Post on 04-Jul-2015
REVISÃO bim. 3º ano hist. 2º BIMESTRE/14
Módulo 47 Cultura brasileira dos anos 1930 a 1980. Módulo 48 China do passado imperial ao socialismo de
mercado
O professor universitário e historiador Marcos Napolitano, que durante dez anos foi professor da Universidade Federal do Paraná e
atualmente leciona na Universidade de São Paulo, faz um panorama da cultura brasileira entre as décadas
de 50 e 80, no seu livro Cultura Brasileira
escreve sobre a historicidade da produção cultural brasileira, traçando como ela se desenvolveu ao longo dos anos 50 e 80, destacando a pluralidade de expressões artísticas que surgiram nesse período, como Cinema, Música, Artes Plásticas, Teatro e como foram
veiculadas pelos meios de comunicação.
Napolitano destaca o Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE como uma entidade que influenciou as ações dos intelectuais e artistas da época. O objetivo do CPC era desenvolver
no povo uma consciência social, ensinando-os a fazer política. O manifesto do CPC tinha a
ideia de que o artista burguês deveria abandonar o seu mundo para se engajar, pois para eles, ser povo era uma opção obrigatória
a todo artista que tinha como meta o compromisso com a libertação nacional.
O historiador aborda um dos períodos mais difíceis da história política, econômica e social do
Brasil, devido a perseguição dos militares amparados pelo AI-5 ter
sido grande.
O autor encerra o capítulo com o AI-5, que foi uma agressão à cultura
brasileira, gerando um vazio cultural, porque a partir do decreto desse Ato
Institucional, os artistas, intelectuais e críticos do regime passaram a ser
duramente perseguidos, e o governo militar assumiu de vez o controle sobre
a sociedade brasileira.
Apesar da repressão, a arte foi utilizada como instrumento de
protesto e de denúncias políticas, alertando para a situação do país. Foi marcado pelos festivais com as
canções de protesto de Geraldo Vandré e Chico Buarque, com o
cinema de Cacá Diegues e Glauber Rocha.
No início da década de 1960, enquanto vários setores da esquerda brasileira consideravam que o CPC da UNE era uma importante forma de conscientização das classes trabalhadoras,
os setores conservadores e de direita (políticos vinculados à União Democrática Nacional -UDN -, Igreja Católica, grandes empresários
etc.) entendiam que esta organização constituía mais uma ameaça para
a democracia brasileira, ao difundir a
ideologia comunista
a letra de uma canção gravada em momento de intensa mobilização política
chamada InútilUltraje A Rigor
Compositor: Ultraje a RigorA canção foi censurada por estar
associadaa uma crítica ao regime ditatorial que,
mesmo em sua fase final, impedia a escolha popular do presidente.
Muitos dos presentes ao Maracanãzinho vaiaram a canção Sabiá apresentada no Festival Internacional da Canção ocorrido no Rio de Janeiro
em 1968 porque desejavam a vitória da canção de Vandré, que defendia uma
ação direta contra a ditadura e expressava claramente ideais da
esquerda da época .
Durante as festividades da inauguração de Brasília, em 1960, ocorreu a
apresentação de uma peça teatral ao ar livre, que foi descrita por um jornalista
da época como o país que vivia um período de otimismo e a adesão a
grandes obras significava que vieram apoiar a modernidade
Tropicália", composta por Caetano Veloso, "No pulso esquerdo o bang-
bang Em suas veias corre muito pouco sangue Mas seu coração Balança a um
samba de tamborim Emite acordes dissonantes Pelos cinco mil alto-
falantes Senhoras e senhores Ele põe os olhos grandes sobre mim"
Essa música era a proposta de uma transformação estética plena em que os problemas nacionais e os
apelos sensoriais passaram a integrar a expressão artística.
O Movimento do Cinema Novo na década de 60 mostraram os filmes
"Vidas Secas", de Nelson Pereira dos Santos e "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha são obras que
procuravam exprimir a realidade concreta do país, com toda a sua
crueza e brutalidade.
São características do Cinema Novo e o movimento de renovação teatral liderado pelo
Teatro de Arena e pelo Grupo Oficina:*concepção da obra de arte como meio de conscientização política, influenciada por
tendências de esquerda.* crítica à realidade brasileira, aos seus problemas e contradições, com forte
conteúdo social.* realização de produções de custos
reduzidos, caracterizadas pelo uso de novas linguagens e inovações cênicas.
Todas essas manifestações tinham objetivos e características comuns, afinadas com o contexto brasileiro das décadas de 50 e 60 do século
passado.
A ChinaO registro mais antigo do passado da China data da
Dinastia Shang, possivelmente no século XIII a.C.Os governantes Shang faziam um importante papel
cerimonial, mas também se ocupavam da administração do estado e eram servidos por
funcionários com funções especializadas. Eram apoiados por vários clãs aristocráticos com os
quais tinham relações de parentesco ou de matrimónio. A base económica do estado Shang
era a agricultura
A Dinastia Qin é famosa por ter iniciado a Grande Muralha da China, que foi posteriormente
ampliada e aperfeiçoada durante a Dinastia Ming. Incluem-se entre as demais contribuições dos qin a
unificação do direito, da linguagem escrita e da moeda da China,
A Dinastia Han emergiu em 202 a.C., como a primeira a adotar a
filosofia do confucionismo, que se tornou a base ideológica de todos os regimes chineses até o fim da China Imperial. Durante esta fase dinástica, a China logrou grandes avanços nas artes e nas ciências
As duas Guerras do Ópio e o tráfico daquela droga foram custosos para a Dinastia Qing e o povo chinês. O tesouro imperial quebrou
duas vezes, por conta do pagamento de indenizações devidas às guerras e à grande
evasão de prata causada pelo tráfico de ópio. A China sofreu duas fomes extremas vinte anos após cada uma das Guerras do Ópio nos anos 1860 e 1880, quando a Dinastia
Qing se mostrou incapaz de acudir a
população.
Nos anos 1920, Sun Yat-sen estabeleceu uma base revolucionária no sul da China e lançou-se à unificação de seu fragmentado país. Com
auxílio soviético, ele aliou-se aoPartidoComunista da China (PCC). Após a sua morte em 1925, um de seus protegidos, Chiang Kai-
shek, assumiu o controle do Kuomintang (Partido Nacionalista, ou KMT) e logrou reunir sob seu governo a maior parte do sul e do centro da China numa campanha
militar conhecida como a Expedição do Norte.
Durante a Longa Marcha, os comunistas reorganizaram-se sob um novo chefe, Mao Tse-tung. O conflito entre o KMT e o PCC
continuou, aberta ou clandestinamente, ao longo dos catorze anos da invasão japonesa, apesar da aliança nominal entre ambos os
partidos para opor-se aos japoneses em 1937. A guerra civil chinesa continuou após a
derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial em 1945. Em 1949, o PCC já ocupava
a maior parte do país.
A Revolução Cultural Chinesa foi elaborada por Mao Tsé-Tung no ano de 1966, paralisando praticamente todo o
progresso material e tecnológico do pais. Tal revolução foi um movimento de
massas da Republica Popular da China dentre os anos de 1966 e 1976,
feito por trabalhadores e estudantes contra a burocracia que tomava conta do Partido Comunista
Chinês
No plano econômico, a Revolução Cultural atrasou o avanço
tecnológico do país, entre outros aspectos, devido às inúmeras perseguições a intelectuais,
cientistas e educadores.
A China possui atualmente uma das economias que mais crescem no mundo. A média de crescimento
econômico deste país, nos últimos anos é de quase 9%. Uma taxa
superior a das maiores economias mundiais, inclusive a do Brasil.
Entrada da China, principalmente a partir da década de 1990, na economia de mercado,
ajustando-se ao mundo globalizado;- A China é o maior produtor mundial de alimentos: 500 milhões de suínos, 450
milhões de toneladas de grãos;- É o maior produtor mundial de milho e arroz;- Agricultura mecanizada, gerando excelentes
resultados de produtividade;- Aumento nos investimentos na área de
educação, principalmente técnica;
Esse novo modelo de desenvolvimento chinês para o século XXI aponta para a diminuição da desigualdade social com
o aumento do consumo interno e investimentos em setores estratégicos
de produção, como os de alta tecnologia e serviços, apesar da recente
expansão de sua economia e dependência em relação ao comércio
exterior.
Sobre as transformações políticas, sociais e econômicas da China socialista, as indústrias foram nacionalizadas, ficando sob o
controle do Estado ou das cooperativas
Modernização Em 1976, após a morte de Mao, Deng Xiaoping assume o
poder. São lançadas as Quatro Grandes Modernizações: indústria, agricultura, ciência e tecnologia e Forças Armadas
e criadas as Zonas Econômicas Especiais para empresas estrangeiras.
Paradoxo Político O governo comunista garante o desenvolvimento de
empresas capitalistas. O regime diz representar os operários, mas não assegura direitos básicos. A China é
conhecida pela censura aos meios de comunicação, imposta pelo PCCh.