Post on 10-Nov-2018
Rastreamento Populacionalde Câncerde Câncer
Maria Isabel do NascimentoInstituto de Saúde Coletiva - UFF
Roteiro de aula
• Aspectos relacionados ao rastreamento de câncer▫ Exercícios introdutórios▫ Exercícios introdutórios
• Desenvolvimento▫ Parte expositiva▫ Análise de prontuário
• Exercícios Finais▫ Interpretação de caso clínico (prontuário)
Plano de enfrentamento DCNT• Reduzir taxa de mortalidade prematura (< 70 anos) por DCNT em 2% ao ano.
• Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes.• Deter o crescimento da obesidade em adultos.• Aumentar a prevalência da atividade física no lazer.• Aumentar o consumo de frutas e hortaliças.• Aumentar o consumo de frutas e hortaliças.• Reduzir o consumo médio de sal.• Reduzir a prevalência de tabagismo em adultos.
• Aumentar a cobertura de mamografia (50 e 69 anos).
• Aumentar a cobertura de preventivo do Ca colo do útero (25 a 64 anos)
• Tratar 100% das mulheres com lesões precursoras de câncer
Níveis de prevenção
• Primária▫ Medidas para remover causas e fatores de risco com finalidade de impedir que a doença ocorra (imunização, exercício físico)(imunização, exercício físico)
• Secundária▫ Medidas para detectar precocemente doenças de preferência em estágios subclínicos (diagnóstico precoce no indivíduo e rastreamento de população).
• Terciária▫ Medidas para minimizar prejuízos consequentes a problemas de saúde (reabilitação).
Rastreamento populacional
• Conceito▫ É a captação de doença assintomática por meio de teste relativamente simples aplicado em população saudável.saudável.
• Tipos▫ Organizado vs Oportunístico
• Termo derivado da língua inglesa ▫ (screening)
• Sinonímia▫ Rastreamento de massa
A doença a rastrear
• Problema de saúde pública importante• História natural conhecida• Estágio pré-clínico bem definido• Estágio pré-clínico bem definido• Disponibilidade de teste confiável e válido• Disponibilidade de tratamento efetivo• Benefício da detecção e do tratamento precoce deve ser maior do que se a terapia fosse iniciada no momento habitual do diagnóstico.
O exame/teste usado para rastrear
• Sensibilidade
• Especificidade
• Custo
• Segurança• Especificidade
• Simplicidade
• Aceitabilidade
• Segurança
• Efeito do rótulo
Viés
• Conceito▫ Qualquer tendência na coleta, análise, interpretação, publicação ou revisão de dados que interpretação, publicação ou revisão de dados que possam levar a conclusões sistematicamente diferentes da verdade (Rosser, 1998)
Viés em rastreamento de doenças
• Viés de seleção (autosseleção)
• Viés de tempo de antecipação ou tempo ganho • Viés de tempo de antecipação ou tempo ganho (lead time bias)
• Viés de tempo de duração (length bias ou length-time bias)
• Viés do sobrediagnóstico (overdiagnosis)
Outras questões em rastreamento
• Medicina Baseada em Evidências
▫ Níveis/valor das evidências (I, II-1, II-2, II-3, III)
▫ Graus de recomendação (A, B, C, D, I)
Outras questões em rastreamento
• Questões Éticas▫ Princípio da beneficiência e não maleficiência.▫ Princípio da beneficiência e não maleficiência.
▫ Detecção precoce justificada apenas se acompanhada de resultados melhores.
▫ Garantia de acesso e equidade
Programas de rastreamento no Brasil
▫ Direcionados para tumores considerados problemas de saúde pública.problemas de saúde pública.
▫ Baseados em financiamento sustentável� Recursos humanos.� Recursos tecnológicos
▫ Avaliados pelo impacto na mortalidade.
Detecção precoce e rastreamento de cânceres mais prevalentes (OMS)
Tipo de câncer
Recomendação
Diagnóstico precoce Rastreamento
MamaMama
Colo do útero
Cólon e reto
Estômago
Pele
Próstata
Cavidade oral
Pulmão
Esôfago
Detecção precoce e rastreamento de cânceres mais prevalentes (OMS)
Tipo de câncer
Recomendação
Diagnóstico precoce Rastreamento
Mama Sim SimMama Sim Sim
Colo do útero Sim Sim
Cólon e reto Sim Sim (OMS) Não (Br)
Estômago Sim Não
Pele Sim Não
Próstata Sim Não
Cavidade oral Sim Não
Pulmão Não Não
Esôfago Não Não
Metas do Plano de Enfrentamento
• Aumentar a cobertura de preventivo do Câncer do colo do útero (25 a 64 anos)
• Tratar 100% das mulheres com lesões precursoras de câncer
• Aumentar a cobertura de mamografia (50 a 69 anos)
Rastreamento do Câncer do colo do útero
• Teste: Papanicolaou (preventivo, citologia oncótica, colpocitologia).
• Idade de início: 25 anos para mulheres que já tiveram atividade sexual.
• Idade de início: 25 anos para mulheres que já tiveram atividade sexual.
• População alvo: mulheres de 25 a 64 anos.
• Periodicidade: um exame a cada três anos, após obter dois exames negativos e consecutivos com intervalo de um ano.
• Situações especiais: gestantes, menopausadas, histerectomizadas e imunossuprimidas.
Rastreamento do Câncer de Mama
• Teste principal: Mamografia e ECM (anual)• População alvo: mulheres 50 a 69 anos• Idade de início: 50 anos• Idade de início: 50 anos• Periodicidade: bienal• Situações especiais: ▫ Faixa etária de 40 a 49 anos (ECM anual)▫ Mulheres com risco elevado (início aos 35 anos com mamografia e ECM anual)
• ECM = exame clínico das mamas
Mamografia: outras questões• Mamografia de rastreamento (rotina)
▫ Pré-operatório de cirurgia plástica▫ Antes de Terapia hormonal▫ Seguimento de mastectomia
• Mamografia (diagnóstica)▫ Realizada em mulheres com sinais e sintomas▫ Nódulo▫ Espessamento▫ Descarga Papilar▫ Controle radiológico de lesão provavelmente benigna
• Mama masculina
• BI-RADS (Breast Imaging Reporting And Data System) proposto pelo colégio Americano de Radiologia
Resultados da mamografia e Condutas
Resultado da mamografia Conduta
0 - Inconclusivo Avaliação adicional
1 – Sem achados Rotina 1 – Sem achados Rotina
2 – Achado benigno Rotina
3 – Achado provavelmente benigno Controle em 6 meses
4 – Achado Suspeito Encaminhamento/Biópsia
5 – Achado altamente suspeito Encaminhamento/Biópsia
6 – Achado com diagnóstico de câncer, mas não tratado
Encaminhamento/Tratamento
Referências
• Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento – série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Primária, n. 29, Brasília – DF, 2010.Técnicos. Cadernos de Atenção Primária, n. 29, Brasília – DF, 2010.
• Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. INCA. Rio de Janeiro: INCA, 2011.
• Instituto Nacional de Câncer. Recomendações para redução de mortalidade por câncer de mama no Brasil, Rio de Janeiro: INCA, 2012.