Recursos ergogênicos e doping - Aula de Pós Graduação - Professor Claudio Novelli

Post on 07-Apr-2017

626 views 2 download

Transcript of Recursos ergogênicos e doping - Aula de Pós Graduação - Professor Claudio Novelli

Prof Claudio NovelliNovembro/2015

CREF 35.946-G/SPnovelli.claudio@gmail.com

Recursos Ergogênicos (RE)Substâncias, processos ou procedimentos Força muscular Velocidade de contração muscular Tempo de resposta motora Capacidade de endurance Processos regenerativos (sistema

imune)

RE – ação na fibra muscularMecanismos evidenciados

1 – tamponamento de metabólitos associados à fadiga central e/ou periférica, e consequente retardo do seu aparecimento

2 – aumento do aporte de substratos para o trabalho muscular

3 – influencia sobre coração e sistema circulatório

4 – influencia no centro respiratório (bulbo)5 – redução do SNAp sobre contração muscular

e funções associadas.

RE – classificação1 – agentes farmacológicos2 – macronutrientes, micronutrientes, água3 – oxigênio4 – procedimentos de aceleração da recuperação5 – hipnose, sugestão, visualização e ensaio6 – melhorias biomecânicas (gestos, vestuários,

biomateriais esportivos)Em suma, RE é tudo aquilo o que pode ser

relacionado a melhora no trabalho ou no desempenho.

RE ≠ DopingDoping

“Tentativa de aumentar o rendimento físico com métodos químicos, farmacológicos ou físicos que são proibidos de acordo com a lista da respectiva federação da especialidade esportiva ou do Comitê Olímpico Internacional (COI). (Hollmann; Hettinger, 2005)

Água da sudorese ~90% parte - plasma

↓ VP

= comprometimento cardiovascular

Sem termorregulação

Principal termorregulaçã

o = sudorese

15 – 20x > repouso

↑ TC até 5oC/minBalanço térmico inviável

HipertermiaDesnaturação proteicaColapso funcional Morte

SedeNão é um bom indicador

fisiológicoInadequado para determinar

uma boa reidratação(tolerância individual à

ingestão líquida)

Desidratar = eliminar fluidos corporais

Perda > 3% PC

Sintomas da desidrataçãoLeve

Tonturas,Fraquezas,

Inflamação das vias aéreas superiores,

Prejuízo da performance em

até 20%

Média Descoordenação

motora,Cãibras,

Redução da sudorese, Hipertermia,

Choque térmico, Coma

Prejuízo da performance em até

30%,

Severa

↓ performance 60% Danos teciduais

irreversíveis Colapso circulatório

(↓↓↓VP)Óbito

Hiponatremia – 2 formasDiluição Perda de Na+

Dia-a-diaPerda de água > 3%PC70kg 3% PC = 2,1kg

Na prática:- Peso seco no início e

no final do treino- Cor da urina

- Sede

Perde-se + água e - íons

Reidratação adequada

Ingestão de fluidos, alimentos e suplementos

Reposição das perdas de fluidos,

carboidratos e eletrólitos

Vestuário

Temperatura Ambiente

> T ambiente >

evaporação

Umidade relativa do ar (URA)

Intensidade da atividade física> intensidade

> gasto calórico

> produção de calor

> sudorese

Nível de aptidão físicaIndividualidade

biológica

Sobrecarga (V e I)

Aclimatação

Excreção diária de água

Ambiente quente ou atividade física intensa

6900ml = 500 urina + 100 fezes +5600 pele +700 pulmões

VESTUÁRIO

TIPO E INTENSIDADE DA ATIVIDADE

FÍSICA

ESTRESSE AMBIENTAL

SUDORESE & BALANÇO TÉRMICO

ALIMENTAÇÃO

Custo x benefícioSituação econômica

Contexto social/esportivoNutrição individual

Hábito de consumo localTolerância individual (gastrintestinal)

Ingestão recomendada (H2O)

Atividade aeróbia 500ml 2h antes

A partir de 45min 250ml/15min

ou 1litro/h. t>2h – até

2000ml/h(ACSM, 2007)

Água Isotônico Cerveja Água de côcoPalatabilidade

Conforto gástrico

Esvaziamento

Reposição VP

Eletrólitos

Carboidratos

Disponibilidade

Praticidade

Custo

Benefício

/

?

/

/

/

IsotônicoPalatabilidade

Conforto gástrico

Esvaziamento

Reposição VP

Eletrólitos

Carboidratos

Disponibilidade

Praticidade

Custo /

Benefício

Isotônico CHO Isotônico CHO + ProteínaPalatabilidade

Conforto gástrico

Esvaziamento

Reposição VP

Eletrólitos

Carboidratos

Disponibilidade

Praticidade

Custo /

Benefício

Isotônico CHO + Proteína

/

Isotônico CHO + Proteína

> absorção intestinal CHO> aporte CHO aos tecidos ativos

↑ resistência à fadiga (↑ t performance 44%)

↓ dano muscular (↓80% [CPK])↓ possibilidade de lesão muscular

↓ t recuperação entre provas / treinos

Noakes, T (2009)

Isotônico CHO + Proteína – Recovery Drink

Proporção 4:1 (CHO : Whey Protein)Proteína de alto valor

biológicoProvimento de BCAAs(leucina, isoleucina e valina)

Fácil digestãoAbsorção imediata (10min)

Energéticos / estimulantesNão devem substituir bebidas e géis ↑

[CHO]

Barras e sachês de gelCARBOIDRATOS

PARA ANTES DO TREINO: CHO baixo índice glicêmico – liberação lenta.

CHO alto índice glicêmico ao longo da atividade.

Indica-se a t jejum>3h

RE NutricionaisCarboidratos

Sobrecarga de glicogênio reservas de CHO acima dos níveis fisiológicosPrática questionável, consiste em afunilamento da atividade aeróbia (3dias) com 50% RDI CHO, seguida de outros 3 dias com 170% RDI CHO.Utilizada para atividades com duração > 1h e em fisiculturismo.

CARBOIDRATOS DURANTE E APÓS ATIVIDADE FÍSICA:

CHO alto índice glicêmico, como glicose ou dextrose (géis e bebidas esportivas).

- 30g a 60g CHO/1h atividade física

RE NutricionaisCafeína (doping [cafeína – urina]>12mg/l) [AGL] – atividades de longa duração Produção de urina

(Tarnopolsky, 1994) Abertura dos canais de Cálcio (condução de

PA) Força; estado de alerta Lipólise adipocitária Economia de CHO muscular Secreção gástrica [Potássio]

Cafeína Ergogênico: exercícios de curta, média e longa duração; Objetivo: força muscular, resistência à fadiga muscular; Ação direta no SNC; 3 a 6mg/kg PC 60min antes da sessãoImportante:

Hidratação – Possível diurético (megadoses). Excesso - tremor, insônia, nervosismo, irritabilidade, ansiedade, náuseas e desconforto gastrintestinal.

RE NutricionaisFerroAnemia ferropriva (mais comum em

mulheres do que em homens atletas)Permuta de gases respiratórios (hemácias

– oxiemoglobina e carboxiemoglobina)Cansaço precoce em atividades aeróbias

Alimentação e suplementação 10mg/dia –mulhres15mg/dia- homens

RE Fármaco Condroitina , Glucosamina e Hialuronato

de SódioÉ considerado suplemento nutricional

em vários países (fármaco no Brasil).Tem função de preservação da

cartilagem articular pela hidratação da matriz extracelular.

Efeito ergogênico preventivo / reabilitatório.

RE – melhorias biomecânicas- Materiais esportivos

- Meias compressivas- Tênis de corrida com correção de pisada- Calçados para levantamento de peso (força

reativa)- Magnésio (melhor grip force) - Tecidos inteligentes (sudorese)- Bicicletas com maior estudo aerodinâmico

- Dilatador nasal ?

Cartilagem articular Localizada nas

extremidades articulares dos ossos

Aspecto azulado in vivo

Idênticas em todos os mamíferos (hialina)

Funções mecânicas Distribuição (camada

superficial), transmissão e absorção (camadas média e profunda)

Redução de atrito entre superfícies articulares

A – cartilagem articular tíbio-femuralB – espessura das cartilagens condilares (azul = maior espessura)

Camadas – esquema mecânico

Desgaste da camada superficial versus osteoartrite (OA)

Camadas – microscopia de luz A = 4 sem; B = 8 sem; C = 16 sem; D =

32 sem

Efeitos do envelhecimento

Dificuldade de remodelação da matriz

Diminuição funcional dos crondrócitos

Diminuição dos PGs (tamanho e no)

Fetal

IdosoAdulto

Microscopia eletrônicaWistar 3 meses

Wistar 12 meses

Wistar 32 meses

Camadas – microscopia de luz A = 4 sem (platô) ; B = 4 sem (artic); C = 32 sem

(artic)

Osteoartrite

Efeitos do envelhecimentoAspereza superficial nas áreas de maior estresse mecânico

Osteoartrite não é um efeito fisiológico do envelhecimento, mas uma patologia com impacto econômico

Efeitos do envelhecimento Menor deformação à sobrecarga – ruptura

Espessura das camadas tratadas

A – controle

B – sulfato de condroitina

C – hialuronato de sódio

RE - Exercício moderado Aumento na

síntese de PGs Aumento na

densidade e volume nuclear de condrócitos

Aumento da espessura das cartilagens

RE - Medidas Artificiais Permitidas

Treinamento em altitudes elevadas (2.000 a 3.000 metros) ou em câmara hipobárica.

Treinamento em condições de hipóxia induzida em laboratório.

Treinamento em hiperóxia – ainda não explicado cientificamente, mas com resultados positivos, e permitido até o momento.

RE - Medidas Artificiais Permitidas

Manipulação dietética- sobrecarga de CHO- uso de aspartaginato; creatina; albumina; picolinato de cromo; CLA; whey protein; soy protein; caseína; L-carnitina; BCAA; HMB; TCM; EFA; blends proteicos; maltodextrina; glutamina; melatonina; beta-alanina; bicarbonato; arginina; ornitina...

Atividade em salaIndividual – responda às seguintes questões:

1 – A aplicação de Massagem Esportiva ou similar pode ser considerada um recurso ergogênico? Explique.

2 – O que difere um fármaco considerado recurso ergogênico de outro considerado doping?

3 – Elabore uma estratégia de hidratação adequada para um corredor amador que participará de uma prova de 5 horas ininterruptas (cerca de 50km em terreno com altimetria variada).

Doping“Dop” – dialeto cafre, África do Sul.Aguardente % [enol], estimulante em

cerimônias de cultos religiosos.“Doping” – dicionário inglês (1869).

Def.: mistura de ópio e narcóticos para o emprego clandestino em corridas de cavalos.

Registros históricos - doping~ 5.000 AC – China. Uso do chá de efedra pelos

trabalhadores rurais.Grécia Antiga

Plínio - uso de chá de cavalinha por corredores 3 dias antes das provas.Filostrato, Galeno – ingestão de ervas, cogumelos e testículos de touro para aumento do rendimento físico.

Índios do norte do México – raízes de peiote (corridas de mais de 260km relatadas)

Registros históricos - dopingPovos pré-colombianos – folha de coca mascada para aumentar a resistência.

Grã-Bretanha, séc XIX – uso de drogas em corridas de cavalos para maior velocidade.

Amsterdam, 1865 – relatado uso de drogas pelos nadadores que fizeram uma travessia local.

França, 1880 – uso de “garrafas rápidas” e “remédios maravilhosos” em pedais de 6 dias.

Histórico - dopingReabertura dos Jogos Olímpicos (1896)Homem levado ao limite biológico e

psíquico do rendimento esportivo.Pedra angular da exploração exacerbada

de métodos de dopagem.Segunda Guerra Mundial – uso de cocaína,

testosterona e estriquinina para aumentar a agressividade, força e endurance dos soldados.

Histórico - dopingGuerra Fria.Cultura de superpotência (EUA e URSS),

buscando imposição no cenário militar, político e esportivo (quadro de medalhas).

Desenvolvimento exponencial do doping.Só existe anti-doping (teste) após ter sido

analisado o doping (droga).Ou seja, há muito mais drogas no mercado

do que formas validades de identificá-las.

COI, 1994 – Lista de proibições1 – Grupos de substâncias proibidas:

- Estimulantes- Narcóticos- Anabólicos androgênicos- Diuréticos- Hormônios peptídicos e análogos

COI, 1994 – Lista de proibições2 – Métodos proibidos:

- Doping de sangue- Manipulação farmacológica- Manipulação química- Manipulação física

COI, 1994 – Lista de proibições3 – Grupos de substâncias permitidas

apenas com determinadas restrições:

- Álcool- Maconha (THC)- Anestésicos locais- Corticosteróides- Beta-bloqueadores

EstimulantesDentre os mais conhecidos,Anfetamina, efedrina, cocaína, cafeína.Verdadeiros “dopings” no sentido da palavra,

provocando excitação neuromuscular com ingestão pouco antes das provas.

Constam em remédios para tosse, resfriado e circulação, devendo esses ser suspensos três dias antes das provas, e substituídos em caso de indicação médica imperiosa por salbutamol e terbutalina, com atestado ao COI.

EstimulantesFenoterol.Sua metabolização gera adrenalina como

subproduto, também é considerado dopagem (catecolamina – excitatório miocárdico).

Cafeína.Permitida até 12mg/l de urina (normalmente

só é atingido esse nível de concentração com medicamentos).

Curiosidade: Quanto maior o tempo de contato da água com o pó de café, mais cafeína na bebida.

NarcóticosMorfina e congêneres químicos e

farmacológicos.Atuam como analgésicos.Geram depressão respiratória e

dependência no uso prolongado.Aspirina (A.A.S.) e derivados – proibido.

Deve ser substituído por difenoxilato.Codeína, dexametorfam e folcodim são

permitidos no tratamento da tosse.

Anabólicos e testosteronaEsteróides Androgênicos Anabólicos (EAA).

Derivados sintéticos da testosterona.Aumentam a força muscular além do efeito normal do treinamento físico.

1935 (Butenandt e Hanisch) – produção sintética da testosterona, hormônio sexual masculino.

1935 (Kochakain e Murlin) – aumento do PC em cães castrados

1938 (Veil e Lippross) – aumento do rendimento físico em idosos

Anabólicos e testosterona1938 (Papanicolau e Falke) – crescimento

muscular aumentado em cobaias.1939 (Boje) – efeito formador de músculos com

a finalidade de obter maior rendimento físico.1942 (Kearns et al) – aumento do rendimento

em cavalos.1954 (Ziegler) – médico da seleção dos EUA de

levantamento de peso, relata que levantadores russos estão utilizando injeções de testosterona.

Anabólicos e testosterona1958 – a Ciba Farmacêuticos lança o

Dianabol (metandrostenolona), com o objetivo de obter somente o crescimento muscular, sem efeitos colaterais.

“Será que os atuais recordes mundiais de força, velocidade e potência são expressão apenas da manifestação funcional humana?”

Anabólicos e testosteronaEfeitos colaterais em homens:- Afinamento da voz- Queda de cabelos (calvície) e de pêlos do corpo- Perda da função prostática (amadurecimento de

espermatozóides)- Ginecomastia- Acúmulo de gordura intravisceral- Aumento da PAS- Aumento do LDL- Aumento da acne

Anabólicos e testosteronaEfeitos colaterais em mulheres:- Engrossamento da voz- Queda de cabelos (calvície) e surgimento de

pêlos no corpo- Desenvolvimento exacerbado do clitóris- Acúmulo de gordura intravisceral- Aumento da PAS- Aumento do LDL- Aumento da acne

Anabólicos e testosteronaAção celular:- Acelera ~50% a atividade das polimerases do

RNA no núcleo das fibras musculares por ~96 horas – 0,1mg Ritabolil / 100g PC (Rogozkin, 1979).

- Influência altamente significativa da testosterona exógena com o aumento de força (Bashin et al, 1996). Testosterona-enantato a 600mg 1x/semana x 10semanas treino de força.

GC = + 1,9kg PC livre de gorduraGT = + 3,2kg PC livre de gordura

Anabólicos e testosteronaDados da Stasi (polícia da Alemanha Oriental, 1981)- Arremesso de disco:

masc = + (10-12)m; fem = + (11-20)m- Arremesso de martelo: masc + (6-10)m- Arremesso de dardo: fem + (8-15)m- Pentatlo fem: + 20% pontos- Corrida 400m fem: - (4-5)s- Corrida 800m fem: - (5-10)s- Corrida 1500m fem: (7-10)s- Corrida 100m: masc – (0,2-0,4)s; fem – (0,4-0,8)s “?”

Somatotropina (STH ou HGH)Hormônio do Crescimento - Iniciou-se o uso pelas provas cada vez

mais sofisticadas para identificação dos derivados de testosterona.

- Grande disponibilidade no mercado- Menos apropriada para fins de rendimento

físico- Maiores riscos à saúde, como acromegalias

e cardiomegalias (Arnold Schwarzeneger).

DiuréticosPromovem a redução do peso corporal.Muito empregados em modalidades esportivas

subdivididas por classes de pesos.Têm função bioquímica na dissimulação de

outras substâncias dopamínicas por meio de diluição na quantidade de urina total produzida.

Há perigo para a saúde pela perda exacerbada de eletrólitos e de líquido em concomitante solicitação muscular intensa (esporte).

Hormônio peptídico e análogosEntre outros:

- Gonadotropina coriônica (HCG) produção esteróides androgênicos endógenos

- Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) produção corticosteróides endógenos

- Hormônio do crescimento (STH ou HGH)- Hipertrofia (mais representativo em mulheres)

- Eritropoetina (EPO).- Dopagem sanguínea.

EPOPromove o aumento do volume total dos

eritrócitos por vias “naturais” através de um procedimento não-fisiológico.

A EPO é produzida nos rins e estimula a medula óssea a produzir hemácias, facilitando as permutas gasosas e aumentando o volume total de sangue circulante (endurance).

Em uso prolongado, aumentam o agregante plaquetário, a chance de microisquemias e de falência do miocárdio (atribuição a óbitos de atletas na terceira década de vida).

Doping sanguíneo“Retransfusão do Próprio Sangue”

Conhecido desde a décade de 1950.- Retirada de ~1,2l de sangue do atleta.- Treinamento mantido por ~3 semanas- Reinfusão do concentrado do eritrócito de 3 a 4

dias antes da prova.Aumento de 4 a 5% no rendimento aeróbio.Risco de edema pulmonar, reação alérgica grave,

contaminação e redução da imunidade (na retirada do sangue)

Manipulação físicaEletroestimulaçãoAplicada em musculaturas normalmente

difíceis de serem trabalhadas no treinamento físico.

Carga semelhante ao treinamento da força estática.

Efeitos positivos e negativos (distensões, rupturas) questionáveis e ainda desconhecidos, mas constam de diversas listas de doping.

Outras ManipulaçõesCateterização da bexiga.

Troca, diluição, repressão da eliminação da urina renal (probenecida e epitestosterona).

Retirada de sangue antes da pesagem.Reinfusão após a pesagem (garantia de classe de peso corporal inferior)

Insuflação de ar no intestino.Aplicada em nadadores nos Jogos Olímpicos de Montreal, 1976, visando reduzir a densidade corporal e obter maior flutuabilidade.

Substâncias permitidas com restrições

Álcool (“não-doping ?”)Maconha (talvez proibida por uma ou

outra federação) – opiáceo e analgésico - THC.

Anestésicos locais (injeções ou intra-articulares) – procaína, xilocaína, carbocaína.

Corticosteroides inalados – devem ser comunicados ao COI.

Substâncias permitidas com restrições

Glicocorticoides (cortisona) – efeito euforizante, mobilização de AGL (albumina), esgotamento das reservas de CHO muscular mais efetiva.O uso prolongado pode levar ao surgimento de infecções respiratórias e dos olhos, além de osteoporose e quedas no sistema imune.

É um dos meios de doping mais utilizados e que mais deve ter causado danos à saúde dos esportistas, principalmente quanto à respiração, com danos irreversíveis.

Substâncias permitidas com restrições

Beta-bloqueadores.“Bloqueadores de beta-receptores”.Ingeridos por esportistas de modalidades

coordenativas de precisão (tiro, arco e flecha, esportes a motor).

Antigamente, eram ingeridas pequenas quantidades de álcool ao invés de beta-blocks.

Substituições

Reposição de nutrientes consumidos excessivamente.

“Suplementação”.Permitidas, em especial em condições

de estresse ambiental elevado (altitude, calor, extremo frio), tanto durante quanto após as provas.

Dificuldades no controle do doping

Interpretação de resultados (hormônios endógenos e induzidos exogenamente).

Faltam definições inequívocas de valores-limite, influenciáveis por alimentação e origem racial.

Falta de garantia de manter-se as cadeias de coleta de sangue e urina intocadas.

Retiradas de sangue podem ser interpretadas como atos de lesão corporal em algumas legislações.

Razões para proibir o doping1 – Contra as regras competitivas. Fere o fair play,

tonando a prova mais muscular do que esportiva.2 – Efeitos colaterais nocivos à saúde, podendo

encurtar a vida e a carreira atlética.3 – Perigo da imitação do ídolo por crianças e

adolescentes, estimulando o uso de outras drogas e fomentando problemas de saúde pública.

Maior cenário de uso de EAA: fisiculturismo, tanto profissional quanto amador.

Tarefa Individual

Haverá doping enquanto houver esporte de rendimento e de alto rendimento.

1 – O que fazer para gerar consciência coletiva e reduzir o doping em termos de escolha de competições avaliativas para os Jogos Olímpicos, testes, uso de verba do esporte administradas pelo COI, e uso de verbas dos Governos Municipais, Estaduais e Federais?