Post on 12-Mar-2016
description
adoração 1
OfertasEntenda por que o ato de ofertar deve ser praticado em todos os cultos. P. 12 e 13
Pacto e Templos de EsperançaProjeto de abertura de 800 novas igrejas incentiva fi delidade nos dízimos e ofertas. P. 4 e 5
AdoraçãoQuando uma oferta representa um ato de adoração a Deus? P. 10 e 11
a maior necessidade
MINISTÉRIO DA MORDOMIA CRISTÃ
Conectar-se com Deus desde as primeiras horas do dia é o grande desafi o do cristão no século 21
adoração2
No passado, quando se falava em Mordomia, logo
vinha à mente de grande parte dos membros da igreja
“aumentar os dízimos e as ofertas”. Esse era o ministério
ou “departamento caça-níquel” para suprir as necessida-
des primárias da igreja. Era rejeitado porque falava daqui-
lo que boa parte da igreja não queria ouvir.
Mordomia Cristã é mais do que isso. É entregar “tudo de
mim em resposta ao tudo de Deus”. O Pai não economizou
nada, Ele deu tudo. Portanto, por amor a Ele não podemos
dar menos do que o nosso tudo como resposta. Esse foi
o primeiro e grande mandamento anunciado por Jesus
para uma vida de plena obediência a Deus e ao próximo.
Ele disse: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento
e de toda a tua força.” (Mateus 22:37)
Conforme expresso na Meditação Matinal “A Fé Pela Qual
Eu Vivo” (1959, p. 144), com textos de Ellen G. White, “da cruz
do calvário Cristo pede uma consagração sem reservas. Tudo
que temos, tudo que somos deve ser dedicado a Deus.”
Assim, nosso grande desafi o e necessidade é experi-
mentar uma conversão diária em Cristo. Por que isso é
fundamental? Porque uma pessoa convertida faz tudo o
que o Senhor pede, com naturalidade, alegria e profundo
sentimento de adoração. Independente da circunstância
ou da situação socioeconômica, ele será fi el no cumpri-
mento dos princípios da Mordomia Cristã.
Adoração
a maior necessidade
A Igreja Adventista, como nunca antes, está falando de Reavivamento e
R eforma, Comunhão e Missão.
Reavivamento tem a ver com a renovação da vida espiritual e Reforma com
a mudança nos hábitos e práticas. Comunhão tem a ver com a busca de Deus
na primeira hora do dia e Missão com a pregação do Evangelho.
Precisamos orar como nunca antes, mas precisamos pregar também. No livro
Caminho a Cristo (p. 101), Ellen White observa que “aquele que nada faz senão
orar, em breve deixará de o fazer.”
Por isso, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem enfatizado Sete Pilares de
Esperança. O primeiro deles é a Devoção Pessoal. Ela é a base e o combustível
que nos leva a orar intercessoramente e pregar através de um Pequeno Grupo,
Dupla Missionária, Recepção, Classe Bíblica ou Evangelismo.
A Devoção Pessoal também é a base para a fi delidade e a adoração. Ao entre-
gar o Dízimo, ao fazer um pacto de ofertas, faça-o para adorar Aquele que já lhe
deu tudo: saúde, vida, bens, mas, acima de tudo, Seu Filho Jesus Cristo.
Seria muito dar um pouco do que Ele tem lhe dado? O texto de II Crônicas 29:14
reforça o compromisso de sermos liberais: “Quem sou eu, e quem é o meu povo
para que pudéssemos contribuir tão generosamente...? Tudo vem de ti, e nós
apenas te demos o que vem das tuas mãos”. (Nova Versão Internacional)
Por isso, esta revista apresenta a Devoção Pessoal como a maior necessida-
de dos cristãos. Mostra a relação das ofertas com a adoração, por que construir
novos templos e nossa responsabilidade diante da ordem de Deus para pregar
o evangelho em todo mundo.
Que a leitura o ajude a entender este assunto e o leve a fazer um pacto de fé
com o Supremo Doador: Deus!
Direção Executiva
Marlinton LopesValdilho QuadradoDavi Contri
Jornalista Responsável
Márcio Tonetti MTB: 51.970/SP
Supervisão geral:
Evandro Fávero
Revisão de texto:
Caroline Oliveira
Equipe USB
Antônio MoreiraDenise LopesDouglas J. MenslinElmar BorgesGeraldo Magela TostesMaria B. QuadradoSidnei S. Mendes
Colaboradores:
Equipe de Mordomia da USBJosé Santos (ASR)Harry Streithorst (ACSR) Adriano Luz (MOSR)Charles Rampanelli (AC)Francisco Fonseca (ACP)Edinaldo Juarez (ANP)Gerson Marques (ASP)
Conselheiro:
Miguel Pinheiro (DSA)
Secretária:
Ana Tostes
Projeto Gráfi co:
Eduardo Olszewski
Foto da Capa:
V2 fotogra� a
2 Editorial
3 A maior necessidade
4 Entrevista
6 Fidelidade não se negocia
7 Você é responsável pela volta de Jesus
10 Adorando a Deus com as ofertas
12 A importância das ofertas em todos os cultos
14 Como fazer um pacto com Deus?
15 Testamentos e legados
PUBLICAÇÃO DA UNIÃO SUL-BRASILEIRA – 2011
Pr. Evandro Fávero – líder de Mordomia Cristã e Saúde da Igreja adventista no Sul do Brasil @prevandrofavero
Foto
: Dre
amst
ime
e Saúde da Igreja adventista no Sul do Brasil @prevandrofavero
adoração 3
No passado, quando se falava em Mordomia, logo
vinha à mente de grande parte dos membros da igreja
“aumentar os dízimos e as ofertas”. Esse era o ministério
ou “departamento caça-níquel” para suprir as necessida-
des primárias da igreja. Era rejeitado porque falava daqui-
lo que boa parte da igreja não queria ouvir.
Mordomia Cristã é mais do que isso. É entregar “tudo de
mim em resposta ao tudo de Deus”. O Pai não economizou
nada, Ele deu tudo. Portanto, por amor a Ele não podemos
dar menos do que o nosso tudo como resposta. Esse foi
o primeiro e grande mandamento anunciado por Jesus
para uma vida de plena obediência a Deus e ao próximo.
Ele disse: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento
e de toda a tua força.” (Mateus 22:37)
Conforme expresso na Meditação Matinal “A Fé Pela Qual
Eu Vivo” (1959, p. 144), com textos de Ellen G. White, “da cruz
do calvário Cristo pede uma consagração sem reservas. Tudo
que temos, tudo que somos deve ser dedicado a Deus.”
Assim, nosso grande desafi o e necessidade é experi-
mentar uma conversão diária em Cristo. Por que isso é
fundamental? Porque uma pessoa convertida faz tudo o
que o Senhor pede, com naturalidade, alegria e profundo
sentimento de adoração. Independente da circunstância
ou da situação socioeconômica, ele será fi el no cumpri-
mento dos princípios da Mordomia Cristã.
A infi delidade na guarda do Sábado, Dízimo e Ofertas,
etc, não é uma questão fi nanceira, mas espiritual. Deus
nunca pede aquilo que Ele não dá antes. O problema não
é de Deus, mas da nossa falta de fé. Orar, estudar a Bíblia,
meditar na Palavra e louvar deve ser a primeira responsa-
bilidade do cristão para então depois testemunhar.
Devemos obedecer o que está escrito em Malaquias
3:10, mas não esquecer do texto de II Coríntios 8:5: “Não
somente fi zeram como nós esperávamos, mas deram-se a
si mesmos primeiro ao Senhor, e depois a nós pela vonta-
de de Deus.” Aqui está o segredo: dar-se primeiro a Deus.
Mordomia Cristã é mais do que um departamento, é um
ato de Adoração; é tudo de mim em resposta ao tudo de
Deus, pois é parte integrante e essencial do corpo doutrinário
da igreja. O estilo de vida, a doutrina do Sábado, temperan-
ça, vestuário, dízimos e ofertas, etc, tudo é Mordomia Cristã.
Portanto, lembre-se da grande necessidade diária: “tudo
de mim em resposta ao tudo de Deus”.
Buscá-lo na primeira hora (Mateus 6:33 e Lucas 12:31)
é nossa maior necessidade. Aquele que separa a primeira
porção de seu tempo para Deus, separará a primeira por-
ção de seus recursos também; inclusive sua capacidade
de compartilhar o evangelho.
Experimente uma conversão diária em Cristo. Encontre-se
diariamente com Jesus para que você seja encontrado pelo
grande Salvador como despenseiro fi el dos bens do Criador.
Adoração
a maior necessidade
A Igreja Adventista, como nunca antes, está falando de Reavivamento e
R eforma, Comunhão e Missão.
Reavivamento tem a ver com a renovação da vida espiritual e Reforma com
a mudança nos hábitos e práticas. Comunhão tem a ver com a busca de Deus
na primeira hora do dia e Missão com a pregação do Evangelho.
Precisamos orar como nunca antes, mas precisamos pregar também. No livro
Caminho a Cristo (p. 101), Ellen White observa que “aquele que nada faz senão
orar, em breve deixará de o fazer.”
Por isso, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem enfatizado Sete Pilares de
Esperança. O primeiro deles é a Devoção Pessoal. Ela é a base e o combustível
que nos leva a orar intercessoramente e pregar através de um Pequeno Grupo,
Dupla Missionária, Recepção, Classe Bíblica ou Evangelismo.
A Devoção Pessoal também é a base para a fi delidade e a adoração. Ao entre-
gar o Dízimo, ao fazer um pacto de ofertas, faça-o para adorar Aquele que já lhe
deu tudo: saúde, vida, bens, mas, acima de tudo, Seu Filho Jesus Cristo.
Seria muito dar um pouco do que Ele tem lhe dado? O texto de II Crônicas 29:14
reforça o compromisso de sermos liberais: “Quem sou eu, e quem é o meu povo
para que pudéssemos contribuir tão generosamente...? Tudo vem de ti, e nós
apenas te demos o que vem das tuas mãos”. (Nova Versão Internacional)
Por isso, esta revista apresenta a Devoção Pessoal como a maior necessida-
de dos cristãos. Mostra a relação das ofertas com a adoração, por que construir
novos templos e nossa responsabilidade diante da ordem de Deus para pregar
o evangelho em todo mundo.
Que a leitura o ajude a entender este assunto e o leve a fazer um pacto de fé
com o Supremo Doador: Deus!
Pr. Miguel Pinheiro Costa diretor de Mordomia Cristã e Saúde na sede
Sul-americana da Igreja adventista
Foto
: Dre
amst
ime
adoração4
Você atribui alguma
relação entre a ideia do
projeto Templos de Espe-
rança e a concepção bíbli-
ca do pacto?
Lopes – Eu entendo que o dízimo é de
Deus e Ele está dizendo assim: “Eu quero que
aquilo que é meu seja usado para salvar pes-
soas”. Já a oferta é aquilo que o ser humano
dá, a nossa participação de algo já vindo de
Deus. Ela é usada para criar a estrutura para
que o membro possa estar na igreja. Então,
aqui entra tijolo, argamassa, ou seja, toda a
infraestrutura necessária. Entretanto, o pac-
to tem sido usado quase que exclusivamente
para a manutenção da igreja e não para a sua
expansão. Creio que devamos usar as ofertas
sobretudo para chegar a novos locais. Não
tem como o dízimo trabalhar sem a parceria
da oferta. O dízimo evangeliza e a oferta ofe-
rece a estrutura para manter e expandir.
Você acredita que a ênfase no projeto
Templos de Esperança pode levar tam-
bém a um crescimento signifi cativo na
fi delidade nos dízimos, ofertas e pactos?
Lopes – Sem dúvida. Isto já está aconte-
cendo. Os membros estão vendo onde a oferta
está sendo aplicada. E eu acredito que Deus
entende essa nossa maneira tão racional e
limitada que temos de, às vezes, ofertar só se
soubermos onde ela será utilizada e de que
maneira. Não é a maneira correta, mas creio
que Deus até entende essa nossa limitação.
O investimento na abertura de novas
igrejas foi uma constante na história
adventista no sul do Brasil. Mas o que
levou a liderança da Igreja a criar em
2010 um projeto específi co e dar ênfase
ainda maior na necessidade de multipli-
cação não só de membros, mas de con-
gregações, como é o caso do programa
Templos de Esperança?
Lopes – O número de pessoas batizadas
vem sendo ampliado a cada ano, mas o mon-
tante de novas congregações não tem cresci-
do proporcionalmente. Consequentemente,
as igrejas estão cada vez mais lotadas e falta
espaço para receber as visitas. Um terço das
igrejas enfrentam essa problemática, pois não
têm mais espaço para as visitas; isto é, só os
membros já lotam. As demais possuem 80%
dos seus assentos ocupados. Percebemos,
então, que, se não tivéssemos um projeto de
abertura de novos templos, provavelmente
em dois anos a totalidade de nossas congre-
gações não teria mais espaço para visitas e,
consequentemente, a igreja perderia a motiva-
ção missionária. O objetivo, portanto, foi real-
mente abrir espaço para termos novos mem-
bros e, mais do que isto, entrar em regiões
sem presença adventista.
ENTREVISTACerca da m etade dos municípios do Sul do Brasil ainda não tem
presença adventista. Nesta entrevista com o presidente da União Sul-
Brasileira, Marlinton Lopes, conheça o projeto que busca mudar esta
realidade e qual a importância do programa de ofertas sistemáticas
na concretização do sonho de abrir 800 novas congregações até 2015.
Pr. Marlinton LopesPresidente da Igreja adventista
para o Sul do Brasil
Faça gratuitamente o download do leitor no phdmobi.com pelo celular, abra o aplicativo, fotografe este código e acesse a revista Pilares e Templos de Esperança.
por Márcio Tonetti
Foto
: Xav
ier G
alle
go M
orel
l
adoração 5
Você atribui alguma
relação entre a ideia do
projeto Templos de Espe-
rança e a concepção bíbli-
ca do pacto?
Lopes – Eu entendo que o dízimo é de
Deus e Ele está dizendo assim: “Eu quero que
aquilo que é meu seja usado para salvar pes-
soas”. Já a oferta é aquilo que o ser humano
dá, a nossa participação de algo já vindo de
Deus. Ela é usada para criar a estrutura para
que o membro possa estar na igreja. Então,
aqui entra tijolo, argamassa, ou seja, toda a
infraestrutura necessária. Entretanto, o pac-
to tem sido usado quase que exclusivamente
para a manutenção da igreja e não para a sua
expansão. Creio que devamos usar as ofertas
sobretudo para chegar a novos locais. Não
tem como o dízimo trabalhar sem a parceria
da oferta. O dízimo evangeliza e a oferta ofe-
rece a estrutura para manter e expandir.
Você acredita que a ênfase no projeto
Templos de Esperança pode levar tam-
bém a um crescimento signifi cativo na
fi delidade nos dízimos, ofertas e pactos?
Lopes – Sem dúvida. Isto já está aconte-
cendo. Os membros estão vendo onde a oferta
está sendo aplicada. E eu acredito que Deus
entende essa nossa maneira tão racional e
limitada que temos de, às vezes, ofertar só se
soubermos onde ela será utilizada e de que
maneira. Não é a maneira correta, mas creio
que Deus até entende essa nossa limitação.
O investimento na abertura de novas
igrejas foi uma constante na história
adventista no sul do Brasil. Mas o que
levou a liderança da Igreja a criar em
2010 um projeto específi co e dar ênfase
ainda maior na necessidade de multipli-
cação não só de membros, mas de con-
gregações, como é o caso do programa
Templos de Esperança?
Lopes – O número de pessoas batizadas
vem sendo ampliado a cada ano, mas o mon-
tante de novas congregações não tem cresci-
do proporcionalmente. Consequentemente,
as igrejas estão cada vez mais lotadas e falta
espaço para receber as visitas. Um terço das
igrejas enfrentam essa problemática, pois não
têm mais espaço para as visitas; isto é, só os
membros já lotam. As demais possuem 80%
dos seus assentos ocupados. Percebemos,
então, que, se não tivéssemos um projeto de
abertura de novos templos, provavelmente
em dois anos a totalidade de nossas congre-
gações não teria mais espaço para visitas e,
consequentemente, a igreja perderia a motiva-
ção missionária. O objetivo, portanto, foi real-
mente abrir espaço para termos novos mem-
bros e, mais do que isto, entrar em regiões
sem presença adventista.
De que maneira as pessoas podem par-
ticipar da iniciativa e acompanhar o anda-
mento do projeto Templos de Esperança?
Lopes – Nós queremos tornar tudo muito
transparente para que o ofertante não apenas
saiba onde o recurso está sendo utilizado, mas,
caso queira doar para um projeto específi co,
também saiba qual o caminho. Tudo isso se res-
ponde com um site (www.templosdeesperanca.
com.br). Esse endereço mostra os locais que vão
ser benefi ciados, o projeto, a planta básica e o
custo de toda a obra. Se você quiser adotar uma
igreja específi ca você pode; se quiser fazer uma
doação via site, por meio de boleto, tem como.
Nosso objetivo é tornar tudo o mais transparen-
te possível para que o membro tenha a seguran-
ça de que a sua contribuição realmente chega-
rá no destino especifi cado. Temos o sonho de
abrir uma nova congregação a cada 2,7 dias.
E, a partir de dois anos do surgimento, vamos
avaliar cada projeto para então verifi carmos a
viabilidade de começar a construir essa nova
igreja. Nós temos hoje cerca de 100 igrejas rece-
bendo auxílio construção. Começamos com as
que possuíam imóvel alugado. Queremos ter
entre 20% e 30% das congregações em muni-
cípios que fazem parte da Missão Global (sem
presença adventista) para que esses habitantes
tenham também acesso à luz do evangelho.
Discuta em grupo:
▸ a Igreja sempre aceita ofertas direcionadas para construção, por exemplo. Mas se esse é o objetivo principal, será que essa oferta também é aceita por deus? Será que Ele precisa de ajuda? (Veja Salmo 50:9-15).
▸ Em sua opinião, qual deveria ser o principal objetivo ao trazer uma oferta aceitável a deus? (Veja a motivação de davi ao ofertar em I Crôn. 16:26-29, 34-36).
Pr. Marlinton LopesPresidente da Igreja adventista
para o Sul do Brasil
Faça gratuitamente o download do leitor no phdmobi.com pelo celular, abra o aplicativo, fotografe este código e acesse a revista Pilares e Templos de Esperança.
Foto
: Xav
ier G
alle
go M
orel
l
adoração6
Silvério Mendes iniciou sua indústria de móveis, a Silmen
Móveis, em 1982 na cidade de Gravatal (SC). A empresa hoje
tem boa representatividade em Santa Catarina, com produ-
tos em aproximadamente 90 lojas no Estado e móveis sob
medida entregues em diversos locais, inclusive fora do Brasil.
Em 2000, Silvério contratou um funcionário, membro da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, que adiantou, ao ser con-
tratado, que guardava o sábado e não trabalhava neste dia.
A família, fi el frequentadora de outra denominação religio-
sa em Tubarão (cidade vizinha a Termas do Gravatal), fi cou
curiosa sobre o assunto. Com isso, a esposa e os fi lhos do
empresário começaram a estudar a Bíblia com um membro
de uma Igreja Adventista da região. Inicialmente, Silvério
não quis participar com a família; mas, com o passar do
tempo, mudou de opinião.
“Eu fi cava na sala, eles na cozinha. Ouvia de longe. Quan-
do algo me chamava a atenção, de longe questionava sobre o
assunto pedindo mais detalhes. Até que comecei a frequen-
tar ofi cialmente os estudos bíblicos”, comenta Silvério. Entre
os vários assuntos estudados, o dízimo chamou sua atenção.
“Eu já o devolvia na outra denominação mas tive um enten-
dimento sobre o dízimo como nunca antes, e vi que a Igreja
Adventista era a correta e verdadeira. Por isso perguntei se
já podia devolver o dízimo na Igreja Adventista, apesar de
estar ainda na fase de estudo bíblico. O irmão Rogério dis-
se que sim. E, no próximo encontro, ele trouxe o envelope
e tive a oportunidade de devolver o valor do dízimo. Já no
encontro seguinte o irmão Rogério fez questão de trazer o
recibo. Isso me impressionou ainda mais”, relembra.
A família do empre-
sário, dizimista antes
mesmo de pisar num
templo adventista, foi
batizada em 2001. E
a fidelidade continua
sendo uma característi-
ca deles, um princípio,
por isso inegociável.
Em 2008, a indústria
passava por uma cer-
ta difi culdade, nada desesperador, mas que incomodava a
família Mendes. Em um encontro sobre Mordomia no Catre
(Centro Adventista de Treinamento e Recreação), Silvério
tomou uma decisão importante: “A partir daí sentei com
minha família e decidimos dizimar os proventos da empre-
sa, apesar das difi culdades. E Deus abençoou nossa fi deli-
dade. Desde então, tivemos um crescimento nas vendas e
aumento nos lucros na empresa. Logo depois decidimos pac-
tuar e auxiliar na construção da igreja local, em Termas do
Gravatal”, afi rma.
O valor total do pacto e das ofertas, que começou com 2%
em 2008, está hoje em 29%. E a fi delidade aumenta gradativa-
mente, conforme as fi nanças da empresa. “Começamos com
2%, e hoje entregamos a Deus 29% do lucro da empresa. Quan-
do as difi culdades aparecem, aí que nos reunimos e decidimos
aumentar o valor. E Deus abençoa, é impressionante. Em 2001
tínhamos sete funcionários, e hoje
são vinte e seis, só para ter uma
ideia de como Deus nos abençoa.”
Além da entrega de 39% dos
lucros da empresa, cada membro
da família Mendes também devol-
ve o dízimo e um pacto pessoal.
E tem mais: toda segunda-feira,
Silvério realiza estudos bíblicos
com os vinte e seis funcionários
da indústria em seu escritório.
Fidelidade não se negocia
Egoísmo é um dos problemas fundamentais dos seres
humanos. Trata-se de uma das marcas do pecado, no qual
nascemos, e que implica em muitas áreas da nossa vida,
desde criança, quando, por exemplo, nos recusamos a divi-
dir o brinquedo ou choramos ao repartirem nosso doce
preferido. Mas como todo e qualquer resquício do peca-
do, o egoísmo tem cura, com a graça de Deus. A maneira
como lidamos com nosso dinheiro, nossos recursos, é um
vislumbre disso.
Ofertar não é um presente para Deus, mas o contrário:
uma maneira de Deus desenvolver em nós o altruísmo,
abnegação e consciência de que tudo o que temos vem das
mãos dEle. Mas esta bênção também está em nosso poder
para exercitarmos o amor de Deus através de nossas posses
Você é responsável pela volta de Jesusdaniel Gonçalves – assessor de imprensa
da Igreja adventista em Santa Catarina
Foto
: Sub
botin
a An
na
Foto
: Vio
let K
aipa
Silvério Mendes e a esposa, Fátima Soares Mendes: Fidelidade na família e na empresa.
Faça gratuitamente o download do leitor no phdmobi.com pelo celular, abra o aplicativo, fotografe este código e assista ao vídeo dessa história.
adoração 7
A família do empre-
sário, dizimista antes
mesmo de pisar num
templo adventista, foi
batizada em 2001. E
a fidelidade continua
sendo uma característi-
ca deles, um princípio,
por isso inegociável.
Em 2008, a indústria
passava por uma cer-
ta difi culdade, nada desesperador, mas que incomodava a
família Mendes. Em um encontro sobre Mordomia no Catre
(Centro Adventista de Treinamento e Recreação), Silvério
tomou uma decisão importante: “A partir daí sentei com
minha família e decidimos dizimar os proventos da empre-
sa, apesar das difi culdades. E Deus abençoou nossa fi deli-
dade. Desde então, tivemos um crescimento nas vendas e
aumento nos lucros na empresa. Logo depois decidimos pac-
tuar e auxiliar na construção da igreja local, em Termas do
Gravatal”, afi rma.
O valor total do pacto e das ofertas, que começou com 2%
em 2008, está hoje em 29%. E a fi delidade aumenta gradativa-
mente, conforme as fi nanças da empresa. “Começamos com
2%, e hoje entregamos a Deus 29% do lucro da empresa. Quan-
do as difi culdades aparecem, aí que nos reunimos e decidimos
aumentar o valor. E Deus abençoa, é impressionante. Em 2001
tínhamos sete funcionários, e hoje
são vinte e seis, só para ter uma
ideia de como Deus nos abençoa.”
Além da entrega de 39% dos
lucros da empresa, cada membro
da família Mendes também devol-
ve o dízimo e um pacto pessoal.
E tem mais: toda segunda-feira,
Silvério realiza estudos bíblicos
com os vinte e seis funcionários
da indústria em seu escritório.
Egoísmo é um dos problemas fundamentais dos seres
humanos. Trata-se de uma das marcas do pecado, no qual
nascemos, e que implica em muitas áreas da nossa vida,
desde criança, quando, por exemplo, nos recusamos a divi-
dir o brinquedo ou choramos ao repartirem nosso doce
preferido. Mas como todo e qualquer resquício do peca-
do, o egoísmo tem cura, com a graça de Deus. A maneira
como lidamos com nosso dinheiro, nossos recursos, é um
vislumbre disso.
Ofertar não é um presente para Deus, mas o contrário:
uma maneira de Deus desenvolver em nós o altruísmo,
abnegação e consciência de que tudo o que temos vem das
mãos dEle. Mas esta bênção também está em nosso poder
para exercitarmos o amor de Deus através de nossas posses
Você é responsável pela volta de Jesus
e a oferta é um meio de fazê-lo de forma ampla. O que se
deposita na salva, seja como pacto, ou solto sem nenhuma
especifi cação, viaja em muitos níveis, atingindo e benefi -
ciando pessoas das quais nem nos damos conta.
Muitos leem o texto bíblico de Atos 1:8 e se perguntam
como estão incluídos nisso: “E sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até
os confi ns da Terra”. Tudo bem pregar em Jerusalém (que
pode ser entendido como nosso local mais próximo, ou
nossa igreja) e até nas redondezas da Judéia e Samaria, mas
e os confi ns da Terra? É necessário compreender a evange-
lização como algo que vai além do nosso próprio conforto,
do banco onde nos sentamos confortavelmente para ouvir
um sermão ou boa música.
daniel Gonçalves – assessor de imprensa da Igreja adventista em Santa Catarina
Pr. davi Contridiretor fi nanceiro da Igreja adventista no Sul do Brasil
Foto
: Sub
botin
a An
na
Foto
: Vio
let K
aipa
Silvério Mendes e a esposa, Fátima Soares Mendes: Fidelidade na família e na empresa.
Faça gratuitamente o download do leitor no phdmobi.com pelo celular, abra o aplicativo, fotografe este código e assista ao vídeo dessa história.
adoração8
DízimosOs dízimos da Associação ou Missão são distribuídos assim:
43% - Manutenção Pastores
Total Operativas: 70%
OfertasQuando você coloca a oferta na salva, dentro ou não do envelope, ela é dividida assim:
Lugares como Oriente Médio e regiões compreendidas
dentro do que se chama de “Janela 10/40” provavelmente
não receberão sua visita nos próximos meses, mas existem
missionários, projetos evangelísticos e estratégias mon-
tadas para atingir os fi lhos de Deus onde quer que eles
estejam e a sua oferta ajuda nessa missão. Aqui você usa
as bênçãos de Deus para ser os braços do Pai envolvendo
quem precisa conhecer a mensagem de salvação. Quando
se compreende quão ampla é a obra da pregação, é impos-
sível se prender ao egoísmo de destinar toda a nossa oferta
somente para a igreja local ou para projetos únicos, onde só
o nosso conforto conta, pois dessa forma não ajudamos na
pregação, mas estimulamos nosso egoísmo e acariciamos
a tentação de controlar o destino do dinheiro que coloca-
mos na salva.
O dinheiro depositado ali é dividido da seguinte forma:
60% para a igreja local, atendendo as despesas dos depar-
tamentos, como água, luz e outras contas regulares; 20%
vão para projetos da Associação, como construção dos
Templos de Esperança, Evangelismo e Missão Global; 20%
destinam-se aos projetos missionários como os executados
em países sem tantos recursos, tal qual o continente africa-
no e regiões de difícil acesso, a exemplo do mundo árabe.
Lembra de Atos 1:8? Algo como 60% em Jerusalém, 20%
em Judéia e Samaria e outros 20% para os confi ns da Terra.
Com as últimas notícias dos jornais, quem lê a Bíblia e
estuda as profecias sabe que vivemos no tempo do fi m e os
sinais estão se cumprindo. “E será pregado este evangelho
do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as
nações. Então virá o fi m”. Este verso de Mateus 24:14 aju-
da a entender que para a Volta de Cristo só falta mesmo a
pregação a todo o mundo e está nas suas mãos apressá-la,
com seus recursos sendo utilizados “em todo o mundo”.
Religião
“Mostrar um espírito liberal, abnegado para com o êxito das missões estrangeiras, é um meio seguro de fazer avançar a obra missionária na pátria; pois a prosperidade da obra nacional depende grandemente, abaixo de Deus, da in� uência re� exa da obra evangélica feita nos países afastados.” Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 465.
Desafi o mundial: Janela 10/40
1,1 bi - muçulmanos
1 bi - hinduístas
600 mi - budistas
1% - cristãos
0,001% - Adventistas{
65% da população mundial (4,2 bi de habitantes)
84% vivem na miséria
DízimosOs dízimos da Associação ou Missão são distribuídos assim:
10% - Divisão Sul-Americana (que por sua vez repassa 2% do orçamento para a Associação Geral.*)
10% - União Sul-Brasileira (também repassa 10% de seu orçamento para a DSA** e boa parte do restante – 90% - volta para as Associações/Missão na forma de subsídios).
2% - Novo Tempo (TV e Rádio)
3,5% - Colégios com Segundo e Terceiro Graus e que tenham o curso de Teologia
3,5% IAJA
1% Publicações
43% - Manutenção de Pastores e Obreiros Bíblicos
7% - Despesas Administrativas Gerais
8% - Departamentos Internos
7% - Evangelismo
5% - Fundo Emergência
*A Associação Geral (AG) opera com apenas 19% do seu orçamento. O restante (81%), é redistribuído para o Mundo (África, Ásia, Janela 10/40, países com pouca presença adventista, Rádio Mundial, Evangelismo nas grandes cidades, etc).
**DSA envia 2% do dízimo que recebe para a Associação Geral e utiliza apenas 30% do orçamento para custos administrativos. O restante volta em forma de subvenções e programas para lugares necessitados do Equador, Bolívia, Peru, Paraguai, Chile, Argentina, Brasil e Uruguai.
Total do repasse: 30%
Total Operativas: 70%
Total Geral: 100%
ADORAÇÃO 9
OfertasQuando você coloca a oferta na salva, dentro ou não do envelope, ela é dividida assim:
fi cam para as despesas de sua igreja (água, luz, folhetos, departamentos infantis, obreiros bíblicos, ASA, desbravadores, evangelismos, etc.);
seguem para projetos missionários de sua Associação ou Missão (principalmente para a construção de igrejas e capelas em novos lugares);
vão para projetos missionários mundiais;
tamentos, como água, luz e outras contas regulares; 20%
vão para projetos da Associação, como construção dos
Templos de Esperança, Evangelismo e Missão Global; 20%
destinam-se aos projetos missionários como os executados
em países sem tantos recursos, tal qual o continente africa-
no e regiões de difícil acesso, a exemplo do mundo árabe.
Lembra de Atos 1:8? Algo como 60% em Jerusalém, 20%
em Judéia e Samaria e outros 20% para os con� ns da Terra.
Com as últimas notícias dos jornais, quem lê a Bíblia e
estuda as profecias sabe que vivemos no tempo do � m e os
sinais estão se cumprindo. “E será pregado este evangelho
do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as
nações. Então virá o � m”. Este verso de Mateus 24:14 aju-
da a entender que para a Volta de Cristo só falta mesmo a
pregação a todo o mundo e está nas suas mãos apressá-la,
com seus recursos sendo utilizados “em todo o mundo”.
“Mostrar um espírito liberal, abnegado para com o êxito das missões estrangeiras, é um meio seguro de fazer avançar a obra missionária na pátria; pois a prosperidade da obra nacional depende grandemente, abaixo de Deus, da in� uência re� exa da obra evangélica feita nos países afastados.” Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 465.
adoração10
Ao entregarmos a oferta, estamos dizendo a Deus que
estamos entregando a nossa vida ao Seu serviço. O que
Ele espera é que ofereçamos a nós mesmos como oferta.
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agra-
dável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos con-
formeis com este século, mas transformai-vos pela reno-
vação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12: 1
e 2). Dentro deste contexto de amor, entrega e adoração é
que devemos ofertar, não como uma obrigação, mas fazen-
do de boa vontade e de forma generosa. “Visto como, na
prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência
da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela
liberalidade com que contribuís para eles e para todos” (2
Coríntios 9:13).
O que o crente deve ter em mente é que ofertar é uma
atitude que brota de um coração puro, limpo, movido pelo
verdadeiro espírito de adoração. Acompanhado pelos frutos
do Espírito Santo que são: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio pró-
prio (Galátas 5:22 e 23).
Um grande exemplo foi deixado pela viúva pobre:
“Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como
o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos deposita-
vam grandes quantias. Vindo, porém, uma viúva pobre,
depositou duas pequenas moedas correspondentes a um
quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em
verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazo-
filácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque
todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da
sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento”
(Marcos 12:41-44). Podemos ver, através desse exemplo,
que o que importa para Deus não é o valor dado na ofer-
ta, mas a disposição do coração contrito, movido em ado-
ração sincera ao Deus Criador da Terra e dos Céus. Deus
aceitou a oferta da viúva pobre, pois, por menor que fosse,
representava o máximo que podia fazer. Nesta oferta esta-
va o espírito de sacrifício, um exemplo para nós ao ofer-
tarmos, pois a oferta verdadeira representa o sacrifício de
Cristo Jesus por todos nós. Cristo abriu mão de viver nas
mansões celestiais, para se tornar a oferta de Deus pela
humanidade. Por isso, podemos dizer que os braços de
Cristo, abertos na cruz, nos desautorizam a vivermos de
braços cruzados. Não podemos usar nossas dificuldades
mos separar uma oferta voluntária, como um ato sincero
de adoração; fazendo isto em íntima comunhão com Deus,
e tendo no coração o mesmo sentimento que havia em
Cristo Jesus, o de entrega total. Entregando uma porção
ao Senhor, segundo as bênçãos recebidas, “cada um ofe-
recerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção
que o Senhor, seu Deus, lhe houver concedido” (Dt.16:17).
Temos em nós o direito dado por Deus, de decidir quan-
to vamos oferecer a Ele. A nossa motivação em ofertar deve
ser o amor a Deus, pois esse ato é uma resposta de amor
Àquele que nos amou primeiro – “Porque Deus amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eter-
na” (João 3:16). “Nisto conhecemos o amor: que Cristo
deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos
irmãos’’ (I João 3:16).
Podemos dizer que somente o amor pode ir além do
amor. Jesus é a oferta de Deus; sendo assim, devemos dar
ofertas motivados em Cristo. Paulo diz: “Sede, pois, imi-
tadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor,
como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo
por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”
(Efésios 5:1 e 2).
Deus orientou-nos sobre a devolução e emprego
do dízimo. Na realidade, Ele não quer que Sua
obra seja paralisada por falta de recursos. O dízi-
mo constitui uma porção especial que Deus tomou para Si,
e não deve ser desviado para nenhum outro fim, que não
seja o fim para o qual Ele o destinou, o sustento do minis-
tério, isto é, para manter pessoas que foram chamadas e
separadas para viverem vinte e quatro horas em função
do Evangelho: pastores, obreiros e professores de ensino
religioso, em nossas instituições. Sendo assim, o dízimo
não pode ser usado para a manutenção da igreja local ou
para fazer ajuda humanitária. Para esse fim, Deus deixou
as ofertas, que também constituem uma porção sagrada,
separada por Ele, com um fim diferente dos dízimos. As
ofertas, assim como os dízimos, também são de proprieda-
de de Deus – “E celebrarás a Festa das Semanas ao Senhor,
teu Deus, com ofertas voluntárias da tua mão, segundo
o Senhor, teu Deus, te houver abençoado” (Deuteronômio
16:10). Depois que devolvermos o dízimo ao Senhor, deve-
Foto
: V2
Foto
: Jea
m S
chw
eitz
er
Pr. Elmir Santos Líder de Mordomia Cristã na União Este-Brasileira
adoração 11
Ao entregarmos a oferta, estamos dizendo a Deus que
estamos entregando a nossa vida ao Seu serviço. O que
Ele espera é que ofereçamos a nós mesmos como oferta.
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agra-
dável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos con-
formeis com este século, mas transformai-vos pela reno-
vação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12: 1
e 2). Dentro deste contexto de amor, entrega e adoração é
que devemos ofertar, não como uma obrigação, mas fazen-
do de boa vontade e de forma generosa. “Visto como, na
prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência
da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela
liberalidade com que contribuís para eles e para todos” (2
Coríntios 9:13).
O que o crente deve ter em mente é que ofertar é uma
atitude que brota de um coração puro, limpo, movido pelo
verdadeiro espírito de adoração. Acompanhado pelos frutos
do Espírito Santo que são: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio pró-
prio (Galátas 5:22 e 23).
Um grande exemplo foi deixado pela viúva pobre:
“Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como
o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos deposita-
vam grandes quantias. Vindo, porém, uma viúva pobre,
depositou duas pequenas moedas correspondentes a um
quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em
verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazo-
filácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque
todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da
sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento”
(Marcos 12:41-44). Podemos ver, através desse exemplo,
que o que importa para Deus não é o valor dado na ofer-
ta, mas a disposição do coração contrito, movido em ado-
ração sincera ao Deus Criador da Terra e dos Céus. Deus
aceitou a oferta da viúva pobre, pois, por menor que fosse,
representava o máximo que podia fazer. Nesta oferta esta-
va o espírito de sacrifício, um exemplo para nós ao ofer-
tarmos, pois a oferta verdadeira representa o sacrifício de
Cristo Jesus por todos nós. Cristo abriu mão de viver nas
mansões celestiais, para se tornar a oferta de Deus pela
humanidade. Por isso, podemos dizer que os braços de
Cristo, abertos na cruz, nos desautorizam a vivermos de
braços cruzados. Não podemos usar nossas dificuldades
financeiras como motivo para não trazermos ao Senhor as
nossas ofertas, pois estas dificuldades sempre existirão,
e é justamente na crise que provamos a nossa fidelidade.
Deus está procurando homens tementes a Ele para serem
canais, pelos quais Seus recursos cheguem onde existam as
necessidades. Conforme escreveu Ellen G. White em Con-
selhos Sobre Mordomia (p. 141), “Deus nos permite usar
Seus bens somente para a sua glória, para abençoar, a fim
de que possamos abençoar aos outros”.
Seja, por amor a Cristo, um distribuidor de bênçãos,
um fiel ofertante.
mos separar uma oferta voluntária, como um ato sincero
de adoração; fazendo isto em íntima comunhão com Deus,
e tendo no coração o mesmo sentimento que havia em
Cristo Jesus, o de entrega total. Entregando uma porção
ao Senhor, segundo as bênçãos recebidas, “cada um ofe-
recerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção
que o Senhor, seu Deus, lhe houver concedido” (Dt.16:17).
Temos em nós o direito dado por Deus, de decidir quan-
to vamos oferecer a Ele. A nossa motivação em ofertar deve
ser o amor a Deus, pois esse ato é uma resposta de amor
Àquele que nos amou primeiro – “Porque Deus amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eter-
na” (João 3:16). “Nisto conhecemos o amor: que Cristo
deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos
irmãos’’ (I João 3:16).
Podemos dizer que somente o amor pode ir além do
amor. Jesus é a oferta de Deus; sendo assim, devemos dar
ofertas motivados em Cristo. Paulo diz: “Sede, pois, imi-
tadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor,
como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo
por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”
(Efésios 5:1 e 2).
Foto
: V2
Foto
: Jea
m S
chw
eitz
er
adoração12
Ofertas em Todos os Cultos“Três vezes no ano, todo varão entre ti apare-
cerá perante o SENHOR, teu Deus, no lugar
que escolher, na Festa dos Pães Asmos,
e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernácu-
los; porém não aparecerá de mãos vazias perante o
Senhor.” (Deuteronômio 16:16)
O texto acima apresenta um princípio: comparecer
diante do Senhor com uma oferta. A oferta faz parte da
adoração e, pelo menos nas principais reuniões do anti-
go Templo, não se deveria ir sem uma oferta ao Senhor.
Mas, o que faz com que a oferta seja tão importante na
adoração? Neste espaço não se poderá atender a toda
a demanda desta pergunta, porém algumas considera-
ções importantes podem ser levantadas.
Inicialmente, destacamos que, embora a doutrina
das ofertas tenha sido sempre apresentada no contex-
to do ensino sobre o dízimo, este aspecto da mordo-
mia dos bens possui seu próprio aporte teológico que
o justifi ca como prática da igreja cristã fundamentada
tanto no Antigo (AT) quanto no Novo Testamento (NT).
Podem ser listadas vinte e três principais
palavras hebraicas para “oferta” no AT. Este
número de ocorrências tem um signifi cado
importante para o estudo da cultura religiosa
hebraica a partir dos conceitos presentes no
vocabulário do povo e dos líderes religiosos.
A numerosa incidência do termo em questão
indica como a teologia e prática do ofertar
consistiam num tema central na vida espiri-
tual, doutrinária e litúrgica do povo de Deus
no AT. Não havia culto sem oferta. Este fato,
por si só, já seria suporte sufi ciente para esti-
mular a prática de dar oportunidade de ofer-
tar em todos os cultos na igreja hoje.
Mas o adorador devolve as ofertas na pro-
porção e na frequência das bênçãos recebidas
e não na frequência dos cultos que assiste.
Porém, a Igreja tem obrigação de não proibir
os adoradores de ofertarem em seus cultos,
dando oportunidade para isso em todas as
reuniões de adoração.
Além disso, ao estudar as palavras hebrai-
cas, compreendemos que as ofertas, além de
manifestarem a religiosidade prática, conti-
nham signifi cados teológicos que traduziam a
doutrina da Redenção, ensinando comunhão,
justifi cação pela fé, necessidade de sacrifício
substituinte, dependência de um Interces-
sor e compromisso com o sistema religioso
e a missão do Templo, entre outras lições.
Essas lições eram efetivas porque os antigos
hebreus viviam numa atmosfera de ofertas,
era uma verdadeira classe de “imersão total”
na escola da liberalidade com a causa de Deus.
Ou seja, se nascia alguém, se buscavam
perdão, se eram curados, na colheita, no ano
novo, se compungiam as almas no dia da
expiação ou participavam das festas de ale-
gria, as ofertas estavam presentes e faziam
parte da adoração. O povo do AT pode ser
chamado com justiça de “o povo que oferta-
va”. Deste fato temos a lição de que hoje deve-
mos sempre proporcionar oportunidade para
o adorador apresentar sua oferta nos cultos
da igreja, pelo menos nos principais cultos da
semana e no de Sábado.3Foto
: Bic
zó Z
solt
Foto
: Gra
ja
Pr. demóstenes Neves da Silva Professor do Seminário adventista
Latino-americano de Teologia na Bahia
adoração 13
Ofertas em Todos os Cultos“Três vezes no ano, todo varão entre ti apare-
cerá perante o SENHOR, teu Deus, no lugar
que escolher, na Festa dos Pães Asmos,
e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernácu-
los; porém não aparecerá de mãos vazias perante o
Senhor.” (Deuteronômio 16:16)
O texto acima apresenta um princípio: comparecer
diante do Senhor com uma oferta. A oferta faz parte da
adoração e, pelo menos nas principais reuniões do anti-
go Templo, não se deveria ir sem uma oferta ao Senhor.
Mas, o que faz com que a oferta seja tão importante na
adoração? Neste espaço não se poderá atender a toda
a demanda desta pergunta, porém algumas considera-
ções importantes podem ser levantadas.
Inicialmente, destacamos que, embora a doutrina
das ofertas tenha sido sempre apresentada no contex-
to do ensino sobre o dízimo, este aspecto da mordo-
mia dos bens possui seu próprio aporte teológico que
o justifi ca como prática da igreja cristã fundamentada
tanto no Antigo (AT) quanto no Novo Testamento (NT).
Podem ser listadas vinte e três principais
palavras hebraicas para “oferta” no AT. Este
número de ocorrências tem um signifi cado
importante para o estudo da cultura religiosa
hebraica a partir dos conceitos presentes no
vocabulário do povo e dos líderes religiosos.
A numerosa incidência do termo em questão
indica como a teologia e prática do ofertar
consistiam num tema central na vida espiri-
tual, doutrinária e litúrgica do povo de Deus
no AT. Não havia culto sem oferta. Este fato,
por si só, já seria suporte sufi ciente para esti-
mular a prática de dar oportunidade de ofer-
tar em todos os cultos na igreja hoje.
Mas o adorador devolve as ofertas na pro-
porção e na frequência das bênçãos recebidas
e não na frequência dos cultos que assiste.
Porém, a Igreja tem obrigação de não proibir
os adoradores de ofertarem em seus cultos,
dando oportunidade para isso em todas as
reuniões de adoração.
Além disso, ao estudar as palavras hebrai-
cas, compreendemos que as ofertas, além de
manifestarem a religiosidade prática, conti-
nham signifi cados teológicos que traduziam a
doutrina da Redenção, ensinando comunhão,
justifi cação pela fé, necessidade de sacrifício
substituinte, dependência de um Interces-
sor e compromisso com o sistema religioso
e a missão do Templo, entre outras lições.
Essas lições eram efetivas porque os antigos
hebreus viviam numa atmosfera de ofertas,
era uma verdadeira classe de “imersão total”
na escola da liberalidade com a causa de Deus.
Ou seja, se nascia alguém, se buscavam
perdão, se eram curados, na colheita, no ano
novo, se compungiam as almas no dia da
expiação ou participavam das festas de ale-
gria, as ofertas estavam presentes e faziam
parte da adoração. O povo do AT pode ser
chamado com justiça de “o povo que oferta-
va”. Deste fato temos a lição de que hoje deve-
mos sempre proporcionar oportunidade para
o adorador apresentar sua oferta nos cultos
da igreja, pelo menos nos principais cultos da
semana e no de Sábado.3
Questões sobre o texto:1 Quantas palavras
hebraicas podem ser encontradas para “oferta” no aT e o que isso indica?
2 o que as ofertas proviam no sistema religioso no aT no aspecto teológico e prático?
3 Que tipo de diagnóstico a prática do ofertar fornece sobre a vida espiritual do crente e da igreja?
4 Quais benefícios práticos o ato de ofertar proporciona para a igreja e o crente individual hoje?
O sistema de ofertas não somente provia
a manutenção da liturgia do Santuário no AT
como mantinha a estrutura do Templo e patro-
cinava despesas sacerdotais juntamente com
o dízimo. Assim é também nos dias atuais em
relação à igreja. Além disso, mais que apon-
tar para signifi cados espirituais, doutrinários
e proféticos as ofertas eram, e ainda são, um
diagnóstico da qualidade da relação do crente
com Deus e com a comunidade, indicando a
exuberância ou aridez da vida espiritual indi-
vidual e coletiva. Neste sentido, a oferta é a teo-
logia, a doutrina, a espiritualidade e a missão
passando pela salva de donativos. Parafrase-
ando um ditado popular: “dize-me o quanto, o
como e o porquê ofertas e eu te direi que tipo
de espiritualidade tu tens e que tipo de crente
tu és”. Ofertar manifesta a relação nossa com
Deus e a de Deus conosco. Por isso Ele ama o
“que dá com alegria” (2 Coríntios 9:7).
Assim, a igreja deve ensinar e dar oportu-
nidade para os membros trazerem ofertas em
todos os cultos, dentro do padrão bíblico, que
sejam sistemáticas e proporcionais. Além de
produzirem vitalidade espiritual e oferecerem
lições teológicas, tais ofertas se constituem
verdadeiros pactos de amor entre o crente e
Deus na promoção da causa do evangelho em
nossa terra e no mundo inteiro, preparando
um povo para o encontro com o Senhor Jesus.
1 SILVA, Demóstenes Neves da. Teologia das ofertas: orientações bíblicas e práticas para a igreja. Feira de Santana: Editora Clínica dos Livros, 2011, p.116.
2 Idem, p. 64, 65.
3 WHITE, E. G. Conselhos sobre mordomia, Tatuí: CPB, 1979, p. 80.Foto
: Bic
zó Z
solt
Foto
: Gra
ja
Pr. demóstenes Neves da Silva Professor do Seminário adventista
Latino-americano de Teologia na Bahia
adoração14
pacto é ofertar de maneira organizada. Então, para começar
a pactuar, sugiro que você “prove” a Deus (Malaquias 3:10),
ou seja, faça seu pacto por um período específico de tem-
po que pode durar alguns meses, um ano ou mais. Se, nes-
te período, Deus não lhe desamparar não tenha medo de
continuar entregando-Lhe sua oferta sistemática. “Sempre
que o povo de Deus, em qualquer lugar, período do mun-
do, seguiu, voluntária e alegremente o plano dEle quanto
à beneficência sistemática e as dádivas e ofertas, verifica-
ram sua permanente promessa de que todos os seus labo-
res seriam seguidos de prosperidade proporcional à obe-
diência que dispensavam ao que deles requeria. Quando
reconheciam os direitos de Deus, e lhes satisfaziam as rei-
vindicações, honrando-o com seus recursos, seus celeiros
enchiam-se de abundância”1.
O valor estabelecido para o pacto financeiro sistemáti-
co vai depender de nossa percepção das bênçãos de Deus
em nossa vida e das reais limitações financeiras de cada
um. Um percentual, além do dízimo, deve ser estabelecido
para que sejam evitadas perigosas oscilações ao entregar
a sua oferta. Uma boa sugestão é começar com 6% e mirar
a marca dos 10%, como um segundo dízimo, em resposta
de gratidão às inúmeras bênçãos de Deus.
Assim, fortaleceremos nossos laços de comunhão com
Deus e veremos nossa vida sendo, cada vez mais, um canal
de bênçãos para outras vidas.
Siga o conselho do salmista: “Oferece a Deus sacrifício
de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altís-
simo” (Sl 50: 14).
1 White, Ellen G. Testemunhos Seletos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007, Volume 1, p.342.
Como fazer um pacto com deus?
Pensamos com frequência nos sonhos que busca-
mos realizar. Os mais diligentes planejam a época na qual
esperam alcançar estes sonhos e até traçam os métodos
pelos quais acreditam ser possível concretizar seus inten-
tos. Entretanto, poucos são aqueles que pensam no que
acontecerá após seu falecimento, nas consequências para
aqueles a quem ama, para seus dependentes, quanto aos
preparativos para seu sepultamento e até mesmo quanto à
destinação dos bens recebidos das mãos de Deus.
Quem sabe, o assunto não seja mesmo dos mais popula-
res por lembrar que a vida nesta terra tem um fim, e que os
bens acumulados com suor e lágrimas também ficarão para
trás. Na verdade, a Palavra de Deus nos diz: “Minha é a prata, e
meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2:8). Diante
disto, nos parece natural concluir que Ele nos fez administra-
dores de bênçãos. É por isso que fazemos a pergunta: deve-
ríamos preparar meios pelos quais as bênçãos que o Senhor
nos tem confiado, sejam bem empregadas em Seu ministério,
enquanto estivermos vivos, e também por ocasião da nossa
morte? É certo que sim. Sob este enfoque, deixar de dar a cor-
reta destinação ao patrimônio restante por ocasião de nosso
falecimento é equivalente a agir como o servo infiel, que não
teve contas aprovadas pelo seu Senhor.
É verdade que o assunto causa arrepios em alguns e estra-
nheza em outros, mas o que a princípio parece desagradável
deveria ser encarado com naturalidade. Até mesmo porque
a morte é da natureza do homem. A Bíblia nos diz em Ecle-
siastes 9:5 que “os vivos sabem que morrerão”.
Em poucas palavras, não providenciar meios para que a
obra do nosso Senhor seja beneficiada pelas bênçãos que rece-
bermos em vida é não aceitar sermos agentes da causa de
Deus. É um grande risco que estas riquezas, poucas ou muitas,
mas que pertencem unicamente a Deus, passem ao poder de
homens e mulheres que não servem a nosso Senhor.
De maneira resumida, “o testamento é o ato solene,
revogável, pessoal, mediante o qual alguém, de conformi-
dade com a lei, dispõe, total ou parcialmente, do seu patri-
mônio para depois de sua morte, e que se dá por disposi-
ção de última vontade.”
O mais interessante é que pode ser feito por qualquer
Testamento: uma forma de multiplicar as bênçãos de deus
Pacto é o mesmo que aliança, acordo, compromisso.
Pelo menos duas partes estão envolvidas, há uma negocia-
ção prévia, o elemento tempo, as expectativas, o compro-
misso e o objeto pactual.
Os passos para que iniciemos uma relação pactual com
Deus poderiam ser descritos da seguinte maneira:
1 Relacionamento. A comunhão é a base para o estabe-
lecimento de um pacto.
2 Despertamento. O entendimento da necessidade de
uma nova experiência com Deus.
3 Iniciativa. A determinação pessoal de entrar numa rela-
ção pactual com Deus.
4 Oração. Buscar a orientação divina na “negociação” dos
termos pactuais.
5 Compartilhamento. Envolver a família na decisão e
detalhamento do pacto.
6 Planejamento. Definição da regularidade, do período
e da porcentagem do pacto.
7 Ação. O ato de adoração ao dedicar, separar e entregar
sistematicamente determinado valor (o objeto pactual)
à causa de Deus.
Detalhando o planejamento do pacto financeiro siste-
mático, ele deve incluir três principais aspectos que o dife-
renciam da oferta ocasional: (1) Regularidade, (2) Período
e (3) Valor.
A regularidade do pacto financeiro sistemático tem a ver
com a frequência com a qual ele será entregue: semanal,
mensal, trimestral, quadrimestral, semestral ou anual. Isso
tem que ser definido conforme a frequência e regularidade
das entradas das rendas pessoais ou familiares.
Quanto ao período de duração, lembre-se que ter um
Pr. Edinaldo Juarez Silva diretor de Mordomia Cristã para o Norte do Paraná
Foto
: Meh
met
Alc
i
Foto
: Otn
a Yd
ur
adoração 15
pacto é ofertar de maneira organizada. Então, para começar
a pactuar, sugiro que você “prove” a Deus (Malaquias 3:10),
ou seja, faça seu pacto por um período específi co de tem-
po que pode durar alguns meses, um ano ou mais. Se, nes-
te período, Deus não lhe desamparar não tenha medo de
continuar entregando-Lhe sua oferta sistemática. “Sempre
que o povo de Deus, em qualquer lugar, período do mun-
do, seguiu, voluntária e alegremente o plano dEle quanto
à benefi cência sistemática e as dádivas e ofertas, verifi ca-
ram sua permanente promessa de que todos os seus labo-
res seriam seguidos de prosperidade proporcional à obe-
diência que dispensavam ao que deles requeria. Quando
reconheciam os direitos de Deus, e lhes satisfaziam as rei-
vindicações, honrando-o com seus recursos, seus celeiros
enchiam-se de abundância”1.
O valor estabelecido para o pacto fi nanceiro sistemáti-
co vai depender de nossa percepção das bênçãos de Deus
em nossa vida e das reais limitações fi nanceiras de cada
um. Um percentual, além do dízimo, deve ser estabelecido
para que sejam evitadas perigosas oscilações ao entregar
a sua oferta. Uma boa sugestão é começar com 6% e mirar
a marca dos 10%, como um segundo dízimo, em resposta
de gratidão às inúmeras bênçãos de Deus.
Assim, fortaleceremos nossos laços de comunhão com
Deus e veremos nossa vida sendo, cada vez mais, um canal
de bênçãos para outras vidas.
Siga o conselho do salmista: “Oferece a Deus sacrifício
de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altís-
simo” (Sl 50: 14).
1 White, Ellen G. Testemunhos Seletos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007, Volume 1, p.342.
Como fazer um pacto com deus?
Pensamos com frequência nos sonhos que busca-
mos realizar. Os mais diligentes planejam a época na qual
esperam alcançar estes sonhos e até traçam os métodos
pelos quais acreditam ser possível concretizar seus inten-
tos. Entretanto, poucos são aqueles que pensam no que
acontecerá após seu falecimento, nas consequências para
aqueles a quem ama, para seus dependentes, quanto aos
preparativos para seu sepultamento e até mesmo quanto à
destinação dos bens recebidos das mãos de Deus.
Quem sabe, o assunto não seja mesmo dos mais popula-
res por lembrar que a vida nesta terra tem um fi m, e que os
bens acumulados com suor e lágrimas também fi carão para
trás. Na verdade, a Palavra de Deus nos diz: “Minha é a prata, e
meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2:8). Diante
disto, nos parece natural concluir que Ele nos fez administra-
dores de bênçãos. É por isso que fazemos a pergunta: deve-
ríamos preparar meios pelos quais as bênçãos que o Senhor
nos tem confi ado, sejam bem empregadas em Seu ministério,
enquanto estivermos vivos, e também por ocasião da nossa
morte? É certo que sim. Sob este enfoque, deixar de dar a cor-
reta destinação ao patrimônio restante por ocasião de nosso
falecimento é equivalente a agir como o servo infi el, que não
teve contas aprovadas pelo seu Senhor.
É verdade que o assunto causa arrepios em alguns e estra-
nheza em outros, mas o que a princípio parece desagradável
deveria ser encarado com naturalidade. Até mesmo porque
a morte é da natureza do homem. A Bíblia nos diz em Ecle-
siastes 9:5 que “os vivos sabem que morrerão”.
Em poucas palavras, não providenciar meios para que a
obra do nosso Senhor seja benefi ciada pelas bênçãos que rece-
bermos em vida é não aceitar sermos agentes da causa de
Deus. É um grande risco que estas riquezas, poucas ou muitas,
mas que pertencem unicamente a Deus, passem ao poder de
homens e mulheres que não servem a nosso Senhor.
De maneira resumida, “o testamento é o ato solene,
revogável, pessoal, mediante o qual alguém, de conformi-
dade com a lei, dispõe, total ou parcialmente, do seu patri-
mônio para depois de sua morte, e que se dá por disposi-
ção de última vontade.”
O mais interessante é que pode ser feito por qualquer
pessoa cuja idade seja maior que 16 anos, que esteja em
pleno juízo. Prudência, em tais circunstâncias, é essencial
para assegurar a validade legal do documento e o destino
dos recursos. Assim, o melhor a fazer é obter ajuda de um
advogado cristão, para fazer um testamento particular que
tenha validade, ou dirigir-se a um tabelionato e fazer um
testamento público.
O testamento público, feito em um tabelionato, na pre-
sença do ofi cial e de testemunhas, é a modalidade de testa-
mento mais efi ciente sob o ponto de vista legal. É verdade
que todas as formas têm o mesmo valor, mas o testamento
público preza pela legalidade mais do que os demais.
Todos os bens, propriedades, posses e outros direitos
exclusivos podem ser deixados em testamento. Mas é neces-
sário considerar primeiro se o autor do testamento é casado,
qual o regime de bens adotado, e se tem ou não outros her-
deiros necessários, a quem obrigatoriamente se destinará a
metade de todo o patrimônio exclusivo do testador. São os
descendentes, ascendentes e o cônjuge, ou companheiro. A
outra metade, que poderá ser deixada em testamento, cha-
mamos de “parte disponível”. Não havendo herdeiros neces-
sários, todo o patrimônio é disponível, e poderá ser disposto
em testamento pelo autor da herança.
É bom lembrar que não é possível a um casal fazer um tes-
tamento conjunto. O testamento precisa ser individual, e pode-
rá ser alterado, anulado ou substituído por aquele que o faz
a qualquer tempo. Esta parte disponível poderá ser deixada
para qualquer pessoa física ou jurídica. O ideal é que a família
decida em conjunto, como serão repartidas suas propriedades,
mantendo sempre em mente o que diz Deuteronômio 8:18:
“Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que
te dá força para adquirires riquezas; a fi m de confi rmar o seu
pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê”.
Lembremos também do que nos dizem as Escrituras em
Mateus 6:21: “Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará
também o teu coração”. É nossa responsabilidade propor-
cionar sustento material e espiritual àqueles que dependem
de nosso trabalho e instruções. Mas também é nosso papel
como bons adoradores assegurar que as bênçãos que rece-
bemos sejam multiplicadas no negócio de nosso Senhor.
Testamento: uma forma de multiplicar as bênçãos de deus
Pr. Edinaldo Juarez Silva diretor de Mordomia Cristã para o Norte do Paraná
augusto rocha assessor jurídico da Igreja
adventista para o Sul do Brasil
Foto
: Meh
met
Alc
i
Foto
: Otn
a Yd
ur
Novidades: Equipes Distritais de Mordomia Cristã (EDMA);
Programa Prioridades: A partir de Maio na TV Novo Tempo (6h30 da manhã). (6h30 da manhã).
Áreas de ênfase: Seminário de Enriquecimento Espiritual (SEE);
Programa de Restauração Espiritual (Diagnóstico Espiritual);
Sábados de Reavivamento e Reforma na Igreja Local;
Seminários Teórico-Práticos - (Treinamentos e Seminários para Pastores e Igrejas); Seminários para Pastores e Igrejas);
Congressos de Reavivamento e Reforma (CRER) - (Com ênfase nas Ofertas das Primícias);
Testemunhos do DVD "Provai e Vede" todos os sábados.
Apoiar ativamente a missão da igreja (fazer discípulos) por meio de mordomos fiéis e espiritualmente reavivados diariamente.”
Tudo de mim em resposta ao tudo de Deus.”
Promover o crescimento espiritual de uma comunidade de fiéis mordomos Adventistas do Sétimo Dia.”
LEMA
V ISÃO
M ISSÃO
MordomiaCristã
w w w. a m i s s a o . c o m
w w w. m o r d o m i a c r i s t a u s b . o r g . b r