR UM QUARTEIRÃO
Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em andar um
quarteirão.
TABELA – 10
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%
Nunca 160 73,39% 160 73,39%
Quase nunca 25 11,47% 185 84,86%
Algumas vezes 14 6,42% 199 91,28%
Muitas vezes 7 3,21% 206 94,50%
Quase sempre 12 5,50% 218 100,00%
Total 218 100,00% - -Tabela 10. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência
acumulada percentual).
GRÁFICO – 10
ANÁLISE: A grande maioria dos entrevistados não tem dificuldade para percorrer a distância
de um quarteirão, o que já era esperado por serem jovens.
329.5.2 – DIFICULADADE PARA CORRER UM QUARTEIRÃO
Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em correr um
quarteirão.
TABELA – 11
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 100 45,66% 100 45,66%
Quase nunca 54 24,66% 154 70,32%Algumas vezes 45 20,55% 199 90,87%Muitas vezes 11 5,02% 210 95,89%Quase sempre 9 4,11% 219 100,00%
Total 219 100,00% - -Tabela 11. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência
acumulada percentual).
GRÁFICO – 11
ANÁLISE: Percebe-se um índice relativamente elevado de pessoas que afirmam não ter quase
nunca ou nunca (71%) dificuldade para praticar tal ação.
339.5.3 – DIFICULADADE PARA PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS
Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em praticar
exercícios físicos.
TABELA – 12
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%
Nunca 101 46,33% 101 46,33%
Quase nunca 51 23,39% 152 69,72%
Algumas vezes 37 16,97% 189 86,70%
Muitas vezes 14 6,42% 203 93,12%
Quase sempre 15 6,88% 218 100,00%
Total 218 100,00% - -Tabela 12. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência
acumulada percentual).
GRÁFICO – 12
ANÁLISE: Praticar exercícios físicos é essencial para se ter uma boa QV. Percebe-se que
poucas pessoas (14%) enfrentam alguma dificuldade para tais atos, mostrando que os
estudantes, de forma geral, apresentam pouca dificuldade para a prática esportiva.
349.5.4 – DIFICULADADE PARA LEVANTAR OBJETOS PESADOS
Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em levantar
objetos pesados.
TABELA – 13
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 70 31,96% 70 31,96%
Quase Nunca 73 33,33% 143 65,30%Algumas Vezes 56 25,57% 199 90,87%Quase Sempre 14 6,39% 213 97,26%
Sempre 6 2,74% 219 100,00%Total 219 100,00% - -
Tabela 13. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 13
ANÁLISE: Essa é uma atividade mais comum aos homens, e como a amostra possui, em sua
maioria, representantes do sexo feminino, esperava-se que elas enfrentassem maiores
dificuldades. Porém isso não foi observado, pois apenas 9% da amostra apresentaram grandes
dificuldades no que se diz respeito a levantar objetos pesados.
359.5.5 – DIFICULADADE PARA TOMAR BANHO SOZINHO
Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em tomar
banho sozinho.
TABELA – 14
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 185 88,94% 185 88,94%
Quase Nunca 3 1,44% 188 90,38%Algumas Vezes 1 0,48% 189 90,87%Quase Sempre 6 2,88% 195 93,75%
Sempre 13 6,25% 208 100,00%Total 208 100,00% - -
Tabela 14. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 14
ANÁLISE: Esperava-se que muitos dos entrevistados assinalassem que nunca enfrentam
dificuldades para tomar banho. Mas imagina-se que possa ter ocorrido uma má interpretação
da pergunta. No entanto, analisando-se os resultados, 89% não possui dificuldades em realizar
esta ação.
369.5.6 – DIFICULADADE PARA AJUDAR NAS TAREFAS DOMESTICAS
Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em ajudar nas
tarefas domésticas.
TABELA – 15
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 115 53,24% 115 53,24%
Quase Nunca 38 17,59% 153 70,83%Algumas Vezes 25 11,57% 178 82,41%Quase Sempre 15 6,94% 193 89,35%
Sempre 23 10,65% 216 100,00%Total 216 100,00% - -
Tabela 15. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 15
ANÁLISE: Essa é uma questão que pode ter gerado uma dupla interpretação, porque mesmo
sabendo que se trata do domínio físico, algumas pessoas podem ter interpretado como alguma
dificuldade de falta de tempo para realizar tais atividades. Entretanto, pode-se afirmar que
poucas pessoas sentem dificuldade em realizar tarefas domésticas.
379.5.7 – SINTO DOR
Esta questão tem a finalidade de analisar se os adolescentes sentem dores frequentes.
TABELA – 16
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 44 20,28% 44 20,28%
Quase Nunca 92 42,40% 136 62,67%Algumas Vezes 57 26,27% 193 88,94%Quase Sempre 16 7,37% 209 96,31%
Sempre 8 3,69% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 16. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 16
ANÁLISE: O maior índice de respostas foi “nunca” ou “quase nunca”, totalizando 62,68%.
As outras respostas indicam que os jovens sentem algum tipo de dor, podendo estar
relacionada à postura, peso da mochila, várias horas na posição sentada, atividades mais
sedentárias (TV, computador, videogame), etc.
389.5.8 – SINTO POUCA ENERGIA OU DISPOSIÇÃO
Esta questão tem a finalidade de analisar se os adolescentes sentem pouca energia ou
disposição.
TABELA – 17
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 82 37,79% 82 37,79%
Quase Nunca 70 32,26% 152 70,05%Algumas Vezes 45 20,74% 197 90,78%Quase Sempre 10 4,61% 207 95,39%
Sempre 10 4,61% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 17. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 17
ANÁLISE: Em alguns casos, devido à carga horária de estudos e outras atividades, os jovens
se sentem indispostos, mas de forma geral estes se apresentaram sem a ausência de energia ou
disposição.
399.6 – DOMÍNIO EMOCIONAL
Tal domínio compreende cinco questões referentes aos aspectos emocionais
(sentimento de medo, sentimento de tristeza, raiva, dormir mal e preocupação consigo).
9.6.1 – SINTO MEDO
Esta questão tem o desígnio de analisar se os adolescentes sentem medo
frequentemente.
TABELA – 18
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 44 20,28% 44 20,28%
Quase nunca 79 36,41% 123 56,68%Algumas vezes 79 36,41% 202 93,09%Muitas vezes 13 5,99% 215 99,08%Quase sempre 2 0,92% 217 100,00%
Total 217 100,00% - -Tabela 18. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência
acumulada percentual).
GRÁFICO – 18
40ANÁLISE: É relativamente comum os jovens sentirem medo devido à fase de transição pela
qual estão passando.
9.6.2 – ME SINTO TRISTE
Esta questão tem o desígnio de analisar se os adolescentes se sentem tristes com frequência.
TABELA - 19
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 33 15,21% 33 15,21%
Quase Nunca 66 30,41% 99 45,62%Algumas Vezes 94 43,32% 193 88,94%Quase sempre 17 7,83% 210 96,77%
Sempre 7 3,23% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 19. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO - 19
41ANÁLISE: Durante a juventude, é comum uma espécie de montanha russa emocional.
Dependendo das situações, os jovens podem se sentir abatidos (tristes) ou alegres. A pesquisa
apresenta dados que corroboram essa variação.
9.6.3 – SINTO RAIVA
Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes sentem raiva frequentemente.
TABELA – 20
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 18 8,29% 18 8,29%
Quase Nunca 59 27,19% 77 35,48%Algumas Vezes 87 40,09% 164 75,58%Quase Sempre 36 16,59% 200 92,17%
Sempre 17 7,83% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 20. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 20
ANÁLISE: Como já foi dito na análise do gráfico anterior, os jovens passam por uma
instabilidade emocional, fazendo uma analogia com os resultados do gráfico.
42
9.6.4 – DURMO MAL
Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes dormem mal.
TABELA – 21
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 64 29,49% 64 29,49%
Quase Nunca 68 31,34% 132 60,83%Algumas Vezes 55 25,35% 187 86,18%Quase Sempre 21 9,68% 208 95,85%
Sempre 9 4,15% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 21. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 21
43ANÁLISE: Apesar da maioria quase nunca ter dificuldades para dormir, pode-se perceber que
algumas vezes os jovens têm esse tipo de problema, o que chega a ser preocupante, pois uma
boa noite de sono é um indicador de uma boa qualidade de vida.
9.6.5 – ME PREOCUPO COMIGO
Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes se preocupam consigo mesmos.
TABELA – 22
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 14 6,45% 14 6,45%
Quase Nunca 39 17,97% 53 24,42%Algumas Vezes 52 23,96% 105 48,39%Quase Sempre 69 31,80% 174 80,18%
Sempre 43 19,82% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 22. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 22
44ANÁLISE: Essa questão se torna muito importante porque esta é uma fase em que os jovens
tomam decisões importantes. Devido a isso, eles têm elevados índices eferentes à
preocupação com si próprios. Entretanto o que chega a ser alarmante é os 18% que
responderam que quase nunca se preocupam com sua situação.
9.7 – DOMÍNIO SOCIAL
Tal domínio compreende cinco questões referentes aos aspectos sociais (Problemas ou
dificuldades de convivência com outros adolescentes, em fazer amizade, em fazer coisas que
os outros adolescentes fazem, em acompanhar adolescentes da mesma idade e provocação por
parte de outros adolescentes), ligados a questões de convívio social principalmente.
9.7.1 – DIFICULDADE PARA CONVIVER COM OUTROS(AS) ADOLESCENTES
Esta questão tem o intuito de analisar a dificuldade para conviver com outras/os
adolescentes.
TABELA – 23
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 109 50,23% 109 50,23%
Quase Nunca 58 26,73% 167 76,96%Algumas Vezes 28 12,90% 195 89,86%Quase Sempre 6 2,76% 201 92,63%
Sempre 16 7,37% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 23. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
45
GRÁFICO – 23
ANÁLISE: É importante que os jovens consigam desde já a conviver socialmente com os
demais, pois os mesmos se valerão de tal fato (da convivência social) pelo resto de suas vidas,
porque esta é atualmente uma das grandes exigências do mercado de trabalho.
46
9.7.2 – DIFICULDADE EM FAZER AMIZADE COM OUTROS(AS) ADOLESCENTES
Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes têm dificuldade fazer amizade
com outros/as adolescentes.
TABELA – 24
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 95 43,78% 95 43,78%
Quase Nunca 58 26,73% 153 70,51%Algumas Vezes 39 17,97% 192 88,48%Quase Sempre 15 6,91% 207 95,39%
Sempre 10 4,61% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 24. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 24
47
ANÁLISE: Como já mencionado, é importante para os jovens ter um convívio social, o que
os ajudará principalmente na sua vida profissional (assim como na sua vida pessoal).
9.7.3 – OS(AS) OUTROS(AS) ADOLESCENTES IMPLICAM COMIGO
Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes sofrem implicância por parte
de outros.
TABELA – 25
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 78 35,94% 78 35,94%
Quase Nunca 92 42,40% 170 78,34%Algumas Vezes 32 14,75% 202 93,09%Quase Sempre 11 5,07% 213 98,16%
Sempre 4 1,84% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 25. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 25
48
ANÁLISE: Os resultados são bons porque apenas 7% da amostra respondeu que possui, de
certa forma, dificuldade de se relacionar com outros adolescentes.
9.7.4 – DIFICULDADE EM FAZER ATIVIDADES QUE OUTROS(AS) ADOLESCENTES DA MINHA IDADE REALIZAM
Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes têm dificuldade em fazer
atividades que outros/as adolescentes realizam.
TABELA – 26
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 105 48,39% 105 48,39%
Quase Nunca 58 26,73% 163 75,12%Algumas Vezes 32 14,75% 195 89,86%Quase Sempre 12 5,53% 207 95,39%
Sempre 10 4,61% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 26. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 26
49ANÁLISE: Conclui-se que a maioria dos jovens não têm dificuldades nas atividades
escolares. Porém, essa questão pode ter gerada uma dupla interpretação, pois há diferença
entre desempenho não satisfatório na escola e dificuldades para assimilar os conteúdos
ensinados.
9.7.5 – DIFICULDADE EM ACOMPANHAR OS(AS) ADOLESCENTES DA MINHA IDADE
Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes têm dificuldade em
acompanhar outros adolescentes.
TABELA – 27
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 114 52,53% 114 52,53%
Quase Nunca 56 25,81% 170 78,34%Algumas Vezes 21 9,68% 191 88,02%Quase Sempre 10 4,61% 201 92,63%
Sempre 16 7,37% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 27. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 27
50
ANÁLISE: Como nas outras questões do domínio social, a pequena parcela que afirma ter
dificuldade, gera preocupação. Entretanto a maioria representa um bom sinal, mostrando que
não possuem dificuldade em acompanhar os demais adolescentes. Além disso, apenas 10%
responderam “Algumas vezes”.
9.8 – DOMÍNIO ESCOLAR
Tal domínio compreende cinco questões referentes aos aspectos escolares (Problemas
ou dificuldades de prestar atenção nas aulas, em lembrar dos assuntos abordados em aula, em
acompanhar a turma nas tarefas escolares, faltar às aulas por se sentir mal e faltar às aulas por
ter de ir ao médico ou ao hospital).
9.8.1 – DIFICULDADE EM PRESTAR ATENÇÃO NA AULA
Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes têm dificuldade em prestar
atenção nas aulas.
TABELA – 28
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 44 20,28% 44 20,28%
Quase Nunca 62 28,57% 106 48,85%Algumas Vezes 77 35,48% 183 84,33%Quase Sempre 25 11,52% 208 95,85%
Sempre 9 4,15% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 28. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 28
51
ANÁLISE: 64% responderam não ter dificuldades em prestar atenção nas aulas, enquanto que
16% apresentam maiores dificuldades.
9.8.2 – DIFICULDADE EM LEMBRAR-SE DOS ASSUNTOS ABORDADOS EM AULA
Esta questão tem o objetivo de analisar se os adolescentes têm dificuldade em lembrar
dos assuntos abordados em aula.
TABELA – 29
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 31 14,29% 31 14,29%
Quase Nunca 66 30,41% 97 44,70%Algumas Vezes 88 40,55% 185 85,25%Quase Sempre 19 8,76% 204 94,01%
Sempre 13 5,99% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 29. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 29
52
ANÁLISE: Percebe-se, com os dados do gráfico, que a maioria dos entrevistados apresenta
em alguns casos dificuldades para recordarem o que fora abordado em aula. Porém, nos
“extremos”, percebemos que as respostas “Nunca” e “Quase Nunca” foram mais assinaladas
que as outras duas.
9.8.3 – DIFICULDADE EM ACOMPANHAR MINHA TURMA NAS TAREFAS ESCOLARES
Esta questão tem o objetivo de analisar se os adolescentes têm dificuldade de
acompanhar sua turma nas tarefas escolares.
TABELA – 30
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 87 40,09% 87 40,09%
Quase Nunca 62 28,57% 149 68,66%Algumas Vezes 37 17,05% 186 85,71%Quase Sempre 24 11,06% 210 96,77%
Sempre 7 3,23% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 30. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 30
53
ANÁLISE: Os dados desse gráfico são “positivos”, pois a maioria da amostra não tem
dificuldades em acompanhar as atividades e tarefas escolares dos outros adolescentes.
9.8.4 – EU FALTO À AULA POR NÃO ESTAR ME SENTINDO BEM
Esta questão tem o objetivo de analisar se os adolescentes faltam às aulas por não
estarem se sentindo bem.
TABELA – 31
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 97 44,70% 97 44,70%
Quase Nunca 77 35,48% 174 80,18%Algumas Vezes 30 13,82% 204 94,01%Quase Sempre 8 3,69% 212 97,70%
Sempre 5 2,30% 217 100,00%Total 217 100,00% - -
Tabela 31. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 31
54
ANÁLISE: Os resultados desse gráfico apresentam dois indicadores de qualidade de vida. O
primeiro relativo ao fato de as pessoas se sentirem mal com certa frequência. Já aqueles que
assinalaram as demais alternativas, pode-se interpretar que além de evitarem faltar às aulas,
ainda sofrem menos ou muito pouco com problemas de saúde, e quando esse tipo de problema
acontece não os afeta a ponto de leva-los a faltar às aulas.
9.8.5 – FALTO ÀS AULAS PARA IR AO MÉDICO OU AO HOSPITAL
Esta questão tem a finalidade de analisar se os adolescentes faltam às aulas por ter de
ir ao médico ou ao hospital.
TABELA – 32
Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 73 33,80% 73 33,80%
Quase Nunca 84 38,89% 157 72,69%Algumas Vezes 44 20,37% 201 93,06%Quase Sempre 7 3,24% 208 96,30%
Sempre 8 3,70% 216 100,00%Total 216 100,00% - -
Tabela 32. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).
GRÁFICO – 32
55
ANÁLISE: Os resultados apresentados demostram que poucos entrevistados sofrem com
problemas de saúde mais sérios, o que exigiria que passassem pelo médico ou hospitais com
frequência.
10.0 – CONCLUSÃO
Após um ano desenvolvendo o trabalho, há uma série de considerações a serem feitas.
O tema Qualidade de Vida é muito abrangente, sendo extremamente abordado atualmente, às
vezes de forma “indireta”, pois a mídia, por exemplo, trata com grande intensidade aspectos
ligados à falta de Qualidade de Vida, como a obesidade, hábitos de alimentação não
saudáveis, o sedentarismo, as doenças sistêmicas, a poluição ambiental, o stress, entre outros.
Além disso, também se fala muito da comunicação, de como as pessoas devem se relacionar
com as outras, isto é, do convívio social. Ainda, há a questão da escolaridade e, em termos
mais “radicais”, de felicidade e riqueza. Logo, a Qualidade de Vida está “diluída” em tais
elementos, ou seja, os meios de comunicação se referem de maneira fragmentada a este tema.
Assim, por meio desta pesquisa, percebeu-se os inúmeros aspectos que devem ser
considerados ao abordar esta questão. Tal tema não compreende apenas uma característica,
mas diversos elementos de saúde e do próprio cotidiano, isto é, “a percepção do indivíduo de
sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em
relação aos seus objetivos, padrões e preocupações” (segundo a OMS). No entanto, a
56conceituação do tema apresentou-se como um dos aspectos mais complicados do trabalho,
uma vez que a Qualidade de Vida é um aspecto relativamente subjetivo e particular, pois
compreende uma diversidade de domínios que a constituem. Outro fator que merece destaque
é o de que, apesar de difundida nos meios acadêmico, científico e midiático, poucos estudos
se voltam à Qualidade de Vida para pessoas saudáveis, como é o caso de adolescentes, e sim
para populações com doenças já instaladas.
O presente estudo voltou-se para a análise da Qualidade de Vida dos adolescentes
frequentadores do Ensino Médio de algumas escolas particulares e públicas das cidades de
Bauru, Bariri e Ubirajara.
Por meio da investigação realizada foi possível aprimorar os conhecimentos sobre o
tema, permitindo discutir os resultados encontrados. Por meio da análise dos escores médios
dos domínios de QV – Físico, Emocional, Social e Escolar – pode-se afirmar que os jovens,
em sua maioria possuem uma QV muito boa. Entretanto, resultados ruins também
apareceram, como no caso do Colégio Técnico Industrial e da Escola Dr. Francisco de P.
Abreu Sodré, apresentando os piores escores médios para os domínios investigados.
Percebeu-se também, que na comparação entre os domínios, o Físico foi o que
apresentou os escores médios mais elevados em todas as escolas para ambos os sexos,
podendo-se inferir que, nesta fase de vida – adolescência – os jovens encontram-se em sua
plenitude física, não ocorrendo o mesmo com os outros domínios que englobam aspectos
emocionais, tipicamente alterados nesta faixa etária.
Assim, o tema QV é bem próximo da realidade adolescente, possibilitando o
entendimento do que é necessário fazer para viver bem, ou seja, uma forma de combinar a
saúde, tanto física como mental, e aliar ambas às obrigações e preocupações cotidianas.
57
11.0 – REFERÊNCIAS / BIBLIOGRAFIA
- KAPLAN, R.M. Quality of life, resource allocation, and the U.S. Health - care crisis. In:
Dimsdale JE, Baum A, editors. Quality of life in behavioral medicine research. New Jersey:
Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 3-30.
- KLATCHOIAN, D. A. et al. Qualidade de vida de crianças e adolescentes de São Paulo:
confiabilidade e validade da versão brasileira do questionário genérico Pediatric Quality of
Life InventoryTM versão 4.0 Generic Core Scales. Jornal de Pediatria, v. 84, n. 4, p. 308-315,
2008.
- LOFRANO-PRADO, M. C. et al. Quality of life in Brazilian obese adolescents: effects of a
long-term multidisciplinary lifestyle therapy. Health and Quality of Life Outcomes, v. 7, n.
61, p. 7-11, 2009.
- ROGERSON, R.J. Environmental and health-related quality of life: conceptual and
methodological similarities. Soc Sci Med, v. 41, p. 1373-82, 1995.
58- SCHUTTINGA, J.A. Quality of life from a federal regulatory perspective. In: Dimsdale
JE, Baum A, editors. Quality of life in behavioral medicine research. New Jersey: Lawrence
Erlbaum Associates; 1995. p. 31-42.
- VARNI, J.W. et al.. The PedsQL 4.0 as a pediatric population health measure: feasibility,
reliability, and validity. Ambul Pediatr, v. 3, p. 329-41, 2003.
- VISSERS, D. et al. Overweight in adolescents: Differences per type of education. Does one
size fit all?. J Nutr Educ Behav, v.40, p.65-71, 2004.
12.0 – ANEXOS
12.1 – TEXTO 1
FGV-SP elabora a metodologia do novo índice, a Felicidade Interna Bruta;
Intenção é fornecer os resultados ao governo federal para auxiliar no
desenvolvimento de políticas públicas.
SÃO PAULO - A riqueza do País pode começar a ser mensurada de outra forma. No lugar do
Produto Interno Bruto (PIB), a Felicidade Interna Bruta (FIB). A Fundação Getúlio Vargas de
São Paulo (FGV-SP) está empenhada na elaboração da metodologia do novo índice. A
intenção é fornecer os resultados ao governo federal para auxiliar no desenvolvimento de
políticas públicas.
59O FIB já existe no Butão, um pequeno reino incrustado nas cordilheiras do Himalaia. Lá, o
contentamento da população é mais importante que o desempenho da produção industrial. O
índice pensado pela FGV, no entanto, não será tão radical. "O PIB será um dos componentes
do cálculo", esclarece Fábio Gallo, professor da FGV-SP que, ao lado de Wesley Mendes,
encabeça o desenvolvimento do estudo.
O PIB é considerado por diversos especialistas um índice incompleto. Dados como o Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) ou o nível de segurança das cidades não são
contabilizados. Portanto, elencar a grandeza das nações pelos bilhões acumulados com
produção industrial e comercial, por exemplo, é, para esses especialistas, uma distorção da
realidade.
"Elaborar o índice que queremos é algo complexo. São muitos dados subjetivos que variam de
Estado para Estado", explica Gallo. Num país do tamanho do Brasil, com regiões diferentes
entre si, a tarefa fica ainda mais complicada. "Tudo será sob medida para cada uma das
regiões. Dessa forma, chegaremos a bons resultados, que reflitam a situação real do País",
completa Mendes.
Os professores salientam que o PIB falha ao computar os custos ambientais e, ao mesmo
tempo, inclui em seu cálculo formas de crescimento econômico prejudiciais ao bem-estar da
população. Gastos com crime, atendimento médico, divórcio e até desastres naturais como
tsunamis colaboram para elevar o PIB.
O primeiro passo do desenvolvimento da metodologia do FIB brasileiro já foi dado pela FGV,
e mostra que a riqueza econômica não é o principal fator de felicidade da população. Um
questionário com jovens adultos de São Paulo e de Santa Maria, pequena cidade no interior do
Rio Grande do Sul, mostrou que o índice de satisfação dos jovens gaúchos é 22,5% maior que
o dos paulistanos. Entre os 11 aspectos de vida estudados, os mais relevantes para a percepção
de satisfação foram vida social, situação financeira e atividades ao ar livre.
Ainda de acordo com essa primeira etapa da pesquisa, a principal preocupação dos
paulistanos é com segurança pessoal, enquanto a principal satisfação é com perspectivas de
crescimento acadêmico. Entre os gaúchos, a preocupação é com as expectativas de conseguir
um bom trabalho. A satisfação é com a boa vida social. "Sociedade feliz é aquela em que
todos têm acesso aos serviços básicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer",
afirma Fábio Gallo.
Instituto de Finanças
Com a melhoria da renda média do brasileiro e a estabilização econômica, temas como os
investimentos e a qualidade de vida ganham espaço. É de olho nessa tendência que a
60Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) criou o Instituto de Finanças. A elaboração
da metodologia do índice que medirá a felicidade do brasileiro é uma das iniciativas do novo
Instituto.
Maria Tereza Fleury, diretora da FGV, explica que o núcleo de estudos deve ter a mesma
representatividade que o Ibre (Instituto de Economia da FGV-RJ) conquistou. "Estamos
unindo uma série de iniciativas que já existiam. Agora, teremos uma forte sinergia interna que
vai colaborar com o desenvolvimento de diversos tópicos da sociedade", avalia a executiva.
O instituto será coordenado por João Carlos Douat, doutor em administração de empresas.
Sob sua coordenação estarão 11 núcleos e cada um será administrado por um ou dois
professores da universidade. No total, são 37 docentes envolvidos com a criação do Instituto
de Finanças e pouco mais de 3 mil alunos que já estão matriculados terão acesso às novidades.
"Somo uma instituição privada e, portanto, isenta de interferências governamentais. Como
temos autonomia, creio que podemos colaborar com a elaboração de bons índices para
auxiliar no desenvolvimento de boas políticas à sociedade", completa Maria Tereza.
O índice de Felicidade Interna Bruta (FIB), por exemplo, será produzido pelo núcleo de
Estudos de Felicidade e Comportamento Financeiro, que terá gestão de Fábio Gallo e Wesley
Mendes.
No LabFin, o laboratório de finanças, coordenado pelo professor Rafael Schiozer, os alunos
farão simulações de investimentos. "Vamos simular a elaboração de carteiras de renda
variável e fixa", diz Schiozer. "Queremos formar bons gestores de fundos. Isso é algo inédito
no Brasil", reforça.
O professor Antônio Gledson de Carvalho ficará encarregado do núcleo que reúne os docentes
que lecionam e orientam os alunos nos cursos de mestrado e doutorado. "Neste momento
estamos estruturando uma pós-graduação específica sobre o mercado financeiro", diz
Carvalho.
Além desses assuntos, as microfinanças também estão contempladas com um núcleo que será
gerido por Lauro Gonzalez. Finanças internacionais, private equity, gestão bancária e
contabilidade estão entre os conteúdos contemplados. Outros nomes como Willian Eid Júnior,
David Hastings e José Evaristo dos Santos também estão envolvidos no instituto.
TV financeira
Para divulgar os conteúdos produzidos pelo Instituto de Finanças e ter um canal aberto com
quem não é aluno da FGV, a fundação prepara também um programa de educação financeira.
"Será uma linguagem diferente. Queremos atrair a atenção das pessoas para este tema", diz o
professor Fábio Gallo.
61Disponível em: http://www.jornaldiadia.com.br/index.php/brasil/89723-indice-vai-medir-
felicidade-do-brasileiro. Acessado em: 25 março 2012.
12.1.1 – RESUMO 1
A Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), com base na melhora da renda média do
brasileiro e na estabilização econômica do país, bem como no maior emprego de temas
relacionados a qualidade de vida, está empenhada na elaboração de uma nova metodologia
para medir a riqueza do Brasil: ao invés do PIB (Produto Interno Bruto), utilizar-se-ia para tal
mensuração o índice FIB (Felicidade Interna Bruta). O FIB já existe no Butão, onde se leva
em conta o contentamento da população do que o desempenho industrial. O índice pensado
pela FGV, no entanto, não será tão radical, tendo o PIB como um dos componentes do
cálculo.
A iniciativa se deve ao fato do PIB ser considerado incompleto por vários especialistas, que
alegam que o índice apenas considera os bilhões acumulados com produção industrial e
comercial das nações, o que significa uma distorção da realidade, uma vez que dados que
influem diretamente o PIB - investimentos em segurança, saúde pública, higiene e serviço
sanitário - não são contabilizados. No Brasil, por exemplo, as condições econômicas (e
sociais) de cada estado são muito diferentes, contribuindo ainda mais para a “imprecisão” do
PIB.
A intenção dos pesquisadores é fornecer resultados ao governo federal para auxiliar no
desenvolvimento de políticas públicas e mostrar a real situação do País. O primeiro passo do
desenvolvimento da metodologia do FIB brasileiro já foi dado pela FGV. A pesquisa inicial
deu-se com a distribuição de um questionário entre jovens adultos de São Paulo e de Santa
Maria - Rio Grande do Sul. O resultado mostrou que, de fato, a riqueza econômica não é o
principal fator de felicidade da população. Agora, a FGV estuda ampliar suas pesquisas e
chamar a atenção da população para o tema.
62
12.2 – TEXTO 2
28/02/2012 - Por O Globo - granderio@oglobo.com.br - Agência O Globo
Rio Como Vamos: Jovens vão mal na escola e evasão aumenta
RIO - A cidade do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), tem quase um milhão de jovens entre 15 e 24 anos. Esta parcela da
população, segundo levantamento do Rio Como Vamos, anda carente de atenção em áreas
fundamentais para a melhoria da qualidade vida. Apesar de investimentos recentes em saúde,
educação e segurança, ainda há muito o que fazer no município nestas áreas.
Dados da Secretaria estadual de Educação sobre a situação do ensino médio na capital,
analisados pelo RCV, não são nada animadores. Nas 277 escolas da rede no município do
Rio, o abandono escolar vem piorando desde 2008. Dos 171 mil alunos matriculados em
2010, cerca de 34 mil deixaram de estudar. A região que apresentou menor evasão foi a de
Vila Isabel: dos sete mil alunos matriculados, 331 deixaram os estudos. No entanto, a única
63escola de ensino médio localizada na Cidade de Deus, que tem cerca de 500 matrículas,
perdeu nada menos que 171 alunos, ou seja, 34,2% dos estudantes.
Os índices de reprovação não se alteraram na cidade do Rio, nos últimos anos. Madureira é a
região com o pior cenário: tem 24 escolas de nível médio e mantém 26% de reprovação, ao
ano, desde 2006. Ao todo, 4,5 mil jovens repetiram de ano em 2010. O quadro também é
preocupante em relação à distorção idade-série. Apesar de ter ocorrido redução no número de
estudantes com pelo menos dois anos de atraso escolar, em 2008 eram 136.581 alunos nesta
situação. Foram registrados 123.754, em 2009, e 113.712, em 2010.
A gravidez na adolescência é uma das causas conhecidas para o abandono escolar. Os
indicadores permaneceram estáveis durante cinco anos. Dados coletados pelo RCV mostram
que, de 2006 a 2010, 17% dos bebês nasceram de mães adolescentes no Rio. Só em 2010
foram 13 mil meninas grávidas. Na Cidade de Deus, por exemplo, quase 30% dos bebês
nascidos vivos são filhos de jovens mães.
Ter que trabalhar para ajudar nas despesas de casa também faz parte da realidade de muitos
adolescentes que, nem sempre, conseguem manter a dupla jornada. As dificuldades podem
levar ao abandono escolar e, ao deixar a sala de aula, o jovem fica ainda mais distante da
possibilidade de conseguir um emprego formal. Para tentar estimular os adolescentes e
oferecer a eles uma orientação profissional, o consultor Ruben Klein, da Fundação
Cesgranrio, defende a inclusão de cursos ou aulas extras, integrados ao currículo do ensino
médio, que ajudem a conectar os estudantes ao mercado de trabalho. Após as aulas
tradicionais, eles passariam algumas horas em laboratórios especializados de enfermagem,
informática, mecânica, eletrônica, entre outras especialidades. Nesse contexto, a carga horária
total deveria ser dividida com essas atividades, durante o dia.
Questões como segurança e precariedade dos transportes também afetam a frequência nos
cursos, especialmente os noturnos, ainda que as condições de segurança tenham melhorado na
cidade. Segundo dados do RCV, houve uma ligeira queda nos homicídios juvenis masculinos:
foram 1,2 mil casos, em 2007, e 950, em 2010. Copacabana, Anchieta, Irajá, Pavuna e Maré
estão entre as áreas mais críticas.
Média salarial dos jovens gira em torno de R$ 922
Em termos de ocupação profissional, os números apurados pelo RCV mostram que 35% da
população jovem da cidade (314,5 mil) estão em empregos formais. Destes, 108.524
estrearam no mercado de trabalho em 2010. A média salarial dos jovens, em 2010, era R$
922, com um aumento de R$ 125 em três anos. A maioria dos empregos novos gerados vem
64do setor de serviços, com 37.718 vagas, seguido pelo comércio, com 18.953, e construção
civil, com 4.347.
Para o Rio Como Vamos, o desafio está lançado: a cidade precisa oferecer oportunidades
justas aos jovens, para que eles possam se desenvolver e chegar ao mercado de trabalho
plenamente. Para Mauricio Blanco do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), a
escola está tão ruim, tão irreal, que os jovens vão embora, porque sabem que aquele
emaranhado de matérias não leva a nada e eles precisam aprender coisas que os aproximem da
realidade.
Disponível em: http://extra.globo.com/noticias/rio/rio-como-vamos-jovens-vao-mal-na-
escola-evasao-aumenta-4096373.html. Acessado em 25 de março de 2012
65
12.2 1– RESUMO 2
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Rio de Janeiro possui
cerca de um milhão de jovens entre 15 e 24 anos que, de acordo com a instituição Rio Como
Vamos (RCV), tem carência de atenção em áreas fundamentais para a melhoria da
qualidade vida. Apesar de investimentos recentes em saúde, educação e segurança, ainda são
necessárias muitas ações nestas áreas.
A Secretaria Estadual de Educação do Rio apontou que nas 277 escolas da rede no município,
o abandono escolar vem piorando desde 2008: dos 171 mil alunos matriculados em 2010,
cerca de 34 mil deixaram de estudar. Além disso, apesar de não terem se alterado nos últimos
anos, os índices de reprovação ainda são elevados: em 2010, por exemplo, houve um total de
4,5 mil jovens repetentes. O quadro também é preocupante em relação à distorção idade-série,
pois, embora tenha ocorrido uma redução no número de estudantes com pelo menos dois anos
de atraso escolar, em 2008 eram 136.581 alunos nesta situação. Foram registrados 123.754,
em 2009, e 113.712, em 2010.
A gravidez na adolescência é uma das principais causas do abandono escolar. Dados
coletados pelo RCV mostraram que, de 2006 a 2010, 17% dos bebês nasceram de mães
adolescentes no Rio. Só em 2010 foram 13 mil meninas grávidas.
66Outro fator que contribui para a evasão escolar é o trabalho para ajudar nas despesas
domiciliares, uma vez que muitos adolescentes não conseguem manter a dupla jornada,
levando ao abandono escolar e deixando ainda mais distante a possibilidade do jovem
conseguir um emprego formal e de se firmar na escola.
Questões como segurança e precariedade dos transportes também afetam a frequência nos
cursos, especialmente os noturnos.
Para o Rio Como Vamos, o principal desafio é o oferecimento de oportunidades justas aos
jovens, para que eles possam se desenvolver e chegar ao mercado de trabalho plenamente.
12.3 – TEXTO 3
67
Fortaleza – 07/03/2012 - LUANA LIMA - REPÓRTER
Índices elevados de obesidade geram ações
Uma em cada três crianças brasileiras com idade entre cinco e nove anos está com peso acima
do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre jovens de dez a 19 anos,
um em cada cinco apresenta excesso de peso. Os dados são da Pesquisa de Orçamento
Familiar, realizada em 2008 e 2009, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
No Ceará, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não tem dados sobre a situação nutricional
das crianças e dos adolescentes. Ainda assim, como forma de prevenir o sobrepeso, 150
escolas da rede municipal e 92 Centros de Saúde da Família participam, até a próxima sexta-
feira, da Semana de Mobilização Saúde da Escola. A ação é realizada em todo País, por meio
de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação.
Será uma semana inteira com programação voltada para incentivar as boas práticas de saúde e
aproximar a população da rede de atenção básica. Durante este período, os estudantes
passarão por avaliações nutricionais, com medição de peso, altura, pressão e glicemia, e farão
visitas guiadas, acompanhados dos pais, a postos de saúde.
Era o que estava sendo feito, ontem, na Escola Municipal Economista Nilson Holanda, na
Bela Vista, onde 167 crianças e adolescentes passaram pela avaliação. Hoje, serão oferecidas
palestras sobre orientação alimentar saudável. Amanhã, os pais farão a visita às unidades de
saúde. Leila Maria Ferreira Noronha, dentista do Centro de Saúde da Família Francisco
Pereira de Almeida, da Bela Vista, comenta que é comum encontrar tanto crianças obesas
como desnutridas. Com a medição da pressão, ela esclarece que o intuito é prevenir a
hipertensão e a diabetes.
"Observamos muitas crianças com pressão alterada. Isso se deve a erros alimentares, com
altos índices de gordura". A dentista chama atenção que uma alimentação saudável, rica em
frutas e verduras, reflete na qualidade de vida e na saúde das crianças como um todo.
Após levantados os dados, a ideia da Secretaria Municipal de Saúde é traçar um diagnóstico
da situação nutricional das crianças para que possa ser criado um plano de ações. Julieta
Pontes, coordenadora do Programa Saúde da Família (PSF) de Fortaleza, destaca que, no ano
passado, na Escola Municipal Adalberto Studart, no bairro Planalto Ayrton Senna, detectou-se
que 40% dos estudantes entre 15 e 19 anos estavam com sobrepeso. Na unidade de ensino, foi
feito um levantamento sobre a situação nutricional das crianças. A nutricionista clínica, Midiã
68Bispo, esclarece que a obesidade é causada por maus hábitos familiares e que não pode ser
atribuída à criança, pois, quando ela nasce, é inserida num meio.
No futuro, a especialista alerta que essas pessoas certamente se tornarão adultos obesos,
ficando cada vez mais doentes, o que poderá interferir no rendimento profissional e físico. No
caso dos que conseguirem atingir a longevidade, ela diz que será uma vida associada a
doenças.
Frequência
Casos de obesidade têm se tornado tão frequentes que a nutricionista afirma que não tem
como definir se a doença é mais comum em adultos ou crianças. "A população está toda
obesa. Adultos obesos geram crianças obesas, é quase uma consequência".
Midiã alerta que obesidade precisa ser tratada como uma doença crônica e que emagrecer não
resolve o problema, é preciso que seja feito todo um acompanhamento multidisciplinar,
inclusive com psicólogos, para que, quando adulta, a criança não volte a ser obesa. "É um
problema educacional, mesmo que seja identificado em qualquer fase da vida tem como ser
acompanhado e solucionado", afirma.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, elaborada em 2009, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado nutricional de 13,9% dos alunos do 9º
ano do ensino fundamental das escolas públicas de Fortaleza era com sobrepeso, enquanto
7,6% estavam obesos.
Perigo
1 em cada três crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos está com peso acima do
recomendado pela OMS. De 10 a 19 anos, uma em cada cinco está com sobrepeso; 13% dos
alunos do 9º ano do ensino fundamental das escolas públicas de Fortaleza estavam, segundo
pesquisa do IBGE de 2009, com sobrepeso e 7,6%, com obesidade.
Disponível em: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1112253 .
Acessado em 25 de março de 20212
12.3.1 – RESUMO 3
Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), uma em cada três crianças brasileiras com idade entre cinco e nove
anos está com peso acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre
jovens de dez a 19 anos, um em cada cinco apresenta excesso de peso.
69Além disso, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, elaborada em 2009 pelo
IBGE, o estado nutricional de 13,9% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental das escolas
públicas de Fortaleza era com sobrepeso, enquanto 7,6% estavam obesos.
Tal fato influi diretamente na qualidade de vida e na saúde das crianças e jovens como
um todo.
Segundo a nutricionista clínica, Midiã Bispo, foram observados muitos casos de crianças com
pressão alterada, proveniente, sobretudo, de erros alimentares, com altos índices de gordura.
Além disso, Midiã alerta que obesidade precisa ser tratada como uma doença crônica e que
emagrecer não resolve o problema, sendo necessário um acompanhamento multidisciplinar,
inclusive com psicólogos, para que, quando adulta, a criança não volte a ser obesa. Porém,
mais importante do que isso, ações preventivas são essências para que esse quadro seja
revertido.
No Ceará, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está investindo em medidas
para a prevenção do sobrepeso. Uma delas é a Semana de Mobilização Saúde da Escola, na
qual as 150 escolas da rede municipal e 92 Centros de Saúde da Família participarão, durante
uma semana, de programas voltados para incentivar as boas práticas de saúde e aproximar a
população da rede de atenção básica. Durante este período, os estudantes passarão por
avaliações nutricionais, com medição de peso, altura, pressão e glicemia, e farão visitas
guiadas, acompanhados dos pais, a postos de saúde. Após o levantamento dos dados, a SMS
pretende traçar um diagnóstico da situação nutricional das crianças para que possam ser
criados planos de ações.
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12.4 – VÍDEO
Link do vídeo relacionado à introdução e explanação do tema:
http://www.youtube.com/watch?v=LAFwP63_cEE – ACESSADO EM 25/09/12.