Post on 06-Mar-2016
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A FORTE LIGAÇÃO DO ESPORTE COM AS ARTES GRÁFICAS... CONHEÇA O TRABALHO DE BILLY ARGEL.
NESTA EDIÇÃO CONHEÇA ALGUMAS TÉCNCICAS DE FOTOGRAFIA
CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DOS ESTÚDIOS TERRY TOONS.
NOTÍCIAS SOBRE PRÉ-IMPRESSÃO, IMPRESSÃO E ACABAMENTO.
SKATE E DESIGN
FOTOGRAFIA
ILUSTRAÇÃO
E MAIS...
#1setembro/ 2009R$ 11,90
zGrafico
Revista
NAREBAEDITORA
TIPO
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4 5 6 8
10 11 14 16 18
Projeto Gráfico e Diagramação:
Alexandre Paiva
Revisão:
Alexandre Paiva
Coordenação Técnica:
Rangel Sales
Tiragem:
1cópia
Papel:
Couchê
zGrafico
Revista
EMBA
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ART
IGO
S TÉ
CN
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S22
não vemos em outros esportes.
Foi uma época em que o esporte
estava evoluindo muito e os sha-
pes, precisaram ter seu tamanho
aumentado, ultrapassando os
20cm de largura. As empresas
começaram a aproveitar esse
espaço para aplicar estampas
relacionadas ao contexto da prá-
tica do esporte. Um dos mais
famosos designers dessa área é
o brasileiro Billy Argel, cujo tra-
balho é influência assumida para
boa parte da geração de artistas
urbanos brasileiros.
O contexto em que o
esporte é praticado foi
determinante para que os
skatistas criassem a sua per-
sonalidade, sua conduta e va-
lores referentes a diferentes
assuntos. Essas característi-
cas identitárias são expressas
principalmente através do de-
sign gráfico de suas pranchas,
com trabalhos que podem
ser agressivos, irônicos, de
protesto, críticos, cômicos ou
bem-humorados.
Estes trabalhos contêm cari-
caturas e gozações com cele-
bridades, fatos, personagens e
logos famosos; uso de ícones
da cultura popular e a apro-
priação de trabalhos já exis-
tentes sem a preocupação com
seus direitos autorais.
Hoje em dia o design é
parte fundamental do skate, não
só o design gráfico que é aplicado
na identidade visual das marcas,
mas também design de produtos
utilizado nos acessórios e design
de moda aplicado no vestuário.
Essa é uma área do mercado que
tem muito à oferecer, a tendên-
cia desse design diferenciado é
só crescer junto com o esporte.
O design gráfico é uma
forma de comunicação visual.
Mas você deve estar se pergun-
tando: - O que isso tem a ver
com skate?
“Tudo”. É que a maioria das
marcas de skate buscam no mer-
cado bons profissionais na párea
do design gráfico, para esses,
através de um processo técnico
e criativo que utiliza imagens
e textos para comunicar men-
sagens, ideias e conceitos das
marcas em seus produtos. Isso
faz com que os designers grá-
ficos também estejam inseridos
no meio do skateboard. Isso co-
meçou no fim da década de 70,
quando os skatistas começaram
a adotar um perfil próprio. Skate
e arte passaram a ter uma liga-
ção muito forte, principalmente
desse esporte com as artes gráfi-
cas e a música, uma ligação que
A importância do design na indústria do skate.
Claudio Rocha é um especialista em tipografia. Não
um especialista frio e tecnicista, mas um daqueles
que demonstram sensibilidade para todas as nu-
ances do conhecimento criativo e técnico.
Além de conhecedor da história e das técnicas ti-
pográficas, é um designer completo e grande con-
hecedor de tipos – suas fontes estão disponíveis no
mercado internacional.
Claudio, junto com Tony de Marco, é idealizador e
editor da revista Tupigrafia, uma publicação recente
e já reconhecida (Prêmio Brasil Faz Design 2002)
que lança um olhar instigante e sensível sobre todas
as manifestações contemporâneas sobre a tipogra-
fia, no Brasil e no mundo.Claudio Rocha é autor
dos títulos Projeto tipográfico - Análise e produção
de fontes digitais da coleção Textos Design, de A
eterna Franklin Gothic e Trajan da coleção Qual é
o seu tipo das Edições Rosari.
Designer, tipógrafo, editor e repre-sentante do Brasil na ATypI - Asso-ciação Tipográfica Internacional
TIPOGRAFIA CLAUDIO ROCHA
“Claudio Rocha é autor dos títulos Projeto
tipográfico - Análise e produção de fontes
digitais da coleção Textos Design, de A eterna
Franklin Gothic e Trajan da coleção Qual é o
seu tipo das Edições Rosari.”
TIPOGRAFIA 5
FIDELIDADE DE CORES
Nenhum sistema de reprodução de cores alcança o espectro de cores da natureza:
- O olho humano vê biliões de cores;
- O écrã de um computador atinge os 16 milhões;
- O filme fotográfico atinge de 10 a 15 milhões;
- O impresso não ultrapassa 6 mil cores. Essa limitação do “range” de cores (chamada
também de “color gamut”) do processo de impressão é o que impede a reprodução
perfeita das imagens coloridas.
RGB E CMYK
RGB (R = Red; G = Green; e B = Blue): são as cores aditivas primárias usadas pelos
monitores. Para a reprodução offset ou digital, as cores RGB devem ser transformadas
em CMYK (C = Cyan; M = Magenta;Y = Yellow; e K = Black), que são cores subtrati-
vas primárias, usadas no processo de impressão. Quando misturadas, elas reproduzem
limitadamente o espectro de cores da natureza.
UCR
O UCR (Under Color Removal) é uma técnica usada em programas de retoque de ima-
gem que reduz a quantidade de magenta, amarelo e cião em áreas neutras, substituindo-
as por uma apropriada quantidade de preto.
PRÉ-IMPRESSÃO
Alguns termos usados em Pré-Impressão:
6 PRÉ-IMPRESSÃO
OPI
O sistema OPI (Open Prepress Interface) é um processo que dá agilidade ao trabalho.
As imagens são digitalizadas e os ficheiros são guardados numa pasta criada para
depósito das imagens em alta resolução, que ao serem aí colocadas geram novos ficheir-
os em baixa resolução que vão para dentro de uma pasta de depósito das imagens em
baixa resolução. Esta duplicação de imagens servirá para que as imagens possam ser
trabalhadas na fotocomposição de forma mais célere e sem ocuparem demasiado es-
paço no computador. Depois da paginação concluída, as imagens em baixa resolução,
posicionadas nas páginas, são substituídas automaticamente pelas imagens em alta na
altura do processamento final do trabalho na filmadora ou CTP (Computer-to-Plate).
Actualmente com as capacidades dos novos equipamentos informáticos, já não existe
tanta necessidade de recorrer a este sistema. Antigamente é que era bastante usado
pelas dificuldades em trabalhar em equipamentos de fraca capacidade.
IMPOSIÇÃO DE PÁGINAS
Impôr significa montar as páginas em cadernos de impressão. Actualmente a imposição
faz-se de forma electrónica, gerando o esquema de montagem para o trabalho em
questão. A conferência é feita através de uma prova em plotter (ozalide digital) e após
a aprovação é executada a saída do trabalho em fotolito (CTF) ou chapa (CTP).
POSTSCRIPT
O PostScript é uma linguagem de descrição de página – um código muito parecido
com as linguagens de programação tipo Basic ou C++ que os programadores utilizam
para desenvolver um software.
O código PostScript não se presta à criação de aplicativos: ele é uma linguagem de
descrição e decodificação de informações (forma e posicionamento) que contém in-
struções para impressão de uma página por uma impressora.
PRÉ-IMPRESSÃO 7
ente e verso e permite conec-
tividade direta com o APEX e
os quiosques Kodak G4.
Os novos serviços permitem
que o próprio consumidor crie
produtos divertidos e diferencia-
dos em minutos.
Desde os mais simples, como
calendários e cartões comemo-
rativos com foto e texto, até os
mais elaborados, como pho-
tobooks, cubos fotográficos e
filmes em DVD com até 60 fo-
tos, personalizadas com músicas
originais, os produtos elevam a
impressão de fotos para um pa-
tamar mais alto.
“Os novos serviços da Kodak
tornam o fluxo de trabalho mais
eficiente, moderno e econômico.
Com eles, o varejista poderá
A Kodak Brasileira participa da
17ª edição da PIB - PhotoImage-
Brazil, realizada nos dias 11, 12
e 13 de agosto, com novidades
em tecnologia de impressão té-
rmica e exclusivos lançamentos
em câmeras digitais que estarão
disponíveis para o mercado va-
rejista ainda este ano.
Em tecnologia de impressão
destacam-se na PIB os produtos
Premium oferecidos pela Kodak
com as impressoras:
- Kodak Adaptive Picture Ex-
change (APEX) – o dry lab da
Kodak é uma solução de labo-
ratório seco com sistema modu-
lar e flexível;
- Kodak Duplex DL2100 – conta
com tecnologia de impressão
eletrofotográfica, imprime fr-
ImpressãoKodak apresenta novidades de impressão no varejo digital e lan-çamentos em câmeras digitais na PhotoImageBrazil 2009
8 IMPRESSÃO
oferecer ao consumidor um
produtoPremium, que promove
uma experiência nova e fácil de
comprar, ao mesmo tempo que
promove tráfego e aumenta o
potencial de lucro”, diz Emer-
son Stein, diretor nacional de
Vendas da Kodak Brasileira.
“Nossas soluções estabelecem
no mercado uma forte diferen-
ciação em termos de produtos e
serviços, pois queremos que o
consumidor imprima cada vez
mais e com cada vez mais cria-
tividade, e para isso lhe oferec-
emos essa nova oportunidade.”
Entre as novidades ewwwm
câmeras digitais, a Kodak traz
a EasyShare M340, um equipa-
mento com 10 megapixels de
resolução que permite fácil car-
regamento e compartilhamento
de fotos e vídeos no YouTube™.
Outro destaque é a EasyShare
C140. Com 8,2 megapixels de res-
olução, permite montar apresenta-
ções de slides na própria câmera e
chegará ao consumidor brasileiro
com preço diferenciado.
Esses e outros lançamentos
poderão ser conferidos durante
a PhotoImageBrazil, que será re-
alizada no Centro de Exposições
Imigrantes, em São Paulo. Para
mais informações sobre a Kodak,
acessewww.kodak.com.br e, para
saber sobre a PIB 2009 e como
participar, acesse
www.photoimagebrazil.com.br/.
IMPRESSÃO 9
será debruada, tal como ocorre
no desenho da capa dura. Esse
excesso inclui também as seix-
as de cerca de 3 mm.
A capa flexível admite os mes-
mos recursos empregados nas
encadernações tradicionais, ou
seja: envernizamento UV (com
ou sem reserva), plastificação,
laminação (fosca ou brilhante),
relevo, gravação com hot-stamp-
ing e outros. Não há limitações.
Além disso, é possível incluir
orelhas, desde que se observe os
limites da máquina encaderna-
dora. Por exemplo: considerando
um equipamento de 580 mm de
largura máxima e um livro de for-
mato igual a 160 x 230 mm, com
30 mm de lombada, o projeto da
capa deverá considerar 350 mm
(2 x 160 + 30 mm) mais 32 mm
(seixas + debruns), ou 382 mm,
Uma das últimas
novidades no setor
de acabamento edi-
torial foi o desenvolvimento da
capa flexível, uma alternativa
elegante e econô-mica, inter-
mediária entre a brochura e a
capa dura, lançada na Europa
com o nome de capa integral.
Como o nome sugere, a capa
flexível é feita de cartão im-
presso, de gramatura em torno
de 250 g/m², semelhante àquele
utilizado em livros de capa
mole (brochuras), porém com
requintes da encadernação em
capa dura, tais como: guardas,
seixas, debruns e outros recur-
sos que valorizam o produto.
O projeto gráfico-visual da capa
flexível deve considerar um ex-
cesso de 16 mm na cabeça, no
pé e na frente da capa, visto que
sobrando 198 mm para distribuir
entre as orelhas.
Capa flexível x brochura Tec-
nicamente falando, a diferença
básica entre a brochura e a capa
flexível é que esta última pos-
sui guardas coladas ao miolo
do livro, além dos excessos
(seixas) que se projetam além
dos cortes do miolo.Estetica-
mente, a capa flexível é mais
nobre e elegante, aumentando o
impacto visual do produto e o
ensejo ao consumo.
Acabamento
ACABAMENTO
Capa Flexível
10
[11]
ALEXANDRE PAIVA
Marca Pessoal desenvolvida na matéria de de-
senvolvimento de projetos do curso técnico em
Design Gráfico, e atual marca usada profissional-
mente por Alexandre Paiva.
Cartão Postal produzido para disciplina de fotogra-
fia do curso técnico em design gráfico do SENAI.
Trabalho pessoal, restauração de fotografia antiga.
MARCA PESSOAL
TRATAMENTO E RESTAURAÇÃO DE IMAGEM
CARTÃO POSTAL
Trabalho pessoal criado usando
scanner e photoshop.
CAPA DA REVISTA NINTENDO WORLD:
Trabalho criado para matéria de ilustrações veto-
riais em conjunto com a matéria de fotografia do
curso técnico em design gráfico do senai.
FOTOGRAFIA E ILUSTRAÇÃO
MANIPULAÇÃO DE IMAGEM
W W W . F L I C K R . C O M / A L E X A N D R E S M P A I V A
Billy Argel é artista,
skatista e guitarrista da banda
punk/crossover oldschool Lo-
botomia. Se você andou de skate
ou surfou nos anos 80 então
você inevitavelmente conhece a
arte do cara. Nessa época ele de-
senhou para praticamente todas
as marcas legais como Lifestyle,
Urgh!, Caos, Mad Rats, Stanley,
etc. O cara hoje é referência e
influencia muita gente.
Billy Argel expõe desde
semana passada, algumas de suas
conceituadas obras, refletindo
uma interação entre o skate, a
arte, entre outras coisas.
No dia 26 de novembro
teve início a Sketch Art Expo,
que está sendo exposta na gal-
eria de arte da loja da Element,
em São Paulo. Logo na estréia,
o próprio Billy Argel pode re-
ceber seus convidados em uma
clima de bastante descontração,
fazendo com que aquele mo-
mento se tornasse marcante.
Billy Argel produziu os mais
famosos models de shapes da
década de 80, além de diversas
artes que são vistas com certa
nostalgia por aqueles que valo-
rizam o conteúdo simbólico que
o skate propicia. Quem foi cur-
tiu, e com certeza voltou para
casa com uma outra percepção
daquilo que se pode fazer em
cima de um shape para skate,
por exemplo! Obras do mestre
Billy. Para quem não pode com-
parecer, a expo ficará na galeria
até o próximo dia 12 de dezem-
bro. Vale lembrar que a entrada
é gratuita.
BAIXE FONTES CRIADAS POR
BILLY ARGEL EM:
http://pt.fontriver.com/author/billy_argel/
Uma fotografia panorâmica é aquela que
surge à partir da união de duas ou mais fotos. Essa
é uma fotografia panorâmica noturna feita em Belo
Horizonte. Foi tirada 5 fotos com um tempo de ex-
posição de 15 segundos cada, depois unidas no pho-
toshop resultando nesta fotografia panorâmica.
Light painting é uma
que técnica consiste em mov-
er uma fonte luminosa diante
da câmera durante uma longa
exposição. Pode-se mover a
câmera também para conseguir
outro tipo de resultado, mas a
idéia geral é de movimentos in-
teressantes com a luz - riscos,
formas, desenhos definidos - ou
uma luz peculiar que dá um
efeito diferente à imagem.
Macro,panning, retrato, light painting,
longa exposição, panorâmica, HDR, Grafismo,
abstrata, P&B, Tilt-shift, congelamento, pinhole
e etc.... Existem muitos tipos de efeitos especi-
ais em fotografia que possibilitam uma variedade
de fotografias que ficam na dependência da cria-
tividade e originalidade de cada fotógrafo. Como
em qualquer forma de expressão artística, seja na
literatura, na música ou nas artes plásticas, pro-
curamos comunicar o que sentimos através de
diferentes técnicas, específicas para cada proposta,
sem, entretanto, deixar que as mesmas prevaleçam
e ofusquem a mensagem da obra. Nesta edição
iremos conhecer algumas das muitas técnicas de
fotografias existentes.
16 fotografia
“tilt-shift é uma técnica de fotografia que produz
fotografias de objetos e cenários reais mas que
ficam parecidos com miniaturas e maquetes.”
Essa foto foi tirada da favela morro das pedras
em Belo Horizonte, e trabalhada no photoshop
para simular a técnica tilt-shift.
www.flickr.com/alexandresmpaiva
fotografia 17
18 ILUSTRAÇÃO
Terrytoons foi um estúdio de ani-
mação norte-americana fundada
por Paul Terry, um grande car-
tunista, roteirista, diretor e produ-
tor que trabalhou ativamente entre
1915 a 1960. Paul nasceu no dia
19 de fevereiro de 1887, em San
Mateo, Califórnia e criado em San
Francico. Iniciou sua carreira em
1904, trabalhando como fotógrafo
e desenhista para os jornais San
Francisco Bulletin e San Francisco
Call-Examiner. Pouco tempo de-
pois se transferiu para a New York
Press, um jornal de Nova Iorque.
Depois produziu várias curtas
metragens em desenhos anima-
dos entre 1914 até 1920, quando
criou juntamente como Amadee
J. Van Beuren a produtora Fables
Studios. Juntos produziram vári-
os desenhos, inclusive as novas
produções de “Farmer Al Falfa”,
até 1929, quando os dois se de-
sentenderam e Paul Terry saiu da
sociedade e fundou a sua própria
produtora, a Terrytoons.
O estúdio Terrytoons começou
modestamente e também ficou
bastante conhecido como uma
dos piores estúdios do mercado
de animação devido à baixa quali-
dade de sua produção, agravada
principalmente a inflexibilidade
de Terry, que obrigava o estúdio
a produzir cerca de um desenho
animado por semana, indepen-
dentemente da relação custo e
qualidade dos mesmos.
Mas por outro lado, a Terrytoons
foi aos poucos se adaptando as no-
vas tendências e tecnologias, como
a utilização do som por volta de
1930 e a utilização do Technicolor
por volta de 1942. Apesar da má
fama da Terrytoons chegou a ser
indicada por três ocasiões ao Os-
car como melhor curta metragem
como: “All out for V” (1942), “My
Boy, Johnny” (1944) e “Sidney´s
Family Tree” em 1958.
Em 1955, Paul Terry vendeu a Ter-
rytoons e os trabalhos para a CBS
e a 20th Century Fox que continu-
aram a distribuição dos trabalhos
do estúdio. No ano seguinte ao da
compra, a CBS baixou novas or-
dens à direção de Gene Deitch, que
passou a trabalhar com orçamen-
tos ainda menores. Seus trabalhos
mais notáveis deste novo estúdio
foram os segmentos animados de
“Tom Terrific” que passaram a ser
apresentador na televisão dentro
ILUSTRAÇÃO
TERRY TOONS
Um pouco da história dos estú-dios Terry Toons.
ILUSTRAÇÃO 19
do programa “Captain Kangaroo”.
Além disso, foram introduzidos
novos personagens como “Sick
Sick Sidney”, “John Doormat” e
“Clint Clobber”.
Gene Deitch trouxe muita cria-
tividade e vida a Terrytoons, mas
neste novo estúdio nunca chegou a
intergrar-se integralmente e tempo
depois acabou sendo despedido
em 1958 e Bill Weiss assumiu o
controle do estúdio e passou a su-
pervisionar as novas produções e
outras que estavam na “prateleira”
voltaram novamente a ser ativa-
das. Fora isso o estúdio começou
a produzir a série “Deputy Dawg”
para a televisão em 1960.
Na realidade a pessoa de maior
talento dentro da Terrytoons na
década de 60 foi o animador, dire-
tor e produtor Ralph Bakshi, que
chegou ao estúdio uma década
antes. As produções sob os cuida-
dos de Bakshi se estenderam até
1966, quando o estúdio começou
a declinar e finalmente encer-
rou suas atividades em 1968. Os
filmes que se seguiram foram re-
estreadas nos cinemas através da
20th Century Fox.
Para a sorte do estúdio, as curtas
metragens tiveram grande êxito
na televisão, onde tiveram boas
respostas em diversas ocasiões. Os
desenhos animados da Terrytoons
foram apresentados pelas redes de
televisão durante quase três déca-
das, ou seja, entre 1950 a 1980, até
que os seus direitos foram compra-
dos pela USA Network em 1989
e desde então praticamente não
foram mais vistos.
No final dos anos 70, a Filmation
Studios licenciou os direitos para
produzir a nova série de “Mighty
Mouse” e em 1987, Ralph Bak-
shi produziu “The New Adven-
tures of Mighty Mouse” que du-
rou duas temporadas.
Essa ferramenta de comunicação oferece precisão, eficácia, e atinge em cheio
o público-alvo
Não é novidade para os profissionais de comunicação e marketing a força
das embalagens em sua interação com os consumidores. Desde o grande salto em sua
apresentação visual dado durante a revolução industrial, quando a abundância gerada
pela produção em grande escala obrigou os fabricantes a ‘embelezar seus produtos’
para torná-los mais atraentes, até o aparecimento dos supermercados, que eliminou a
presença do vendedor, obrigando a embalagem a assumir a responsabilidade de apre-
sentar, sozinha, o produto e convencer o consumidor a levá-lo.
Nos tempos atuais, a era da hiper-conectividade faz com que o consumidor esteja cada
vez mais conectado a uma infinidade de opções de mídia, o que transformou num in-
ferno a vida dos profissionais de comunicação, pois se tornou muito difícil definir com
precisão onde o consumidor se encontrará e qual a melhor forma de atingi-lo.
Ao conduzir mensagens, a embalagem incorpora mais uma função e oferece aos plane-
jadores da comunicação um veículo que tem como características básicas a precisão e
a eficácia, mas com uma vantagem: ela pode fazer isso sem custo extra, pois o valor da
embalagem já está incluído no preço do produto, constituindo uma mídia adicional.
Muitas vezes nos perguntamos por que esse recurso não é utilizado de forma mais
intensiva pelas empresas, principalmente por sabermos que mais de 90% dos produtos
apresentados em um supermercado não têm qualquer apoio de marketing, dependendo
única e exclusivamente da embalagem para se comunicar com o consumidor.
20 EMBALAGEM
A resposta está no fato de os profissionais de mar-
keting e comunicação conhecerem o enorme po-
tencial da embalagem e não saberem integrá-la em
seu planejamento.
Como compreender que milhões de ‘inputs’ gra-
tuitos, que poderiam reforçar a mensagem da
campanha de propaganda, sejam desperdiçados
pela própria empresa, uma vez que ela poderia
inserir em suas embalagens citações ou slogans,
reforçando o investimento que está sendo feito em
propaganda naquele momento?
É comum encontrarmos no mercado embalagens
inexpressivas em que nada parece estar aconte-
cendo, pertencentes a produtos que naquele exato
momento estão no ar com uma campanha milion-
ária, bonita e marcante. Quando o consumidor
chega ao ponto-de-venda, verifica que o produto
que lhe está sendo apresentado não se apropriou
da imagem construída na comunicação.
Empresas como a Nestlé já perceberam o enorme
poder de comunicação da embalagem e passaram
a incorporá-la em seu plano de marketing. O pro-
grama de comunicação na embalagem criado por
ela tem à sua disposição, só no Brasil, mais de sete
bilhões de repetições por ano. Para reforçar seu
conceito de empresa voltada para a nutrição, ela
criou um programa denominado Nutritional Com-
pass, que veicula informações de forma sistemática nas embalagens
de todos os seus produtos. A Bombril e a Assolan passaram a incluir
os personagens de seus anúncios nas embalagens de seus produtos,
reforçando a integração campanha/produto.
Algumas das embalagens de pizza que recebemos em casa trazem anún-
cios de filmes ou ações inteligentes como a que pergunta ao consumidor:
“quem vai lavar a louça depois de comer?”, aproveitando para oferecer
um lava-louças e uma campanha de prêmios. Os profissionais respon-
sáveis por essa ação sabem que uma embalagem de pizza permanece,
em média, 30 minutos sobre a mesa, constituindo uma ótima oportuni-
dade para oferecer produtos e serviços ao consumidor.
EMBALAGEM 21
O que é um perfil ICC?
Um perfil ICC é um arquivo que descreve as capacidades e limitações
dos dispositivos que geram cor. Ele pode ser usado em conjunto com a tecnologia
ColorSync da Apple e aplicações como por exemplo o Adobe Photoshop para
corrigir imagens de cores, igualar cores tão próximo quanto possível do scanner
ao monitor e à impressora e provas, e também simular a aparência de imagens de
máquinas impressoras.
ICC significa International Color Consortium – Consórcio Internacional de
Cores, o qual é um grupo de fabricantes lideres de produtos de imagem digital
que inclui Adobe, Agfa, Apple, Fuji, Microsoft e outros. O ICC tem desenvolvido
especificações para descrever como os dispositivos criam cor e esta informação
está incorporada na estrutura de um perfil ICC.
22 ARTIGOS TÉCNICOS