Post on 26-Jan-2019
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO VICE-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS SETOR DE CONCURSOS EXTERNOS
RECURSOS - QUESTÃO 7
A noção de informalidade é dependente do valor que as palavras e realizações linguísticas
assumem no uso reiterado pelos falantes em situações de comunicação. Assim, a palavra
"nojenta", na letra a, assume um viés intensamente subjetivo, o que leva a um efeito de
aproximação entre o locutor que se manifesta no texto e o leitor, caracterizando um grau de
proximidade entre eles que confere a esse dizer um alto grau de informalidade na situação
comunicativa. Em b, a expressão "quebram a cabeça" é usada em seu sentido figurado, típico
de situações faladas e informais do dia a dia. Em c, o uso do sufixo "ada" em "sujeirada" reveste
a palavra de um sentido exagerado, o qual só é possível de ser mobilizado a partir de um alto
grau de subjetividade no texto, resgatando dizeres de outras esferas, nas quais o sufixo "ada"
assume ares de informalidade típicos da oralidade. Em d,o processo é semelhante: o uso do
verbo "detona" em seu sentido figurado se aproxima do que o pesquisador Dino Preti chama
gíria, característica da informalidade do discurso. Em e, entretanto, o uso da palavra "bizarro"
não recupera nenhuma dessas situações de uso da língua anteriormente apontadas, sendo
usada, inclusive, em seu histórico na LP, em textos formais, livros didáticos, textos acadêmicos.
Dado o exposto, o recurso é indeferido.
Banca examinadora
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO VICE-REITORIA DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS
SETOR DE CONCURSOS EXTERNOS
RECURSOS - QUESTÃO 7
A noção de informalidade é dependente do valor que as palavras e realizações linguísticas
assumem no uso reiterado pelos falantes em situações de comunicação. Assim, a palavra
"nojenta", na letra a, assume um viés intensamente subjetivo, o que leva a um efeito de
aproximação entre o locutor que se manifesta no texto e o leitor, caracterizando um grau de
proximidade entre eles que confere a esse dizer um alto grau de informalidade na situação
comunicativa. Em b, a expressão "quebram a cabeça" é usada em seu sentido figurado, típico
de situações faladas e informais do dia a dia. Em c, o uso do sufixo "ada" em "sujeirada" reveste
a palavra de um sentido exagerado, o qual só é possível de ser mobilizado a partir de um alto
grau de subjetividade no texto, resgatando dizeres de outras esferas, nas quais o sufixo "ada"
assume ares de informalidade típicos da oralidade. Em d,o processo é semelhante: o uso do
verbo "detona" em seu sentido figurado se aproxima do que o pesquisador Dino Preti chama
gíria, característica da informalidade do discurso. Em e, entretanto, o uso da palavra "bizarro"
não recupera nenhuma dessas situações de uso da língua anteriormente apontadas, sendo
usada, inclusive, em seu histórico na LP, em textos formais, livros didáticos, textos acadêmicos.
Dado o exposto, o recurso é indeferido.
Banca examinadora