Respeitar é Preciso! · 2019. 9. 30. · Se você e sua comunidade escolar estão envolvidos no...

Post on 20-Aug-2020

0 views 0 download

Transcript of Respeitar é Preciso! · 2019. 9. 30. · Se você e sua comunidade escolar estão envolvidos no...

Respeitar é Preciso!

ENCONTROS CMCs RESPEITAR É PRECISO!

2018

• Respeitar é Preciso!

• OS OBJETIVOS DO PROJETO - O QUE BUSCAMOS NESTA JORNADA

O que significa dizer que queremos trabalhar com Educação em

Direitos Humanos? A Educação em Direitos Humanos é

essencialmente a formação de uma cultura de respeito à

dignidade humana por meio da promoção e da vivência dos

valores da liberdade, da justiça, da igualdade, da solidariedade,

da cooperação, da tolerância e da paz. Portanto, a formação

dessa cultura significa criar, influenciar, compartilhar e consolidar

mentalidades, costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que

decorrem, todos, daqueles valores essenciais citados – os quais

devem se transformar em práticas.” Maria Victoria Benevides

AS ETAPAS DO TRABALHO

1. Apresentação do projeto e familiarização com as ideias

1. Pacto de adesão

1. Mapeamento

1. Plano de ação

• FALANDO SOBRE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

• MAPA DOS SONHOS

1. DERIVA

MAPEAMENTO: ANÁLISE

PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS

o Leitura dos cadernos temáticos em sala de aula ou em

duplas inter-séries;

o Produção de TCAs com temas ligados aos Direitos

Humanos;

o Apresentação de peça de teatro (Flicts)

o Confecção de murais diversos

PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS

Frentes de trabalho do Projeto

o Encontros formativos mensais nas DREs, com os

integrantes das CMC, em parceria com os

integrantes dos Grupos de Mediação de Conflitos

o Ações formativas no portal: Campanhas e

Encontros Temáticos

o Realização de 02 Encontros Formativos

Integradores

Encontros Temáticos e Campanhas

Finalidade: apoio aos educadores para levar à frente a Educação em

Direitos Humanos nas suas Unidades Escolares.

Público alvo: educadores da rede, independentemente de estarem

nas CMC.

Temas possíveis: Relação família-escola; relação adulto-criança;

inclusão/educação inclusiva, responsabilidade e punição; autoridade e

autoritarismo; direitos e deveres; questões de diversidade (gênero e

sexualidade, classe social, religião, raça); rede de proteção.

MAPEAR É PRECISO!

“EDH é um movimento de mudança cultural que visa transformar práticas

muitas vezes naturalizadas no ambiente das escolas. Para isso, é preciso

voltar-se para a própria Unidade Escolar com um olhar interessado em

descobrir se, o quanto e como ela está comprometida com a promoção e a

vivência do respeito mútuo, tomado aqui como base para a concretização dos

Direitos Humanos. Assim, é essencial olhar a escola não só como um espaço

físico, estático e aparentemente perene, imutável, como se poderia pensar ao

olhar para a planta da escola ou para seus muros, mas compreendê-la como

um espaço que funciona como um sistema de relações, entre tempos, afetos

(percepções, sensações e sentimentos), pessoas, coisas...” Caderno Respeito

na Escola: orientações gerais, p. 65.

Finalidade do Encontro

• Aprofundar a proposta de mapeamento da UE, provocandoreflexão sobre exercícios de mapeamentos feitos e realizandomapeamento mais detalhado de um dos campos de análise.Discutir o que implica o mapeamento e o que caracteriza ummapeamento bem feito, que potencializa um bom plano deação.

• Aprofundar o conceito de respeito mútuo e analisar como seconcretiza nas relações.

ENCONTROS REALIZADOS

- AGOSTO 2017 - Mapeamento

- NOVEMBRO 2017 - Sobre a portaria

- ABRIL 2018 - Aquecer é Preciso!

O QUE JÁ SABEMOS SOBRE MAPEAMENTO

- Por que mapear

- O que mapear

Campos de análise

As relações

A comunicação

O espaço e o tempo

O que se aprende

As regras de convivência

MAPEAMENTO

Cuidar das relações entre os sujeitos é algo que vai além da cortesia, da “boa educação” e do bom humor. Trata-se de imprimir o respeito em cada uma das ações, estejam elas

relacionadas à tomada de decisão, à mediação de conflitos ou à resolução de situações de emergência, considerando sempre o

papel que os adultos cumprem na escola: a função de educadores” (p.72 do Caderno Respeito na Escola: orientações

gerais).

Situações

concretas

O que vai

bem

O que precisa

mudar

Na situação,quem é

respeitado/desrespeitado

AS RELAÇÕES DENTRO DA ESCOLA

Campo de análise O que vai bem O que precisa mudar

Relações Presença do diálogo

A escuta

Respeito às diferenças

Fofocas

Faltam ações de

cordialidade

COMUNICAÇÃO

Campo de análise O que vai bem O que precisa mudar

Comunicação Os comunicados são

acessíveis a todos, via

email

Espaços de reunião com

todos os funcionários

Pessoas que se colocam

com tom de voz agressivo

REGRAS DE CONVIVÊNCIA

Campo de análise O que vai bem O que precisa mudar

Regras de convivência O contrato de convívio da

UE, “Orientações gerais”

Famílias que têm

dificuldade de compreensão

das regras da escola

O TEMPO E O ESPAÇO

Campo de análise O que vai bem O que precisa mudar

Tempo e espaço A organização do tempo

respeita as necessidades

educativas

Precisamos de tempo para

garantir reflexão da equipe

PATRIMÔNIO DE CONHECIMENTOS

Campo de análise O que vai bem O que precisa mudar

Currículo Nosso currículo garante

ações que valorizam a

diversidade

Garantir que isso

permaneça sempre

MAPEAMENTO - E AGORA? COMO PROSSEGUIR?

-

RELAÇÕES

VAI BEM VAI MAL PRECISA MUDAR

Cooperação entre a equipe Abordagens dos pais quando estão

insatisfeitos

Criar meios para fortalecer os vínculos

entre a escola e a família.

UMA BREVE ANÁLISE E ALGUMAS IDEIAS

● Reflexão coletiva acerca dos aspectos avaliados como “ o

que vai mal”

a) Por que vai mal? Quais as situações que nos mostram que

vai mal? Quais os reflexos desta situação no ambiente

escolar? O que se espera com a mudança?

b) Localização do desrespeito na situação

● O que se mapeia é o respeito

● Menos é mais (foco)

● Onde intervir

● Primeiras ideias

● As questões apresentadas têm uma origem.. qual é?● Que parte cabe à escola?

Para refletir

- Você consegue identificar pessoas que não se sentem respeitadas na

escola? Quais? Em que situações? O que provoca este desrespeito?

- Que práticas presentes no cotidiano escolar são promotoras de

respeito?

- O que acontece quando alguém se sente desrespeitado?

- Que tipo de discriminação já ocorreu ou costuma ocorrer na escola?

- Há situações de violência na escola? Como isso acontece?

- É possível falar o que se pensa, mesmo discordando da maioria?

- Estas situações acontecem com frequência?

- Há consenso sobre o que é respeito ou desrespeito?

- Há necessidade de mudanças? Quais?

PATRIMÔNIO DE CONHECIMENTOS

O qe vai bem O que vai mal O que precisa mudar

• “‘Respeito’ vem do latim respectus, que remete à idéia

de ‘olhar outra vez’; prestar atenção a algo que merece

um segundo olhar. Assim, respeitar em a ver com a

disposição de conhecer, de prestar atenção e levar

em consideração.” (Texto de apoio Respeito Mútuo,

do Caderno Respeito na escola: orientações gerais, p.

92.).

PLANO DE AÇÃO

(...) a ideia de um ambiente educacional promotor

dos Direitos Humanos liga-se ao reconhecimento da

necessidade de respeito às diferenças, garantindo a

realização de práticas democráticas e inclusivas, livres de

preconceitos, discriminações, violências, assédios e

abusos sexuais, dentre outras formas de violação à

dignidade humana.

Diretrizes Nacionais para Educação em Direitos Humanos

UMA TENTATIVA DE DEFINIÇÃO

É o cruzamento do desejo (utopia, ideal) com o quadro

encontrado e traçado no mapeamento.

O QUE JÁ SABEMOS SOBRE PLANO DE AÇÃO

As ideias mais importantes da leitura

https://youtu.be/EPS9HIoH8Vs

O que

fazer –

ação -

Como

fazer

Quando

fazer

Quem fará-

responsáveis-

Com que

recursos

Parceiros

possíveis

Prazo

UM PROCESSO DE MUDANÇA NO COLETIVO

Como assim “processo de mudança”? Afinal, não se trata meramente de

trabalhar com Educação em Direitos Humanos na escola? Será que, para isso,

não seria suficiente reforçar para as crianças pequenas a importância de

respeitar os amigos, lembrá-las de agradecer, pedir por favor ou desculpas?

Garantir a participação dos pais nas festas e nas comemorações do Centro de

Educação Infantil (CEI) ou da escola, ou, no caso dos adolescentes, introduzir

uma disciplina sobre ética no currículo escolar ou promover discussões

temáticas nas diversas disciplinas?

Se você e sua comunidade escolar estão envolvidos no Projeto Respeitar é

Preciso!, é muito provável que estejam movidos por um desejo de mudança na

vida escolar. Talvez reduzir a violência, talvez reforçar princípios e valores que

precisam ser esteio de toda ação educativa, talvez focar aspectos da

convivência escolar, ampliar participação, enfim...

Uma série de mudanças que implicam não apenas eventuais ajustes no

currículo, mas principalmente mudanças de hábitos, de formas de fazer no dia

a dia escolar, formas de se relacionar consigo, com o outro, com a

comunidade escolar e com o mundo.

É provável ainda que a mudança seja vista e vivenciada de modo diferente e

particular pelos participantes. Alguns incorporam as mudanças mais

rapidamente, outros, mais lentamente. Assim, durante toda a implementação

desse projeto, será essencial compreender uns aos outros, aceitar e lidar com

essas diferenças, pensar coletivamente qual será o papel de cada um, quais

serão as necessidades a serem atendidas para que seja possível trabalhar

junto, como retomar a conversa para refazer combinados quando as coisas

não derem certo ou quando alguém fizer algo diferente do combinado e

repactuar etc

Comunidade escolar: um coletivo criativo

Trata-se aqui de lidar com um coletivo: a comunidade escolar. Entretanto, em

algumas escolas, ainda não se pode falar da existência de um coletivo, mas

apenas de um agrupamento pessoas diversas que convivem em um mesmo

espaço com tarefas e funções relacionadas entre si. Se esse for o caso na

escola de vocês, transformar esse agrupamento em uma comunidade será

uma das tarefas do Projeto. Produzir um coletivo e criar um espaço de

comunidade implica estar atento às diferenças de cada um, aceitá-las, incluí-

las e lidar com elas, articulando-as em torno de um objetivo comum.

Diferentemente de uma massa amorfa em que todos aparentemente

concordam em tudo e caminham juntos, o que significa muitas vezes a

presença de um mecanismo de opressão (mesmo que subliminar), ou mesmo

de um conjunto de sujeitos que caminham cada um para uma direção apenas

com a interdependência de algumas funções; trata-se de um complexo, uma

uma miríade, que compõe uma figura, mantendo a diversidade interna, com

potencialidades para caminhar em várias direções, sem decompor a figura,

mas, sim, tornando-a complexa e cheia de contornos. Um coletivo criativo e

capaz de empreender um projeto comum será aquele que conseguir abrir

espaço para as singularidades se manifestarem e atuarem, imprimindo um

norte comum a todos. O Eu e o Nós precisam estar presentes.

Para que isso aconteça, todos precisam abrir disponibilidade para escutar as

perguntas e os anseios dos demais. Se as respostas e até mesmo as

eventuais críticas forem automaticamente tomadas como oposição ou sinal de

resistência, má vontade etc., a tendência será perder boas oportunidades de

compor um coletivo criativo e o resultado será uma baixa adesão ou uma

adesão meramente formal (sem engajamento). Em resumo, tanto para um

primeiro momento de adesão quanto para a continuidade desse projeto, as

tensões e os conflitos precisam aparecer, de forma que, por meio deles, se

possa criar algo novo. A questão será abrir conversas em que essas tensões

apareçam, num clima de respeito mútuo, sem destruir a possibilidade do

coletivo.