Post on 04-Mar-2021
Valerie Thomas e Korky Paul
Que Grande Abóbora Mimi!
Gostava de brócolos,couve-flor, repolho enabos. E também deervilhas, cenouras,feijões, batatas eespinafres.
Mimi comia muitoslegumes.
E adorava abóbora!
Adorava sopa de abóbora,tarte de abóbora e sconesde abóbora com sementesde abóbora por cima. Masdo que ela gostava maisera abóbora assada.O Rogério, o gato preto daMimi, também gostava desopa de abóbora.Sobretudo se tivessemuitas natas…
Todos os sábados de manhã, a Mimi saltava para a suavassoura, o Rogério saltava para o ombro da Mimi, evoavam os dois até ao mercado para comprar legumes.Era muito simples.
Voltar para casa é que não era assim tão simples.Era difícil manter o equilíbrio numa vassoura com um gato,abóboras e muitos outros legumes.
Uuups!E lá começavam a chovercouves-de-bruxelas e tomatessobre o mercado.
– Com mil vassouras! –exclamou a Mimi.
E de repente teve umaboa ideia.– Vou cultivar os meuspróprios legumes –decidiu.A Mimi cavou então umcanteiro no seu jardim.
O Rogério ajudou.
Plantou muitos, muitoslegumes.Regou as plantas earrancou as ervasdaninhas.
O Rogério ajudou.
Mas as plantas cresciam muito devagar.E quando finalmente cresciam, as lagartas e os coelhoscomiam-nas.
… e não aconteceu nada.
– Oh, céus! –queixou-se a Mimi.É muito difícil teruma horta. Vouexperimentar umfeitiço para ajudaras plantas a crescermais depressa.Agitou a varinhamágica, gritou:
– Que maçada, não funcionou.Vou consultar o Grande Livrodos Feitiços.Mas a Mimi tinha entrado emcasa cedo demais.
Lá fora, o feitiço começoua fazer efeito.
Dentro de casa ficoutudo muito escuro.
– Desculpa, Rogério –disse a Mimi.– Não te vi. Está tãoescuro aqui dentro!Deve vir aí umatempestade.
Olhou pela janela.Não vinha lá nenhumatempestade.Era a horta da Mimi.As plantas estavam acrescer tão depressa quejá tapavam todas asjanelas.
– É melhor ir lá foraquebrar o feitiço! –observou a Mimi.
Mas não era possívelabrir a porta: havia umenorme repolho aimpedir a passagem.
A Mimi subiu as escadas a correr, trepou para a janela dacasa de banho e escorregou por um pé de feijão gigante.
O Rogério escorregou logo a seguir.“Isto é divertido”, pensou ele. Até dar de focinhos com umalagarta gigante.
Miaaauu!
Tudo estava enorme, gigantescoe assombroso na horta da Mimi!
O pé de feijão crescia emdirecção às nuvens.Os repolhos eram grandes comovacas.Os coelhos eram maiores quevacas.
E ali mesmo, no meio do telhado, estava uma enorme
abóbora.
– Oh, não! – exclamou a Mimi. – A abóbora vai esmagar aminha casa!Agitou a sua varinha mágica. Mas no momento em quegritava…
…a abóbora gigante caiuno meio do chão.
O enorme e assombrosojardim da Mimi voltou aser com antes.
Mas a abóbora que tinhacaído do telhado eraainda:gigantesca,extraordinária,assombrosa.
A Mimi recortou umaentrada até ao interior daabóbora.
Fez tartes de abóbora,scones de abóbora, sopade abóbora com nataspara o Rogério e umenorme prato de abóboraassada.
Mas ainda sobrava imensaabóbora!
A Mimi decidiu então pôr um aviso no portão:
As pessoas começaram a aparecer com panela, cestos eaté carrinhos de mão. A abóbora ficou rapidamente vazia.
“O que é que eu vou fazercom a casca daabóbora?”, pensou entãoa Mimi.
“Daria uma boa casa, maseu já tenho uma casa.Uma vez, uma das minhasamigas transformou umaabóbora numa carruagem.Mas isso foi para umaocasião especial!E os cavalos podiamtornar-se um problema.”
Foi nessa altura que aMimi teve uma excelenteideia.– Boa! – disse ela. – Éprecisamente com issoque se parece. É claro!
Agitou a sua varinhamágica, bateu com o péno chão e gritou:
E no jardim da Mimi apareceu um luzidio helicópterocor-de-laranja.
Agora, quando a Mimi e oRogério vão ao mercado,a Mimi pode comprartodas as abóboras quequer.
Perlimpimpim a história chegou ao
fim!