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Ano 1 – nº. 20 – setembro de 2011 – R$5,90
Filhos podem te levar à falência
Lousas digitais e carteiras informatizadas nas salas de aula
Aulas de circo melhoram desempenho de alunos
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CUIDADO
FUTURO PRESENTE
CIRCO NA ESCOLA
analisa realidade da educação brasileiraProfessor Veloso
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Em uma entrevista exclusiva para a Revista Educa
Brasil, o Professor Veloso, Diretor Regional do Sindicato
de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo
e Presidente do Sinepe – Sindicato de Estabelecimentos
Particulares de Ensino Básico de Ribeirão Preto e Região
analisa a realidade da educação brasileira.
Você já imaginou uma sala de aula com lousa digital
e carteiras informatizadas? Pois é, esses equipamentos
já estão presentes em muitas escolas e universidades
brasileiras. Em uma matéria sobre o uso de tecnologias
em sala de aula você poderá perceber como o uso dessas
novas tecnologias ajuda alunos a melhorar qualidade de
aprendizado, relação com realidade e também facilita
trabalhos dos professores.
Confira também como o consumismo infantil repre-
senta grande parte das despesas domésticas mensais das
famílias. Outro assunto abordado nessa edição mostra
como é possível e válida a aula de circo no currículo escolar.
Quando o assunto é saúde, uma matéria relata como a
respiração pela boca pode causar diversos problemas para
as crianças. Outro tema envolve a higiene das cantinas
escolares. Uma nutricionista especialista no assunto faz os
devidos alertas. Fique atento e não perca essas e outras
matérias interessantes feitas especialmente para você.
Boa leitura!
EditorialEx
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te Tamy FavarinDRT/PR 6880 Jorge Lopes da Silva
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06
ARTIGO
SAÚDE
TECNOLOGIA
COMPORTAMENTO
CAPA
CONSUMISMO INFANTIL
Professor ressalta a impor-
tância do respeito para a
formação da educação e
cultura da sociedade
Entenda os problemas que
podem ser causados pela
respiração errada
Saiba como são as novas
tecnologias de um futuro
presente nas salas de aula
Fique atento! Como está a
higienização da cantina da
escola de seu filho?
Professor Veloso analisa
realidade da atual educação
brasileira
Quanto representa no gasto
familiar mensal?
Índice
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Ensinando a SER A partir do respeito, otimizam-se as atividades e modifica-se uma sociedade
Por Paulo Fernando Martins
Artigo
7
artigo • Ensinando a SER
V ivemos uma época em que a
mídia e a sociedade defendem a va-
lorização do ser humano e, o respeito
aparece como fator indispensável
para a existência de uma sociedade
saudável.
No entanto, percebe-se que nem
todos os participantes da sociedade
conseguem conquistar o respeito
esperado. Crianças e idosos não são
respeitados. Deficientes não são res-
peitados. Consumidores e profissio-
nais também não o são, nem mesmo
nas organizações em que atuam. O
resultado disto é um conjunto de
pessoas insatisfeitas consigo mesmas,
com a profissão, com a sociedade,
com as instituições que frequentam
e até com a empresa, não fazendo
direito suas atividades.
A principal atitude que toda e
qualquer pessoa deve ter é acreditar
em si mesma, no seu potencial, no
seu trabalho e na sua competência.
Confiando e acreditando em si,
estimula-se a auto-valorização e,
desta forma luta-se pelo respeito
necessário.
Como diz a consultora Lia Habib,
“muitas vezes o ambiente no qual se
está é um grande teatro, com seus
vários atores aparecendo educados
quando, na realidade não o são. Esse
teatro, normalmente não dura por
muito tempo. Em algum momento
da cena, os atores deixam de inter-
pretar os papéis que não são seus e
começam a agir de acordo com seus
próprios princípios individualizados e
egoístas.”
O respeito tem relação com a
educação e a cultura das pessoas
que formam a sociedade. Portanto,
se o respeito estiver presente em suas
vidas o ambiente está seguro, mas de
forma contrária certamente correrá
risco de ser prejudicado.
Assim, para ensinarmos nossos
alunos a viver e conviver de maneira
harmoniosa e socialmente saudável
devemos:
Considerar as pessoas com quem convivemos como o fator mais importante para o nosso sucesso.
Criar oportunidades para agir e trabalhar em equipe, trocando co-nhecimentos, constantemente.
Usar todos os canais de comunicação e informação disponíveis para que todos interajam, dando opiniões e participando de conversas e discussões.
Dar oportunidades para que todos sejam desafiados. Desta forma, cada um demonstra suas qualidades e potencialidades.
Ressalvo sempre que, nosso papel como educadores não é apenas ensinar
ciências exatas, humanas e biológicas. Nosso maior papel é ensinar a ciência
de viver em sociedade, de contribuir para a evolução humana construindo
melhores relações pessoais.
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Saúde
Respirar pela boca
Da redação
A respiração bucal influencia ainda o sono das crianças.
Ronco, baba noturna, síndrome da apnéia e
hipopnéia obstrutiva do sono são alguns dos
problemas que dificultam uma boa noite de descanso, ocasionando dificuldades de atenção, concentração
e de aprendizagem e hiperatividade.
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D e acordo com dados do Interna-
tional Study of Asthma and Allergies
in Childhood (ISAAC), a rinite atinge
cerca de 26% das crianças e 30%
dos adolescentes no Brasil. A rinite
é uma doença caracterizada pela
inflamação das mucosas do nariz
que causa espirros, coriza, obstrução
nasal e coceira no nariz e na gar-
ganta. Gerson Köhler, ortodontista e
ortopedista-facial, explica que uma
das implicações da obstrução nasal
é a respiração bucal. “Respirar pela
boca interfere diretamente no cres-
cimento e desenvolvimento da face
infantil”, ressalta.
A obstrução nasal gera deficiên-
cias na capacidade de aquecimento,
umidificação e filtração do ar pelas
narinas, favorecendo que o ar seja
inspirado pela boca. Como a respi-
ração compõe as funções vitais do
organismo, qualquer desequilíbrio
causa inúmeras alterações em dife-
rentes órgãos e sistemas. “Alterações
no crescimento do crânio e da região
dentofacial, na qualidade do sono,
no desempenho escolar, na fala, na
alimentação e na postura corporal
são algumas das consequências da
respiração bucal”, pontua.
O especialista em ortodontia e
ortopedia facial Juarez Köhler afirma
que a respiração bucal é um dos
sintomas mais comuns na infância
e seus efeitos são devastadores,
trazendo consequências para o resto
da vida se não houver o tratamento
precoce e adequado. “As alterações
interferem na qualidade de vida da
criança. Desde o nascimento o orga-
nismo está programado para respirar
pela via aérea nasal e assim deve ser
durante toda a vida, mesmo que haja
resistências a passagem de ar pelo
nariz”, observa.
A respiração bucal influencia
ainda o sono das crianças. Ronco,
baba noturna, síndrome da apnéia
e hipopnéia obstrutiva do sono são
alguns dos problemas que dificultam
uma boa noite de descanso, oca-
sionando dificuldades de atenção,
concentração e de aprendizagem e
hiperatividade. “Dormir com a boca
aberta prejudica ainda o equilíbrio
interno e externo da boca e dos
Obstruções nasais causadas por doenças como a rinite prejudicam a respiração, gerando anomalias dentofaciais e outros malefícios
saúde • Respirar pela boca prejudica qualidade de vida
prejudica qualidade de vida
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músculos, inclusive da língua. O de-
sequilíbrio na musculatura facial gera
uma deficiência funcional importante
e significativa”, evidencia Juarez.
A alteração na musculatura pre-
judica a mastigação e a deglutição,
fazendo com que a criança não se ali-
mente de forma adequada. Ela pode
se cansar e não comer o suficiente ou
comer em excesso e rápido, resultan-
do em magreza ou obesidade. “Além
das alterações posturais dos órgãos
fonoarticulatórios, a criança ainda
sofre com mal posicionamento da ca-
beça em relação ao pescoço, influindo
nocivamente sobre a coluna, princi-
palmente cervical. Os pais devem ficar
atentos à respiração dos seus filhos
e procurar o profissional adequado
assim que notarem qualquer modi-
ficação”, recomenda Nilse Waltrick
Köhler, fonoaudióloga e especialista
em Distúrbios Miofuncionais e em
Motricidade Orofacial.
A fonoaudióloga acrescenta que
quanto mais cedo o tratamento tiver
início, menores serão as consequên-
cias e a intensidade das implicações.
“É fundamental analisar o grau de
obstrução nasal e a realização de exa-
mes específicos com médicos otorri-
nolaringologistas que esclareçam as
principais causas da respiração bucal.
O tratamento deve agir diretamente
na origem do problema para que
a solução seja eficaz, aumentando
a qualidade vida dos pacientes”,
destaca.
O diagnóstico e tratamento de-
vem ser feitos por uma equipe multi-
disciplinar, composta por no mínimo
um médico, um fonoaudiólogo e
um ortodontista, tendo em vista
a complexidade do problema. “O
médico irá tratar a obstrução nasal,
o ortodontista ou ortopedista facial
irá corrigir as alterações dentárias e
o fonoaudiólogo será responsável
pela reeducação e adaptação da
respiração através da adequação das
funções orais e equilíbrio da muscu-
latura”, finaliza Nilse.
Saúde
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Saúde
Otoneurologia
A área da saúde responsável pela
saúde dos ouvidos – e também do na-
riz, da faringe, laringe e garganta – é a
otorrinolaringologia. A especialidade
possui diversas ramificações, que
ajudam a tornar os profissionais mais
aprofundados em assuntos específi-
cos. “A otoneurologia é um exemplo.
Esta é uma área da otorrinolaringo-
logia que se dedica ao equilíbrio cor-
poral, transtornos da audição e suas
relações com o sistema nervoso”,
explica a otorrinolaringologista Rita
de Cássia Cassou Guimarães.
O otoneurologista estuda o apa-
relho cócleo-vestibular. A cóclea é a
parte do ouvido responsável pela sen-
sação auditiva e o sistema vestibular
pelo equilíbrio corporal. “O sistema
vestibular é composto por vários
elementos sensoriais e se relaciona
diretamente com outros sistemas
do organismo, como a visão, que
Da redação
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estuda o equilíbrio corporal
Especialidade também se dedica aos transtornos da audição e suas ligações com o sistema nervoso
economia • Filhos podem te levar à falência
informa ao cérebro os movimentos
corporais”, esclarece Rita, que tam-
bém é otoneurologista.
O sistema vestibular também está
ligado ao sistema proprioceptivo, que
envolve músculos, tendões e articu-
lações. Este sistema tem a função de
manter a postura e realizar movimen-
tos, ações diretamente relacionadas
com o equilíbrio. “As informações
de todos estes sistemas são enviadas
para o cerebelo, que por sua vez as
envia para o sistema nervoso central,
que interpreta e garante o equilíbrio
estático e dinâmico”, ressalta.
Otoneurologista identifica e trata
problemas no equilíbrio corporal
Tonturas, vertigens e desequilíbrio
são sinais de que o sistema vestibular
não anda bem. Náuseas, vômitos,
palidez, sudorese e taquicardia, sen-
sação de desmaios, zumbido e até
mesmo quedas também são sintomas
que denunciam algum problema no
órgão. “Na avaliação otoneurológica
o especialista avalia o sistema au-
ditivo e o vestibular para identificar
qualquer alteração ou doença que
possa estar prejudicando o equilíbrio
corporal”, aponta.
Entre as causas dos problemas
relacionados ao equilíbrio está o uso
de determinados medicamentos com
ação antiinflamatória, que podem
causar ou agravar as alterações.
“Outras patologias também podem
originar o desequilíbrio. O ideal é
que o paciente consulte um médico
otoneurologista para que seu caso
seja avaliado assim que os sintomas
surgirem. Quanto antes o tratamento
for iniciado, melhores serão os resul-
tados”, enfatiza.
No consultório o primeiro passo
é responder a algumas perguntas
que ajudam o médico a conhecer o
cotidiano e os hábitos do paciente,
respostas que facilitam o diagnóstico.
“Também são indicados a realização
de exames otoneurológicos, que
incluem a avaliação da audição, mes-
mo em pacientes que não possuem
queixas relacionadas é fundamental
este tipo de exame, e a análise do
equilíbrio”, acrescenta.
Os objetivos dos exames são verifi-
car o grau de comprometimento dos
órgãos, identificar em qual lado está
a lesão, se ela é periférica ou central,
caracterizar o seu tipo e a sua inten-
sidade e ajudar a reconhecer a causa
do problema. “Os exames também
auxiliam na prescrição do tratamento,
que pode ser feito com medicamen-
tos, exercícios para a rebilitação ves-
tibular, atividade física, mudanças na
alimentação e em casos particulares
com intervenção cirúrgica”, finaliza.
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Tema das rodas de conversa informais e de teses de mestrado, o meio ambiente é o assunto do momento. Não podia ser diferente, afinal as notáveis alterações no clima fazem com que todos pensem em alternativas mais sustentáveis. E se o tema é tão importante, claro que não podia ficar fora das salas de aula. O livro é de fácil e rápida leitura e propõe que se pense sobre o papel da educação na construção desse mundo mais sustentável.
O livro já é um clássico do romance brasileiro, está na 75ª edição. Conta as aventuras que o calculista persa Beremiz Samir se envolve. A história se passa no mundo islâmico medieval e mostra a trajetória de Samir. Para chegar ao seu destino, o protagonista encontra diversos quebra-cabeças e os resolve por meio da matemática. O livro é responsável por aproximar lendas e costumes orientais, aos leitores. Não é um livro didático, mas vai ensinar raciocínio lógico e curiosidades matemáticas.
Atualmente os pais não contrariam os filhos e querem poupá-los das adversidades. Porém, isso estaria criando adultos inseguros e sem limites. A importância da discipli-na na vida familiar é tema do livro do médico psiquiatra, Içami Tiba. No livro, o médico ressalta a importância de traçar limites na educação dos filhos. O livro foi revisitado, dez anos após sua primeira edição, e promete orientar os pais modernos.
Uma contribuição à década da educação [Moacir Gadotti]
[Malba Tahan]
[Içami Tiba]
Dicas de leitura
Educar para a sustentabilidade
O homem que calculava
Disciplina – limite na medida certa
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Tecnologia
Aprendizadono futuro presente
Por Helena Matta
Uso de tecnologias em sala de aula ajuda alunos a melhorar qualidade de aprendizado, relação com realidade e facilita trabalhos dos professores
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S e por um lado as catástrofes natu-
rais dos tempos modernos tem sido
um grave peso para a sociedade atual,
por outro temos visto que os avanços
tecnológicos experimentados pelas
gerações contemporâneas são cada
vez mais surpreendentes. É muito
diferente a realidade de um jovem
de classe média nos dias de hoje em
relação à de seus pais quando tinham
a sua idade.
A internet é apenas uma das di-
versas conquistas que têm facilitado
e muito o cotidiano de quem precisa
trabalhar e estudar, ou mesmo cuidar
dos mais básicos afazeres domésticos.
Maria Auxiliadora Schmidt, pro-
fessora e doutora da Universidade
Federal do Paraná (UFPR), analisa
que o uso de novas tecnologias em
sala de aula e a infraestrutura das
escolas públicas têm melhorado gra-
dativamente nos últimos dez anos.
“A familiaridade dos alunos com os
computadores e a internet também
facilita este processo”, esclarece.
Além da facilidade de busca de
conteúdos para o ensino do dia a dia
em sala de aula, a professora explica
que a convivência com a tecnologia
pode melhorar e facilitar muito a re-
lação de alunos e professores com o
conhecimento, tanto individual como
coletivamente.
“A escola deve ser o lugar por
excelência da relação com o co-
nhecimento científico. A inserção
de novas tecnologias nas escolas,
principalmente nas públicas, é de
fundamental importância na relação
tecnologia • Aprendizado no futuro presente
ensino e aprendizagem. É preciso um
sentimento de urgência no processo
de massificação dessas novas tecnolo-
gias nas escolas, onde está a maioria
de nossas crianças e jovens”, ressalta.
Carteira informatizada
Uma empresa paranaense criou
um produto bastante interessante para
o segmento educacional. Trata-se de
um equipamento único no mercado,
que une num mesmo móvel uma tra-
dicional carteira escolar a um moderno
computador.
Em sua posição original, a carteira
possibilita o acesso ao computador.
Quando dobrado, o hardware da car-
teira se torna quase imperceptível e o
equipamento pode ser utilizado como
uma carteira educacional comum. Além
do computador, a carteira também
conta com monitor de LCD e teclado
antivandalismo, conexão à internet por
meio de Wireless e regulagem de altura.
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Tecnologia
Outra novidade da empresa Ce-
quipel é o monitor educacional, uma
tela plana de 29 polegadas com
entrada para cartão de memória e
USB. O equipamento oferece diversas
modalidades de apresentação em
áudio e vídeo. É tanta tecnologia
em um produto só que passou a ser
conhecido no meio acadêmico como
“TV pen-drive”.
Monitor educacional
O modelo duplo das carteiras já está
presente em mais de mil escolas em
diversas cidades do Brasil, como em For-
taleza (CE), Florianópolis (SC), Camaçari
(BA), Cidreira (RS), Barueri, Hortolândia
(SP), entre outras. Ao todo, mais de mil
escolas de todo o país já contam com a
tecnologia, tanto na rede pública quanto
particular.
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tecnologia • Aprendizado no futuro presente
Lousa eletrônica
O fim do giz
Sala de aula
A lousa eletrônica é outro dis-
positivo tecnológico que facilita o
aprendizado. O equipamento utiliza
tecnologia de interatividade por
toque de caneta digital diretamente
sobre a projeção de aplicativos de
microcomputador. A nova lousa,
que pode ser instalada nas bordas de
qualquer superfície lisa, garante uma
área de trabalho de 127 polegadas.
Entre os opcionais do novo pro-
duto está o Tablet Ebeam, aparelho
compacto e sem fio que tem as
mesmas funções de um mouse con-
vencional e garante a possibilidade de
acesso a todas as funções da paleta
de ferramentas do Touch Board. O
instrutor pode interagir com a lousa
de qualquer lugar da sala por meio do
sistema Bluetooth ou até mesmo do
outro lado do mundo por meio da in-
Na escola, a lousa digital significa
o fim do giz e um maior aproveita-
mento dos conteúdos passados pelo
professor, uma vez que toda ação
sobre a lousa fica gravada e arma-
zenada em arquivos, que podem ser
disponibilizados e consultados (como
um filme de tudo o que foi escrito e
apresentado). Com as ferramentas
disponíveis é possível criar hiperlinks
com a internet durante uma aula ou
apresentação, capturar da web fotos,
reportagens e inserir na apresentação.
A Universidade Federal do Paraná
(UFPR), com apoio do Conselho Na-
cional de Desenvolvimento Cientifico
e Tecnológico (CNPq), tornou-se - em
março deste ano, a primeira universi-
dade pública brasileira a contar com
uma sala de aula inteiramente digital.
A proposta do espaço é utilizar
as carteiras informatizadas e a lousa
digital para estudar a utilização da
tecnologia no ensino de história e de
outros conteúdos.
“Nosso objetivo é usar a sala
digital para pesquisar e formar pro-
fessores, mostrando como é possível
trabalhar os conteúdos com os alunos
a partir de uma metodologia especí-
fica e inovadora. Se a realidade das
tecnologias da informação e da co-
municação já está presente nas salas
de aulas das crianças e jovens, com
esse projeto das salas digitais pode-
remos criar condições para que esse
potencial seja melhor aproveitado”,
explica a professora Maria Auxiliadora
Schmidt.
Ela analisa que vários sites e docu-
mentos na internet eram subutiliza-
dos pelos professores. “Um exemplo
disto é o site da Biblioteca Nacional,
que oferece um vasto arquivo de
imagens e de outros tipos de docu-
mentos históricos. E com o uso de
novas tecnologias em sala de aula o
professor deve aprender a interpretá-
los e utilizá-los didaticamente”.
Professora há mais de 36 anos,
confessa: “se há dez anos me per-
guntassem se utilizaria uma sala de
aula como esta em minhas aulas res-
ponderia que não. Hoje utilizo estes
recursos tecnológicos, pois se trata de
uma realidade e de um futuro que já
está no presente”, orgulha-se.
ternet. É mais um produto desenvol-
vido pela empresa Cequipel que já se
encontra em pleno uso pelas escolas
de todo o país. Trata-se de equipa-
mento ideal para reuniões, salas de
aulas e apresentações para grandes e
pequenas platéias. A lousa eletrônica
pode ser utilizada, por exemplo, no
compartilhamento de reuniões entre
equipes de projeto à distância, em
que um determinado desenho pode
ser alterado, complementado, grifado
com observações em tempo real.
Em escolas é ideal para apresenta-
ção de conteúdos em 3D, na intera-
tividade em aplicativos convencionais
com a turma em sala de aula e remo-
tamente, dinamizando e tornando
mais interessantes a apresentação de
planilhas, slides e apresentações.
Já são mais de 57 mil monitores
educacionais em escolas públicas e
privadas do Brasil. Uma nova versão
com monitor de 31 polegadas, tecla-
do e acesso a internet também já está
sendo disponibilizada ao mercado.
Trata-se de um equipamento que
substitui plenamente o conjunto
formado pelo projetor multimídia/
computador/tela de projeção/sof-
twares auxiliares, só que a um custo
muito mais baixo.
Assim, utilizando um mesmo
dispositivo, o professor pode fazer a
pesquisa e gerar apresentações em
PowerPoint que depois de prontas
devem ser gravadas em uma pen-
drive.
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Alimentação
Condições de Higieneos Alimentos Servidos em Cantinas Escolares
Por Flávia de Araújo Ernesto - Nutricionista
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A alimentação de qualidade cons-
titui hoje um dos grandes fatores
determinantes para a saúde. Atu-
almente quando nos referimos a
uma alimentação saudável, de boa
qualidade, falamos da inserção de
alimentos que são boas fontes de
vitaminas, sais minerais, cálcio, ferro
e outros nutrientes. Mas também
das condições sanitárias e a adoção
de boas práticas em todas as etapas
da produção de refeições e lanches.
Com a evolução dos tempos e
o foco na prevenção de doenças, a
população tem tomado consciência
da importância das práticas de hi-
giene no processo de fabricação de
alimentos, enfatizando assim uma
alimentação de qualidade.
Um problema atual que tem
chamado a atenção das autoridades
do nosso país e também da ANVISA
(Agência Nacional da Vigilância Sa-
nitária) são as condições sanitárias
e as boas práticas de fabricação de
refeições e lanches em cantinas esco-
lares. Eles estão preocupados diante
do fato de doenças relacionadas
aos alimentos estarem aumentando
independentemente da tecnologia
hoje existente.
Os alimentos, quando contamina-
dos, representam perdas econômicas
para as empresas, para os governos
e, principalmente, colocam em risco
a saúde da população. Os microor-
ganismos presentes nos alimentos,
em condições favoráveis se multipli-
cam, deteriorizam os alimentos e a
sua ingestão traz doenças aos seres
humanos, com diferentes sintomas
e formas de manifestação, podendo
levar até ao óbito.
Importante assinalar o impacto da
incidência de doenças transmissíveis
por alimentos no Brasil. Segundo
dados do Boletim Eletrônico Epide-
miológico da Secretaria de Vigilância
Sanitária de Saúde - MS, ano 5, nú-
mero 6, de 28/12/2005:
• De 1999 a 2004, ocorreram
3.410.048 internações hospita-
lares por Doenças Transmissíveis
por Alimentos (DTA) – média de
568.341casosporano;
• De 1999 a 2002, ocorreram
25.281 óbitos por DTA no Brasil
–médiade6.320/ano;
• Os custos com os casos de in-
ternação hospitalar por DTA, no
períodode1999a2004,foram
280 milhões de reais, com média
de46milhõesdereaisporano.
O volume de lanches e refeições
nas cantinas/ lanchonetes das milha-
res de escolas espalhadas pelo Brasil
tem crescido assustadoramente.
Cada dia mais alunos optam por fazer
seus lanches nestes locais, evitando
prepará-los em casa.
Temos nos deparado com muitas
cantinas que priorizam alimentos
altamente calóricos, gordurosos,
pobres em vitaminas e nutrientes,
mas também, pobre em condições de
higiene, oferecendo ao consumidor
um grande risco de contrair uma DTA
(doença transmitida por alimentos).
A responsabilidade de quem pro-
duz estes alimentos é muito grande
e em muitas situações eles não têm
noção desta responsabilidade, nem
dos riscos de se fornecer um alimento
contaminado.
Faz-se necessário e com urgência,
uma conscientização dos proprietá-
rios e gerências de todas as cantinas e
lanchonetes. Todos os manipuladores
de alimentos precisam ser devida-
mente e periodicamente treinados
e todos os estabelecimentos que
produzem alimentos precisam ser
conhecedores das regras e instruções
pertinentes à produção.
Faz-se obrigatório atender a legis-
lação específica, RDC 216 de 15 de
setembrode2004,quefalasobreo
Regulamento Técnico de Boas Práticas
para Serviços de Alimentação. Dentre
alimentação • Condições de Higiene dos Alimentos Servidos em Cantinas Escolares
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alguns quesitos desta lei podemos
mencionar os procedimentos opera-
cionais padronizados que incluem:
higiene pessoal de manipuladores,
capacitação dos manipuladores, hi-
giene de instalações, equipamentos,
móveis e utensílios, controle de ma-
nutenção de equipamentos, controle
de resíduos, controle de potabilidade
da água, controle de pragas, controle
de fornecedores e de toda matéria-
prima recebida, monitoramento
diário de temperaturas de alimentos
e equipamentos.
Além disso, todos os procedimen-
tos devem estar descritos e com re-
gistros que comprovem este controle.
Deverá ter ainda um Manual de Boas
Práticas disponível e acessível a todos
os manipuladores.
Estas práticas garantem que o ali-
mento esteja em níveis seguros para
consumo, livres de riscos à saúde das
pessoas e representam a garantia de
uma alimentação de qualidade.
Atualmente, temos no Brasil em-
presas especializadas na produção
de refeições/ lanches e algumas com
divisões de especialização em can-
tinas escolares. Estas empresas têm
investido em procedimentos e boas
práticas, produzindo alimentos de
qualidade com preço acessível.
Vale lembrar que a RDC 216 é lei
e a inobservância à resolução, confi-
gura infração de natureza sanitária,
sujeitando o infrator às penalidades
previstas nesta lei.
Uma alerta que faço sempre aos
consumidores é que estes estejam
cada dia mais atentos e exigentes em
relação ao seu alimento. Verifique a
higiene das cantinas que frequentam,
bem como os banheiros. Veja se há
no local uma pia devidamente abas-
tecida para fazer a higiene adequada
das mãos antes de se alimentar, se há
lixeiras com pedal para armazena-
mento de lixo, entre outros fatores.
Não aceite que o manipulador pegue
no dinheiro e depois no seu alimento.
E veja se ele pratica as boas práticas
(uniforme limpo, higiene de mãos,
etc...)
Lembre-se sempre que a quali-
dade da sua alimentação não tem
preço!!!
FLÁVIA DE ARAÚJO ERNESTO
Nutricionista - Especialista em Vigilância Sanitária e
Processamento e Controle de Qualidade em
Carnes, Leite, Ovos, Pescados e Produtos Minimamente Processados.
Alimentação
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CAPA
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Professor Veloso traça perfil da educação no Brasil
Em uma entrevista exclusiva para a Revista Educa Brasil, o Professor Veloso, Diretor Regional do Sindicato de Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo e Presidente do Sinepe - Sindicato de Estabeleci-mentos Particulares de Ensino Básico de Ribeirão Preto e Região analisa a realidade da educação brasileira.
capa • Professor Veloso
Educa Brasil: Quais são as funções e objetivos dos sindicatos para a melhoria contínua das escolas particulares no Brasil?
Professor Veloso: A organização
sindical no mundo contemporâneo
é uma enorme conquista de um país
livre e democrático, um órgão repre-
sentativo. Há alguns anos houve um
destaque muito grande porque era
quando havia um antagonismo, um
litígio entre o que o governo tomava
de medidas e o que o sindicato reivin-
dicava. Graças a existência do sindica-
to esta polêmica não existe mais. Hoje
pode-se dizer que vivemos em plena
harmonia não só com as autoridades
governamentais, mas principalmente
com o nosso principal objetivo, que
é o aluno e os pais dos alunos. Há
um tempo o sindicato era lembrado
quando se falava em mensalidades
escolares e anuidades. Hoje cuida
das convenções coletivas, aquelas
que vão cuidar da remuneração, do
reconhecimento, do corpo docente
dos professores das escolas privadas.
Atualmente o órgão pode se ocupar
dos aspectos de especialização, de
aperfeiçoamento, de atender aos
assuntos acadêmicos e pedagógicos,
naquilo que vai levar a qualidade do
ensino. Educa Brasil: As escolas que que-rem ser competitivas têm que se adaptar e investir muito em tecnologias. Como acompanhar a demanda do mercado tecnológico e aplicá-la da melhor maneira na sala de aula?
Professor Veloso: Em primeiro
lugar tem a competição de escola da
rede pública e a da escola de rede
privada. É fato, é conhecido, é sabido
que a escola privada hoje tem um
desempenho melhor ao dado à rede
pública. Isso no ensino básico. Veja
só, defendemos que a escola seja
pública, gratuita, pra todos e de boa
qualidade. E quanto melhor for esta
qualidade da escola pública, a privada
tem que ser melhor ainda. Para isso,
tem que ter diferenciais, equipamen-
tos, investimentos e propostas peda-
gógicas que sejam melhores que as
melhores públicas e melhores que as
suas concorrentes coirmãs. Porque ai
vem uma saudável competição entre
as escolas privadas, no sentido de
fazer com que o aluno seja o maior
beneficiário deste processo. Educa Brasil: Qual é o perfil do atual aluno de escola particular?
Professor Veloso: É muito interes-
sante esta questão porque espelha e
reflete bem o que vem acontecendo
felizmente no nosso país. Tivemos e
Fotos: Marcelo Ribeiro
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temos uma inegável condição socio-
econômica em ascensão no nosso
país. Existe uma classe social que não
imaginava a possibilidade de colocar
o seu filho na escola particular. Esse
é o grande objeto de desejo dessa
categoria social, que ascende social-
mente e economicamente. A gente
sempre trabalha para atender um nú-
mero maior daqueles que procuram
a escola privada e atendê-los bem,
como sempre fazemos. Então hoje,
o perfil do aluno da escola privada
não é mais como era tempos atrás,
de uma elite, de uma oligarquia, de
uma classe social privilegiada apenas,
não. Hoje você tem na escola privada
esse novo público, esse novo Brasil,
essa nova classe social brasileira, que
trabalha, que produz e que pode ter
atendido seu sonho de ter o seu filho
na escola particular. Educa Brasil: As mídias sociais es-tão presentes na sociedade. Como lidar com esse domínio em sala de aula? Deve-se liberar ou proibir?
Professor Veloso: Nem liberar,
nem proibir, mas educar e ensinar.
As redes sociais, evidentemente, aí
estão. Hoje você tem uma gama de
propostas e ofertas ao nosso aluno,
muitas vezes competindo com o
momento de estudo, que pode, em
alguns casos, atrapalhar o processo
educativo. E pode de fato, quando é
mal direcionado e mal utilizado. Essa
nova tecnologia pode ser, em alguns
casos, muito bem aproveitada. Uma
boa aula tem que ser tão agradável
quanto é para o aluno conversar
com os seus amigos, estar lá no seu
isolamento com o seu computador.
Tudo isso hoje faz parte do cotidiano
da vida do nosso jovem, da nossa
criança, do nosso educando. E nós
não podemos imaginar tirar isso de-
les, não. Tudo tem o seu tempo, a sua
hora e a sua maneira de ser. E é isso
que cada vez mais desafia a escola
para que haja esta harmonia. E esse é
um desafio que a escola privada está
vencendo e está ganhando. Vamos
conseguir compatibilizar tecnologia
com relações humanas. Educa Brasil: A escola desponta como um grande sucesso em-presarial. Com o que as escolas devem se preocupar para atender cada vez mais às exigências e ne-cessidades dos pais?
Professor Veloso: Os grandes
grupos empresariais educacionais
na realidade já estão aí há meio sé-
culo. Não gosto muito da expressão
“grupos empresariais”, mas são os
maiores grupos educacionais. Hoje
há uma oferta tão grande de boas
escolas, que alguém pode imaginar
que é fácil, mas não é assim. A escola
tem um caminho a percorrer, de pro-
var o seu valor, que leva décadas. É
uma atividade, que começa pequena
e gradualmente vai crescendo, se
CAPA
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capa • Professor Veloso
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consolidando e passa décadas neste
processo. E o que é mais curioso, é
que ela não vive do seu passado. Hoje
não é o que foi, é o que nós estamos
sendo, o que estamos fazendo. Essa
é a escola de hoje, a escola que o pai
quer. O pai não quer para seu filho
aquela escola que foi e nem aquela
que será. Ele quer a escola que é. Educa Brasil: Diante da competi-tividade para conseguir vaga nas melhores universidades, a cidada-nia está sendo deixada de lado da metodologia de ensino e dando lugar aos conteúdos específicos
para aprovação no vestibular?
Professor Veloso: Esta é a grande
polêmica que existe no segmento do
ensino médio, antigo colegial. Se a es-
cola prepara para o vestibular ou pre-
para para a cidadania, prepara para
a vida. Esse seria apenas um período
de treinamento para um concurso
de vestibular. Mas essa polêmica me
parece que já não tem mais espaço
e não tem mais razão de ser. Porque
nós temos uma novidade deste setor,
que é o Enem – o Exame Nacional do
Ensino Médio, que vem a substituir
os principais vestibulares das escolas
públicas de terceiro grau. É algo que
vem atender mais e melhor aquilo que
seria o conteúdo do Ensino Médio, e
aquilo que contemplaria também o
aspecto ligado à formação filosófica,
moral e de cidadania desse aluno e
desse segmento. Educa Brasil: Como deve ser o aperfeiçoamento dos professores de escolas particulares?
Professor Veloso: Esse é o grande
diferencial. Quando alguém pergun-
ta: Mas por que esta escola é melhor
ou aquela é melhor que esta? É o
CAPA
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professor. Ele é o agente, o definidor
deste processo de qualidade. E você
tem que ter na sua escola – na escola
pública e na escola particular – o pro-
fessor como alguém que permanen-
temente tem que estar atualizado.
Não importa o que ele já foi nem o
que será, mas precisa ser naquele
momento o grande mentor, gestor
e gerador de todo o processo de
aprendizagem. Aí entra o sindicato,
como o nosso aqui de Ribeirão Preto,
por exemplo, que mensalmente traz e
promove aos finais de semana cursos
de aperfeiçoamento de professores
em todas as áreas. O próprio pro-
fessor tem que ter essa consciência.
Serão válidos todos os diplomas e
certificados que ele vai conquistando
por toda a sua vida profissional. Ele
nunca pode parar de estudar. Educa Brasil: Os valores das men-salidades das escolas particulares estão muito altos. Como o senhor
sugere uma saída para os pais de classe média que entendem que o ensino privado é de melhor qualidade?
Professor Veloso: Gosto muito
deste debate, é a essência de todo
o trabalho de todos nós que milita-
mos em sindicatos. A solução é uma
escola pública, gratuita, com vagas
para todos e de excelente qualidade.
Porque ai a escola privada terá que ser
melhor do que esta para existir. E o ser
melhor tem um custo. Agora, querem
saber qual é a escola mais cara que
existe? É a pública. Se você tomar
os orçamentos de uma Secretaria de
Educação e o orçamento de todas as
outras secretarias, divida pelo número
de alunos que ela atende e vejam
quanto custa um aluno. Comparem
este valor ao das mensalidades das
escolas particulares. Todos se surpre-
enderão quando virem que realmente
a escola privada cobrando – o que
não é barato - é menos do que aquilo
que o aluno da escola pública custa. Educa Brasil: Qual é a sua opinião sobre o futuro do ensino privado no Brasil?
Professor Veloso: Espero que seja
o mesmo futuro deste país. Seja
pródigo, seja de exceção. O ensino
privado no nosso país não tem que
ser essa regra de que quando a pes-
soa tem condições coloca o filho na
escola particular. Ela teria que ser o
regime de exceção. Para isso a escola
pública teria que cumprir o papel
dela. Enquanto ela não o fizer, real-
mente a escola particular é essa que
hoje felizmente ainda leva o bastião
da integridade, da qualidade e aquela
que traz nas suas carteiras escolares
aqueles que serão os futuros defini-
dores, administradores e gestores que
farão o futuro desse país. É a escola
particular. Aqui na escola particular
está o futuro do próprio país.
capa • Professor Veloso
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30
das Pessoas com DeficiênciaT odo ano, o dia 21 de setembro
é reservado para comemorar o Dia
Nacional de Luta das Pessoas com
Deficiência. A data foi instituída em
1982 em um encontro nacional que
reunia entidades que defendem as
causas de portadores de necessidades
especiais. A comemoração passou a
ser oficial apenas em 2005, por meio
da Lei Federal nº 11.133 e é comemo-
rada em todos os estados brasileiros.
A data foi escolhida pela proxi-
midade com a primavera e o dia da
árvore, simbolizando o nascimento
o nascimento das reivindicações de
cidadania e participação plena em
igualdade de condições. É por isso,
que neste dia, muitas organizações
promovem eventos divulgando leis e
projetos que buscam igualar social-
mente as pessoas com deficiência.
Algumas entidades também apro-
veitam a data para alertar sobre a
importância da acessibilidade nas
cidades. Possibilitar o acesso de to-
das as pessoas a agências bancárias,
lotéricas, hospitais, lojas, restaurantes
e principalmente, órgãos públicos é
apenas uma das lutas. A educação é
outro ponto importante, pois no Brasil
22% dos deficientes são analfabetos.
Vale lembrar que a repetência entre
crianças e jovens com deficiência é
quatro vezes maior do que nos índices
de pessoas não-deficientes.
Muitas vezes lembrados como
minoria, os portadores de necessida-
des especiais representam 15% da
população brasileira, segundo dados
do IBGE no ano 2000. Dos, aproxi-
madamente, 25 milhões de pessoas
que declararam ter algum tipo de de-
ficiência, 70% afirmaram não sair de
casa por problemas socioeconômicos
ou por falta de informações.
Por isso, além do dia 21 de setem-
bro, outras seis datas no calendário
brasileiro lembram a importância da
luta destas pessoas.
• 26desetembro– Dia Mundial
do Surdo
• 11deoutubro– Dia Nacional da
Pessoa com Deficiência Física
• 16eoutubro-Dia Nacional dos
Ostomizados (pessoas que passa-
ram pela cirurgia de ostomia. Essa
cirurgia constrói um novo trajeto
para saída das fezes ou urina)
• 3dedezembro– Dia Internacio-
nal da Pessoa com Deficiência
• 5dedezembro– Dia da Acessi-
bilidade
• 13dedezembro– Dia Nacional
do Cego
• Lei Federal nº 7.853, de
24/10/1989, dispõe sobre a res-
ponsabilidade do poder público
nas áreas da educação, saúde,
formação profissional, trabalho,
recursos humanos, acessibilidade
aos espaços públicos, criminaliza-
ção do preconceito.
• Lei Federal nº 8.213, de
24/07/1991,dispõequeasempre-
sas com 100 ou mais empregados
devem empregar de 2% a 5% de
pessoas com deficiência.
• Lei Federal nº 10.098 , de
20/12/2000, dispõe sobre aces-
sibilidade nos edifícios públicos
ou de uso coletivo, nos edifícios
de uso provado, nos veículos de
transporte coletivo, nos sistemas
de comunicação e sinalização, e
ajudas técnicas que contribuam
para a autonomia das pessoas
com deficiência.
• Lei Federal nº 10.436, de
24/04/2002,dispõesobreoreco-
nhecimento da Língua Brasileira
de Sinais para os Surdos (LIBRAS).
Além de assinalar datas especificas que lembram a ação dessas entidades, é importante ressaltar o que já foi conquistado.
Dia da Luta Nacional
Data comemorativa
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Programa de
Atualidade
O Programa “Se Essa Rua Fosse Mi-
nha”, criado em 2006 pelo empresário
curitibano Faruk El-Khatib, consiste na
distribuição de materiais didáticos so-
bre o bom comportamento no trânsito
para estudantes e docentes de escolas
municipais de todo o país. O kit é
composto por um livro do aluno, um
dos pais e outro dos professores, um
manual de instruções, DVD, um jogo
da memória, um cartaz, uma bolsa de
material reciclável e um certificado de
conclusão de curso. O objetivo é incen-
tivar o respeito e civilidade nas ruas.
De acordo com Faruk, o Programa
"Se Essa Rua Fosse Minha" incentiva o debate sobre o trânsito nas escolas municipais de todo o país. Até o fim de 2011 o programa beneficiará um milhão de alunos
Da redação
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no Trânsito conscientiza 800 mil alunos brasileiros
Educação
atualidade • Programa de Educação no Trânsito conscientiza 800 mil alunos brasileiros
Década de Ação Pela Segurança no Trânsito
A Organização das Nações Uni-
das (ONU) editou uma Resolução,
em fevereiro de 2010, instituindo
um período de dez anos dedicado à
segurança no trânsito, que começou
no dia 11 de maio do ano passado
e prossegue até 2020. Foram reco-
mendadas, aos seus países membros,
medidas imediatas de atenção e pre-
venção contra a violência no trânsito,
que se revela como a principal causa
de morte prematura e de ferimentos
incapacitantes na população jovem
de todo o mundo.
aparece como o mais completo já
visto no país, sobre o tema ao qual se
propõe a abordar. Dentre os seus dife-
renciais está o tempo de duração: du-
rante cerca de oito meses, temas como
leis de trânsito, dicas para pedestres,
comportamento adequado dentro
dos veículos, cuidados no transporte
escolar, atenção na entrada e saída
de escolas, atenção em locais onde a
sinalização é precária, preservação do
meio ambiente, segurança na hora
de se divertir e exercícios de cidadania
são abordados em sala de aula. Além
disso, é disponibilizada uma cartilha
para os pais, que também aprendem
sobre o tema.
“Além disso, para aplicar o Progra-
ma aos alunos, os professores recebem
uma capacitação para melhor aprovei-
tamento do material durante a grade
curricular”, explica Faruk. “O Progra-
ma atinge diretamente os alunos do
1.º ao 9.º ano do Ensino Fundamental
e indiretamente os educadores, pais,
transportadores escolares e a comuni-
dade em geral”, afirma.
Durante dez anos o empresário
Faruk pesquisou e avaliou os dados
do trânsito brasileiro e se deparou
com números preocupantes. “Os
assustadores números de mortes e
acidentes me motivaram a criar algo
nessa área”, explica.
Atualmente, os números do “Se
Essa Rua Fosse Minha” no Brasil são
bastante expressivos: 800 mil alunos
atendidos, mais de 120 municípios
beneficiados e mais de 3.500 pro-
fessores capacitados desde 2006. As
perspectivas são igualmente otimistas:
o programa deverá ultrapassar a marca
de um milhão de alunos até o final
de 2011.
O desafio é reduzir em 50% os
índices de mortos e feridos, por meio
do comprometimento de todas as
esferas de poder e da efetiva parti-
cipação da sociedade não só colabo-
rando com atitudes preventivas, mas,
principalmente, no acompanhamento
das ações.
Os números de acidentes de
trânsito no mundo e no Brasil são
assustadores: mais de um milhão de
pessoas morrem nas ruas e estradas
do mundo a cada ano. No Brasil,
as estatísticas indicam cerca de 50
mil mortos anuais. No nosso país, o
numero de feridos ultrapassa os 500
mil anuais.
Dentre as ações que devem ser fei-
tas na próxima década, está a realiza-
ção de ações educativas e campanhas
de conscientização que previnam os
acidentes. E este é o objetivo do “Se
Essa Rua Fosse Minha”, que visa uma
solução efetiva de educação de base,
inserido nos primeiros momentos de
formação do cidadão, fazendo com
que o trânsito do futuro seja mais
humano e seguro.
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34
Economia
Filhos podem te levar
A chegada de um novo membro
na família costuma ser alegre, mas
também provoca mudanças nas
finanças. Com o passar dos anos os
gastos tendem a aumentar, pois o
início da vida escolar prevê compra de
material escolar, uniforme e refeição,
além do transporte. Outro motivo que
encarece a criação dos filhos é que
com a idade eles passam a ser mais
exigentes.
Com tantas opções disponíveis no
mercado, tanto em materiais escola-
res quanto em vestuário, produtos
alimentícios e brinquedos, as crian-
ças parecem preferir sempre os mais
caros. Para não ultrapassar o que foi
previsto no orçamento, os pais devem
ficar atentos aos pedidos dos filhos.
Missão que nem sempre é fácil. De
acordo com pesquisa do InterScience,
realizada em 2003, 80% das famílias
são influenciadas pelas crianças na
hora da compra. A decisão de que
marca levar para casa também pas-
sa pelo julgamento dos filhos. Dos
4.013paisouvidosnapesquisa,63%
afirmam levar em conta essa opinião.
Lidar com consumismo é difícil, ainda mais quando são os filhos que pedem os mais diversos produtos
Por Ailime Kamaia Espinola Moreira
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à falênciaA assistente financeira Cristiane
KulikémãedeLeonardo(14)eprio-
riza as necessidades do filho na hora
de analisar as finanças. “Acredito que
a maioria das mães, como eu, deixa
de fazer algumas coisas para poder
oferecer o melhor para os filhos”,
acredita Cristiane. Mas a assistente
financeira avisa que não é por isso
que satisfaz todas as vontades do
filho. Sua preocupação é garantir
educação, saúde, boa alimentação e
lazer, ou seja, promover o bem-estar
de sua cria.
Considerar as escolhas dos filhos
é importante, mas é preciso estar
atento para o que realmente é neces-
sidade e o que é apenas desejo. Para
entrar num acordo do que entrará ou
não nos gastos da família, a dica é o
diálogo. “Saber ensinar não prejudi-
cará as crianças, ao contrário, serão
conscientizadas do que é ou não é
prioritário e preferencial”, esclarece o
especialista em Economia Doméstica,
Cláudio Boriola.
A designer Priscilla Perlatti utiliza
essa abordagem com suas filhas,
economia • Filhos podem te levar à falência
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Stella (6) e Lia (3), e costuma negociar
inclusive passeios e viagens. Quando
não atende à solicitação de uma das
filhas, o remédio também é o diálogo.
“Aqui sempre tem conversa e me
sinto na obrigação de explicar porque
daquela vez tive que recusar o pedido
de compra”, ensina a designer.
Um dos aspectos importantes a
ser considerado na hora de sair às
compras é o valor da rentabilidade da
família. Gastar mais do que se ganha
é o primeiro passo para afundar nas
dívidas. Por isso os pais devem passar
para os filhos quais valores devem
ser seguidos e demonstrar qual é o
estilo de vida que pode ser financia-
do. “Passar para as crianças o que
a família pode oferecer, evitando a
‘angústia’ de desejar o que parece
bom nas propagandas e na casa do
vizinho e que está longe ou tão difícil
de alcançarmos”, filosofa a jornalista
Sam Shiraishi.
Sam é mãe de Enzo (11) e Giorgio
(8), e tem bem claro que a compra
não deve ser motivo de sofrimento ou
humilhação. Afinal, melhor convencer
a criança que a aquisição deve ser
postergada do que ver o nome entrar
na lista do SPC ou Serasa. Para isso
não acontecer é primordial evitar a
ansiedade, e esse conselho vale para
pais e filhos. Muitas vezes a compra
de um produto gera esse sentimen-
to, pois pais que trabalham muito
podem querer suprir a ausência com
presentes. Segundo a pesquisa da
InterScience é justamente este o perfil
Economia
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dos pais “gastadores”. Costumam
trabalhar fora, têm dificuldade para
impor limites e quando não compram
o produto solicitado se sentem frus-
trados e com remorso. Nesses casos,
mais importante do que ter na ponta
da língua uma planilha financeira é
saber gerir a família.
Além de impor limites e manter
espaço aberto para o diálogo, é im-
portante que os pais dêem exemplos
de uma relação sadia com o dinheiro.
Comprar exageradamente e depois
avisar os filhos que nada ganharão,
pois é preciso saber poupar - não é o
caminho mais indicado. Por isso no
momento de definir as prioridades
da família, é bom incluir as crianças e
fazer um acordo em que as decisões
ali firmadas serão cumpridas por
todos. Assim como boas maneiras,
educação financeira também se
aprende em casa.
Os pais devem ficar atentos ao
“tipo” de gasto que há em cada
fase. Quanto maior a criança, maior
o gasto. Os valores iniciais gastos em
fraldas e remédios podem assustar,
mas a fase que vai de zero a três
anos de idade será a mais barata. No
total, do nascimento até os 23 anos
(quando, teoricamente, o “pequeno”
concluir a faculdade) os pais terão
gasto no mínimo 1,6 milhão de reais.
A estimativa é para uma família classe
média alta brasileira e está de acordo
com umas maiores pesquisas feita no
país sobre o assunto, realizada pelo
Instituto Nacional de Vendas e Trade
Marketing (Invent).
A compra de brinquedos, compu-
tadores e telefone celular representam
sete por cento desse total. E é nesse
quesito que os filhos tendem a ser
mais insistentes quando pedem. Sam
Shiraishi sabe bem o que é isso. Há
algum tempo, Giorgio, seu filho ca-
çula, vem insistindo na compra de um
videogame portátil. “Ele até poderia
entrar no orçamento em alguma oca-
sião especial, como o Natal, mas como
é individual, teria que ser um para cada
criança – e aqui são dois”, reflete a
jornalista. Os apelos do caçula ainda
não a convenceram, mas Sam con-
fessa que tem um ponto fraco: livros.
“Se eles me pedem livros preciso me
controlar para não comprar”, admite.
Independente do produto a ser
comprado, é saudável ensinar os
filhos a economizarem para comprar
o que tanto desejam. Priscilla Per-
latti coloca a lição em prática. “As
meninas já aprenderam que quando
querem alguma coisa, precisam guar-
dar certa quantia para ter dinheiro
suficiente para comprar”, apregoa
a designer.
Além disso, outra estratégia é
presentear apenas quando a criança
merecer. E esse “merecer” depende
do critério estabelecido dentro de
cada família. Na casa de Cristiane
Kulik é assim. “Ele sabe muito bem
que só terá o que quer se for bem
na escola, se comportar e ajudar em
casa”, conta a mãe de Leonardo.
Isso só é possível graças à co-
municação que há dentro destas
famílias. Depois de ler essas dicas e
exemplos, não se sinta mal na hora
de dizer “não” aos pedidos dos filhos.
Afinal, como bem lembra o consultor
financeiro, Cláudio Boriola, “não”
quer dizer simplesmente razão. E
ninguém quer uma vida financeira
descontrolada.
Aprenda e ponha em prática:
Fazer uma planilha com os gastos e despesas da família. É preciso saber como está sendo gasto o dinheiro.
A preocupação com a saúde financeira da família não pode acontecer apenas nos momentos de “crise”.
Conscientizar os filhos desde pequenos sobre a importância do dinheiro e como consumir de forma consciente.
Programar as compras, prevendo as necessidades de todos os membros da família.
Quando for decidido que um produto deve ser adquirido, fazer uma pesquisa de preço. Se possível, negociar o preço avaliando condições de pagamento mais vantajosas.
Aprenda a dizer “não” para os filhos. Se a criança pedir algo que não está previsto no orçamento, não compre, mas explique o porquê dessa decisão.
*Consultoria: Cláudio Boriola, consultor financeiro e especialista em economia doméstica e Direito do consumidor.
economia • Filhos podem te levar à falência
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COLUNA
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apartamentos são entregues no projeto Minha Casa Minha Vida
704
coluna • Coluna do Ponce
Em um evento emocionante que
ocorreu no Complexo Paiva, a pre-
feita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera,
entregouos704apartamentosdos
recém-inaugurados Condomínios Jar-
dim “José Wilson Toni”, que integra
o projeto Minha Casa Minha Vida.
O evento não só contou com as pre-
senças da prefeita e da ilustre Dona
Neusa, mãe do falecido jornalista que
As moradias foram entregues pela prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera
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40
COLUNA
dá o nome ao local, como também
de Solange Toni, irmã de Wilson
Toni, além do vice-prefeito Marinho
Sampaio, o presidente da Câmara dos
Vereadores de Ribeirão Preto Nicanor
Lopes, o juiz da 1ª Vara da Fazenda
Pública Júlio Cesar Spoladore Do-
minguez, o presidente da COHAB-RP
Sílvio Martins, o gerente regional da
Caixa Econômica Federal, instituição
que financiou todas as moradias,
Alfredo Eduardo dos Santos, entre
várias outras personalidades impor-
tantes da cidade que contribuíram
para a concretização do projeto. Isto
sem falar nas mais de 700 famílias,
saídas de seis favelas da cidade, que
compareceram para já realizar a vis-
toria de seus novos apartamentos, e
a presença de todos os parentes, ami-
gos e conhecidos que foram prestigiar
a entrega e compartilhar da alegria
dessas famílias carentes. O programa
“Sociedade em Destaque na TV” foi
ao local conferir a entrega e Carlos
Ponce conversou com as autoridades
presentes.
Carlos Ponce com Solange Toni e Dona Neusa, irmã e mãe de Wilson Toni
Ponce entrevista o vice-prefeito Marinho Sampaio
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coluna • Coluna do Ponce
Esteve presente o presidente da COHAB-RP Sílvio Martins Calos Ponce e o juíz Júlio Cesar Spoladore Dominguez
O gerente regional da Caixa Econômica Federal, Alfredo Eduardo dos Santos
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Esporte e lazer
Hoje tem circo? Tem, sim senhor!
Escolas inovam e fazem do picadeiro a sala de aula
Da redação
educabrasil • setembro 2011 • www.revistaeducabrasil.com.br
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F azer cambalhotas, se equilibrar
no tecido acrobático ou manter bo-
linhas “flutuando” no ar. Cenas de
um circo? De uma academia? De um
show de acrobacias? Nada disso! As
peripécias são realizadas por alunos
do ensino fundamental de Curitiba.
As escolas optaram por oferecer
as aulas de circo devido os benefícios
que a atividade proporciona. “São
várias as camadas de aprendizagem,
uma delas é a parte física-motora, que
desenvolve força, coordenação mo-
tora, lateralidade e noção espacial”,
explica a professora de circo da Escola
Lumen, Marina Prado.
Além de melhorar a condição
física dos que praticam os exercícios,
as aulas de circo estimulam a criativi-
dade, a sensibilidade e a integração
entre as crianças. Outro fator é o
autoconhecimento. “Durante as aulas
cada criança vai percebendo seus li-
mites, seus medos, suas ansiedades”,
relata Marina. As aulas de circo tam-
bém provocam maior concentração
dentro da sala de aula, já que os
alunos gastam muita energia durante
as atividades.
Diretora da Escola Projeto 21, Yara
Amaral, aponta outro benefício. “A
criança que se vê superando os de-
safios no circo consegue transpor a
segurança obtida também em outras
áreas”. Yara é responsável por uma
das escolas pioneiras na adesão do
circo como atividade extraclasse. O
Projeto 21 conta com a atividade há
13 anos.
Em geral, os pais sentem a diferen-
ça no comportamento dos filhos em
pouco tempo de aula. Mesmo assim,
quando a escola oferece a atividade,
alguns pais se surpreendem. A coor-
denação da Escola Projeto 21 explica
o motivo da surpresa. “A ideia que
nós temos hoje em dia é contraditó-
ria: ou pensamos no circo mambem-
be, artesanal, ou num ‘Circ Du Soleil’,
um espetáculo pirotécnico”.
A aluna Letícia Viana Ramos (10),
pratica os exercícios há quatro anos
e meio e se encantou pela atividade
desde o começo das aulas na escola.
“Sempre ficava vendo que os mais
velhos que eu faziam muita coisa no
circo e eu queria tudo isso também”,
relembra Letícia. Uma das atividades
que a aluna desejava aprender é o
tecido acrobático, mas só pode se
dedicar ao aparelho no segundo ano
de circo. No começo fazia exercícios
com malabares e o seu preferido era
o prato chinês.
Isso acontece porque o professor
pode restringir algum exercício de
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acordo com a idade ou tamanho da
criança. Marina Prado costuma dividir
as aulas em quatro momentos. Alon-
gamento e relaxamento são feitos
no início e final das aulas, depois são
realizados exercícios circenses de três
técnicas diferentes. A primeira é a de
acrobacia de solo, em que a criança
fará movimentos como cambalhotas
e parada de mão. O segundo é o de
malabarismo, em que os exercícios
exigem muita coordenação e equilí-
brio. O último é de acrobacias aéreas,
em que os alunos fazem contorcionis-
mos em tecidos e na lira.
Marco Antonio Fonseca é pro-
fessor de circo da Escola Projeto 21
e além das aulas de malabarismo,
acrobacia no solo e aérea, utiliza
técnicas de teatro. Os alunos tam-
bém desenvolvem atividades em que
atuam como personagens circenses,
como atirador de facas e engolidor
de fogo. Essas atividades incentivam a
ludicidade. “Nós brincamos muito na
Esporte e lazer
aula de circo e as crianças assumem
vários personagens enquanto prati-
cam o que gostam”, lembra Marco
Antonio.
Com três grupos de diferentes
idades, num total de 62 alunos, a
diretora da Escola Projeto 21 acredita
que a escola consegue cumprir com o
seu papel aliando as aulas de circo às
demais atividades regulares. “Nosso
objetivo sempre foi estimular a cria-
tividade, desenvolver possibilidades
de nossos alunos se tornarem sempre
autoconfiantes”, afirma Yara.
Com tantas benefícios, a pers-
pectiva é que as aulas de circo sejam
adotadas em outras escolas. E mesmo
quem não percebe essas melhoras
no desenvolvimento, também apóia
a expansão da atividade. “Não sei se
fazer circo me ajuda em outras coisas,
mas eu gosto mesmo é de fazer circo”
exclama a estudante.
LiraA lira consiste num arco de ferro preso ao teto por uma corda. Os mo-vimentos neste aparelho exigem muita concentração, já que a pessoa que o pratica se movimenta dentro da circunferência e impulsiona o arco para frente, para trás, para os lados ou gira em torno do seu eixo.
Tecido acrobáticoDois pedaços de panos presos no teto e que alcançam o chão servem de apoio para o praticante. Movimentos de acrobacia e de queda são exercidos no aparelho. Beneficia a flexibilidade e aumenta a resistência muscular.
Prato chinêsPratos específicos para a atividade circense. Devem ser equilibrados por uma vareta.
MonocicloUma bicicleta com apenas uma roda. Para conseguir andar para frente e para trás são necessárias duas semanas de treino diário. O exercício exige coordenação, equilíbrio e força (principalmente nas pernas e no abdômen).
TrapézioÉ uma barra presa por duas cordas, que pode funcionar como um balan-ço. Algumas atividades consistem em saltar de um trapézio para outro, com o aparelho em movimento.
Perna de pauExistem dois modelos de perna de pau. Um dos modelos é preso nos pés ou nas pernas por meio de presilhas. O outro conta com um apoio para as mãos. Mas o objetivo é o mesmo, se equilibrar em cima das longas pernas artificiais.
Conheça algumas atividades e aparelhos presentes nas aulas de circo.
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Relacionamentos
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Dificuldadesno relacionamento infantil
A criança com dificuldades de relacionamento pode se
mostrar um tanto quanto tímida, agressiva , auto estima baixa
, retraida, isolada, falta de comunicação com os demais, po-
rém estes sintomas podem ser de origem física ou emocional,
sinalizando alguns transtornos como por exemplo: depressão,
transtornos de aprendizagem, déficit de atenção e hiperati-
vidade, transtornos de comportamento, de ansiedade, doen-
ças psicossomáticas, problemas de personalidade e, menos
freqüentemente, o autismo e a esquizofrenia. Este é um caso
negativo, podendo ocasionar maiores complicações futuras e
deve ter acompanhamento médico terapêutico.
Por outro lado, há quem goste de privacidade, não se re-
lacionando como o normal, preferindo estar só, mas nem por
isso deixa a desejar caso alguém a procure. Este tipo de relacio-
namento podemos dizer que é neutro por não comprometer a
criança com suas emoções e nem quem está em seu convívio.
data especial • Presentes para os pais
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Por Valéria Tiusso Segre Ferreira - Psicopedagoga clínica e Institucional
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Independente da causa, para que
a criança se relacione com os demais,
o adulto que está auxiliando deve
manter um ambiente de igualdade,
afetivo e respeitável.
Os pais são os pilares para a
construção estruturada do desen-
volvimento cognitivo e sócio-cultural
destas crianças , a partir das suas
vivências e também das dos outros,
Pois a inteligência, a motivação, a
curiosidade, históricos culturais, afeti-
vos emocionais que compõem o meio
no qual ela está inserida são fatores
próprios da criança.
Os educadores, professores, enfim
todos os que fazem parte da escola
devem compartilhar as formas de
ajudar na condução do processo de
inserção social e desenvolvimento in-
dividual destas crianças.Na atualidade
o papel da afetividade na escola tem
sido assunto muito debatido, e defen-
dido por psicopedagogos,psicólogos,
professores,etc..e os profissionais que
adotaram esta prática pedagógica
confirmam a evidência positiva al-
cançada, nos relacionamentos e na
aprendizagem .
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