Post on 01-Dec-2018
RELATÓRIO FINAL
Projeto Agrisus No: 1622/15
Título da Pesquisa: Rendimento e atributos físicos e químicos do solo em sistema plantio
direto e convencional da cebola em Ituporanga, SC.
Interessado (Coordenador do Projeto): Arcângelo Loss
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Centro de
Ciências Agrárias, Departamento de Engenharia Rural – Itacorubi – Florianópolis – SC, CEP:
88034-000. Fone: (48)916630-31 / 37215343. arcangeloloss@yahoo.com.br;
arcangelo.loss@ufsc.br
Bolsista: Renan Tramontin
Local da Pesquisa: Ituporanga, SC.
Valor financiado pela Fundação Agrisus: 14.300,00
Vigência do Projeto: 01/07/15 a 31/12/16
Resumo
O nível de agregação do solo e o tamanho dos agregados sofrem influência dos diferentes
sistemas de plantio, manejo e práticas culturais. O uso de plantas de cobertura podem
favorecer a agregação e a fertilidade do solo por meio da produção de massa seca, ação das
raízes e liberação de exsudatos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes
espécies de plantas de cobertura em sistema plantio direto (SPD) e sistema de preparo
convencional (SPC) do solo com o cultivo de cebola sobre a agregação do solo e os atributos
químicos dos agregados do solo em Ituporanga, SC. O experimento foi implantado em abril
de 2007, e estabelecido oito tratamentos com sucessão e rotação de culturas para a cebola: T1-
sucessão cebola milho em SPD; T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal
em SPD; T3-milho/gramíneas de inverno e cebola bienal em SPD; T4- leguminosa no verão e
cebola anual em SPD; T5-gramíneas verão/inverno e cebola anual em SPD; T6-leguminosa
1
verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD; T7- sucessão cebola milho, porém em SPC;
T8- coquetel de coberturas de verão e cebola anual em SPD. Após sete anos da implantação
do experimento foram determinados os índices de agregação: diâmetro médio ponderado
(DMP), a distribuição de macro e microagregados, os teores de carbono orgânico total (COT),
nitrogênio total (NT), relação C/N, pH, Ca+2, Mg+2, Al+3, K+, H++Al+3, P, CO e N particulado
(COp / Np), CO e N associado aos minerais (COam / Nam), carbono da fração humina (C-
HUM), ácidos húmicos (C-FAH) e fúlvicos (C-FAF). Também se avaliou a produtividade da
cebola. O SPD de cebola em comparação ao SPC aumenta os teores de COT e NT na camada
de 0-5 cm e DMP na camada de 5-10 cm dos agregados do solo. O uso de leguminosas
(mucuna) como plantas de cobertura e cebola anual (T6) incrementa os teores de NT (0-5 e
10-20 cm) e diminui a relação C/N do solo (0-5 cm) e o DMP dos agregados (5-10 cm) em
comparação aos demais tratamentos. Porém, o tratamento com espécies vegetais gramíneas de
cobertura (centeio, milheto, aveia) e cebola anual (T5) aumenta os teores de COT (0-5 cm) e
NT (10-20 cm). Os tratamentos com maior diversidade vegetal, com plantas de coberturas em
rotação, solteiras e/ou consorciadas, favorecem o aumento da produtividade da cebola e da
fertilidade dos agregados do solo, com ênfase para os teores de Ca, Mg, K trocável, P
disponível, em comparação ao tratamento com sucessão de milho-cebola. O SPC desfavorece
a manutenção dos teores de COp, Np e C-HUM na camada superficial do solo em
comparação ao SPD da cebola.
Palavras-chave: Allium cepa L.; plantas de cobertura; fertilidade do solo; carbono e
nitrogênio particulados.
1. Introdução
O estado Santa Catarina (SC) destaca-se no setor agrícola como maior produtor
nacional de cebola (ACATE, 2015). A cadeia produtiva desta hortaliça movimenta por volta
de 350 milhões de reais por ano em SC e envolve cerca de 6.500 produtores (FOLTRAN,
2015). Todavia, para o seu cultivo, parte significativa da área de produção no estado utiliza o
sistema de preparo convencional do solo (SPC), o qual é caracterizado pelo revolvimento
(aração, subsolagem, escarificação ou enxada rotativa) numa profundidade de 20 cm do solo
antes do transplante das mudas de cebola, sendo no momento do transplante realizada uma
gradagem (EPAGRI, 2013).
O SPC no cultivo da cebola vem causando a degradação física do solo, fazendo com
que se buscasse como alternativa de manejo do solo o sistema plantio direto (SPD) (Luciano
et al., 2010). No SPD realiza-se o transplante das mudas de cebola através de abertura, com
2
implementos adaptados, de pequenos sulcos (10 cm) na linha de transplante mantendo-se o
restante da área com matéria seca oriunda de plantas de cobertura (EPAGRI, 2013). Além do
SPD, outras práticas conservacionistas do solo são utilizadas, tais como: sistema cultivo
mínimo (SCM), rotação de culturas, consórcio de espécies vegetais, adubação verde e uso de
plantas de cobertura (Luciano et al., 2010; EPAGRI, 2013; Silva et al., 2014; Loss et al.,
2015). Todas estas práticas de manejo alteram positivamente as propriedades edáficas (Loss et
al., 2009; 2015; Souza et al., 2013), tal como o incremento dos teores de matéria orgânica do
solo (MOS). A MOS afeta a disponibilidade de nutrientes, a capacidade de troca catiônica
(CTC) do solo, a complexação de elementos tóxicos e micronutrientes, a agregação das
partículas, a infiltração e a retenção de água, a aeração e a atividade e biomassa microbiana do
solo (Pereira et al., 2013; Vezzani & Mielniczuk, 2009).
Estudos de longo prazo vêm abordando a utilização do SPD com diferentes espécies
vegetais, destacando-se as plantas de cobertura associadas em rotação e/ou sucessão de
culturas, com o intuito de demonstrar os benefícios desta prática de manejo do solo e destas
espécies nas propriedades físicas (Loss et al., 2009; 2015; Luciano et al., 2010), químicas
(Pinheiro et al., 2003; Silva et al., 2014; Souza et al., 2013;) e biológicas do solo (Silva et al.,
2014). As espécies de plantas de cobertura apresentam diferentes composições (relação
carbono nitrogênio – C/N, nutrientes) e estas características que determinam a dinâmica de
produção e decomposição do material vegetal e a cobertura do solo ao longo do tempo no
SPD (Ambrosano et al., 2005). As leguminosas produzem uma fitomassa rica em nitrogênio
(N) e com baixa relação C/N, o que favorece a rápida decomposição da matéria seca pelos
microrganismos do solo. Já as gramíneas, produzem uma fitomassa com alta relação C/N, fato
que retarda a decomposição da matéria seca pela microbiota do solo (Lima Filho et al., 2014).
O consórcio de gramíneas e leguminosas como plantas de cobertura em SPD pode
proporcionar uma relação C/N intermediária com maior persistência no solo possibilitando o
incremento dos teores de MOS e fornecendo gradativamente nutrientes, principalmente N, às
culturas de interesse (Giacomini et al., 2003; Calegari, 2008). As plantas de cobertura também
interferem nos atributos físicos do solo, com destaque para a agregação do solo, onde as
gramíneas, que apresentam sistema radicular extenso e renovado constantemente são mais
eficientes em aumentar e manter a estabilidade dos agregados em comparação às leguminosas,
que têm sistema radicular pivotante (Lima Filho et al., 2014).
Segundo Loss et al. (2015), em solos manejados sob SPC e SPD, ambos com o cultivo
de cebola, tem-se diferenças significativas na agregação do solo, com destaque para a classe
dos macroagregados (8,00 mm > Ø ≥ 2,0 mm), que é mais estável no SPD em comparação ao
3
SPC. Sendo assim, devido à maior labilidade da matéria orgânica presente em
macroagregados, a estabilidade dos mesmos é dependente da presença de plantas e do aporte
constante de resíduos ao solo (SIX et al., 2000; BRAIDA et al., 2011). Diante desse aspecto, o
solo sob SPC apresenta perda de estabilidade e, consequentemente, quebra dos
macroagregados (TIVET et al., 2013; LOSS et al., 2015) e exposição da matéria orgânica à
decomposição pelos microrganismos (SIX et al. 2000).
Ainda são poucos os trabalhos que avaliaram os atributos edáficos em relação ao SPD
de cebola, sendo necessários mais estudos sobre as modificações que este sistema promove
aos atributos físicos e químicos do solo, assim como qual a melhor composição de plantas de
cobertura que favorece a cobertura do solo para o desenvolvimento desta cultura. O objetivo
geral deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes espécies de plantas de cobertura em
sistema plantio direto e sistema de preparo convencional do solo com o cultivo de cebola
sobre a agregação do solo e os atributos químicos dos agregados do solo em Ituporanga, SC.
2. Material e métodos
2.1 Localização, caracterização da área de estudo e planejamento do experimento
O experimento foi implantado em abril de 2007, no município de Ituporanga, SC, na
Estação Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa
Catarina (EPAGRI) (S 27º 24' 52" e W 49º 36' 9", 475 m de altitude). O solo foi classificado
como Cambissolo Húmico Distrófico (Embrapa, 2013), apresentando na camada de 0-20 cm
410, 264 e 326 g kg-1 de areia, silte e argila, respectivamente. O clima da região é do tipo
mesotérmico úmido com verões quentes, Cfa, segundo a classificação de Köppen. O
delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso, com oito tratamentos e cinco
repetições. Cada unidade experimental possuía 8,7 m² cada e constituídas de sete fileiras com
30 plantas de cebola por fileira. Os tratamentos abrangeram sistemas de cultivo para a cultura
da cebola, baseados em diferentes coberturas do solo utilizadas para produção de matéria seca
no SPD, caracterizado pela abertura de sulco para o transplante das mudas de cebola.
Na implantação do experimento, em 2007, foi semeada, em toda a área, a cobertura de
aveia/ervilhaca/nabo e, posteriormente foram implantados os oito tratamentos (T1 a T8), com
as seguintes sequências de coberturas e culturas, conforme consta na Tabela 1.
4
Tabela 1. Tratamentos implantados na rotação de culturas para cultivo de cebola sob manejo conservacionista do solo, de 2007 a 2010,Ituporanga, SC.
Trat.
2007 2008 2009 2010
Inverno Verão Inverno Verão Inverno Verão Inverno Verão
T1 Aveia+ Ervilhaca+ Nabo Milho Pousio Cebola Milho Pousio Cebola Milho Pousio Cebola Milho
T2 Aveia+ Ervilhaca+ Nabo MilhoAveia+Nabo+Centeio
Cebola GirassolAveia+
Ervilhaca+ NaboFeijão
Centeio+Nabo
Cebola Milho
T3 Aveia+ Ervilhaca+ Nabo MilhoAveia+Nabo
CebolaMilho
SafrinhaErvilhaca Milho Centeio Cebola Milho
T4 Aveia+ Ervilhaca+ Nabo MilhoAveia+Nabo+Centeio
Cebola Mucuna Centeio Milho Nabo Cebola Mucuna
T5Aveia+
Ervilhaca+Nabo
Cebola Milheto Nabo Cebola MilhetoAveia+
Ervilhaca+ NaboMilho Cevada Cebola Milheto
T6Aveia+
Ervilhaca+Nabo
Cebola FeijãoPorco
Centeio Cebola Mucuna Cebola Mucuna Centeio Cebola Mucuna
T7Aveia+
Ervilhaca+Nabo
Cebola FeijãoPorco+Milheto
Aveia Cebola Crotalária Centeio Milho Aveia Cebola Crotalária
T8Aveia+
Ervilhaca+Nabo
Cebola GirassolAveia+Centeio
CebolaGirassol+Mucuna+Milheto
Ervilhaca MilhoCenteio+Aveia+Nabo
CebolaMilheto+Mucuna+Girassol
Espécies vegetais: aveia preta (Avena strigosa), cebola (Allium cepa L.), centeio (Secale cereale L.), crotalária (Crotalaria spectabilis) ervilhaca peluda (Vicia villosa), feijão(Phaseolus vulgaris L.), feijão de porco (Canavalia ensiformis L.), girassol (Helianthus annuus L.), milho (Zea mays L.), milheto (Pennisetum americanum L.), mucuna preta(Stizolobium aterrimum) e nabo forrageiro (Raphanus sativus L.). Trat=tratamentos
5
Durante a condução do experimento (2007 a 2010) e das avaliações feitas, assim como
das visitas de produtores e professores ao experimento, surgiu o seguinte questionamento:
Porque não foi colocado um tratamento em SPC do solo para efeito de comparação com os
demais tratamentos em SPD? Dessa forma, a partir do ano de 2011, foi modificado o sistema
de rotação e a sequência de coberturas, sendo agora os tratamentos (T) redefinidos da seguinte
forma, conforme consta na Tabela 2:
T1 - milho, cebola, milho, cebola, milho, cebola (T1-sucessão cebola milho em SPD);
T2 - ervilhaca, milho, nabo-centeio, cebola, milho (T2-rotação comercial e cobertura de
inverno e cebola bienal em SPD); T3 - milho, centeio, cebola, milho, aveia, milho (T3-
milho/gramíneas de inverno e cebola bienal em SPD); T4 - mucuna, cebola, mucuna, cebola,
mucuna (T4- leguminosa no verão e cebola anual em SPD); T5 - milheto, centeio, cebola,
milheto, aveia, cebola, milheto (T5-gramíneas verão/inverno e cebola anual em SPD); T6 -
mucuna, centeio, cebola, mucuna, centeio, cebola, mucuna, centeio, cebola, mucuna (T6-
leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD); T7 - milho, cebola, milho,
cebola, milho, cebola (T7- sucessão cebola milho, porém em SPC); T8 - milheto-mucuna-
girassol, cebola, milheto-mucuna-girassol, cebola, milheto-mucuna-girassol (T8- coquetel de
coberturas de verão e cebola anual em SPD).
A partir de 2014, repete-se a sequência de tratamentos conforme consta na Tabela 2
para os anos de 2011, 2012 e 2013. Assim, a sequência de rotação de 2011, 2012 e 2013 (três
anos) se repete para os anos seguintes, sendo 2014 igual a de 2011, 2015 igual a de 2012,
2016 será igual a de 2013; 2017 será igual a de 2014, 2018 será igual a de 2015, e assim por
diante, onde a cada três anos reinicia-se a sequência de rotação. O tratamento 7 (T7) passou a
ser manejado no SPC, com aração e gradagem do solo, para se ter um tratamento dentro da
rotação para comparação entre os sistemas SPD e SPC da cebola.
6
Tabela 2. Tratamentos implantados na rotação de culturas para cultivo de cebola sob manejo conservacionista do solo, de 2011 a 2014,
Ituporanga, SC.
Trat. 2011 2012 2013Inverno Verão Inverno Verão Inverno Verão
T1 Pousio Cebola Milho Pousio Cebola Milho Pousio Cebola Milho
T2 Ervilhaca MilhoCenteio+
NaboCebola Milho
Nabo+Centeio
Feijão
T3 Centeio Cebola Milho Aveia Cebola Milho Centeio Cebola MilhoT4 Cebola Mucuna Cebola Mucuna Cebola MucunaT5 Centeio Cebola Milheto Aveia Cebola Centeio Centeio Cebola MilhetoT6 Centeio Cebola Mucuna Centeio Cebola Mucuna Centeio Cebola MucunaT7 Pousio Cebola Milho Pousio Cebola Milho Pousio Cebola Milho
T8 Pousio CebolaMilheto+Mucuna+Girassol
Pousio CebolaMilheto+Mucuna+Girassol
Pousio CebolaMilheto+Mucuna+Girassol
Espécies vegetais: aveia preta (Avena strigosa), cebola (Allium cepa L.), centeio (Secale cereale L.), crotalária (Crotalaria spectabilis) ervilhaca peluda (Vicia villosa), feijão(Phaseolus vulgaris L.), feijão de porco (Canavalia ensiformis L.), girassol (Helianthus annuus L.), milho (Zea mays L.), milheto (Pennisetum americanum L.), mucuna preta(Stizolobium aterrimum) e nabo forrageiro (Raphanus sativus L.). T1-sucessão cebola milho em SPD, T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal em SPD,T3-milho/gramíneas de inverno e cebola bienal em SPD, T4-leguminosa no verão e cebola anual em SPD, T5-gramíneas verão/inverno e cebola anual em SPD, T6-leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD, T7- sucessão cebola milho, porém a partir de 2011, em sistema de preparo convencional (SPC) e T8-coquetel decoberturas de verão e cebola anual em SPD. Trat=tratamentos.
7
Para escolha das espécies (Tabelas 1 e 2) procurou-se usar plantas comerciais
frequentemente usadas na região, com boa adaptação, com facilidade de encontrar sementes no
mercado, de fácil manejo e com boa produção de matéria seca. Procurou-se conciliar a parte
comercial com a parte técnica, através da inserção de tratamentos que possibilitassem a adoção
pelos agricultores ao mesmo tempo em que pudessem elucidar as dúvidas relacionadas a aspectos
químicos na adoção do SPD para a cultura da cebola.
A área de implantação do experimento vem sendo cultivada em sistema de produção
conservacionista desde 1995, quando foi realizada a última correção do solo e elevou-se o pH para
6,0. Desde então, os cultivos manejados no local de instalação do experimento estão sob SPD, sem
intervenções de preparo. A única exceção é o T7, que a partir de 2011, passou a ser manejado na
forma de SPC, para se ter um comparativo com os demais tratamentos em SPD.
As adubações realizadas durante o período experimental ocorreram somente nos períodos de
cultivo de cebola e milho e foram feitas conforme as recomendações para essas culturas
(CQFSRS/SC, 2004). Para a cebola, a adubação foi de 120 kg ha-1 de P2O5, 60 kg ha-1 de K2O, e 75
kg ha-1 de N, do formulado 05-20-10, sendo a aplicação de P e K realizadas nos plantios de cebola e
a de N feita com 15 kg ha-1 no plantio e o restante em cobertura aos 45, 65 e 85 dias após o
transplante das mudas de cebola. Este sistema foi adotado todos os anos apenas nas safras com a
cultura da cebola. Com relação ao fósforo, como os teores estavam muito altos na safra 2010,
utilizou-se somente adubação com 50 kg ha-1 de P e nas safras seguintes 80 kg/ha. Para a cultura do
milho não foi realizada adubação com P e K devido aos valores altos destes nutrientes. Foram
realizadas adubações nitrogenadas em cobertura com 90 kg ha-1 de N (fonte ureia), quando o milho
tinha entre seis e oito folhas. Aplicou-se também após 45 dias do transplante das mudas, 30 kg ha-1
de enxofre (S) na forma de gesso agrícola (CaSO4.2H2O). Esta adubação foi realizada todos os anos
com a cultura da cebola.
Antes do plantio da cebola, as plantas de coberturas são dessecadas e, posteriormente, são
abertos os sulcos de semeadura com uma máquina adaptada para o plantio direto da cebola, sendo
transplantadas manualmente as mudas da cv. ‘Empasc 352’ - Bola Precoce. O espaçamento usado é
de 0,40 m entrelinhas e 0,10 m entre plantas, com sete linhas de cebola por parcela.
2.2 Coletas de solo e análises realizadas
Em agosto de 2014, sete anos após a implantação do experimento, foram coletadas amostras
indeformadas de solo nas profundidades de 0-5 cm, 5-10 cm e 10-20 cm, com quatro repetições por
tratamento. Foi aberta em cada parcela uma mini-trincheira de 40 x 40 x 40 cm nas entrelinhas da
cebola e coletaram-se as amostras indeformadas de solo com uma pá de corte. Em seguida, as
amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e encaminhadas ao Laboratório de Manejo e
Classificação de Solos da Universidade Federal de Santa Catarina. As amostras foram secas ao ar e,
posteriormente, destorroadas manualmente, para avaliar a estabilidade dos agregados e,
posteriormente, realizar a caracterização química dos agregados. A obtenção dos agregados do solo
foi feita seguindo fendas ou pontos de fraqueza e passadas em um conjunto de peneiras de malha
8,00 mm e 4,00 mm, conforme Embrapa (1997).
2.2.1 Análises Físicas
a) Estabilidade dos agregados
Dos agregados retidos na peneira de 4,00 mm, foram pesados 25 gramas e transferidos para
uma peneira de 2,00 mm, que compõe um conjunto de peneiras com diâmetro de malha decrescente,
a saber: 2,00; 1,00; 0,50; 0,25 e 0,105 mm, conforme EMBRAPA (1997). Os agregados
inicialmente colocados na peneira de 2,00 mm foram umedecidos com borrifador de água, e
posteriormente o conjunto de peneiras foi submetido à tamisação vertical via úmida por 15 minutos
no aparelho de Yoder (YODER, 1936). Transcorrido esse tempo, o material retido em cada peneira
foi retirado, separado com jato d'água, colocado em placas de pétri previamente pesadas e
identificadas, e levado à estufa até a obtenção de massa seca constante.
A partir da massa de agregados foram calculados o diâmetro médio ponderado (DMP) de
agregados, segundo EMBRAPA (1997) e com a massa dos agregados foi avaliada a sua distribuição
nas seguintes classes de diâmetro médio, conforme Costa Junior et al. (2012): Ø ≥ 2,0 mm
(macroagregados); e Ø < 0,25 mm (microagregados).
b) Análises químicas
Para a avaliação dos atributos químicos, o restante dos agregados retidos na peneira de 4,00
mm foi destorroado e passado por peneira de 2,00 mm de malha para obtenção da terra fina seca ao
ar (TFSA) dos agregados. Neste material determinaram-se as análises descritas abaixo.
- Fertilidade dos agregados do solo
Determinaram-se o pH em H2O e em SMP, teores trocáveis de Al+3, Ca+2 e Mg+2, além dos
teores disponíveis de K+ e P dos agregados do solo segundo Tedesco et al. (1995).
- Carbono Orgânico Total (COT), Nitrogênio Total (NT) e relação C/N dos agregados do solo
Os teores de COT dos agregados do solo foram determinados segundo Yeomans e Bremner
(1988) e os teores de NT dos agregados do solo conforme metodologia descrita em Tedesco et al.
(1995). Após a obtenção do COT e do NT, calculou-se a relação C/N dos agregados.
- Fracionamento granulométrico da Matéria Orgânica do Solo (MOS) nos agregados
Para o fracionamento granulométrico da MOS seguiu-se a metodologia descrita por
Cambardella & Elliott (1992), na qual foram utilizados 20 g de massa de agregados e 60 mL de
solução de hexametafosfato de sódio (5 g L-1), sendo as amostras agitadas durante 15 horas em
agitador. A seguir, a suspensão foi passada em peneira de 53 µm com auxílio de jato de água. O
material retido na peneira, que consiste no carbono e o nitrogênio orgânico particulado (COp/Np),
foi seco em estufa a 60ºC, quantificado em relação a sua massa, moído em gral de porcelana e
analisado em relação ao teor COT e NT segundo Yeomans e Bremner (1988) e Tedesco et al.
(1995), respectivamente. O material que passar pela peneira de 53 µm, que consiste no carbono e
nitrogênio orgânico associado aos minerais (COam/Nam) foi obtido por diferença entre o COT/NT
e COp/Np.
- Fracionamento quimico da Matéria Orgânica do Solo (MOS) nos agregados
Para a extração e quantificação dos teores de C das frações húmicas foi utilizada a técnica de
solubilidade diferencial em meio alcalino e ácido conforme metodologia preconizada pela
Sociedade Internacional de Substâncias Húmicas - IHSS (Swift, 1996), com adaptação de Benites et
al.(2003). Neste caso, adicionou-se 1,0 grama de TFSA em tubos falcon de 50 ml juntamente com
20 ml de NaOH 0,1 mol L-1 e fez-se rápida agitação manual. Após 24 horas de repouso,
centrifugaram-se os tubos à 5000g por 20 minutos sob refrigeração (10ºC). Em seguida, o
sobrenadante (FAF+FAH) foi transferido para outro tubo falcon de 50 ml e, no tubo com o material
precipitado, novamente foi adicionado mais 20 ml de NaOH 0,1 mol L-1, que após homogeneização,
permaneceu por uma hora em repouso. Após esse tempo, o material foi novamente centrifugado a
5000g por 20 minutos a 10ºC. Ao final, o sobrenadante novamente foi depositado juntamente com o
primeiro. O precipitado obtido após a segunda centrifugação, que inclui a fração humina,
permaneceu no fundo do tubo e foi seco em estufa com circulação de ar forçada, à temperatura de
50°C por 24 horas. O conteúdo do sobrenadante (± 40 mL) teve seu pH ajustado entre 0.9 e 1.1 com
H2SO4 20%, com o propósito de precipitar a FAH. A suspensão ficou em repouso por 18 horas,
separando-se, então, a FAH da fração solúvel em qualquer valor de pH (FAF) por centrifugação
(2500g por 5 minutos). A fração solúvel foi transferida para outro tubo falcon de 50 ml,
completando-se o volume para 50 mL com água destilada. Ao precipitado (FAH) foi feita a
dissolução manual com 5 mL de NaOH 0,1 mol L-1, e completado o volume para 50 mL com água
destilada. Para a determinação do carbono contido nas SHs (humina, ácido húmico e ácido fúlvico)
utilizou-se o método da dicromatometria, com aquecimento externo, conforme Yeomans e Bremner
(1988).
- Produtividade da cebola
Em relação à produtividade da cebola, 26 plantas de cada uma das três fileiras centrais de
cada parcela, nas safras de 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016 foram avaliadas. Em novembro de cada
ano realiza-se manualmente a colheita da cebola, utilizando-se as três linhas centrais de cada
parcela. Os bulbos permanecem na superfície do solo por 10 dias para a cura (secagem e perda de
água das folhas). Posteriormente, os bulbos são pesados e, posteriormente, quantificada
produtividade, em kg ha-1.
2.3 Análises Estatísticas
Os resultados foram analisados quanto à normalidade e homogeneidade dos dados por meio
dos testes de Lilliefors e Cochran, respectivamente. Posteriormente, foi analisado como
delineamento em blocos casualizados, com oito tratamentos e quatro repetições cada. Os resultados
foram submetidos à análise de variância com aplicação do teste F e os valores médios, quando
significativos, comparados entre si pelo teste Skott-knott a 5%.
3. Resultados e Discussão
3.1 Agregação do solo
Quanto ao DMP dos agregados observaram-se diferenças entre os tratamentos apenas na
profundidade de 5-10 cm. Nesta profundidade, o T7 (SPC) apresentou o menor valor de DMP,
seguido pelo T6 (leguminosas de cobertura e cebola anual), enquanto os demais tratamentos
apresentaram os maiores valores (Tabela 3). Maiores valores de DMP dos agregados estão
relacionados à maior proporção de macroagregados presentes no solo (Calonego & Rosolem, 2008).
Os macroagregados são estruturas complexas e diversificadas (Vezzani & Mielniczuk, 2009),
contudo são menos estáveis e mais sensíveis a perturbações devidas ao manejo intensivo do solo do
que os microagregados, e, portanto, são mais suscetíveis a perda de nutrientes intra-agregados
(Burak et al., 2011).
Tabela 3. Diâmetro médio ponderado DMP (mm) e distribuição dos macro e microagregados nas
profundidades de 0-5, 5-10 e 10-20 cm em sistema plantio direto e convencional de cebola sob
diferentes plantas de cobertura.Tratamento
s
0 – 5 cm 5 – 10 cm 10 – 20 cm
DMP Macro Micro DMP Macro Micro DMP Macro Micro
T1 4,81a 20,51b 0,24a 4,84a 21,35a 0,06c 4,54a 19,82a 0,11aT2 4,84a 21,60a 0,07b 4,70a 21,74a 0,06c 4,55a 20,40a 0,08aT3 4,87a 21,60a 0,09b 4,77a 21,14a 0,07c 4,33a 18,46a 0,16aT4 4,76a 20,78b 0,22a 4,71a 20,53a 0,15c 4,19a 18,20a 0,23aT5 4,73a 21,47a 0,17a 4,83a 21,29a 0,06c 4,48a 19,49a 0,18aT6 4,75a 21,17a 0,10b 4,51b 20,25a 0,27b 4,07a 17,30a 0,32aT7 4,63a 19,74b 0,26a 4,18c 17,09b 0,47a 4,28a 18,48a 0,19aT8 4,86a 21,62a 0,08b 4,83a 21,48a 0,05c 4,36a 18,43a 0,19a
CV(%) 3,27 3,16 3,17 4,53 4,25 43,19 7,82 8,96 46,35Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5%. T1-sucessão cebolamilho em SPD, T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal em SPD, T3-milho/gramíneas de inverno ecebola bienal em SPD, T4-leguminosa no verão e cebola anual em SPD, T5-gramíneas verão/inverno e cebola anual emSPD, T6-leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD, T7- sucessão cebola milho, porém a partir de2011, em SPC e T8-coquetel de coberturas de verão e cebola anual em SPD.
Resultados semelhantes foram relatados por Loss et al. (2015), ao avaliarem os teores de
COT e os índices de agregação do solo sob cultivo de cebola em SPD agroecológico e SPC do solo,
em Ituporanga, SC. Os autores encontraram menores valores de COT (0-5 cm) e DMP (0-5 cm, 5-
10 cm e 10-20 cm) dos agregados no tratamento em SPC. D’Andréa et al. (2002), Calonego &
Rosolem (2008), Sousa Neto et al. (2008), Loss et al. (2009; 2014) também observaram menores
valores de COT e DMP dos agregados do solo em tratamentos em SPC quando comparado à
sistemas de manejo conservacionista do solo, tais como o SPD e áreas de vegetação natural, como
pastagens e florestas nativas.
O menor valor de DMP na profundidade de 5-10 cm no T6 (leguminosas de cobertura e
cebola anual), assim como os maiores valores de microagregados (5-10 cm; Tabela 3), quando
comparado com tratamentos T1, T2, T3, T4, T5 e T8, podem ser explicados pelo uso de
leguminosas para cobertura do solo em relação aos demais tratamentos com plantas de cobertura
com gramíneas, solteiras ou consorciadas ou em rotação com plantas de cobertura. No T6 destaca-
se a presença da mucuna preta que é uma leguminosa com grande capacidade de fixação de
nitrogênio e de ciclagem de outros nutrientes (Lima Filho et al., 2014) favorecendo a atividade da
microbiota do solo e, por consequência, a decomposição da MOS, acarretando na menor proporção
de macroagregados estáveis em água, com menor valor de DMP neste tratamento. Estes fatos são
constatados pelos baixos valores de COT, relação C/N e alto valor de N encontrados no T6 na
profundidade de 5-10 cm do solo (Tabela 4). Nos tratamentos T1, T2, T3, T4, T5 e T8, o uso de
espécies de plantas de cobertura com gramíneas, que apresentam sistema radicular fasciculado e
renovado constantemente, são mais eficientes em aumentar e manter a estabilidade de agregados em
comparação às leguminosas. Estas, por sua vez, têm sistema radicular pivotante e incrementam o
conteúdo de nitrogênio do solo (Nascimento et al., 2005; Coutinho et al., 2010; Comin et al., 2015).
A ausência de diferenças entre os tratamentos para o DMP dos agregados nas profundidades
de 0-5 cm e 10-20 cm pode ser explicada pelos diferentes arranjos de rotações, sucessões e/ou
consórcios com diferentes espécies vegetais, com predomínio de gramíneas e leguminosas (Tabela
3), os quais conferiram valores de DMP altos e semelhantes para a estabilidade dos agregados, uma
vez, que segundo o método utilizado para o DMP (Embrapa, 1997), o valor máximo encontrado é
de 5,00 mm. Segundo Vezzani e Mielniczuk (2009), os sistemas agrícolas que favorecem a
agregação do solo são aqueles que cultivam diferentes espécies vegetais sem o revolvimento do
solo. Sousa Neto et al. (2008) e Loss et al. (2015) ao avaliarem os efeitos de diferentes plantas de
cobertura (crotalária - Crotalaria juncea, milheto - Pennisetum americanum sin. tiphoydes, lab-lab -
Dolichus lablab, aveia - Avena strigosa Schreb., centeio - Secale cereale L., nabo-forrageiro -
Raphanus sativus L., cevada - Hordeum vulgare L.) sobre a estabilidade dos agregados, destacaram
a influência positiva destas espécies na estabilidade dos agregados em relação ao SPC, fato que
também foi observado no presente experimento na profundidade de 5-10 cm do solo.
Em relação à distribuição da massa dos agregados estáveis em água, os tratamentos 1, 4 e 7,
a 0-5 cm, e apenas o T7, a 5-10 cm, apresentaram os menores valores de macroagregados. Esses
resultados indicam que devido o T1 ser sucessão de milho-cebola e não usar plantas de cobertura,
tem-se menores aportes de biomassa no solo e menor exploração do solo via diferentes sistemas
radiculares, o que pode refletir em menores quantidades de matéria orgânica quando comparado
com os demais tratamentos. Dessa forma, no T1, principalmente no inverno, com o pousio, o solo
fica mais exposto às gotas de chuva, e com isso, os agregados podem ser rompidos mais facilmente
frente às condições ambientais. Quanto ao T 4 (milho-mucuna e cebola bienal), o uso da mucuna,
ainda que em se tratando de uma leguminosa que produz grande quantidade de matéria seca, não foi
eficiente para a formação e estabilidade de macroagregados na camada de 0-5 cm. Este fato pode
ser decorrente de sua baixa relação C/N (Sodré Filho et al., 2004), que implica em uma
decomposição dos resíduos vegetais mais acelerada, deixando o solo descoberto mais rapidamente,
expondo-o a fatores erosivos. Na camada de 5-10 cm, o menor valor para massa de macroagregados
foi encontrado no T7, devido ao uso do SPC, que, embora há apenas três anos, observa-se a menor
estabilidade de agregados ≥ 2,0 mm. Em contrapartida, os demais tratamentos não apresentaram
diferenças entre si, devido ao revolvimento mínimo do solo, evidenciando a capacidade do sistema
de manter e/ou aumentar a agregação do solo, principalmente nas camadas mais superficiais.
Os maiores valores de macroagregados na camada mais superficial (0-5 cm), sobretudo nos
tratamentos com plantas de cobertura, estão relacionados ao maior aporte de matéria orgânica nessa
camada do que nas demais, adicionada principalmente pelas raízes das culturas, o que cria
condições mais propicias à formação e posterior estabilização de macroagregados. Os sistemas
agrícolas que favorecem a agregação do solo são aqueles que cultivam plantas intensamente, de
preferência de espécies diferentes, sem o revolvimento do solo (Vezzani e Mielniczuk, 2009). Os
maiores valores de massa de microagregados na camada de 0-5 cm foram encontrados nos
tratamentos 1, 4, 5 e 7. Na camada de 5-10 cm, os T7 e T6 apresentaram os maiores valores de
massa de microagregados, respectivamente, evidenciando que o SCM com leguminosas de
cobertura-cebola anual (T6) se assemelha ao SPC nessa profundidade para o atributo avaliado. A
estabilidade dos agregados do solo tende a aumentar mais em solos sob gramíneas do que em solos
sob leguminosas (Coutinho et al., 2010). Na camada de 10-20 cm não foram verificadas diferenças
entre os tratamentos para nenhum dos atributos avaliados, indicando que o efeito do sistema de
manejo empregado, assim como as espécies utilizadas e o arranjo temporal destas, se expressa mais
nas camadas superficiais
3.2 Carbono orgânico e nitrogênio totais nos agregados do solo
O maior e menor teor de COT na profundidade de 0-5 cm foram observados nos tratamentos
5 e 7, respectivamente. Para os teores de NT, o tratamento 6 apresentou o maior teor, seguido pelos
tratamentos 2, 3 e 5, sendo o menor teor de NT também verificado no tratamento 7. Para a relação
C/N, os maiores valores foram observados nos tratamentos 7 e 8, já os menores valores foram
verificados nos tratamentos dois e seis (Tabela 4).
Tabela 4. Valores médios de carbono orgânico total (COT, g kg-1), nitrogênio total (NT, g kg-1) e
relação C/N em agregados do solo em sistema plantio direto e convencional de cebola sob
diferentes plantas de cobertura.
Trat. COT NT C/N COT NT C/N COT NT C/N
0-5 cm 5-10 cm 10-20 cmT1 55,89b 2,47c 22,71b 53,09c 1,77a 29,98a 50,30a 1,62a 31,09aT2 57,13b 2,77b 20,62c 53,57b 1,92a 27,88b 49,95a 1,50b 33,35aT3 56,44b 2,62b 21,58b 53,85b 1,87a 28,79b 51,30a 1,47b 34,92aT4 57,05b 2,55c 22,47b 56,19a 1,85a 30,40a 50,04a 1,37b 36,62aT5 59,55a 2,70b 22,09b 54,03b 1,95a 27,74b 50,91a 1,53a 33,46aT6 57,41b 3,07a 18,81c 51,54c 1,87a 27,52b 51,61a 1,60a 32,34aT7 53,17c 2,05d 25,98a 52,63c 1,92a 27,38b 50,87a 1,47b 34,51aT8 56,90b 2,40c 23,88a 51,62c 1,82a 28,34b 51,09a 1,40b 36,62aCV% 1,86 7,87 7,54 1,95 4,68 4,98 2,66 6,36 7,00
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5%. T1-sucessão cebolamilho em SPD, T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal em SPD, T3-milho/gramíneas de inverno ecebola bienal em SPD, T4-leguminosa no verão e cebola anual em SPD, T5-gramíneas verão/inverno e cebola anual emSPD, T6-leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD, T7- sucessão cebola milho, porém a partir de2011, em SPC e T8-coquetel de coberturas de verão e cebola anual em SPD. Trat=tratamentos.
Na profundidade de 5-10 cm, em relação ao COT, o tratamento 4 apresentou o maior valor,
seguido pelos tratamentos 2, 3 e 5 e nos tratamentos 1, 6, 7 e 8, verificaram-se os menores valores.
Para o NT não foram verificadas diferenças significativas entre os tratamentos. Já para a relação
C/N, os tratamentos 1 e 4 diferiram dos demais, apresentando os maiores valores. Na profundidade
de 10-20 cm, não foram verificadas diferenças para o COT e a relação C/N. Para o NT, os
tratamentos 1, 5 e 6 apresentaram os maiores valores em comparação aos demais (Tabela 4).
O maior valor de COT observado no tratamento 5 (gramíneas de cobertura e cebola anual),
na profundidade de 0-5 cm, pode ser explicado pela presença das gramíneas, milheto e centeio, que
se destacam por produzirem grandes quantidades de fitomassa, pela alta eficiência na ciclagem de
nutrientes e por terem sistemas radiculares fasciculados, densos e de rápido estabelecimento com
grande exploração do perfil do solo (Suzuki & Alves, 2006; Calegari, 2008; Torres et al., 2008;
Lima Filho et al., 2014). O maior valor de COT no tratamento 4 (milho-mucuna e cebola bienal), na
profundidade de 5-10 cm, pode ser explicado pela presença da mucuna, que é uma leguminosa
caracterizada pela alta taxa de fixação de N atmosférico (120 a 157 kg ha -1 ano-1 de N), pela alta
ciclagem de nutrientes e produção de matéria seca (Lima Filho et al., 2014; Loss et al., 2015).
Os menores valores de COT e NT na profundidade de 0-5 cm no tratamento 7 estão
associados ao SPC do solo, no qual se tem o rompimento dos agregados do solo e, também, a
fragmentação dos resíduos vegetais deixados na superfície do solo. Dessa forma, o COT e NT que
estavam protegidos no interior dos agregados são expostos ao ataque dos microrganismos,
acelerando a sua decomposição, com posterior decréscimo dos seus teores (Loss et al., 2014).
Resultados semelhantes foram encontrados por Silva et al. (2014) que, ao avaliarem num
Cambissolo Húmico os efeitos de diferentes sistemas de cultivo de cebola (sistema de cultivo
mínimo com diferentes plantas de cobertura em rotação ou sucessão de culturas e um SPC) sobre os
teores de COT e NT na profundidade de 0-10 cm, concluíram que os valores de COT e NT do SPC
foram inferiores aos outros sistemas. Lovato et al. (2004) e Loss et al. (2014; 2015) também
relataram que o SPC reduziu os teores de COT do solo em relação ao SPD.
Nos demais tratamentos em SPD têm-se a manutenção constante dos resíduos vegetais na
superfície do solo, o que favorece a manutenção e o incremento dos teores de COT e,
consequentemente, interferem positivamente nos níveis de NT (Silva et al., 2014; Loss et al., 2009).
Os maiores valores de NT (0-5 cm e 10 -20 cm) e menores de relação C/N (0-5 cm e 5-10 cm) no
T6, rotação centeio-cebola-mucuna, são decorrentes do uso da mucuna, que por ser uma
leguminosa, realiza a fixação biológica do nitrogênio (FBN) e, por consequência, seus resíduos
vegetais apresentam altos teores de nitrogênio, acarretando em menor relação C/N.
A ausência de diferença nos teores de COT (10-20 cm) e NT (5-10 cm) entre os tratamentos
em SPD e SPC deve-se ao revolvimento do solo no SPC que faz uma inversão das camadas do solo,
incorporando assim os resíduos vegetais presentes na camada superficial, que apresenta maiores
teores de MOS, para as camadas mais profundas do solo (Loss et al., 2015). Com isso, se alteram os
teores de NT e COT no perfil do solo, que se assemelham aos encontrados nos tratamentos em SPD.
Na camada de 10-20 cm, além do T6, os maiores valores de NT do T1 e T5 podem ser devidos a
maior exploração do solo via sistema radicular fasciculado das gramíneas (milho e milheto),
incrementando os teores de NT no solo via rizodeposição.
3.3 Atributos químicos nos agregados do solo
Em relação ao pH e H+Al não foram observadas diferenças entre os tratamentos em todas as
profundidades avaliadas (0-5 cm, 5-10 cm e 10-20 cm). Em geral, todos os tratamentos, com
destaque para a profundidade de 0-5 cm, apresentaram pH muito ácido (abaixo de 5,5), com
exceção do tratamento 7 na profundidade de 10-20 cm que apresentou pH 5,65. Os tratamentos T1,
T2 e T7 apresentaram os menores valores de Al nas três profundidades, além do T4 para 5-10 cm,
em comparação aos demais tratamentos (Tabela 5).
Sistemas que não revolvem o solo, tais como o SPD, tendem a acumular material orgânico
na superfície do solo, que ao ser decomposto pelos microrganismos, podem acidificar o solo
(Meurer, 2012), o que pode explicar os baixos valores de pH, assim como os altos valores de H+Al,
principalmente na camada superficial, observados nos tratamentos do presente experimento.
Segundo Lima Filho et al. (2014), em geral, a adição de material orgânico vegetal ao solo diminui a
acidez através da adsorção de íons H+ e Al3+, no entanto, a MOS tem caráter anfótero, ou seja,
favorece a acidificação em solos ácidos e a alcalinização em solos alcalinos, portanto, não há um
consenso em relação ao efeito dos resíduos vegetais sobre o pH do solo. CIOTTA et al. (2002), ao
Tabela 5. Valores médios de pH, H+Al, Al, Ca, Mg, em cmolc kg-1, K e P, em mg kg-1, emagregados do solo em sistema plantio direto e convencional de cebola sob diferentes plantas decobertura.
Trat.pH H+Al Al Ca K Mg P
0-5 cmT1 4,80a 9,51a 0,39b 4,74b 246,22b 2,89a 145,78aT2 4,99a 8,04a 0,17b 13,61a 188,67b 3,37a 131,71aT3 4,86a 9,20a 0,52a 9,67a 368,37a 2,45a 124,50bT4 4,84a 9,11a 0,47a 10,78a 189,73b 2,89a 134,95aT5 4,91a 8,96a 0,66a 8,11a 177,60b 3,09a 149,74aT6 4,84a 9,90a 0,53a 3,93b 290,44a 2,54a 159,71aT7 5,33a 7,53a 0,24b 8,56a 313,95a 2,71a 104,06bT8 4,79a 9,00a 0,81a 11,53a 287,04a 2,72a 102,93bCV% 5,48 17,30 44,66 30,01 21,98 14,14 12,75
5-10 cmT1 5,34a 7,16a 0,24b 7,44b 83,11b 2,41c 102,90aT2 5,30a 6,50a 0,20b 10,84a 183,12a 3,05b 115,89aT3 5,16a 6,88a 0,49a 7,36b 95,38b 2,08c 95,81aT4 5,19a 7,91a 0,39b 10,27a 115,20b 2,54c 60,96bT5 5,03a 9,18a 0,87a 9,21a 97,30b 2,56c 115,10aT6 4,97a 7,85a 0,56a 8,42b 142,85a 2,27c 101,28aT7 5,19a 6,06a 0,16b 12,21a 154,83a 3,69a 105,04aT8 4,97a 7,80a 0,64a 5,98b 148,91a 2,02c 92,77aCV% 5,48 22,80 56,44 25,51 30,02 12,13 18,30
10-20 cmT1 5,38a 7,21a 0,31b 7,15b 59,89b 2,58a 34,71bT2 5,45a 7,54a 0,16b 4,93c 103,96a 2,70a 49,46aT3 5,22a 8,39a 0,68a 8,59b 117,41a 2,08b 41,80aT4 5,27a 6,61a 0,49a 10,90a 47,32b 2,70a 17,96bT5 5,24a 7,76a 0,67a 1,80c 35,34b 2,44a 63,84aT6 5,14a 8,83a 0,49a 9,83a 94,49a 2,18b 56,00aT7 5,65a 5,33a 0,19b 10,86a 125,84a 2,99a 51,49aT8 5,17a 7,50a 0,91a 3,26c 128,95a 2,01b 30,46bCV% 4,93 19,47 49,04 24,87 27,06 17,01 28,61Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5 %. T1-sucessão cebolamilho em SPD, T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal em SPD, T3-milho/gramíneas deinverno e cebola bienal em SPD, T4-leguminosa no verão e cebola anual em SPD, T5-gramíneas verão/inverno ecebola anual em SPD, T6-leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD, T7- sucessão cebola milho,porém a partir de 2011, em SPC e T8-coquetel de coberturas de verão e cebola anual em SPD. Trat=tratamentos.
avaliarem o efeito de um plantio direto (PD) em comparação ao preparo convencional (PC) nas
características químicas de um Latossolo, concluíram que no PD ocorreu acidificação do solo na
camada superficial em relação ao PC. De acordo com estes autores o baixo pH no PD deve-se à
aplicação de fertilizantes de reação ácida e ao longo período de cultivo sem calagem, fatos que
também podem explicar os resultados observados no presente experimento.
Para o Ca, os tratamentos T1 e T6 (0-5 cm); T1, T6, T3 e T8 (5-10 cm) e T1, T2, T3, T5 e
T8 (10-20 cm) apresentaram os menores valores em comparação aos demais tratamentos nas
profundidades citadas. Para o K, os tratamentos T1, T2, T4 e T5 (0-5 cm), T1, T3, T4 e T5 (5-10
cm) e T1, T4 e T5 (10-20 cm) apresentaram os menores valores em relação aos demais. Para o Mg,
os tratamentos T1, T3, T4, T5, T6 e T8 (5-10 cm) e T3, T6 e T8 (10-20 cm) apresentaram os
menores valores em relação aos demais. Para o P, os tratamentos T3, T7 e T8 (0-5 cm), T4 (5-10
cm) e T1, T4 e T8 (10-20 cm) apresentaram os menores valores em relação aos demais (Tabela 5).
O tratamento T1 (sucessão milho-cebola) teve em todas as profundidades os menores teores
de Ca e K, e para o Mg, em 5-10 cm, e para o P, em 10-20 cm. Não se observou um padrão
semelhante ao T1. Assim, pode-se inferir que a sucessão milho-cebola é menos eficiente em
aumentar os elementos Ca, Mg, K e P em comparação aos demais tratamentos. Os menores teores
dos nutrientes Ca, Mg, K e P no T1 são corroborados também pelos menores valores de NT (0-5
cm) e COT (5-10 cm) neste tratamento em comparação aos tratamentos T2, T3, T5 e T6 para NT e
T2, T3, T4 e T5 para o COT (Tabela 2). Estes resultados explicam as baixas produtividades dos
bulbos de cebola no T1 nos anos de 2008, 2009, 2011 e na média dos oito anos de experimento
(Tabela 3) em relação aos demais tratamentos. Essas diferenças são decorrentes da menor
diversidade vegetal que se tem no T1 (sucessão milho-cebola) em comparação aos demais
tratamentos (T2 a T8) com rotação e consorciação de culturas de coberturas. No T7, as práticas do
SPC incorporam os resíduos vegetais da rotação de coberturas, o que ocasiona os valores similares
encontrados entre os demais tratamentos. Porém, para o P, na profundidade de 0-5 cm, os
tratamentos T1, T2, T4, T5 e T6 são mais eficientes em aumentar os seus teores em comparação ao
T7, o que provavelmente está associado ao P orgânico liberado mais gradativamente dos resíduos
vegetais dos tratamentos em comparação ao T7, no qual os resíduos vegetais são fragmentados
pelas práticas de escarificação e rotativa. Além disso, o T7 apresentou menor produtividade dos
bulbos de cebola em 2014 e segunda menor média de produtividade nos oito anos de experimento
(Tabela 5) se comparado aos demais tratamentos.
De acordo com o manual de adubação e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e
Santa Catarina (CQFSRS/SC, 2004), os teores de Mg, em todos os tratamentos e profundidades,
estão altos (maiores que 1,0 cmolc/dm3). Para o P, em todos os tratamentos, os teores variaram de
alto (entre 12,0 e 24 mg/dm3) a muito alto (maiores que 24,0 mg/dm3) nas três profundidades. Em
relação ao Ca, na profundidade de 0-5 cm, apenas o tratamento seis foi considerado médio (entre
2,1 e 4,0 cmolc/dm3), sendo nos demais encontrados altos valores (maiores que 4,0 cmolc/dm3), na
profundidade de 5-10 cm, todos os tratamentos obtiveram teores altos e para 10-20 cm, o tratamento
cinco obteve valor baixo (menor ou igual a 2,0 cmolc/dm3), o tratamento oito apresentou valor
médio e os demais tratamentos valores altos. Para o K, na profundidade de 0-5 cm, todos os
tratamentos apresentaram teores muito altos (maiores que 120,0 cmolc/dm3), em 5-10 cm, os teores
variaram de alto (entre 60,0 e 120,0 cmolc/dm3) a muito alto, para 10-20 cm, o tratamento cinco
apresentou valor baixo (entre 20,0 e 40,0 cmolc/dm3), e os tratamentos quatro e um, valores médios
(entre 40,0 e 60,0 cmolc/dm3), os tratamentos seis, dois e três apresentaram valores altos e os
tratamentos sete e oito, valores muito altos.
Os altos teores de P, K (com exceção do T5, T4 e T1 na profundidade de 10-20 cm) e Ca
(com exceção do T6 em 0-5 cm, T5 e T8 em 10-20 cm) e a ausência de diferenças destes nutrientes
nesses tratamentos, nas três profundidades, além das sequências de culturas e plantas de coberturas,
também podem ser explicados pelas adubações de P (P2O5), K (K2O) e de gesso agrícola
(CaSO4.2H2O) realizadas para a cebola. O gesso agrícola é utilizado como adubo fonte de enxofre
(S) para a cebola e além de apresentar S em sua composição, tem também o Ca (cerca de 16%)
(CQFSRS/SC, 2004).
Muetanene (2015), avaliando os atributos químicos em amostras deformadas de solo neste
mesmo experimento e nas mesmas profundidades, encontrou teores de Ca variando de 5,0 a 6,9
cmolc kg-1; Mg, de 1,9 a 2,7 cmolc kg-1; K, de 121 a 222 mg kg-1; P, de 24,4 a 90 mg kg-1; N, de 0,58
a 1,2 g kg-1 e COT, de 2,6 a 35,9 g kg-1. Estes resultados são inferiores aos encontrados nos
agregados do solo do presente trabalho. Percebe-se portanto, a importância dos agregados do solo
como estruturas de proteção física dos nutrientes e MOS, assim como são potencias indicadores de
reservas de nutrientes em relação ao solo (desagregado).
3.4 Carbono e nitrogênio particulado e associado aos minerais nos agregados do solo
Para as frações COp e COam, verificaram-se diferenças apenas para o COp na profundidade
d e0-5 cm, sendo o menor valor verificado no T7 (SPC) (Tabela 6).
Tabela 6. Valores médios de carbono orgânico particulado (COp, g kg-1) e carbono orgânico
associado aos minerais (COam, g kg-1) em agregados do solo em em sistema plantio direto e
convencional de cebola sob diferentes plantas de cobertura.
Trat.COp COam COp COam COp COam
0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm
T1 31,87a 24,35a 27,32a 26,15a 27,79a 22,51aT2 33,19a 23,94a 29,83a 23,74a 26,97a 22,98aT3 32,71a 23,72a 29,08a 25,32a 30,11a 21,19aT4 33,70a 23,07a 26,56a 28,61a 26,14a 23,94aT5 33,71a 24,86a 28,53a 26,38a 27,94a 22,97aT6 31,82a 25,83a 27,25a 24,22a 31,37a 20,23aT7 28,11b 26,02a 27,80a 25,32a 28,55a 22,31aT8 32,73a 23,72a 26,37a 25,50a 26,09a 25,26aCV% 6,56 9,37 7,60 14,03 8,46 12,04Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5%. T1-sucessão cebolamilho em SPD, T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal em SPD, T3-milho/gramíneas de inverno ecebola bienal em SPD, T4-leguminosa no verão e cebola anual em SPD, T5-gramíneas verão/inverno e cebola anual emSPD, T6-leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD, T7- sucessão cebola milho, porém a partir de2011, em SPC e T8-coquetel de coberturas de verão e cebola anual em SPD. Trat=tratamentos.
Os menores valores de COp no T7 corroboram os menores valores de DMP (5-10 cm)
verificados neste tratamento (SPC, Tabela 3) e menores de COT (0-5 cm, Tabela 4) em comparação
aos demais tratamentos cm, pois devido ao manejo adotado no T7, caracterizado pela utilização de
escarificação e enxada rotativa, tem-se a ruptura e posterior fragmentação dos agregados. Dessa
forma, diminui-se a proporção de macroagregados e aumenta-se a de microagregados, além de
expor a MOS que estava protegida no interior dos agregados à atividade microbiana e acelerando a
sua decomposição (Meurer, 2012). Isto acarreta na diminuição do COp, o que confirma que o
manejo no SPC do solo desfavorece a agregação do solo e aumenta a taxa de decomposição da
MOS.
Para os valores de Np e Nam, apenas para o Np foram verificadas diferenças entre os
tratamentos. Os tratamentos T7 e T8 apresentaram os menores valores de Np na profundidade de 0-
5 cm. Na profundidade de 5-10 cm, apenas o T7 diferiu, apresentando os maiores valores e par a10-
20 cm, T6, T7 e T8 apresentaram os maiores valores de Np (Tabela 7).
Tabela 7. Valores médios de nitrogênio particulado (Np, g kg-1) e nitrogênio associado aos minerais
(Nam, g kg-1) em agregados do solo em sistema plantio direto e convencional de cebola sob
diferentes plantas de cobertura.
Trat.Np Nam Np Nam Np Nam
0-5 cm 5-10 cm 10-20 cm
T1 0,29a 2,18a 0,07b 1,70a 0,07b 1,43aT2 0,33a 2,44a 0,07b 1,83a 0,06b 1,39aT3 0,26a 2,36a 0,09b 1,78a 0,07b 1,40aT4 0,31a 2,23a 0,08b 1,76a 0,05b 1,40aT5 0,26a 2,43a 0,06b 1,88a 0,07b 1,45aT6 0,42a 2,65a 0,09b 1,78a 0,13a 1,44aT7 0,09b 1,95a 0,17a 1,78a 0,11a 1,38aT8 0,10b 2,29a 0,09b 1,73a 0,10a 1,32aCV% 29,97 9,53 35,79 6,49 29,00 11,09Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5%. T1-sucessão cebolamilho em SPD, T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal em SPD, T3-milho/gramíneas de inverno ecebola bienal em SPD, T4-leguminosa no verão e cebola anual em SPD, T5-gramíneas verão/inverno e cebola anual emSPD, T6-leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD, T7- sucessão cebola milho, porém a partir de2011, em SPC e T8-coquetel de coberturas de verão e cebola anual em SPD. Trat=tratamentos.
O menor valor de Np no T7 (SPC) para 0-5 cm é devido ao revolvimento do solo, assim
interferindo negativamente na manutenção dessa fração. Com a ruptura dos agregados do solo, a
MOS fica mais facilmente exposta ao ataque dos microrganismos, o que favorece a aceleração de
sua mineralização, resultando no rápido declínio do Np no solo sob SPC em comparação aos
tratamentos em SPD. Segundo Bayer et al. (2000), o N é um componente chave da MOS, sendo
assim, alterações que ocorrem nesta, afetam diretamente a dinâmica do N no solo.
Ainda, devido a fração particulada (COp e Np) possuir alta labilidade (Bayer et al., 2002), o
N, assim como o C, também sofrem alterações quando esta fração é afetada pelos sistemas de
manejo. Em termos gerais, o SPD tem menores impactos nos teores de COp e Np devido à proteção
física destas frações nos agregados. No SPD tem-se maior proteção do solo devido a cobertura
oferecida pelas plantas, assim permitindo maior proteção da MOS contra processos erosivos
(Hernani et al., 1999), além de favorecer o aumento na capacidade de troca catiônica (Bayer &
Mielniczuk, 1999), o que acarreta na retenção de NH4+, e por consequência, ocorre maior acúmulo
de N neste sistema em relação ao SPC.
Para a profundidade de 5-10 e 10-20 cm, os maiores valores de Np no SPC podem ser
devidos ao efeito do revolvimento do solo, no qual se faz a fragmentação e homogeneização dos
resíduos vegetais do milho da superfície para as profundidades subsequentes. Na ultima
profundidade, os maiores valores de Np T6 e T8 podem ser decorrentes da presença de
leguminosas, como a mucuna.
3.5 Carbono das substancias húmicas (SHs)
Os menores valores de C-HUM foram observados no SPC (T7) nas profundidades de 0-5 e
5-10 cm. Entre os demais tratamentos não foram verificadas diferenças para o C-HUM. Na
profundidade de 10-20 cm também não foram verificadas diferenças entre os tratamentos (Tabela
8).
Tabela 8. Valores médios de carbono das substâncias humicas (g kg-1), humina (C-HUM), acido
húmicos (C-FAH) e acido fulvico (C-FAF), em agregados do solo em sistemas de uso do solo com
cultivo de cebola em Ituporanga, SC.
Trat.0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20 0-5 5-10 10-20
C-HUM C-FAH C-FAF
T1 19,36a 17,74a 14,67a 8,62b 6,20b 4,16b 7,50a 8,70a 8,79a
T2 21,78a 19,00a 12,41a 9,46a 6,06b 3,55c 9,44a 7,80a 7,47a
T3 20,65a 20,00a 16,66a 7,25b 8,72a 5,21b 11,20a 7,22a 8,04a
T4 20,22a 21,48a 15,08a 11,07a 8,3a 6,24b 11,19a 9,17a 8,80a
T5 19,62a 17,89a 12,46a 10,12a 9,79a 4,41b 10,24a 9,15a 8,57a
T6 21,31a 19,34a 17,42a 7,39b 6,31b 3,69c 10,40a 8,84a 7,93a
T7 16,92b 14,81b 15,86a 6,35b 6,20b 1,20d 8,73a 7,86a 8,24a
T8 22,91a 17,05a 13,03a 11,11a 9,46a 8,15a 8,76a 7,31a 8,41a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5%. T1-sucessão cebolamilho em SPD, T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal em SPD, T3-milho/gramíneas de inverno ecebola bienal em SPD, T4-leguminosa no verão e cebola anual em SPD, T5-gramíneas verão/inverno e cebola anual emSPD, T6-leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD, T7- sucessão cebola milho, porém a partir de2011, em SPC e T8-coquetel de coberturas de verão e cebola anual em SPD. Trat=tratamentos.
Para o C-FAH, os tratamentos T2, T4, T5 e T8 (0-5 cm), T3, T4, T5 e T8 (5-10 cm) e apenas
T8 apresentaram os maiores teores. Destaca-se o t7 (SPC, que na profundidade de 10-20 cm
apresentou o menor teor de C-FAH entre todos os tratamentos avaliados. Para o C-FAF não foram
encontradas diferenças entre os tratamentos em nenhuma das profundidades avaliadas (Tabela 8).
Dentre as SHs estudadas, em geral, observou-se o predomínio de C-HUM em todos os
tratamentos e profundidades avaliadas. Este padrão é explicado por essa fração ser considerada a de
maior reserva de carbono nos solos e de maior interação com a fração mineral (Stevenson, 1994;
Fontana et al., 2006; Dick et al., 2009), corroborando com outros trabalhos que também observaram
maiores teores de C-HUM nos agregados em diferentes sistemas de cultivo e manejo (Passos et al.,
2007; Fontana et al., 2010; Borges et al., 2015).
Os menores teores de C-HUM e C-FAH dos agregados do solo encontrados no SPC (T7) são
decorrentes das práticas de manejo adotadas neste sistema, pois a humina é a fração mais estável da
MOS, composta de matéria orgânica recalcitrante e fortemente estabilizada com a parte mineral
(Stevenson, 1994; Fontana et al., 2010). O SPC desfavorece a formação e estabilidade dos
agregados do solo, principalmente na profundidade superficial, devido ao excessivo revolvimento
do solo e exposição da matéria orgânica. Mesmo com o aporte dos resíduos do milho no SPC
(Tabela 1), as práticas de aração, gradagem e escarificação por longo tempo no cultivo da cebola
favoreceram as perdas de COT (Tabela 4), causando as menores taxas de humificação da MOS e,
consequentemente, os menores teores de carbono ligados à fração humina ácidos humicos, quando
comparado aos demais sistemas avaliados nas profundidades de 0-10 cm (C-HUM) e 10-20 cm (C-
FAH) (Tabela 8).
No SPC, os teores iguais de C-FAH e C-FAF em comparação aos tratamentos no SPD, mesmo
com a ruptura dos agregados do solo e posterior exposição da MOS ao ataque dos microrganismos,
são devidos à adição anual de massa seca do milho por longo tempo. Esses resíduos vegetais
apresentam lenta decomposição (alta relação C/N), favorecendo o processo de humificação em
comparação ao processo de mineralização. Dessa forma, pode-se favorecer a proteção química das
SHs, decorrente de sua interação com a fração mineral do solo. Estes resultados são semelhantes
aos verificados por Passos et al. (2007), que quantificaram o carbono das SHs em agregados sob
áreas de milho em SPC por mais de 30 anos e uma área de vegetação nativa (Cerrado). Os autores
encontraram maiores valores de C-FAF e C-FAH na área de milho em SPC em detrimento do
Cerrado, atribuindo esse comportamento à adição anual dos resíduos de milho, decorrente a sua alta
relação C/N.
Os maiores teores de C-HUM e C-FAH no SPD em comparação ao SPC são devidos ao
revolvimento restrito do solo no SPD, que favorece a consolidação natural do solo e o acúmulo de
resíduos vegetais na superfície, os quais elevam o teor de matéria orgânica e a atividade biológica.
Neste ambiente, as plantas de cobertura favorecem a produção de substâncias orgânicas cimentantes
e, consequentemente, a formação e estabilização dos agregados protegendo a matéria orgânica em
seu interior. Resultados semelhantes foram encontrados por Santos (2017), avaliando o carbono da
SHs em SPD de cebola com diferentes plantas de coberturas em Ituporanga, SC.
3.6 Produtividade da cebola
Em relação à produção de cebola, verifica-se na Tabela 9 que na média das avaliações anuais
de 2012 a 2016, a área com o SPC (T7) apresentou um rendimento inferior aos demais tratamentos
de 0,30; 0,55; 3,00; 0,38; 3,02; 1,50 e 2,28 Mg ha-1, respectivamente, para os tratamentos T1, T2,
T3, T4, T5, T6 e T8.
Tabela 9. Produtividade (Mg ha-1) de bulbos de cebola sob manejo conservacionista do solo com
diferentes tratamentos envolvendo rotação de culturas, nas safras 2010 a 2016, em Ituporanga, SC.
Trat.Safra 2012
Safra 2013
Safra2014
Safra2015
Safra 2016
Média
T1 35,8 24,7 32,4 18,4 29,2 28,10
T2 - 26,3 - - 30,4 28,35
T3 39,8 - 30,5 22,1 --- 30,80
T4 39,9 19,7 36,9 19,6 24,8 28,18
T5 42,0 24,9 34,4 22,5 30,3 30,82
T6 41,2 20,1 32,3 23,4 29,5 29,30
T7 37,8 23,6 34,7 16,5 26,4 27,80
T8 44,4 24,3 36,2 20,4 25,1 30,08
T1-sucessão cebola milho em SPD, T2-rotação comercial e cobertura de inverno e cebola bienal em SPD, T3-milho/gramíneas de inverno e cebola bienal em SPD, T4-leguminosa no verão e cebola anual em SPD, T5-gramíneasverão/inverno e cebola anual em SPD, T6-leguminosa verão/gramínea inverno e cebola anual em SPD, T7- sucessãocebola milho, porém a partir de 2011, em SPC e T8-coquetel de coberturas de verão e cebola anual em SPD .Trat=tratamentos.
Entre os tratamentos, verifica-se certa semelhança entre os valores de produtividade dos
tratamentos T1 e T7, pois ambos são sucessão cebola milho, sendo T1 em SPD e T7 em SPC. Os
demais tratamentos envolvem rotações e consórcios de culturas e plantas de coberturas, com
destaque para gramineas e leguminosas. Verifica-se que estes tratamentos acarretaram em melhores
produções, na média das safras, em comparação aos tratametnos com sucessão somente. Destacam-
se os tratamentos T3 e T5, com uso de gramineas no verão e inverno, os quais produziram mais de
3,00 Mg ha-1 de cebola em comparação ao T7 (SPC). Estes resultados indicam que o SPD com o
uso de plantas de cobertura da família das gramíneas para produção de palhada para o cultivo da
cebola é mais eficiente que somente a sucessão milho cebola em SPD. E todos os tratamentos em
SPD são mais eficientes que o SPC, o qual ainda é muito utilizado em SC.
4. Conclusões
O sistema plantio direto (SPD) de cebola em comparação ao sistema de preparo
convencional (SPC) aumenta os teores de COT e NT na camada de 0-5 cm e DMP na camada de 5-
10 cm dos agregados do solo.
O uso de leguminosas (mucuna) como plantas de cobertura e cebola anual (T6) incrementa
os teores de NT (0-5 e 10-20 cm) e diminui a relação C/N do solo (0-5 cm) e o DMP dos agregados
(5-10 cm) em comparação aos demais tratamentos. Porém, o tratamento com espécies vegetais
gramíneas de cobertura (centeio, milheto, aveia) e cebola anual (T5) aumenta os teores de COT (0-5
cm) e NT (10-20 cm).
Os tratamentos com maior diversidade vegetal, com plantas de coberturas em rotação,
solteiras e/ou consorciadas, favorecem o aumento da produtividade da cebola e da fertilidade dos
agregados do solo, com ênfase para os teores de Ca, Mg, K trocável, P disponível, em comparação
ao tratamento com sucessão de milho-cebola.
O SPC desfavorece a manutenção dos teores de COp, Np e C-HUM na camada superficial
do solo em comparação ao SPD.
5. Referências
ACATE - ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE EMPRESAS DE TECNOLOGIA. Agronegócio e
tecnologia. Santa Catariana. Anuário 2014, 96p. Disponível em:
<http://www.acate.com.br/sites/default/files/anuarioacate_0.pdf>. Acesso em 09 fev. 2015.
AITA, C.; BASSO, C.J.; CERETTA, C.A.; GONÇALVES, C.N.; ROS, C. O. DA. Plantas de
cobertura de solo como fontes de nitrogênio ao milho. Revista Brasileira de Ciência do Solo,
25:157-165, 2001.
AMBROSANO, E. J.; GUIRADO, N.; CANTARELLA, H.; ROSSETTO, R.; MENDES, P. C. D.;
ROSSI, F.; AMBROSANO, G. M. B.; ARÉVALO, R. A.; SCHAMMAS, E. A.; ARCARO JUNIOR,
I.; FOLTRAN, D. E. Plantas para cobertura do solo e adubação verde aplicadas ao plantio direto.
Informações Agronômicas, v. 112, p. 1-16, 2005. (Boletim técnico, n. 112).
BASTOS, R.S; MENDONÇA, E. DE SÁ; ALVAREZ V., V.H; CORRÊA, M.M; DA COSTA, L.M.
Formação e estabilização de agregados do solo influenciados por ciclos de umedecimento e
secagem após adição de compostos orgânicos com diferentes características hidrofóbicas. R. Bras.
Ci. Solo, Vol. 29:21-31, 2005.
BAYER, C; MIELNICZUK, J; MARTIN NETO, L; ERNANI, P. R. Stocks and humification degree
of organic matter fractions as affected by no-tillage on a subtropical soil. Plant and Soil, 238: 133–
140, 2002.
BERG, B. & MCCLAUGHERTY, C. Plant Litter: decomposition, humus formation, carbon
sequestration. 2. ed. Heidelberg: Springer-Verlag, 2008. 338p.
BRONICK, C. J.; LAL, R. Soil structure and management: a review. Geoderma, v. 124, n. 1-2, p.
3–22, 2005.
BURAK, D. L.; FONTES, M. P. F.; BECQUER, T. Microagregados estáveis e reserva de nutrientes
em latossolo vermelho sob pastagem em região de cerrado. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 41,
n. 2, p. 229-241, 2011.
CALEGARI, A. Plantas de cobertura e rotação de culturas no sistema plantio direto. Informações
Agronômicas, v. 122, p. 18-21, 2008.
CALONEGO, J. C.; ROSOLEM, C. A. Estabilidade de agregados do solo após manejo com
rotações de culturas e escarificação. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 32, n. 4, p. 1399-1407,
2008.
CIOTTA, M. N.; BAYER, C.; ERNANI, P. R.; FONTOURA, S. M. V.; ALBUQUERQUE, J. A.;
WOBETO, C. Acidificação de um latossolo sob plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do
Solo, v. 26, p. 1055-1064, 2002.
COMIN, J. J.; LOSS, A.; BASSO, A. B.; OLIVEIRA, B. S.; KOUCHER, L. DE P.; OLIVEIRA, R.
A. DE. LIMA, J. W. C. Carbono orgânico e índices de agregação do solo em sistema plantio direto
agroecológico da cebola. FERTBIO, 2014. Araxá. Fertilidade e biologia do solo: integração e
tecnologia para todos. 2014.
COMIN, J. J.; LOSS, A.; KOUCHER, L. P.; MACHADO, L. N.; KURTZ, C.; MAFRA, A. L.
Índice de Agregação e Distribuição de Agregados por Diâmetro em Sistema de Cultivo Mínimo e
Convencional da Cebola. In: XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2015, Natal. XXXV
Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2015.
COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO - RS/SC. Manual de adubação e calagem
para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.10 ed. Porto Alegre: SBCS - Núcleo
Regional Sul/UFRGS, 2004. 400 p.
CORRÊA, J.C. Efeito de sistemas de cultivo na estabilidade de agregados de um Latossolo
Vermelho-Amarelo em Querência, MT. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v. 37, n. 2, p.
203-209, fev. 2002.
COSTA JUNIOR, C; PÍCCOLO, M. DE C; SIQUEIRA NETO, M; CAMARGO, P.B; CERRI, C.C;
BERNOUX, M. Carbono em agregados do solo sob vegetação nativa, pastagem e sistemas agrícolas
no Bioma Cerrado. R. Bras. Ci. Solo, Vol. 36:1311-1321, 2012.
COUTINHO, F. S.; LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; RODRIGUS JÚNIOR, D. J.; TORRES, J. L. R.
Estabilidade de agregados e distribuição do carbono em Latossolo sob sistema plantio direto em
Uberaba, Minas Gerais. Comunicata Scientiae, v. 1, n. 2, p. 100-105, 2010.
CQFSRS/SC - COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO. Manual de adubação e
calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 10. ed. Porto Alegre, 2004. 400p.
D'ANDREA, A. F.; SILVA, M. L. N.; CURI, N.; FERREIRA, M. M. Atributos de agregação
indicadores da qualidade do solo em sistemas de manejo na região dos cerrados no sul do estado de
Goiás. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 26, n. 4, p. 1047-1054, 2002.
DEMARCHI, J.C; PERUSI, M.C; PIROLI, E.L. Análise da estabilidade de agregados de solos da
microbacia do Ribeirão São Domingos, Santa Cruz do Rio Pardo – SP, sob diferentes tipos de uso e
ocupação. Pesquisa Aplicada &Agrotecnologia Vol.4, n.2, Mai./Ago. 2011.
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – Centro Nacionalde
Pesquisa de Solos. Solos do Estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2004. 745 p.
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Centro Nacional de
Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro, 1997. 212p.
(Embrapa-CNPS. Documentos, 1).
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Centro Nacional de
Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3. ed. rev. e ampl. Brasília, DF:
EMBRAPA Solos, 2013. 353p.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Sistema brasileiro de
classificação de solos. 3. ed. – Rio de Janeiro : EMBRAPA-SPI, 2013. 353p.
EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Sistema de
produção para a cebola: Santa Catarina. 4. ed. rev. Florianópolis: EPAGRI, 2013. 106 p. (Sistemas
de produção; nº 46).
FAOSTAT. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. Área
colhida, rendimento e produção mundial da cultura da cebola em 2013. Disponível em:
<http://faostat3.fao.org/download/Q/QC/S>. Acesso em 09 fev. 2015.
FAYAD, J. A.; COMIN, J.; BERTOL, I. (Orgs.). Sistema de plantio direto de hortaliças: o cultivo do
chuchu. Florianópolis: Epagri, 2013. 59p. (Epagri. Bloletim Didático, 94). ISSN 1414-5219.
FILHO, C.C., MUZILLI, O., PODANOSCHI, A.L. Estabilidade dos agregados e sua relação com o
teor de carbono orgânico num latossolo roxo distrófico, em função de sistemas de plantio, rotações
de culturas e método de preparo das amostras. R. Bras. Ci. Solo, 22:527-538, 1998.
FREITAS, A.C. Cebola Catarinense no topo. Revista Agropecuária Catarinense, v.25, n.3, nov.2012.
Florianópolis: Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária.
GIACOMINI, S.J.; AITA, C.; VENDRUSCOLO, E.R.O.; CUBILLA, M.; NICOLOSO, R.S.;
FRIES, M.R. Matéria seca, relação C/N e acúmulo de nitrogênio, fósforo e potássio em mistura de
plantas de cobertura de solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 27, n. 2, p. 325-334, 2003.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Levantamento
Sistemático da Produção Agrícola. Rio de Janeiro, 2013. v.26, 83p. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa/lspa_201301.pdf>. Acesso
em 23 abr. 2013.
LIMA FILHO, O.F.; AMBROSANO, E.J.; ROSSI, F.; CARLOS, J.A.D, organizadores. Adubação
verde e plantas de cobertura no Brasil: fundamentos e prática. Brasília, DF: EMBRAPA; v.1, 2014.
507p.
LIU, A.; MA, B. L.; BOMKE, A. A. Effects of cover crops on soil aggregate stability, total organic
carbon, and polysaccharides.Soil Science SocietyofAmericaJournal, v. 69, n. 2, p. 2041-2048, 2005.
LOSS, A.; BASSO, A.; OLIVEIRA, B. S.; KOUCHER, L. P.; OLIVEIRA, R. A.; KURTZ, C.;
LOVATO, P. E.; CURMI, P., BRUNETTO, G.; COMIN, J. J. Carbono orgânico total e agregação do
solo em sistema de plantio direto agroecológico e convencional de cebola. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v. 39, n. 4, p. 1212-1224, 2015.
LOSS, A.; COSTA, E. M.; PEREIRA, M. G.; BEUTLER, S. J. Agregação, matéria orgânica leve e
carbono mineralizável em agregados do solo. Revista de la Facultad de Agronomía, v. 113, n. 1, p.
1-8, 2014.
LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; GIACOMO, S. G.; PERIN, A.; ANJOS, L. H. C. Agregação, carbono
e nitrogênio em agregados do solo sob plantio direto com integração lavoura-pecuária. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, v. 46, p. 1269-1276, 2011.
LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; SCHULTZ, N.; ANJOS, L. D.; SILVA, E. M. R. D. Atributos
químicos e físicos de um Argissolo Vermelho-Amarelo em sistema integrado de produção
agroecológica. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 44, n. 1, p. 68-75, 2009.
LOVATO, T.; MIELNICZUK, J.; BAYER, C.; VEZZANI, F. Adição de carbono e nitrogênio e sua
relação com os estoques no solo e com o rendimento do milho em sistemas de manejo. Revista
Brasileira de ciência do solo, v. 28, n. 1, p. 175-187, 2004.
LUCIANO, R. V.; BERTOL, I.; BARBOSA, F. T.; KURTZ, C.; FAYAD, J. A. Propriedades físicas e
carbono orgânico do solo sob plantio direto comparados à mata natural, num Cambissolo Háplico.
Revista de Ciências Agroveterinárias, v. 9, n. 1, p. 9-19, 2010.
MATOS, E. DA S; MENDONÇA, E. DE S; LEITE, L.F.C; GALVÃO, J.C.C. Estabilidade de
agregados e distribuição de carbono e nutrientes em Argissolo sob adubação orgânica e mineral.
Pesq. agropec. bras., Brasília, Vol.43, n.9, 1221-1230, set. 2008.
MEURER, E. J. (Ed.). Fundamentos de química do solo. 5. ed. Porto Alegre: Evangraf, 2012. 275p.
MONEGAT, C. Plantas de cobertura do solo: características e manejo em pequenas propriedades.
Chapecó: [Edição do autor], 1991. 336 p.
MUETANENE, B. A. Atributos físicos e químicos de um cambissolo húmico em plantio direto de
cebola. 2015. 101 p. (Mestrado em Ciência do Solo). Universidade do Estado de Santa Catarina –
UDESC. Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo, Lages.
NASCIMENTO, J. T.; SILVA, I. F.; SANTIAGO, R. D.; SILVA NETO, L. F. Efeito de leguminosas
nos atributos físicos e carbono orgânico de um Luvissolo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.
29, n. 5, p. 825-831, 2005.
OLIVEIRA, R. A. de; BASSO, A., COMIN, J. J.; KURTZ, C., BRUNETTO, G., LOVATO, P. E.
PICCOLI, J. H. Monitoramento da fertilidade num Cambissolo sob plantio direto de cebola em
Santa Catarina. Cadernos de Agroecologia,8(2). 2013.
PEREIRA, M. F. S.; JÚNIOR, J. N.; SÁ, J. R.; LINHARES, P. C. F.; BEZERRA NETO, F.; PINTO,
J. R. D. S. Ciclagem do carbono do solo nos sistemas de plantio direto e convencional. Revista
Agropecuária Científica no Semiárido, v. 9, n. 2, p. 21-32, 2013.
PINHEIRO, E.F.M.; PEREIRA, M.G.; ANJOS, L.H.C.; PALMIERI, F.; SOUZA, R.C. Matéria
orgânica em Latossolo vermelho submetido a diferentes sistemas de manejo e cobertura do solo.
Revista Brasileira Agrociência, v. 9, n. 1, p. 53-56, 2003.
SALTON, J.C.; MIELNICZUK, J.; BAYER, C.;BOENI, M.;CONCEIÇÃO, P.C.; FABRÍCIO, A.C.;
MACEDO, M.C.M.; BROCH, D.L. Agregação e estabilidade de agregados o solo em sistemas
agropecuários em Mato grosso do sul. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 32:11-21, 2008.
SANTOS, L. H.; LOSS, A.; COMIN, J. J.; BASSO, A.; OLIVEIRA, B. S.; KOUCHER, L. P.;
OLIVEIRA, R. A.; LOURENZI, C. R., KURTZ, C. Distribuição de Macro e Microagregados do
Solo em Sistema Plantio Direto Agroecológico da Cebola, Ituporanga, SC. Anais...X Reunião Sul-
Brasileira de Ciência do Solo. Pelotas, RS. Outubro de 2014.
SILVA, A. L.; MAFRA, A. L.; KLAUBERG FILHO, O.; KURTZ, C.; FAYAD, J. A. Carbono e
nitrogênio microbiano em sistemas de cultivo de cebola em um Cambissolo Húmico. Revista de
Ciências Agroveterinárias, v. 13, n. 2, p. 142-150, 2014.
SILVA, F; MIELNICZUK, J. Sistemas de cultivo e características do solo afetando a estabilidade de
agregados. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 22:311-317, 1998.
SODRÉ FILHO, J., CARDOSO, A. N., CARMONA, R., &CARVALHO, A. M. D. (2004).
Fitomassa e cobertura do solo de culturas de sucessão ao milho na Região do Cerrado. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, 39(4), 327-334.
SOUSA NETO, E. L.; ANDRIOLI, I.; BEUTLER, A. N.; CENTURION, J. F. Atributos físicos do
solo e produtividade de milho em resposta a culturas de pré-safra. Pesquisa Agropecuária Brasileira,
Brasília, v. 43, n. 2, p. 255-260, 2008.
SOUZA, M.; COMIN, J. J.; LEGUIZAMÓN, E. S.; KURTZ, C.; BRUNETTO, G.; JÚNIOR, V. M.;
VENTURA, B.; CAMARGO, A. P. Matéria seca de plantas de cobertura, produção de cebola e
atributos químicos do solo em sistema plantio direto agroecológico. Ciência Rural, v. 43, n. 1, p. 21-
27, 2013.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias
de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG III. 3. ed. Nova Odessa: Instituto
Plantarum de Estudos da Flora, 2012. 768 p.
SUZUKI, L. E. A. S.; ALVES, M. C. Fitomassa de plantas de cobertura em diferentes sucessões de
culturas e sistemas de cultivo. Bragantia, v. 65, n. 1, p. 121-127, 2006.
TEDESCO, M. J.; GIANELLO, C.; BISSANI, C. A.; BOHNEN, H.; VOLKWEISS, S. J. Análises
de solo, plantas e outros materiais. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Faculdade de Agronomia, 1995. 174p. (Boletim Técnico de Solos, 5).
TORRES, J. L. R.; PEREIRA, M. G.; FABIAN, A. J. Produção de fitomassa por plantas de
cobertura e mineralização de seus resíduos em plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.
43, n. 3, p. 421-428, 2008.
VEZZANI, F. M.; MIELNICZUK, J. Uma visão sobre qualidade do solo. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v.33, n. 4, p.743-755, 2009.
YEOMANS, J. C.; BREMNER, J. M. A rapid and precise method for routine determination of
organic carbon in soil 1. Communications in Soil Science & Plant Analysis, v. 19, n. 13, p. 1467-
1476, 1988.
YODER, R.E. A direct method of aggregate analysis of soil and a study of the physical nature of
erosion losses. Journal of the American Society Agronomy, v. 28, n.5, p. 337-351, 1936.
6. DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS.
Praticamente não houve grandes dificuldades para a realização do projeto. Apenas tivemos
dois acontecimentos, sendo um entrave no final do ano, que devido a um forte temporal que ocorreu
em Florianópolis no final de novembro e inicio de dezembro, quatro arvores caíram sobre o telhado
do nosso laboratório e ficamos duas semanas sem poder usar o laboratório. Com isso tivemos um
ligeiro atraso na finalização de uma das analises químicas. Porém, tudo foi feito e está no relatório,
conforme consta no projeto original. E uma outra dificuldade que tivemos foi a queima da estufa de
circulação de ar forçado. Porém, a mesma foi consertada rapidamente com recurso do projeto e as
análises foram feitas logo em seguida.
Em relação à produtividade da cebola, devido a muitas chuvas em novembro e dezembro,
houve uma demora para a colheita e cura da cebola. Por isso, o relatório foi enviando agora no final
de janeiro e não no inicio do mês.
7. RELATÓRIO PRÁTICO:
Em Santa Catarina tradicionalmente utiliza-se o sistema de preparo convencional (SPC) do
solo no cultivo da cebola, fato este que culminou com a degradação física desses solos, fazendo
com que se buscasse como alternativa de manejo do solo, o sistema de plantio direto (SPD). No
SPD de cebola que testamos procurou-se usar plantas comerciais frequentemente usadas na região,
com boa adaptação, com facilidade de encontrar sementes no mercado, de fácil manejo e com boa
produção de matéria seca. Procurou-se conciliar a parte comercial com a parte técnica, através da
inserção de tratamentos que possibilitassem a adoção pelos agricultores ao mesmo tempo em que
pudessem elucidar as dúvidas relacionadas a aspectos químicos na adoção do SPD para a cultura da
cebola. Foram testados tratamentos com sucessão e rotação de culturas, consórcio de espécies
vegetais, adubação verde e plantas de cobertura.
Através desse projeto foi possível mostrar aos agricultores da região que o SPC realmente
desfavorece a qualidade física do solo, ocasionando uma perda da estabilidade dos agregados, assim
como perdas de fertilidade e matéria orgânica. Comportamento contrário ao SPC foi evidenciado
pelo SPD da cebola, pois o uso de plantas de cobertura na rotação e no consórcio com espécies
vegetais melhorou a qualidade física e química do solo, assim como refletiu em aumentos de
produtividade da cebola em comparação ao SPC.
Dentre os tratamentos testados, aqueles com maior diversidade vegetal, com plantas de
coberturas em rotação, solteiras e/ou consorciadas, a exemplo do trataemnto 5 - gramíneas
verão/inverno e cebola anual em SPD - favorecem o aumento da produtividade da cebola e da
fertilidade do solo em comparação aos tratamentos com sucessão de milho-cebola.
8. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS:
Foi apresentado um resumo na XI Reunião Sul-Brasileira de Ciência do Solo, que aconteceu
em Frederico Westphalen, RS, de 31/08 a 02/09/16. O titulo do resumo foi “Fertilidade em
agregados do solo sob sistema plantio direto e convencional da cebola com diferentes plantas de
cobertura, Ituporanga, SC”, sendo no resumo e no pôster colocado o apoio e a logo da Agrisus,
respectivamente. Deste projeto também será finalizado em 2018 uma Dissertação de Mestrado, na
qual também constará o apoio da Agrisus. Também será ainda publicado mais um resumo esse ano,
no congresso voltado para a área de Ciência do Solo, no qual será colocado o apoio e a logo da
Fundação Agrisus, como menção do PA 1522-15. E serão gerados dois artigos para publicação em
revistas de circulação nacional e internacional, nas quais constará o apoio da Agrisus via PA 1522-
15.
Do valor total aprovado neste projeto (PA 1522-15), houve um saldo de 3.238,48, conforme
item 9 abaixo. Isto ocorreu porque eu também tinha outro projeto aprovado pelo CNPq, no qual o
experimento também era com cebola em Ituporanga, porém com o enfoque do plantio direto
agroecológico. Então, quando a equipe ia para campo fazer a manutenção do experimento, coletas
de solo, plantio e colheitas, aproveita-se para realizar essas mesmas etapas em ambos os
experimento, pois ambos são na Epagri de Ituporanga. Com isso conseguiu-se economizar em
aluguel de carros, despesas com manutenção de equipamentos e para alguns reagentes.
9. DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS
Nota Fiscal
Firma/Empresa ValorData do
pagamento/Reembolso
Tipo de Despesas Valor Total
19546 Metaquimica 96,00 16/11/2015 Material de consumo20512 Metaquimica 96,00 04/02/2016 Material de consumo257605 White Martins 551,50 04/02/2016 Material de consumo------ Combustivel 128,54 29/03/16 Despesas de transporte0497 A.J.Hornett 200,00 29/03/16 Despesas de manutenção4470 A.J.Hornett 136,00 29/03/16 Material de consumo257605 White Martins 551,50 25/04/2016 Material de consumo21800 Metaquimica 111,40 26/04/2016 Material de consumo22044 Metaquimica 83,36 03/05/16 Material de consumo
------- Combustivel 122,05 23/06/16 Despesas de transporte013 Everson Isaque Nascimento dDlferth 700,00 13/07/16 Desepsas de manutenção
Inscrição na XI Reunião Sul-Brasileira de Ciência do Solo 300,00 20/07/16 Outros
11208 Rogerio Luiz Eitelvein 82,50 01/08/16 Material de consumo
3735 Alimentação 83,00 03/08/16 Despesas de alimentação
119071 Alimentação 49,25 03/08/16 Despesas de alimentação
------ Alimentação 54,70 03/08/16 Despesas de alimentação
----- Combustivel 137,27 03/08/16 Despesas de transporte
----- Combustivel 159,43 03/08/16 Despesas de transporte
14281 Milium 129,70 03/08/16 Material de consumo
24295 Metaquimica 253,08 01/09/16 Material de consumo
24296 Metaquimica 153,50 01/09/16 Material de consumo
43096 Alimentação 111,00 13/09/16 Despesas de alimentação
1854 Alimentação 28,00 13/09/16 Despesas de alimentação
607 Alimentação 75,00 13/09/16 Despesas de alimentação
10488 Maria Cristina Correa Garcia (Plotagem) 175,00 13/09/16 Material de consumo
418 Logic Sevice: Cesar Augusto Giacomozzi 400,00 13/09/16 Despesas de manutenção
9844 Diprolab 46,80 15/09/16 Material de consumo
-------- Mix comercio 99,60 23/09/16 Material de consumo
63082 Solotest 800,00 30/09/16 Material de consumo
------- Combustivel 135,64 03/11/16 Despesas com transporte
3274 DIST 70,95 15/12/16 Material de consumo
------ Combustivel 140,75 19/12/16 Despesas com transporte
Total 6.261,52 6.261,52Bolsa deIniciaçãoCientífica
Aluno da UFSC envolvido Total Valor Valor Total
Renan Tramontin 12 bolsas 400,00 4.800,00 4.800,00
Valor total financiado pela Agrisus (PA 1522/16) 14.300,00Valor total gasto para o desenvolvimento do projeto 11.061,52Valor não gasto 3.238,48
Data: 16 de Janeiro de 2017
Coordenador do PA 1522/15
Arcângelo Loss